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Vale Mais Fevereiro & Março'18

Published by info, 2018-02-05 05:41:10

Description: Vale Mais n.º59

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9 772183 750096 00059 LAGOAS DE PONTE DE LIMA 1200 espécies são atração Caminha Paredes de Coura Valença QUIM BARREIROS VÍTOR PAULO PEREIRA ACADEMIA DE MÚSICA O artista mais solicitado do país Não interessa muito ser presidente Orquestra da Eurocidade é ambiçãoDIRETOR: AGOSTINHO LIMA :: #N.º59 :: #FEVEREIRO/MARÇO :: #2018 :: #BIMESTRAL :: #PVP 1€1MELGAÇO :: PAREDES DE COURA :: VILA NOVA DE CERVEIRA :: PONTE DA BARCA :: VALENÇA :: CAMINHA :: MONÇÃO :: ARCOS DE VALDEVEZ :: PONTE DE LIMAv:a: leVmIAaNisA.pDt O CASTELO

O caminho que escolhemosNuma altura em que os mass media vivem tempos difíceis, aVALE MAIS consegue afirmar-se, consolidar-se e distinguir-se.Prestigiou-se e prestigiou o jornalismo, marcou a diferença, temagenda própria e, com ela, tornou-se um marco de referênciaque a distingue no panorama da Imprensa.A maioria dos mass media tendem a seguir, quase sempre, osmesmos temas. Aqui, arriscamos e trouxemos a primeiro planotemas tidos como improváveis. Com inegável su-cesso e “trocando as voltas” a muita boa gente.Isto numa altura em que é patente que apluralidade de que tanto se fala, nomea-damente com as redes sociais, é maisaparente do que real. A generalidadedos meios optou pela via mais fácile deixou-se “colonizar “ pelas ditasredes sociais. Aqui, muitas vezes,a pluralidade afunila com públicosem literacia jornalística, que‘come’ o que lhe dão, desde quenão o obrigue a exercício mentale a pagar pelo produto queconsome. Um público que, muitas vezes, Informação credível, confiável e de verdadeiro só lê títulos e, quando muito, interesse público exige investimento em meios “leads”, mas que gosta de materiais e humanos. comentar, sem perceber ou Não pode ser “à borla”, como muitas das querer perceber o contexto redes sociais. Infelizmente, quiçá também por dos factos. Quando estes causa destas, vem-se tornando mais rara. existem! Sim, porque, muitas Em contrapartida, também se verifica que os das vezes, não passam de “fake que ainda arriscam no jornalismo mais sério, news” (notícias falsas que já que vai ao detalhe e evita o sound bite (ou o representarão quase 70% das word bite) conquistam um público exigente, que preenchem as redes sociais), que quer qualidade na informação e com publicadas a troco, eventualmente,, disponibilidade para apoiar quem a faz. de interesses económicos ou Só podia ser este o caminho que escolhemos! políticos. Sim… o logro existe e os “rede socianos” enganam-se quando pensam que podem andar bem informados sem “dar troco”.2 valemais.pt

A região onde nos situamos é, sem grandes alardes, uma das mais pródigas Opiniãoe transversais em potencial natural e humano. 34 | Luís Ceia Alojamento local no Alto MinhoDá-lo a conhecer é um dos objetivos que, na VALE MAIS, continuamos a 37 | Emília Cerqueira Saboroso, Inesquecível e Contraditórioperseguir. Sem bairrismos bacocos, mas na preocupação pela objetividade, rigor 38 | José Carpinteira Canábis para fins medicinaise isenção, fazendo jus à seriedade e ao respeito que os leitores nos merecem. 40 | Adelino Silva Avenida dos PlátanosAMBIENTE 42 | José E. Moreira Parabéns PuskasAs Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos representam um patrimó-nio único que deve ser conhecido e divulgado, sem se ignorar os perigos Secçõesque a pressão do excesso de visitantes pode causar. Tem cumprido um 66 | Imobiliário Mercado de arrendamento deve crescer 35%papel fundamental no que respeita à sensibilização para as questões de 68 | Desporto Futebol : 'Resultados e Processos'conservação e valorização do ambiente. 74 | Nutrição Controlo de peso na cessação tabagícaTrilhos e rotas servem também para que as pessoas conhecem melhor o 78 | Saúde Respire profundamenteseu património natural e construído, tornando-as mais sensíveis para 80 | Casa&Vida Interiorismo para um novo anoa sua preservação. A “Grande Rota do Cervo” é um exemplo e bemmerece ter sido a escolhida na III edição do Orçamento Participativo Reportagensde Vila Nova de Cerveira. 04 | Arcos ValdevezÉ, nesta âmbito, de toda a conveniência que a sensibilização para estasquestões da natureza e do património sejam trabalhadas, a par e desde Sons do Vezlogo, na escola. Viana do Castelo é disso modelo, com a primeira redeescolar de ciência do país, numa iniciativa do Geoparque Litoral. O primeiro festival do anoCULTURAA par do ambiente, a cultura, nas suas diversas vertentes, das eru- 08 | Melgaço&Monçãoditas às mais populares, ocupa um lugar fundamental para a real qua-lidade de vida das populações. A música, nos seus múltiplos géneros, Grandfongotem um espaço destacado.No Alto Minho, está em equação a criação de uma orquestra sinfónica na Alvarinho cycling roadEurocidade Valença-Tui, enquanto, nos Arcos de Valdevez, um festival,o ‘primeiro do ano’, se consolida e atinge plena maturidade ao atrair no- 30 | Monçãomes consagrados e artistas emergentes que revelam, ali, a sua qualidade epotencial. Ainda na área da arte dos sons, no Alto Minho vive o ‘artista Fontainhas Fernandesmais solicitado de Portugal’, o inigualável Quim Barreiros. Nesta edição,concede-nos uma entrevista ´única´, a não perder, como soía dizer-se. Reitor dos reitoresVítor Paulo Pereira é um autarca singular que também salientamos. Semos complexos e as ‘pimbalhices’ do mundo “cor de rosa” ou “rede sociano”, 50 | Viana do Casteloeste courense dá-nos conhecer a outra face de uma figura pública que nãose deslumbra com o sucesso; antes, avisa para a fragilidade deste. Rede Escolar de CiênciaReferência, ainda, para o ‘reitor dos reitores’ das universidadesportuguesas e que é, também, alto-minhoto. Fontainhas Fernan- A primeira do paísdes aproveita para, através da VALE MAIS, alertar para não sedesperdiçar a importância da ligação à vizinha Galiza. Ela é uma 62 | Vila Nova de Cerveira‘enorme oportunidade’ para o futuro da região. Garnde Rota do Cervo Manuel S. 90 km's de trilho 64 | Marketing Ernani Ribeiro ShopMix conta a história de cada negócio FOTO DA CAPA: Susana Matos valemais.pt 3

Reportagem #Arcos de Valdevez“SONS DO VEZ”O Primeiro festival do anoO “primeiro festival do ano” está de regresso a Arcos de Valdevez. Entre o dia3 deste fevereiro e 24 do próximo marco, decorre a 16ª edição dos Sons do Vez,Mostra de Música Moderna a que esta vila alto-minhota já nos habituou. LindaMartini, Jorge Palma, Legendary Tigerman e Blind Zero são os ‘cabeças de cartaz’.Texto :: Manuel S. Durante dois meses, Arcos de Valdevez dá voz Casa das Artes. Em simultâneo, decorre a vo- à música portuguesa com talentos emergen- tação dos Iberian Festival Awards, para a qualA organização é, como habitualmen- tes e consagrados, numa mostra de música está nomeado, pelo 3º ano consecutivo, nas te, da Casa das Artes e Câmara que acontece todos os fins de semana na categorias de Best Indoor Festival, Best Small Municipal de Arcos de Valdevez, em Festival, Best Line-up e Best Communication.co-produção com a Banzé.4 valemais.pt

DIRETOR DO FESTIVAL Qual o seu objetivo, público-alvo e Linda Martini, Jorge Palma, Blind Zero, The porquê nesta altura? Legendary Tigerman, Pedro e os Lobos ou TheNuno Soares, chefe da Divisão Sociocultural do Last Internationale, todos eles repetentes assu-Município e responsável pela Casa das Artes, O objetivo principal do Sons é criar uma opção midos pela organização, mas todos com novosé o diretor do festival Sons do Vez. A VALE programática diferenciadora para um concelho projetos, novas ideias e novas abordagensMAIS questionou esta prestigiada figura da vida que está geograficamente afastado dos cen- criativas; atrevemo-nos a dizer, sem hesitação,cultural da região sobre este evento. tros decisores e urbanos; é, por isso, um pro- que em mais nenhum outro evento nacional jeto que tenta fazer contraciclo, isto é, permitir houve espaço para, em 16 anos, acompanharQue evolução tem sofrido o certame que os residentes não tenham que se deslocar de forma tão regular e progressiva alguns dosaos longo destes 16 anos? para fora do seu concelho para acederem a nomes essenciais da música portuguesa dos úl- uma programação diferenciadora, mas, em timos 30 anos. Mas o Sons é novamente lugarA evolução tem sido altamente positiva. De um simultâneo, mobilizar públicos exteriores que, para projetos que nascem ou renascem; é comevento profundamente experimental, feito algu- aos argumentos singulares de atratividade orgulho que recebemos, em modelo de aber-res num interior profundo e afastado do mundo do concelho (Natureza, Património e Gastro- tura e primeira parte, nomes como Miguel Tela,urbano, o Sons assumiu o estatuto de “primeiro nomia), juntem também outras referencias compositor e músico arcuense que apresentafestival do ano” e de ponto de encontro natural “contemporâneas”, criando, assim, em cada fim no Sons o seu primeiro trabalho discográfico,dos melhores e mais dinâmicos projetos da de semana de fevereiro e março, um pacote de ou os também locais, e muito jovens, Carolinamúsica moderna nacional, sendo já um ponto in- visitação atrativo e dinâmico. Drama, mas também nomes regressados apóscontornável de passagem dos músicos e do seu um período de alguma ausência mediática,público; este é, cada vez mais , o primeiro ponto Quanto ao público alvo, parece uma história do caso do Ricardo Azevedo, ex-EZ Special, quede encontro da melhor música nacional antes de Tintim: é quase dos 8 aos 80 anos; na verdade escolheu também o intimismo do Sons de Vezum ano de múltiplos festivais de exterior, sobre- passam pelo Sons de Vez públicos de diferen- para apresentar novas canções.tudo estivais, e onde fica menos espaço para a tes gerações, quer em novos quer em projetoscontemplação e a observação real da música e mais consolidados, sendo esta uma marca O Sons de Vez é assim, e cada vez mais, umdos seus artistas; só como ponto de informação, identitária e vinculativa do evento; temos a sen- evento de celebração da música portuguesao Sons recebeu nestes anos, entre muitos outros, sação plena que cada edição é um reencontro e um espaço de encontro, ou reencontro, dereferências tão diversas e heterogéneas como para alguns e uma descoberta para outros. muitos amigos, em cima e fora do palco.Moonspell, Deolinda, The Gift, Dead Combo,Gaiteiros de Lisboa, Ramp, Pedro Abrunhosa, Que novidades destacaria na edição Qual o orçamento previsto para o mesmoCapicua, A Naifa ou Pop Dell’Arte. deste ano? e os apoios, para esse fim, recebidos, designadamente, da autarquia municipal?Quanto ao fenómeno Sons como elemento cres- A edição 2017 do Sons, na sua 16ª realização,cente de atratividade, relembro que, em 16 anos coloca em palco, mais uma vez, um grupo espe- O Sons de Vez é realizado com investimentode história, o festival colocou no intimista palco cial de nomes que atravessam sonoramente 100% municipal, contando com parcerias nãoda Casa das Artes de Arcos de Valdevez 141 pro- as oito datas, como se de uma bela máquina financeiras, casos da Antena 3, que é parceirojetos, de diferentes mediatizações e sensibilida- sonora se tratasse. Existem novidades absolu- de Media deste a primeira edição.des, e em plateia quase 17 000 espetadores, algo tas, casos do Carlão ou dos Anaquim, e “amigosque nos enche de evidente orgulho e entusiasmo. da causa” Sons de Vez, como Frankie Chavez, valemais.pt 5

O orçamento do evento está integrado no escrita pictórica do malogrado artista arcuense Lobos. Influenciado pela tradição e pelas raízesglobal anualmente previsto para programação Nurmi Rocha. E, logo depois, Frankie Chavez que do blues original de Mississippi, Paulo Furtado,e estratégia cultural do Município, dinamizada conjuga diferentes tipos de sonoridades. que se deu a conhecer pelo alter-ego desobretudo pela Casa das Artes, sendo que Legendary Tigerman, é o exemplo de one-mana sua leitura isolada não é válida. Podemos, A 17 de fevereiro, também um sábado, e a band show. Pedro e os Lobos, por sua vez, écontudo, dar nota que a concretização anual celebrar 15 anos de carreira, Linda Martini. Traz um projeto solitário e ousado, idealizado pelodo Sons de Vez é um esforço concertado, e uma mão cheia de sucessos e o mais recente guitarrista Pedro Galhoz.apurado, de investimento municipal e de aten- single “Gravidade”, agraciado pela crítica,ção e vontade dos próprios artistas e dos seus depois de esgotarem o Coliseu de Lisboa num No penúltimo fim-de-semana de março, diarepresentantes, numa simbiose que demonstra confronto direto com Legendary Tigerman, 17, sábado, é a vez dos Anaquim. Inspiram-que, muitas vezes, é a força de vontade e o também uma das propostas deste festival. -se nos cantautores portugueses ligados àesforço concertado que criam dinâmicas e revolução e na canção francesa. Na primeiraprojetos de sucesso; talvez por isso o sucesso Fevereiro encerra a programação no dia 24 parte, atua Ricardo Azevedo, o projeto a solodo Sons se deva a um feliz equilíbrio entre com o repetente nestas andanças, e no Sons do do ex-vocalista de Ez-Special.fatores emocionais e racionais. Vez, Jorge Palma, um nome que dispensa apre- sentações e que já foi entrevistado pela VALE O Sons de Vez termina a 24 de março, sábado,FEVEREIRO: DE CARLÃO A MAIS. Com mais de 40 anos de carreira, é um com dose dupla. A primeira parte fica com osJORGE PALMA nome incontornável na música, na qualidade de arcuenses Carolina Drama, que trazem o EP de compositor, poeta, intérprete e pianista. estreia “Memento Mori”; movidos pelo rock n’Carlão, ex-vocalista dos DA Weasel, tem as honras rol. Logo depois, a banda de rock norte-ame-de abertura da edição deste ano, no primeiro sába- MARÇO: DO PORTO À AMÉRICA ricana The Last Internationale. Com letras quedo deste mês de fevereiro. Trazendo na bagagem apelam à consciencialização social, assistiramo álbum “Quarenta”, que teve como primeiro A 3 de março, também um sábado, o palco é recentemente à entrada na formação do bate-single o sucesso “Os Tais”, o EP “Na Batalha” e os entregue aos portuenses Blind Zero. Conforme rista Brad Wilk, ex-Rage Against the Machin.singles de 2017 “Agulha No Palheiro” e “Viver Pra nos informou fonte da organização, a bandaSempre”, os primeiros avanços do álbum a ser vai apresentar-se em formato acústico, com Os concertos têm sempre início marcadoeditado durante este ano. aquele que é o oitavo disco da sua carreira: para as 23h00 e os bilhetes variam entre “Often Trees”, que revela a enorme criatividade 6 e 15€, Podem ser adquiridos ao balcão daO fim de semana seguinte, mais concretamente da banda de Miguel Guedes. Casa das Artes de Arcos de Valdevez na se-no sábado, dia 10, traz dupla proposta de progra- mana que antecede o evento ou reservadosmação. Primeiro Miguel Tela, que se inspira na Na sexta-feira seguinte, dia 9, é a vez de dose através do e-mail <casadasartes@cmav> ou dupla com Legendary Tigerman e Pedro e os do número 258 520 520.6 valemais.pt

