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CENES MAGAZINE 4

Published by greenevents, 2017-03-02 12:35:51

Description: Edição 4 da CENES MAGAZINE

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Magazine EdEiçdãioçãno.ºn1.º|4N|oOveumtubro 20146 GRANDE REPORTAGEM Reprocessamento de Material de Empréstimo ENTREVISTA José Carlos Caiado Diretor Clínico e Vogal da Comissão Executiva dos SAMS PICS OPINIÃO Reprocessamento de endoscópios A esterilização como um eficaz método de prevenção PARCERIA Cordeiro Saúde Uma parceria para o CrescimentoPPAErreeNdssatidaTRACBleçbaniãREmsoetooePdrEbIpndteOritaoVáeestCgRniccCIrooatSoTmaadnaAiTlmstsdaAGãepomoCEEusixMnideaFacduçeotãirsvnoadaednoSdaSúAedMse SREPORTAGEMNa Vanguarda do Reprocessamentode Dispositivos MédicosOPINIÃOGermano CoutoBastonário da Ordem dos EnfermeirosBOAS PRÁTICASBiossegurança em ImplantologiaGabriela Luís, Médica Dentista

Inscrições Abertas!Curso de Reprocessamentode Dispositivos Médicos DATA: Abril 2017 DURAÇÃO: 32 horas HORÁRIO: 9h00m-13h00m 14h00m-18h00m LOCAL: CENES Azinhaga dos Barros, nº8 B, 1600-016 LisboaDESTINATÁRIOSEsta ação de formação é dirigida a todos os pro­fissionais de saúde que, direta ou indiretamente, se encontrem envolvidos napreparação e man­ useamento de dispositivos médicos em blocos operatórios, clinicas e/ ou laboratórios, nomeadam­ ente:Enfermeiros, Assistentes Operacionais, Técnicos e Assistentes de Medicina Dentária, Auxiliares de Ação Médica, Técnicos deLaborat­ório, entre outros.OBJETIVOS ESPECÍFICOS• S ensibilizar os participantes para a prática de uma correta política de Segurança, Higiene e Preven­ção dos riscos de infeção hospitalar e necessidade de utilização de material esterilizado em am­biente hospitalar.• Identificar fatores que contribuam para o contro­lo da infeção hospitalar, regras e procedimentos de segurança e eficiência na condução e manutenção dos equipamentos de esterilização.• Garantir as técnicas e os procedimentos corretos para o manuseamento e transporte de material, a limpeza, desinfeção, embalagem, esterilização, armazenamento, controlo de qualidade e distribui­ção dos dispositivos médicos.• P ermitir a aquisição de conhecimentos que cont­ribuam para as boas práticas na prestação de cui­dados de saúde.PROGRAMA GERAL 1. Recolha: Transporte e rastreabilidade• Classificação de dispositivos médicos 2. Descontaminação: princípios de limpeza; processos de• Triagem de dispositivos médicos• Dispositivos médicos reprocessáveis lavagem; seleção de deterg­ entes e desinfetantes• Circuitos de dispositivos médicos 3. Inspeção e Embalagem: requisitos de preparação e• C onceção e estrutura física de um serviço de esterilização: embalagens: inspeção; téc­nicas de montagem; testes de áreas, organização do esp­ aço e equipamento funciona­lidade dos materiais a reprocessar; crité­rios e• Unidades de descontaminação de disposit­ivos médicos métodos de embalamento 4. E sterilização: métodos de esterilização 5. Expedição: Controlo de qualidade; proce­dimentos de validação e registot: 211 324 129 | f: 211 324 194 | e-mail: [email protected] | www.CENES.pt

Magazine SUMÁRIO | CENESFICHA TÉCNICA 04 | Destaques 3 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016Magazine CENES 05 | EditorialA Magazine CENES é um suporte de distribuiçãogratuita, dirigida a clientes e parceiros. 06 | NotíciasOs conteúdos visam proporcionar ao público-alvouma leitura focada nas atividades do CENES e nos 08 | Agendavalores que o norteiam, incluindo também con-teúdo editorial nacional e internacional relevante 09 | Entrevista - Dr. José Carlos Caiadopara o setor: entrevistas, reportagens, artigos deopinião, ciência, tecnologia e saúde. 12 | Grande Reportagem - Reprocessamento de Material de Empréstimo IPropriedadeCENES, Centro de Reprocessamento 16 | Opinião - A Evolução na Embalagemde Dispositivos Médicos, Lda. das Caixas de EmpréstimoSede 18 | Sistemas de Informação - O contributoAzinhaga dos Barros, nº8 B, 1600-016 Lisboa dos sistemas de informação para a missãoTel. +351 211 324 129 | [email protected] das unidades de saúde na operação das centrais de reprocessamentoCoordenação e Gestão Integrada de Conteúdos de dispositivos médicos - IGreen Media – Agência de ComunicaçãoR. D. João V, n.º 17, 1º Esq. 23 | Gestão de Infraestrutura e Manutenção -1250-089 Lisboa O contributo da Manutenção paraTel. +351 214 120 868 | [email protected] a disponibilidade operacional - ITiragem 26 | Biodescontaminação Ambiental6.000 Exemplares com peróxido de hidrogénio vaporizado em ambiente cirúrgicoDepósito Legal383627/14 35 | Tradelabor: Monitorização AmbientalIsento de registo no ICS nos termos do n.º 1, alínea 36 | Entrevista Prof. Dr. Carlos Robaloa, do artigo 12º do Decreto Regulamentar nº 8/99de 9 de Junho de 1999 37 | Entrevista Dr.ª Ana OliveiraA Magazine CENES está disponível online em: 38 | Reprocessamento de Endoscópioswww.CENES.pt 47 | Sistemas de Esterilização a Baixa Temperatura 52 | Parceria

Magazine 12 18 CENES | DESTAQUES 09 38 524 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 09 | Entrevista 12 | Grande Reportagem 38 | Reprocessamento a José Carlos Caiado sobre o Reprocessamento de Endoscópios Nesta edição damos a conhecer de Material de Empréstimo Damos a conhecer as melhores a opinião do Dr. José Carlos Para dar a conhecer os atuais práticas de prevenção nos Caiado, Diretor Clínico e Vogal desafios nos Serviços de procedimentos endoscópicos da Comissão Executiva Esterilização Centralizada (SEC), 52 | Cordeiro Saúde dos SAMS conversámos com a Enfermeira Para melhor conhecermos Chefe e Responsável Técnica os contornos da parceria no CENES, Enf.ª Flora Carvalho de sucesso que a Cordeiro e o Coordenador Operacional no Saúde realizou com o CENES, CENES, Hélio Crespo entrevistámos a Enf.ª Carolina 18 | Sistemas de informação Madaleno, Enfermeira Chefe Por Nuno Gomes, da Unidade de Cirurgia Gestor de Projectos de Ambulatório

Magazine EDITORIAL | CENES “Hoje já ultrapassámos mais de 3 milhões de dispositivos médicos reprocessados, um número que partilhamos consigo e que pretendemos que continue a subir para consolidar a nossa visão e missão” Pedro Rodrigues Direção-GeralN esta quarta edição, apresentamos uma O bem-estar do doente deve resultar de uma am- 5 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 coletânea de novidades que se revelam pla cadeia de serviços e para o CENES, um elo crí- autênticas conquistas na área da Saúde: tico nessa cadeia, é essencial o reconhecimento daprojetos-pilotos a estudos premiados com assina- prestação de um serviço de excelência. No entanto,tura portuguesa, que motivam o orgulho nacional e ainda assim, pretendemos ir mais além na nossae que nos incentivam a manter a procura pela ex- estratégia. É objectivo do CENES ser uma referênciacelência. para todas as Unidades de Saúde no que respeita aoO mercado atual está repleto de exigências que reprocessamento de dispositivos médicos, poten-pretendem ir ao encontro de práticas que melho- ciando a prestação integrada de cuidados de saúderem substancialmente a qualidade dos processos como um dever, para além de um direito.associados à Saúde dos utentes. A inovação orga- Hoje já ultrapassámos os 3 milhões de dispositivosnizacional responde a essas necessidades, sendo médicos reprocessados, um número que partilha-imperativo manter firme a luta pela descoberta de mos consigo e que pretendemos que continue amais e melhor e, desta forma, acreditarmos que aumentar por forma a consolidar a nossa visão enos encontramos na linha da frente dessa procura. missão, que, em conjunto com os nossos valoresA inovação organizacional aliada à melhoria dos pautam a nossa atuação nestes 3 anos de existên-processos, contribui para o alinhamento do repro- cia: integridade, transparência, inovação, seguran-cessamento de dispositivos médicos com a pres- ça e resiliência.tação integrada de cuidados de saúde, numa com-binação perfeita em prol da segurança e confortodo doente.

Magazine CENES | NOTÍCIAS Primeiro implante auditivo bilateral invisível aplicado em Portugal O Hospital Lusíadas no Porto realizou, pela primeira líbrio. Quando a cirurgia vez em Portugal, um implante auditivo bilateral invi- é feita num só ouvido é sível externamente num doente com surdez neuro- comum o doente expe- sensorial moderada bilateral. rienciar um desequilíbrio “O implante é feito aos dois ouvidos em simultâneo a que o cérebro tem de e, ao contrário das próteses convencionais, não fica se adaptar”, esclarece o nada à vista. Esta é uma cirurgia muito minuciosa que otorrinolaringologista. demora aproximadamente seis horas mas de muito O aparelho implantado é composto por um micro- baixo risco, com um pós-operatório sem dor que per- fone que capta o som, um processador de som e mite ao doente, no dia seguinte, já estar em casa e um transdutor que conduz o som para os pequenos a ouvir dos dois ouvidos”. O facto de ser realizada ossos da audição vibrando-os de forma semelhante bilateralmente faz com o que o doente mantenha a ao processamento normal da audição. O implante é estereofonia, bem como a noção espacial e o equi- realizado por baixo da pele, o que o torna invisível.6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Unidade de Saúde Familiar Projeto-piloto de de Abrantes vai reduzir em saúde oral arranca 40% número de utentes em 13 centros de saúde sem médico em Lisboa e no Alentejo A abertura da Unidade de Saúde Familiar (USF) de O projeto pretende facilitar o acesso dos uten- Abrantes, vai permitir uma redução de cerca de 40% tes a cuidados de saúde oral, medida que levará do número de utentes sem médico atribuído, que médicos dentistas aos centros de saúde abran- corresponderá a cerca de 4.500 utentes da região. gidos. Com esta iniciativa, que vai abranger, por A Câmara de Abrantes fez um investimento de um enquanto, dois centros de saúde no Alentejo milhão e cinquenta mil euros no novo equipamento (Portel e Montemor-o-Novo) e onze na zona de de saúde, no centro da cidade, que vem substituir Lisboa, o Ministério da Saúde vai afetar profis- o antigo centro de saúde, a funcionar dentro do sionais de saúde oral àquelas unidades de cui- hospital de Abrantes, em instalações cedidas pelo dados de saúde primários. A escolha dos locais Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). regeu-se por dois critérios: centros de saúde que já possuíssem condições físicas próprias para o fim, de forma à experiência ser iniciada o mais rapidamente, e locais onde não houvesse tanta oferta de cuidados de saúde.

Magazine NOTÍCIAS | CENESPlataforma eletrónica vai apoiarprescrição de exercício físico paradoentes com diabetesOs Investigadores da Universi- em Movimento” que está a ser bilidade, adaptadas às principaisdade de Trás-os-Montes e Alto implementado em Vila Real e características e doenças destaDouro desenvolveram uma que tem como objetivo comba- população.pla­taforma eletrónica para dar ter o sedentarismo, promoven- O programa “Diabetes em mo-apoio à prescrição de exercí- do o exercício físico, e auxiliar vimento” foi lançado em 2014cio físico para doentes com os profissionais de saúde, espe- e junta médicos, enfermeiros ediabetes. cialmente dos cuidados de saú- investigadores do Centro Hos-A plataforma foi desenvolvida de primários, na promoção de pitalar de Trás-os-Montes e Altono âmbito do projeto “Diabetes estratégias de exercício físico Douro e da faculdade. de baixo custo e elevada aplica-Médicos portuguesesdistinguidos por estudosna área da dorO Prémio Grünenthal/ASTOR 2016 foi atribuído a cidência e impacto da dor crónica nos doentes após 7 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016uma equipa de médicos da Unidade de Dor do Cen- alta. Para essa investigação foi realizado um estudotro Hospitalar do Porto, por um caso clínico sobre retrospectivo da dor durante o internamento, atravésa doença de Buerger e a uma equipa de médicos da análise de várias escalas de dor e a avaliação dada Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de dor crónica, e de entrevista telefónica nos doentesCascais pelo estudo sobre a dor aguda e incidência com 6 a 12 meses pós-alta. O Prémio Grünenthal/de dor crónica pós-alta. A doença de Buerger é uma ASTOR destina-se a galardoar trabalhos originais emdoença inflamatória das veias e artérias de pequeno língua portuguesa sobre aspetos de investigação clí-e médio calibre que se apresenta com isquemia dos nica no âmbito do tratamento da dor, ou descrição depés e das mãos, e tem maior prevalência no género casos clínicos, da autoria de profissionais de saúde emasculino e em fumadores. apresentados sob a forma de comunicação oral.O estudo feito pela equipa do Porto passava pelo Este prémio foi entregue no Convénio da ASTORacompanhamento de uma doente de 60 anos, com (Associação para o Desenvolvimento da Terapia daantecedentes de tabagismo e seguimento em con- Dor) que teve como objetivo criar um espaço desulta de cirurgia vascular por úlceras digitais e dor informação, debate e discussão de ideias e pro-nas mãos com 14 meses de evolução que foi poste- postas de melhoria no âmbito do diagnóstico e tra-riormente referenciada para a unidade de dor cróni- tamento da dor crónica e aguda e da dor no doenteca. Após a colocação de um estimulador elétrico me- oncológico.dular a doente reportou ausência de dor e melhoriadas úlceras digitais, tendo sido iniciada redução daterapêutica analgésica. Em Cascais, o estudo basea-va-se em avaliar a dor aguda durante o internamentoem Unidade de Cuidados Intensivos e investigar a in-

Magazine CENES | AGENDA8 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 18TH WORLD STERILIZATION 5º CONGRESSO CONGRESS GLOBAL DE INVESTIGAÇÃO BERLIM, ALEMANHA QUALITATIVA EM SAÚDE 4 A 7 DE OUTUBRO DE 2017 O 5º Congresso Global de Investigação Qualitativa em Saúde terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, A cidade de Berlim, na Alemanha, sediará o Con- em Lisboa, nos dias 8 e 9 de maio. gresso Anual da Federação para Hospitais de Ci- A organização da iniciativa estará a cargo da Associação ências de Esterilização (WFHSS). O 18º Congresso Portuguesa de Enfermeiros, sendo que o Congresso Mundial de Esterilização irá realizar-se de 4 a 7 de terá como tema a “Investigação qualitativa em saúde. outubro de 2017. Uma força para a mudança!”. O objetivo do congresso será assegurar que os pro- fissionais e os parceiros, de todos os continentes, http://www.apenfermeiros.pt/evento/5o-congresso-global-inves- tenham a oportunidade de trocar os seus conheci- tigacao-qualitativa-saude/ mentos e experiências a nível mundial. Esta é uma ocasião para compartilhar conhecimen- 14ª CONFERÊNCIA to e tecnologia baseado nas melhores práticas, INTERNACIONAL padronização e inovação de conceitos-chave. Para DE INVESTIGAÇÃO além disso, existe o objetivo comum e prioridade: o EM ENFERMAGEM reprocessamento de dispositivos médicos reutilizá- veis (RMD) realizados com eficiência e segurança. A 14ª edição da Conferência Internacional de Inves- tigação em Enfermagem vai realizar-se entre os dias http://www.wfhssbonn2017.com/ 12 a 14 de Maio de 2017, na Fundação Calouste Gul- benkian, em Lisboa. SEMANA DIGESTIVA A conferência terá como tema “A translação do conhe- cimento de enfermagem: Uma força para a mudança O Prof. Dr. Rui Tato Martinho anunciou a Semana Di- na prática clínica!”, e será organizada pela Associação gestiva 2017, que se vai realizar de 7 a 10 de Junho, Portuguesa de Enfermeiros. na Herdade dos Salgados, no Algarve. Entre gastrenterologistas, enfermeiros e médicos http://www.apenfermeiros.pt/evento/14a-conferencia-interna- de outras especialidades, o Presidente da Comissão cional-investigacao-enfermagem/ Organizadora da próxima Semana Digestiva espera acolher “mais de 600 pessoas” no evento. CONGRESSO Referiu ainda que “a gastrenterologia é uma especia- PORTUGUÊS lidade das mais importantes, pois tem três doenças DE CARDIOLOGIA nas principais causas de mortalidade como o cancro do estômago, o cancro do cólon e as doenças do A próxima edição do Congresso Português da Car- fígado, para além de tratar de outras doenças que diologia realizar-se-á entre os dias 22 e 25 de Abril afectam milhares de pessoas como a obstipação, de 2017, em Albufeira, no Palácio de Congressos doença de refluxo e o intestino irritável”. do Algarve. A Sociedade Portuguesa de Cardiologia é a enti- dade responsável pela organização do evento que tem como lema “Olhar o Coração – Conhecimento, Inovação e Arte. http://www.cpc2017.com/

Magazine ENTREVISTA | CENESDr. José Carlos CaiadoDiretor Clínico e Vogal na Comissão Executiva dos SAMSDr. José Carlos Caiado é formado em Gestão de Empresas e nos últimos 9 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016anos tem vindo a desempenhar um papel docente da Universidade Nova deLisboa. Integra de momento a comissão executiva do SAMS e soma maisde 10 anos de experiência na área, resultado da sua passagem por diversoshospitais de Lisboa e instituições ligadas à gestão de unidades de saúde.A sua experiência na área da saúde teve iní- tentar garantir que tivessem o mesmo desempe- cio em 2003, no Ministério da Saúde, com nho que estes. um projeto na Unidade de Missão para Executou funções na administração do IGIV e maisacompanhar trinta e uma unidades hospitalares tarde na ACSS - Administração Central de Sistemastransformados em empresas, os hospitais SA. A de Saúde que surgiu da empresa IGIV. Em 2008 éestas instituições foi conferida a mesma gestão convidado a integrar a equipa da nova ordem jurídi-existente nos hospitais privados no sentido de

Magazine CENES | ENTREVISTA10 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 ca do Hospital Amadora-Sintra quando a unidade, sentava mais de 25% - mas também garantir que que entrara em regime de parceria público/privada a instituição caminhava numa trajetória de melhoria gerida pelo grupo José de Mello, integrou o sec- do desempenho no que refere a eficiência operacio- tor empresarial do Estado português. Entre 2010 nal, para isso, foram feitas parcerias de otimização e 2012 passou pelo Hospital Santa Maria, sendo a dos processos de controlo interno. Um dos objetivos sua última intervenção em unidades de saúde do desse plano passava também por melhorar o aces- setor público. so dos utentes e dos beneficiários às instalações do José Carlos Caiado ingressou na comissão executiva SAMS com a implementação de um centro espe- do SAMS em fevereiro de 2013 constituída“para le- cializado de contactos que permite mais rapidez na var à organização um cunho mais empresarial à per- marcação de consultas, complementado com uma ceção integrada dos cuidados de saúde do SAMS”, plataforma online para o efeito. Por fim, uma forte incorporando a equipa do Dr. Adalberto Campos Fer- aposta na melhoria das condições de trabalho, com nandes e Dr. Faustino Ferreira até ao momento. investimentos em equipamentos médicos especia- Questionado sobre quais as maiores fragilidades na lizados e renovação do corpo clínico com profissio- gestão de um hospital, Dr. Caiado responde que, nais de renome que permitam uma rápida resposta numa primeira instância: “é imprescindível haver às necessidades de quem procura os serviços das um foco em quatro grandes componentes ao lon- unidades que integram o SAMS. go do ciclo de gestão de qualquer unidade: planear; contratualizar os serviços externamente, definir or- “Quanto mais trabalharmos nesta área çamentos e planos de atividades anuais; deter a ca- maior será o nosso contributo para pacidade de conseguir contratualizar internamente reduzir essa percentagem ainda muito também esses objetivos com cada serviço que inte- elevada. A nível nacional, o SAMS gra também a instituição e por fim, ter um proces- encontra-se entre os hospitais com a so integrado de acompanhamento, monitorização e menor taxa de infeções hospitalares. avaliação, que deve ser permanente e recorrente, Queremos continuar a melhorar, motivo permitindo identificar atempadamente os desvios pelo qual esta parceria com o CENES e implementar planos de ação para corrigi-los.” Na fez todo o sentido.” área da saúde, em concreto, refere que “torna-se mais complexo uma vez que o planeamento tem re- Quando é pedido ao Dr. Caiado que avalie o mer- correntemente condições externas muito imprevi- cado do reprocessamento de dispositivos médicos síveis e nesta área existem organizações altamente em Portugal, este responde que da sua experiência complexas, como é o caso de um hospital central “esta é uma oportunidade única para que um projeto que possui mais de sessenta serviços e aos quais como este que foi iniciado pelo SAMS possa ter os nossos clientes recorrem num momento frágil sucesso porque é fundamental que haja um volu- das suas vidas, e a nossa linha de atuação tem de me significativo para que seja possível diluir custos ter em conta este fator.” em termos desta componente de esterilização e re- Nos últimos três anos o Serviços de Assistência processamento de material de consumo clínico. O Médico Social (SAMS), enfrentou um grande desa- SAMS tem a capacidade de possuir esse volume de fio em prol de alternativas de financiamento para a atividade necessário, e se conseguir agregar várias instituição. Alargar a sua carteira de clientes e deixar instituições neste projeto, conseguirá diluir os seus de prestar serviços apenas aos seus benefi­ciários foi custos fixos iniciais de investimento e poderá ser a meta a atingir. Assim, qualquer utente passou a um parceiro importante para várias instituições.” usufruir dos serviços da unidade hospitalar, uma atu- ação que o Dr. Caiado assume como “fundamental Atualmente em Portugal existe uma percentagem para a sustentabilidade do SAMS a médio e longo elevada (10,5%) de infeções hospitalares, valores prazo”. Neste sentido, o plano estratégico traçado demasiado altos para o Dr. Caiado, números que garantia o aumento do número de utentes não be- neficiários – no final de 2015 esse número já repre-

