AUTORA REVISÃO DE TEXTO Sandra Aymone Isabel Pagano COORDENAÇÃO COLABORADORES Luciana Ferreira Márcia Helena Bonfim Sílnia N. Martins Prado Maria Fernanda D. Cacao Mirian Dias Furlanetti PROJETO GRÁFICO Patrícia Lopes Silva Maschesini Linea Creativa Roberto Monteiro Jr. Sonia Marilza Benedetti Bernardini ILUSTRAÇÕES Pierre Trabbold Stella Barros Mattos Telma Lucia Lomonico Ramos LjBucatte REALIZAÇÃO Fundação EDUCAR DPaschoal www.educardpaschoal.org.br (19) 3728-8254 Todos os livros da Fundação EDUCAR são distribuídos gratuitamente em escolas públicas, instituições e bibliotecas. Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papel couchê 150g/m2 de miolo e capa em Triplex 230g/m2, no ano de 2003, com tiragem de 5.000 exemplares. ISBN: 85-87507-37-0
História criada em colaboração com as crianças e seus pais. Marília Salvador Alves - 12 anos
A cultura da segurança compreende uma série de fatores que dependem, principalmente, do acúmulo de experiências de cada pessoa. E o ideal é que parte dessas experiências decorra de ações direcionadas a esse objetivo. A educação para a prevenção de acidentes - no trânsito, no trabalho, em casa - precisa ser iniciada ainda na infância. Se isso for feito, ambientes seguros e saudáveis garantirão uma vida com muito mais qualidade a todos os cidadãos. Respeito aos trabalhadores, ao público e ao ambiente é um exercício de cidadania. Dar à segurança e à saúde do ser humano sua devida importância, em todos os empreendimentos, é uma forma de garantir esse exercício. E isso é, ao mesmo tempo, direito e dever de todos nós. Grande parte dos profissionais que conhecemos utilizam-se de equipamentos criados para proteger sua saúde e sua integridade física. São os chamados EPI: Equipamentos de Proteção Individual. Nessa terceira edição do Concurso Desenhe, Pinte, Conte, as crianças foram incentivadas a criar obras artísticas (desenhos e textos) tendo por tema a necessidade de usar e conservar tais equipamentos, compreendendo sua importância. Para isso, foram levadas a refletir sobre as profissões existentes e até mesmo sobre escolhas e aspirações futuras. Como sempre, a atuação dos pais foi fundamental, informando, orientando e viabilizando a participação de seus filhos. Mais uma vez, agradecemos a todos e apresentamos, com orgulho, esse trabalho, feito a muitas mãos, desde as menores e mais inexperientes até as maiores e mais calejadas. Boa leitura! Fundação EDUCAR DPaschoal 3
Serginho acordou intrigado. Durante a noite toda, seu sono foi agitado. Ele sonhou com Iuri, o menino do futuro, que havia conhecido com seus amigos no ano anterior. Iuri tinha vindo do século 23 para procurar uma solução para a poluição do Planeta Terra. Serginho, Luciana, Julinho e Carolina estavam se empenhando em ajudá-lo. Será que tinha adiantado? O menino levantou, tomou seu leite e decidiu ir até o terreno baldio onde a nave de Iuri, chamada cronomóvel, tinha aparecido daquela vez. Não se passaram nem dez minutos e Serginho ouviu o mesmo zumbido. Ou será que o barulho estava um pouco diferente? Quando eu crescer, vou ser técnica em computação. Sei que precisarei ter uma postura adequada, porque senão, futuramente, terei vários problemas: dores no pescoço, na coluna e nas mãos. Samanta Aparecida Rodrigues - 8 anos 4
Logo o cronomóvel surgiu diante dele, fazendo uma aterrissagem um pouco acidentada. 5 Parecia que o motor estava falhando. Quando a nave parou, a porta se abriu e Iuri apareceu, meio tonto. Ao ver o amigo, recuperou-se e sorriu, muito feliz: -- Serginho! Que ótimo encontrar você aqui! Serginho correu ao seu encontro e se abraçaram. -- Que bom que você voltou! Como está a Terra do futuro? Conseguimos ajudar vocês? O caminhoneiro é o responsável por quase tudo o que o país produz. Ele tem que ter muito cuidado com seus equipamentos e sempre usar cinto de segurança. É preciso estar com o caminhão sempre revisado, sem descuidar de freios e pneus. Patrícia Lara Silva - 8 anos