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Reportagem #Monção & MelgaçoMonção & MelgaçoGRANFONDO BY TREKMelgaço e Monção recebem, no próximo mês de setembro, maisprecisamente no dia 23, um Grandfondo que pretende tornar-senuma prova de referência mo mundo da bicicleta.Texto :: José C. Sousa Para a Bikeservice, principal organizador do da Aveleira, Parada do Monte e Fiães; mas tam- evento, juntamente com os Municipios envolvi- bém a presença constante do Rio Minho e seusOMonção e Melgaço Granfondo by Trek dos e o Turismo do Porto e Norte de Portugal, “na afluentes, além da riqueza gastronómica e desse vai levar os participantes “a conhecer subregião de origem do Alvarinho, encontrarás bem tão precioso quanto impagável que é um esta região recheada de beleza, his- tudo aquilo que procuras num evento Bikeser- ambiente familiar e acolhedor”.tória e tradição, onde o cultivo e produção de vice: o verde das paisagens e serranias do Altouma casta especial de vinho verde se confun- Minho, em particular desse impressionante Afirma, ainda, que “sobranceira à regiãode com a nobreza e carácter das gentes e cuja maciço montanhoso que dá pelo nome de Serra espanhola da Galiza, a subregião de Monçãoorigem se perde nas profundezas do tempo”, da Peneda; aldeias históricas, como Lamas de e Melgaço é mais do que uma ponte entrediz a organização. Mouro, Santo António de Val de Podros, Branda duas realidades - é um elo de ligação, tal como será o Monção e Melgaço Granfondo by Trek, que, à semelhança dos demais Granfondos que organizamos, voltará a ter no contingente espanhol o mais numeroso de entre os muitos estrangeiros que nos visitam”.8 valemais.pt

A partida e a chegada serão em Monção com “ O turismo não tem nada para promover se município. Melgaço é um destino de naturezapassagem, claro está, por Melgaço. não forem as pessoas, o território, a gastro- por excelência, com caraterísticas geográficas nomia, o vinho, o património e as tradições. e geológicas que lhe concedem uma posiçãoA prova de Granfondo detém 140 km, o Me- Por isso, esta prova tem tudo para mostrar de destaque na região Norte de Portugal”.diofondo 104 km e o Minifondo 62 km. aquilo que as pessoas procurar que é o Luxo. E o Luxo não é mais do que Autenticidade, valemais.pt 9Apesar da prova só se desenrolar em setem- Criatividade e Inovação”.bro, as inscrições já se iniciaram e já ultrapas-sam os 570 participantes, restando, aquando Para Manoel Batista,do fecho desta edição, apenas, 930 vagas. edil melgacense, “o Granfondo é umA apresentação decorreu no auditório da evento de grandeESDL - Escola Superior de Desporto e Lazer, notoriedade e é comem Melgaço, e para além de várias referências, orgulho que o ire-nacionais e internacionais, deste desporto, dos mos acolher. Temosautarcas envolvidos e da organização, que se a certeza de quefez representar pelo reconhecido Manuel Se- mobilizará à nossaverino, esteve, também, presente, a secretária região muitas pes-de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. soas, não só atletas, como curiososPara Manuel Severino, da Bikeservice, “este movidos pela adre-é um desafio enorme, mas calculado. Este nalina do ciclismo”.Granfondo será um êxito e o nosso propósito “Monção e Melgaçoé ligar este evento a marca Alvarinho”. “Nesta Granfondo será comconceito de prova é destinado a toda a gente, toda a certeza umonde podem participar ciclistas profissionais, evento de grandeamadores e é uma iniciativa cariz desportivo, promoção para ocultural e de lazer”. território e será com o nosso ex-libris,A secretária de Estado do Turismo, destacou o Alvarinho, que oque “provas como esta são um aliado fortíssimo iremos receber”.para mostrar o nosso território, e para colocarPortugal no mapa internacional. Esse é o nosso “Esta prova queesforço, porque Portugal é muito mais que o abraçamos desde alitoral, é muito mais do que as regiões turísticas primeira hora é maistradicionais, e é muito mais do que Sol e Praia. uma das nossasAssim, temos de aproveitar este bom momento apostas para atrairque atravessamos no Turismo e temos, cada vez visitantes ao nossomais, de deixar valor no território”.

Por sua vez, António Barbosa, líder monça- Mapa percursosnense, afirma que “esta prova promete fazer,da Sub-Região de Monção e Melgaço, o local Sousa, que, confirmou, este será um evento de exceção.ideal para os apaixonados das duas rodas. E exceção pela organização, pelo nível de participação,Tanto os profissionais, como os amadores. pelos percursos escolhidos e pela proximidade com todos os participantes, isto é, nas condições que sãoInserida num circuito de competições ciclistas, dadas a todos de uma forma excecional. Estes eventosa nível nacional, celebraremos o vinho Alvari- de excelência fazem com que muita gente se inicie nanho, a mais nobre de todas as castas, desen- técnica de pedalar, numa forma de lazer”.volvendo a componente desportiva, junto dapopulação local, e potenciando a vertente A nível internacional, o galego Óscar Pereiro, antigo vencedor doturística no nosso território”. Tour de França em 2006, também esteve presente e afirmou que “ depois de fazer cerca de 20 grandfondos por todo o mun-O Monção e Melgaço Granfondo não é, do, não tem dúvidas que as provas organizadas pela Bikeserviceapenas, uma prova desportiva. Pela elevada estão no top 3. Por isso, em setembro tentará estar presente, atécompetência organizativa, pelo significativo pela proximidade que tem com esta região, e que, pelo que jánúmero de inscrições esperadas e pelo alcan- sabe, da Galiza virão muitos ‘aficionados’ da bicicleta”.ce mediático da competição, constitui, semqualquer dúvida, um contributo robusto para avalorização da nossa terra. Diria, uma forte pe-dalada para fortalecer o turismo monçanense”.Uma das referências do ciclismo nacional queesteve presente na apresentação, e que tambémfigura no vídeo promocional desta prova foi RuiGrandfondo Mediofondo Minifondo10 valemais.pt

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Fotorreportagem #Música #Viana do CasteloFotografia :: Vítor Ferreira Os AMOR ELECTRO atuaram no Centro Cultural de Viana do Castelo, no passado dia 27 janeiro. Desde a sua estreia em disco, em 2011, os Amor Electro não têm parado de crescer, tornando-se num dos principais projetos da moderna música portuguesa da atualidade. A transversalidade, em termos de música e de idades tem sido um dos grandes trunfos dos Amor Electro, chegando sempre ao público em geral, de uma forma consistente, dramática, enérgica e com mensagens sempre de cariz motivacional , positivo e claro, de Amor !12 valemais.pt

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Reportagem #Paredes de CouraVÍTOR PAULO PEREIRA“Não interessa muito serpresidente de Câmara,mas aquilo que pudermosfazer pelo território”Vítor Paulo Pereira alcançou nas últimas eleições um resultado histórico em Paredes de Coura. Os cinco lugaresdo executivo camarário são todos ocupados por elementos da sua lista (PS). Um 5-0 inédito. Obteve 76, 58% dosvotos. Melhor só nos Açores, na Povoação, em que o seu homólogo obteve 76, 91%.Aos 48 anos, este courense, licenciado em História, é um homem de bem com a vida, a família e os seusconterrâneos. É popular, mas repudia facilitismos e demagogia.14 valemais.pt

Texto :: Manuel S. Então, como deve ser, hoje, um presidente de uma Câmara como a de Paredes de Coura?EMOTIVO E TÍMIDO FAÇO TUDO TARDE “Tem de ser empresário, uma pessoa que esteja atenta à captação de investimento, temNum destes últimos dias, estivemos É um pai orgulhoso que se ufana em acompanhar de ser um programador cultural, tem de ser com ele para uma conversa, proposi- os seus filhos, crianças ainda só com 4 e 7 anos. uma pessoa que se preocupe com a imagem tadamente, demorada. E, logo a abrir, da Câmara, que comunique bem e, sobretudo, perguntamos-lhe quem era, afinal, o Vítor “Faço tudo tarde. Casei tarde, aos 34 anos, que arrisque e que perceba. E, depois, que Paulo Pereira. e vim para a política tarde. A única coisa esteja desprendida do lugar. Até nem sei se para que que fui cedo foi a de professor… estou a fazer uma análise injusta…mas há “É uma pergunta difícil. E engraçada… Os outros porque tinha de ter uma profissão. Gosto que pessoas que se deixam deslumbrar pelos têm uma visão mais clara e objetiva de nós. Até as coisas maturem. Nunca vivo obcecado. cargos (não me refiro aos meus colegas aqui porque é muito profunda e leva-nos para um Nem com a política. Quando me perguntam: do distrito). Mas o cargo, em si, não significa domínio filosófico. Poderei, todavia, responder então… e depois de sair da Câmara? Vou nada.” de uma forma simples. Fui sempre uma pessoa para a escola, que sou professor… costumo Continuando: “Não interessa muito ser presi- muito emotiva, tímida. Tive uma infância normal, dizer que era muito melhor professor do que dente de Câmara, mas aquilo que pudemos era bom aluno na escola, mas não o mais popu- sou presidente de Câmara.” fazer pelo território, pela transformação. Num lar. Era muito caladinho, mas gostava de estabe- mundo moderno, que é muito rápido, frenético, lecer relações de amizade. Procurei ultrapassar Porquê? “Era aquilo que verdadeiramente quem não souber para onde é que ele vai… E as minhas dificuldades com muito trabalho. gostava. E era mesmo muito bom. Isso de depois há outra coisa. Um território é realidade, ser presidente de Câmara também depen- mas também é perceção que as pessoas têm Pelos resultados, até poderia parecer um de das equipas que me acompanham. E dele. É preciso trabalhar, mudar muito a reali- aluno inteligente. Mas fui sempre muito mais da avaliação das pessoas. Mas nunca fui dade, mas também, depois, comunicar bem.” de trabalho. Conseguia tirar 4 a Matemática apressado. Como faço as coisas sempre E observa: “É preciso ter inteligência emo- porque resolvia os exercícios de uma forma tarde... era o 5º melhor. Porque os 4 primei- cional. Isso é fundamental. Por isso é que quase mecânica e trabalhava muito. Era tími- ros ‘matavam-se’ uns aos outros e ficava o se dá tanta importância hoje no ensino às do, embora sempre muito corajoso. caminho livre. Na política ou na vida deve- artes, à música. Em Paredes de Coura, temos mos ter paixões. E ser competentes. Para um conjunto de programas culturais porque Agora, a Câmara, a organização do Festival isso, é necessário mostrar muita ignorância os miúdos estão ativos do ponto de vista de Música e a minha atividade enquanto pro- e estar sempre a perguntar aos outros.” curricular e escolar, mas também dinâmicos fessor deram-me segurança, do ponto de vista do ponto de vista das emoções.” do reconhecimento público e da competência da exigência. Agora, sou sempre uma pessoa valemais.pt 15 muito emocional.”Referindo-se à sua formação:“O curso de História dá-nos uma bagageme uma visão do mundo que é extrema-mente importante para a nossa atividadepolítica. Um dia que sair da Câmara, doponto de vista humano, vou muito mais ricoporque aprendi a ter confiança, a lidar comos problemas e a resolvê-los.”Vítor tem seis irmãos. Três homens e trêsmulheres. É o do “meio”.“Foi sempre uma relação como a maiorparte dos irmãos. De amor e, às vezes, comalgumas zangas quando eramos pequenos.Nasci numa família de aldeia, aqui perto davila, o meu pai era merceeiro, a minha mãeera doméstica e tive uma infância feliz, ondenão tínhamos tudo, como hoje os miúdostêm… mas não era por isso que não eramosfelizes. Hoje é impressionante a quantidadede brinquedos e prendas que os miúdosrecebem no Natal e dali a 10 minutos nãolhes atribuem grande importância.”

