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Nº 9Dezembro / 2007Proibida a venda





6 Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho 12 CULTURA8 Dalva Rodrigues Por causa da Mulher...10 Geralda Luíza Pereira de Sá 14 Monica X Mônica16 Lucianni Rodrigues Pontes18 Lílian Teixeira de Paula 20 COMPORTAMENTO22 Magali Conceição Silva Amariz Em busca do elo perdido24 Margarida Aparecida de Oliveira28 Milce Lima dos Santos 32 SOCIAL30 Miréia Scherrer Machado Mais Mais GENTE34 Neuzanne Assis 42 Début Brenda Hastenreiter 44 36 VIAJAR A parte filosófica CINEMA 40 ISSO É QUENTEOs personagens e histórias que Para ler, ver e ouvirtransformam James Spader em umdos “musos alternativos” do cinema 46 Mais Mais EMPRESARIAL

“...Uma mulher tem que ter Qualquer coisa além da beleza Qualquer coisa de triste Qualquer coisa que chora Qualquer coisa que sente saudade... Um molejo de amor machucado Uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher Feita apenas para amar Para sofrer pelo seu amor E pra ser só perdão...” Ouvir o “Samba da Bênção”, quando acabávamos de com-pletar os perfis para esta Mais Mais Perfil Mulher, fez a conexão.Nossas 10 escolhidas, mulheres valentes, bem sucedidas, tinhamqualquer coisa além da beleza. Produzir com o feeling e experi-ência da fotógrafa Betânia Araújo nos revelou a essência mara-vilhosa dessas mulheres. Essência, capacidade e valor reafirma-dos nas impressões que deixaram em horas de conversa comnossa entrevistadora, jornalista Paula Greco. Transmitir o cap-tado fazia a 3ª etapa, quando a competência técnica e os olhosacurados do Kila, o nosso diagramador, foi fundamental. Alémde outras, “Por Causa da Mulher”, inspirada na música de Gil-berto Gil, é matéria-chave que mostra a força feminina nodecorrer da história. Temos certeza, que você leitor, vai amarcada página. Afinal, olhamos com o olhar da beleza, da sensibi-lidade, para encantá-lo. O seu prazer é o nosso prazer. 2007 chegando ao seu fim e foi, no geral, um ano árido, de aci-dentes trágicos, muitos de proporções gigantescas. Naturalmenteque em todo pior, há aprendizado. Enriquecimento da alma. Assimé que desejamos a você um FELIZ NATAL, e queremos dar asboas-vindas a 2008, um ano de campanha política. Que a humil-dade e o amor ao próximo proliferem em todos os corações. Nossomais profundo sentimento de gratidão a todos que nos apoiaram,tornando esta edição possível. Até a próxima, em março. Wilma TrindadeEditoria Geral: Wilma Trindade Texto Perfil: Paula GrecoDiagramação: Kila Fotos Perfil: Betânia Araújo Wilma Trindade, Marquinhos Silveira, Ramalho DiasFotos sociais: Marizete Belo Revisão:Colaboradores: Diego Trindade, Antônia Izanira, Ana Karina Dutra, Paula Greco Impressão: Lastro Editora Tiragem: 5.000 exemplaresEsta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ouparcial sem autorização prévia. Governador Valadares - MG - Dezembro / 2007Contato: (33) 3271-1865 / (33) 9989-7497

Dezembro / 2007 O cargo de reitora da Univale é a coroação de uma crise dentro da Universidade. trajetória acadêmica construída com muito trabalho Quando o fez, foi por acreditar na Universidade, e determinação pela professora Ana Angélica Gonçal- ves Coelho Leão. Mas é também uma grande vitrine. nos 40 anos de história e lutas da Fundação Mante- E quando assumiu esta função, sabia exatamente nedora e na magnitude da instituição com a qual é todos os ônus e bônus que viriam com ela. comprometida. Naquele momento, agiu com a aus- teridade que a ocasião exigia, sem deixar de lado o Munida de toda a sua fé, disciplina, determinação “fair-play” e a diplomacia. e persistência, ela passou pela tempestade, e com sua peculiar habilidade para lidar com as pessoas e as Dias difíceis, superados com trabalho e com o apoio situações, implanta seu próprio modelo de gestão, incondicional da família, dos amigos, da mantenedo- com olhos no futuro, mas sem descuidar das mudan- ra, e do meio acadêmico. Em especial do marido, ças que se fazem necessárias no presente. companheiro de 26 anos de relacionamento, presen- ça compreensiva diante dos momentos tensos e soli- O meio acadêmico é uma constante na vida de Ana tários de importantes decisões. Angélica, que nasceu e cresceu em Viçosa. Foi na Universidade Federal de Viçosa que ela graduou-se Em outubro deste ano, iniciou seu próprio manda- em Zootecnia e fez mestrado em Nutrição Animal. to. Esta sim, uma posse feita com toda a deferência Também na UFV que ela conheceu o marido. Vala- pertinente à situação. Adepta de um modelo de gestão darense, Alexandre foi o responsável por sua vinda com participação coletiva, ela faz questão de ouvir para a cidade depois do casamento. seus colaboradores. Consciente do cenário inquietan- te no qual se encontra o Ensino Superior no Brasil, Sua história na Univale começou em 1997, como Ana Angélica sabe que a evolução tem que ser uma professora do curso de Agronomia. Foi nesse período constante e precisa começar do interior para depois que apareceu com mais intensidade sua veia de admi- romper fronteiras. nistradora e seu espírito de liderança, que junto ao seu aguçado senso de responsabilidade social levou-a Para a reitora, o momento é de corrigir para crescer, a coordenação do curso, depois aos cargos de direto- ampliando a qualidade capacitando também os gesto- ra, pró-reitora e finalmente, reitora da Univale. res acadêmicos e administrativos. O aumento nas ofer- tas de pós-graduação, mestrado e até doutorado tam- Ter passado por todos os cargos possíveis na comu- bém estão entre as metas imediatas, que inclui ainda nidade acadêmica antes de assumir a reitoria é, para uma maior aproximação com a comunidade além dos Ana Angélica, um diferencial positivo, uma vez que excelentes projetos de assistência já desenvolvidos em entender o funcionamento dos departamentos lhe dá áreas como psicologia, fisioterapia e odontologia. Cul- uma visão mais apurada do que fazer diante de cada tura e esporte são os meios para tal, tanto na ocupação questão. Além da experiência prática, Ana Angélica de espaços quanto no fomento de atividades. buscou em um MBA em Gestão Acadêmica mais sub- sídios para o exercício de seu cargo. Com tanta dedicação ao trabalho, não tem lhe sobrado tempo para fazer uma das coisas que mais Conhecedora de que o meio acadêmico é espaço de gosta: curtir a casa e bons momentos em família. Com grande pluralidade de inteligências e vertentes polí- as duas filhas morando fora da cidade (Iara em Belo ticas, prima pela atitude democrática, que combina- Horizonte e Olívia em Viçosa), ela se desdobra para da com a firmeza de seu caráter e sua habilidade lhes dar atenção mesmo de longe. E mesmo que conciliadora, foram essenciais para atravessar o perí- muitas vezes se prive do próprio lazer e das coisas odo delicado do início do seu exercício como reitora, pessoais, tem a tranqüilidade de quem assumiu a quando foi convidada a terminar um mandato que condução do trem da sua história com toda coragem não havia começado e administrar um momento de e paixão.



Dezembro / 2007 É simplesmente impossível ficar imune ao turbilhão fashion, de beleza e bom gosto. A brincadeira de crian- de emoções que é a presença da empresária de moda ça virou profissão, mas até chegar a Maison, ela pas- Dalva Rodrigues. Emotiva, religiosa, expansiva, sou por tantas outras atividades. exótica... Com pouco tempo de conversa, uma ver- dadeira torrente de adjetivos começa a brotar para Fez curso de decoração, foi gerente de banco, dona tentar definir sua personalidade tão complexa. de restaurante, e chegou a ter, na mesma época o restaurante e uma loja. Inquieta, está sempre em busca Na primeira impressão o que se destaca é a alegria. de novos projetos. Entre muitas mudanças (de ramo Risonha e tagarela, ela não precisa de estímulo para e endereço), morou em Vitória por dois anos, onde contar histórias – a maioria delas, passagens diverti- retomou sua ligação com a moda. das de sua vida – e deixar fluir toda sua emoção. Sua sensibilidade à flor da pele. De volta a Governador Valadares, atravessava uma fase de incertezas quando encontrou a casa que refor- Uma forma tão encantadoramente acolhedora de mou na cara e na coragem para morar e trabalhar. receber que dá vontade de ficar descalça e como ela, Como ela mesma costuma dizer, a Maison Dalva se integrar à natureza – plantas, vento, paisagem – ao Rodrigues lhe foi dada de presente por Deus. Foi ele seu redor. Sentar na varanda, trocar receitas, tomar quem lhe deu a energia e a força necessárias para um café, se sentir íntima. Dalva é assim. administrar casa, reforma e negócios. Dona de uma fé inabalável, ela não deixa de vigiar e fazer a sua Não por acaso quando decidiu formalizar seu tra- parte, mas confia no poder da oração e nas bênçãos balho com moda, optou por abrir uma maison – que divinas. leva seu nome – ao invés de ter uma loja convencional. Sentada em seu sofá, entre araras de roupas e objetos Assim como no espaço físico em que vive, onde para decorativos que primam pelo bom gosto, ela recebe sair do trabalho e ir para casa, basta atravessar uma suas clientes como boas amigas (e boa parte delas porta, Dalva transita entre os negócios e o lar com realmente o é) para jogar conversa fora, se refrescar igual graça e dedicação. Ser dona-de-casa para ela é no ambiente climatizado e, porque não, sair de lá com um prazer. Gosta de cozinhar, receber os amigos, estar uma roupa nova. sempre cercada de gente. E também de manter tudo imaculadamente arrumado, desde a varanda até os Para Dalva, seu grande prazer no trabalho é saber armários do closet. que aquela roupa que ela trouxe sob encomenda para determinada cliente ficou simplesmente perfeita, O mesmo bom gosto da loja se reflete em sua casa, desde o caimento no corpo até propriedade para a onde Dalva ainda reserva vários espaços para exercitar ocasião em questão. Ela se orgulha de ter um “olho um “quê” de Frida Kahlo, com muitas fotos espalha- clínico” aguçado sob este aspecto e de conhecer bem das pela casa, de diferentes fases da vida, em diferen- as características e gostos de suas clientes. tes lugares, sempre bonita de jeitos diferentes. Sincera e espontânea ao extremo, Dalva não é Além dela mesma, as fotos retratam sua outra pai- ambiciosa, e diz que, na verdade acharia ótimo se xão: a família. Com a filha, Tatiana, a relação é de ninguém precisasse de dinheiro. O que não quer dizer grande amizade e cumplicidade, um carinho explíci- que ela esbanje ou negligencie o lado comercial da to em gestos, palavras e olhares. Com a mãe, D. Mar- Maison. Como boa vendedora, ela também sabe se garida e irmãs Dicelma, Dolma e Delma, união é a utilizar o seu grande poder de convencimento. palavra de ordem. Comerciante nata, Dalva entende do que faz. De Multifacetada em sentimentos e habilidades, Dalva moda e de administrar empresas, ciência na qual, por é mulher de muitas histórias e adjetivos, mas, sobretu- sinal, é graduada. Já o gosto pela moda vem da infân- do, é um grande coração, onde sempre cabe mais um cia. Desde criança se sentia atraída pelo universo amigo, onde sempre tem amor para compartilhar.



