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LIVRO HIPERFOTO BRASIL

Published by pressanalyst, 2017-12-19 20:41:01

Description: 100 HYPERPHOTOS FROM BRASIL 2015 - 2018

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1 Hiperfoto-Brasil 1ª edição Brasil Sikana 2017

SUMáRIO TEXTO | TEXTEINDEX Laurent Jumelle 4 Presidente da Caixa Seguradora | Président de Caixa Compagnie d’Assurance Bertrand Dussauge 5 Idealização e coordenação-geral | Idéalisation et coordination générale Marc Pottier 6 | 11 Curador | Commissaire de l’exposition Jean-François Rauzier 12 | 15 BIOGRAFIA | BIOGRAPHIE 199 | 201Salvador 17 | 20 Arte rua 36 | 37 Cidade Baixaxx Passagem LiteráriaxxSão Paulo 21 | 24 Balada SP 38 | 39 Pelô Arte Rua 1Brasília 25 | 28 Metrô 40 | 41Rio de Janeiro 29 | 32 Banda Oncal 42 | 43CAMINHADA BRASILEIRA Babel 26 igrejas Arte Rua 2 HIPERVÍDEOS Nossa Senhora Arte Rua 3 VEDUTEAzul Arte Rua 4 BABELPentáptico Igreja Arte Rua 5 de São Francisco Arte Rua 6 Teto Igreja Arte Rua 7 de São Francisco Hipervídeo 1 Da Cruz Hipervídeo 2 Mikvé Hipervídeo 3 Rosário Hipervídeo 4 Oxóssi Matarazzo 1 Santos Matarazzo 2 Obaluaiyê Babel MASP Veduta SP Aérea Veduta SP Onça (Iguatemy JK) Templo Evangélico

3Tempestade de Reaisxx CAertleebRruaaçãoxx Cidade Baixaxx Passagem LiteráriaxxBrasil Brasilienses Pelô Arte Rua 1HRITAGEHiper Real Alvorada Babel 26 igrejas Arte Rua 2 DEEP LEARNINGOscilaçãoSilêncioNossa Senhora Arte Rua 3Gabriella Planalto Azul Arte Rua 4 SPIRITJaburu URBAN ARTCúpulaVeduta RJ1 Arcos Pentáptico Igreja Arte Rua 5HiperAtlântida Tres Poderes de São Francisco Arte Rua 6Veduta RJ2 Justiça Teto Igreja Arte Rua 7Hipercomunidade Vertigo de São Francisco Hipervídeo 1NiMac Horizontes Da Cruz Hipervídeo 2Guanabara Santos Mikvé Hipervídeo 3Cidadela Maravilhosa Catedral Rosário Hipervídeo 4Selarón Vortex Oxóssi Matarazzo 1Vermelho O Jeito 4 Santos Matarazzo 2Gabinete Redes Obaluaiyê BabelJoia Memória Solar MASPSão Bento JK Veduta SP AéreaCristo Poder Veduta SP Escola Onça (Iguatemy JK) Templo Evangélico