Magazine ENTREVISTA | CENESadvêm não só, mas também, das atuais condições PERFIL 11 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016de esterilização e reprocessamento dos dispositi-vos, especialmente nos hospitais públicos. Vários Dr. José Carlos Caiadofatores comprovam que uma parceria com uma so- Atualmente é Vogal da Comissão Executivalução em outsourcing, neste caso, o CENES, é uma dos SAMS – Serviço de Assistência Médica emais-valia em termos financeiros, opinião partilha- Social, cargo que ocupa desde 2003.da pelo Dr. José Caiado“esta seria uma boa forma Desde 2011 é professor auxiliar convidado dade garantir que, não só os hospitais públicos, como NOVA IMS Information Management School.também as clínicas de pequena dimensão, teriam Desempenhou funções enquanto Coordenadoro melhor equipamento à sua disposição, com pro- da Pós Graduação em Gestão de Informação ecedimentos de controlo interno instituídos a nível Business Intelligence na Saúde, Nova – IMS.europeu e que o CENES já implementou em Portu- Ocupou o cargo de Vogal Executivo do Con-gal. Uma solução que garantia as melhores práticas selho de Administração do Centro Hospitalarmédicas, sem necessidade de investimento.” Lisboa Norte, EPE; do Hospital Fernando da Fonseca, EPE; do Conselho Diretivo ACSS -Os profissionais de saúde são constantemente Administração Central do Sistema de Saúdesensibilizados para as boas práticas da esteriliza- e do IGIF - Instituto de Gestão Informática eção e reprocessamento de dispositivos médicos Financeira da Saúde.“uma vez que são quem está mais próximo dos Doutorando em Estatística e Gestão de Infor-utentes e sabem que uma boa política de esterili- mação.zação e limpeza dos materiais usados é fundamen-tal para prestarem um serviço de qualidade quepermite trabalhar com toda a segurança, resultan-do num impacto muito significativo na melhoria doestado de saúde dos doentes.”“Uma vez que são quem estámais próximo dos utentes e sabemque uma boa política de esterilizaçãoe limpeza dos materiais usadosé fundamental para prestaremum serviço de qualidade”Após 2 anos em parceria com o CENES, Dr. Caia-do confirma os benefícios para o SAMS: “A nossaatividade aumentou significativamente, realizámosmais de 11 mil cirurgias por ano, nas nossas unida-des hospitalares. Não havia nem o espaço, nem oequipamento necessário para fazer este reproces-samento. Conseguimos prestar um serviço aos nos-sos utentes com a certeza de que o equipamentoestá nas melhores condições e é de boa qualidade,garantindo o controlo das infeções hospitalares”assegurando por fim que, “acreditamos que esteé um investimento, não só com retorno financeiro,mas que trará também notoriedade. Esta parceriarevelou-se uma segurança para os profissionais desaúde e para todos os nossos utentes.”

Magazine CENES | GRANDE REPORTAGEM Reprocessamento de Material de Empréstimo - I12 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 O reprocessamento de conjuntos, cedidos em regime de empréstimo às unidades de saúde, constitui, atualmente, um dos maiores desafios nos Serviços de Esterilização Centralizada (SEC). Este regime é habitualmente conhecido por “material à consignação” ou, simplesmente, “consignados”. É comum as unidades de saúde públicas ou o avanço tecnológico constante, quer das técni- privadas solicitarem, por rotina, aos distri- cas cirúrgicas, quer dos dispositivos médicos, so- buidores por grosso, conjuntos específi- bretudo nas especialidades de ortopedia, plástica cos de instrumentos cirúrgicos para determinada e neurocirurgia; especialidade, com contra consumo de implantes a impossibilidade das unidades de saúde apresen- ou outros. tarem um inventário capaz e suficiente para fazer Esta necessidade das unidades de saúde resulta de face às necessidades cirúrgicas; um conjunto diverso de fatores: os procedimentos cirúrgicos realizados com baixa- frequência ou, por oposição, programas operatórios

Magazine GRANDE REPORTAGEM | CENES com várias intervenções agendados para o mesm­ o direta e exclusivamente nos SEC, seguindo o fluxo dia, sem que a instituição possua o número de con- estabelecido para o reprocessamento, ou seja, se- juntos necessários para a sua execução; rem rececionados na área de descontaminação para o constrangimento financeiro que, entre outras con- serem sujeitos ao reprocessamento completo. Caso sequências, tornam incomportáveis a aquisição dos os mesmos sejam entregues no BO, é da respon- conjuntos, em definitivo, devido aos custos eleva- sabilidade deste reencaminhá-los imediatamente dos desse material cirúrgico. para o SEC para serem sujeitos ao seu completo eEsta prática, que apresenta claros benefícios, preo­ adequado reprocessamento.cupa, porém, cada vez mais os profissionais de Relativamente às empresas, é da sua competên-saúde, porque apresenta riscos potenciais para cia fornecerem instrumental e implantes em bomos doentes e para si mesmos, atendendo que os estado, seguros para manipulação e uso, assimhospitais assumem a responsabilidade ética de as- como toda a informação técnica subjacente a to-segurar que todos os conjuntos de instrumentais das as etapas do seu reprocessamento garantindoestejam isentos de contaminação, seguros para a deste modo a segura e adequada utilização dessessua utilização, cumprindo os princípios inerentes dispositivos médicos, considerando o fim a que seà segurança do doente com o firme propósito de destinam. Este fornecimento deverá ser feito até àcontribuir para a prevenção das infeções associa- véspera da data da cirurgia para que se possa proce-das aos cuidados de saúde. der à verificação atempada, em fase da inspeção, de todos os itens e componentes que fazem parte doCOMPETÊNCIAS E REALIDADES conjunto cirúrgico relativamente à sua integridade/ alteração de estrutura. Caso se verifiquem disposi-Por forma a atingir-se o desejado nível de coor- tivos não conformes, p.ex. dispositivos de corte edenação, é necessária a definição clara de com- brocas sem integridade do fio de corte, pinos com aspetências a cada uma das partes intervenientes pontas dobradas, provas partidas ou fissuradas, ros-neste circuito. cas de encaixe moídas, entre outros, que requeiramAntes de mais, é da responsabilidade exclusiva dos a sua substituição por parte das empresas, a entregaSEC das unidades de saúde o reprocessamento de atempada dos instrumentais evitará o adiantamentotodos os instrumentos cirúrgicos de uso múltiplo, ou, in extremis, o cancelamento desnecessário daaplicando as suas melhores práticas no reprocessa- intervenção cirúrgica.mento, de modo a minimizar os potenciais riscos deinfecção. Esta competência decorre do conjunto derequisitos e características que, segundo as normas,legislação e boas práticas, os SEC devem apresen-tar ao nível de conhecimentos e experiências, assimcomo, dos equipamentos, infra-estruturas e recur-sos humanos disponíveis.O empréstimo de instrumentos cirúrgicos apresen- 13 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016ta, contudo, constantes desafios aos SEC devido,essencialmente, à interferência com o funcionamen-to e dinâmica de trabalho dos mesmos. O planea-mento e coordenação entre cirurgiões, bloco ope-ratório (BO), SEC e as empresas fornecedoras dosinstrumentais apresenta-se assim como sendo deextrema importância para que os SEC possam ga-rantir o reprocessamento destes instrumentais deforma segura e em tempo útil.Adicionalmente, e em concordância com estes prin-cípios, o material à consignação deve ser entregue

Magazine CENES | GRANcoDmpEletRo.ECPasOo oRsTmAesGmEosMsejam entregues no BO, é da responsabilidade deste reencamin imediatamente para o SEC para serem sujeitos ao seu completo e adequado reprocessamentcomplceotmo.pCleatsoo. oCassmo eossmmosessmejoasmseejnatmregeunetrsenguoeBsOn,oéBdOa, réesdpaornessapboilnidsabdieliddaedsteedreesetnecraemeinnchaám-lionshá-losmepunsaocdmvslnpirédmonetd.eocdieoiaangeorEavaedCRjeiEmpttedsSVsrpcelcenaduiumujoaomosiaemeEfsntoaeeeuaeentatbsbntaiesdadeústsssCirdrrtalcnersnetuvaroacprntmsepreiotaodmirsaotnesdotonioftasáeeéatletelfgaãm,sueifço/idiicãeesassirdcfngoRCjeiEmtesdptSsrVpcelcvsaousmsosca.dãeduusamioaaooaoltiaaneicEoopdisanteoaeeaemtdrelturuvoctobtdisobinensrdtadúestasnsCptimnsdeaaçgrrdtbluaonereciiaevob,ma,rdoacrntsedsépdrmrotaomdpiãaueroeadçesaotrtnoiofraéisáeeeéilútieaestdoefeaest,osueeinaiottnãasc/rtçdainincsassircctsngemenervaraebcVcseCdcasmmndTlceEcitniassno-suae.d,mediõisçaoanainhcçaaiaslofeagosnnmucnodiatteametrdtpodtáeoaimclseetisãusoesvooetdeesoeoadããdenissêtebueaoaairisstneetmpoedçgmadueubxeetcmoirnacentmjleo,samdopssruunreeooneatedsédmdsmnoaráiiãp:oaucaintsetaanàaoSotiliimr,rç,qsétileilxseaeeramndtdtqeoledaforeedeodtosmsdeniiusedccapeecasrbtlsspçtEetiãvticpceueaciemdeeunpreznesaitno-vuaunleteli,cmooéiõmeoesavçaaiamdgmrareoaecnCniocipaepruisnnrsodgmanaatardacettactilsezãucesmsaaptrcsegoeuedlbondoraenneaccmo.ttaoriritedtspmarsouauediiadoamopdmeo,treannldpnSseomsorpsrtueáoddmei,eaçotdvrsdudarscr:oguaoiaisesaà,edarplsageto,npaootrnfexiãieaoerdatmnaesdaEemoedoaostermd,rddíoipcfasecbilsspçirpetmvcalig.certedotéd,cpiedruouaeresjsmeonvcmetemeianrelCdeveçaugoavdreuaãeuoaecocsSaeoupriaisaaemam,prertteepisrniacec-mxrpcrpõprmappluesiltoeoantrnenEnmancmprouiumosse,mesdsrnaeeiaomcslprlairnd.airsrsiafce-dsmearçaaom,isrCçú,érmtuuttselucrrssogseáooaiidzecatsneunperdsgspçtcioipraoõuiaaopncftãrdioarrsnaeereprroznasbbãeerulardíisf,ssionopufpiplaeetetartãtleidarúgrdoetruca.duscledeaouaafesjnniseattpolmdeoéecfjareiegeupdaoguoccancourrdqeSnoieiCeaçsssarmdeoeeuaemqipoteçrtsvitncivoorscaltrpodsiiesegaonfenãrê,Esacncprruudtmtbdararss,strrnãaecnaoudsasaoeiooiasiaoe-ndnoaeaeçett,rlavCrosúoi,poirmtctenaecduesrmeaian.dlodetsnsncdaloe.safpeasisaesqõouaorqiersonaijsoieserevornfassaeelseccnuez,osboogOomidpetaoai,ssiapneooassàuaig–ieruu.setsderantmfntrraarttrmçinsaéfasainputugui.osamaqteneirtiCeçmicrrRCmeptdsetrcjEesSsVplencriuemeeamuaqilrnoedetçecSaemvfseeãupusarésodioooieeoOotasotãitr,aspstiacpeauetdiraEeszsrntagoaeeoeãousesatmttosopeoprnriamobecauemEfeoboenuceetcveremaroioufdcafifardeúmstreasmaismseeoaC.aidoodscnurrtlldie.nrratiloetoqsaaeetvtrqoeanr,:aimnamoancnssnrsntCcsvpfcsrroatpesmeoqdfuoi,ezupsgOooteeeitaeopztotsss,uoivroiosfprsicruatsciáeebdtséeeriattmme,eteitaitd,msnféaasurm,dc.sasuead-onexi,msuusoiiaosa/cunsaeieeredçiicecneeoorseassimurcrfsgnçueaoeiçtedmnrmvsaqasrepsisoaofsctmaç.deeeteiahdpitrooãdtpo,ddeasresamntaafàãtliãpjesas.oaqjsniscpoodiamtramqeoeetaatmudsiucacalõvoseecsenvoofaroppmtrádsaoodirmmseodinosnsooisatcneebeur,asuocsmaeaeeautçmgsodtoeemusávS,ndemasiicataeeqers,dotpec,seqoed-eqo,odsosudesétptgdtomenazddisãssvrpuaeroéetcrerlaotameeaeutvltiêd,rosssE,éuinadaeuilomorouaesnet,oesasariaidomdeonoapditnueeleteoeoutenircscsenasrfçtufuçesiatmanrsia,qasetcepemeemuaCmesn-reopsedsicociev,ddnuoiashson-a----eu-a-e-me,m,tiõãpssoãçarqqsnmljscneogcmicuisnottstdnaseeotsodpeaeooodddtrmmitcintusdsãusooieaeaeuuioerreeaaauosdeaaaeemêaetáamocritiaeipernssraugepecpeemaoeeanoiopnsnmtsrtieesmudtpsduesdoanoasalocdmandrqemu:iêtaiosrpnasmeaetàon,roelsfdrsí,dmidtfmxoeloeuernoacmsamc,adcenavufraaeedoecosmeotndlrdeasotercblssàutmrvecoicoeeeoosa,enusmaçtitepstrtaeoãemneqvealmceeartenpiicunsnevsagoptptatadeooaeercscãmaedempsardmuvsldnoixaearipuiprieanc,eatrec,emtddêprtxmomoueolcloniaentdoadon.nnaecomloacodabidipeeosnaseisoeoiormditrdornoaaacaapniaenosqgmersocoodúErmaçtvtpsamoeecctrnfrosígéireoiitncnaopresnogdimtacs,apabavujçrfrnamfuoãoousritomdeneafeeoepàadcueernasrdíiiormftesiiapnjaoçeitpoitetaisslmeõbridsotesartdupcdecuneoouaaecssusjerpsnnqaroetelum–pcãdmoersvpesrumlneaueipcnomipsiaiiéaeootsanrsnepmda.iearnmtamotldsnuentdiodla.eolcearcpenldsidgãriameenfonaniropçrsoumiimsi,srãernctaaemdnfsatgzeaneiooocEraaasvsoouamoe-dcctaãçaoed,oeeú,usrmonatcaaerpuortdineudiajaeotsnmoosrdnmssefuroõuaoctaeçcureioofnaiascinrterre-irnqaspnetaipqtlsndnsçasnae,bsaossescdtairíêeaeeeecb,msabgãesnerue.te–vrofrpntpmreeateateureiduomçesãséfsoãrdiaapotgnsopnúqesieneasniefCtofçutsasmeeaesqiloaottelnãgjtcãmcraninifeoeoeooço–ssasitooioãaerã,esercdarfeu,-tdra-.--,---ocsrdliaouomnoouaiaãçodsoeofusgomueso,otetetnerrordiomioesora.addããuriumoctlei.ofiicseqrlmrqbxnnpetioncesaabvasefcdasruieooeezb,megOoiepeiaprtspuiSoileamuereçqo,tsçesramrivenatmqlereúsiespuFArpcsdruçcctncntle“OsatuauessaEtiaeotãrtenãjpcceinaannaeeumusieeiztotçevaunmleréeareioirdooaãooãmcrmãmflCnditoiaporocnpOiaroagmtçearrdsbofagiãmuassasze,t,qoipaertcsdramaoaozomeooducc.vrotreadããrcimefarrrumiadoeasdoseo,lnlmcnbdpxdaepsrutdrdceoi,feaaevetddaoeasruRueoornmeomacsdpipplaeosiqeoetotee,risSoieoaoltmpeeçq,otpaezrdisvostvsepnt,trsceqltecrreldtmet”aag.sai,riEaetueipãmitMaprrei,n,smsseivbaaeoeuenraeireeofczeoutovdsvnrloésefsudovraitdCndosaroqaieeperirisiogmtrmaaxraertpipomsoaad,dezenstieadanacsmtcsacspeoacaaoqsnám.oteooocmpmreenr.umtifbiadamsAdsaae,nlpudpoodnrdssr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recursroescutérscfonrseicqtoéuscenenichtouesmeeahnauodmsipcaainoroansaqrpeluamceruaesrenqsjtuoaeems,stceépujcramnemsipcsrcoiõudsmeaespharduisdemnaosaralnmgsouansnso,psrramercaostqm,orureenncaodsnmeadjçeaõonmedsoacesçuõamdesispsbpreoioadassaipsbtrioaváasotsinscpaoirsrmámtpicarasós,prreiocosmpeanradamçõaensipeua- s boas 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pressões de alguns profissionais de saúde ssamento) para acelerar a entrega dos instru- A única indicação oficial relativamente a esta ques- o do nível de stress das equipas do SEC, o que tão é a Circular Informativa do Infarmed nº 170/ CD de 2008 em que, devido à sua natureza jurí- dica, as medidas nela apresentadas não são de carácter legalmente obrigatório, ainda que remeta14 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 para a directiva DIR 93/42/CEE, transposta para a legislação nacional pelo Decreto-Lei nº 273/95 (en-oiapl ÉdtarOsadiieprefaibtsaigaescsprumanreedoerdarqeoÉdatrOsbEvnvosiiuespsexéifaabitscibgi:saems-dcãspsrreudsimanieioeedlaçeterriddarqiõzrevo,bdEtvmaÉmEvdv4oasaauoesecsxéacéaaexcroid:rseasosmo-dssp:ptprepedsenotmiacidemddaaçsepreatertosdm1aóipoõrrveud,rrrvódnp24aaascatoioesecdaeabereto4aocdrcsnioisocealrsspnéaenaneenoes,ecdfmddsasidrmsphsajetxnoqv1etaeuporsudirbaiiainijds2uastoqtonssuodsir1oupteeladcucnãtinioceqadn2jsdioaçoesooosaiçmdtu,fmessiãasocnesõdxnecqeatiosddubraisiieçeielarcjusnbtotihfu”esieaitsõsiaoeiutela.iorxitnit)qoslzdvdesiúrçpi,eaiAçmetuzpseneaaaãsorfrrõdsmaeponasssiosógiduseenelrtezqfÉdstOrnpii”etipdsrsdsczaeteiipes.uotmuseet)fatoaazobtadaorr,oiesriAeaeçsarcsçescnasssarupsrtfrerõmbãmtpameenasseiidtmfr(idcneloictedveaazersdiqeledipb-oresszEievnoe,pasztsodsmutoeustaaxnéraaradensesennorsacçrçaie:urmsjup-dettjrsmterãjõrudãoavmdsueimamtimrdiergotdeoçnefetcéeeeienuddaes-eiusõpoiu,te,csslvpsdtnieb4ahoeioçmmaeamocdneendaaosearomusnõsordrsetsreãsaisdlpastaacmaejmeendrousepcdtsefaadcceissaesntpeodori1nunniacpopdunr)bertnreeionm2mehmdts,úonosioeaádsreamdnmtaoritscdnltpiapoaclcajogfnurai,t(autptseaodasaapc,ImrdrimseinppdFearrqcnaannizxnuqrtosaertUnoarbeaoeniuhdtioçpjiunásrtseaurdrcs)sisersaoõeouteetl.palecooniarapqii,(qvenidsadisçceIm(nçdsmrtuoipdFouasriqsaãsacsobõojsaeUoraãmteupuuo-dupsiteddrsrsos,rrlr)eeenfl”aeeiioee.asieeeaecztscrdd.i,--qvn)nmosaizesdetar,aiioAuesiritrsscsnabvfoepãmmeepuoplaaossiioer,lrnneqtadttdjrmlsitesizóseuaeingrerrzsprtcsdduieectsaaenmageansrmusiiútptaeaoaannreednrtiutrlrptçsrlvremncrerapsupvteoteiosaoõlioaumtaijeenernemnrppsudiersecdóssmrngessetutsddnnolc-oetáesitgoaerosidstsetmmtoeeitetnecnstualtaijdnieesoensmonvrgustudseibes–ietsu,esaetetojnntiaasamaunoeeçradduslmrrcerssfhçcoucemiõnantiolitaessbdsoroaeouãomcreneirttoúbtjsmeeoevoemoscmcmnossmubDrertomsip,nene,tgctciçiiranp“açaaicértojolrceootiirohoucpsõrucatgtaiaoiaredsnmseoreoenop,netrínnatésúcifsdcresertsceasdscrtaahtitrotuti,oopádsó(eoriageccaoiba“mfamtverotsepoovirlsmicrrarcti(ciargredadnpimciceeroIeodagt“cadFeararrisieacemE,scdesdosaoiaUneviattule,sldp(ouipâoasér,rsotósmrmfa)rmoeeeeo”nemsirso.--rcatcroraqfevnrcesiae“Dadeerapiouscmiicidsdcsnbaoqvtreeeãpobepuoiioétóiuvnrocilermseee”lssma-i-oeairdzeccddemsea2oatatraadtriivr0tvvomcpepeeatol0ao-aiervudnrLsaés7ósmigebatlaecdt/igarm4eszlloibeiiulacasc7mncéeic1iodçia/jinodmeCureã4sudssúbasnno5oErtddredsait,to/g)tjeoed2eeón,ouais,e0crtceetiudieçolrce0oceoshõsoaiesn9ntsornooeasàtrú-,,-essrpgc“ooiccrmeotrestu,(imfahar das respecfatibvraicsagnutieas(IFdUe )t.ranspoarpten, amsesmeróv-e para efeitos de trancsopnosrtigen, ançããoop. odendo, por isso, ser os instrumentos considte (IFU). seguros para o processo de esterilização terminal sendo que somente instrumentais correctaestados circulam entre instituições com um “cer-