10 Na carteira de identidade está escrito assim: Geral- fessora de Educação Física, Religião, e durante 12 da Luiza Pereira de Sá. Mas para assinar suas belís- anos atuou como diretora de escola. simas obras em tela, ela usa apenas o apelido pelo qual é conhecida desde sempre: Gêra. Ou “Di Gêra”, O reencontro com a pintura veio naturalmente. A como está nos quadros já expostos em dezenas de convite de uma colega de trabalho, que também tinha galerias, coletivas e individuais. um bar/espaço cultural, expôs algumas telas, o que imediatamente chamou a atenção da imprensa. Daí Sua beleza morena, cuja jovialidade transcende o para se tornar destaque nas páginas de jornais, revis- passar do tempo, e sua risada espontânea, deliciosa tas e na TV foi só uma questão de tempo. Convites de ouvir, revelam nuances de uma personalidade para exposições também se tornaram freqüentes e o marcante, pautada na solidez dos seus sentimentos e ritmo de trabalho foi aumentando. na capacidade de transitar entre ambientes opostos, desde o mais festivo até o mais silencioso e introspec- Atualmente, distante do trabalho como educadora, tivo, desfrutando dos dois com igual prazer. Gêra tem tempo suficiente para se dedicar à arte. Um tempo que divide harmoniosamente para se dedicar O gosto pela arte vem da infância em Felizburgo, também à família e à inabalável fé em Deus, que lhe no sempre artisticamente rico Vale do Jequitinhonha. serve como apoio e sustentáculo. Ministra da Euca- O talento veio no DNA, herdado do pai, que como ristia e atuante em sua paróquia, Gêra acredita que hobby, pintava lindas bandeiras de São Sebastião e tão importante quanto a fé é a forma de professá-la. São João para os festejos religiosos locais. Segundo ela, tendo Deus à frente, tudo fica melhor. As dificuldades mais fáceis de superar, e as alegrias Durante a infância, sua aptidão nata era usada mais intensas. somente para os trabalhos escolares. Só uns bons anos mais tarde, em 1978, já morando em Teófilo Otoni e E é exatamente este tripé formado pela arte, a fé e casada com o capitão Maridhemar Elias de Sá e mãe a família que norteia a vida de Gêra. Com a pintura, de seus filhos Juliano, Daiana, Anny Jacqueline e a relação é despreocupada e leve. Não há horário, Giovanny, é que ela permitiu-se assumir o status de nem disciplina obrigatória. É tudo uma questão de artista plástica, influenciada por uma amiga que já inspiração. Nesses momentos, o tempo voa, e o silên- exercia a profissão. cio é o companheiro no trabalho de deixar vir à tona todos os seus sentimentos e pensamentos, que ela Este foi um tempo de extrema atividade para Gêra, expressa através de abstratos, paisagens, naturezas que além da educação dos filhos e de seu trabalho mortas e retratos, repletos de estilo e cores. como professora na rede pública, ainda se desdobra- va entre os pincéis, a boutique que mantinha em casa Em família, as palavras mestras são união e diá- e o salão de beleza. Sem contar sua sede constante de logo. A inspiração, nesse caso, vem do marido, Mari- conhecimento, que a leva freqüentemente de volta dhemar Elias, exemplo vivo de que a disciplina e a aos bancos escolares (universitários) e a muitas horas democracia podem caminhar lado a lado no ambien- de estudo. te familiar, e tudo isso regado a muito afeto e com- preensão, típica dos homens de bom coração. O fato é que em meio a tantas atribuições, a arte foi perdendo espaço, e em 1983, Gêra deixou de lado Festeira nata é sempre quem organiza, mesmo de as telas e pincéis e por 19 anos manteve seu talento longe, os insubstituíveis natais familiares, em Feliz- adormecido. Um período durante o qual ela abando- burgo, e todas as festas da numerosa e unida família. nou completamente a atividade, dedicando-se aos Momentos sempre muito felizes, que reforçam sua seus outros muitos afazeres. transbordante alegria de viver e alimentam sua expres- siva beleza interior, que se externa em forma de arte Como educadora, Gêra demonstra a mesma ver- e atitude. satilidade. Sempre atuando na rede pública, foi pro- DDeezzeemmbbrroo//22000077



Atualidade MonicaPor causa da mulher... Na política contemporânea, onde reis e rainhas são figu- sidente “mais de uma dúzia de encontros sexuais”, ras quase que “decorativas”, as mulheres ganharam muitos como ela mesma disse, e jurou não contar nada. Mas e diferentes papéis: prefeitas, vereadoras, deputadas, gover- quando a pressão aumentou muito, ela não só deu todos nadoras, ministras, presidentas. Não há cargo ou prestígio os detalhes, como até apresentou, entre outras provas, o político que elas ainda não tenham alcançado. famoso vestido azul, guardado com marcas do sêmen de Clinton durante anos. Mas nos bastidores, a sedução do poder continua rolando solta, muitas vezes expondo homens poderosos, se não à Passado o furacão que quase culminou com o ação da justiça, pelo menos ao ridículo e ao desprestígio impeachment do então presidente americano, político. Lewinsky se deprimiu, engordou, emagreceu e, claro, colheu seus dividendos ao fazer um Na história recente dos EUA, mais precisamente em ensaio no melhor estilo “Hollywood Girl” janeiro de 1998, um dos presidentes mais populares do país, para a Vanity Fair e escrever um livro o democrata Bill Clinton se viu, literalmente, numa “saia – através de um ghost writer, Andrew justa”, ao ser acusado por uma estagiária da Casa Branca, Morton – “Monica Lewinsky, A de assédio sexual. Minha História”. A moça, Monica Lewinsky, durante um ano e meio sucum- Quase 10 anos depois, Moni- biu ao assédio. Neste período, admitiu ter tido com o pre-14 Dezembro / 2007

Mônicaca Lewinsky é só uma lembrança ruim. Bill Clinton anda rios, jornais e revistas nos contam tudo, todos os dias. Pro meio apagadinho na política, mas sua mulher, Hillary, que lado dele, a coisa está cada vez mais feia; à parte o corpora- soube atravessar a crise com postura e elegância ímpa- tivismo legislativo. Já para o lado dela, nada poderia estar res, é forte candidata à presidência dos EUA. Imagina mais, digamos assim, efervescente. se esse não é o momento perfeito para a ex-estagi- ária da Casa Branca voltar à cena? Mônica, que já foi apresentadora de telejornal e dona de uma produtora, já deu um jeito de capitalizar sua exposição Enquanto isso, no Brasil, uma outra Môni- na mídia por causa do escândalo com o polpudo cachê que ca, a Veloso, foi o pivô de todas as acusações ganhou para mostrar na Playboy as curvas que encantaram o senador. E já ostenta o status de a mais vendida do ano! que pesam hoje contra o senador Renan Calheiros. Afinal, foi a pensão paga – por O próximo passo, alguém adivinha? Um livro, claro. “Polí- um lobista – à jornalista e à filha que tica que Seduz” é o título escolhido. Mas Mônica Veloso, em eles têm (fora do casamento de pleno olho do furacão, tem mais planos. Ter seu próprio Renan) a primeira lebre levantada programa de TV e até ser atriz, quem sabe. Afinal, no tempo contra o senador. das celebridades instantâneas, todo mundo tem direito aos Daí em diante, os noticiá- seus “15 minutos de fama”, mesmo depois de 20 anos de carreira.

Comportamento Por Paula Greco peitãoMania de ao “derrieré” feminino, os atributos venusianos vêm Viajar nos seios. Embaixo. Por trás. sendo cada vez mais cultuados. Seja ao natural ou com o auxílio luxuoso de uma prótese de silicone. Se vou mais longe, quem vai me segurar? E deixando a poesia (mas não a inspiração) de lado, Se fico por aqui mesmo, quem vem me resserenar? não há mulher que não saiba: nada é mais eficiente para levantar a auto-estima que os olhares provocados *Extraído do Livro “O Amor Natural”, de Carlos Drummond de Andrade por um decote ousado. Naqueles dias de se sentir feia e pouco desejável, basta uma blusa mais cavada na Dizem - e não são poucos que o dizem - que muito frente, uma frente única bem decotada ou um vestido mais que qualquer outra parte da anatomia da mulher, que deixa tudo livre, leve e solto para fazer muito são os seios os maiores ícones da feminilidade. Colo, marmanjo virar a cabeça, assobiar, ou pelo menos dar busto, seios, “Montes de Vênus”, “Vale do Prazer”. São uma bela olhada. tantos nomes, dados por tantos poetas... Se até mesmo o seríssimo Carlos Drummond de Andrade reveren- Pois bem, decote é tudo de bom. Quem usa, acha. ciou-os, quem não haveria de fazê-lo? Quem vê, também. Mas a pergunta que não quer calar é: qual o limite entre a ousadia e a vulgaridade? Até Motivos não faltam. Desde a nobreza da amamen- onde, exatamente, é possível mostrar a “comissão de tação até o êxtase sensual diante das formas arredon- frente” sem abrir mão da classe e da elegância? A das e macias, os seios provocam e inspiram. Desde a resposta é simples: basta usar o bom senso para avaliar classe de Drummond até o escracho de Seu Jorge, que onde e a que horas é o evento em questão para calcu- há alguns anos já sabia que no país famoso pelo culto38 Dezembro / 2007