4Texte Laurent Jumelle portugues/frances

A beleza do mundo tomou 5a cara dos brasileiros Um país que permite que seus jovens expressem seu dinamismo de forma artística nas paredesInspirado, entre outras coisas, nas colagens de Polaroids pelo de sua cidade, como os criadores 3D encontrados no «Sarasota Chalk Festival» na Flórida, ondeartista britânico David Hockney na década de 1990, Rauzier Eduardo Kobra já foi homenageado. Este movimento permanente nas ruas, específico para astornou-se no início de nosso século, o precursor da montagem megacidades americanas ou asiáticas, Rauzier decidiu capturá-lo com milhares de vídeos quedigital, inventando o conceito de hiperfoto que os estudantes ocupam até 81 telas pequenas em uma projeção sem precedentes!brasileiros em fotografia querem aprender e fazer evoluir Em São Paulo, a benevolência de Jean-François reuniu-se com voluntários da Escola Arca do Sabercom a sensibilidade sul-americana. Esta residência alternada e da ONG Sikana que se beneficiam de algumas das receitas da hiperfoto NEOKID com desenhosde Rauzier no Brasil desde 2015, influenciou incrivelmente de crianças . Hiperfoto-Brasil em São Paulo encerra esse ciclo de hiperfotos brasileiras. Por isso,este artista, hipersensível à benevolência e às alegrias da desejo grandes emoções a todos os visitantes e leitores deste livro que adquirirão esses trabalhosvida. Ele se mesclou com os artistas modernistas deste país contatando-me. Finalmente, agradeço desde o fundo da minha alma, azul, amarelo, verde, toda ae reinventou a técnica palimpsesca com lembranças de minha equipe e funcionários de empresas e instituições públicas que aceitaram confiar em mim,imagens esquecidas acima dos muros das capitais brasileiras. para proporcionar um « Deep Learning » à cultura de todos os brasileiros. Bertrand Dussauge Idealização e coordenação-geralLa beauté du monde Inspiré entre autres par les collages des Polaroïds de l’artiste britannique David Hockney dans les années 90,a pris le visage Rauzier devient au début de notre siècle, le précurseur de l’assemblage numérique en inventant le concept dedes brésiliens l’hyperphoto que les étudiants brésiliens en photographie veulent apprendre et faire évoluer avec leur sensibilité sud-américaine. Cette résidence alternée de Rauzier au Brésil depuis 2015, a incroyablement influencé cet artiste hypersensible à la bienveillance et aux joies de vivre. Il a fusionné avec les artistes modernistes de ce pays et réinventé la technique du palimpseste avec des mémoires d’images oubliées au dessus des murs des capitales brésiliennes. Un pays qui laisse sa jeunesse exprimer son dynamisme de manière artistique sur les murs de leur ville, comme ces créateurs 3D que l’on trouve au « Sarasota Chalk Festival » en Floride où Eduardo Kobra a déjà été honoré. Ce mouvement permanent dans les rues, propre aux mégalopoles américaine ou asiatique, Rauzier a décidé de le capturer avec des milliers de vidéos qui occupent jusqu’à 81 petits écrans dans une projection inédite! A Sao Paulo, la bienveillance de Jean-François a rencontré celle des bénévoles de l’école Arca do Saber et de l’ONG Sikana qui bénéficient d’une partie des recettes de l’oeuvre NEOKID. Hiperfoto-Brasil à Sao Paulo clôt ce cycle des hyperphotos brésiliennes. C’est pourquoi, je souhaite de grandes émotions à tous les visiteurs et les lecteurs de ce livre qui pourront acquérir ces oeuvres en me contactant. Enfin, je remercie du fond de mon âme bleue, jaune, verte, toute mon équipe et les collaborateurs des entreprises et des institutions publiques qui ont accepté de me faire confiance, pour offrir un « deep learning » à la culture de tous les brésiliens. Bertrand Dussauge Idéalisation et coordination générale

6“Hiperfoto-Brasil”por Jean-François Rauzier Marc Pottier Curador

7“Hyperphoto-Brésil”par Jean-François Rauzier Marc Pottier Commissaire de l’exposition