Iuri respondeu: -- Melhorou muito! É claro que ainda temos problemas, mas nada parecido com o que era antes. Agora temos muito mais Natureza! Animais e plantas que já estavam extintos voltaram a habitar reservas naturais. E nós continuamos lutando para recuperar o ambiente, agora de uma forma muito mais consciente! Iuri e Serginho decidiram contar logo a novidade a Luciana, Julinho e Carolina, e num instante os cinco estavam reunidos em torno do cronomóvel. Ficaram supercontentes em saber que seu esforço tinha dado resultado. Depois de muitos pulos de alegria, Serginho apontou para a nave do amigo: Quero ser um jogador de futebol famoso, o melhor do mundo. Além de ter uma alimentação adequada, sei que deverei usar equipamentos de proteção, como uma boa chuteira, caneleira, tornozeleira e meias reforçadas. Danilo César Alves - 8 anos 6
-- Iuri, eu achei o cronomóvel meio esquisito. Ele fez um barulho estranho e sua aterrissagem não foi das melhores. O que houve? Iuri respondeu: -- Tem razão. Essas naves de viajar no tempo às vezes dão problemas. Percebi no meio do caminho que o datômetro estava com defeito. -- E agora? -- perguntou Carolina. -- Acho que consigo consertar. Mas para isso tenho que mexer no motor. Iuri apertou um botão que havia no seu cinto e num instante seu corpo foi coberto por uma roupa diferente. Luvas, botas e óculos especiais surgiram em seguida. -- Nossa! Que demais! -- admirou-se Julinho. João saiu para soltar pipa e encontrou dois meninos chamados Curto e Circuito. Tinha muitos fios no lugar. A pipa de Curto ficou 7 presa e ele foi tirar com um bambu. João gritou “Não, não, não faça isso!” Sorte que não machucou, só foi um susto. Ezequiel Oliveira de Moraes quer ser eletricista - 11 anos
Gostei muito de brincar de pintar Deixei minha marquinha em tudo em que relei. Se quando crescer nisso eu não trabalhar Durante minha infância, o 7 eu pintei. Nicole Domingurti - 4 meses 8
Só então as crianças repararam no cinto de Iuri. Parecia algo extraordinário! -- Para me proteger do fogo -- continuou Iuri -- surge uma armadura especial antichamas. Se eu cair na água, ganho uma bolha de oxigênio. Se alguém gripado espirrar perto de mim, ele aciona sozinho uma barreira antimicrobiana... E muitas outras coisas... -- E se você cair num buraco? -- desafiou Luciana . -- Fácil! Ele cria um campo antigravitacional, e eu começo a flutuar! -- Caramba! -- exclamou Carolina -- Esse cinto reúne todos os EPI numa coisa só! Vanessa carregava consigo o dom de se preocupar com a saúde de todos. Um dia, sua avó passou mal e foi para o hospital. 9 Vanessa foi visitá-la e quando entrou no corredor viu uma linda cena: um enfermeiro cuidando de pessoas que precisavam dele. Naquela hora ela soube que ser médica era o seu destino. Vanessa Teixeira de Campos - 12 anos
O trabalho de gari é um dos que mais requerem cuidados. Eles precisam sempre usar luvas e sapatos grossos. Eu acho que eles deveriam usar máscaras. As pessoas devem ter o cuidado de não deixar vidros e latas expostos, e também de reciclar. Larissa Gabrielly Nery Fernandes - 3 anos 10
Guilherme Veloso Rodriguês - 10 anos Meu papai é soldador. Ele usa luvas, óculos de segurança, botinas e protetor para os ouvidos. 11 Quando eu crescer, talvez eu seja como o papai. Hoje, faço o dever de casa sentado corretamente. Vinícius Vital Silva dos Santos - 4 anos