lar com que roupa e sobretudo, qual o tama- de quente, e em pleno verão, trabalhar de ter cuidado para a azaração não se transfor-nho do decote permitido. camiseta é inevitável. Mas daí a escolher aque- mar em vexame. Por falta de pano, e exces- la camisetinha justa como um santo e mais so de movimentação, muita mulher já passou Não dá nem para pensar, por exemplo, em cavada que o garimpo de Serra Pelada há pela saia justa de “pagar um peitinho”, comouma madrinha de casamento, às 18h, com uma grande diferença. Um recurso desses dizem por aí, na hora do exercício.um decote profundo nos primeiros bancos da pode até despertar olhares cobiçosos do chefeigreja. Primeiro, porque nenhum templo reli- e da ala masculina. Mas das colegas ele só Aindanoquesito bomsenso, nuncaédemaisgioso é lugar de exibir o colo, por mais belo desperta a ira. Sem contar que a chance de lembrar que o que é belo é para ser visto, masque ele seja. Não há líder espiritual, pastor ou impor respeito diminui vertiginosamente, seja o que não anda assim tão “bem na foto” podepadre que fique feliz com isso. E depois, por- com eles ou elas. até não ficar escondido, mas merece, atéque na ocasião as atenções devem estar vol- mesmo em nome da auto-estima feminina,tadas apenas para a noiva. Aliás, os cuidados Já em festas black-tie, após as 22h, em um bom disfarce. Truque para isso é o quecom excesso de decote valem para elas tam- salões de luz difusa e clima apropriado, toda não falta. Sutiã que levanta, que aumenta,bém [as noivas], para evitarem constrangi- ousadia é permitida. Na praia, sob o sol e que reduz, que acomoda; decote que valori-mentos, como um que já presenciei, de ver a nas areias escaldantes de calor e gente boni- za, que disfarça, que chama a atenção paranoiva ser chamada atenção pelo celebrante, ta, também há que se permitir. Na academia outras partes mais em forma. A moda cadapelo abuso das transparências e cavas no de ginástica, com todo aquele ambiente de vez mais democrática e as lingeries cada vezmodelito do seu vestido. dorso e suor, para despertar um fetiche, e mais“tecnológicas”estãoaíéparaissomesmo. provocar o saradão do aparelho de muscu- O que não pode é transformar uma arma de O ambiente de trabalho também não é lugar lação ao lado, também pode. Mas há que se sedução em piada de mau gosto.para mostrar os seios. Valadares é uma cida- Dezembro / 2007 39

1 “Gente é para Brilhar”, já dizia Caetano Veloso. bem arrumada – e de preferência com suas belas Uma frase que cabe como uma luva para descrever, pernas à mostra, o que já virou uma espécie de marca em rápidas palavras, a personalidade forte e radian- registrada. Se o marido tem ciúmes? De jeito nenhum. te de Lucianni Rodrigues Pontes. Lu, como é cha- Pelo contrário, ele é o primeiro incentivador do esti- mada pelos amigos, é diamante de raro quilate. lo de Lu. Pessoa de gênio e presença igualmente fortes, que conseguem transformar qualquer lugar em uma Um estilo que passa por muitos pares de sapato autêntica festa pela sua simples presença. (a maioria de saltos altos), acessórios, maquiagem, cosméticos, muito brilho, da lantejoula ao glitter. Sua formação acadêmica é Técnica em Enferma- Se a política não tivesse conquistado seu coração gem, uma profissão que nunca foi exercida plena- para sempre, trabalharia com Moda & Beleza. mente em ambientes hospitalares. Mas não há nada Prendada, ela borda e faz suas próprias bijoux. na vida que ela faça melhor do que cuidar das pes- Um auxílio luxuoso para tornar mais personalís- soas. Uma paixão que começa em casa, com aque- simo seu estilo. les que, de forma divertida ela chama de “os homens da sua vida”: o pai, Dr. Leovigildo; o filho Léo, de Sua personalidade tão original permite combinar 16 anos; e o maridão, vereador Regino Cruz. toda essa efervescência visual com uma cativante simplicidade e uma surpreendente timidez, que faz Seu temperamento apaixonado se revela ao falar com que muitas pessoas confundam com arrogância, do pai e da admiração profunda que tem pelo homem o jeito arredio nos primeiros momentos ao lado de que veio de uma vida simples, soube educar os filhos quem ainda não conhece. e dar a eles uma sólida base de caráter, além de uma vida confortável e educação. Para o filho, ela reser- Mas tão logo ela se solte, fica fácil perceber que va seu amor maior, sua plena realização na mater- Lu tem o coração do tamanho do mundo. Que o nidade. Com o marido tem uma relação que vai além digam as amigas como a cunhada Suzele, a compa- do amor, e passa por profunda cumplicidade, con- nheira de todas as horas Elaine Hatem, a tia Luíza fiança e respeito. e Penha Lucca. Para elas, e para toda a vida, Lu é só alegria. Uma nota de tristeza turva seu olhar A função de esposa de político, ao contrário do que apenas à lembrança saudosa da mãe, Maria Alice, acontece com muitas, está longe de ser um fardo já falecida. Mulher que deixou muitos ensinamentos para ela. Pelo contrário, é um imenso prazer. Lu é e exemplos. apaixonada pela política, especialmente porque nela encontra uma outra forma de ajudar as pessoas. Por Dona de uma sinceridade marcante admite que isso mesmo, está sempre presente ao lado do mari- desce do salto e se estressa quando duvidam de sua do. palavra. Não se contém diante das injustiças e luta pelas coisas nas quais acredita, mergulhando de Ela não pensa, entretanto, em se candidatar a cabeça em seus sentimentos e ideais. Quando ajuda, nada. Para Lu, bom mesmo são os bastidores, a não espera retorno, mas se entristece diante da ingra- adrenalina, o movimento e as emoções das campa- tidão, um sentimento que ela conhece bem, que já nhas; além do contato diário com as pessoas no a magoou muito, mas que aprendeu a superar. dia-a-dia do mandato do marido. Não por acaso, desde o começo ela faz questão de atuar como asses- Por tudo isso, Lucianni traz a profundidade de sora parlamentar, fazendo exatamente esta ponte atitudes e sentimentos como marca registrada de com a comunidade. uma pessoa de intenso brilho que muito além da alegria tão explícita em sua superfície passa pela Vaidosa, assume com uma gostosa risada o rótulo doçura e calor de um coração sempre aberto e aco- de perua. Sem culpa, faz questão de estar sempre lhedor. Dezembro / 2007



1 Logo à primeira vista, são duas as características que há milagre no tratamento, mas uma série de proce- se destacam na personalidade da oftalmologista Lílian dimentos e auxílios externos que vão permitir que os Teixeira de Paula: a delicadeza expressa pela voz suave pacientes aproveitem melhor sua visão, mesmo estan- e os gestos delicados; e a firmeza que se revela na segu- do ela longe do ideal, adquirindo mais qualidade de rança com que fala sobre tudo – mas principalmente vida e independência. Caminhar sozinho e alimentar- sobre o trabalho, pelo qual é apaixonada – e no olhar se ou vestir-se sem ajuda de outra pessoa são grandes sempre sóbrio, mesmo quando descontraído. vitórias para estas pessoas. Uma impressão que só se reforça à medida que a O objetivo dos recursos usados em Visão Subnormal conversa avança e ainda ganha um novo ingrediente: é o de ampliar a imagem, para que ela seja percebida a coragem. Porque é preciso muita para depois de pela retina. Ou seja, se uma pessoa não consegue ler estabelecida em uma carreira, começar tudo de novo uma letra de determinado tamanho, poderá identifi- em busca de uma nova realização profissional. cá-la se ela for apresentada em tamanho duas, três ou mais vezes ampliado. Foi o que aconteceu com a Drª Lílian. Em 1990, formou-se em Fisioterapia e começou a trabalhar na Essa ampliação da imagem pode ser feita, entre área hospitalar. Muito embora feliz com sua profissão, outras maneiras, através de recursos ópticos e eletrô- o exercício diário dentro do ambiente hospitalar foi nicos. São aparelhos como lupas, lentes especiais, despertando a vontade de cursar medicina. telesistemas, filtros e outros, que devem ser prescritos de acordo com cada caso e depois acompanhados Em 1993, o desejo começou a tornar-se realidade. durante o período de aprendizado da utilização e De volta aos bancos da universidade, em Petrópolis, adaptação ao recurso. ela iniciava sua nova – e definitiva – caminhada pro- fissional. Na medicina, a opção pela oftalmologia tem E é em Governador Valadares que a Drª Lílian a ver com a beleza da área, tão complexa e cheia de escolheu exercer sua especialidade. Desde março deste minúcias. Mas também pode ser atribuída a uma certa ano, ela integra a equipe do Hospital de Olhos de genética familiar, uma vez que o pai e irmã exercem Governador Valadares. Entusiasmada com a mudan- a mesma especialidade. ça de ares, ela está cheia de planos para o futuro próximo. Se o assunto é trabalho, boa parte dele passa Depois de fazer residência no Instituto Hílton Rocha, pelo termo multidisciplinaridade. em Belo Horizonte, a Drª Lílian voltou ao Rio de Janeiro para trabalhar na área. Embora atendendo Consciente de que lidar com pacientes que têm de uma forma geral, dedicou especial atenção à área perda de visão requer uma percepção especial, a Drª de retina. Foi ainda no Rio, mais especificamente no Lílian pretende estabelecer uma interação com outros renomado Instituto Benjamim Constant, que ela profissionais como fonoaudiólogas, terapeutas ocupa- especializou-se no tratamento da visão subnormal, cionais, fisioterapeutas e pediatras. O objetivo é rea- tendo como mestre o Dr. Hélder Costa. lizar um trabalho conjunto para melhorar a adapta- ção dos pacientes às suas realidades. Ainda pouco divulgada, especialmente longe dos grandes centros, esta especialidade dentro da oftal- Já os planos pessoais incluem mesmo é a satisfação mologia tem como objetivo proporcionar aos pacien- explícita em estar de volta para perto da família. Uma tes acometidos de diferentes patologias, como doenças decisão tomada em conjunto com o marido, Roberto congênitas, traumas, degeneração macular, glaucoma Mordehachvili, que também já está plenamente adap- avançado e outros problemas que, lentamente, com- tado, assim como filho, Davi, à vida mais tranqüila prometem a visão, uma melhor utilização da visão que no Rio de Janeiro. Por isso, quando não está que possuem. trabalhando, nada pode ser melhor que curtir peque- nos prazeres cotidianos em família. Como ela mesma costuma dizer aos pacientes, não Dezembro / 2007