Este artista-fotógrafo, cubista, mosaicista, Pensemos a definição de“hiper”: prefixo, do grego huper,“sobre”, indicando uma posiçãosurrealista, escultor bidimensional,* artista do superior no espaço, uma intensidade ou uma propriedade superior à normal. A palavrabarroco numérico, no contexto das celebrações “intensidade” se adéqua perfeitamente às obras deste artista. Suas fotografias, impressasdos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, nos em formatos enormes, intensificam o mundo sobre o qual ele lança seu olhar. Comapresenta uma “hiperpaisagem carioca” jamais o computador, ele fabrica uma hipercolagem na qual em cada uma de suas obras sãoantes vista. reunidas inúmeras imagens fotografadas durante suas viagens, criando uma espécie deFotógrafo precoce, frustrado com as limitações casamento entre o macro e o micro, o virtual e o real. Desta maneira, ele nos mostra umatécnicas da fotografia, Jean-François Rauzier versão original e excepcional das cidades, das paisagens e dos assuntos que aborda.sempre sonhou com a chegada da imagem digitalcom a qual pôde realizar enfim, em 2002, suas Nós mencionamos o termo “cubismo”. Este movimento artístico consiste na descrição deprimeiras hiperfotos. algo material a partir de diferentes pontos no espaço ao mesmo tempo em que mostra o ato de se mover em torno de um objeto para resumi-lo em diversos ângulos sucessivos reunidos em uma única imagem. Baseando-se nas pesquisas de Cézanne sobre a criação de um espaço pictórico, este movimento abalou a noção de representação na arte rejeitando a simples imitação do real. A realidade perfeita não é mais a temática de Jean- François Rauzier. O olho do espectador perderá sua referência na profusão oferecida e em todos os ângulos abordados. “Às vezes, ver mais largo e mais próximo, parar o tempo e poder examinar todos os detalhes da imagem fixada”, sublinha o artista.Nós podemos igualmente considerar Jean-François Rauzier como um mosaicista à la Signac. Este último era mais preciso que seus >amigos cubistas em seus recortes de cubos coloridos, que eram como que fabricados por uma máquina. A imagem numéricapermite a Rauzier este pontilhismo magistral onde suas bonecas russas se distribuem quase infinitamente. O espectador éconvidado à caça aos detalhes, e se vê tudo ao mesmo tempo, estando todos os elementos de memória do tema abordadoem uma única imagem, deverá participar de maneira paciente e atenta do jogo de reconstituição que é proposto. Se Jean-François Rauzier não fosse fotógrafo, poderíamos pensá-lo como um pintor do sobrenatural que compõe suas obras a partir depequenas pinceladas em uma tela.Mais que as manipulações digitais artísticas como nos trabalhos do fotógrafo alemão Andreas Gursky, as obras de Rauzier nosfazem pensar no grande desenhista francês autodidata Jean-Olivier Hucleux, pioneiro do movimento hiper-realista que surgiuna Europa e nos Estados Unidos em 1969. Nos anos 1980, Hucleux havia realizado também desenhos de “desprogramação”nos quais tentava alcançar as camadas mais ocultas de nossa memória. A “pele” desses retratos figurativos, criados através daassociação de elementos escritos, criptografados, figurativos, geométricos ou gestuais, deixava vir para a superfície fragmentosde uma memória sobre a qual ele não conhecia nem a origem nem os modos de associação, lógicos ou analógicos. Todosesses elementos sobrepostos reconstituíam juntos os retratos realizados pelo artista. Esta exploração havia conduzido Hucleux

9Cet artiste photographe, cubiste, mosaïste, Revenons à la définition de ‘Hyper’: préfixe, du grec huper, sur, indiquant unesurréaliste, sculpteur bidimentionel (*), artiste position supérieure dans l’espace, une intensité ou une propriété supérieuredu baroque numérique....dans le cadre des à la normale. Le mot d’intensité se prête bien aux oeuvres de cet artiste. Sescélébrations des 450 ans de la ville de Rio de photographies tirées sur des très grands formats, intensifient le monde sur lequelJaneiro, nous livre un ‘hyper-paysage carioca’ il pose son regard. Il fabrique sur ordinateur un hyper-collage où sont réunies danstel qu’il n’a jamais été vu. chacune de ses oeuvres un nombre considérable des images qu’il a prises durantPhotographe précoce, Jean-François Rauzier, ses voyages, jouant ainsi sur un mariage heureux entre le macro et le micro, lefrustré par les limitations techniques de la virtuel et le réel tout comme l’imaginaire. Il nous livre ainsi une version originale etphotographies, avait toujours rêvé l’arrivée inhabituelle des villes, des paysages ou des sujets qu’il aborde.de la photographie digitale. C’est donc en2002 qu’il a pu enfin réaliser ses premières Nous avons mentionné le terme “cubisme”. Ce mouvement artistique décrithyperphotos. l’observation d’un sujet à partir de différents points dans l’espace en même temps et ainsi l’acte de se déplacer autour d’un objet pour le saisir à partir de plusieurs angles successifs réunis en une seule image. Héritant des recherches de Cézanne sur la création d’un espace pictural, ce mouvement a bouleversé la notion de représentation dans l’art en rejetant la simple imitation du réel. La réalité parfaite n’est pas non plus le sujet de Jean-François Rauzier. L’oeil du spectateur perdra ses repères dans cette profusion offerte et tous les angles abordés. “ Voir à la fois plus large et plus près, arrêter le temps et pouvoir examiner tous les détails de l’image figée” souligne l’artiste.On pourrait tout autant considérer Jean-François Rauzier comme un mosaïste à la Signac. Ce dernier était plusprécis que ses amis cubistes dans sa découpe des cubes de couleurs, qui étaient comme fabriqués par une machine.Le numérique permet à Rauzier ce pointillisme magistral où ses poupées russes se déploient preque à l’infini. Lespectateur est appelé à la chasse aux détails et s’il voit tout au même moment, tous les éléments de la mémoiredu sujet abordé étant livrés en une seule image, il devra se prêter au jeu patient et attentif de reconstitution ainsiproposé. S’il n’était photographe, on pourrait penser Jean-François Rauzier comme un peintre du supernaturelcomposant sur écran ses oeuvres par petites touches.Plus que les manipulations digitales d’artistes tel que le photographe allemand Andreas Gursky, on ne peut >s’empécher de penser au grand dessinateur français autodidacte Jean-Olivier Huclueux qui fut le pionnier dumouvement hyperréaliste apparu en Europe et aux Etats-Unis en 1969. Dans les années 1980, Hucleux avait aussiréalisé des dessins de “déprogrammation” dans lesquels il tentait d’accéder aux couches les plus enfouies de notremémoire. La ‘peau’ de ses portraits figuratifs, proposait par association des éléments écrits, chiffrés, figuratifs,géométriques ou gestuels, laissant advenir à la surface des fragments d’une mémoire dont il ne connaissait