Magazine GRANDE REPORTAGEM | CENESDa mesma forma, a ausência de padrões de pro- cimentos ao nível das chefias dos SEC que terá, 15 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016cedimento em Portugal para a área da esterilização logicamente, reflexos nos procedimentos desteslevanta desde logo um problema: as práticas e os serviços, com concomitante falta de atenção paraprocedimentos não são uniformes entre as insti- com a questão do material de empréstimo.tuições pelo que, nos materiais à consignação,sendo frequentemente compostos de materiais CONCLUSÃOcom um grau de complexidade considerável e,assim, requerendo vários passos de limpeza, os Em conclusão, para que esta problemática pudes-técnicos são obrigados a recorrer exclusivamente se ser, no mínimo, atenuada, seria necessária umaà sua formação e experiência. Da mesma forma abordagem em várias frentes:que estes são factores importantes para o cumpri- na vertente da formação de to­do o pessoal afectomento criterioso das boas práticas, caso tenham ao SEC, por forma a identificar as irregularidadessido adquiridos de forma não tutelada por quem de existentes;direito e exclusivamente empírica, poderão estar na na vertente das empresas, pela produção de le-base de graves más práticas. De facto, esta situa- gislação clara, que inclua padrões de transporte eção é a que mais frequentemente se observa. manuseamento e gestão responsável dos conjun-Cabe, como é natural, às administrações e entida- tos cirúrgicos, e subsequente fiscalização, assimdes competentes garantir que os funcionários re- como, pela sensibilização elementar relativamentecebam a formação necessária para o desempenho ao risco associado por práticas menos corretas;das suas funções. Infelizmente, nem sempre es- p ela parte dos corpos administrativos , de coorde-tes corpos dirigentes têm presente a necessida- nar todas as unidades envolvidas (BO, SEC, Gru-de de atualização constante, como é evidencia- pos Coordenadores Locais dos Programas de Pre-do pelo facto do último curso para Responsáveis venção e Controlo de Infeção e Resistência aosdos SEC, ministrado pela ARS Lisboa e Vale do Antimicrobianos, Gestão de Risco, Medicina Ocu-Tejo, ter sido realizado no ano de 2006. Consi- pacional) por forma a uniformizar os procedimen-derando a renovação de pessoal que ocorre natu- tos estabelecidos e dar uma resposta uniformeralmente nos diversos serviços das unidades de das unidades prestadoras de cuidados de saúde,saúde, e sendo os responsáveis do SEC o reser- a título individual ou colectivo.vatório natural de conhecimentos e boas práticas,verificar-se-á certamente uma carência de conhe- Flora Moura Carvalho - Enfermeira Chefe | Responsável Técnica no CENES Hélio Crespo – Coordenador Operacional no CENES

Magazine CENES | OPINIÃO A Evolução na Embalagem de Caixas de Empréstimo A utilização de instrumental cirúrgico em regime de empréstimo é, hoje em dia, uma prática comum na generalidade das Instituições de Saúde. O elevado custo dos mesmos, associado aos rápidos avanços tecnológicos, assim o obrigam, uma vez que não existe capacidade financeira para a sua permanente aquisição. Sendo o mesmo entregue nas Instituições de Saúde em caixas das mais diversas dimensões e pesos, a constituição de um sistema de barreira estéril (SBE) / sistema de embalagem (SE) adequado a cada caso, constitui um desafio diário para os serviços de esterilização.16 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A solução comumente uti­l­izada passa pela em papel/filme, especialmente desenvolvido para utilização de folhas de esterilização consti- a embalagem de caixas de elevada dimensão e/ tuindo-se um SBE com duas folhas ou um ou peso e dispositivos delicados que necessitem SE com três folhas. Em Portugal, tradicionalmen- de proteção. Este novo SBE é constituído por uma te, opta-se pela utilização de folhas de esterilização face em filme, o que permite a visualização do inte- em polipropileno por este possuir propriedades rior da caixa, a sua primeira grande vantagem, e por de resistência mecânica superiores ao tecido não uma face porosa com um novo material à base de tecido wet-laid. Esta escolha, para além do custo poliolefina, a sua segunda grande vantagem. A sua que representa uma vez que a opção passa quase denominação, ULTRA®, representa o reflexo das sempre por elevadas gramagens devido ao desco- suas capacidades. nhecimento de que gramagem não é sinónimo de ULTRA® foi desenvolvido através de um protocolo resistência, muitas vezes conduz à existência de com diversas Instituições de Saúde de referência, graves problemas de resíduos de humidade no in- em diversos países europeus, tendo sido validado terior das caixas. como SBS para mais de 360 dias em condições re- Existe hoje em dia um novo SBE pré-formado, se- ais de utilização em um Centro Hospitalar, por dois melhante apenas em aspecto ao tradicional SBS laboratórios independentes, ISEGA (Alemanha) e

OPINIÃO | CENESPira (Reino Unido). Ou seja, UL-Newton Falhas assépticas na abertura % e em relação às folhas de este-TRA® foi desenvolvido com utili- (ruptura do papel ou do filme) Eurorilização uma economia de cercazadores para resolver os proble- de 75% na constituição de SBE.mas dos mesmos utilizadores. 70 A economia na cadeia logística 60 é inevitavelmente elevada, umaULTRA® possui uma resistência 50 vez que, por força da sua compa-mecânica até 4 vezes superior 40 tibilidade, ULTRA® substitui prati-aos materiais convencionais o 30 camente todos os diversos SBEque lhe permite, em embalagem 20 utilizados num SEC diminuindosimples e desde que garantida 10 drasticamente o número de refe-a assépcia na sua abertura, fa- rências a gerir.cilmente substituir um SBE de 0dupla folha sequencial/ termo- SBE pré-formado com papel Custo de constituiçãoselada ou mesmo em contentor grau médico 60g/m2 de SBEreutilizável. SBE pré-formado com papel grau médico 70g/m2 (material + mão de obra) Resistência à perfuração ULTRA de acordo com ASTM D3763 4 ULTRA® pode ser selado com 3,5 150 uma máquina de selagem em contínuo normalmente utiliza- 3 100 da nos serviços de esterilização. 2,5 Quando associado à sua estação 50 de trabalho é possivel realizar o 2 processo de embalagem em man- 1,5 0 ga pré-formada, incluindo o corte Papel Grau Médico 60g/m2 e as duas selagens, em apenas 1 Papel Grau Médico 70g/m2 30 segundos. 0,5 Folha de Polipropileno 57g/m2 ULTRA 0 SBE em dupla folha de polipropileno de 100x100cm SBE em ULTRA 42cmx70cmNewton Força de selagem Numa época em que é exigida ( 1,5N de acordo com a EN 868-5) cada vez maior qualidade aos SBE, De sobre importância acresce o quer pelas exigências a que são 17 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 6 facto de a utilização de ULTRA® sujeitos quer pela premente re- representar uma solução mais dução das Infecções Associadas 3 económica do que a utilização aos Cuidados de Saúde (IACS), dos tradicionais SBE, sendo que, ULTRA® representa claramente o 0 em relação à utilização de con- futuro da embalagem nos serviços SBE pré-formado com papel tentores reutilizáveis pode gerar de esterilização revolucionando as grau médico 60g/m2 ou uma economia superior a 50%, práticas do mesmo e contribuindo 70g/m2 (valores médicos) de forma decisiva para a redução ULTRA das IACS.Por outro lado, por via das suas ULTRA® é uma marca registadacaracterísticas, ULTRA® permite de AMCOR FLEXIBLES SPSa melhor abertura asséptica noponto de uso de uma embalagem Vasco Amorimflexível pré-formada à data, inde- Executive Managerpendentemente do sentido ou da Pergut Portugal, Ldavelocidade da sua abertura.

18 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Magazine CENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO O contributo dos sistemas de informação para a missão das unidades de saúde na operação das centrais de reprocessamento de dispositivos médicos - I Os sistemas de informação desempenham uma função vital na eficiência operacional das unidades de saúde e das centrais de reprocessamento, agilizando a interacção e eficácia operacional.

MagazineSISTEMAS DE INFORMAÇÃO | CENES na melhoria da qualidade de serviço, importa também optimizar. Com efeito, e apesar dos recursos, mate- riais e humanos, empregues numa central serem con- sideráveis, o aumento da eficiência destes não pode influenciar a qualidade dos serviços prestados, nome- adamente no que respeita ao controlo de qualidade e aos riscos de contaminação e infecção hospitalar1. Ora, um dos investimentos com maior retorno e que contribui de forma decisiva para a optimização operacional de uma organização, ou departamento, é o investimento em sistemas de informação. Não só porque estes aportam a inovação, a homogenei- zação e meios de comunicação avançados mas, so- bretudo, porque permitem elevar a produtividade, a agilidade operacional, o controlo e a inteligência sobre o negócio. No caso das centrais de reproces- samento, geridas com base em processos opera- cionais mensuráveis e uniformizados (e, em alguns casos, certificados) um sistema de informação acaba por ser uma ferramenta fundamental para a manutenção da qualidade do serviço e o simultâ- neo aumento do desempenho operacional. E é fácil verificar que a sua ausência pode ser um fator im- peditivo à optimização operacional de uma central de reprocessamento. Vejamos alguns exemplos concretos.A s unidades de saúde são, cada vez mais, O s sistemas de informação são, atualmente, os 19 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 confronta­das com requisitos e imposições principais veiculadores de inovação. Tecnologias legais relativas à segurança dos pacientes como códigos de barras, códigos data-matrix, RFIDe ao controlo de qualidade via processos certifica- ou GPS não podem ser implementadas sem o seudos. A este cenário acresce o contexto actual de suporte. Tais tecnologias são, comprovadamente,gestão, que obriga a duas condições quase dico- potenciadoras do aumento da produtividade quetómicas: por um lado, o aumento do investimen- podem ser utilizadas em dispositivos médicos,to para responder às exigências de qualidade por contentores, equipamentos e cestas de lavagemparte dos utentes dos serviços; e por outro, a per- e esterilização, armários de transporte e veículos,manente necessidade de melhoria da eficiência das assegurando uma elevada eficácia na identificaçãoactividades operacionais, na óptica da redução de unívoca, na redução de erros de leitura ou no auxíliocustos e optimização de recursos. à localização de objectos.Como parte integrante de uma unidade de saúde, seja Outro aspecto onde os sistemas de informação con-na modalidade de off-site ou in-house, uma central de tribuem para a eficiência operacional prende-se comreprocessamento de dispositivos médicos é um centro os mecanismos de comunicação, desde a comunica-de custo sujeito às condições e restrições acima referi- ção informal entre agentes das unidades de saúde edas e cuja actividade, não obstante a contínua procura agentes da central de esterilização, até à integração automática de informação proveniente de outros sistemas. O potencial destes mecanismos permite,1 Este factor é cada vez mais relevante, não só para a percepção de qualidade da unidade e para a segurança dos doentes, mastambém é, e no caso de unidades de saúde públicas nacionais, uma variável que influi no financiamento estatal.

Magazine CENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO20 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 por exemplo, emitir comunicados específicos e operacionalização de fluxos de trabalho concor- associados a uma determinada tipologia de dis- dantes com objectivos de constância e unifor- positivos (mantendo a comunicação estruturada mização só é objectivamente exequível através e controlada) ou identificar, em tempo real, as da introdução de um sistema de informação. As necessidades, e respectivas quantidades, de dis- ramificações dos processos operacionais, decor- positivos médicos para os blocos operatórios. As rentes de diferentes tipologias de dispositivos unidades de saúde conseguem, assim, identificar médicos, e respectivas particularidades de repro- as disponibilidades de stock e os objectos em cessamento, obrigam a uma miríade de etapas e reprocessamento, podendo, também, ajustar e procedimentos distintos de difícil padronização e optimizar o planeamento de recursos humanos, controlo. Acresce que o procedimento de rastre- salas e blocos operatórios. abilidade, de importância fulcral para uma central Consequentemente, esses mecanismos de co- de reprocessamento, quando implementado sem municação asseguram a melhoria da gestão de o suporte de um sistema de informação, pode fa- stocks e inventário presente nas centrais de re- cilmente induzir erros com consequências graves processamento ou nas unidades de saúde. Dada para utilizadores e utentes. Da mesma forma, a a ubiquidade dos sistemas de informação, qual- gestão documental, sem a presença de funcio- quer alteração realizada ao inventário de uma nalidades automáticas de criação, atribuição, unidade de saúde é automaticamente propagada aprovação e notificação obriga a um esforço su- e acessível à central de reprocessamento. Estas plementar excessivo que, em muitas situações, alterações, que contemplam não só modificações pode mesmo colocar em causa todo o sistema de quantidades e tipos de dispositivos, mas tam- da qualidade. bém de documentação e instruções de reproces- P or último, a gestão do risco deve ser avaliada em samento, são causadoras de um sem número de qualquer actividade ou processo, implementados perturbações quando implementadas de forma ou a implementar, na central de reprocessamen- manual ou não estruturada. to. Mecanismos para avaliação do risco devem A s atividades de reporting, avaliação e análise ser criados por forma a avaliar o seu impacto e operacional são dificultadas na ausência de um mitigar as consequências. Tais mecanismos, pela sistema de informação. As funcionalidades, mes- sua complexidade e requisitos de informação só mo as mais básicas, presentes nos actuais siste- se tornam eficientes se acoplados a um sistema mas providenciam vantagens que não podem ser de informação. alcançadas de um modo manual ou não estrutu- Os exemplos atrás descritos (e muitos outros rado. O desempenho de um qualquer processo poderiam ser identificados) demonstram que a passa sempre pela medição e controlo de métri- capacidade de automatização e disseminação de cas e indicadores operacionais, pelo que os movi- informação é relevante para o aumento do desem- mentos e eventos da central de reprocessamento penho dos colaboradores e para o planeamento (gerados por colaboradores, dispositivos ou equi- antecipado da operação, quer por parte da central pamentos) devem ser integralmente registados de reprocessamento quer pelas unidades de saú- e analisados. Só assim a equipa de gestão tem de. a capacidade de tomar decisões respeitantes à Assim, e analisando a Figura 1., um sistema de optimização e produtividade com o menor grau informação para a gestão de uma central de repro- possível de incerteza de informação. cessamento deve ter em consideração um con- Por fim, sem um sistema de informação capaz, junto de módulos capacitados para dar resposta, a tarefa de implementação e manutenção de um não só aos requisitos do processo principal de re- sistema de gestão da qualidade (designadamente processamento, mas a todo o contexto de gestão a norma ISO 13485), que responda aos requisi- operacional e a actividades de apoio, desde os pro- tos normativos associados a processos, rastre- cessos de suporte e administrativos às questões abilidade, gestão documental e gestão do risco, logísticas e de controlo. Consequentemente deve torna-se cada vez mais árdua. Efectivamente, a o sistema de informação:

Magazine SISTEMAS DE INFORMAÇÃO | CENES Serviços internos Área de descontaminação ou unidades externas - Receção de dispositivos - G estão de pedidos - Consulta de instruções de reprocessamento de desmontagem e lavagem - Gestão de inventário - Registo de tintas, lavadoras e testes - Gestão de notificações Área estéril Área de inspeção - Controlo de qualidade - Atribuição de filas de trabalho - Gestão de inventário estéril - C onsulta de instruções de inspecção e - Expedição montagem - Impressão de etiquetas - Registo de esterilizadores e testes Gestão e controlo Logística e mobilidade - Gestão de entidades - Gestão de armazém e recursos - Gestão de rotas - Aplicação Android - Check lists - Níveis de serviço - Dashboards e relatóriosFigura 1. 21 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016F ornecer a máxima disponibilidade operacional para cos, sem descurar a priorização de processos, os ní-todos os utilizadores, independentemente da sua lo- veis de serviço e os mecanismos de comunicação;calização, seja esta na central, nos departamentos D isponibilizar aplicações de mobilidade, não só paradas unidades de saúde ou nos circuitos logísticos; os circuitos logísticos mas também para as etapasMapear os processos operacionais de forma integral, do circuito de reprocessamento onde a utilização deconsiderando as diferentes tipologias de unidades de um computador não seja possível ou convenientesaúde, especialidades médicas e dispositivos médi- (como na elaboração do pedido de reprocessamento ou na descontaminação);

MagazineCENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A companhar, em tempo real, as actividades dos A implementação de um sistema de informação processos operacionais, administrativos e logísticos, numa central de reprocessamento é um projecto através de dashboards de indicadores e relatórios que requer um planeamento apurado e um com- funcionais de gestão; promisso permanente. As mudanças para um para- Possibilitar o rastreamento integral dos dispositivos digma de inovação e automatização de informação médicos reprocessados, bem como facilitar o cum- comportam dificuldades que devem ser minimiza- primento de normativos e sistemas de gestão da das através da colaboração e envolvimento de todos qualidade aplicáveis à operação; os stakeholders, de uma comunicação constante e Integrar, através de interfaces lógicos, com equipa- pertinente por parte dos gestores e de um progra- mentos operacionais (como lavadoras e esteriliza- ma de formação à medida, completo e adaptado a dores), sistemas de informação empresariais (como cada perfil de utilizador. No entanto, as mais-valias ERPs), sistemas de controlo de assiduidade e siste- e benefícios aportados pela plena utilização de um mas de gestão de recursos hospitalares (como salas sistema de informação são evidentes. Não só pelos e blocos operatórios). aspectos operacionais, onde ganhos de eficácia sãoEste conjunto de características-chave configura os imediatamente obtidos, mas também pelos ganhosatributos funcionais elementares sobre os quais os re- ao nível da eficiência, com a constante identificaçãoquisitos detalhados devem ser desenvolvidos e adap- e avaliação de melhorias e optimização de recursostados à realidade de cada central de reprocessamento. humanos, financeiros e materiais.Os projetos de implementação devem ser trabalhadosem função das tipologias das unidades de saúde e da Nuno Gomescentral de esterilização, e das especificidades dos flu- • Gestor de Projectos na Bettertechxos de trabalho, processos e níveis de serviço. • L icenciado em Informática de Gestão pela Universidade do Minho • M estrado em Engenharia de Sistemas - Investigação Operacional pelo Instituto Superior Técnico • M BA University of Massachusetts - EUAISO 13485 CONSULTORIA | TECNOLOGIA | OUTSOURCINGSistema de Gestão de Qualidade para Dispositivos MédicosConsiderado um processo de elvada complexidade e criticidadepara a saúde pública, o processo de reprocessamento dedispositivos médicos está sujeito a obrigações legais necessáriaspara assegurar as boas práticas e a eficácia desse processo.A certificação ISO 13485 é uma dessas obrigaçõesNa Deltagest oferecemos um serviço global para aobtenção da certificação ISO 13485 e damos respostaao compromisso das entidades de saúde em atenderos requisitos mais exigentes do reprocessamento dedispositivos médicos www.deltagest.pt

MagazineGESTÃO DA INFRAESTRUTURA E MANUTENÇÃO | CENESO contributo da manutençãopara a disponibilidade operacional - IA A gestão da infra-estrutura e equipamentos Consequentemente, a manutenção da I&E é pro- 23 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 (I&E) numa Unidade de Saúde está sujeita gramada em função da fiabilidade operacional re- a um elevado nível de exigência. E no que querida, ou seja, planeada de acordo com o modelorespeita ao Serviço Central de Esterilização (SEC), RCM (Reliability Centred Maintenance).que tem como produto final Dispositivos Médicos Numa primeira fase, e alinhado com a Política deesterilizados aptos para o uso, e em tempo útil, a Manutenção preconizada para cada Unidade dedisponibilidade operacional da I&E, afigura-se como Saúde, devem ser definidos objectivos para pos-um factor operacional crítico. terior monitorização do desempenho das I&E.É neste enquadramento que a gestão de I&E assu- Assim, terão que ser elaborados todos os planosme um papel preponderante, desde a concepção à de Manutenção - de acordo com a Politica de Ma-manutenção dos meios, procurando assegurar uma nutenção adotada - Ou seja, devem ser definidosdisponibilidade operacional permanente. os seguintes planos:Assim, no planeamento da I&E de uma Unidade de Manutenção de infraestrutura que garante queSaúde, quer os requisitos técnicos, quer os requisi- todo o suporte vital a nível de infraestrutura se en-tos processuais, são analisados de forma a assegu- contra operacional, (AVAC, Eletricidade, Redes derar que a concepção do espaço e dos meios promo- Água), é elaborado tendo em conta todas as espe-vem a melhor eficácia operacional, não descurando cificações e normativas a nível de qualidade de ar,a eficiência preconizada para cada processo, ineren- tratamento de ar, tratamento de água, limpeza ete às boas práticas que contribuem para a seguran- respectivos controlos periódicos. Sendo um SCEça do doente. Adicionalmente, é ainda necessário uma área bastante sensível em questões ambien-que os requisitos de fiabilidade sejam incluídos no tais, a Gestão Técnica Centralizada (GTC) possibili-processo de procurement, para que numa fase de ta a monitorização do ambiente operacional.operação, a I&E tenha uma disponibilidade de ope-racionalidade próxima de 100%.