Comportamento por Antônia Izanira Lopes de Carvalho Em busca do elo perdido O ano sei precisar: 1964. Período inesquecível para o Bra- tivemos de dividir as contas. Naquele momento, vivemos a sil e o mundo. Rebeldias políticas, o cheiro hippie no ar, os situação contraditória de desejarmos a igualdade dos europeus primeiros soutiens queimados no pátio das universidades por e ao mesmo tempo, os privilégios dados por nossa geração uma nova geração que buscava algo mais, além das tradições americana do Sul. que submetiam as mulheres a certas regras e preceitos ditados pelas avós. Bons tempos aqueles que, embora ditassem os Foi aí, que eu disse a uma mexicana, mais revoltada que primeiros passos da liberdade feminina, todas nós: “Se quisermos liderar como eles, teremos algo a gestavam homens gentis que abriam pagar e não se admire se esse costume cedo, cedo, chegar aos as portas do carro para as namora- rapazes na América, seja na Venezuela, Chile ou Brasil.” E das e nos coletivos levantavam-se ao verem senhoras de pé. Honravam chegou mesmo. Hoje, sentimos, muitas vezes, saudade tanto sua posição, que ai daquele que daquele cavalheiro que lá atrás ficou. Os gestos delicados não pagasse as despesas, quando saíssem com as moças que, cada vez mais inde- de afastar cadeiras, pagar a despesa de uma hora de pendentes, abusavam, entretanto, dos delicadeza em um barzinho, abrir a porta do privilégios e cantavam vitórias carro. Onde erramos e quando dei- alcançadas nesta luta que xamos o extremismo tomar as hoje vem necessitando de rédeas? Não sei. O que temos uma nova leitura. como certeza é a tristeza da inversão brusca que se Mulher independente, fez. Mulheres lideram solta à responsabilidade e mais do que nunca as igualdade em funções despesas de uma famí- antes reservadas apenas lia. São muitas as aos homens, também inteligências solitá- se encontravam na rias que não têm com década de seten- quem discutir temas ta. Lembro-me ligados à sensibilidade de tudo como se e à poesia de viver. E relesse um diá- lamentavelmente, rio escolar. Em chegou um tempo, Paris, onde me em que às vezes, sen- encontrava, era timos saudade do ampa- usual o costume de gru- ro do homem que ficou na pos se formarem após as estrada do tempo. aulas, a fim de se fazer a Sim, é muita saudade leitura de Simone de Beauvoir quando me lembro do e Sartre. Nós, latinas, em busca de integração tempo dos bogarins per- com outras culturas, admirávamos os colegas alemães, sempre fumando os quarteirões da Praça da tão ordeiros, contidos, diferentes dos entusiastas jovens do Liberdade, enquanto das janelas de nossa Novo Mundo. Embora fazendo parte de um universo femini- no recém-libertado de amarras, ainda estávamos habituadas república, ouvíamos serenata à luz dos lampiões que àquela a não pagar contas e a contarmos sempre com as gentilezas época existiam como elementos decorativos da “art nouveau”; de nossos “machões”. Assim sendo, tomamos um susto, quan- ou da lua que espiava friorenta a felizarda mocinha que rece- do fomos convidadas para um jantar pelos germânicos e bia gratuitamente provas de amor. Mas tudo passa, e agora é assumir o que ora conquistamos, mas sem antes deixar de confessar que faz falta a gentileza de um “cavalheiro à moda antiga, daqueles que ainda mandam flores”20 Dezembro / 2007



22 O termo Musa cabe como uma luva para descre- voz ao falar dos filhos, hoje ambos morando em ver, em poucas palavras, o impacto que provoca à Petrópolis para fazer faculdade, é a prova vida do primeira vista, a presença da bela Magali Conceição seu amor incondicional. Uma ligação tão forte que Silva Amariz. Inspiradora de afetos e poemas, ela ela chegou a adoecer quando eles deixaram a casa reflete em seus olhos verdes uma inquietude de espí- dos pais em Valadares para ir para a universidade. A rito que nem a maturidade é capaz de amainar. A “Síndrome do Ninho Vazio” já foi superada, mas o suavidade educada dos seus gestos não esconde a cuidado com os filhos, mesmo de longe, continua o intensidade de suas emoções. mesmo. Além das constantes idas a Petrópolis, ela controla o funcionamento da casa por telefone. Magali é uma mulher surpreendente, que reúne todos os melhores atributos de mãe, esposa, compa- Mesmo cercada do requinte que lhe é natural, Maga- nheira e está sempre disposta a cuidar das pessoas ao li é pessoa de coração simples e generoso, que abre seu redor. sua casa e seu coração com igual simpatia. Uma casa tão clássica quanto a dona, onde o impecável bom Criada de forma conservadora e austera teve uma gosto impera em todos os cantos, refletindo o estilo infância tranqüila, de criança quieta e filha obedien- de ser e se vestir da anfitriã, que, no entanto, graças te, habituada aos modos clássicos e cultura tradicional. à natureza imperiosa que mantém sob o controle de Um recato que se reflete hoje em uma certa timidez, sua educação esmerada, é capaz de ousadias que até que não impede, no entanto, sua delicada franqueza podem provocar surpresas, mas não espanto. ao falar. Habituada a cuidar dos outros, só agora, quando o Casou-se jovem e realizou-se completamente na tempo e a casa vazia na maior parte do dia permitem, maternidade dos filhos Gustavo e Guilherme. Ao ela está aprendendo a cuidar de si e a descobrir peque- optar pela dedicação ao lar e à vida da família, abra- nos prazeres como sessões de ginástica, estética ou çou como apoiadora incondicional a brilhante car- simplesmente momentos de “dolce far niente” na reira jurídica do marido, Dr. Arnóbio Amariz, desde hidromassagem, para relaxar os músculos e evidenciar o começo como advogado em Pirapora até sua nome- ainda mais sua expressiva beleza. ação como juiz de direito, passando por muitos perí- odos de adaptação provocados pelas mudanças e Feminina ao extremo, Magali faz questão de cuidar entusiasmando-se com as vitórias e conquistas do ela mesma de seu cabelo, da pele, e tudo nos mínimos marido como se fossem suas. detalhes. Mesmo no descanso de casa, ela está sempre impecável, elegante em seu porte de Monalisa. Também graduada em Direito, Magali dividiu sua faculdade entre Governador Valadares e Teófilo Otoni, Com a feminilidade à flor da pele, mantém seus retornando aos bancos da universidade com os filhos cinco sentidos sempre aguçados e refinados, o que lhe já em idade escolar. No momento, ela oscila entre a confere um ar sofisticado sem ser esnobe. Com um vontade de seguir também na carreira jurídica com charme peculiar sabe apreciar os bons sabores (prin- uma pós-graduação ou partir para uma outra área de cipalmente dos inseparáveis chocolates, consumidos atuação que sempre atraiu sua atenção: a psicologia. sem culpas e sem prejuízos à silhueta), aromas e tex- turas. Acostumada desde sempre a cuidar das pessoas, talvez nem ela mesma perceba a função de “anjo da Por sua extrema sensibilidade, Magali é também guarda” que ela tende a exercer na vida das pessoas mais suscetível às lágrimas e à comoção. Mas sua ao seu redor. Ouvinte atenta, conversa agradável, uma personalidade lhe garante a medida exata de graça e constante vontade de ajudar a quem precise. valentia suficientes para aprender com as lições do passado e viver no presente e no futuro seus ansiados “Super Mãe” assumida, ela recebe com orgulho o dias de paz. título de mãezona. O brilho dos olhos e a emoção na DDeezzeemmbbrroo//22000077

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A administradora de empresas Margarida Apareci- A partir daí, sempre buscando seu crescimento da de Oliveira acredita que nada é por acaso. E exa- profissional, tornou-se agente de negócios, coor- tamente por isso tem a firme disposição de jamais denadora e tem o merecido orgulho em ser a pri- deixar passar as oportunidades – profissionais e pes- meira mulher a ocupar o cargo de gerente da uni- soais – que aparecem em sua vida. A trajetória per- dade local, ao longo dos 30 anos em que a empre- corrida por ela até chegar à gerência da unidade do sa está em Governador Valadares. Ciente da impor- Senac em Governador Valadares é um exemplo da tância e das responsabilidades inerentes à sua tenacidade do seu espírito, e um espelho para muitas função, ela encara com bom humor a extensa pessoas que acreditam no trabalho e no conhecimen- jornada diária, que quase sempre passa (e muito) to como forma de crescimento. das oito horas habituais e as constantes viagens que seu trabalho exige. Virginiana típica, Margarida é extremamente orga- nizada em todos os aspectos de sua vida. Seu apreço Sua personalidade – forte e decidida – reúne todos pelo método e pela disciplina é perceptível até mesmo os atributos de uma líder nata: organização, equilíbrio em pequenos detalhes, como a harmoniosa disposição para delegar, disciplina, senso prático e a medida exata de seus objetos pessoais dentro da bolsa, por exemplo. para cobrar de seus comandados sem se tornar arro- Tudo tão arrumado que chega a ser digno de nota. E gante. O resultado é uma equipe coesa e um trabalho de sincera admiração. de alto rendimento, que flui com naturalidade e efi- ciência. A escolha pelo curso de Administração de Empresas só reforçou as habilidades naturais de Margarida, Margarida é dessas pessoas que sente um genuíno exímia em planejar e gerir. E foi durante a faculdade, prazer em se entregar ao estudo e se permite, demo- em um período em que também já trabalhava como craticamente, estar sempre aberta a novos conheci- comerciária, que ela começou sua carreira no Senac. mentos. Para ela esta dedicação é sinônimo de cres- A primeira oportunidade foi na área comercial. cimento e evolução.24 Dezembro / 2007

Foto: Betânia Araújo Ao falar de forma tão efusiva sobre suas caracterís- harmoniosa e da forma incondicional com a qual elesticas de liderança e organização, há o perigo de deixar contam uns com os outros.a falsa impressão de um excesso de seriedade na per-sonalidade de Margarida. Ao contrário, sua risada Em casa, seu refúgio para longe das muitas horas diáriascristalina e sua simpatia cativante são tão explícitas de trabalho, Margarida também faz valer seu espírito dequanto seu gosto pela ordem. O sorriso cristalino que organização e liderança. Mas muito mais aproveita paraexibe ao falar do trabalho não deixa dúvidas sobre o exercitar suas habilidades domésticas, seus momentos deprazer que sente diante do dever cumprido e da equi- descontração perto do filho e o lazer com os muitos ami-pe satisfeita. gos. Este sorriso só não é Dona de uma contagiante alegria de viver, Margaridamaior nem mais bri- revela ainda um lado meio “Pollyana”, que procura, comlhante que o que consciência e sem nenhuma alienação, enxergar sempreela tem no rosto o lado positivo de todas as coisas, nem que este seja ape-ao falar da nas um aprendizado proporcionado.família,eprin-cipalmente do Na hora de se divertir, as horas livres do dia são pre-filho. Eles são feridas às da noite. O contato com a natureza, queseus grandesamores, seu freqüentemente a leva para finais de semana longemaior orgulho, da agitação do perímetro urbano, também figu-sentimento que ra entre seus preferidos.aflora quando ela Trocando em miúdos, Margarida é o exemplofala da convivência vivo da mulher moderna, guerreira que cons- trói de sucesso em sucesso a sua história, que vai à luta e vence batalhas. E ainda faz tudo isso sem perder a doçura e a elegância.