... 10 em seus últimos anos de vida a trabalhar com a informática. Jean-François Rauzier, por sua vez, utiliza-se de um trabalho bem pensado e bem construído com as camadas mais ocultas dos lugares que visita. Ele acredita na realidade superior de certas formas e no jogo desinteressado do pensamento. Porém, mesmo que o trabalho de Jean-François Rauzier não seja aleatório nem inconsciente, suas composições extremamente trabalhadas e seu “surrealismo controlado” acabam por liberar a criação de toda limitação e lógica. Ele transforma o mundo evitando os temas preconcebidos e, como dizia André Breton, faz repousar novas associações sobre certas formas, como a força de um sonho de um mundo sem limites. Assim, personagens, animais, superabundância de objetos, inundações e balões vêm habitar seus generosos panoramas e suas arquiteturas ou paisagens repetidas e misturadas. Nós mencionamos ainda o barroco. Se Jean-François Rauzier é livre de maneirismo como no estilo barroco, ele sabe, com virtuosidade, multiplicar os efeitos de ilusão. Utilizando as possibilidades do digital, suas fotografias “espetáculo” associam as perspectivas dessas composições em um jogo de luz e sombras para obter um novo tipo de realismo. Sem excentricidade, ele brinca com o inesperado visando suscitar a emoção. Seu estilo estruturado trata de maneira abundante sobre o fantástico e sobre a simetria para render homenagem ao patrimônio das cidades onde ele joga seu olhar. Assim, ele recria suas arquiteturas imaginárias e inacreditáveis, utilizando-se de uma procura dos efeitos mais inesperados e teatrais em um estilo que pertence somente a ele e que faz de sua obra algo incrivelmente fora do comum. Esta exposição propõe uma grande viagem carioca em que o espectador poderá reconhecer entre as imagens alguns ícones da cidade, como o famoso Cristo do Corcovado, o Convento de São Bento, o Parque Lage ou a Escada Selarón, na Lapa, ao mesmo tempo em que fará o público quebrar a cabeça na tentativa de identificar certos detalhes de monumentos menos conhecidos dos grandes circuitos turísticos, como a escadaria da Biblioteca Nacional, o Ministério da Fazenda ou o Automóvel Clube. Algumas imagens se tornam grandes caleidoscópios vertiginosos que se transformam às vezes em grandes máscaras mágicas que homenageiam sutilmente o astral da Cidade Maravilhosa. Marc Pottier Curador