Magazine CENES | GESTÃO DA INFRAESTRUTURA E MANUTENÇÃO Manutenção de equipamentos, que verifica equipa- Deste modo, a informação gerada pela manuten- mentos utilizados no processo de esterilização pre- ção permite afinar os planos de manutenção para enchem os requisitos técnicos e normativos, todo a melhoria do desempenho da I&E, procurando este plano é baseado e estruturado segundo os pro- assegurar o primordial objectivo – garantir a dispo- tocolos de manutenção do fabricante. No entanto, nibilidade operacional máxima para que a função e tirando partido do histórico de desempenho dos do SCE seja cumprida. equipamentos, poder-se-á almejar uma maior dispo- Diversos indicadores de desempenho poderão ser nibilidade operacional, transformando a manutenção conjugados com a disponibilidade operacional. No en- preventiva em manutenção preditiva. tanto, os mais relevantes para a manutenção centra- Calibração de EMM’s, que assegura a disponibili- da na fiabilidade, poderão ser os seguintes: dade de todos os EMM’s (equipamento de medida MTTR (Medium Time To Repair) - Tempo médio de e monitorização) necessários à operação tais como: Reposição de Avaria sensores de temperatura, humidade e pressão, sela- MTBF (Medium Time Between Failures) -Tempo doras, incubadoras, que se encontram verificados e médio entre avarias. A disponibilidade e fiabilidade calibrados, garantindo assim a operacionalidade e o operacional melhora quando MTBF aumenta, e o controlo ambiental. MTTR desce. Stocks, que contribui para a gestão de stocks Deste modo, e completando o ciclo planeamento/ da organização e estabelece os níveis mínimos, execução/controlo na gestão de I&E, constatamos máximos e médios de stocks das peças (spares) que o desempenho das I&E e a da informação ge- necessárias à correcta operacionalização e gestão rada são essenciais para a tomada de decisões e I&E, garantido o cumprimento da disponibilida- consequente melhoria do seu planeamento, cujo de operacional. A previsão e definição dos níveis contributo para a operação de um SCE é funda- de stock é feita através de um historial de peças mental, entre outras variáveis, para a segurança substituídas e número de intervenções de um de- do doente. terminado equipamento. Com o planeamento efectuado, é despoletado um Objectivos de Planeamento conjunto de actividades para execução, nas quais Disponibilidade - Planos serão realizadas todas as intervenções de acordo com os planos definidos, intervenções essas de Ma- Operacional nutenção Preventiva (MP). A MP será realizada em intervalos de tempo pré-determinados, ou de acordo Acompanhamento com critérios prescritos com o objetivo de minimizar do Desempenho a probabilidade de avaria nas I&E. e de Indicadores O não cumprimento da MP, pode degenerar em ris-24 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 cos como falhas de produtividade e inoperacionali- Operacionalidade das dade das I&E, que podem afectar o produto final do I&E de um SCE SCE. Por outro lado, o cumprimento de todos os pla- nos de manutenção com actividades de frequência Controlo da Atribuição de periódica diversa, permite-nos realizar um controlo e Execução Responsabilidades acompanhamento de todas as variáveis que influen- ciam a operação de um SCE. Execução de Com um controlo e acompanhamento efectivo da ma- Actividades nutenção é possível realizar um estudo da fiabilidade de equipamentos e aferir da aptidão do equipamen- João Almeida (Eng.) to para realizar uma determinada função durante um Infra-estruturas & Manutenção do CENES dado período nas condições pré-definidas.

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Magazine CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL Biodescontaminação Ambiental com peróxido de hidrogénio vaporizado em ambiente cirúrgico Caso Prático Vaquero de la Hoz MT*, Fariñas Cabrero M**, Vaquero Puerta JL** * Divisão Biodescontaminação. STERIS Ibéria S.A.U. Espanha. ** Serviço de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Hospital Universitário “Río-Hortega”. Valladolid. Espanha. Estudo realizado com o apoio do Subprograma Torres-Quevedo-2009, do Ministério da Ciência e Inovação do Governo espanhol (expediente nº PQT-09-02-02071). PALAVRAS-CHAVE Contactos: Descontaminação, desinfeção, Doctora Arquitecta María Teresa Vaquero de la Hoz peróxido de hidrogénio, salas cirúrgicas. Clinical Specialist Biodescontaminación Steris Iberia S.A.U.26 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Calle Caléndula 95 - Mini Parc II 28109 El Soto de la Moraleja, Alcobendas (Madrid), España [email protected] RESUMO Estudou-se a viabilidade da descontaminação ambiental no âmbito hospitalar com vapor seco de peróxido de hidrogénio produzido por sistema VHP® ARD Steris. Foi aplicado numa Sala de Operações e num quarto de Isolamento com adufa, ambos da Unidade de Queimados de um hospital geral. As exposições foram, respetivamente, de mais de 400 ppm durante 40 minutos e mais de 250 ppm durante 89 minutos, sendo suficientes para a mudança dos múltiplos indicadores químicos e a esterilidade mostrada nos indicadores biológicos de Geobacillus stearothermophilus. Em suma, o ensaio foi satisfatório de acordo com as previsões efetuadas.

MagazineBIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENESINTRODUÇÃO ficuldade e morosidade requeridas em certas super- 27 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016No final do século XVIII, começaram a introduzir-se fícies (tetos, paredes e recantos)5. A dificuldade eradiversas substâncias químicas para combater epide- acrescida quando se tinha de descontaminar o equi-mias infecciosas, que se julgava serem transmitidas pamento médico cuja complexidade era crescente.pelo ar de acordo com a “teoria miasmática”1. Os Era urgente encontrar algum tipo de substância queprodutos eram supostamente tóxicos e, por conse- tivesse problemas de toxicidade mínimos e umaguinte, eram aplicados em instalações fechadas, tais maior capacidade de penetração nos poros e aber-como o interior dos barcos, e sem pessoas. Um pro- turas das superfícies que aquela oferecida pelas par-cedimento semelhante foi levado a cabo por Lister, tículas líquidas (gotas) dos desinfectantes utilizados.no final do século XIX, em ambiente cirúrgico mas já Em 1984, para dar resposta a este problema, rea-de uma outra forma, através da emissão de vapores lizou-se um ensaio sobre biodescontaminação porde fenol no decurso de uma intervenção, tentando peróxido de hidrogénio como principio ativo, umacriar um ambiente asséptico, por forma a evitar as molécula química muito conhecida, cuja principalfrequentes infeções cirúrgicas2. Naquele momento, novidade consistia na forma de apresentação comocomeçava a ser conhecida a natureza microbiana de vapor seco, que se demonstrou eficaz para determi-algumas infeções e a ser introduzidos outros proce- nadas concentrações e tempos de exposição ao ardimentos preventivos, com base científica e ensaia- .6-11 Inicialmente, começou por ser utilizada em salasdos em laboratório (vacinas, soros imunes, etc.) expostas a um elevado risco de infeção, tais comoA partir dos anos 70 do século XX, começa a estudar- as salas brancas da indústria farmacêutica e alimen-se em profundidade a epidemiologia das infeções no- tar, laboratórios, entre outros .12-15socomiais e a sua prevenção3,4. Aplicam-se produtos Chegou a pensar-se que esta inovação se poderiadesinfectantes emitidos para o ar em locais hospitala- estender ao ambiente hospitalar onde continuavamres, com ou sem a presença de pessoas, segundo o a ocorrer HAI (Healthcare Associated Infections). Nograu de toxicidade associado a esses produtos. Trata- entanto, alguns micro-organismos causantes comova-se de soluções de combinações fenólicas e aldeí- p.ex. o Acinetobacter baumannii, persistiam em di-dicas várias, dispersadas por aquecimento, a partir da versas superfícies hospitalares, desenvolvendo umasua forma líquida, formando gotas que vaporizavam resistência elevada aos antibióticos e por conse-as superfícies contaminadas. Este procedimento era guinte colocando o paciente susceptível à infeção16.designado por “fumigação”. Uma aplicação peculiar A necessidade de atender a potenciais vítimas deconsistia na descontaminação do equipamento médi- pandemias transmitidas por via aérea, aparecidas noco de grandes dimensões, tais como as incubadoras decurso da última década, motiva novas aplicaçõesusadas em neonatologia, dentro de grandes câmaras nos centros de assistência em caso de emergênciaonde era introduzido gás formol que posteriormente epidemiológica. A conceção da biodescontaminaçãoera neutralizado com amoníaco. de recintos hospitalares e sanitários (ambulâncias,A grande vantagem associada à fumigação era a im- centros geriátricos, etc.) de uso continuado e depregnação, mais ou menos completa, das superfí- grande dimensão torna necessária a sua avaliaçãocies expostas. O inconveniente era a toxicidade dos através de um programa com indicações bem defi-componentes dos produtos utilizados, cada vez mais nidas e uma planificação adequada ao cumprimentoconhecida e estabelecida, tais como valores TLV e das mesmas.PEL, estudados pelas agências norte-americanas Como exemplo da complexidade destes programas,especializadas em exposição laboral. Para além dis- passaram a ser tomadas em consideração a tipologiaso, o equipamento de descontaminação não dava das salas e espaços de acordo com o risco associado,informação suficiente sobre o nível de concentração o tipo de pacientes atendidos e as práticas clínicasalcançada pelo desinfetante. Estes problemas asso- a que eram submetidos 17. Para além das áreas ocu-ciados fizeram com que a descontaminação por difu- padas por pacientes potencialmente propagadoressão aérea fosse preterida pela desinfeção manual de de infeções por via aérea, como sejam os tubercu-superfícies através da adição de desinfectantes aos losos 18 (que requerem isolamento), começam a serprodutos normais de limpeza comum, apesar da di- consideradas as exigências requeridas, em número

Magazine CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL e diversidade crescente, por doentes imunodefi- para pacientes de alto risco, desocupados. Foi apli- cientes e especialmente vulneráveis, atendidos em cado no bloco operatório com dimensões e caracte- unidades de cuidados críticos (cuidados intensivos, rísticas assinaladas na Figura 1. Esta unidade dispõe queimados, transplante de medula óssea, transplan- de ar-condicionado próprio que foi desligado durante tes de órgãos, neonatologia, etc.), e aos submetidos o ensaio, mantendo-se ligados os restantes dispositi- a intervenções cirúrgicas. Em casos mais restritos, vos eletrónicos. Foi estabelecido um estado de alerta procede-se ao isolamento protetor (PE: protective para em caso de emergência, poder ser parado o tes- environment) .19,20 te e utilizada de imediato a sala de operações. Ao longo do tempo, a eficácia germicida do vapor Ainda na mesma unidade de queimados, foi realizado seco de peróxido de hidrogénio 21 frente a patogéni- um ensaio acerca de um quarto de pacientes críticos cos resistentes 22, inclusivé priões 23,vai sendo com- internados, em isolamento com adufa incluída para provada, atingindo níveis estéreis em determinadas proteção. Ver na Figura 2 dimensões e configuração. condições de concentração, tempo de aplicação e Novamente, o ar-condicionado próprio foi desligado termo-higrométricas ambientais. Mas a sua aplica- durante o ensaio, mantendo-se ligados os restantes ção está somente comprovada na indústria alimentá- dispositivos eletrónicos. ria e farmacêutica onde a sua utilização é vulgarizada. Sem duvidar da sua ação antimicrobiana equivalente em outros lugares, preconizam-se soluções para o Altura livre= 2.90 m de hi meio sanitário assistencial e hospitalar, sob a forma Superfície útil= 41.16 m2 de esterilizadores a baixa temperatura e biodescon- VAlotluurmaelivtoreta=l=2.19109m.36 m3 ddddcBcccBooooeeee&&nmmnsRRceemmhrxxioo taminação ambiental 24. Com relação a esta última, Superfície útil= 41.16 m2 de•sc2r torna-se necessário comprovar a sua viabilidade pe- Volume total= 119.36 m3 rante uma multiplicidade de fatores recentes: ma- • 2U teriais de construção utilizados, tipo de instalações, Figura 1.- Dimensões e configuração do bloco operatório. • 1U equipamentos, circuitos elétricos, dispositivos ele- FFiigguurraa1.1- .D-imDiemnesnõseõsees ceocnofnigfuigrauçrãaoçãdoodbolobclooocopeorpaetórraiotó. rio. •• 11 trónicos, disposição, etc., sendo que a sua compa- •• 1ca tibilidade com estes meios físicos assume particular • pca relevância no que diz respeito à segurança do pa- ciente e do pessoal circulante (contenção e controlo pu de toxicidade). Estas variáveis devem ser tomadas • 1u em consideração na organização, programação, pla- • R1 nificação e desenvolvimento da aplicação. RC28 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A fim de medir o comportamento do vapor seco de Altura livre= 2.70m m homCo hidrogénio como descontaminante e desinfetan- Superfície útil= 33.82 m2 homAo te até um possível nível de esterilização nas áreas VAoltluurmaelivtoreta=l=2.9710.m31mm3 e viAs hospitalares críticas, realizou-se um ensaio em salas Superfície útil= 33.82 m2 einicviias cirúrgicas da Unidade de Queimados de um Hospital Volume total= 91.31 m3 miniocsitar Geral de construção nova, controlando os parâme- hmidosrotr tros físicos da aplicação e a resposta antimicrobiana hguidarrod em esporas bacterianas. MATERIAL E MÉTODOS guarOd regiOst O estudo realizou-se no Hospital Universitário Río- rseisgtiesmt Hortega de Valladolid (Espanha), na Unidade Clínica s3ddceceggieeooee5mmsmmrr%tMMmme.eem de Grandes Queimados, com uma construção recen- 35%.A te, por forma a valorizar o procedimento de biodes- 7,24,2A5 contaminação de salas de uso periódico intermitente (bloco operatório) e de quartos, de uso continuado, 7,24,25 Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento. FFiigguurraa2.2- .D-imDiemnesnõseõsees ecocnofnigfuigrauçrãaoçãdoodqouaqrutoardteo idseolaismoleanmtoe.nto. Circulador de ar Módulo auxiliar Regenerado Circulador de ar Mdeódaurelojaamuexniltiaor deRseugmenideirfiacdao desumidifica

Volume total= 91.31 m de Medicamentos y Productos Sanitarios, e no Infarmed e estão em conformidade com a normativa vigente sobre germicidas. O produto apresenta-se em garrafas de 900ml, com uma solução concentrada de peróxido de hidrogénio a BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL CENES35%. As etapas que compõem o ciclo de biodescontaminação Magazine | 7,24,25 são desumidificação, condicionamento,Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento. descontaminação e arejamento (Figura 4). Módulo auxiliar Regenerador Durante o processo de desumidificação o ar de arejamento desumidificador Ocgirceurlamaitcraivdéas duoticliazrtaudchoo fdoesiumoidcifoicnadsour mível Vaprox®, re-Circulador de ar ágsiNcrs,eiartucortuiafllaiasdzsçeáiãovsoedtlndeeeomacatoréInanddeif3Vca41ioHm4rnm3aaP/mh3®e,e4ndmetco3o/cmVhoo.amuppmerrooóflxuxixdno®oúedméesteãroo 58.779-4. Ali- registados na Aginejentacdoiae vEaspopriazañdoolsaemdcehegMar aeodpiocnatomdeentos y Productos Sacdonenidtpeaenrrsóaixoçiãdsoo., dOee sni2soteamIan12fpga/romrdmiunz.eNudma aefainseejesçdãteoão em conformida- dedecscoonmtamainançoãormparotpivriaamvenigteendtieta soabre germicidas. O prcoodncuenttoraçaãporneesceessnátriaa-nsoeareémmagntaidrar.afas de 900ml, com umaNtaraafvaséssoe dldueeçumaãroejcaacmtaoelinnstacod,oerondtaerrapéderaróexcdiidreocu, lpaqdueoeróxido de hidrogé- nisoe adec3o5mp%õe.em oxigénio e água, até que a sua concentração a t i n j a m e n o s Asdpeeeró1txpaipdpmo a.desSheiqdguruonegdéoncioao, mOSpHõA:emPELo (8h) de de biodescontami- ciclo nação 7,24,25 são desumidificação, condicionamento, descontaminação e arejamento (Figura 4).Módulo sensor Unidade Básica Recargas de VHP® 1000 ARD desumidificador CICLO TIPICO DE DESCONTAMINAÇÃOFFiigguurraa 33--EEqquiupiapmaemnteondteobdioedebsicoodnetasmcoinnatçaãomSiTnEaRçIãS.o STERIS. COM SISTEMA VHPO equipamento de biodescontaminação utilizado 12 3 4 100%para emissão do vapor seco de peróxido de hidro-génio7,25, (Figura 4) foi o Sistema de Biodescontami- Ponto de % Humidadenação (VHP®ARD BIODESCONTAMINATION SYS- Condensação RelativaTEM) da STERIS, composto por uma unidade móvel Concentração VHP 0%geradora de peróxido de hidrogénio vaporizado VHP®1000 ARD, com painel PLC B&R 420, que controla Tempoas funções e permite um interface com o usuário e 1. Desumidificação | 2. Condicionamentoos dispositivos externos, porta Ethernet para cone-xão com PC e porta USB para transferência de dados 3. Descontaminação | 4. Arejamentode medida para a memória externa e os acessóriosabaixo descriminados: Figura 4.- Ciclo típico do processo biodescontaminação VHP®.2 sensores externos de concentração de H2O2 Durante o processo de desumidificação o ar circula(SENSING UNIT); através do cartucho desumidificador reutilizável até1 circulador de ar (ROOM CIRCULATION UNIT); 34m3/h, com um fluxo de circulação de ar de 14 a1 arejador auxiliar (AUXILIARY AERATION UNIT). 34m3/h.cartuchos desumidificadores (DRYER): 1 de tama- Na fase de condicionamento o peróxido é injetadonho pequeno utilizado no bloco operatório e 1 gran- e vaporizado sem chegar ao ponto de condensação.de utilizado no quarto de isolamento; O sistema produz uma injeção de peróxido de 2 a1 regenerador de cartuchos desumidificadores 12g/min. Na fase de descontaminação propriamen- 29 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016(DRYER REGENERATOR). te dita a concentração necessária no ar é mantida. Na fase de arejamento, o ar é recirculado através deColocaram-se 2 ventiladores para favorecer uma di- um catalisador de peróxido, que se decompõe emfusão homogénea dos gases no meio interno. oxigénio e água, até que a sua concentração atin- ja menos de 1ppm. Segundo a OSHA: PEL (8h) deA unidade de VHP® 1000 ARD contém um sistema peróxido de hidrogénio, 1ppm (0,0014mg/L). Os re-sonoro e visual para alertas (qualquer alteração na síduos produzidos carecem de toxicidade, estandoprogramação inicial do ciclo), bem como toda a infor- compostos por vapor de água e oxigénio. O vapor demação do ciclo, mostrando tempo e concentração água é eliminado pelo sistema de secagem.de peróxido de hidrogénio que é registada num PCportátil externo e guardada em dispositivo USB.