João Paulo Botelho Cintra - 7 anos Matheus Aparecido Ribeiro Santos - 4 anos Assisti uma reportagem sobre os bombeiros e fiquei fascinado. Meu pai disse que eles usam equipamentos para proteção, como roupas especiais, capacetes e botas. Sei que todos os dias alguém precisa de ajuda e, com certeza, algum dia, poderá contar comigo. Luis Guilherme Alefante - 10 anos 12
Tales Alexandre Silva - 5 anos Guilherme Prozzoli Fortunato - 5 anos A profissão de professora é muito difícil, porém satisfatória. Na construção de uma casa, o principal é o alicerce. Com a gente é a 13 mesma coisa: uma boa professora é o começo de tudo. Quando eu crescer, quero ser professora pela satisfação de ensinar alguém. Thais Lopes da Silva - 10 anos
Beatriz Caroline Ogozuko - 10 anos Sempre que meu pai viajava, eu ficava chorando, até que um dia minha mãe me deixou ir com ele. Desde esse dia, me apaixonei pela profissão de caminhoneiro. Coleciono caminhões em miniatura para começar a conhecer a profissão com que tanto sonho. Rener Pereira - 6 anos 14
Matheus Henrique de Macedo - 5 anos Elis Estevam - 5 anos O que devo fazer primeiro é não parar de estudar. Quero ser caminhoneiro. Nessa profissão devemos ter muito cuidado com a segurança: 15 respeitar os semáforos, os pedestres, limites de velocidade, não beber e usar cinto de segurança. Lucas Henrique Soncella - 7 anos
Bianca de Melo Soares Leão - 10 anos Vou ser médica e vou usar luvas, máscara, aventais e sapatos especiais. Meu pai e minha mãe usam equipamentos de segurança e me orientam sobre a segurança do meu dia-a-dia. Marina Signoretti de Melo - 7 anos 16
João Luiz Bacan Grandin - 3 anos Luca Lippert Fernandes - 4 anos Mariza Araújo de Souza Specamillio - 6 anos Quero cuidar do Planeta Terra, serei um ambientalista, que eu prefiro chamar de “médico da Natureza”. Vou cuidar de todas as 17 plantas, flores, pássaros, animais, borboletas e dos rios também. Seria bom ter outros iguais a mim, porque a geração do futuro iria viver muito melhor. Bruno Pitombeira da Silva - 8 anos
Deyvid Almeida de Liz - 9 anos Gabrelli Jiacomitti Sauhi - 1 ano Aryanne Ramos Macedo - 5 anos Quando um carro dá problema, Procuramos sempre um amigo. Ele conserta e nos garante segurança, Porém trabalha sempre protegido. Usa calçados apropriados, Óculos e luvas de vaqueta: Assim trabalha nosso amigo mecânico. Mateus Henrique dos Anjos - 3 anos 18
Leonardo Settimio - 7 anos Pediatra Eu quero ser Depois que eu crescer Imaginem vocês A minha alegria Tratar das crianças de noite e de dia Rapidinho, rapidinho dar a elas Amor e muito carinho. Felipe Generoso Oliveira Silva - 9 anos 19
-- Pois é. -- disse Iuri -- Em 2253 temos os Cintos de Proteção, que servem para tudo isso! E agora me dêem licença, porque preciso fazer logo esse conserto. Enquanto ele trabalhava no cronomóvel, os outros continuaram a ver os trabalhos e a conversar. Quando somos pequenos, nossos pais usam EPI diferentes, ou seja, as palavras, que são mais ou menos assim: “não fique perto do fogão!” “não coloque o dedo na tomada!” Todos os cuidados que você puder ter hoje proporcionam um futuro com mais saúde. Taysa Gomes Manson Dezembro - 11 anos 20
Louise Silveira Missão - 2 anos Mariano Ferreira - 4 anos Para um bom desempenho no comércio dependemos de uma boa aparência, uma loja limpa e organizada, 21 com preços legíveis, e de sermos atenciosos e educados com os clientes. Franciele Georg dos Reis - 11 anos