... 11 ni l’origine, ni les modes d’association, logiques ou analogiques. Tous ces éléments juxtaposés reconstituaient ensemble les portraits réalisés par l’artiste. Cette exploration avait conduit Hucleux dans les dernières années de sa vie à travailler avec l’outil informatique. Jean-François Rauzier, lui, accède avec un travail très pensé et construit aux couches les plus enfouies des lieux qu’il visite. Il croit à la réalité supérieure de certaines formes et au jeu désintéressé de la pensée. Si le travail de Jean-François Rauzier n’est pas un jeu de hasard, ni de folie, ses compositions sont extrêmement travaillées, son‘surréalisme contrôlé’, libére cependant la création de toute contrainte et de toute logique. Il transforme le monde en évitant les sujets préconçus et, comme aimait à dire André Breton, repose sur certaines formes d’associations nouvelles, tout comme à la toute puissance du rêve d’un monde hors limite. Personnages, animaux, surabondances d’objets, inondations, mongolfières ...viennent ainsi habiter ses généreux panoramas et leurs architectures ou paysages répétés et mélangés. Nous avons aussi mentionné le Baroque. Si Jean-François Rauzier est sans manièrisme, comme dans le style baroque, avec virtuosité, il sait multiplier les effets d’illusion. En utilisant les possibilités du numérique, ses photographies ‘spectacle’ associent les perspectives de ses compositions au jeu de la lumière et de l’ombre pour obtenir un nouveau type de réalisme. Son exentricité joue sur l’inattendu et vise à susciter l’émotion. Son Style structuré joue abondamment sur le fantastique tout comme la symétrie pour rendre hommage au patrimoine des villes où il jette son dévolu. Il recrée ainsi ses incroyables architectures imaginaires jouant avec la recherche de l’effet le plus inattendu et le plus théâtral dans un style qui n’appartient qu’à lui et rend son oeuvre tout à fait hors du commun. Cette exposition propose un grand voyage carioca où le spectateur pourra reconnaitre au gré des images quelques icônes de la ville, le fameux Christ du Corcovado, le Couvent de São Bento, le Parque Lage ou l’escalier Selaron de Lapa mais il aura aussi à se creuser la tête pour identifier certains détails de monuments moins connus du grand public comme l’escalier de la Bibliothèque Nationale, le Ministère de l’économie ou l’Automobile Club. Certaines images deviennent comme de grands kaléidoscopes vertigineux se transformant ainsi parfois, si on y prête attention, comme de grands masques magiques rendant un hommage subtile à l’astral de la Cidade Maravilhosa. Marc Pottier Commissaire de l’exposition

12 Por mais de uma década, tenho navegado e listando grandes cidades como: Cingapura, Pequim, Abu Dhabi, Moscou, Roma, Barcelona, Paris, Nova York, Miami ... No Brasil, fotografei milhares de paredes virgens coloridos ou marcados pelos tempos do rei João VI, os imperadores Dom Pedro ou os presidentes da República das capitais brasileiras, mas a calorosa recepção dos cidadãos brasileiros me inspirou, imortalizar seus sorrisos, uma hiperfotografia da caminhada brasileira de mais de cinquenta metros de comprimento. Assim, realizei nos últimos quatro anos quase duzentos milJean-FrantirosnoRio,Brasília,SalvadoreSãoPauloparacriaresteinventáriodaherança brasileira da humanidade. Depois de quilómetros percorridos a pé nas ruas dessas cidades banhadas por luz do sol e calor, eu digitalizei vários milhares de edifícios, olhares, plantas e obras de arte dos modernistas como Athos Bulcão em Brasília ate Eduardo Kobra em São Paulo ... De volta ao meu ateliê de Paris, cada tiro é limpado; fios elétricos, móveis de rua, veículos, plantas ... Finalmente, eu começo a reunir um ao lado e acima do outro, as fachadas mais bonitas de cada edifício para compor uma paisagem urbana ou“Veduta”, então para obter a imagem ortofotográfica de uma cidade de sonho.

Essas hiperfotos, assim, mostram a memória do patrimônio arquitetônico de uma cidade inteira, ampliada em formato muito grande. Este formato é necessário porque a definição muito alta de meus tiros permite ver uma moeda atrás de uma janela. É para mim deixar um legado para a inteligência das gerações futuras, um testemunho da realidade desses lugares de vida, às vezes ampliando-os. Esta série também permite comparar o que torna as particularidades e as semelhanças dessas cidades cheias de vida. Apaixonado pelo mito de Babel, criei também“Babel”para cada cidade; umarançoistorre constituída por uma compilação de seus edifícios mais emblemáticos. É também uma alternativa poética e humorística às torres desproporcionais que as megacidades constroem em seu crescimento exponencial. Estas duas séries Veduta e Babel, que eu completei após cada viagem, fazem parte de uma coleção maior de obras, como os tópicos idealizados e classificados em « Deep Learning » que lidam com o grande desafio que a humanidade enfrenta no século XXI com a filosofia transhumanista americana que questiona a chance da Criação, a integridade de nossos corpos e nossa consciência.