ESQUEÇO-ME QUE SOU tismo e ao idealismo, até à ingenuidade, é difícil tancialmente a minha vida. Até, às vezes ,metoPRESIDENTE DE CÂMARA parar uma Câmara assim. De facto, em quatro um casaquinho, como hoje, em que vou tirar anos fizemos um trabalho notável que todos umas fotografias. Mas, na maior parte das ve-Considera-se também uma pessoa de afetos? reconhecem e a própria realidade o atesta. A zes, é como quando ia para a escola, não tenho questão é engraçada: apesar de serem tanto exi- nenhuma indumentária. Não por hostilidade“Esqueço-me que sou presidente de Câmara. gentes, acabaram por ter um pleno. Sim, porque ao fato e gravata, que gosto, e que, quando vouSou o Paulo ou o Vítor, estou aqui em Paredes de facto acreditaram no nosso trabalho. Mas para os combates, também tenho de usar.”de Coura, as pessoas aproximam-se e… como isso não contribui para nenhum deslumbramen-se trata das pessoas que se aproximam de to, porque, quem dá os votos, também os tira.” O seu dia a dia típico. “Levanto-me pelas 7h15nós? Com carinho, ternura, inteligência emo- Neste segundo mandato vai seguir esse registo? da manhã, a minha mulher é professora emcional. Mas isso não quer dizer que isso de “A pior coisa que nos podia acontecer era Caminha, ajudo-a a vestir os miúdos. Ela, mui-trate de um paternalismo.” achar que agora estamos no cume e que tas vezes, sai mais cedo e sou eu que deixo o tínhamos de governar outra vez para que o Vicente e a Francisca na escola por volta dasUm exemplo: “Pelo resultado eleitoral que ti- resultado não diminuísse ou para que fosse 9h. Depois venho para a Câmara. Inicio a vidavemos, as pessoas podem pensar que há uma normal e, diversas vezes, ao final da tarde, vouestrutura por trás. Que conseguimos menori- tão bom (melhorá-lo é muito difícil). É evidente buscá-los. Participo nas tarefas domésticas.zar as pessoas e dar tudo a toda a gente. que a responsabilidade é maior, mas não Não quero ter uma carreira política maravilho-Costumo dizer que temos mais respeitabili- vamos governar com a obsessão dos 5-0. Va- sa e perder a família. Nas representações dadade e mais retorno político quando somos mos governar para as pessoas. Uma das pri- autarquia, não vou a todas. Tenho dois filhossinceros com uma pessoa e dizemos-lhe meiras medidas que tomamos agora, porque pequenos. Não quero chegar daqui a 20 anos,logo, por exemplo, que 'não pode ser', do precisamos, foi aumentar o IMI. Muitas vezes, estar perto da reforma e, ao olhar para trás,que ‘vamos estudar, o assunto é demasiado há quem pense que se ganha mais votos a concluir que perdi a minha família para perse-complexo, estamos a trabalhar nisso'”. dizer coisas como ajustamos o IMI à média guir determinados objetivos políticos.” distrital. Mas as pessoas preferem, muitasApesar de avisar que não votou nele, o vezes, o discurso objetivo da comunicação, do “Tudo é frágil. Hoje posso estar aqui, amanhãautarca courense não se escusou a falar de que esconder, nesta caso, que aumentamos.” acontece-me uma coisa qualquer e tudo aca-Marcelo Rebelo de Sousa. “Veio trazer uma ba por se esboroar. E não há melhor momentonova dimensão. Pode, às vezes, haver al- NÃO TENHO INDUMENTÁRIA do que estar com a família, com os amigos,gum conflito entre Governo e o Presidente porque o resto é efémero. Então, na política,da República, mas não é aquela guerrilha Vítor Paulo Pereira faz questão de ter uma vida nem imaginam… “política que existia antigamente entre de pessoa comum.estes dois órgãos. Quem ganha é o país.” “Não é propriamente o de um presidente de Afiança, porém: “O que me interessa, agora, é Câmara. Ir para a autarquia não mudou subs- fazer um bom trabalho em Paredes de Coura.E votaria nele, em futuras eleições? “Não sei E transformar a vida destas pessoas comquem seria o seu adversário… agora faço paixão. As câmaras, ao contrário de outrasuma avaliação muito positiva dele. Se a faço, instituições, têm essa capacidade. Entre a de-é evidente que, nesta altura, votava nele.” cisão, o projeto e a concretização, é tudo muito rápido. Desde que, obviamente, se tenhamEntão… e o que distingue Paredes de Coura recursos financeiros.”de outras terras? O que de mais importante fez na vida.“Digo, às vezes, aos meus colegas: ‘se istoacontecesse em Coura, metia-me num caldeirão “Acho que o de mais importante já fiz – podecom alcatrão e com penas’. Porquê? As pessoas parecer até uma visão romântica. Tive sempredaqui são mais exigentes, às vezes, até mais áci- terrenos de amizade e de amor muito impor-das – não no sentido de maldade, mas de mais tantes. Primeiro, foram aqueles tempos queatentas e ativas do ponto de vista da cidadania e passei no festival e, aí, fiz verdadeiros amigos;não admitiam que acontecessem determinadas e foi uma escola de gestão, onde cresci.coisas como, às vezes, sucede noutros territórios. Também o facto de ter uma família que achoSão mais despertas e exigentes.” bonita e que amo muito. Outra coisa a ter foi ter saído da zona de conforto em que estava eNo entanto, o chefe do município courense foi vir para a política. Com este privilégio: a de tero único da região a obter o pleno no sufrágio convidado muitos dos meus amigos, pessoasque o confirmou para um segundo mandato. com quem trabalhei e com quem tinha rela- ções. A maior parte deles não percebia nada“Fizemos uma governação que, às vezes, raiava de política. Mas os políticos devem escolhera colocar em causa a vida familiar. Quando as equipas. O povo tem a arma… se escolhes-viemos para a Câmara ninguém tinha muita se amigos incompetentes, o trabalho não eraexperiência política. Depois, tínhamos muita in- feito e não teríamos ganho as eleições”genuidade, idealismo, romantismo. Mas tambémcompetência. E quando se alia esta ao roman-16 valemais.pt

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Próximo objetivo? “Em determinadas áreas, na, estar duas horas no sofá e não fazer nada. A terminar a conversa, o autarca recorda umestamos muito bem. Mas, noutras, temos de Também precisamos, às vezes, de desligar.” episódio registado na noite do dia das últimasfazer um esforço maior. Mas, respondendo autárquicas e que acabou por se revalar divertido.de forma politica, é a ligação à A3. Se chegar Vítor Paulo Pereira revelou-nos, ainda, algunsaté Formariz, podemos dizer que 95% do pro- daqueles que têm sido os seus gostos musi- “Não tínhamos ainda noção da dimensãoblema das acessibilidades está resolvido. Os cais, que vão desde o rock à música clássica. histórica da vitória. Em vez de ir para a sede,courenses não têm muito essa perceção, mas Entre eles, estão referências tão diversas como fomos para o café do Freitas, em Romarigães.eu só comecei a tê-la…. às vezes, é falar um os Slade, Motheread, Led Zeppelin, The Who, Até porque tinha a Sport TV e estava a dar obocadinho com a esposa. Quando lecionava King Crimson, Red Hot Painters ou Tindersti- FC Porto – Sporting. Sou sportinguista, já sa-em Lanheses, tinha muitos colegas que acha- cks ou compositores como Philip Glass, Hän- bíamos do resultado dos 5-0 nas eleições, euvam que Coura ainda ficava perdida no meio del, Giya Kancheli ou Henryk Mikołaj Górecki. estava a olhar para a TV e o jogo não estava adas montanhas...”. correr muito bem, tinha o semblante carrega- Nesse sentido, lembra os seus tempos de do. As pessoas, quando entravam, eufóricas,MULHERES NAS COMPRAS estudante em Paredes de Coura em que falavam-me no 5-0 e eu continuava compe-EU NAS LOJAS DE DISCO começou a gostar música com um amigo seu, netrado no jogo e sisudo. As pessoas achavam o Júlio Cunha, atualmente professor. “Íamos muito estranho. Achavam que estava assusta-“Uma das coisas que me dava muito prazer, para casa dele, ele apagava as luzes e num do com o resultado eleitoral. Ao fim de muitaainda antes da música digital, é que… as mu- ambiente de penumbra ouvíamos aqueles dis- insistência, perceberam quando lhes disse quelheres vão às compras, e eu gostava muito de cos estranhos dos Pink Floyd, os mais antigos”. estava contente com a vitória nas eleições,ir às lojas de discos e estar lá três horas para mas chateado pelo Sporting estar empatado.”ouvir e escolher três discos.” Depois, à medida que “cresces, tornas-te mais exigente. Comecei a gostar de música clássica“Gosto muito de música, de ler (para as últimas pelas bandas sonoras dos filmes. Gosto muitoférias levei «O Coração das Trevas» de Joseph de cinema. Cheguei a ter, quando era profes-Conrad). Mas, com o tempo da Câmara e da fa- sor, um clube que se chamava Ler Cinema”.mília, leio mais histórias infantis para os miúdos.E também há necessidade de, ao fim de sema-18 valemais.pt

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Saúde #ReportagemCentro Médico QuirúrgicoCONCHEIROCorrem novos tempos no Hospital Concheiro.Com mais de meio século de história, o hospital de Vigo,de capital inteiramente galego, encara o ano de 2018 cheio de novidades.Conversamos com Alejandro González-Concheiro Santos, diretor do Concheiro Quais foram as principais recomendações des-Centro Médico Quirúrgico. se plano estratégico?Que mudanças enfrenta o hospital? Falamos de três eixos de ação fundamentais: Apos- tar em novas especialidades, o aprimoramento dasNo Centro Médico Quirúrgico Concheiro, a medicina não é só a atenção dedicada a especialidades já existentes, destacando o carácterpatologias específicas, mas também, um compromisso com o bem-estar e a saúde afável do hospital e, por fim, a criação de uma novade cada paciente. Juntando vocação e profissionalismo somos capazes de ofe- marca e nome comercial.recer um serviço médico de qualidade superior. Sob essas premissas, há algunsmeses incumbimos uma consultora de elaborar um plano estratégico para Este plano estratégico acarreta uma importante verbadefinir a nossa estratégia para os próximos anos. económica para enfrentar os investimentos em equipa- mentos tecnológicos e na reforma do edifício que alberga as instalações do hospital.20 valemais.pt

Por que a mudança de nome e imagem? Quais são as prioridades e objetivos do Conchei- ro Centro Médico Quirúrgico nesta nova etapa?Queremos apoiar-nos numa marca renovada para comunicar o novo projetohospitalar ao nosso público, fazendo-o, sem perder os valores que nos acompa- A nossa prioridade é sempre o paciente. A excelên-nham há mais de 50 anos. Acreditamos que o nome Concheiro Centro Médico cia no atendimento médico e no serviço são nossosQuirúrgico ajudar-nos-á a alcançar esses objetivos. objetivos. Temos as mais rigorosas e exigentes certificações no sector da saúde, que garantem eAlém do nome, o hospital também sofreu transformações nas suas certificam o rigoroso cumprimento dos critérios deinstalações. qualidade do nosso hospital.Reformamos, totalmente, o 1.º e 3.º andares do hospital para atender ao cres- Uma equipa médica de especialistas e um equipa-cimento de oftalmologia e o aumento da atividade prevista para as restantes mento técnico de vanguarda fazem toda a diferença.especialidades. No que diz respeito aos equipamentos tecnológicos, os proprie-tários decidiram fazer um importante investimento para fortalecer as equipas Depois, também somos acompanhados pelo Dr. An-médicas e prover o hospital de tudo o que for necessário, nesta nova etapa. tonio González-Concheiro Santos, diretor médico do Concheiro Centro Médico Quirúrgico e reputadoQual modelo de hospital pretende ser o Concheiro? especialista em traumatologia e cirurgia ortopédica.Queremos ser um hospital de referência para o norte de Portugal e o sul da Você sempre foram uma referência emGaliza, aberto a profissionais de qualidade incontestável e especializados em traumatologia.Traumatologia, Cirurgia Geral e Digestiva, Oftalmologia, Maxilo-Facial e Cirur-gia Plástica e Reconstrutiva. É verdade, e continuaremos a sê-lo porque possuí- mos profissionais conceituados, com uma trajetóriaSabemos que a confiança que nos foi depositada durante todos estes anos sur- certificada e temos, também, um equipamento dege da qualidade dos nossos profissionais e do conforto das nossas instalações. última geração. Utilizamos as mais recentes tecnolo- gias aplicadas às diferentes patologias do tornozeloUsufruímos de uma excelente localização na estrada de Vigo, a partir de Portu- e pé, joelho, quadril, cotovelo, ombro, etc. O fato degal e a menos de uma hora, de carro, da área do Baixo Miño. trabalharmos, há tanto tempo, e tão intensamente na resolução clínica e cirúrgica de diferentes patologias proporciona ao paciente uma garantia de sucesso. valemais.pt 21

Aquele caráter afável, que falamos anteriormente, queremos passá-lo não só aos pacientes, mas tam- bém aos profissionais, para que vejam o nosso centro como o local ideal para realizar as suas interven- ções, focando-nos, especialmente, num modelo de “cirugía mayor ambulatoria” ou seja, não requere o ingresso e estadia do paciente no Centro, ou então, períodos de hospitalização curtos. Qual o papel da Oftalmologia no novo projeto? Será uma das maiores apostas. Lançámos uma Unidade de Oftalmologia equipada com os melhores aparelhos de última tecnologia, para re- solver problemas oftalmológicos e contamos, na direção, com os médicos Jesus Suarez Rodriguez e Alberto Ollero Lorenzo, dois oftalmologistas de renome com uma reconhecida trajetória de 25 anos de intensa atividade clínica e cirúrgica. Alejandro González - Concheiro y Antonio González - Concheiro Além do novíssimo equipamento que permite realizar um diagnóstico perfeito, no centro, dispomos de duasQuais são as técnicas cirúrgicas mais utilizadas? salas de cirurgia com tudo o necessário para garantir um bom resultado em todas as cirurgias que fazemos.A técnica a usar é marcada pela patologia que estamos a tratar, em cadamomento, mas sempre que a doença o permite, utilizamos técnicas cirúrgi- A nossa única preocupação é o paciente e porcas não-invasivas, como a Artroscopia, o que nos permite explorar diferentes isso colocamos toda a nossa experiência e tecno-articulações de forma intra-articular e tratar lesões de menisco, cartilagem logia à sua disposição para oferecer uma assis-e ligamento cruzado anterior. Também somos especialistas na aplicação de tência integral a sua saúde ocular.outras técnicas, quando o tipo ou tamanho da lesão o requer, como a cirurgiaaberta, a realização de enxertos ou a colocação de próteses. Somos o único centro de oftalmologia na Galiza, que tem EYE- LIGHT, revolucionário equipo que resolveEm que consiste a aposta nas novas especialidades? o grave e incómodo problema do Olho Seco, apli- cando uma combinação de luz pulsada e modulada.Devemos continuar a apostar nas especialidades que nos permitiram chegar até Trata-se de um tratamento indolor, sem contacto eaqui, como é o caso, entre outros, da traumatologia, mas queremos focar-nos e melhora os sintomas desta doença em poucas horas.promover outras como a Oftalmologia, a Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, a Maxi-lo-Facial e a Cirurgia Geral e Digestiva.Dr. Alberto Ollero Lorenzo A CLÍNICA OFTALMOLÓGICA CONCHEIRO O nível elevado da oftalmologia na Galiza é conhecido por todos, mas a SERVIRÁ O NORTE DE PORTUGAL Clínica Oftalmológica Concheiro tem duas figuras muito importantes; osDr. Jesús Suárez Rodríguez médicos Jesus Suarez Rodriguez e Alberto Ollero Lorenzo. Com uma longa A Clínica Oftalmológica Concheiro nasceu carreira de mais de 25 anos, possuem uma vasta experiência no campo22 valemais.pt com o objectivo de se tornar uma referência clínico e cirúrgico. Desenvolveram uma carreira, na medicina pública, que de oftalmologia no sul da Galiza e norte de lhes permitiu operar milhares de casos de catarata, glaucoma, transplan- Portugal, cobrindo uma vasta área geográfica tes de córnea e outras patologias, relacionadas com a estética ocular des- que inclui cidades importantes, como Viana do tinadas a corrigir problemas relacionados com o envelhecimento natural Castelo, Braga, Chaves, Bragança, Mirandela, dos olhos, tais como a eliminação de sacos de olho ou rugas. Vila real, Amarante, etc. Os procedimentos mais comuns, tais como cirurgia de catarata, que Consciente da necessidade que existe nesta proporciona excelentes resultados, não necessitam de hospitalização, região do interior de uma oftalmologia de qua- de modo que os pacientes no norte de Portugal, no mesmo dia, podem lidade, a Clínica Concheiro torna-se numa al- dirigir-se a clínica, serem operados e retornarem as suas respectivo casas. ternativa perfeita para todos os habitantes desta área, que poderão usufruir de um atendimento O Centro Médico Quirúrgico Concheiro está localizado a dois minutos avançado, a apenas uma hora de carro. do ‘El Corte Inglês’ e tem um parque de estacionamento muito perto, o que tornará a visita do paciente e dos seus companheiros muito fácil.