Magazine CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL O equipamento foi deixado em contacto e acesso O início e monitorização do ciclo foram efetuados superficial. Do interior de qualquer das salas testa- através de um PC portátil conectado por cabo à das foram somente retirados os componentes ce- unidade ARD. Todos os dados capados pela unida- lulósicos de forma a evitar o consumo excessivo de e sensor externo à unidade puderam ser visu- de peróxido. Todas as saídas de ar-condicionado alizados no portátil, sendo que toda a informação foram tapadas com lâminas de PVC sobrepostas e obtida ficou registada no dispositivo de armazena- coladas com fita adesiva impermeável bem como mento USB, nomeadamente toda a informação do outras zonas susceptíveis à entrada de ar. Todas ciclo, tempos detalhados e níveis de concentração as áreas foram sinalizadas com placas e demar- de peróxido de hidrogénio. Vidé Tabela I para o cadas com fita branca e vermelha para impedir o seu resumo. acesso, exceto nos casos de emergência devida- Foram tidos em consideração os planos de des- mente controlados e autorizados. contaminação e a documentação MSDS com limi- Os ciclos foram iniciados no horário da manhã em tes de exposição. Foram empregues os EPIs ne- todos os locais testados, que ficaram fechados e cessários à preparação dos locais, manipulação do com o equipamento de desinfeção operacional até equipamento, do Vaprox® e dos indicadores quími- ao início da manhã do dia seguinte, altura em que cos e biológicos, nomeadamente batas, óculos de os espaços foram abertos e as condições iniciais proteção e luvas. repostas, tendo decorrido cerca de 20 horas des- Foram ainda controladas as possíveis fugas de pe- de o início até ao fim das operações. O período de róxido para o exterior com unidades Dräger Pac III. tempo em que os locais se mantiveram fechados Para esta situação preparou-se ainda um equipa- é muito superior ao necessário para que se com- mento autónomo de respiração Dräger X- PLORE pletem as 4 etapas que constituem a biodescon- 6300, filtro Dräger X-PLORE Pal 40. taminação: desumidificação, condicionamento, Por forma a medir os resultados da operação fo- descontaminação propriamente dita e arejamento; ram empregues indicadores químicos e biológicos, sendo este tempo o mais aproximado da realidade oferecidos pela STERIS. Os indicadores químicos dadas as possibilidades operacionais de um am- expostos ao peróxido de hidrogénio foram os STE- biente hospitalar e as especificidades laborais. Ob- RIS VHP® Indicator, concebidos especificamente, viamente, o excesso de tempo de permanência do colocados em inúmeros pontos do local (esquinas equipamento de descontaminação deve-se a uma superiores e inferiores, pontos-chave de propaga- fase prolongada de arejamento e subsequente. ção por contacto, lugares de difícil acesso, etc.). Fixou-se uma concentração de peróxido na “fase Os controlos biológicos foram os Spordex® cons- de estagnação” de 400ppm e 30 minutos no bloco tituídos por esporas de Geobacillus stearothermo- operatório, e de 250ppm e 90 minutos no quarto philus Apex Log 456 TriScale Indicators com car- de isolamento. Estes ciclos são validados para ob- gas de 104, 105, e 106 de cada tipo, colocadas em ter uma redução da carga microbiana de .10-630 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Tabela I TIPO DE CICLO E TEMPOS RECINTO CICLO ESTAGNAÇÃO INICIO FIM Bloco Operatório 30min > 400ppm 15:53 9:28 Quarto 400ppm 16:38 - 17:18 20/06/2011 21/06/2011 90min > 250ppm 12:10 9:24 250ppm 12:51 - 14:19 21/06/2011 22/06/2011

Magazine BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENES Tabela II LOCALIZAÇÃO DOS INDICADORES Nº LOCALIZAÇÃO BLOCO OPERATÓRIO INDICADORES QUÍMICOS INDICADORES BIOLÓGICOS 1, 2, 3, 4 4 esquinas superiores __ 5 e inferiores do bloco Parte inferior da mesa cirúrgica Parte superior da mesa cirúrgica 6 Parte inferior da mesa cirúrgica Parte posterior do PC do braço 7 do equipamento cirúrgico __ Parte traseira da coluna 8 do equipamento cirúrgico __ 9 10 Parte superior da lâmpada cirúrgica __ Interior da gaveta do equipamento __QUARTO DE ISOLAMENTO __ 1, 2, 3, 4 Teclado e parte traseira do PC colocado numa parede 5, 6, 7, 8 4 esquinas superiores __ 31 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 9 e inferiores do quarto 4 esquinas superiores __ 10 e inferiores da adufa Parte inferior da cama Parte superior da cama 11 Parte inferior da cama Parte posterior do braço 12 do equipamento cirúrgico __ Teclado e parte traseira do PC __ colocado numa parede __ Parte posterior do sofá locais estratégicos onde, normalmente, se encon- no quarto de isolamento. Os meios de crescimen-tra o paciente. Utilizaram-se ainda controlos bioló- to dos indicadores biológicos foram incubados porgicos, distribuídos em séries com cargas de 104, um tempo mínimo de 5 dias a 56-60ºC, controlan-105, e 106 em dois locais do bloco operatório e dois do o seu crescimento por mudança de cor.

dnoucmumaenétpaoçcãao tmécanisicareeceenstpee.ciaDliezpaodias ndeastsa rmeactoémrieandsauçrgõees niunmovaadéopraoscana máraeias draecbeionsteeg.uraDneçpaoipsordpaasrteredcaosmSeEnMdPaSçPõHese inINovSaAdLoUrDa,s dnea á2r0e0a03d1a, bsiuorsgeigruarmantçaampboérmpaorstesdtaansdSaErMdsPSnPoHrte - INaSmAeLrUicDa,ndose d2e00A0S3H1R,AsEu,rgairNaomrmtamUbNéEm10o0s7s1t3an(d20a0rd5s) 3n2oreteo-s aGmueiraiscadneos de ASHRAE, a Norma UNE 100713 (2005) 32 e osqpuaertexigdeemstepsreceaquuçõipeasmeelnetvoasdasa.prPeosrenotuatroumlaado,esgtrrauntduerapcaortmepledxeastees preaqtuicipaammeenntetosinaacpersesísveenltaa uummaa deesstirnufteuçrãaocmoMmanpaulgeaxal.azAi necerepsrcaetinctaempernetoecupinaaçcãeosspívaeral caomumosapadceiseinntfesçãeomCENES BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTALmcaonnudaiçl.õeAsccrreistc|iceansteeparesoecluepçãaoçãmo ipcarorabicaonma doesnptarociednotsesmemioscdonedaiçssõiestsêcnrciitaicfaasz ecoamseqlueeçãaodmesiccoronbtaiamnianadçeãnotraomdboiesnmtael,ionsodâemabssitisotênsacniaitfáarzioc,omteqnuhea a tdoedsaconatamleigniatiçmãoidamdebieentapl,osnsoa, Guias deâimncbliutosives,aneitmárisoi,tuatçeõnehsa emtoedragenatesl,egsiteirmaidasdoeluçeão proasdsiac,alinpcalruasiveex,tinegmuirsisturatçoõsesepeidmeemrgioelnótgeics,oss,eqr uae sdoeluoçuãtorarafodricmaal ,psaeratoerxntairnigaumirusmurptorosbelepmidaempeiorslóisgtiecnotse,.que de outra forma,se tornariam um problema persistente. Figura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. Figura 6- E q uip a men to e localização de IQ e IB no quarto deFigFuigruara55--EEqquuiippaammeenntto e llooccaallizizaaçãçãooddeeIQIQeeIBIBnonoBBlolcoocoOOpepreartaótróior.io. FigFuisirogalua5rm-aEe6nqtu-oiEp.aqmueinptao me leocnatliozaeçãloocdaeliIzQaçeãIoBdneoIBQloecIoBOnpoeqrautaórrtioo. de isolamento.A50l0ocalização dos indicadores químicos e dos in- mento. O nível de Hde2O22pmpmedmideodnidoosfincaolmdoo ciclo e122134453dtacVqtn433411225500500505riaraiuvHa550050055c0000000000eroes0000000000aPtjTasud®cad,dcooboohérAmeserolRsaaappdDuõbleeIxa,eIixsinodmlpuciolaeoóomsrsomgs.iitigdfcasaniooifzsianssectdaaemoensdmsúodFrmarpeoi,gofdesCeurer:ror)têaAeBscnss)iircodtuc5eidoaunseseliadasddpoac6eoldos,asrennadetdofbealieesoámtm.asailriAhnrceeaaasnsedç,ptlãoaDBeeoss--)) ao entrar na sala foi DrägerRE0SULTADOS Pac III passando a 0ppm imediatamente após a aber- tura do local e consequente arejamento. Em coerência com o registado graficamente, todos os indicadores de exposição ao peróxido de hidro- génio mudaram de cor, comprovando uma exposi- ção suficiente. Todos os indicadores biológicos de concentração diversa, 104, 105, e 106 de esporas de Geobacillus stearothermophilus, depois de um15:1553:53 17:1372:32 18:1589:59 20:2204:24 21:2410:40 22:2527:57 0:103:13 1:219:29 2:425:45 4:041:01 5:158:18 6:364:34 7:570:50 9:096:06 período de incubação de cinco dias a 56ºC, não apre-As concentrações de vapor de peróxido de hidrogé- sentaram crescimento bacteriano.FFigmdacn4igu34lo0iutouri000ondrar00afanifona7ioc7trp.em-a.ra-odCr4eCoxod0onirmdncomecpeenabemnti-lnqrstoaoruuecaçnteãçoosdãonostoo(or.p(psa.ppUedpm5rotm)ai0l)idt0nzódeopaerHupioHF2-mOs2iaOg2e,l2ucdeoduraaurnacsrçan7auntar.pettreeuaOoomrccaihcpcmiolcrooleondns4noteu0ooBl0dtBlamopleocdpsocaomouiOss-OppeerarChDatótaOeórviroMiisao.a.EsliNiednTotÁacroR,mIqOupSeroavaedfiac,áccoiamdêoxsitiost,eemmaoVcHasPi®õeAs RanDtejá-rA23ó1200x00F00i00idgourdae8 riores, em locais hospitalares21. Neste ensaio em par- descreve a curva de concentração de pe- ticular destacam-se inúmeras vantagens, entre elas, hidrogénio no quarto de isolamento para a eficácia germicida demonstrada, atingindo níveis32 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 12:1120:10 13:1336:36 14:1546:56 16:1161:11 17:1273:23 18:1289:29 19:1395:35 20:2401:41 21:2417:47 22:2523:53 23:2538:58 1:014:04 2:120:10 3:136:16 4:242:22 5:257:27 6:363:33 7:379:39 8:485:45txp1ei0rmmo000topeçodãetooctdaoelnqecumeenitqmruaaeçdãaooscs.oeOncsbeistnuetarrvaeaç-msãeo3qs7uu5eppeoprmapo2en5t0qopumpemáo- estéreis, e a inocuidade do método tanto para o meio ambiente como para os materiais e pessoas. A simpli- cidade do processo químico, no qual não são produzi-é de 89 minutos. Utilizou-se o cartucho desumidifica- das moléculas intermédias e as moléculas finais sãodor grande. Estes valores devem-se ao facto de que tão naturais como o oxigénio e a água, contribuemFFigtaigeupurrarroas8igd8.r-o.a-CmCmoonancoçecdãeninotfrtiacrdaçaoãçdãocoa(ipc(applopummt)ino)dimdeceiHaaHt2lOi2(cO32a20dmdumurearinannnttueteetooopcsicecilacloalo4nuno0on0qiqupduapaarmtdroteo)ddeeisisposoulaalpramameerenefntíscottoieess.rAescuoltmadpoastibeilideavditeamcoamhousmeidqiufiicpaaçmãoendtoass ARD na fase 2 (90 minutos a 250ppm) por não ter al- de alta tecnologia médica também é outro fator mui-cançado os níveis de concentração. Com 90 minutos to importante uma vez que a sua presença é maiora 250ppm, procedeu-se ao cancelamento manual da nas áreas críticas hospitalares e incluem circuitos ele-fase 3, passando diretamente para a fase de areja- trónicos que exigem precauções elevadas. Por outro

MagazineBIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENESFigura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. Figura 6- E q uip a men to e localização de IQ e IB no quarto dFigura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. isolamento. Figura 6- E q uip a men to e localização de IQ e IB no quarto d 500 450 isolamento. 352111242412334350050505055050005000000000000000000 50 015:53 15:53 17:32 17:32 18:59 18:59 20:24 20:24 21:40 21:40 22:57 22:57 0:13 0:13 1:29 1:29 2:45 2:45 4:01 4:01 5:18 5:18 6:34 6:34 7:50 7:50 9:06 9:06Figura 7 - CoFnicgeunrtara7çã.-o C(popnmce)ndtreaçHã2oO(2pdpumra)ndtee Ho2cOic2 lodunroanBtleoocociOclpoenroatBólroioco. Operatório. Fig4u0r0a 7.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no Bloco Operatório. 430000 230000 120000 1000 0 Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamentoFigura 8 - Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento12:10 12:10 13:36 13:36 14:56 14:56 16:11 16:11 17:23 17:23 18:29 18:29 19:35 19:35 20:41 20:41 21:47 21:47 22:53 22:53 23:58 23:58 1:04 1:04 2:10 2:10 3:16 3:16 4:22 4:22 5:27 5:27 6:33 6:33 7:39 7:39 8:45 8:45lado, grande parte destes equipamentos apresenta Ainda que a historia dos hospitais conte já com 33 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016uma estrutura complexa e praticamente inacessível mais de 2 milénios e as suas condições higiéni-a uma desinfeção manual. A crescente preocupação cas uma preocupação constante desde o início, apara com os pacientes em condições criticas e a se- maior coletânea de documentação técnica e es-leção microbiana dentro dos meios de assistência faz pecializada nesta matéria surge numa época maiscom que a descontaminação ambiental, no âmbito recente. Depois das recomendações inovadorassanitário, tenha toda a legitimidade e possa, inclusive, na área da biosegurança por parte das SEMPS-em situações emergentes, ser a solução radical para PH e INSALUD, de 200031, surgiram também osextinguir surtos epidemiológicos, que de outra forma, standards norte-americanos de ASHRAE, a Normase tornariam um problema persistente. UNE 100713 (2005) 32 e os Guias de CDC (2003,De salientar, que em relação à regulamentação de 2007) 19,20, para citar somente algumas das maissuporte que regula esta tecnologia no sector hospi- relevantes. Todas elas perspectivando a proteçãotalar17, é maioritariamente muito recente, sobretudo do paciente, sem esquecer das mais tradicionaisno que concerne a ambientes interiores-29, tendo no elaboradas do ponto de vista laboral, por entidadesmáximo 2 décadas e em condições mais restritas, as de renome internacionais, tais como a ACGIH oudas “salas brancas” já mencionadas30. NIOSH, ou em Espanha o INHST. O controlo de in- feção nos blocos operatórios foi-se estabelecendo

Magazine CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL de forma decidida33, e em geral, alargou-se a todo CONCLUSÃO os locais críticos hospitalares como consequência À vista dos resultados obtidos, a técnica ensaiada é da recente normativa UNE 171330-4, específica viável e recomendada para o meio hospitalar, resol- sobre “áreas controladas” dentro dos espaços sa- vendo problemas de flora residente, com níveis de nitários34. redução de até 106.34 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 BIBLIOGRAFIA 19. CDC: “Guidelines for Environmental Infection Control in Health 1. Carrillo JL , Riera Perelló P, Gago R: “La introducción en España Care Facilities. Recommendations of CDC and Health Care Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC).” de las hipótesis miasmáticas y prácticas fumigatorias. Historia MMWR, 2003; 52 (RR 10): 1-42. de una polémica (JM Aréjula-MJ Cabanellas).” Medicina e Historia, nº 67; Barcelona, abril 1977. 20. Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chierello L, and Healthcare 2. L eski, E: “El hospitalismo. Consideración histórica.” Hexágono Infection Control Practice Advisory Committee: “Guideline for Roche, 1979; 2(1): 1-10. Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious 3. M cDonnell, G: “Antisepsis, Disinfection, and Sterilization: Agents in Healthcare Settings 2007.” CDC; Atlanta, 2007; Types, Action, and Resistance.” ASM Press; Washington DC, http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/isolation/isolation2007.pdf 2007. ISBN: 978- 1-55581-392-5. 4. M cDonnell, G; Russell, AD: “Antiseptics and disinfectants: 21. McDonnell G, Bonfield P, Domínguez Hernández V: “The Activity, Action and Resistance.” Clin Microbiol, 1999; Rev 12: safe and effective fumigation of hospital areas with a new 147-179. fumigation method.” 34th Annual APIC Education Conference 5. Exner, M: “Divergent opinions on surface disinfection: myths and Annual Meeting; San Jose, California, 24-28 de junio de or pre- vention? 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M cDonnell G: “Hydrogen peroxide fogging/fumigation.” J Hosp sterilization process.” J Hosp Infect, 2007; 67: 278-286. Infect, 2005; 62: 385-386. 10. M cDonnell G: “Fumigation of Enclosed Environments.” ISSM 24. Vega Buendía AM: “Tecnología con peróxido de hidrógeno vaporizado (VHP): esterilización de dispositivos médicos Annual Yearbook, 2003. empaquetados y esterili- zación ambiental”. El Autoclave, 11. M eszaros, JE, Antloga K, Justi C, Plesnicher C, McDonnell 2008; 20 (1): 20-25. G: “Area Fumigation with Hydrogen Peroxide Vapor.” Applied 25. STERIS Corporation: “Manual del operador. Unidad de Biosafety, 2005; 10(2): 91-100. biodesconta- minación VHP® 1000 ARD”. STERIS Ltd, 12. K rause, J, McDonnell, G, Riedesel H: “Biodecontamination of Hampshire, UK, 2007. (12/18/07). animal rooms and heat sensitive equipment with Vaporized Hydrogen Peroxide.” Cont Topics, 2001; 40:18-21. 26. AENOR: Norma UNE 100011:1991. “Climatización. La 13. K rishnan J, Berry JD, Fey G, Wagener S: “Vaporized Hydrogen ventilación para una calidad aceptable del aire en la climatización Peroxide based Biodecontamination of a High Containment de los locales.” Laboratory under negative pressure.” Applied Biosafety, 2006; 11(2): 76-80. 27. AENOR: UNE EN 13098:2001. “Atmósferas en el lugar de 14. M almborg A, Wingren M, Bonfield P, and McDonnell G: trabajo. Directrices para la medición de microorganismos y “Room decon- tamination with vaporized hydrogen peroxide.” endotoxinas sus- pendidas en el aire.” Cleanrooms; Noviembre, 2001. 15. M cDonnell, G: “The hospital environment and disinfection”. 28. AENOR: Norma UNE 171210:2008. “Calidad ambiental de NHS Healthcare, 2005; 72-73. interiores. Buenas prácticas en planes de desinfección, 16. K ramer A, Schwebke I, Kampf G: “How long do nosocomial desinsectación y desrati- zación.” pathogens persist on inanimates surfaces? A systematic review.” BMC Infect Dis, 2006; 16: 130. 29. AENOR: Norma UNE 171212:2008. “Calidad ambiental de 17. V aquero de la Hoz, María Teresa: “Calidad del Aire Interior interiores. Buenas prácticas en las operaciones de limpieza.” (IAQ) en las edificaciones hospitalarias”. Universidad de Valladolid, 2011. http://uvadoc.uva.es/handle/10324/836. 30. AENOR: Norma UNE EN ISO 14644-1:2000. “Salas limpias y (Tesis Doctoral) locales anexos. Parte 1: Clasificación de la limpieza del aire.” 18. K ahnert A, Seiler P, Stein M, Aze B, McDonnell G, Kautmann SH: “Decontamination with vaporized hydrogen peroxide is 31. Grupo de Trabajo de la SEMPSPH y el INSALUD: effective against Mycobacterium tuberculosis.” The Society “Recomendaciones para la verificación de la bioseguridad for Applied Microbiology. Letters in Applied Microbiology, ambiental respecto a hongos oportunistas.” Med Prev, 1999; 2005; 40: 448-52. 1: 15-20. 32. AENOR: UNE EN 100713:2005. “Instalaciones de acondicionamiento de aire en hospitales.” 33. Cruceta Arbolés, G: “Verificación y validación de la calidad ambien- tal en áreas quirúrgicas.” Ingeniería Hospitalaria, 2005. 34. Domínguez Hernández, V: “Documento de consenso de la SEMPSPH sobre la validación de salas de ambiente controlado en hospitales.” Málaga, Junio de 2009.