Dra. Sabrina e Dr. Alexandre Becalli No dia 14 de novembro, a inauguração do IdermiSala do Assistente Jurídico, Dr. Yuri – Instituto de Dermatologia & Medicina Interna entregou a Governador Valadares uma clínica do mais alto padrão de qualidade. Uma obra conceito classe A que teve a competência, o carinho e arrojo de uma mulher. Seu nome: Marília Miranda. O marido, Dr. Dilermando Dias Miranda, clínico geral e gastroenterologista dos mais tradicionais da cida- de. A filha, Drª Sabrina Dias Miranda Becalli, der- matologista, com especialização em dermatologia no Rio de Janeiro sob orientação da renomada equi- pe Azulay. O marido, Dr. Alexandre Becalli, especia- lista em cardiologia e ecocardiografia, formam a direção do padrão Idermi de qualidade total. Para Marília e Dr. Dilermando em seu novo consultório Recanto do Didi

Qualidade, beleza, requinte,conforto e alta tecnologiaintegrar o corpo de profissionais do Idermi, mando Miranda, o “Recanto do Didi”, comDr. Rodrigo Miranda Chaves Corrêa, espe- móveis exclusivos em estilo rústico paracialista em arritmia cardíaca. E foi una- maior aconchego. Até a filha Sarah, estu-nimidade: da sala de recepção a cada dante do 3º ano de medicina, já tem o seuconsultório, no Idermi está a marca de lugar prontinho. Para o filho, Dr. Yuri Diasquem se preocupa com o bem-estar do Miranda, destinou sala como assistentepaciente. Requinte e conforto refletidos jurídico. Os brindes da festiva primeiranos acabamentos, no mobiliário e na apa- noite do Idermi aconteceram com todosrelhagem da mais alta tecnologia. Marília os bons fluidos para quem soube, como aMiranda pensou em tudo com um amor família Dias Miranda, cultivar amigos porde quem sabe valorizar as conquistas da toda vida. Assim vai ser com a clientelafamília. Consultórios de acordo com a que será conquistada com muita ética epersonalidade de seus ocupantes, jardins profissionalismo pela sua filha, Drª Sabri-de inverno e, para as horas de descanso e na e seu marido, Dr. Alexandre Dias Miran-lazer, ela criou, homenageando o Dr. Diler- da Becalli. Dermatologista Dra. SabrinaDr. Dilermando e Marília com os filhos Sarah, Dra. Sabrina e Dr. Yuri O brinde de Dra. Sabrina e Dr. Alexandre BecalliEm seu consultório, Dra. Sabrina Dias Miranda Becalli Futura doutora, Sarah Dias MirandaDr. Rodrigo M. Chaves Corrêa Dr. Alexandre Becalli e seu novo consultório

28 O sorriso muito simpático no rosto de traços deli- contratada por um dos mais prestigiados escritó- cados e a recepção calorosa dão uma idéia da perso- rios da cidade. Durante o tempo em que ali atuou, nalidade da advogada Milce Lima dos Santos. Mas adquiriu experiência especialmente na área é quando ela começa a falar, com sua voz de impres- empresarial e pós-graduou-se em Direito Civil. sionante firmeza e objetividade, que se percebe ainda Mas um novo desafio estava pela frente, quando mais estas características. Suas palavras e seu jeito foi convidada a advogar para a prefeitura. Desde de se expressar dão a dimensão do tamanho da sua sua entrada para o serviço público, atua como credibilidade pessoal e profissional. advogada da Semov, um trabalho que exige muito e ao qual ela se dedica com a seriedade e compe- Com sua honestidade direta, Drª Milce declara que tência que lhe são peculiares. o que mais faz na vida, até hoje, é estudar. Sua pri- meira graduação foi em Letras, pela Univale (que Apaixonada por sua profissão, não se detém ou ainda era FAFI). Sempre boa aluna e concentrada em desanima diante do muito volume de trabalho e é seus objetivos, desde o 3º período, já dava aulas de organizada o suficiente para ainda manter seu escri- inglês e português em escolas da cidade. Por isso, já tório particular, uma vez que seus fiéis clientes não terminou o curso trabalhando a pleno vapor. abrem mão dos seus serviços. Por todas as suas qua- lidades, a Drª Milce mantém um excelente relacio- Depois de algum tempo, motivos pessoais levaram- namento em todas as esferas jurídicas, algo do qual na a morar em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Lá, muito se orgulha e que a faz ainda mais realizada e a proximidade com alguns projetos humanitários, incansável em seu trabalho. levou-a a ficar cada vez mais interessada e curiosa pelas minúcias da lei. Daí para o retorno ao meio Mas não é só o direito que faz seus olhos brilharem. acadêmico foi um pulo. Aluna da Uniube de Ubera- A voz firme ganha um tom emocional e doce para ba apaixonou-se completamente pelo curso e pelo falar da família e especialmente dos pais Tarcizo Soa- exercício da profissão. res de Lima e Helena dos Santos Lima. A emoção e o orgulho são latentes ao falar de sua criação, cheia de Com um brilho especial nos olhos, a Drª Milce carinho, ao lado dos cinco irmãos. As lembranças da afirma que nasceu para advogar. Ao contrário de infância são sempre de alegria, afeto e uma união muitos colegas, nunca almejou ser juíza ou promo- total, que hoje se estende aos sobrinhos, cujas fotos tora. Para defender suas causas, utiliza-se do seu estão espalhadas pela sua sala impecavelmente arru- grande conhecimento jurídico, sua infinita disposição mada. para estudar, sua clareza de raciocínio, e claro, a excelente oratória, resultante de um talento natural Exemplo de mulher moderna, forte, independen- aliado a técnicas e ao domínio perfeito da linguagem, te, Drª Milce consegue ainda, com rara habilidade, um “bônus” especial de quem estudou o idioma conciliar este perfil com a de uma excelente dona- profundamente no curso de Letras. de-casa. As lições aprendidas com a mãe se refletem no bom gosto presente nos mínimos detalhes da Durante o tempo vivido em Uberaba, Drª Milce decoração de seu apartamento e na sua dedicação trabalhou com mais ênfase nas áreas de processo civil à culinária, que vai do trivial ao sofisticado com igual e trabalhista. Mas depois de 12 anos no Triângulo talento, para deleite dos amigos e especialmente do Mineiro, ela voltou a Governador Valadares, com todo “amorzão”, Jairo José Monteiro. entusiasmo e disposição para ingressar no mercado de trabalho em sua cidade natal, o que levou-a a De bem com a vida, realizada na profissão e na vida deixar currículos nos melhores escritórios de advoca- pessoal, Drª Milce é o exemplo de que trabalho, pren- cia da cidade. das domésticas e uma saudável vaidade podem – e devem – caber em uma mesma personalidade. Logo sua competência foi reconhecida, ao ser Dezembro / 2007