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Reportagem #Ponte de LimaCerca de 1200 espéciessão atração nas Lagoas deBertiandos e S. Pedro de ArcosCom mais de um milhar de espécies de fauna e flora, algumas raras ou em risco deextinção, a Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos ocupa umaárea de 346 hectares. Espaço único situado no sopé da Serra d’Arga, a pouca distância dorio Lima e da ‘vila mais antiga de Portugal’, está facilmente acessível pela A27 e EN202. CORREMOS O RISCO DE TER UMA PRESSÃO EXCESSIVA SOBRE O ESPAÇO24 valemais.pt foto de: Susana Matos

Texto :: Manuel S. de uma certa altura, a Área Protegida, em Nesta área convivem perto de 1 200 espécies si, deixa de ter a força inicial para captar as de fauna e flora. Nas veigas e bosques, predo-Desenvolve-se na envolvente de duas lagoas pessoas. Chegavam a ela porque, primeiro, minam salgueiros, amieiros e carvalhos.e margens da ribeira de Estorãos que, por ali, vinham à quinta”, refere, reconhecendo tam-passa antes de ir parar ao Lima. Está classi- bém existir quem faça o contrário. “Há espécies que existem aqui e noutrosficada como Zona Húmida de Importância lugares do país. Mas a nível da região, só nãoInternacional. Pode ser percorrida através de Isso deve-se, sustenta, ao facto de nesta conseguimos ter presentes as que são dascinco diferentes percursos, devidamente sina- estarem instalados um conjunto de equipa- áreas serranas, de grande altitude, e do litoral.lizados. Em complementaridade, junto a esta mentos coletivos atrativos, do ponto de vista Algumas, como das da comunidade piscí-situa-se uma quinta pedagógica (30 hectares do turismo, e depois, como a Área Protegida cola, em que temos cerca de nove, três sãoem que é recreado o espaço rural minho- é a 1, 5 km, as pessoas acabam por a visitar. migradoras. Acabam por frequentar tambémto), parque de campismo com bungalows e “Muitas delas, ainda hoje, não percebem que o mar. É o caso da enguia, da lampreia e umaalbergue, parque de aventuras, minimercado, a área protegida e a quinta são geridas pela sub-espécie da truta.”restaurante, piscina e um centro escolar. mesma entidade, a Câmara Municipal”. Os 60 hectares que o Município limiano adquiriuEmbora a sua abertura ao público só se são ocupados com infraestruturas e a uma bolsaregistasse em 2005, o projeto iniciou-se de terrenos dedicada à conservação da natureza.cinco anos antes. Por ela, já terão passadoà volta de um milhão e meio de pessoas, “Estamos num deles, são cerca de oito hecta-de acordo com a estimativa de Gonçalo res que esta lagoa tem, um dos espaços maisRodrigues, engenheiro de ambiente e recur- emblemáticos e de maior valor, aqui assegu-sos rurais, responsável técnico pela Área ramos que nada é feito no sentido de que váProtegida. “Vivemos numa situação em que prejudicar o habitat que está em presença no‘chegam’ os visitantes que temos. Podemos espaço. Intervimos, essencialmente, nessascomeçar a correr o risco de ter uma pres- que são as nossas áreas” – salienta Gonçalosão excessiva sobre o espaço” – observa. Rodrigues, enquanto percorremos o espaço.“Foi o seu valor natural a despertar o interesse CERCA DE 900 PROPRIEDADESpor parte da Câmara e também a motivaçãopara o preservar e, logo à partida, valorizar. Prosseguindo: “Há planos de intervenção,Colocar este recurso endógeno a favor da sobretudo, em zonas mais florestais. Temoseconomia local”- explica-nos. algum trabalho de recuperação da atividade pecuária na Área Protegida. Anteriormente, as“O projeto inicial já contemplava a aquisi- vacas e os bovinos eram os jardineiros da pai-ção pela autarquia dos terrenos da Quinta sagem. São cerca de 900 propriedades, ondede Pentieiros (e onde foram construídas existiam, há cerca de cinco anos, cerca de 400algumas infraestruturas para complementar proprietários. É uma loucura.”a oferta da Área Protegida), mas, a partir valemais.pt 25

“Na primavera/verão, vinham por o gado a foto de: José Antunes “Fazia todo o sentido em ter um estabele-apascentar. Tinham de tomar conta dele e cimento de ensino muito próximo da áreaiam desenvolvendo trabalhos, como aparar as foto de: Susana Matos protegida e da quinta – o jardim da escola dosebes. Tínhamos um jardim muito apelativo. foto de: Susana Matos Centro Educativo das Lagoas é a Quinta deAgora, é algo mais selvagem. O gado desa- Pentieiros, muito da área de recreio, semprepareceu com o fecho dos postos de leite, com que o tempo, permite acaba por ser esta; de-a mecanização deixou de se utilizar a tração pois, as lagoas, um bocadinho mais distantes,animal, já não há essa pressão, a sucessão são frequentemente utilizada pelos alunos.natural fez com que as pastagens, algumas Associado a isso, a escola acabou por ter outradelas, dessem origem a bosques de elevado componente relacionada com aquilo que eravalor natural, mas não queremos que estes as necessidades da própria Área, nomea-dominem toda a Área.” damente, ao nível da disponibilização para campos de férias.”Daí que, dos 60 hectares adquiridos pelaautarquia, cerca de 20 são geridos pela Com efeito, o centro escolar acabou por ter umAssociação de Criadores da Raça Minhota investimento extra, acabando por oferecer, nas(bovinos) para que, também, apoiem o projeto pausas escolares, instalações para a realizaçãode revitalização da atividade pecuária. de campos de férias. “No fundo, tem as salas de aula no tempo escolar. Depois, o material é“A associação traz-nos, na primavera/verão, os colocado no espaço que fica entre as salas eanimais a determinadas áreas de pastagem. deste saem os beliches, a fim de se montaremAlgumas delas são de privados, temos acordo os quartos para as pessoas dormirem, no-com estes que acabam por beneficiar, é feita meadamente, as crianças. Depois, ainda existeuma limpeza da propriedade. Recentemente, a cantina, o pavilhão e uma série de outrosadmitimos nesses espaço uma empresa de equipamentos.”produção de gado e de instalação de pasta-gens. E uma outra ligada à vermicomposta- Também não havia um restaurante nasgem. O interesse maior é que deem uma nova proximidades. Daí o investimento municipalforça à atividade pecuária”. nesta estrutura, concessionada a privados, sendo ainda um espaço de convívio, com umaTURISTAS E ESCOLAS mercearia de apoio ao campismo.As afluências á área protegida verificam-se, PRIVADOS E ECOHOTELem maior número, na época de verão e outono,sobretudo na primeira parte deste. “Onde O investimento privado também se regis-ainda se situam muitos estrangeiros, nomea- tou com as atividades do “turismo verde”,damente, franceses, holandeses e brasileiros”. designadamente através da instalação de uma empresa situada mesmo ao lado da Quinta de“Começamos a ter aqui uma visitação que sai Pentieiros e em complemento à oferta desta.fora do contexto escolar, na altura da prima-vera e até meio do outono. Como em tudo, a Na quinta pedagógica desenvolvem-sepressão maior é na altura do verão. No resto também um conjunto de atividades equestres,do ano, com exceção dos fins de semana, baseadas na promoção das três raças equinasacaba por ser do público escolar. Representam nacionais (garrano, lusitano e o sorraia) e45 a 47% dos visitantes. São do concelho e numa ligação às escolas, incluindo as dede fora. Recebemos aqui escolas das regiões alunos com multideficiências (hipoterapia).do Porto, Braga... mas já chegamos a ter do Uma concessão a privados. Sucedeu o mesmoAlgarve. Porém, é, sobretudo, de Ponte de Lima com a sidra, uma bebida tradicional nas Feirase região.” Novas, as maiores festas limianas, e que “após vários anos de persistência” e o facto da au-O Centro Escolar das Lagoas, situado na en- tarquia não poder ser a sua produtora, acabouvolvente, surge no contexto da área protegida. na aceitação de uma candidatura de três estudantes da Escola Superior Agrária, situada“A partir do momento em que esta começa a na freguesias de Refóios.instalar recursos físicos e humanos, é criadatoda uma dinâmica de investimentos. Estamos “Mais recentemente, começaram as obrasa falar de um território classificado como de de um hotel (iniciativa privada) relacionadobaixa densidade, mas fortemente utilizado com as questões da natureza, a cerca dedesde há uma década em virtude do projeto 500 metros da Quinta de Pentieiros.de desenvolvimento rural que assenta na suaconservação e valorização.”26 valemais.pt

Não sei se lhe vão chamar eco-resort das La- foto de: Daniel Campelo PRESIDENTE DA CÂMARAgoas, mas, certamente, na questão da localiza- “O LOCAL PERFEITO”ção, houve aquilo que é a dinâmica desta Área.Apontam a conclusão ainda para este ano. É A VALE MAIS solicitou também ao chefe do muni-um investimento de cinco milhões de euros. cípio limiano, Vítor Mendes, uma declaração sobreCom apoio de fundos comunitários” – dá-nos este projeto da autarquia.conta Gonçalo Rodrigues. “Em síntese, a importância da Área Protegida/ÁREAS DE ATIVIDADE Quinta de Pentieiros faz-se notar:São, pois, três, as grandes áreas de atividade: • Na dimensão ambiental, pelo contributo con-conservação da natureza e a valorização do ferido ao nível da conservação da natureza e daespaço natural; desenvolvimento rural; e sensi- biodiversidade do Noroeste Peninsular, seja por viabilização e informação ambiental. da gestão ativa da natureza e da biodiversidade ou por via da sensibilização e educação ambientalNeste último aspeto, o responsável realça que e da promoção/divulgação do património natural- além daquilo que é feito na Área Protegida em presença no espaço.ou na Quinta de Pentieiros - com o sucessodo Serviço Educativo, nos últimos cinco anos, • Na dimensão socioeconómica, pela valorizaçãoentrou-se nos estabelecimentos de ensino. da diversidade e da articulação territorial, pela dis- tribuição equitativa de serviços coletivos - com o“Temos colegas que, todos os meses, vão às investimento público a gerar investimento públicoescolas, em espaços de Ciências Divertidas. e privado e a instalação de empresas ligadas aoForam montados em cada um de 11 centros setor primário e terciário- agricultura e turismo, eeducativos do concelho (1ºciclo), fruto daquilo pela consequente criação de postos de trabalhoque foi a experiência no das Lagoas, um diretos e indiretos. Todos estes contributos sãoespaço ligados à sensibilização e onde cabem, decisivos na melhoria da qualidade de vida dastambém, questões como o corpo humano, da populações locais.geologia e do sistema solar. Um investimentomunicipal a rondar os 40 mil euros”. Também As Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcosinserido no Festival dos Jardins, o “Escolinhas (LBSPA) situam-se a 4 Km da sede do conce-de Ponte de Lima” mostra também o trabalho lho e abrangem as freguesias de Bertiandos, S.que é feito. Ainda o Abraço ao Rio Lima, no Pedro de Arcos, Estorãos, Moreira do Lima, Sá ecentro da vila, representa o extravasar daquilo Fontão. Com uma área total de próxima dos 350que são as atividades da Área. hectares e encaixada num ambiente deslumbran- te e enfeitado pelas mais diversas espécies deUma nota, ainda, para a limpeza e manuten- vegetação, pastagens naturais e zonas de veigas,ção. “Sabemos que se as coisas estiverem as LBSPA são o espelho da elegância e frescurabem conservadas, as pessoas, inconscien- que só a água consegue transmitir. Dispõem detemente, também as preservam. Tentamos vários percursos – da Lagoa, das Tapadas, do Rio,dar nota e seguir uma estratégia para isso das Veigas, da Água e do Rio Lima – e rotas – doacontecer.” Solar, do Cruzeiro e da Azenha – que podem ser exploradas a pé ou de bicicleta; o difícil seráINVESTIMENTOS mesmo escolher.Os objetivos são o de consolidar e dar ainda QUINTA DE PENTIEIROSmais qualidade aquilo que existe e se faz. “In-vestimentos avultados não vão existir. Estamos A cerca de 1,5 Km da Área de Paisagem Protegida ea falar algo que já tem cerca de 15 milhões de integrada na zona das lagoas, a Quinta Pedagógicaeuros de investimento. Existe um ou outro pro- de Pentieiros permite observar o dia-a-dia da vida ru-jeto que visa criar ainda melhores condições ral, contactando com as vivências de uma exploraçãopara as empresas de privados trabalharem, agrícola do Minho. A Casa da Quinta é um espaçopoderá haver um reforço de investimento a ní- polivalente, onde funciona o parque do Pinchas, espa-vel da capacidade de alojamento e bungalows ço onde se podem realizar festas de aniversário, ena Quinta de Pentieiros, mas não vislumbro, a serve de apoio a eventos culturais e de lazer.curto prazo, investimentos avultados.” Por estes lados, é o local perfeito para passar um ou mais dias ao ar livre e em contacto direto com o melhor da Mãe Natureza.” valemais.pt 27