Magazine COMO SE FAZ? | CENESTradelabor: Monitorização AmbientalA monitorização de parâmetros físicos e micro- GMP), pressões diferenciais, eficácia e eficiência biológicos em salas limpas de uso hospitalar dos estágios de filtração de ar (“leak test”) e taxas (ambientes de trabalho asséptico) é um pro- de renovação de ar. A nível microbiológico, a determi-cesso fundamental no que respeita à prevenção de nação de partículas viáveis (unidades formadoras deocorrência de infeções nosocomiais e consequente colónias), seja por exposição de placas de sedimen-segurança dos seus utentes. Em qualquer ambiente tação, seja por utilização de método ativo, com vistaonde exista presença humana, a ausência de micror- à determinação de eventuais partículas viáveis emganismos é de certa forma inevitável, pelo que, o suspensão.objetivo máximo de um programa de controlo e mo- A multiplicidade de fatores existentes e a sua inter-nitorização em salas limpas é determinar/impedir a relação, bem como a relativa imprecisão e variabilida-existência de partículas viáveis (microrganismos) ou de dos métodos de ensaio microbiológicos existen-não viáveis, que poderão constituir risco à ocorrência tes, evidencia a necessidade e complementaridadede infeções (nosocomiais), mediante contacto direc- da análise em conjunção dos parâmetros físicos eto com o utente, ou de forma indireta, por conta- microbiológicos para garantir uma completa avalia-minação de materiais (estéreis) que posteriormente ção da qualidade do ar.entrarão em contacto com o utente.À eficácia dos protocolos de limpeza, desinfeção e con- Igualmente essencial, e complementar à definiçãodições de assepsia inerentes ao funcionamento deste dos parâmetros a ensaiar, é o estabelecimento detipo de ambientes (fardamento, procedimentos/técni- um plano periódico de ensaios/monitorização, o qualcas de trabalho), juntam-se outros componentes “cha- garanta resultados que permitam o diagnóstico ne-ve” para o controlo e manutenção da qualidade do ar. cessário e a eventual aplicação de ações corretivasA nível físico, destaca-se a importância do controlo e/ou preventivas, previamente definidas, cujo objeti-e monitorização de temperatura, humidade relativa, vo último será a segurança do utente hospitalar.concentração de partículas totais (classificação ISO- Eng. João Santos, Validação de Salas Limpas da Tradelabor 35 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016

Magazine CENES | ENTREVISTA Prof. Dr. Carlos Robalo Cordeiro Presidente da SPP36 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Como surgiu a Sociedade Por- bagismo, na poluição atmosféri- méstica, ocupacional e ambien- tuguesa de Pneumologia e qual ca, na vacinação e na correta uti- tal e das infeções respiratórias. tem sido o papel da mesma na lização de antibioterapia, como Um dos grandes desafios recen- prevenção das doenças respira- igualmente numa indispensável tes da SPP é sem dúvida a sua in- tórias dos portugueses? aposta no contínuo aperfeiçoa- ternacionalização, que passa por A Sociedade Portuguesa de Pneu- mento e modernização dos ser- um novo posicionamento e por mologia, surge em 1974, pela ne- viços hospitalares, numa mais uma maior abertura para a Euro- cessidade sentida por diversos eficaz interação domiciliar e na pean Respiratory Society (ERS). profissionais que se afirmavam disseminação da acessibilidade como expoentes na prestação de da população aos cuidados de Os grandes desafios cuidados de saúde respiratórios, saúde, que constituem exem- centram-se na aposta com o objetivo de promover e plos paradigmáticos aos cuida- na prevenção da proteger a saúde respiratória dos dos respiratórios domiciliares doença respiratória portugueses, apostando sempre e a reabilitação respiratória e, na educação e na formação pro- globalmente, na promoção da Tendo como fundamento nucle- fissional, através de estímulo ao qualidade de vida dos nossos ar a promoção da saúde respira- desenvolvimento de estudos e à doentes. tória e enquanto sociedade cien- divulgação de todos os assuntos Quais os maiores desafios ou tífica, a Sociedade Portuguesa relacionados com a patologia res- dificuldades e quais as gran- de Pneumologia foi, é e sempre piratória, sob qualquer aspeto ou des conquistas que já foram será o reflexo da capacidade modalidade. feitas pela SPP? de intervenção dos seus asso- Nos últimos anos temos procu- Os grandes desafios centram- ciados, num país onde a saúde rado assumir um papel relevan- se na aposta na prevenção da respiratória não deve nem pode te na resposta às necessidades doença respiratória, de que não ser ignorada, pois representa urgentes na área respiratória, é demais salientar o papel de re- um significativo impacto na saú- não apenas numa perspetiva levância nefasta do tabagismo, de da população. preventiva, com enfoque no ta- mas também da poluição do-

Magazine ENTREVISTA | CENES Dr.ª Ana Oliveira Coordenadora da Comissão de Técnicas Endoscópicas da SPPNo âmbito da Comissão de Téc- com o doente. O reconhecimen- mesmos em exames de diag- 37 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016nicas Endoscópicas da SPP, a to da situação é importante uma nóstico?temática da esterilização e re- vez que uma pseudo-infeção A sensibilização não deve serprocessamento dos dispositivos poderá determinar o uso desne- feita aos utentes, mas aos pro-médicos tem sido abordada? cessário e inadequado de antibi- fissionais que diretamente in-Apesar de ser um tema muito óticos. tervêm nos referidos exames.pertinente, nos últimos anos Assim, para além da adequada Tantos os médicos que execu-não tem sido abordado nas reu- limpeza e desinfeção dos apa- tam os exames como os enfer-niões da Comissão de Trabalho relhos, bem como dos aces- meiros que assistem na realiza-de Técnicas Endoscópicas. sórios utilizados, deverá haver ção dos mesmos devem saberConsidera que pode existir uma vigilância microbiológica as regras de correta limpezauma relação direta entre a qua- de eventuais surtos em cluster e desinfeção dos aparelhos.lidade dos serviços de esteri- de organismos detectados por Deve ser também da responsa-lização/ reprocessamento de broncoscopia. A deteção de um bilidade dos médicos que execu-dispositivos méd­­ icos e as in- cluster de microorganismos em tam os exames e que controlamfeções decorrentes de exames doentes submetidos a broncos- os resultados obtidos, de mododiagnóstico? copia deverá determinar uma in- a detetar precocemente umAs infeções ou pseudo-infeções vestigação de modo a apurar a eventual cluster de infeção.decorrentes da deficiente limpe- origem do foco.za e desinfeção dos aparelhos Estas situações são muito raras Deve ser tambémde broncoscopia estão bem des- e só são passíveis de ocorrer da responsabilidadecritas na literatura, sendo situa- quando as regras básicas de dos médicos queções raras. As mais frequentes limpeza e desinfeção não são executam os examessão as pseudo-infeções, ou seja cumpridas. Na generalidade e que controlamcontaminação do canal de traba- das Unidades de Endoscopia os resultados obtidoslho por deficiente limpeza ou de- Respiratória os aparelhos sãosinfeção que se traduz por cultu- reprocessados por pessoal trei- A SPP, através da Comissãoras positivas em colheitas, sem nado (usualmente enfermeiros) de Técnicas Endoscópicas, po-existir uma verdadeira infeção, o que minimiza a possibilidade derá intervir na organização desendo que na maioria das situ- da ocorrência deste tipo de in- sessões de sens­ ibilização paraações os microrganismos não feções. médicos e enfermeiros que es-chegam a entrar em contacto De que forma pode a Sociedade tejam envolvidos na realização Portuguesa de Pneumologia ser de broncoscopias, não só das um interveniente ativo na sen- unidades de broncoscopia mas sibilização dos utentes, para a também de blocos operatórios importância da correta esterili- ou unidades de medicina inten- zação de dispositivos médicos, siva, onde estes aparelhos são no que respeita à utilização dos muitas vezes usados por não- pneumologistas.

38 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Magazine CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS Reprocessamento de endoscópios - I A importância da desinfeção de endoscópios Todos os microrganismos patogénicos e, ocasionalmente, aqueles que em condições normais não o são, podem produzir diversas infeções, se forem introduzidos de forma mecânica no interior do organismo, seja a realizar uma técnica cirúrgica, uma exploração invasiva ou simplesmente uma cura cirúrgica. Por outro lado, é muito importante ter em conta que as intervenções, explorações, curas, etc., se realizam cada vez mais em doentes com idades muito precoces ou muito avançadas, e por vezes com graves problemas associados. Estas infeções nosocomiais são um dos principais problemas com que nos deparamos atualmente a nível hospitalar, com graves repercussões, quer económicas, quer sociais.

MagazineREPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESE ntre as medidas com eficácia compro- D.- Secagem, que se realizará imediatamente após 39 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 vada na luta contra estas infeções no- o enxaguamento, para evitar a formação de man- socomiais encontram-se a limpeza e a chas na superfície do instrumental que acabariamesterilização. A equipa de enfermagem pode e por produzir corrosão no mesmo. Uma secagemdeve ter um papel muito importante na preven- defeituosa, com a existência de gotas de água,ção deste tipo de infeções, mediante a realiza- pode conduzir a uma esterilização incorreta, umação da limpeza e esterilização dos materiais de vez que as gotas de água podem atuar como bar-forma metódica e precisa, dando a cada material reira protetora sobre as bactérias.o tratamento mais adequado, uma vez que estastarefas são atividades muito ligadas à prática de Uma vez limpo o instrumental, procede-se à este-enfermagem. rilização do mesmo, de forma a evitar o contágioNão deve esquecer-se que o material endoscópi- com vírus da hepatite B, C, VIH, etc., que se po-co é um bem comum, que tem um custo muito deria produzir através de picada por parte do pes-elevado, e que a sua má utilização ou tratamento soal que o manipula, ao colocá-lo nos contentoresinadequado encurtam a vida do mesmo. cirúrgicos.Por esse motivo, a Pentax Medical está envolvi- Limpeza mecânica elétrica (máquinas de lavar)da de forma ativa na formação e no seguimento As máquinas de lavar elétricas possuem, geral-destes processos. Além disso, a Pentax Medical mente, vários programas, sendo estes cinco osinveste no I+D para modificar os seus produtos principais:e facilitar a limpeza dos mesmos. Através de um - P ré-lavagem: programa útil para instrumentalrigoroso protocolo, certifica que, com a utilizaçãoadequada, os endoscópios serão absolutamente muito sujo.seguros e livres de infeções cruzadas. - L avagem do instrumental: nesta fase, a tempera-A limpeza pode ser realizada de duas formasdistintas tura do interior da câmara não deve ser superior a1. Manual. 45°C para evitar a coagulação das albuminas que2. M ecânica, com máquinas de lavar elétricas ou permaneceriam coladas à superfície do material e que acabariam por o deteriorar. por ultrassons. - Enxaguamento: nesta fase, a temperatura deveA limpeza manual compreende quatro fases oscilar entre 75°C e 90°C.A.- L impeza do instrumental, com o detergente - D esinfeção térmica: a 90°C durante 10 minutos para prevenir doenças profissionais na manipula- selecionado para tratar e dissolver a sujidade. ção do instrumental.B.- Escovagem com uma escova de cerdas não - Secagem do material. - A tualmente, a tendência é limpar o instrumental metálicas (as cerdas metálicas podem danificar o máximo possível por este meio devido à sua o aço) com a finalidade de libertar a sujidade. rapidez e eficácia, para além de que o pessoalC.- Enxaguamento com água desmineralizada (as de enfermagem apenas manipula o instrumental águas muito duras podem produzir manchas contaminado. no instrumental e, posteriormente, corrosão Escolha do detergente por picadas), sendo o enxaguamento reali- Dos múltiplos detergentes que existem no merca- zado de forma minuciosa e com água abun- do, a escolha do mesmo faz-se com base no seu dante, para remover os restos orgânicos e o poder desincrustante, na facilidade de penetração detergente. Não existe uma boa limpeza sem até aos pontos mais inacessíveis, eliminando san- um enxaguamento perfeito, uma vez que gue, secreções, gordura, etc., que seja eficaz em qualquer resto de detergente atuará como águas duras, que não forme placas calcárias, que barreira, impedindo a ação do agente esteri- seja de enxaguamento fácil, que não seja corrosi- lizante. vo e que seja facilmente biodegradável.

Magazine CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS40 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 O que é a desinfeção? rial em solução desinfetante, deixando a referida A desinfeção consiste na destruição dos micror- solução atuar durante 20 a 30 minutos, sendo o ganismos patogénicos e de inúmeros saprófitos. material depois depositado num recipiente com Deve desinfetar-se todo o material que vai estar soro fisiológico ou envolto num pano estéril para a em contacto com mucosas ou pele não íntegra sua utilização. dos doentes. Segundo a FDA, os desinfetantes de O profissional de enfermagem verifica se o ma- alto nível são substâncias químicas capazes de eli- terial está perfeitamente limpo, uma vez que a minar em 15 a 30 minutos os germes patogénicos presença de restos orgânicos inativa a solução, depositados sobre um material inerte, alterando bem como se a imersão do material a desinfetar esse material o mínimo possível. Esta destruição é feita corretamente, ou seja, que não existem abrange toda a forma de vida vegetativa, bacté- zonas de material que não estejam em contacto rias, fungos, vírus, etc., menos as suas formas es- com o líquido desinfetante e que este não está poruladas (esporos), exceto se aplicados durante fora de prazo. longos períodos de tempo (6 horas ou mais) em Uma falha no processo de limpeza e desinfeção solução integral. pode acarretar consequências negativas na pos- Dos diversos materiais utilizados como desinfe- terior esterilização do material de endoscopia, tantes de alto nível, existem atualmente dois mais favorecendo a transmissão destas infeções. Daí conhecidos e de eficácia comprovada. a importância do cumprimento rigoroso de todas O glutaraldeído a 2% e o glutaraldeído de fenola- as fases do processo de limpeza e desinfeção por to. A desinfeção realiza-se por imersão do mate- parte dos profissionais de enfermagem.

mine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente. Magazineácia Anti-Microbiana contra largo espectRroEdePmRicOrooCrgEanSisSmoAs MENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESroactividade na Prevenção da Infecção Hospitalarcesso validado e cLoíndtroelardoGamlobibenatallmnenoteControlo da Infecçãocações: UEnsitdeardileizdaeçCãuoidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Litmrepausm, milhão de objetos submetidos a esteriliza- Ensapadçeosstnrousiçqãuoaisdfeoratomddaetecpçt-ãea6odloo. sTqauleé, praticamente impossível de demonstrar,aços na prática, consideramos que um objetoBiodescontaminação 10os. Críticos e de Risco elevado, e em estéril se este processos de A esterilização consiste (aosfoerm®spaSoisrdtoeesmvsaiãdeoaSemmrviiciçcroroodrbgeiaaBnnioiasd,mesioncoscnlumtainmadiisonar®çeeãssopisAotmeronbs-ientaamlperetisdeonataosumdiveesrtsaodso tiver sido sub--PRO maX & V-PRO 60tema esterilização e detraeEdssiataeçorõiEEelcfliiisazcm)álai.ocnçieraã,oAonbrtisie-dcMmoeicdrBeocibanoifaimexncaaçocãToonaentormaasolgapcreogemonrteiaaesltp.sueMcratqaxroiumHdíimez2emi0acics2oreosgaourrge5aan9nçis%amatdooosedDqoouesniptoeas. da central de esterilização tiver validado controlos realizados no processo.mente a suNaãeofiécápc+oiaPs.rsoOíavpcettivilmiddaiezdemnooa snPerseutvrecanuçrsãdtooedaofpIonerfemrcaçcaãiooeHnfioacsla.piztaloaresta- É muito importante ter sempre em conta e res-ou 136 Litdroose, s12téorPuirlod2ce0essLuoumvmalimedanadsotpeeorciraocnl,ticrqollouad,eoPrlaapmsombrieqanutFaerlmeoees.ntme eios de peitar as recomendações relativas à esterilização Usaqaurp+eredRsiáseppEAnidsopçplomiaacça+ooçdsõsVeeCesnrr:míãtsUicáoniotciidsslraeoã+dordeEgedscaReuonisCfnciiusoócimdimeealedonivcosatosdeIovn+s,tievepSnoeaesmsigrvaouEnsrsd,oupBeaml+oçmocTosoorsnnaboOnsjspeqtqertuuraoaailtr,ioósrfioorsadb,mSoeamdlamesteLcacimottaepmdraoisoas, l indicadas pelo fabricante na etiqueta,ácil de o cumprimento da norma CEE corres-nologia údneicpaaerapnaSdtuerotno-tnse.oasdacdoembafaixlasotesmnpeegrattuivrao,sb,aqseuaedrapeomrqpueeróxidpoodnedente, eliminando todo o material de utilizaçãoV-PRO maX & V-PRO 60oogsiétinvioosvmocapoémondrtieicazosamsmdiotneoaarmçpsãreooocscoeien, qssvíusoveoeluipsnd®,eteprámrroviilaetoe,rniorfgeincapdnarodçecoãoeoasmspsauraroatcdevoiurdmizaailrfúipaataibl.ruileimdcaead®e oús nica uma vez utilizado. não estSéirsitlemquaadnedEostnerailirzeaaçlãidoaddeeBaoixeasTteám, pdeerpataurraanH- 202Coar5té9s%Ridaura, L.-D.U.E. Supervisor da Central de Esteriliza-cações: Cdeon-ntroaiss dceoEmsteurmilizafçaãlsoo, BploocsoistivOop.erAatóersiotes.rilidade de ção donsulte a MeuasmtrsizeodboejbeA6Cj0uteoomotmuoefnp1at3neaz6tãaiLborsietuirlaiofedesesa,fri1dtêc2áeánocvcciuaaio.2alOi0ndptàLatauidmmmpaiezripneonesboalpoadsoesboruicF.lciiacudIblssoatr,toidPocoelaapsnsemdtirgeaaecsnFioriqefnieuac.lea. Hospital Geral Universitário de Valência Dr. Emilio de la Morena,. Chefe do Serviço de Endoscopia dow.steris.cqoume/pproodd+ueFcmátcsiol/ddseeeUvinscacer om+nRatátrpraixdrou+mVerosábtijle+tEoconnãóomiecos+téSreigl ueron+- TranHqousilpoital da Zarzuela. Tecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido deystem 1® Expresshidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os Especial Endoscopia dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil. Reprocessamento automático detema Único deApEliscatçeõreisl:iCzeançtrãaisodenEostePrioliznaçtãoo, dBleocoUssOoperatórios. Endoscópios.der GlobLaídlenr oGlCoboanl ntrooCloondtraolIondfea cInçfãecoçãoá1p8idmoin+uStoesg,uerloim+iCwnRoweenwnasu.tscaltteoebrniiasli.tMdcaoaammtdriie/znpdranoeçodCãuUoocmtssco/prdaudetzviebiacilEdeidmnaaddaeteornivsxtacrleóidpaedixoaaspme+leoVsseFdaresbáreictinalndtoesscopia.BSyiostdeemsc1onEtaxmpriensasrodutividade entre Exames® Especial Endoscopiaiodescontaminação 1çã0o 10-6a Endoscópios rígSSidiissottseemme faaleeÚxnSíveiecriovsideçoetoEddseoteBsriiolisdzeadsçiscãpooonnstioatimvPoionsnamtçoãéoddeiAcUomssbosiuenbtmalergíveis -6 Reprocessamento automático de Endoscópios.mteemseameluSmeervnisçoEmd1e8 Bmiinoudtoes,seclimoinnetaacmonitnamaiçnaãçoãoAcrmuzbadiaeennttraelexames de endoscopia. Aplicações: Unidades de Exames E+liRmáipniedoo +risSceogudreoin+feRceçnãtoabniloidsaodceomnoiaUl.sMo adxeimEnizdeoascsóepgiuorsa+nçVaedrsoátDiloente. Especiais com Endoscopia (Urologia, E+fiPcráocdiautAivnitdi-aMdeiceronbtrieanEaxacmonetsra largo espectro de microorganismos Ginecologia, Gastroenterologia,®mine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Reliance EPSácia Anti-Microbia+PnaPraarocEanocdtniovtisdrcaaódpleaiorngsaorPígreiedsvopesneeçcãftloeroxdívadeIiensfeemctçoicãdoroosHooorssgpdaiitsnapliaosrsmitiovoss médicos submergíveistema de DesinPcforeomcceeçsssãoeomvadlluidmeadeAonsletcoonNtroívlaedol apmabrieantEalnmdenotescópios Flexíveisroactividade na PrAepvliecanççõãeos: dUanidInadfeecdçeãCouiHdaodsopsiItnatleanrsivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, PneumApolicloaçgõieas,:CUanirddaidoelsodgeiaE)xaemBelsocos& Reliance EPSongue a vida útil Especiais cOompeErnadtoósrcioopsi.a (Urologia,cações: Unidade Ginecologia, Gastroenterologia,caeqssuoevaaRlidealidanoceecEEosPpnSatçrtooeslmaCdríuotimcaomsseisbdtieemnRtisacloúmnee®liecnvotaedsoe,me ecmoEnsepaxçõoessncoos qmuaEisnfodroamscdóepteioctsa?dos Pneumologia, Cardiologia) e Blocos SSdduioesrtstoCesEmu.nidadaoddseocDsópeInsi®otinesnf,eOscivpçotãisom, BdizleeoAcooltcsouONstpíoveerdlaeptóamrriaaonsEu,nStdeaonla®sçscãóLoip.miopsaFs,lexíveis 41 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016V-PRO maX & V-PRO 60meaoigçnsuoa.rçsoãCo+rídtTiarcaodnseqseucidlooenSSP+atrRiosabitlmiEsoaeccnqmiognuuaaneeeçóaldeaãmRevoveaiiEdlcmidaasonotúaec,tneirleiudElieaoPzlSmsaEtçenEãmdsoopusdamceóçspoBiisosatesin,mxOoaaspTútqinemiumcizaoepisseoefrmcoaurtcsauotmornaedxdeHõeme2ts0aecnc2outmtaaedn5Eço9nãsd%oo.scópios? Operatórios. rocessamento auA+touSmmegeáuntrtioeca+osTduraaenedqfiuicsiálpocoi+as.EiOtcivpootnimósmimziecéoodsiecuocsucstoomopeersaecimonalul.mens.-PRO® maX & V-PRO® 606El0imoiuna1ç3ã6oLditarodse,s1c2oonuta2m0inLauçmãoenms apnouracliclo, Plasma Free.ntwseu.smltteeariasd.MceoamEtrsi/zptedroerdi+TRCClueeioFcozcpnánrmtascoosuiçlc/lplotddeãegaseeiostaaUvaibMmúiscdianaleeirietdcnrm+iatazoBRdeadaáateepupraiitCivxdxtoeaoomanlmi+tádeTptaaViacededtoiarmbasdidáleiptedpiledabe+dilasoerpiExsaovcaasoFttilnetuaidimvóbaromdrpasiaeiccmrHpaoaéetn+ud2lotriecSa0so,esF2bgs:aaubcsarroeoicma5a+dnea9Ttrese%aesmn:mqpuleuilrmoóxeindso. demente a sua eficáchwiiawd.rwoOg.séptentriioms.vciaozpmeo/ropizraosdedouucactssue/dcseotvo,iqcoeumeppeaterrraixmciitoenreaplr.ocessar com fiabilidade osou 136 Litros, 12 oduisp2o0sitLivuoms meéndsicpoos trecrmicolsoe,nPsílvaesism, paroFlorenega. ndo a sua vida útil.aánoe1ctocge2illtéco1odn7hgseii9oa|HU6Dvúse8aeanaprs0ilciot+8nahr1fiReezc|caáapiçdpnr+PBaCwA+PVãoeifirdtrpo3o3iowoeetlo55daTn@aijwvnce11&esteeas+cu.tsve2s2çceecntliEct1t1oõoteacçVen7has7snerãdoetia9thsts|H9oeeaa:r,6.DM6comsrecC8qe8oideáaallheiums0iontte0lCznir.tie8na8pil/tgaohzbç1frp1t+eçapcnãidra|cei|oo|ãatseeiiçEnrxdrsowirdAnCãoefcuamoeofmwol|cooT@otEmt&@ibBenewstsvide/cipetmióEvodte.nnaaiasvtemrrdtttaphiievieealIttbienoieazpirelccicisaclfl|lrhteriiohodceçeazo.mRp.ãagaçtocpcet+oduçaãithnpee|ãte,or|rr.sowtBSasiopvxawls,ewac|otmaelwbBgciwdsrioawuiso.anvcass.rddivmaeootOeaiatçasmeatpp+ceãndteeeocotarlcfoThnoaihr.attsedp.aóapbmFetrntaiioDlqibinspdirusa.iecpaçialodrãonósoeittxeioivsdosos Mdéedicos Distribuidor Exclusivo ositivos médicos termosensíveis, pro®longando a sua vida útil. Distribuidor Exclusivo Especial Endoscopia