Everton Harley de Freitas - 8 anos Quando crescer, quero me formar em odontologia. Meus pais me apóiam para que nunca precise desistir do meu sonho. Os dentistas trabalham com várias ferramentas e com muito material descartável para evitar doenças contagiosas. Stephanie Machado dos Santos - 11 anos 22
Amanda Maria dos Santos - 8 anos Felipe Narcizo Ferreira - 3 anos 23 A medicina não pode ser tratada como um simples emprego, e sim como uma profissão honrosa. Alguns acessórios são importantes: luvas, máscaras, aventais, toucas e óculos, que previnem contaminações. Jéssica Ehmke - 12 anos
David Lucas Souza Andrade - 3 anos Um dia fiz várias perguntas a um gari e ele contou que para se proteger usa luvas e botas especiais. Com ele, eu aprendi que não importa a profissão, importa você gostar do que faz e fazer tudo com amor e dedicação. Vinícius Silva Schwendler - 12 anos 24
Dayane Ferreira - 6 anos Maria Luiza Cunha Carneiro - 10 anos Ser escritor deve ser demais! Todas aquelas palavras pulando de sua cabeça para o papel. Ser reconhecido por suas histórias extravagantes. Ter respeito e ser respeitado. Ah, meu Deus, como eu quero escrever com muita responsabilidade para um dia ser um escritor de verdade! Carlos Eugênio Pegorini - 12 anos 25
Quando Iuri terminou o conserto do cronomóvel, Serginho perguntou: -- Iuri, você veio ao nosso tempo novamente com alguma missão especial? -- Acertou! Pelos meus cálculos, hoje vai haver uma grande queimada na Amazônia. Vim aqui tentar impedir. -- Como? Podemos ir junto? -- perguntou Julinho. -- Pretendo jogar nos homens que vão provocar a queimada um gás que faz as pessoas perderem a memória. Eles vão dormir e esquecer o que iriam fazer. Quando acordarem, só vão querer o bem da Natureza... Vocês querem vir comigo? Então vamos! Eu gostaria de ser professora para ensinar crianças e velhos a ler e escrever, porque todos têm direito de saber. Quero ajudar as pessoas a saberem seus direitos e deveres e fazer no futuro um mundo melhor. Hillary Cristina Sgobbe - 9 anos 26
Todos pularam de alegria e logo subiram na nave, que tomou o rumo da Floresta Amazônica. Quando chegaram ao local, viram vários homens preparando a queimada. Iuri distribuiu Cintos de Proteção para os amigos, dizendo: -- Coloquem seus EPI e apertem o botão azul! Afinal, ninguém aqui quer perder a memória, não é? Todos fizeram como Iuri mandou. Máscaras contra gases surgiram, protegendo seus rostos. Iuri fez o mesmo e acionou o lançador de Gás Desmemorizante. Num instantinho, os criminosos estavam dormindo e sonhando com passarinhos, e a queimada foi evitada. As crianças se sentiam como se fossem explodir de tão contentes! Quando eu crescer, quero ser médica. Na consulta que fiz com meu pediatra, fiz muitas perguntas a ele. Perguntei se era bom ser médico 27 e ele disse que sim, desde que a pessoa goste do que faz. O médico usa luvas para evitar contaminações. Jéssica Viana Quiroga - 4 anos
Mais tarde, já de volta ao terreno baldio, chegou a hora da despedida. Serginho, Luciana, Julinho e Carolina abraçaram Iuri. Luciana mostrou o Cinto de Proteção, perguntando: -- Posso ficar com ele? -- É melhor não -- respondeu Iuri -- Ele só foi inventado no meu século. Deixar um aqui poderá causar um desequilíbrio tecnológico! Todos concordaram que era melhor evitar qualquer desequilíbrio! E mais uma vez Iuri partiu, deixando seus amigos com saudades, mas ao mesmo tempo felizes por terem novamente ajudado na luta para preservar a Natureza! Quando eu crescer, quero ser médica de criança, porque não gosto de ver ninguém com dodói. Vou usar máscara e luvas para não passar doenças para outras crianças. Giovanna Fogaça Sebben - 4 anos 28
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