Reportagem #GalizaA-55 VALENÇA-VIGOA autoestrada com maisacidentes de EspanhaE o quilómetro 12, situado na localidade de Mos é o 'Ponto Negro' de toda a rede viáriaespanhola. Os dados são do último relatório da 'Automovilistas Europeos Asociados'. O PIOR TRAMO ESTÁ SITUADO NA LOCALIDADE DE MOS, ENTRE AS CONHECIDAS CURVAS DE TAMEIGA E LOS MOLINOSTexto :: José C. Sousa Esta estrada é percorrida, diariamente, por mi- Analisando o relatório publicado, o pior tra- lhares de condutores portugueses e espanhóis, mo esta situado na localidade de Mos, entreAautoestrada A-55 que liga Portugal que trabalham nos dois lados desta fronteira as conhecidas curvas de Tameiga e Los (Valença) a Vigo é a via que regista (Valença –Tui) que é o ponto, entre Espanha e Molinos. Este local regista 80% dos aciden- mais acidentes em toda a Espanha. Portugal, com maior intensidade média diária tes que se produzem nesta via.De acordo com o último relatório publicado de tráfego de passageiros, a nível nacional.pela ‘Automovilistas Europeos Asociados’, Os especialista em segurança coincidem emo quilómetro 12 continua a ser o ponto Já a cidade de Vigo, uma das mais importan- que este acesso é inadmissível para umanegro com mais acidentes e vítimas da rede tes do Noroeste Peninsular, está a apenas 20 autoestrada. Prova disso é que a velocidaderodoviária espanhola, que inclui estradas minutos de Valença e atrai inúmeros visitantes nestes locais foi limitada a 60km/h. Desdenacionais, vias-rápidas e autoestradas. portugueses que, diariamente, escolhem este então, não ocorreram mais acidentes mortais. centro urbano para trabalho e lazer.28 valemais.pt

Outro dado a destacar é o número de veículos A Xunta da Galiza, consciente desse PROPRIETÁRIA / EDITORAque usam esta estrada. Em 2016, mais de 63 problema, solicitou que o Ministério do Calvolima, Ldamil veículos circularam diariamente, 10% a mais Desenvolvimento que reformasse na to- NPCdo que no ano anterior. Enquanto isso, a rodovia talidade o tramo de Mos, o que envolveria 506 676 668alternativa entre Vigo e Tui, cujo preço da porta- um investimento de 120 milhões de euros. CAPITAL SOCIALgem aumentou, está a ser pouco utilizada. O que se pretendia era realizar um túnel 50.000.00€ que passaria por Puxeiros; no entanto, esta SEDEEntretanto, a A-55 continua a manter uma média medida não foi contemplada pelo Governo, Avenida das Portas do Sol, n.º1047de 250 acidentes por ano. pelo menos a curto prazo. O que fez foi 4950-500 Monção aprovar e adjudicar um projeto, muito mais DIRETORQuando foi construída, nos anos 80, com a económico (seis milhões), para reformar as Agostinho Limaideia de reduzir custos, foi aproveitado grande estradas e as entradas e saídas da autoes- DIRETOR ADJUNTOparte do trajeto sinuoso da antiga estrada trada. M. del Carmen Calvonacional. REDAÇÃO José C. Sousa (diretor)A subida A FRONTEIRA DE As obras Manuel S.ao alto dos VALENÇA -TUI É O PONTO arrancaram DESIGN GRÁFICOPuxeiros em outubro José C. Sousa REVISÃO GRÁFICAdesde Mos FRONTEIRIÇO ENTRE de 2015, Maria Rosa Gondimé feita atra- ESPANHA E PORTUGAL mas nos COLABORADORESvés de um últimos Adelino da Silva (opinião) Adriana Delgado (casa&vida)caminho COM MAIOR INTENSIDADE meses não Ao Norte (cinema) Brito Ribeiro (ambiente)complicado MÉDIA DIÁRIA DE TRÁFEGO há, aparen- Carla Silva (crianças)que obriga DE PASSAGEIROS A NÍVEL temente, Eusébio Baptista (agricultura)os moto- trabalhos Emília Cerqueira (opinião) Fátima Silva (opinião)ristas a ter NACIONAL na autoes- José Cunha Machado (ensaio)extrema trada, tanto José Emílio Moreira (opinião)cautela. na faixa de José M. Carpinteira (opinião) Laura Couto (sexo&amor)Qualquer excesso de velocidade pode ter rodagem que sobe, como na que desce. No Lígia Rio (saúde) Luís Ceia (opinião)consequências negativas e quando chove entanto, a limitação de velocidade continua Nelson Azevedo (turismo)e o piso está molhado a situação torna-se nos 60 km/h e a estrada está com sinaliza- Noemi Lima (imobiliário)ainda muito mais complicada. ção amarela, o que significa que é provisória. Manuel Pinto Neves (opinião) Maria Rosa Gondim (ensino)Outra das medidas que o governo espanhol Entretanto, o Ministério do Desenvolvimento Mário Garrido (opinião)adoptou foi a criação da AP-9 uma nova assegurou que as obras irão avançar e estão Paulo Gomes (desporto)autoestrada que poderia impulsionar os terminadas em setembro de 2018. Sara Covas (nutrição)motoristas, sobretudo de camiões, reduzin- VS Advogados (consultório jurídico)do assim o tráfego de pesados. No entanto, Segundo este ministério, no decorrer das DEPARTAMENTO COMERCIALpor se tratar de uma autoestrada paga não obras foram detectados serviços que estavam [email protected] adesão significativa. em falta e que são de extrema importância. T. +351 925 987 617 Fundamentalmente, referentes a canalizações IMPRESSÃO de saneamento e drenagens. Lidergraf Sustainable Printing DISTRIBUIÇÃO Vale mais PERIODICIDADE Bimestral TIRAGEM 7.000 exemplares DEPÓSITO LEGAL 338438/12 REGISTO na ERC 126166 CONTACTOS T. +351 251 654 927 M. +351 925 987 617 EMAIL [email protected] SITE www.valemais.pt REDES SOCIAIS Pode consultar o Estatuto Editorial em www.valemais.pt O Acordo Ortográfico utilizado pelos colaboradores é da sua exclusiva responsabilidade. Os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, não obedecendo, necessariamente, à linha editorial desta publicação. Toda e qualquer informação publicitária apresentada pode conter, 29eventualmente, erros alheios ao Vale mais, pelo que requer, indubitavelmente, confirmação postvearioler. mais.pt

Reportagem #MonçãoFONTAINHAS FERNANDESReitor dos reitoresTem raízes em Monção, onde para, sobretudo, nas épocas festivas em casade família. António Augusto Fontainhas Fernandes foi recentemente eleitoo “reitor dos reitores”. Preside ao Conselho de Reitores das UniversidadesPortuguesas (CRUP). Funções que exercerá até 2020.Texto :: Manuel S. É professor catedrático de Bioquímica Ambiental da UTAD, foi presidente da Associação Ibero-americana deReitor da Universidade de Trás- Toxicologia e de Contaminação Ambiental e presidente-os-Montes e Alto Douro (UTAD) da Escola de Ciências da Vida e Ambiente e Pró Reitor dadesde julho de 2013, foi recente- UTAD entre 2006 e 2012.mente eleito presidente daqueleórgão colegial em reunião plenária 'Estivemos' com ele numa das “passagens” pordo Conselho. Monção .Entre outras funções, Fontainhas O que significou, para si, chegar a presidenteFernandes coordena o consórcio das da CRUP, o organismo que representa asUniversidades do Norte de Portugal universidades públicas em Portugal?UNorte.pt e integra a Direção daAssociação do Parque de Ciência e No momento atual complexo e de incerteza, aTecnologia do Porto (PortusPark), do liderança do CRUP é um enorme desafio, que assumiRegia Douro Parque e da Comissão com determinação e espírito de missão.de Turismo Porto e Norte.30 valemais.pt

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Como vê a atual situação do ensino Correm ou não o risco de deixarem de estruturante de ensino e de interação comsuperior em Portugal? ser “âncoras” de desenvolvimento das a sociedade, de forma a aumentar a atração regiões onde se situam? competitiva de financiamento das empresas eA crise social, económica e financeira a que de fundos comunitários.assistimos nos últimos anos e a crescente É vital consolidar o seu papel como poloscomplexidade da envolvente das universida- catalisadores de desenvolvimento económico Há um envelhecimento dos seus qua-des, conduziram a uma preocupante dimi- e de coesão do país, sendo crucial o acesso dros docentes e não docentes. Porquê?nuição de financiamento público e acentuou diferenciado a fundos estruturais. Os cortes orçamentais a que as universidadesum quadro concorrencial pela atração de a que são submetidasestudantes e de recursos têm impedido a valo- rização e rejuvenes-financeiros em contex- AS DITAS UNIVERSIDADES DO INTERIOR cimento de recursosto global. Este cenário ESTÃO SITUADAS EM TERRITÓRIOStenderá a agravar-se face humanos, bem como contraria a drenagemàs variáveis demográficas COM MAIOR DIFICULDADE DE ATRAÇÃO de talentos e promo-que se preveem no futuro DE ESTUDANTES E COM CUSTOS DEpróximo, o que obriga a um vam o mérito.posicionamento estratégico FORMAÇÃO SUPERIORESclaro, de forma a exploraralternativas de ação e Há um subfinanciamento crónico nas uni- Neste cenário, como vê também acriar sinergias que potenciem a centralidade versidades. Perante isso, como fazer para situação do ensino superior politéc-atribuída ao conhecimento, enquanto fator de deixar de o ser? Continua a haver ainda nico? E o desejo deste em também sedesenvolvimento da sociedade moderna. uma dotação aceitável para a investiga- chamar “universitário” ? ção que cabe a estas instituições?Uma das suas prioridades é o fortale- O quadro atual de adversidades exige a con-cimento das universidades situadas A história comprova que a educação e o vergência em torno de objetivos comuns e umem regiões do interior. São estas ou conhecimento são um bem essencial para o diálogo permanente entre todas as institui-não as mais atingidas pelos constran- progresso da sociedade e, como tal, a forma- ções de ensino superior. Para atingir as metasgimentos orçamentais? ção deve ser uma aposta do país. Portugal estabelecidas com a Europa é fundamental deve corrigir o crónico subfinanciamento das que ambos os subsistemas, universitário eAs ditas universidades do interior estão situadas instituições de ensino superior pelo orçamento politécnico, respondam de forma diferenciadaem territórios com maior dificuldade de atração público, que tendencialmente deveriam ser aos desafios em matéria de formação.de estudantes e com custos de formação equiparados a referenciais europeus. O futurosuperiores, o que exige reclamar mecanismoscompensatórios, face a estes constrangimentos exige o reforço da investigação, enquanto fatore o seu papel no desenvolvimento das regiões.32 valemais.pt

Acha que o seu/nosso Alto Minho tem Quais são os seus lugares de eleição Para terminar. Dadas a formação eensino superior de qualidade? O que nesta região? E, na gastronomia, que experiência em questões ambientais,precisava, nesse âmbito? mais aprecia? qual a sua perspetiva sobre a questãoPortugal possui uma rede de ensino superior Gosto do Minho em geral e, em particular, das alterações climáticas, nomeada- mente, no nosso país?de qualidade, distribuída pelo território. Na Moledo do Minho enquanto praia de eleição.Região Norte, as três universidades (Porto, Em termos gastronómicos, aprecio os pratos Algumas organizações têm alertado paraMinho e UTAD) têm vindo a aprofundar for- tradicionais que acompanham o Alvarinho e a sobreutilização dos recursos naturais damatos de entendimento, de forma a dar res- um gosto especial pelas “roscas de Monção”. Terra, sendo a pegada ecológica globalposta aos desafios da região 1,6 vezes superior à bioe do país. Adicionalmente, REGISTO UM TERRITÓRIO (ALTO MINHO) capacidade da Terra, oué reconhecido o importante seja, a população mundialpapel do Instituto Politécni- COM MUITAS ZONAS COM CARACTERÍSTICAS consome o equivalenteco de Viana de Castelo e o DE “INTERIORIDADE”, MESMO A POUCA a quase dois planetas, oimpacto positivo da sua rede que se verificará em 2030policêntrica de escolas no DISTÂNCIA DA COSTA caso o ritmo de consumoAlto Minho. não abrande. Temos queFale-nos um pouco da sua relação com Na sua opinião, qual o melhor e o pior preparar as populaçõesMonção e o Alto Minho, onde tem as suas do Alto Minho? para modos de vida mais sustentáveis e seraízes. Foi aqui que viveu a sua infância e comportarem em novos cenários como asadolescência? Que recordações guarda? Aprecio a capacidade de trabalho dos minho- alterações climáticas, cujas consequênciasContinua a vir cá com frequência? tos e considero a ligação à Galiza uma enorme ainda não são bem conhecidas.Passei em Monção os tempos de adolescên- oportunidade para o futuro da região. Emcia e mantenho uma relação muito próxima, termos negativos, registo um território comonde passo alguns fins de semana e as muitas zonas com características de “interiori-festas do Natal e da Páscoa. dade”, mesmo a pouca distância da costa. valemais.pt 33