30 Não é preciso estar pertinho da engenheira Miréia são bastante conhecidos da população: a nova Poli- Scherrer Machado para descobrir o tamanho do seu clínica Central de Governador Valadares, a Policlí- alto-astral ou saber da sua felicidade, tanto com a nica de Ipatinga, os CEOs (Centros Especializados vida profissional quanto no lado pessoal. Extrover- de Odontologia), o PAM (Pronto Atendimento Médi- tida, de fala e riso fácil, ela irradia simpatia e bom co) e PSF’s de Ipatinga, além do, em andamento, humor. Também não é preciso acompanhar de perto Plano Diretor Arquitetônico do Hospital Municipal a sua rotina mensal para entender que a moça tem de GV, bem como o 3º andar do prédio, cuja obra uma certa vocação para “Mulher Maravilha”, um deve começar em breve. Isso sem falar nas muitas lado bravo, de leoa, que ela guarda para exercitar clínicas e outros estabelecimentos particulares, uma no trabalho, que tanto exige dela. vez que as regras da SES valem para qualquer esta- belecimento destinado ao uso público como escolas Porque fica difícil encontrar outro adjetivo para e anfiteatros, por exemplo. uma jovem profissional, que com 10 anos de carrei- ra responde por uma empresa superconceituada – a Tamanhas responsabilidades não assustam Arqhosp, especializada em projetos para estabeleci- Miréia. Pelo contrário. Quanto mais trabalho, mais mentos assistenciais de saúde, atua em uma área de ela se dedica. Além da pós-graduação, ela faz mui- grande dificuldade e ainda tem fôlego para viver em tos outros cursos de menor duração e todos os anos uma constante ponte área que começa em São Paulo participa do Congresso Internacional de Arquite- e vai até Frei Inocêncio, passando por Belo Horizon- tura Hospitalar. E já pensa em partir para o mes- te e Governador Valadares, todo mês. trado, tão logo conclua a pós. O resultado vem com o reconhecimento de um trabalho que vai muito além Trabalhar muito, estudar, cuidar da casa, do mari- de cálculos, orçamentos e escolhas de materiais. do e do filho, ser mãe, companheira amiga e dona do lar requer muito fôlego, e no caso de Miréia, dis- Quem trabalha nesta intrincada área tem que pen- posição redobrada para fazer e desfazer mala. Desde sar sempre nas condições e no conforto do paciente: que se mudou para São Paulo, com o marido, Ânge- se estará em cadeiras de rodas, se é idoso, cego, por- lo Paulo Santos Ferreira, em 2004, ela mantém cons- tador de necessidades especiais; pensar como ele vai tantes idas e vindas, uma vez que boa parte do tra- acessar este local, como será feito o atendimento, o balho da Arqhosp é em Valadares, Ipatinga e região. fluxo, e vários outros detalhes. E tudo isso seguindo rigorosas normas da Anvisa. Com o começo da pós-graduação em Engenharia e Arquitetura em estabelecimentos assistenciais de Cansativo? Complicado? Para muita gente sim, saúde, sua rotina passou a incluir dois finais de sema- mas Miréia consegue tirar de letra todo este trabalho na em Belo Horizonte, todos os meses, para as aulas e ainda dar atenção a tudo e a todos, inclusive ela na UFMG. E como muitas vezes o filho vem junto, mesma. Mas ela não se esquece, em nenhum momen- as temporadas em Valadares incluem também Frei to, que o apoio da família (e aí se destacam o super Inocêncio, onde moram os pais (e avós corujas). incentivo do marido, e mais os pais, cunhada, irmãs, sogra) tem sido fundamental para o sucesso desta Inteligente e muito estudiosa, Miréia começou a caminhada. trabalhar na complicada área de estabelecimentos de saúde logo depois de formada, seguindo os passos da Em São Paulo, tenta usufruir a intensa vida cultu- irmã, Miriléia, que já atuava neste segmento. Hoje, ral da cidade. Ao lado do filho, Ângelo Paulo, o tempo sua empresa, a Arqhosp, é reconhecida pela qualidade é para virar criança, brincar, fazer carinho, exercitar dos projetos, todos aprovados pela Secretaria de Esta- o amor incondicional de mãe que planejou a vinda do do da Saúde, que é o órgão fiscalizador responsável. filho para tornar completa a felicidade da família à qual se dedica com igual intensidade. Muitos dos projetos feitos pela Arqhosp na região Dezembro / 2007

Foto: Betânia Araújo

Gente Wilma Trindade Ano de ouro para o dinâ- Ano de ouro para Edmílson Soares que somou mico ex secretário de Governo à sua administração, o sucesso da 10º Expoleste regis- Darly Alves, hoje Secretário de trado com a presença do Presidente da República, Planejamento. Para quem as no dia, José de Alencar. E diga-se, a primeira a ter batalhas não cessam. Mas é per- essa honra. A estrela de Edmílson Soares continua a sonalidade formada para vencer. brilhar. Admirado por sua simpatia, capacidade de abrir portas e cativar, fecha 2007 sendo reconduzido Ano de ouro para a Vale ao cargo de presidente da ACGV e como Secretário de Esporte, Cultura e Lazer, uma escolha do Prefeito José do Rio Doce, as ações mais cobi- Bonifácio Mourão que lhe presenteou, de cara, com çadas e mais rentáveis do Brasil. carta branca para erguer o ansiado Centro de Con- Em GV ela fez acontecer em par- venções com dinheiro em caixa. ceria com a administração do prefeito José Bonifácio Mourão. Valadares vira outra, com as obras, fruto dessa parceria.Fim de ano. Cômputo geral. 2007, ano difícil para muitos e de ouro para Ano de ouro para a Ano de ouro para o advo- marca Mais Mais conso- gado Gilberto Hastenreiter. Com lidada com o sucesso a família realizou sonhos e mos- absoluto da 5ª Festa do trou a que veio. Para ser feliz e proporcionar felicidade. A festa Troféu Mais Mais, da oferecida pelos 15 anos da filha Revista do Troféu, e Brenda impulsionou para a volta dos coquetéis de lan- do glamour na vida social de çamento, que brin- GV. daram a credibili- dade das Revistas Savoir-faireMais Mais Perfil. Foram dois. Mais MaisPerfil Homem e Mais Mais Perfil Mulher, Altino Machado de Oliveiraambas na 4ª edição. De 2008 só esperamos Júnior e Juliana Tavares – Ele, oMais Mais. poder da Faculdade de Direito de Governador Valadares - FADIVA-Ano de ouro para Carlão Reis, Juce- Tininho e Juliana na festa de Brenda Hastenreiter LE e diretor da União Ruralista, respeitado, admirado, bem rela-lino Lopes Farias e Ronaldo Lopes de Paiva, cionado, que se entrega ao tra-os diretores da Mafrial – Matadouro Frigo- balho com seu savoir-faire e pulsorífico Ltda , empresa que em 2007 abateu forte. Juliana Tavares, o frescorcerca de 10.000 bovinos por mês e propor- da beleza em química perfeitaciona ao setor agropecuário dos Vales do com o nome de berço. A junçãoRio Doce, Mucuri, Jequitinhonha , Zona dos dois acrescenta glamour eda Mata e Vale do Aço oportunidade e qualidade a qualquer evento.alternativa. Preocupada com o meioambiente está investindo cerca deR$900.000,00 em obras de tratamento deseus afluentes líquidos e gasosos. 32

Ano de ouro para o glamour, compe- tência e arte de Luciane Sabbagh. O lançamento de sua nova coleção de jóias vendeu como água. Um sucesso estrondoso. Claro que GV jamais viu peças tão belas e acessí- veis. O futuro da griffe Luciane Sabbagh desig- ner de jóias, está conso- lidado.alguns privilegiados da Planície. Joir de vivre Isabel Miranda Pereira, uma amiga para todas as horas, per- sonalidade de alegria marcante, e neste fim de ano, mais feliz da vida com a formatura do filho Leonardo, o nosso Léo da XX que se tornou Bacharel em Administração pela FAGV 2007. Perfeito para continuar à frente do Monalisa Jump Bar e mais empreen- dimentos desta família top de linha.

34 Se fosse preciso uma única palavra para defini-la, o show comemorativo que acontece nos dias 15 e 16 seria energia. Este é, sem dúvida, o ingrediente de dezembro, no Teatro Atiaia, muitas ex-alunas – que principal na vida da professora de dança Neuzanne hoje estão fora da cidade fazendo faculdade – esta- Assis. Adicione a ele pitadas generosas de fé, alguma rão de volta para mais uma vez dançar ao lado da irreverência e muito bom humor. E claro, a criati- “Tia Zane” nesta data tão especial. vidade nata de quem nasceu para viver sob o signo das artes. No palco, à espera do calafrio que sempre há de percorrer a espinha quando soa o 3º sinal, ela e suas Diante desta poderosa mistura, fica até difícil mais de 100 alunas vão contar um pouco desta his- imaginar que ela caiba toda na figura “mignon” de tória em ritmo de jazz, moderno e contemporâneo, Neuzanne, que foi abençoada pela natureza com o ao som de uma trilha que faz viajar no tempo e no biótipo perfeito das bailarinas: pequena estatura, espaço. Tudo isso marcado pela energia e pelo ecle- estrutura delgada e delicada, gestos graciosos e fir- tismo tão característicos de Neuzanne. mes. E essa energia inesgotável que salta aos olhos e ela canaliza quase que na totalidade para exercer Como tema do espetáculo, ela escolheu uma frase uma grande paixão, que por mais de duas décadas, que também faz valer sempre em sua vida: “Todo mais que isso, tem sido também sua profissão: a encanto que buscamos está naquilo que acredita- dança. mos”. E é por acreditar firmemente na arte que ensina às suas alunas e que encanta tantos corações, O prazer pela dança, pela arte, está explícito em que ela faz do seu trabalho algo alegre, saudável e cada gesto de Neuzanne. Sua história com ela come- iluminado. çou muito antes, ainda na infância, quando descobriu como exercitar corpo e mente, ampliando os limites Foi também com muita fé, e literalmente, muito de ambos a cada descoberta da consciência corporal. suor, que ela consolidou sua trajetória ao longo desses Um processo que começou por instinto, primeiro com 21 anos. Hoje, seu “Espaço de Dança” oferece aulas a ginástica olímpica. Depois com o balé, que como de danças para crianças e adolescentes de todas as toda uma geração, foi aluna da professora Ofélia idades, desde as pequeninas dos 4 aos 7 anos (baby Domingues, precursora da dança clássica em Vala- jazz), dos 8 aos 11 anos (jazz kids), dos 12 aos 14 dares. Mas foi na energia, no ritmo e na agitação do anos (teen jazz) e acima dos 14 (modern jazz). jazz que Neuzanne encontrou seu estilo, quando ainda era aluna da pioneira Núbia Brandão. No meio de tantas aulas, Neuzanne ainda encontra tempo para manter sua linha de roupas de ginástica, Quando já estava ensaiando vôos mais ambiciosos a “Eu Danço”; acertar os muitos detalhes para o que os de aluna, mudou-se para Pouso Alegre, no Sul espetáculo; ser a mãe orgulhosíssima (e assumida- de Minas. Uma época boa, saudosa mesmo, das pri- mente) do filhão Felipe, um jovem advogado e exímio meiras experiências como professora de dança. Mas instrumentista; dedicar atenção e afeto aos pais Nílton é a partir do seu retorno a Governador Valadares, em e Maria, sua força, seu sustentáculo, sua inspiração 1986, que ela começa a contar, oficialmente, sua de todos os dias; e no meio disso tudo ainda abrir seu carreira profissional, que este ano chega à “maiori- coração para um grande e renovado amor. dade”. Mesmo com toda a força e energia que lhe são pró- E a comemoração, como não poderia deixar de ser, prias, a correria típica do fim do ano dá uma certa será no palco, fazendo o que mais gosta e ao lado das canseira até em quem tem tanto fôlego. Por isso, em melhores companhias que poderia ter: suas alunas, seus planos imediatos, para logo depois do espetácu- com quem tem uma relação de educadora, mas tam- lo, estão alguns dias de férias, apenas o suficiente para bém de grande afeto e cumplicidade. Tanto que, para recarregar as baterias e voltar cheia de disposição, porque ano que vem começa tudo de novo. Dezembro / 2007