42 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Magazine CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS Reprocessamento de endoscópios - II A esterilização como um eficaz método de prevenção Os Procedimentos Endoscópicos são métodos utilizados para diagnósticos precisos e terapêuticas invasivas em várias especialidades, incluindo a urologia, gastroenterologia, oncologia, ginecologia, pneumologia, entre outras. O risco de infeção em ambiente hospitalar é considerável, dependendo do tipo de procedimento endoscópico e principalmente da eficácia do reprocessamento. “As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) incluem-se hoje entre as complicações mais frequentes de hospitalização. No início da década de noventa o Harvard Medical Practice Study constatou que, só uma IACS era a segunda mais importante das complicações adversas em doentes internados. As IACS apresentam muitas características que as tornam uma componente crítica de qualquer programa de segurança do doente.” (1). Desta forma, os endoscópios usados em hospitais e clínicas, podem ser fontes de infeção cruzada, quando o seu processo de reprocessamento não for efetivo. (2)

Magazine REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESA partir da década de 80 a infeção hospitalar Segundo o Plano Nacional de Controlo de Infeção, teve um aumento muito significativo, cha- as precauções padrão “… constituem uma estra- mando a atenção da comunidade científi- tégia de primeira linha, para o controlo de infeçõesca, que procurou validar e padronizar a utilização associadas à prestação de cuidados de saúde. Sãode agentes desinfetantes, antisséticos e esterili- um conjunto de medidas que devem ser cumpri-zantes. (3) das sistematicamente, por todos os profissionaisJá na década de 90 começam a surgir as primeiras que prestam cuidados de saúde, a todos os do-comissões de controlo de infeção hospitalar, que entes, independentemente de ser conhecido ovisam a sua atenção nos métodos de vigilância seu estado infecioso. São destinadas a todas asepidemiológica e tentativa de prevenção da infe- pessoas que tenham contacto com os doentes emção hospitalar. Em todo o ambiente hospitalar, a todos os locais onde sejam prestados cuidados depreocupação com o controlo de infeção passou a saúde, seja qual for o diagnóstico ou a suspeita deser um ponto fulcral e constante. (3) diagnóstico”. (6)Assim poderemos afirmar que o reprocessamen- Considerando todos os doentes potenciais fon-to de DM reutilizáveis acarreta complexos fatores tes de infeção, todos os acessórios utilizados nosque necessitam de considerar acima de tudo, a procedimentos endoscópios devem ser reproces-segurança do cliente. Para tal, a esterilização e os sados infetados por igual após cada intervençãoseus processos, deve ser entendida “como com- endoscópica.ponente essencial na qualidade dos materiais uti- Desinfeção de alto nível ou esterilização?lizados na prestação de cuidados, com um forte Os endoscópios são instrumentos sofisticados deimpacte no controlo de infeção nosocomial e no utilização, sendo objeto de um design complexo,custo do cliente tratado (...) ” (4) de difícil limpeza. (7)Atualmente, as precauções padrão são um con- De acordo com a classificação de Spaulding, dis-junto de medidas amplamente difundidas nas uni- positivos médicos críticos que penetram o tecidodades de saúde, que devem ser aplicadas pelos estéril ou o sistema vascular devem ser esterili-profissionais nos cuidados de rotina a todos os zados, enquanto os dispositivos semicríticos quedoentes com o objetivo de quebrar a cadeia de entram em contato com a pele ou membranas mu-transmissão de infecção e proteger os profissio- cosas podem ser esterilizados ou desinfetados emnais de saúde (5). alto nível. (8) Desinfeção de Alto Nível EsterilizaçãoDispositivos Médicos Semicríticos Críticos 43 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Procedimentos Aplicabilidade Em contacto com membranas Penetra parcial ou totalmente mucosas. a membrana mucosa. Endoscopias de menor risco Endoscopias de maior riscoFonte: Spaulding EH, Lawrence Carl A Block Seymour Stanton Reddish George F. Chemical disinfection of medical and surgicalmaterials. 1968

Magazine CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS Uma modificação recentemente proposta para o Adotar o processo de esterilização, para todos os sistema de classificação Spaulding seria expandir endoscópios flexíveis, será em termos de seguran- a definição dos itens críticos incluindo dispositivos ça para o doente, o processo desejável. Isso pode que penetram tecidos estéreis ou o sistema vascular ajudar a prevenir infeções de doentes submetidos a secundariamente através de uma membrana muco- técnicas endoscópicas, pois a esterilização elimina sa (por exemplo, um broncoscópio permite examinar todos os microrganismos e esporos de bactérias, os brônquios através da boca ou do nariz). (9) que podem persistir mesmo após a desinfeção Até à data, têm sido alvo de um processo de de- de alto nível. A modificação também abordará a sinfeção de alto nível, em virtude da sua classifi- questão de acessórios críticos de endoscópios que cação de dispositivos semicríticos e pelo facto de passam pelo endoscópio e podem ser expostos não serem possíveis de esterilizar pelo método a agentes patogénicos residuais num endoscópio convencional a alta temperatura, por vapor satu- que não tenha sido esterilizado. rado. (7,8) Razão pela qual, é importante considerar de for- Reprocessar endoscópios por desinfeção de alto ma global o reprocessamento de endoscópios, tal nível tem sido considerado um processo seguro. como acontece nos Serviços Centrais de Esterili- Contudo, considera-se a margem de segurança zação (SCE), e incluir a rastreabilidade total nas mínima. Tendo em conta a carga bacteriana nor- endoscopias realizadas em salas de operação ou mal, presente em dispositivos médicos, o método em salas de exames especiais, assegurando deste de desinfeção de alto nível apenas garante uma modo o controlo sobre os processos. eliminação efetiva de cerca de 20% do total de São vários os fatores que comprometem a segu- carga microbiana, sendo que a restante carga mi- rança do reprocessamento do endoscópio, e logo crobiana será irreversivelmente inativada pela de- a segurança do doente, como a zona onde se pro- sinfeção de alto nível, mas continuando contudo cessa a desinfeção dos endoscópios, pesando pela presente do dispositivo médico. (7) qualificação e responsabilidades dos técnicos que Idealmente desejável seria a inativação da carga procedem à descontaminação, cuidados com as microbiana pela desinfeção, adjuvada pela elimi- precauções universais de higiene (como lavagem nação dessa mesma carga, com um processo de das mãos) e culimando nos aspetos relativos aos esterilização. próprios equipamentos (7). Qualquer quebra nes- ta cadeia não só pode provocar a transmissão de agentes patogénicos, como também aumenta o ris- co de desvios de diagnósticos. A Evolução no Reprocessamento dos Endoscópios44 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Automático - + Segurança Esterilização + Rastreabilidade Automático - Desinfecção Alto Nível Semi-Automático Manual Ilustração 4 A Evolução no Reprocessamento de Endoscópios Fonte: CENES, 2016

Magazine REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESDeste modo, os protocolos a observar no reprocessamento de endoscópios poderão ser definidosem função dos seguintes critérios, entre outros: Validação Risco Formação & em Boas Práticas Registos Tempo PreçoNormas Segurança Eficácia Eficiência Protocolos Ilustração 1 - Critérios para a definição de protocolos Fonte: CENES, 2016Os protocolos irão definir, entre 7 - Logística 1 - Usooutros, os circuitos de utilização e 6 - Armazenamento 2 - Transportede reprocessamento nas diversasfases de processo. 5 - Transporte 3 - Limpeza 45 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016As Fases do Ciclo de Utilização e Preparaçãoe ReprocessamentoO reprocessamento do endos- 4 - Desinfecçãocópio está inserido num ciclo de ou Esterilizaçãoutilização e reprocessamento, talcomo outro qualquer dispositivo Ilustração 2 – Ciclo de Utilização e Reprocessamento de Endoscópiosmédico. No entanto, o local do no Ponto de Uso Vs SCEseu reprocessamento pode diferir Fonte: CENES, 2016entre o SCE e no do ponto de uso,o que reduz substancialmente otempo de reprocessamento, dis-ponibilizando o endoscópio parauso de forma mais célere.Neste ciclo de utilização e repro-cessamento de endoscópios, asala de reprocessamento de en-doscópios no ponto de uso devepossuir condições de segurançae eficácia, com acesso às tecno-logias necessárias, para garantir ofuncionamento correto da unidadeda endoscopia, permitindo a boaexecução de todos os processos.

Magazine CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS Processo de lavagem e desinfeção manual o Permite realizar a lavagem e a desinfeção dos endoscópios. Processo de lƒavagReámpideod; esinfeção manual46 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 P•roPcRFEeeáscármcsopoinilidtópdeomae;rreialcaaPovoPlriarzo(uoogpactcoearoeielmriasszasPsalooeaPeaPdveresodimnarerƒƒƒremmgs;mƒƒƒƒƒistlteiaiieiitntPtmaveeuRFErfruaoeRFEFEácieáruçgetcáçcáocecáopaomãeeocoãicpanlialsommiidnolnialsózlpidózdoopaóPepámaodmeame;reamtd/ar;reorirsdaaearcimsaaiucaiƒƒƒencoinlolonaiolosautomfav(iefveu(anvcpue(apRFEuareplçtoafgtçaáceaáitegiãdgaemãlocrlipariçeiloemriaoznalziilcãiadmzmaaózplaooadavoaeaddmaaad)o;rveeiimorod.nniliaoaascinerrasadsaorg;;olssteat;aniedidt(invutnptdiumeuaefttudaeaasuigislriççoiielçipianzdããçnmsaãrfoaeãofdceéoeoeimoófçvneçoerãapsei/a;ãat/rooin/diomoo)tuouedusuaudsaiom.çilonmsãmrefsáoeeedepençedidiãcnd/diooiocodcau)odosoeco)m)sóscsepeóedinpgiocduisooo.r)ssac..ópios. P•roPcRSVeeseeármspgrsoiuidátrsetooielu(m((pPdmreeiriaPsoarauprmclootidoezociensaotmeessdisboiPáosnaiotlesPsdfiizcereeestamocmreoƒƒqmçmoƒƒƒƒdƒƒiu(itãcaoiaeirtPooauseerSRruumtogRSvVESReoáuoomtceeaciágáeopomssemtlgolgpupraaiiemstuddsaunpiorsivádmddároooaráórP)adtootooo;edtemipsgei((cicslrea((pdc((oesompdii(empdoƒƒineicmrdneissdieiso(efritsp(feracpseemrocaepmpouo(mooçoRSlçfupotiricnemãiáosnmãztométaingipoitea)oirecmvbrb;uieamidlballdiaviarvaiaoáaldlaaooiaidadiavatlv))zezdii;llt((ezeaacaasiiipdreodadonqigqgáneioqodaseausepu(ofrpudcotemmdarmiarooidçeaarsretarinmãeugartpgoodpoieodgibiorisseçelristaeviaétstlãéetapditovfevtzsoofevolmeaora)iiomed)a;qmigor)eao;prgame)u;cpm/)dpomuareoaoearorsadugaprodsdoidá.rrsoemotéátopecsofvpiei)ocmdc)ci;ia;idrildacpmoc)ilaocle)ooa;ode))sr);;oáe.spgceiiudcgrlauoae)r.;as.egura. E conómico (para a inƒsƒtituVVieçerãsrosáátetili/lo((ruƒreeamalliViézzeadarddiscáaaotitt)loo.(rddeooaslsizooasdsapprtrooodcceoessssosososp)s;r)o; cessos); CbpçAaoPPãg••rrsiaOdoooesádcPPccNapsnrUSSFFCPPUSoeeeeeaCeqotáánssrereiurrnnpcsueaoouLmmccssfggmiiatiomvvccUsdooiieeeuullriideeeerptteSmnarr((atddeerrssppeooprmátÃsseeissaeaavamelruaa((riCooOierrPPserprdetCmesnllqmaaeoee,optrrlsPPeop.tt(uiPPeooannppptoorpoopgmsrranrerreorlccootceeiottraeiéooooicnorzuueeaacllFoiccrrrclpiiueccznoozfoauzlllemmttassooeesFceimmeeedeFnaesiixazissossllsssooetcssçsãoiiaranooiiãçeenssPPcczzseeottssmãstooss:eçtoãooaeeoaaapeooacPPcceeNennPPccddaoCsãs:ocddr:aoinrroaueerrpEeettddrteeCrroddeCooao:dmmprooeeNndrefeerrnerEçrrEƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒeeeerecoeemcmmmooEmmNederroNfefppmn(ッƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒiieaac))SuoceoACraEnedfttEssedest;rrd,oiieiiietmuueSaeeSormrstuoottaettssPPesem2tiá,,ottmmeáeeeettlnnnsttapPFCSEUUSSFPr0etirrccs22stnáávoorr1enaseocooer1cdFUSFESCUSPPpaoPSSFSCFUPUpao0áiáee0euciirrrtufrneeeevvnnerrscnimmln6orc1rdcc15fdáeáiemooéuooceeáeáieourrruccrerrggururlentaooenneemdssnnstepsi6liiieee6Fifidnooéóefonooécceeggo8liiccevtggpvvcclesuumtntnopçzmatolopiiessláásiielloipssráiuçoiivpívvcceãoeduupiinvpvvacc,eezienuueepm8azmrlldpvrrssróoãlullçaaspsrrttt(auçãsta,eeiteeopmmae,eemrieeporrmóiaooo(ioossmrrrpiierr(eçaor3PPccãiea(arromesãmcoca)lccoco(mpoorrsscrrpçáo:r(ssoossasspirrpaoaçmrãcc);eeoraprclie)ádda.mssossaCparirsoodióttãá(vcssaassooa;oiasatã1rcievneam;aarroriee(e(Eaaamdroopooaa(tleeqs(eaaeiooacotoi(pllmmedrpeircr)iNoqosfoaa(-eacisdrppccellq,sƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒƒsvezrrtistnoddeceaocslluoa4erer,E(sedo(teatocisrueseauugoae,rsossoapot(toa(iireenpaosuaSeapapross(oaooo(otttnpsaesoeaapaossoaoto)r,s)anpaeotteampr(çatteenltoca)aetetpsaoeurea;(tt2sácecotlteápi)aorupeoraatetlelcoereteppuiãdtomaUPFSUSSECFPapuepa0lisoelegruierorprtvptarzaurrlonrormtusiitrze1laurlpdááeeiucrrrrmolaurlorotsrrsatemospdietoznneumrmimsotsamoiedo6asmlimldaifeoodéteotdmccelggroitsieltmosteoslmmimitdpasdliiesdtfiroeileátmtieifirlloimiiivaçpvvacceseauunndizezaoninpiliizcfoillirempeillreeimiumçeeoitozatttio,eeniszieepztmmioaonisimlriarróemoeaãevd(azodãrzíteazdoennoteioanismdnáenNaáNaosr(aoosssrrpf;çcrcvdzcíaemçcçnane)ianiáNoaopor(scoáeossssiacoiiivedãttttddctttte;nçooaaiecerramoooãeopaoãiporldr(ddiaadoodattdtttenieeeieeoesnasosier(ioroãepdrporeoeoqssdecmaicmcloecieerolln)rnrrrsnzroooeecteamcoesocoee,dcsmsttdlreoporusonmarpepraoiuoam(opr(raoo(uac:esaaóa:ossoadnoaósrnptpnoprsmpraao)uacaeo()aeeeacrua:)uarcaómrmtue))au)rriocmarim(ttp)ic)--acteipofauóepordtue)ouulsrac;dómrompceta)ouastd;itloeupiepenttauóoriorrouts.tz;uruspaoeceoieotctla.ltesopaoc1eomcotstmeoeoesomimi1acd.sidpaocoeeoetctcelvrsiinsomim1soçesse5sfinirmelmmioçaçso5eanoioeezeonisdosinilmmiómesmeeãcgOdtObborso5tczsetioms8ossãaossãsdáozásrísie8mnsnsenasáNaeosospisárcáaeóvartss8csç8aiisasoaeaásáosrtoásstticdttddt8czeiodaáaerrooãepttiirstoccrdp8dciraeeiieed3raásntreotutgeooeodeceócmcdarierlio3rrreindrereteoooncdiriaiic3rcsesrtrt/ptoieirsomp;raoomtuuac(cosncin1:erpaóeilsront/étnaiosocie)otoacneoccrs1iu)uortfcimomotl)icreil-so1spcoztioiaóolovoteidooussdofod;csacuesdoa(taotd4tli-o)fiziauovil.elo.-bfdaapzaocnueoierd)ctovd4vrsoeonao1eopda)odaesd4roiç;)saoema)emlsilnmcvrmooçaasos5)seeápvroaaivsiororç)ã;ooemsremmerltsçcã;dooa.mgl8aáasipasrvamcãseáaiáosanibrtãodourotpaiecgte(8daaosdpaágttieadióadotnradpediIsioadopadsireosim3rmedaidarepatoFeigcddtcideroptpeiiátnpidodcoosam/dteiioodtoecsomUe1iepodoidloipvsosacoodoprdoi;ocfoooqolo-sgz(ieoveeáemoesrdoedapuuodssd)d4ooo)cseead;sduoa;).grvr(toeavoeie(e)teareçe;en)pmvmeiclseiedaeccuedordádiidd.crgãrgptdndoddaaaegdeanaepeenreeiemoeaeeaueaduparcdederocadêtrmnieddtdnrcdsnséuddredéoermeeaeieooeisvináeididpoadieos)mdaopvconreccrsrcmncssnsedoctocscoosieon;osiiaeódiafeicsn(asedpaesedmopanincc)ecdcesrdcsesótadfpece.gci)oadoódaaiófadecçfenccceoee;pesonuiomdegerãuorórsón)aseópdepeoxrismeoeteaaççuoccom;dpeodlpapepiiosrcesneuããuooóóeedocidssiiepiiiioaossrdpvoagnoosoommcu;;;pplldsiecareepoaaódsfcspçussioiaenlppaecrvsóoav)doapãaeep;;ddiomaçsoicaarpaoaivoseslaoãuoóeelefsloccio)daa)daoatom;rpalsiciiieuveotnveoexsiospiffvoairta;daapsivnaeaimsellvrtcors)daiperozciovo.eiurifazccaeoçaçoemncõrãtmseeeéoesmsedsadsdnimecaadadomsecoaeançsedpdftõiniaaocrfetreaá.opas---asso de REFERÊNCIASCoAnáclruesaãode replirmopceezsasaemdeensitnofeçdãeoveouseesrtecroilinz5ac.çePãbooirtdquaugaelp.mMariinnaiismtuéimzrieoadaaepSxoaetúecdnuec.çiDãailovipscrãooopndaesgcSaiçaeãúndoteedAemdabegieencntaatdel.saPlpapnaaotosgséonidcoes 1. Pina, EIlnafiençeã; loSiAmirlveápalareceMziaoaanrdaieadeaGdroecerosepmietnrin;oftaeDcreeçapãsroSesossaildvtmoaaiçsu,epãEnooedtssudoittaeievrddorceoiusl;viiedzeUaaovdçssaoãe,psoraAdcncqei-eounnetceemsb.dDiienGdgSiame, s2pit0zãa0eor7adcae. u1rpe1mos2íatdpeu.enoISsxcBeihaNcolus9ppç7iãt8rao-ol9ap7rcea2os-g6nea7ms5çc-ã1iceo7en1n-dtt7reeosdadgeeescanaútddeeas. Lppisaabstosoaog: édneicos tónio. MVpFVsrra.oe4oaúl6ifc2bdihl8eee–a,r:odngNifo.neººf,rf1l4,eeAçAleM–x–lieõimnbeOJoxôeellaáutainnesspmnnrntritc.eedeedt/eradpnrrairezra.eeeodeeoaczO;oss/ozo.oJPsdppar2seudcsiriemo0nonedied0ipnshndeãi6riepotonssesdeetpáodp2sadepsivo0s,iososanrei1iAssdbOsinnotnf0iiinfoaigsestptecv.fasusiiaecç;vvoeírcttsnãçCoseoaisiéeoeeãossdossnuncaeopanast.eneiotmeosnoiIpiojnnsooucoetsrefwus,osmcoesáPnpioeçscrpvepaútõaeesebausoraedptcvrgiltcsaoseciiiieeidcmze.iderNiorlteêMlnioineéiesalonnlitncinitvszcczetenetoraeirhaeoaosiesccocççss.sb.opoosããs.imnnpopsreoohliooaotiraeaprgcqrqilacessieecciuu.-.laposoeetsrnuoarmca76cmemele..piizJhSGIesinbrennausdepoe:inaçn.emaidcoLãmmgulteDraaoiogilnsdiezwMiseszideneniparnidFeaecntgmfa.oahsneedCEra.acecodaHheeptsneiielocpr,o;tCnmeounoLoBtapt,daemierrtcywsdolineia.ztlaAeeserlc2enendcri0sciBnahieleó1sic(izlolni6oaxbpaenfdcpeftolfi,ikeCoooracpcUoasnssSutcrr,lpielropçóoiadayAknãrpnpmeágeoiodB.aotavofilHgspcoçeumcarcaãyrmeodkegsoçSs)ednieãSetvaiascndresoefnvaceeyeimatlm:imogdtaeiTnaonuoendhsgnduiReeetr.resaeegPumSlndguoahrtdtoigaeadisreilminsaxcneshdtaiairotmnelsepenGcglmpicasezRrhAaoaoetdietacporrmcedag:ehogradeiimLlaemétlipeesloFnsnhsaeaa,.gdincseéadosfnçaioscõçiácõedcoeiseass 2. memenrteolasçdãoosatorbasOabasasrlethirgaaedodsosaprmesoséneedsmmiácovce-ehevionsistdrpotêitésancldacnerieiacmssoaesptsetarepirareaillilezoaaedtsuortesae.prliDilrzizoiasacsççeeããroso-sadma8.seR&nduFttiaoreleabitdgWreeiAzr;e.e1Es9nR6(dCb8oP:o5s1sacc7sóo-5ppp3eiro1sá.:staicdnaeeesvd)eamtofismhsieftdgfueroimrmdaaisxsiinmrfeecicztoiaomnreteomnsdtaeariçe- õfiecsácia 3. 4. tação MdeamnueOasltdserbaoaNdrsosoee,srsmBeaprduaaosassnísdlpisaeerá.Pom2vr0ceo0ecei6sedvdiiidmtméêeecnnnctotiicaososspsapnraaopruearmeloapStrueroraevclpiiçezorsaosCçcaãeemnos- esdanamstodePli.zianarntetieootlnro?ifzdMteheseeeM(etbinneogddaiocosafsltpDhcreóeávFpticDiiceoAasssGA)addasvetifsrivoomeerynmtdCeeoromslmoemggayituxtaeiinemrd[tiUrazarasnorsloecrgremiypctD]oa.eAmvenicfneeiacns-ádcaiações D GS. tral de Esterbiliazdasçoeãsao.ds2ea0us0s1epmroecevdidimênecnitaosspnaorareaptruoacleizsasaçmãoendtaos. polis, MD: Free State Reporting, Inc.; Meeting date May 15, 2015. eficácia diretrizes (boas práticas) afim de maximizarem a dos seus procedimentos no reprocessamento.

MagazineSISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA | CENESV-PRO® ™ Sistemas de Esterilizaçãoa Baixa TemperaturaINTRODUÇÃO O sistema consiste, pelo menos, no esterilizador eForam desenvolvidos, até à data, um número de pro- esterilizante VAPROXTM HC e V - PRO . Os com-cessos de esterilização por peróxido de hidrogénio ponentes adicionais incluem indicadores biológicos,gasoso, incluindo os habitualmente referidos como indicadores químicos e materiais de embalagem. Oesterilizadores ‘’gás de plasma”. Não é claro qual o esterilizante VAPROX HC consiste em peróxido depapel que o plasma desempenha na “esterilização” hidrogénio líquido, o qual é usado para fazer o peró-da carga (por exemplo, tal como descrito por Kre- xido de hidrogénio gasoso (peróxido de hidrogéniobs et al4), mas desempenha um papel importante vaporizado também conhecido como VHP®) duranteno processo global para garantir a segurança (isto é, o processo de esterilização. O sistema é vantajosopara remover resíduos). uma vez que só utiliza peróxido de hidrogénio ga-Como alternativa a estes processos, têm sido de- soso para a esterilização na ausência de qualquersenvolvidos verdadeiros sistemas de esterilização outro biocida ou a energia (por exemplo, plasma) depor peróxido de hidrogénio gasoso. Têm sido utiliza- origem. O esterilizante VAPROX HC é um proprie-dos sistemas semelhantes ao longo de mais de 15 tário, 59% esterilizante peróxido hidrogénio líquidoanos em várias instalações laboratoriais e de fabrico, contido num copo multi-ciclo que foi projetado paramas só recentemente aplicados para aplicações de o manuseamento seguro e fácil.esterilização hospitalar de rotina. Estas são as séries Os esterilizadores são concebidos com três ciclosdo Esterilizador V-PROTM e são descritas em por- de esterilização semelhantes, validados para permi-menor no presente relatório. tir a esterilização de uma ampla variedade de dispo- sitivos médicos:O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO AMSCO V-PRO Ciclo Lúmen: usado para esterilizar instrumentos, 47 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016O Esterilizador V-PRO maX e o Esterilizador V-PRO 60 incluindo aqueles com espaços de difusão restrita(Figura 1) são as mais recentes adições a uma série e lúmens internos em aço inoxidável. Este ciclo éde esterilizadores V-PRO destinados a serem utiliza- especificamente projetado para garantir a esterili-dos para a esterilização terminal de limpos, lavados e zação de endoscópios lúmen rígidos e semi-rígidos.secos, metal reutilizável e instrumentos médicos não- O ciclo validou pedidos de dispositivos lúmen ca-metálicos usados em instalações de saúde, incluindo nalizados em aço inoxidável individuais, duplos eendoscópios cirúrgicos flexíveis e broncoscópios. triplos. Ciclo Não Lúmen: Um ciclo rápido utilizado para esterilizar instrumentos não-lúmen, incluindo aque- les com espaços de difusão restrita feitos de aço inoxidável, como a porção articulada de fórceps e tesouras, óptica rígida não-lúmen, endoscópios Da Vinci Si ou Xi, bem como outros dispositivos sen- síveis ao calor, tais como as pás de desfibrilação, pinças bipolares, baterias e cabos de luz, etc.Figura 1 - Esterilizador V-PRO maX, Esterilizante VAPROX HC e Ciclo flexível: um ciclo rápido utilizado para a esteri-Esterilizador V-PRO 60. lização de endoscópios cirúrgicos lúmen e flexíveis, como os utilizados em otorrinolaringologia, urologia e atendimento cirúrgico e broncoscópio.

Magazine CENES | SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA São mostrados exemplos de cargas comuns na edsetergilaidraadnetiadedaecoersdtoecriolimdaEdNe 5(S56ALe)udme n1ív0e-6l,ddeegaarcaonrtdiaode esteril Figura 2. accoomrdoAcNomSIA/NASAI /MAAI MSTI S6T767e. EN 556. A fase de este- rilização consiste em quatro impulsos de exposição Figura 2 - À esquerda, uma carga mista típica de dispositivos SAfdsaAdcedcapexPrjpúdqdcioaiasosaeesfsioaseluaoocsutsnsmdtgteedeúcqrmgaoeireesnruom,rcauóamlsriggdeuoirtseegloimprixizuiuidcmntetoddagraseiuaiaõriclenasatdlreaaotpoemdooeiada.deonmta,éfnhodeaarpimdoErdmseasdrieidaspcaoadased(aueixepaceSc,arqutzrretaepiaiaufoafgramuAoãlsapshelodsalcsargensicoLsftsradieovgraeaseotradeéme),tmriioésrr,ae,nçmomrdnsgioneelrosãdeataiaeasipiepz,sãpieloeogmniéãadtnuozoec1sceenétdçotaumepgeaad0eraroalmnãehadaiustr-rael,gr6nougiiigamtáucçlz,suloaseuinaobâmiãasazdmootaréVvrmoceogçioeaesaéisleeâé-siãcdaaczcrcaPoisamndoomideaaopsaroclaRcteaitpçulranosolepbnogouiooOéoãtlrrsasocedrreaovátvaáouds,idáarooxemçáelrspt:ctiooiérdptam.rzviãsarrâiacapeÉpaooonseacAoetermtradmsaajetmlooid.sevecepd)iiactremmntaçorsotaaeeiaóiaaãjcscsovecrirmcenrsdmza.ãuAaoealpáiuacotleae.aioarnmgQNeatztoéepnancdddadauNcSsepurdtdceeaoalddereriauíIraaoaoaiadtenoaósasbp/riqlelanparcntcxauqtaapcAuecr(aeicioVcatrudodeedosâaAmamelfg-orjuexaiomaneulaqMPósfqoreirrmsrmedcemseuxdugRanseImãaolrimpneeerfeéduSOjeeéao,.garetcaonosTrnnh:derdreirrrdevaiãhecitteoóeedrad6enuaeeooedear-.,---7rdmuuopoezmegphiadiéoinarbEdanardrnerNtdiooaeoínaevge5aesagéef5melían sensíveis ao calor que são processados no ciclo Flexível do Es- rcQpNaouzanaaãrvlaoeqF,uriosgenourãErorspactehaer3átóra,ixllvíiiodtzeicaosnodtidgloaqerrçuáãhVefioi-dcPdroeeoRsscgpOoédemncomipoiasõalgecX(adi.scdiofeleosrsofeonrdntmeaeacdeâassmeqtgueauerrraliealizéeoaxçriaggãpáiodisdoapmpaeeralnateábgo terilizador V-PRO maX. À direita, dispositivos não lúmen carre- gados na prateleira do esterilizador para serem processados no requerida para a operação do sistema. Na conclusão do ciclo, a c Ciclo curto Não lúmen. imCeodmiaotamoevnatepoer,poarapmereótrxicidamo ednete huidtilriozagdéanioougaarsmoaszoenéada sem Os ciclos de esterilização designados em todos os nuemcesseásrtioe.rilizante de superfície. Por conseguinte, Esterilizadores V -PRO são projetados para serem deve entrar em contacto com todas as superfícies a equivalentes entre si em exposição a VHP e outras NsaeFriegumrae3s, Otesrgilriázfaicdoassd.oEs cmiclboas ldaegeesmteriilnizcaoçãrorepcatraa,ocEasrtgerailiozaudor V-PRO condições do processo, a eficácia antimicrobiana, instrumentos molhados podem interferir com o pro- compatibilidade de materiais e exigências de toxici- Ccoemsosoodevaepsotre, riolizapçeãróox.idToamdebéhmidrdoegévneimo gsaesrotsooméaduams esteriliz dade de acordo com exigências americanas, euro- cpornesceaguuiçnõtee,s dpeavrea eanstsraerguemrarcqounteacoto ecnodmostcoódpasio aesstsáuperfícies peias, nacionais e internacionais. Isso inclui o cum- Ecmobrraelacgtaemm einnctoerrepcrteap, acraargdao opuairnastraumeesntetorsilizmaoçlhãaodansumpodem inte primento com a norma EN ISO 14937 Esterilização epsrteorcileizsasçoãoà. Tbaamsebédmedveávceumosderetoamcoadrdaos pcroemcauaçsõeinssptarura- assegura de produtos de cuidados de saúde. cçoõrreesctadmoefnatberipcraenpatera(dpoopraeraxeamepstleor,iliuztaiçliãzaornaumtampropcaesdseo à base Requisitos gerais para a caracterização de um agen- avseinnstitlrauççãõoespdaorafapbrreicvaentneir(pdoarneoxsemnpolod,isutpiloizsairtiavota)m. pa de ventilaçã te esterilizante e para o desenvolvimento, validação e controlo de rotina de um processo de esterilização, dFisigpuorsait3ivo- )E. xemplo dos gráficos dos ciclos do esterilizador V- incluindo a demonstração de esterilidade de acordo PRO maX. O ciclo consiste em três fases, fase de condiciona- com EN 556 e um nível de garantia de esterilidade Fmigeunrtao,3.faEsxeedmepleostdeorsiligzaráçfãicooes fdaossecdiceloasredjoameestnetroil.izador V-PRO maX. O c (SAL) de ≥10-6 de acordo com ANSI / AAMI ST 67. fase de condicionamento, fase de esterilização e fase de arejamento. Segue uma descrição de um ciclo do esterilizador V-PRO: Gráfico de Pressão do ciclo Não Lumen do V-PRO GCriácflicoomdeaXPressão do ciclo Não Lumen do V-PRO Ciclo maX48 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A carga a ser esterilizada é colocada dentro da câmara e a porta selada. Durante a primeira fase, o condicio- namento, a câmara é evacuada para remover o ar e a humidade residual dentro da carga. Esta fase é muito importante e acresce um grande benefício para a ope- ração dos sistemas de esterilização V-PRO, removen- do qualquer humidade menor residual da carga, asse- gurando, assim, um mais provável ciclo de sucesso. A seguir é a fase de esterilização: É injectado peróxi- do de hidrogénio gasoso que se deixa difundir para a carga na câmara de pressão subatmosférica para a esterilização. Em todos os casos a fase de este- rilização é projetada para fornecer um nível mínimo Doc# A10501EN, 2015-09, Rev A ©2015, STERIS Corporation

MagazineSISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA | CENESCONSIDERAÇÕES SOBRE SEGURANÇA de esterilização. Em condições de funcionamento nor-O processo de esterilização foi projetado e validado mais de utilização, o operador não está exposto aospara incorporar quatro considerações importantes so- conteúdos do recipiente de esterilizante VAPROX HC.bre segurança: a segurança para o operador, para os O recipiente do esterilizante é completamente selado,dispositivos, para o paciente e para o ambiente. De e o operador não pode aceder ao esterilizante semum ponto de vista ambiental, o peróxido de hidrogénio danificar fisicamente o cartucho. O recipiente ventila-decompõe-se rapidamente na água e oxigénio, sem do e selado é carregado e bloqueado pelo sistema deoutros resíduos formados durante o processo. controlo do esterilizador e é determinado um prazo deOs processos de esterilização V-PROTM são compa- validade manualmente. Veja a figura 4 para carregartíveis com uma ampla variedade de materiais e ins- um novo recipiente VAPROX HC.trumentos médicos, incluindo, aço inoxidável, latão,titânio, vidro, e polímeros tais como polietileno, PTFE(Teflon) e silicone. Alguns materiais absorventes taiscomo papel, algodão, linho, gazes e madeira não po-dem ser esterilizados em qualquer processo de esteri-lização de peróxido de hidrogénio.É importante validar que o processo remove os resí- Figura 4 - Carregamento do recipiente esterilizante VAPROX HC 49 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016duos de peróxido de hidrogénio a partir da câmara e no esterilizador V-PRO.carga guiando a fase de esterilização para níveis se-guros. Isto é alcançado durante a fase de arejamento Além disso, o recipiente de esterilizante fica comple-sob vácuo. Foram determinados níveis residuais ad- tamente vazio após o uso no esterilizador, o qual incluimissíveis pela EN ISO 10993-17 Avaliação biológica uma característica específica para remover qualquerde dispositivos- médica Parte 17: Estabelecimento esterilizante não utilizado, e expirado no interior dados limites admissíveis para substâncias lixiviáveis. taça antes de permitir o acesso ao cartucho para eli-Os processos de esterilização V-PRO foram mostra- minação. Após a geração e utilização de peróxido dedos para reduzir repetidamente os níveis de resíduos hidrogénio gasoso durante a fase de esterilização dodos dispositivos médicos representativos (incluindo ciclo, o gás é removido da câmara através de um con-endoscópios flexíveis, ressectoscópios e fórceps) versor catalítico que converte o peróxido em oxigéniopara bastante abaixo dos limites de resíduos deter- e água, não dando, desta forma, exposição ao gás.minados. Além disso, foram realizadas avaliações de Para confirmar, sob condições normais de reprocessa-irritação ocular, toxicologia sistémica aguda, irritação mento, o ambiente em torno do esterilizador foi testa-intradérmica e compatibilidade sanguínea em confor- do para níveis aceitáveis de gás durante as condiçõesmidade com a norma ISO EN 10993. Os resultados típicas do ciclo de esterilização. Os níveis foram > 20confirmaram que os dispositivos reprocessados eram vezes menor do que o limite de exposição de peróxidonão-tóxico, não irritantes e compatíveis com sangue, de hidrogénio gasoso (PEL) permitido publicados in-e são seguros para uso após o processamento em ternacionalmente, que é um Tempo médio ponderadoesterilizadores V-Pro. (TWA) de 1 ppm.A consideração final de segurança, é a segurança para EFICÁCIA ANTIMICROBIANAo operador do esterilizador numa clínica, ambiente da O largo espectro de actividade do peróxido de hidro-sala de operação ou departamento de serviços esté- génio gasoso, tem sido amplamente estudado e pu-reis. Como um sistema de baixa temperatura, ao con- blicado, com conhecida viricida, bactericida, fungicida,trário de esterilização a vapor, os dispositivos estão micobactericida, cisticida e actividade esporicida (resu-disponíveis após a esterilização para uso imediato e à midos na Figura 5 5-9). São contínuos os testes anti-temperatura ambiente. Dois riscos específicos foram microbianos e de compatibilidade nas nossas insta-minimizados com o gás de processo: a exposição ao lações de pesquisa, com especial ênfase na eficáciaperóxido líquido no sistema de entrega do esterilizante de testes contra patógenos atípicos que normalmen-VAPROX HC e exposição ao gás durante o processo

Magazine CENES | SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA te não são testados em processos de desinfecção (este trabalho foi publicado por Fichet et al (2007) e esterilização. O teste é baseado nos métodos de Journal of Infection Hospital 67: 278-386) ensaio, de padrão europeu, antimicrobianos e confir- A variedade completa de vírus, micobactérias, bac- mou a eficácia contra: térias patogénicas chave (incluindo MRSA, VRE e V árias estirpes de amebas, incluindo cistos ameobal Acinetobacter) e esporos de bactérias (incluindo Várias estirpes de proteínas príon, sob piores condi- Clostridium difficile), na presença de sujidade ou ções de teste, incluindo vCJD / BSE, CJD e scrapie condições “sujas” Geobacillus sterothermophilus PRIÕES Doença Creutzfeldt Jakob (CJD) Bacillus atrophaeus Variante CJD (vCJD) Bacillus anthracis Encefalopatia Bovina Espongiforme (BSE) Bacillus cereus Tremor epizoótico (scrapie) Bacillus circulans Bacillus pumillus ESPOROS BACTERIANOS Clostridium difficile MICOBACTÉRIAS Mycobacterium tuberculosis Clostridium botulinum Mycobacterium bovis Clostridium tetani Mycobacterium terrae Mycobacterium smegmatis Clostridium sporogenes Nocardia lactamdurans Enterobius spp. HELMINTAS Parvoviridae (mouse and canine parvovirus) Caenorhabditis elegans Picornaviridae (Polio Type 1, rinovirus 16, vírus VIRUS vesicular suino, rinovirus 14) Syphacia spp. NÃO-ENVELOPADOS Reoviridae (Reovirus aviário; rotavírus) Ascaris spp. Caliciviridae (vírus exantema vesicular) Salmonella enterica serotipo BACTÉRIAS FUNGOS Aspergillus niger Choleraesuis GRAM-NEGATIVAS Aspergillus terreus VIRUS GRANDES, Aspergillus fumigatus Escherichia coli NÃO-ENVELOPADOS Trichophyton mentagrophytes Yersinia pestis Penicillium chrysogenum Pseudomonas aeruginosa Candida parapsillosis Burkholderia cepacia Candida albicans Serratia marcescens Saccharomyces cerevisiae Proteus vulgaris Rhodotorula glutinis Klebsiella pneumoniae Acinetobacter baumannii Adenoviridae Poxviridae (Vaccinia, Varíola) Orthomyxoviridae VIRUS BACTERIAS Staphylococcus aureus Paramyxoviridae (incluindo Newcastle) ENVELOPADOS GRAM-POSITIVAS MRSA Herpesviridae (herpes simplex pseudoraivoso) Enterococcus faecium50 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 Rhabdoviridae (incluindo vírus de estomatite vesicular) Enterococcus faecalis VRE Togaviridae Lactobacillus casal Flaviridae (incluindo peste suína clássica) Listeria monocytogenes Legionella pneumophila Coronavirus (incluindo SARS Urbani) Propionibacterium Figura 5 - Um resumo da actividade antimicrobiana publicada, de peróxido de hidrogénio gasoso. É importante notar que nem todos os sistemas ou génio gasoso (VHP®) e os dados descritos nos relató- aplicações de peróxido de hidrogénio são os mes- rios aplicam-se ao peróxido de hidrogénio unicamente mos. Muitos processos apenas usam o peróxido líqui- na forma de gás. do, alguns usam uma mistura de líquido e gás (num Comercialmente, a utilização dos processos de esterili- sistema de vaporização ou pulverização, semelhante zação V-PROTM teve um grande aumento nos últimos a vapor saturado) e, poucos utilizam peróxido apenas anos em todo o mundo, e é vendido em mais de 100 sob a forma de gás10. Estes processos variam em efi- países. As principais razões para o uso desta tecnolo- cácia e segurança antimicrobiana11. Neste contexto, gia são: estamos apenas interessados no peróxido de hidro-


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