Opinião Alojamento Local no Alto MinhoO Alojamento Local , tema atualmente na ribalta, em particular nos grandes centros urbanos,onde começou por ser um instigador da revitalização desses centros, através da recuperação dopatrimónio imobiliário muitíssimo degradado, sinónimo de insegurança e insalubridade para ostranseuntes, permitiu que os centros históricos de Lisboa e Porto sejam hoje zonas recuperadas,com vida, articulando a atividade económica e consequente geração de receitas e empregos comvivência e recuperação da memória coletiva desses espaços.Texto :: Luís Ceia nosso Alto Minho ainda se insere, a atividade Exige-se aqui, a quem vai discutir e legislar turística é bem-vinda e ainda tem um enorme sobre o tema, que encare esta situação deComo sempre e muito em particular espaço de crescimento. Neste momento, na forma diversa para o Alojamento Local quando em Portugal, não há bem que perdure nossa região, haverá cerca de 750 unidades em espaço rural ou de menor densidade. A sempre, apareceram as contestações à de Alojamento Local registadas, a que cor- situação da pressão imobiliária dos grandesocupação dos espaços renovados feita através respondem mais de 3600 camas disponíveis. centros não deve afetar, nem contribuir parada atividade turística, mormente por uma Muito têm contribuído, e espera-se que muito o desincentivo de uma atividade que muito jáfigura tutelada pelos municípios e que dá por mais ainda possam contribuir, tal é o potencial está a contribuir e ainda pode dar muito maisnome de alojamento local. Percebe-se que de crescimento possível, para a fixação de no- para a valorização dos nossos territórios.aqui ou acolá se possam estar a cometer exa- vos agentes e pessoas no território, criando-segeros, na possível descaracterização da função assim novos postos de trabalho e riqueza em A destruição destes projetos, sustentáveis,inicial dessas zonas históricas como bairros zonas onde as assimetrias em relação ao país construídos e mantidos com o sacrifíciode residências permanentes dos alfacinhas ou mais desenvolvido ainda são clamorosas. Têm pessoal de muitos, seria certamente umatripeiros típicos. Há, no entanto, forma de apa- sido os pequenos empresários, muitos deles catástrofe para muitas famílias.ziguar e regular esta atividade, através de re- criando o seu próprio posto de trabalho, quegulamentação que balanceie o convívio entre a expensas próprias, têm contribuído para o Quando tanto se tem investido na sustentabi-turismo e residentes. Sobre essa regulamen- evitar da desertificação territorial, criando di- lidade do mundo rural através de politicas pú-tação, existem diferentes propostas de projetos nâmicas que se arrastam as outras atividades blicas, mal seria que por manifesta desinfor-lei apresentadas por diversos partidos, mas locais, como padarias, lavandarias, mercearias, mação e submissão a grupos de interesse,que não vou aqui comentar por sentir que não cafés e restaurantes por exemplo. Podemos entrássemos no contrassenso de desperdiçartenho conhecimento nem competências para a tudo isto acrescentar ainda o seu contributo os muitos apoios, quer fiscais, quer através detal, apenas desejo que impere o bom senso e para o cuidado e preservação do património, cofinanciamentos europeus, que muito têmnão se mate uma galinha de ovos de ouro. na grande maioria antes votado ao abandono, contribuído para a correção das assimetrias sendo também uma boa forma de contribuir regionais do nosso país.Já no que concerne a outros espaços do para o bom ordenamento do território rural,território nacional, julgo que o caso deve ser nomeadamente através das limpezas flores- Pede-se que haja bom senso!acompanhado de outra forma, não seguindo a tais que estes tipos de alojamentos promovemregulamentação que se pretende implemen- nas suas cercanias, sendo assim também umtar nas grandes urbes. No caso concreto dos excelente contributo para minimizar o risco doterritórios ditos de baixa densidade, onde o despoletar e propagação dos incêndios.34 valemais.pt

OpiniãoA Compreensão HumanaUma compreensão humana que não passe do pensamento e/ou do desejo, nãobasta para que possa haver paz.Texto :: Manuel Pinto Neves Que a compreensão leve cada um de nós a entender que é tempo de se libertar da teia manipuladora com que nos vão envolvendo e a sentir queOpensamento e o desejo, mesmo bons, não saciam a fome; o estí- os outros também são pessoas, em toda a sua dimensão humanista. mulo verbal não resolve o problema da falta de trabalho; o apelo à confiança não edifica a casa de habitação para o casal de jovens Microsoftque dela necessita. Showcase SchoolAlém de tudo isso ainda existem discriminações sociais, porque semede o valor das pessoas pelo lugar que ocupam na hierarquia huma-na, pelo poder económico ou pelas zonas de influência onde se movem,e não pelo que elas são em si mesmas.A fome continua a grassar no mundo, a par com o luxo e o consumismodesenfreado duma sociedade instalada.Fazem-se acordos de paz e, na penumbra, negoceiam-se armas. Aco-lhem-se refugiados de guerra e grita-se contra o atropelo dos direitoshumanos, mas violam-se direitos mais elementares, ao nível da pessoa.Castigam-se os traficantes, mas entra-se em negócios de risco e de altolucro à custa dos meios degenerativos da vida das células familiares.Esta incoerência dos homens não pode gerar a compreensão e, sem ela,não poderá haver a tão apregoada paz.A compreensão geradora dessa paz é aquela que é efectiva na buscada solução dos grandes problemas que atingem todos aqueles que têmuma menor capacidade de decisão e, por isso, mais desprotegidos.O nosso tempo está carente de diálogo e de compreensão. Ele agonizaasfixiado por um novo “materialismo dialéctico” e sufocado por um re-novado “capitalismo selvagem”. Ambos, embora apregoando caminhosaparentemente diferentes, conduzem à degradação do ser humano,cada vez mais indefeso, cada vez mais perdido no vórtice de uma socie-dade sem sentido porque desprovida de valores.O nosso tempo sangra de múltiplas feridas que só poderão ser curadaspelo testemunho espiritual, pela simplicidade da vida, pelo amor e pelacompreensão para com os outros.Michel Quoist afirmou que “a estrada da tua felicidade não parte daspessoas para chegar a ti; parte sempre de ti em direcção aos outros”.Pela compreensão, o homem afirma-se como tal quando é capaz deviver uma relação inteligente, consciente e livre, não considerando osoutros como simples objectos.Tal como cada um de nós considera merecer o respeito dos outros,assim eles consideram merecer o nosso. valemais.pt 35

Opinião LER O MUNDOO ano de 2018 acolhe a ressonância dos abusos sexuais na indústriacinematográfica. Vestidas de negro, as atrizes desfilaram simbolicamente napassadeira vermelha, tradicionalmente conotada com o glamour das estrelasde holIywood.Texto :: M.ª Fátima Cabodeira Pela natureza da produção jornalística, os jor- fundado em 1864, poder vir a deixar de circularA cerimónia de entrega dos óscares foi tam- nais “de referência” aprofundam os artigos que diariamente para se tornar num semanário, aobém o local eleito para abater preconceitos trabalham, confrontando e alargando fontes, que tudo indica devido à quebra de vendas dasexistas e racistas. investigando e contextualizando as matérias; edição impressa. em suma, conseguem oferecer ao leitor temasNo Chile, visivelmente abatido, o Papa Fran- suculentos, capazes de alimentar a sua curiosi- Os jornais são instituições por onde passamcisco pediu perdão à população, e à humani- dade e interesse sócio-cultural. diretores, editores, jornalistas, repórteres foto-dade, pelos atos cometidos pela igreja, tendo gráficos, colaboradores, que vão derramandoutilizado a palavra “vergonha”. Quanto mais qualificados forem os media energia, ideias e criatividade plasmadas em e mais bem informados forem os leitores, páginas impressas. Os títulos em formatoJá em Portugal, um inócuo torneio de sueca, melhores serão as decisões quotidianas. Não físico deveriam estar por toda a parte. Lê-los éno interior do país, transformou-se numa tenhamos dúvidas de que a contribuição da um ato civilizacional.tragédia, mais concretamente em Tondela, que imprensa para a vitalidade da democracia éjá havia sido fustigada pelos incêndios. crucial, mormente numa era em que impera o Desde antes da segunda metade do séc. imediatismo das redes sociais. XIX, os periódicos tiveram um papel decisi-Estas e outras notícias são veiculadas pelos vo na formação da sociedade portuguesa, ediversos órgãos de comunicação social, com Editoriais, notícias, reportagens (as grandes multiplicaram-se rapidamente, tendo chegadoentoações diferentes. Quem quiser saber mais reportagens praticamente desapareceram dos a todos os recantos, com projetos sui generissobre os assuntos, compreender melhor os jornais diários), entrevistas, perfis, suplementos, de caráter nacional, regional e local. Assimacontecimentos e a sua problematização tem, ajudam a olhar o país e o mundo. acontece com o vetusto vianense A Aurora dono entanto, de ler a imprensa. Lima, fundado em 1855. Por estes dias, tem sido noticiada a hipótese de o “Diário de Notícias”, com sede em Lisboa,36 valemais.pt

Opinião Saboroso, Inesquecível e ContraditórioAs palavras usadas pelo Presidente da República, pelo Primeiro Ministro e peloPresidente da Assembleia da Republica para caracterizar o ano 2017 foram “saboroso”,“inesquecível” e “contraditório”. Palavras certeiras e que resumem bem o que foi o anoque passou, senão vejamos:Texto :: Emília Cerqueira já vem de 2013, mostra claros sinais de quando. Infelizmente tenho a certeza que não, abrandamento. E não é fruto das politicas porque estamos a assumir compromissosSABOROSO económicas do governo acontece sim financeiros que se vão prolongar no tempo e “apesar das politicas do governo”. Basta cujos efeitos se farão sentir particularmenteA mensagem que aparece veiculada na atentar que esse crescimento se tem dado quando este ciclo de crescimento abrandar…égeneralidade da comunicação social e nos em grande parte à custa do crescimento do a velha história da cigarra e da formiga.é transmitida pela generalidade dos chama- turismo e não a opções governativas.dos “opinion makers”: a de que Portugal é o INESQUECÍVEL“país das maravilhas”. A economia está em Todos temos de estar satisfeitos com a evolu-crescimento, o défice das contas públicas está ção das contas públicas e com o consequente 2017 fica indelevelmente marcado pela tragédiano nível mais baixo das últimas décadas, o abaixamento do défice. Mas a questão que se de Pedrógão Grande, toda a região centro edesemprego está a cair, os portugueses vivem coloca é: será esta correção das contas sufi- Monção, o enorme número de vítimas mortaismelhor, os impostos baixaram, há paz social… ciente para nos proteger da próxima crise? No num incêndio, expõe de forma dramática o aban- seu discurso como presidente do Eurogrupo, o dono a que está votado Portugal. Vimos no fogoPara além destas boas notícias ainda ouvimos Ministro das Finanças referiu, a propósito das e nas mortes o fosso entre um país urbano, pen-rasgados elogios à competência do governo reformas necessárias na área do Euro, “temos durado nos direitos e desabituado a ter deveres, epara criar condições que permitem que Por- de nos preparar para a próxima crise”. A per- um país que vive entregue a si próprio, esquecido.tugal seja este “país das maravilhas”, corolário gunta que temos de fazer é se essa preocupa- Vimos nessa tragédia o estado e os responsáveismáximo dessa competência é a capacidade ção de Mário Centeno é extensível a Portugal políticos falharem clamorosamente perante asde diálogo do Primeiro Ministro e a gestão e se o nosso país também está a preparado ou pessoas e foi deixado a nu o abandono a quefinanceira do Ministro das Finanças, apelidado a preparar-se para enfrentar a próxima crise, foi votado todo um conjunto do nosso território,até de “Ronaldo das Finanças”. que sabemos que acontecerá, só não sabemos aquele mais envelhecido e deprimidoPerante este cenário de “país das maravilhas” CONTRADITÓRIOimpõe-se a pergunta: será mesmoassim ou o Rei vai nu? Para um Neste ano de boas noticias e em que todoolhar menos atento estamos está bem, com os sindicatos silenciadosrealmente perante um pela extrema esquerda, assistimos a“país das maravilhas”, um outro lado da realidade quejá para um olhar nos aparece quase envergo-mais atento é nhado: a falta de médicos,claro que o “rei de enfermeiros, a falta devai nu”. senão condições nas escolas…evejamos: todo um manancial de alertas como que aO tão apre- dizer: Portugal não é ogoado e país das maravilhas eessencial prestem atenção que ocrescimento “rei vai nu”económico que opaís vive, que nãopodemos esquecer valemais.pt 37

Opinião Canábis para fins medicinaisNo passado mês de janeiro, esteve em discussão na Assembleia da República apossibilidade da utilização da canábis para fins medicinais. No debate estiveram osprojetos de lei do Bloco de Esquerda e do PAN, sendo que a proposta de autocultivo- a possibilidade de cada pessoa poder ter em casa uma planta para utilizaçãomedicinal - foi a medida que gerou grande controvérsia.Texto :: José Manuel Carpinteira No entanto, é compreensivelmente difícil O debate sobre a despenalização da canábis é ser-se contra o uso da canábis para fins uma história antiga. Desde que começou a serAssim, para terem a hipótese de me- terapêuticos. Até porque Ordem dos Médicos consumida na China, há mais de 5 mil anos, lhorar a lei e chegar a consenso, os já reconheceu que existe forte evidência da a ‘planta da felicidade’ foi sendo permitida e partidos acabaram por concordar em eficácia da canábis nalguns usos terapêuticos, criminalizada ao longo do tempo. Mas, nosremeter os projetos de lei, sem votação, para a nomeadamente no alívio da dor crónica asso- últimos anos, muitos países, nomeadamentecomissão de especialidade. Isto significa que ciada ao tratamento do cancro, onde funciona na Europa, decidiram legalizar a sua utilizaçãoas propostas de legalização desta droga para como anti vómito, na esclerose múltipla e no quer para fins terapêuticos, quer para finsfins terapêuticos serão agora discutidas na controlo da ansiedade. Mas avisa que a sua recreativos. O caso mais badalado foi o doComissão Parlamentar de Saúde e só depois prescrição deve ser exclusivamente médi- Uruguai quando, em 2013, sob a presidênciairão a votação final no Plenário. ca, enquanto medicamento e não na forma de José Mujica, o Estado sul-americano se fumada. Assim, pode argumentar-se que a tornou o primeiro país a legalizar o consumo,Discutir este assunto é sempre difícil. Sempre discussão do uso terapêutico da canábis é produção e venda de “maconha”, o nome daque aparece na agenda pública portugue- uma questão técnica e científica da competên- planta na América do Sul. Também no Colora-sa, logo se levantam vozes a favor e contra cia das autoridades médicas e farmacêuticas e do, Washington, Alaska e Oregon, estados nor-legalização do consumo da planta canábis. Há não uma competência política do Parlamento. te-americanos, o uso e o comércio para finssempre um moralista que conta a história de Mas, como parece evidente, o objetivo das recreativos da canábis foi legalizado e nadaum amigo que começou por fumar uns ‘char- iniciativas do BE e PAN é o de abrir caminho de grave aconteceu. Os relatórios disponíveisros’ e que depois se perdeu para a vida. Outros à utilização da canábis para consumo sem mostram que a criminalidade e os acidentesdizem que há drogas com efeitos tão ou mais impedimentos legais. de automóveis não aumentaram. E, ao ser umagraves que a canábis, como por exemplo o atividade legal, paga impostos, tendo um efeitoálcool, que também causa dependência e direto positivo sobre as finanças públicas.também destrói vidas.38 valemais.pt