Foto: Betânia Araújo

Viajar Por Ana Karina Dutra A parte filosófica (ou poética, como queira!)V dos picos e perceber que somente ali aquela A tortura Viajar é experiência. É bagagem sem peso pequenina flor azul e rosa nasce, cresce e que se leva vida afora contendo valor ines- morre sem se importar se há alguém para Definitivamente, a maioria das pes- timável. O dinheiro investido numa viagem, apreciá-la ou somente o sol que nos aquece soas não sabe viajar e por isto desper- se aproveitado como uma experiência de a todos... diça dinheiro, tempo, desgasta rela- fato, retorna em informações, mudanças de cionamentos, arrisca sua vida e de atitude, expansão de horizontes e incremen- Afinal, viajar não é apenas arrumar - e outras pessoas, desrespeita a si e ao to das opiniões pessoais. E muito, muito desarrumar - malas, sentar em mesas de próximo e muitas vezes perde grandes mais coisas que somente a vivência demons- bares, restaurantes, botequins charmosos e oportunidades de dar bons exemplos tra e demonstrará. pedir a bebida da moda, da tradição. Viajar àqueles que consigo convivem. Viajar é ler o mundo, cada pedaço de chão é muito mais do que lembrar de quem ficou, por onde passamos. Perto ou longe, alto ou e levar-lhes souvenirs. Viajar é lembrar de si Quem nunca viu um casal brigar plano: é postar-se à beira do lago, e observar mesmo, fazer-se imergir nos sons, nos chei- diante dos filhos por que um ou outro que em sua margem as pedras são cascalhos ros, nas cores e nas feições dos estranhos, do esqueceu de colocar entre a bagagem lisos de diferentes tonalidades; que entre eles novo que de repente, por uma programação aquele protetor solar infantil, ou o há limo no qual podemos nos escorregar se de férias, de passeio, diversão ou mesmo brinquedo da menininha que chora ousarmos entrar na água, ou sobre o qual necessidade, se apresentam diante de cada na areia por que não tem um balde poderemos sentir o deslizar de substâncias um. de plástico que a ajude na construção puras que massageiam nossa pele ao mesmo de seu castelo? tempo em que começamos a lavar os pés e Viajar é chegar no mesmo destino e ver a alma... No olhar da vegetação refletida nas coisas novas, ainda que no sempre familiar Quem nunca presenciou – ou foi águas do mesmo lago e ver que bem ali, cenário. É saber que aquelas pessoas que vítima – daquele grupo de infantes diante de nós, estão duas realidades de uma nos permitem usufruir de seu pedaço de chão que correndo alegre pela praia chuta mesma coisa. estão repletas de riquezas prontas a ser com- areia pra todo canto, inclusive pra Viajar é assim: ver realidades diferentes partilhadas num segundo que seja, através cima de você? Ou quem jamais se de uma mesma cidade, povo, costume... É de um olhar sorridente. importou com o motorista que, com entender o porquê de uma reta alaranjada- o carro abarrotado de bagagens e mente roxa dividindo em duas partes iguais Viajar é muito mais do que as palavras crianças, faz uma ultrapassagem a negritude da madrugada. podem expressar, do que as fotos e vídeos irresponsável pelas nossas já tão peri- Quem nunca se surpreendeu com uma podem mostrar e do que nossa imaginação gosas estradas? E o garçom que esque- cadeia de montanhas vista do alto? Ou vista pode criar. Viajar é viver, aqui mesmo, no ceu de trazer seu pedido há tanto de baixo? Como subir no morrinho e sentir- bairro vizinho, na cidade ou distrito próximo, solicitado? se no topo do mundo, e estar no mais alto ou no país do outro lado do Atlântico. É muito além do que a geografia pode traçar Afinal, eu me pergunto sempre: em em mapas e rotas. que diacho de lei está determinado que viajar é obrigatório no mês de36 janeiro? Nos feriados prolongados? Onde está escrito que não seja possí- vel combinar com o orientador peda- Dezembro / 2007

ou a bonançagógico da escola onde seu filho se e desrespeito que vemos emestude, uma data alternativa todo final de ano, verão e car-para que ele possa faltar a alguns naval, serão compensadosdias de aula em prol de uma via- muito mais pelas experiênciasgem em família que seja mais do que pelo “auê” de ter saídotranqüila, segura e proveitosa? de casa por alguns dias como o seu vizinho também fez. Por que as pessoas buscamtanto sua individualidade e Isso porque viajar será estadoquando se trata de viajar e poder de espírito que só existirá quan-conhecer novos lugares e pesso- do for cultivado de maneira cons-as elas não conseguem fazer isto tante, sensível, sábia e extrema-sem ter um “conhecido” junto? mente ampla. Viajar somente seráJá vi muita gente deixar de via- lazer e vantagem quando bemjar porque não tinha “compa- planejada (se uma viagem soli-nhia” para viajar... Quanta tária, consigo mesmo; se umaperda de oportunidades para a viagem em grupo – familiar ouvida inteira! de amigos – com todos), alter- nativa e criativa, vendo e ante- O estresse de se viajar em vendo além do senso-comum,‘alta-temporada’, chegar na sem perdê-lo no entanto.praia ou na montanha, e ter filade supermercado pra enfrentar, Lembre-se: viajar não é ficarbriga por uma mesa no restau- como que possesso por algumrante na hora do almoço, engar- “espírito maligno”, reclamar,rafamento na estrada, na cida- correr nas estradas (só pra che-de, na ponte e sem falar nos gar dez minutos antes!). Viajaraeroportos (!)... Toda essa con- é somente lazer, diversão, jeitofusão e desgaste emocional-psi- novo de ver o mundo e a vida...cológico têm algumas razões Viajar é estado de espírito, é pre-básicas: falta de planejamento, paração relaxada e tranqüilamassificação de idéias e falta de daqueles dias sonhados durantecriatividade. um ano inteiro. É ter atitudes que alimentem clima saudável Quando viajar for um lazer de respeito entre as pessoas. Boadesde sua concepção de datas, Viagem!destinos, desejos, então o estres-

Cultura Por Paula Greco APor CausMa dua lhcena é um clássico da ficção dos anos 70/80, o acontecer,emambasasversõesdalenda,atéamorte momento de clímax da primeira versão para o cine- de Menelau. A partir daí, os finais são controversos. ma do mais poderoso super-herói dos quadrinhos. Mas a guerra não. Quem tem mais de 35 anos certamente pode acom- Novo corte, agora para uma lenda Bretã. A mais panhá-la (e muitos com os olhos rasos d’água) em famosa de todas, do Rei Arthur. Coroado ainda ado- tela grande no cinema ou repetidas vezes na telinha lescente, ele tornou-se um grande conquistador, guer- em sessões da tarde ou de domingo. reiro vencedor de muitas batalhas, um homem divi- O Super-homem, imortalizado pelos olhos azuis, o dido entre o cristianismo e as religiões pagãs; entre o furinho no queixo e o “pega-rapaz” de Christopher amor do amigo e a paixão por sua rainha. É Guine- Reeve, depois de conter desabamentos, enfrentar vere, a rainha católica desposada pelo rei de educação vilões e salvar a humanidade, se depara com Lois bárbara, a grande responsável por todos os seus con- Lane morta entre escombros e ferragens de um carro. flitos, e pela traição de seu melhor e mais fiel amigo, Neste momento, o amor altruísta do herói cede lugar Lancelot, que também se apaixona por Guinevere. A ao desespero de um simples mortal apaixonado e partir daí se desenrola a tragédia que vai culminar como único recurso para enganar a morte, ele gira com a decadência do reino de Camelot. ao redor da terra até que ela reverta seu movimento Corta de novo. Desta vez, para uma história real. de rotação, voltando alguns minutos no tempo e Na Inglaterra do século XVI, o rei Henrique VIII, chegando no momento exato para restaurar a vida seduzido por Ana Bolena, que não se contentou com de sua amada. o posto de amante, foi solicitar ao papa Clemente VII, Corta para a mitologia grega. Em Tróia, a disputa a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. entre Menelau e Páris não era por território ou poder, O pontífice, pressionado pelo rei Carlos da Espanha mas pelo amor da bela Helena, filha de Zeus com (sobrinho de Catarina), negou o divórcio ao monarca uma mortal, Leda. Ferido em sua dor de marido inglês. Henrique VIII rompeu com o papa e com o roubado, o rei de Esparta organizou a célebre invasão apoio do Parlamento, transformou-se oficialmente no dentro de um cavalo de madeira e guerreou por sete chefe supremo da Igreja na Inglaterra e pôde enfim, anos, até matar seu oponente Páris, com o único casar-se com Ana. Como nas lendas, a relação foi objetivo de ter Helena de volta, o que acabou por tumultuada (e bastante breve, com a rainha sendo decapitada menos de cinco anos depois do casamen- to), e o rei acabou entrando para a história não ape- nas por ter provocado a ruptura da Inglaterra com a Igreja Católica, criando a Igreja Anglicana, mas pelos seus muitos casamentos; seis no total. Mas o que, afinal de contas, todas essas histórias - e muitas outras que não foram mencionadas aqui - têm em comum? A presença de grandes mulheres, que, por sua simples existência, graça e poder de sedução, mudaram o rumo da história, seja ela real ou fictícia. Musas, fontes de inspiração, pivôs dos acontecimentos. Mais que protagonistas, elas são a causa e a conseqüência de poemas, guerras, tragédias e romances, movendo como rainhas de um tabuleiro12 de xadrez os homens ao seu redor. Dezembro / 2007

lher... “Super-Homem, a canção” E entre todas, não foram as contadas desde os tempos imemoriais, mas aquela criada pelo roman- Gilberto Gil tismo contemporâneo, a que inspirou nosso grande artista e ministro da Cultura Gilberto Gil a escrever Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria uma das mais belas canções de seu repertório. Foi Que o mundo masculino tudo me daria inspirado pela cena que inicia este artigo que Gil Do que eu quisesse ter decretou, sintetizando de forma linda e poética, o que Que nada, minha porção mulher que até então se enterneceu, tornou humano e fez doer o coração do resguardara homem de aço: “Quem sabe o Super-homem venha É a porção melhor que trago em mim agora nos restituir a glória, mudando como Deus o curso da É o que me faz viver história por causa da mulher”. Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera Ser o verão no apogeu da primavera E só por ela ser Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória Mudando como um Deus o curso da história Por causa da mulher Dezembro / 2007 13