14 Depuis plus d’une décennie, je parcours et répertorie les grandes villes comme : Singapour, Pekin, Abu Dhabi, Moscou, Rome, Barcelone, Paris, New York, Miami… Au Brésil, j’ai ainsi photographié des milliers de murs vierges, colorés ou marqués par les temps du roi Joao VI, des empereurs Dom Pedro ou des présidents de la République des capitales brésiliennes. Mais l’accueil si chaleureux des citoyens brésiliens m’a inspiré, pour immortaliser leurs sourires, une hyperphotographie de cette « ballade brésilienne » de plus de cinquante mètres de long. J’ai ainsi réalisé ces quatre dernières années près de deux cent mille clichés à Rio, Brasilia, Salvador et Sao Paulo pour créerJean-Francet inventaire du patrimoine brésilien de l’humanité. Après des centaines de kilomètres parcourus à pied dans les rues de ces villes baignées de soleil et de chaleur, j’ai finalement numérisé plusieurs milliers de bâtiments, de regards, de plantes et d’oeuvres d’art ; des modernistes Athos Bulcão à Brasilia à Eduardo Kobra à São Paulo… De retour à mon studio parisien, chaque cliché est alors détouré; les fils électriques, le mobilier urbain, les véhicules, les plantes…Enfin, je commence à rassembler l’une à coté et au dessus de l’autre, les plus belles façades de chaque immeuble pour composer un paysage urbain ou “Veduta” afin d’obtenir l’image orthophotographique d’une ville rêvée.

15 Ces hyperphotos montrent ainsi la mémoire du patrimoine architectural d’une ville entière, tirée en très grand format. Ce format s’impose car la très haute définition de mes clichés permet de voir une pièce de monnaie derrière une fenêtre. Il s’agit pour moi de laisser un héritage à l’intelligence des futures générations, un témoignage de la réalité de ces lieux de vie, parfois en les magnifiant. Cette série permet aussi de comparer ce qui fait les particularités et les similitudes de ces villes pleines de vie. Passionné par le mythe de Babel, j’ai aussi créé des“Babel“ pour chaque ville; une tour constituée d’une compilation de ses bâtiments les plus iconiques.rançoisC’est aussi une alternative poétique et humoristique aux tours démesurées que les mégalopoles bâtissent dans leur croissance exponentielle. Ces deux séries Veduta et Babel que je complète après chaque voyage, font partie d’une plus vaste collection d’oeuvres, comme les sujets idéalisés et classés dans « Deep Learning » qui traitent du grand défi posé à l’humanité du XXIe siècle avec la philosophie transhumaniste américaine qui remet en cause le hasard de la Création, l’intégrité de nos corps et de notre conscience.

16Caminhada brasileira | Ballade brésilienneBrasil (2014-2017) 220 cm x 47.000 cmPags. 17 - 32Salvador, Bahia Pags. 17 - 20São Paulo Pags. 21 - 24Brasília Pags. 25 - 28Rio de Janeiro Pags. 29 - 32

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Caminhada brasileira | Ballade brésilienneBrasil (2014-2017) 220 cm x 47.000 cmPags. 17 - 32Salvador, Bahia Pags. 17 - 20São Paulo Pags. 21 - 24Brasília Pags. 25 - 28Rio de Janeiro Pags. 29 - 32

34HIPERVÍDEOS

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36Hipervídeo Arte rua São Paulo, São Paulo (2017)

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38Hipervídeo Balada SP São Paulo, São Paulo (2017)

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40Hipervídeo Metrô São Paulo, São Paulo (2017)

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42Hipervídeo BandaOncal na Paulista São Paulo, São Paulo (2017)

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44VEDUTE

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47Veduta RJ1Rio de Janeiro (2014) 150 x 250 cm

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49Veduta RJ2Rio de Janeiro (2014) 150 x 250 cm

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