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Opinião Avenida dos PlátanosPérola centenária de Ponte de LimaPonte de Lima (PL) apresenta-se como um locus territorial invulgar, onde o“espírito do lugar” brota, de forma indiscritível, nos múltiplos fragmentos queo enformam, inseridos nas suas axiomáticas dimensões tangíveis e intangíveis. Texto :: Adelino Silva certamente, a mais deslumbrante “avenida de ráveis composições hiperbólicas de simetrias plátanos” — quiçá a única — sabiamente erigi- selvagens, rústicas e imperfeitas, numa sur-Um dos marcos distintivos desse “espí- da na margem esquerda do mais poético dos preendente aura de intimismo. rito” revela-se através de uma soberba quatro rios que marcam o Alto Minho: o Lima. “alameda ornamental” onde imperam Os seus extensos e vigorosos “braços” e a sua os plátanos, uma árvore de encanto soberano, UM MAR VEGETAL INSERIDO NO abundante e densa folhagem, de imensuráveis que incorpora, no seu genoma, registos que “ESPÍRITO DO LUGAR” texturas e de divinais fragrâncias, fecham-se irradiam uma insondável magia gravemente em arco numa abóbada colossal e sorridente, cativante, que arrebatou — com uma feição Namorando o Lethes, os plátanos foram cres- oferecendo-nos os mais romanescos oceanos arraigada — a paixão do povo limiano. cendo, livremente, sem que o homem pusesse de cor, em escalas cromáticas pintadas em limites ao seu desenvolvimento e, hoje, esta melódicas sequências de tons e subtons, irra- Falamos da fulgente “Avenida 5 de Outubro”, majestosa constelação vegetal, com o selo de diando sombras fartas e balsâmicas, lenitivas que nasceu oficialmente em 1901 como “Aveni- “interesse público” desde 1940, que se espalha e refrescantes — um singular refrigério para da D. Luís Filipe” — o nome do jovem Príncipe por mais de 400 metros de cumprimento — o corpo e para a alma de todos, ou a pérola que a inaugurou —, mas que é por todos assi- contendo 83 preciosos exemplares, com uma centenária, de copiosa beleza apoteótica, que nalada como sendo a “Avenida dos Plátanos” e altura superior a 30 metros — apresenta-se a tanto orgulha Ponte de Lima. sobre a qual, um dia, o saudoso amigo António todos nós, ao longo das quatro estações do ano, Afonso do Paço — jornalista, escritor e etnólogo vestida com as mais esplêndidas e ardentes Com a requalificação aprazível, concluída em — afirmou: “aí todos se sentem pequenos”! imagens cénicas, numa sinfonia inaudita de 2013, emoldurada no mais original e fino “espírito matizes, cambiantes e tonalidades cromáticas, do lugar”, esta sumptuosa coleção arbórea Se a régia vila granítica de PL — vestida entre transmitindo-nos um bucolismo místico e onírico. ganhou um fresco e romântico ordenamento es- 1359 e 1370 com um majestático e monu- tético, formando, com as Igrejas do atual Museu mental “cinto de muralhas” rendilhado de Sustentadas em longuíssimas e entrelaçadas dos Terceiros e com a Capela de Nossa Senhora ameias — foi despojada, entre 1787 e 1857, raízes, que se dispersam pelo prolífero ventre da Guia, um prodigioso e exaltante tríptico — dessa fortaleza patriótica — “Bárbaras almas, da natureza, e em formosos troncos, curtos ambiental, histórico e arquitetónico — que venera vândalos brutais”, escreveu um dia o impere- mas encorpados, os seus ramos agiganta- estrénuo e contemplativo o idílico Lima, transfor- cível poeta Teófilo Carneiro —, ao alvorecer ram-se em deambulações indomáveis, num mando este anfiteatro paradisíaco e sobrenatural do século XX viu nascer aquela que é hoje, enredo amoroso, límpido e sereno, tricotando, num arquétipo inexaurível para as mais variadas em direção ao sagrado espaço celeste, admi- lucubrações literárias e pictóricas.40 valemais.pt

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Opinião Parabéns PUSKASNão me é fácil falar da pessoa ou do valor da obra artística do José Barros, conhecido, entrenós com o nome de PUSKAS, por dois motivos fundamentais: primeiro: sou seu amigo hámuitos anos, sobretudo a partir do tempo em que, a seu convite, eu, como Presidente da AdegaCooperativa de Monção, partilhava muitas das suas exposições, quer no Alto Minho, querem terras galegas, com a apresentação e prova do vinho ALVARINHO, outra obra de arte. Porisso, falar dum amigo, corre-se o risco de se deixar dominar pela subjetividade e perverter otestemunho com omissões ou com exageros, o que não é ético nem intelectualmente saudável.Texto :: José Emílio Moreira mundo e dos outros, vou dar o meu testemu- retrato, do registo histórico, à pintura simbólica, nho á minha maneira, ou seja, como a obra do impressionista, soube usar, com mestria, essaSegundo: não sendo “crítico de Arte”, nem Puskas me provocou, me seduziu e me inquie- linguagem e dar-nos obras maravilhosas, que tendo sequer uma formação especial tou, fazendo-me, tantas vezes, passar momen- expostas, já não lhe pertencem, tornando-se neste setor artístico, reconheço não ser tos maiores, na frente dos quadros que me um património não só dos que tem a felici-capaz de realçar os elementos mais notáveis e extasiaram com complexas emoções estéticas dade de possuírem os seus quadros, mas dodiferenciadores duma criatividade artística que a sacudir as minhas vivências existenciais. Não espólio cultural da sociedade em geral e danunca cristalizou no tempo, no estilo e na te- é esta a essência da ARTE? cultura monçanense em particular.mática, mas que cresceu e evoluiu sempre naânsia do mais e do melhor na construção da A arte de pintar é uma arte de comunicação As suas paisagens não são cópias foto-harmonia figurativa, da simbologia cromática, como outras, como a arquitetura, literatura, gráficas. São visões interpretadas pela suado elam da estética, em suma, na perseguição música, dança, teatro, etc., só que tem uma apurada sensibilidade e descritas num jogoe conquista do belo, a ser trabalhado na alma e linguagem diferente: as cores e as linhas, dinâmico de cores e formas, luzes e som-transposto, em delírio, para a tela. Infelizmente, que, usadas com afetividade, criatividade e bras, onde o movimento, os sons e o cheirosinto falta daquela acuidade sensorial e de cul- estudo, geram figuras, movimentos, luzes, nos transportam para aqueles locais comtura bastante neste domínio de arte plástica, sonhos, estados emotivos, relatos de situações, vida real e sonhada: as ruas e as suas pes-para poder falar com o acerto merecido. jogos de símbolos, que, partindo da realidade soas, aquele azul das águas que correm em exterior ou interior, vão dando novos mundos corrente viva na sua dialética com as margensMas, como cidadão comum, apesar de alguma ao mundo… E o Puskas, num processo lento e aquele azul do céu que quer arrastar a nossaformação académica e experiência de vida que e talvez doloroso, (como é toda a gestação imaginação para além dos seus limites físicos.me aguçou a capacidade de compreensão do artística), de assimilação e aprendizagem É simplesmente lindo! autodidática, é, para mim, um artista que, do tratamento paisagístico natural ou urbano, do42 valemais.pt

Os seus retratos não são reproduções: Sabe sempre entrar na alma tran- com destaque às autarquias onde o Puskas tem pintado e exposto.quila ou consternada, feliz ou angustiada do seu “interlocutor” e, com mes- À Câmara Municipal de Monção, lanço um apelo mais forte paratria filigramática, capta e salienta os traços diferenciadores e marcantes. considerarem um apoio especial à publicação desta obra, que esta- rá quase pronta, só faltando mandá-la para a tipografia!Nos seus vários registos históricos, há movimento, há vozes, háluta, há fúria, há tensão, há drama, há frustrações da derrota ou a Estou certo que tanto o Sr. Vereador da Cultura como o Sr. Presidentecompensação do triunfo. da Câmara Municipal de Monção, sensíveis à dinâmica cultural da nossa terra, não vão negar este apoio indispensável.As “suas“mulheres são belas, atrativas, sensuais, mas também corajo-sas e inteligentes, possivelmente inspirado nas mulheres do Minho… Temos que mudar alguns rifões populares, como “Santos da porta não fazem milagres” ou “A galinha da vizinha é melhor do que a minha”.Dos animais que pinta, gosto especialmente dos seus cavalos elegan- Temos, sobretudo, de dar mais valor aos taletos que nasceram, germina-temente fogosos, espirituais, quase humanos. Nos cães das suas telas, ram e dão frutos na nossa terra.descobrimos a sua atenção, a sua doçura, a sua fidelidade humana. Parabéns Puskas! Obrigado pela tua obra!Na sua pintura abstrata, o jogo forte de cores e contrastes, a dinâmicadas linhas e das sombras, a abertura para além do espaço físico da tela,o sensualismo cromático concomitante, por vezes, com espaços vaziosque nos convidam ou empurram para o mergulho nos sentimentos, paraa perplexidade da vivência ou conquista da liberdade, para o abanãoexistencial, para a demanda do infinito…O José Barros se tem saído de Monção e ingressado em meiosartísticos de outros centros culturais inseridos em meios urbanoscom mais potencialidades financeiras, de certeza, que o seu nomeestraria gravado em registos de âmbito mais alargado, com lugarnoutras galerias, noutros ambientes, noutros espaços. Preferiu ficarem Monção, trabalhar em Monção e mostrar-se com mais regularidade noespaço auto minhoto e galego, apenas com breves e esporádicas expo-sições no estrangeiro e na nossa capital. É por isso que merece a nossareconhecida admiração como um monçanense que ama a sua terra natal ea tem levado, com a sua arte e com êxito, para fora das suas fronteiras mu-nicipais. Como professor da Escola Secundária de Monção, como dirigenteda Adega Cooperativa de Monção e como autarca local, fui e sou testemu-nha da sua obra e da sua história.Mas o Puskas ainda é muito jovem! Dizem que a maturidade de umartista chega por volta dos sessenta anos. Ele entrou, só há três, nestecomboio! Deste modo, nós os monçanenses, nós os seus amigos, nós osseus apreciadores, nós os que gostamos da cultura e da arte pictórica,esperamos muito mais da sua capacidade artística. Queremos maisexposições, mais momentos de emoções e êxtases estéticosÉ necessário conhecer melhor a totalidade da sua obra.Mas, para a conhecermos melhor, para apreciarmos os seus quadros no QUEIJO DE CABRAseu conjunto, na sua diversidade temática e maturação filosófica e estilísti-ca, fazia-nos falta a impressão duma OBRA ESCRITA E ILUSTRADA, para O Leite dos Nossos Animaisregistar a sua trajetória artística, fazer a síntese da sua criação ao longo Felizes, Saudáveis e cheios de Energia, é a base de tudode tantos anos e juntar, para memória futura, obras que estão dispersasem coleções particulares ou expostas em espaços públicos, ou guardadas o que fazemos.no seu espólio pessoal, desconhecidas de muitos , de modo a propor- A sua excecional qualidade é o resultado do cuidado ecionar a todos, em geral, mas aos amantes da pintura , em particular, um atenção que damos aos Nossos Animais e constitui aconhecimento mais completo de uma vida dedicada, com talento, com matéria-prima perfeita para os mais deliciosos Queijos.esforço e com coragem , a uma atividade humana que cria um produtoque não faz falta à nossa subsistência primária, mas que constitui um COMPROVE NUMA LOJA PERTO DE SI!elemento fundamental para o homem ser mais homem: o “ HOMOESTÉTICUS”, elemento estrutural do “HOMO SAPIENS”. PRADOSDEMELGACO | WWW.PRADOSDEMELGACO.PT | TLF. 251 414 093Porém, como a impressão de obras deste gênero não é muitobarata, lanço um apelo a disponíveis mecenas privados ou públicos, valemais.pt 43

Reportagem #ValençaAcademia de Música FORTALEZA DE VALENÇAOrquestra da Eurocidade é ambiçãoA Academia de Música Fortaleza de Valença – AMFV - foi fundada em 26 de setembrode 2013. Está formalizada como sendo uma associação de âmbito artístico, pedagógicoe cultural, sem fins lucrativos, integrada no ensino particular e cooperativo. Enquantoescola, faz parte do ensino especializado da música, tendo sido homologada peloMinistério da Educação e Ciência em 21 de setembro de 2014.Texto :: José C. Sousa Para tal ambicionam concretizar o projeto de A Academia de música é um projeto criação de uma Orquestra da Eurocidade. recente (4 anos). Como surgiu?Os seus propósitos são promover o ensino da música de acordo com os A Vale Mais deslocou-se ao antigo edifício da Al- A AMFV surgiu com o objetivo de criar, no cursos oficiais do Ministério da Edu- fandega de Valença, onde a academia tem sede Município de Valença, uma oferta formativacação, contribuir para a formação integral dos e, em cerca de 10 salas, se respira música. na área do Ensino Especializado da Música, atéseus alunos, como cidadãos e como músicos, então inexistente. Concomitantemente, comimplementar uma dinâmica cultural a nível Conversamos com Ivone Ribeiro, a diretora esta oferta, promove-se uma dinâmica cultu-nacional e internacional potenciando, assim, o pedagógica da academia que nos falou do ral diversificada fomentando assim a criaçãoprojeto Eurocidade Valença-Tui. dia-a-dia desta escola. de novos públicos.44 valemais.pt

Como está dividida, estruturalmente, a Academia? Ensemble de Cordas com a Professora Inês CoelhoA AMFV está dividida por cursos, de acordo com a legislação em Aula de Flauta Transversal com a Professora Elsa Costavigor do ME. Aula de Clarinete com a Professora Diana SampaioOs cursos estão divididos da seguinte forma: Ensemble de Guitarras com o Professor Nuno Pinto• Curso de Iniciação Musical: Crianças dos 5/6 aos 9/10 valemais.pt 45• Curso Básico de Música: Crianças/jovens dos 10 aos 15 anos• Curso Livre de Instrumento: Todas as idadesOs instrumentos que os alunos podem optar são os seguintes: Vio-lino; Viola d`arco; Violoncelo; Contrabaixo; Flauta Transversal; Oboé;Clarinete; Fagote; Saxofone; Trompete; Trompa; Trombone; Percus-são; Guitarra Clássica; Piano e Canto.Os cursos são exclusivamente para alunos do ensinoescolar ou qualquer pessoa pode inscrever-se?No Curso de Iniciação Musical e no Básico de Música, apenas criançase jovens com as idades referidas, na questão anterior, podem frequen-tar. De salientar que têm um Plano de Estudos próprio e obrigatório.No Curso Livre de Instrumento, todas as pessoas de qualquer faixaetária podem frequentar.Que outros projetos possui?Temos ainda o Projeto de Infância para crianças entre os 3 e os 5anos de idade e um Projeto Jazz.Quais são, até ao momento, os principais momentos doseu historial?Podem-se destacar vários momentos marcantes: a homologação doMinistério da Educação; a viagem a Lisboa para cantar as janeiras aoprimeiro-ministro, na época Passos Coelho; a atuação aquando davinda a Valença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sou-sa; o 2.º lugar no Concurso de Panxoliñas em Espanha; o Concertode Natal com o Coro Vocalis Contrasta da AMFV e a Orquestra doConservatório de Música Tui, no âmbito da Eurocidade; Concertoscomentados “Música em Família” e a participação do Ensemble Orff,no Porto, nas comemorações dos 30 anos de vinda a Portugal doPedagogo Belga - Jos Wuytack.De que apoios dispõe a Academia?Desde a sua fundação a Academia tem sobrevivido com os apoio dosencarregados de Educação e da Câmara Municipal de Valença.Este ano iremos fazer uma nova Candidatura ao Contrato de Pa-trocínio do ME, de modo a garantirmos financiamento no próximoAno Letivo 2018/19.Já foi feita uma candidatura, em 2015, mas como nessa altura éra-mos uma escola nova... e não foi dado nenhum apoio a nenhumaescola (nova) do país.Houve um corte nos apoios ao Ensino Especializado da Música. Asescolas antigas sofreram uma redução de apoios e as novas nemsequer foram contempladas.

apoios, porque o ensino articulado passa a ser Agora, vamos concorrer e obviamente que tencionamos obter esses gratuito para os alunos e para a estrutura da apoios, porque o ensino articulado passa a ser gratuito para os alunos academia é um passo importantíssimos, visto e para a estrutura da academia é um passo importantíssimos, visto que que são necessários mais funcionários, mais são necessários mais funcionários, mais instrumentos, mais contratos instrumentos, mais contratos para professores, para professores, entre outras situações. entre outras situações. Sente que a Academia pode ser uma fonte de ambição e um caminho para quem quer prosseguir estudos/carreira Sente que a Academia pode ser uma nestas área? fonte de ambição e um caminho para quem quer prosseguir estudos/carrei- Esse é dos nossos objetivos, possibilitar que os alunos desta região ra nestas área? possam prosseguir estudos superiores no âmbito da Música. Quantos alunos tem a Academia nos diferentes cursos? Esse é dos nossos objetivos, possibilitar que os alunos desta região possam prosseguir Atualmente tem 110 alunos. Aula de VioelinsotucdoomsasPurpoefersiosorerasSnaoraâNmunbeisto da Música. Além de Valença há praticantes oriundos de outros conce- lhos? Quais? Quantos alunos tem a Academia nos diferentes cursos? Sim. De Espanha, Monção, Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira. Como decorrem as aulas? Atualmente tem 110 alunos. Além de Valença há praticantes oriun- dos de outros concelhos? Quais? Sim, de Espanha, Monção, Paredes de Coura e Semanalmente, os alunos do Curso Básico de Música, uma vez que Vila Nova de Cerveira. frequentam o regime articulado, têm o seu horário integrado/articulado com o do Agrupamento Muralhas do Minho, Valença. Algumas aulas, dos Como decorrem as aulas? alunos do articulado, ocorrem no Agrupamento Muralhas do Minho. Semanalmente, os alunos do Curso Básico As atividades letivas ocorrem, maioritariamente, na AMFV. de Música, uma vez que frequentam o regime articulado têm o seu horário integrado/arti- Os alunos de Iniciação e do Curso Livre de Instrumento têm as aulas Aula de Obocéucloamdoa cPoromfesosodraoMAagrirliunpeaBmorleidnoto Muralhas do após o horário escolar ou de trabalho, na AMFV. Minho, Valença. Algumas aulas, dos alunos do articulado, ocorrem no Agrupamento Muralhas E os espetáculos? Como surgem e como são trabalhados? do Minho. No início do Ano Letivo, a Escola elabora o Plano Anual de Atividades, As atividades letivas ocorrem, maioritariamen- destinado a todos os alunos e comunidade escolar, de modo a que haja te, na AMFV. concertos, visitas de estudo e audições nos três períodos do Ano. Os alunos de Iniciação e do Curso Livre de Todos os concertos são importantes e têm dinâmicas próprias. Instrumento têm as aulas após o horário esco- lar ou de trabalho, na AMFV. A performance em palco e em público fazem parte da formação dos nossos alunos. E os espetáculos? Como surgem e Existe alguma propina por aluno/a? Qual? como são trabalhados? No início do Ano Letivo, a Escola elabora o Pla- Sim, os alunos têm 3 disciplinas no seu plano de estudos. Por outro lado, os Aula de GunitaorrAa ncoumalodPeroAfetisvsiodraNduenso, dPeinstotinado a todos os professores são oriundos do Porto, Viana do Castelo e Braga, implicando deslocações e o seu pagamento de honorários à hora letiva. Neste sentido, alunos e comunidade escolar, de modo a que o plano de estudo para os alunos de Iniciação custa 55€ mensais; Curso haja Concertos, Visitas de Estudo e audições Básico de Música 45€ e Curso Livre de Instrumento 50€/60€. nos três períodos do Ano. Todos os Concertos são importantes e têm Os projetos Infância, bem como o de jazz, são mais acessíveis, uma vez dinâmicas próprias. que só têm uma aula semanal em grupo. A performance em palco e em público fazem De referir que o Município de Valença contribui com uma verba para parte da formação dos nossos alunos. minimizar os encargos das respetivas famílias. Existe alguma propina por aluno/a? Projetos para o futuro? Sim, os alunos têm 3 disciplinas no seu plano Queremos dar continuidade a esta oferta formativa, garantir o finan- de estudos. Por outro lado, os professores são ciamento no próximo ano letivo, de modo a tornar este tipo de ensino oriundos do Porto, Viana do Castelo e Braga, acessível a todos as crianças e jovens do concelho de Valença e, quem sabe, de outro concelho vizinho.Ensemble de Sopros e Percussão com a Professora Diana Sampaio46 valemais.pt

Ou seja, os nossos professores poderão ir a outro Agrupamento Escolar, A nossa postura tem sido de abertura e colaboração. Sempre que insti-lecionar um instrumento, porque já soube que existe o interesse de tuições nos solicitam procuramos, dentro das nossas possibilidade, daroutros municípios neste ensino articulado. feedback positivo.Depois, queremos continuar a fazer parceria com o Conservatório de Tui, A Escola está bem consolidada ou há muito crescimentono sentido de tornarmos a Orquestra da Eurocidade uma realidade. Esta pela frente?parceria surgiu em 2017 e ambicionamos criar a Orquestra. Obviamente que um projeto como este ainda tem um grande percursoPoderemos, também, fazer uma candidatura aos fundos europeus para pela frente. Há uma necessidade urgente do financiamento do Minis-apoiar este projeto internacional. A Orquestra naturalmente que terá tério da Educação para consolidar a AMFV. Temos lutado com muitasalunos e professores das escolas. dificuldades financeiras, desde o início, para conseguir sustentar esta Academia. Estou certa que estamos prestes a conseguir o nosso objeti-Por fim, iremos promover um atelier para os utentes da APPCDM e vo, em prol da igualdade de oportunidades das crianças e jovens destealargar parcerias com outras instituições. concelho, e mesmo, desta região.Qual é a importância desta Academia para o município de As condições na Alfandega são boas ou são as possíveis?Valença? E para a Eurocidade? O Edifício da Alfândega é, sem dúvida, um dos mais emblemáticos deTem uma grande importância, uma vez que não existia esta oferta educa- Valença e é para nós, uma honra, usufruir deste espaço.tiva, no concelho de Valença, bem como, nos concelhos vizinhos. A ofertacultural do Concelho passou a ter outra dinâmica e outros públicos. A aposta do Município neste espaço para a AMFV, deu-lhe uma nova dinâmica e por consequência criou a necessidade de se adaptar àsDe salientar ainda, o facto da instituição ter criado novos postos de traba- normas e exigências do Ministério da Educação.lho que no futuro poderão ser ocupados pelos alunos da AMFV, fixandoassim os jovens em Valença e atraindo, ainda, artistas de outras regiões. Com o crescimento do número de alunos, houve necessidade de alargar o número de salas. Sei que o Município está a acautelar esta situação.Considera que a projeção que a Academia tem no concelho ena população é boa ou pode melhorar? No próximo Ano Letivo, pretendemos homologar os cursos secundários de música, o que implicará a adaptação de outros espaços.Creio que a Academia tem vindo a ganhar projeção e um bom acolhi-mento no concelho. Desde a sua fundação que sempre nos mostramos O edifício tem uma localização privilegiada, tem muito potencial e irá,receptivos e cooperantes com o Município de Valença, parceiro indispen- certamente, ser adaptado às necessidades da Academia.sável, que tem apoiado e valorizado o trabalho desenvolvido na AMFV.São Órgãos da Associação: Direção Pedagógica Diretora Ivone RibeiroAssembleia GeralPresidente - Ana Paula Xavier Subdiretores Mariline BorlidoDireção Manuel Vieira.Presidente - Ivone RibeiroSecretária - Lucinda DantasTesoureira - Carmo PereiraMariline Borlido Ivone Ribeiro Manuel Vieira valemais.pt 47

NegóciosA Ovnitur - Viagens surge no ano de Hoje, a Ovnitur - Viagens é uma empresa reconheci-1987, com sede social na vila mais antiga da no mercado nacional e internacional pela expe-de Portugal, Ponte de Lima e uma filial riência, capacidade, simpatia e segurança que trans-em Viana do Castelo. mite aos seus clientes. Possui uma frota própria de aproximadamente 100 viaturas, dos 8 aos 71 lugares,Em 1998 Francisco e Águeda Oliveira adquiriram a e mais de 110 funcionários.empresa que, nessa altura, usufruía de duas Agênciasde Viagem (Ponte de Lima e Viana do Castelo) e doisautocarros para aluguer e apoio às agências. ÁGUEDA OLIVEIRA E FRANCISCO OLIVEIRA Tem Agências de Viagem em Viana do Castelo e Ponte de Lima; conta há 8 anos com escritório em Lisboa e ago-48 valemais.pt ra, com 1 ano, o novo Centro de Negócios em Nogueira. O crescimento deve-se à atenção e qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e amigos ao longo dos 30 anos de existência. Possui parcerias com vários municípios do país e alugam autocarros para todo o tipo de atividades: despedidas de solteiros, serviços escolares, transporte de ranchos folclóricos, excursões, apoio a congressos, entre muitos outros. Ao longo dos anos foram crescendo e tiveram a necessidade de melhorar as condições para todos os colaboradores e criar insta- lações próprias para fazer fase aos novos desafios do mercado. Nesse sentido, criaram a nova sede e Cen- tro de Negócios, em Nogueira. Com uma localização estratégi- ca, junto à A27, está ligada ao resto do país com fácil acesso à A28 (Porto) e à A3 (Porto, Bra- ga, Valença e Galiza).

Recepção no Centro de Negócios em Nogueira Nova sede e Centro de Negócios em Nogueira Agência de Viagens de Viana do CasteloCom projeto já aprovado terão, A Ovnitur dispõe de uma diversa gama de serviços:muito em breve, um posto decombustível que dará apoio à frota Venda de passagens aéreas nacionais, internacionais e intercontinentais.de autocarros, assim como uma Venda de bilhetes de autocarro de linhas nacionais e internacionais.máquina de lavagem de pesados. Serviço de expresso diário entre Ponte de Lima, Viana do Castelo e Porto, inclusive aeroporto.Outra novidade é a criação da Organização de viagens profissionais para congressos e feiras.RCO Mecânica e Serviços, LDA. Reservas de férias: pacotes turísticos, lua-de-mel, hotéis, pousadas, Tudo o que são reparações me- cruzeiros, entre outros.cânicas a todo o tipo de veículos Reservas de restaurantes para individuais ou grupos.pesados e ligeiros realizam-se na Organização de excursões em território nacional e estrangeiro.RCO (Reboques, Combustíveis e Transferes e serviço de táxi de e para os aeroportos de Portugal e Espanha.Oficina). Esse serviço é prestado a Aluguer de automóveis ligeiros de 5 a 9 lugares.nível interno e externo. Alugueres de autocarro com frota própria de 9 a 72 lugares. Aluguer de autocarros panorâmicos e comboios turísticos (próprios).A Ovnitur agradece aosclientes todo o sucessoque, juntos, têm alcançado.Visite-nos valemais.pt 49

Reportagem #Viana do CasteloREDE ESCOLAR DE CIÊNCIAe de Apoio à Investigação CientíficaA primeira Rede Escolar de Ciência e de Apoio à Investigação Científica dopaís foi inaugurada em Viana do Castelo e quer transformar esta cidade numTerritório de Ciência. Este foi um dos primeiros passos para disseminar o gostopela ciência e pela biodiversidade no concelho.Texto :: José C. Sousa instalado um dos laboratórios criados no laboratoriais instaladas nas escolas sede de âmbito da rede, que juntará 30 investigadores agrupamento: Laboratório de processamentoAcerimónia de inauguração, que contou para o apoio a cerca de três mil alunos de de amostras em sedimentologia, Laboratório de com a presença da secretária de Viana do Castelo, num investimento de 120 sondagem mecânica e geofísica, Laboratório de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino mil euros. Comunicação de Ciência, Laboratório de pro-Superior, Fernanda Rollo, decorreu na Escola cessamento de amostras em petrologia, Labo-Secundária de Santa Maria Maior, onde está A Rede Escolar de Ciência e de Apoio à Investi- ratório de Microscopia e Petrografia, Laboratório gação Científica é constituída por sete unidades de Fotogrametria e Laboratório da Memória.50 valemais.pt


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