Isso é quentePorPaulaGrecoLIVROSElite da Tropa: Por que Homens Jogam & Mulheres No embalo do filme nacional mais segurança, traficantes, políticos e policiais. Compram Sapatoscomentado de 2007, o antropólogo Luiz Uma narrativa de ficção, onde fatos eEduardo Soares, e dois policiais, André cenários reais foram reescritos em parte Confesso que, logo de cara, o que me atraiuBatista e Rodrigo Pimentel, criaram, a ou no seu todo, com outros nomes para foi o título, especialmente a segunda parte.partir de experiências reais, uma ficção que lugares e pessoas tivessem sua iden- De certa forma, nem que seja por força desurpreendente, que mostra o cotidiano de tidade preservada. uma expressão metafórica, que a compulsãotreinamento da tropa de elite da polícia pelos sapatos é muito mais comum do quebrasileira sob a ótica do próprio policial. O título já está na lista dos mais vendi- se pensa. O livro “Por que homens jogam & dos em todas as bookstores e sites do Bra- mulheres compram sapatos - Como a evo- Eles obedecem a regras estritas, as leis sil. lução molda nosso comportamento” procu-da guerrilha urbana. Na dúvida, mate. ra explicar, a partir da psicologia evolucio-Não corra, não morra. Máquinas de guer- nista, o porquê das diferenças entre homensra, eles foram treinados para ser a melhor em pequenas ações. A linguagem utilizadatropa urbana do mundo, um grupo peque- pelos autores Alan S. Miller e Satoshi Kana-no e fechado de homens atuando com zawa é leve e bastante interessante ao mos-força máxima e devastadora. trar que muitos comportamentos humanos (em diversas vertentes cotidianas como A primeira parte do livro concentra rela- sexualidade, relacionamentos, violência,tos impressionantes dos policiais de elite. religião, política, economia, (entre outras)Na segunda, um dos personagens segue podem ser explicados de forma original deuma trama envolvendo autoridades de acordo com o sexo.DVD´sSimplesmente Amor que mal conhece. A jovem americana há muito tempo espera uma chance de sair com o cole- (Love Actually) ga de trabalho por quem é perdida e silencio- samente apaixonada. O astro do rock, em fim Comédia romântica da melhor qualidade, casa muito bem casada suspeita estar sendo de carreira, tenta um retorno ao palco de umcom direção e roteiro do excelente Richard traída pelo marido. A recém-casada descon- jeitobemdescompromissado.E,assim,oamorCurtis (responsável por roteiros consagrados fia dos sentimentos do melhor amigo do mari- vai transformando a vida de todos os perso-como Quatro Casamentos e Um Funeral e do por ele. Um menino deseja chamar a nagens em um caos total, com alguns finaisUm Lugar Chamado Nothing Hill) e a decan- atenção da garota mais inatingível da escola. felizes e outros nem tanto. No elenco, estrelastada sutileza do humor inglês, o filme traz dez Um viúvo tenta se relacionar com o enteado do quilate de Hugh Grant, Liam Neeson,deliciosas e singulares histórias de amor que EmmaThompson,AlanRickman,ColinFirth,se entrelaçam de alguma forma em um encan- Claudia Schiffer, Rowan Atkinson (em umatador conto de natal. São vidas e amores de hilária participação especial), Billy Boblondrinos que colidem e se misturam. O novo Thornton e para nós brasileiros, um bônusprimeiro-ministro inglês se apaixona por uma com presença – tímida, porém linda – dede suas funcionárias. Um escritor se refugia Rodrigo Santoro. Providencie a pipoca, ono sul da França para curar seu coração e chocolate, espere uma noite de chuva e pre-acaba encontrando o amor. Uma dona-de- pare-se para beijar muito!40 Dezembro / 2007

Múscia Vander Lee Da nova (e nem tão nova assim) leva de (música para sentir “no artistas mineiros, ele é sem dúvida, o maior expoente. Visceral. Intenso. Suave em algumas interior do seu interior”) ocasiões. Pura competência. Vander Lee tran- sita entre o balanço do samba e tentalizantes baladas com toda graça, para deleite do públi- co. Muitos artistas já gravaram suas canções, impingindo-lhe a pecha de compositor. Mas Vander Lee também esbanja charme e talen- to como intérprete. Até aqui, todo o seu tra- balho é digno de nota, mas é possível obter uma mostra bastante consistente a partir dos dois CD’s gravados ao vivo pelo cantor/com- positor. “Ao Vivo” foi gravado em 2003, reu- nindo canções que já foram gravadas por outros artistas e tem participação especial de Elza Soares, que curiosamente, até o momen- to, não tinha gravado nada dele. O mais recen- te, “Pensei que fosse o céu”, tem uma compi- lação de seus trabalhos de estúdios anteriores, e mais inéditas, além de uma participação de Zeca Baleiro. Difícil dizer qual o melhor. De qualquer forma, é só apertar o “play” e embar- car numa deliciosa viagem musical. Dezembro / 2007 41

Giselle com sua mãe Marilene e sua avó Francisca42 Dezembro / 2007

Foram seis meses de badalação. E festa de Brenda Hastenreiter foi realmente o Debut do Ano. Da emocionante Missa de Ação de Graças na Catedral à deslumbrante, recep- ção, tudo foi MAIS MAIS que o imagina- do. Os pais Gilberto Hastenreiter e Giselle Martins Hastenreiter, um rei, uma rainha e suas princesas fizeram do Ilusão Esporte clube um salão real onde toda a nobreza convidada se embeveceu e se encantou com o fausto e a arte de bem receber. Requinte, beleza e descontração. Uma liga perfeita que fez as luzes e som da banda e do DJ brilharem após as 6 da manhã. Um acontecimento que ficou registrado na história da vida social da Planície como a melhor festa de 15 anos dos últimos tempos. Com o bisavô Euclides Hastenreiter E com o avô materno José Teixeira MartinsCom o tio E com o tioLuíz Márcio Sérgio Martins

Cinema Por Paula Greco DSehhJi“oGascmrmtnrieóanoue,hrerssioatmoaesmSssa-ppaqaaD(emluedtareeeeslarotrrtgnoinrceonaaaamrtngnaaisevoufdnAo.omasslra”mTenddVaoo)ms ‘Who’s t Sábado à noite, nada para fazer e aquele calorão que bonitinho, com cabelos claros, olhos escuros e um ar de não deixa ninguém dormir. Zapeando pelos canais de filme, desprotegido de arrasar corações. reconheci uma das cenas iniciais de “Sexo, Mentiras e Videotape”, um filme até meio antiguinho, de 1989, mas Mas a meiguice do moço pára na aparência. Em quase um dos meus preferidos entre todos os que já assisti (e não 30 anos de carreira, ele tem mais de 40 filmes no currícu- foram poucos). lo. Do tipo “Blockbuster”, apenas um, Stargate, uma ficção científica de primeiríssima que estrela ao lado de O sono, que já começava a bater, foi logo embora dian- Kurt Russel. E claro, o próprio SMV, que na época, foi te da perspectiva de rever toda a história, e principalmen- considerado polêmico (como aliás, boa parte da obra do te o excelente – e premiado – trabalho do protagonista, diretor Steven Soldeberg), mas tornou-se um “cult”, James Spader, um ator de quem eu sou fã declaradíssima. premiado em festivais como Cannes e Sundance e indica- Filme preferido na tela, ator preferido em cena, ou seja, do a vários outros prêmios tanto para o roteiro quanto as diversão garantida. atuações de Laura San Giácomo, Andie MacDowell do próprio Spader, que entre outros prêmios, foi Palma de Ajeitei-me no sofá e estava totalmente concentrada na Ouro em Cannes naquele ano pela sua interpretação do história quando minha filha entra na sala e a partir daí, frágil Graham Dalton. travou-se o seguinte diálogo: Entre os demais papéis, algumas poucas comédias e quase Ela: “Que filme é esse?” uma dúzia de vilões em filmes para adolescentes dos anos Eu (sem paciência): “Sexo, Mentiras e Videotape”. 80 (ele interpretou, por exemplo, o malvado Steff, que Ela: “E quem é esse cara?” tentou de todas formas impedir o amor entre os protago- Eu (com má vontade): “O James Spader”. nistas de “A Garota de Rosa Shocking”, um clássico teena- Ela (de novo): “Quem? Eu conheço ele de algum ger dos tempos das saias de babados coloridos, calças “semi- lugar?” bag” e rendinhas “a la Madonna” em Like a Virgin. Eu (querendo ver o filme e acabar com a conversa): “É o cara que faz o Alan Shore, em Boston Legal, mas aí ele Mas a especialidade de Spader são mesmo os papéis está novinho, o filme tem quase 20 anos”. estranhos ou em filmes estranhos. Evoluindo da categoria Ela (só para perturbar): “Ah, é o cara, então... agora eu “bad boy”, ele encarnou alguns vilões de arrepiar, mas entendi porque você gosta tanto dele. Não é que ele era principalmente personagens com problemas de caráter, bem bonitinho antes de ficar velhinho?” personalidades duvidosas, fetiches que ultrapassam a Essa, é claro, eu nem respondi. Uma almofada voadora barreira das sociopatias, e até mesmo na condição de pôs fim ao diálogo, e logo ela sossegou do meu lado para mocinho, sempre com algum mistério, algo de sinistro na ver o filme. E também para ver o James, que além de tudo história. Ou seja, um currículo perfeito para se tornar um era mesmo um moço (e hoje um jovem senhor de 47 anos) “muso esquisito”.44 Dezembro / 2007

Por Paula Grecothat guy?’ Depois de viver um certo ostracismo em sua carreira (no final dos anos 90 e começo desta década, principalmente), Spader reencontrou-se com sua melhor forma na TV. Con- vidado para uma participação especial em uma série sobre os bastidores dos tribunais de Boston, ele, já em 2003, levou o Emmy (uma espécie de Oscar da TV americana) de melhor ator pelo papel. E ainda ganhou o status de protagonista em Boston Legal, série com o mesmo tema, que derivou de sua participação na anterior e já está em sua quarta temporada de extremo sucesso nos EUA. Aqui no Brasil, o canal a cabo FOX exibe a terceira tem- porada (as duas primeiras já estão disponíveis em DVD), infelizmente em versão dublada. Mas vale a pena assistir porque Spader, mais maduro e gorducho, está impagável na pele do advogado Shore, uma verdadeira águia dos tribunais, dotado de nenhuma ética, um senso de humor absoluta- mente pervertido e um charme, digamos assim... estra- nho! O papel lhe rendeu este ano mais um Emmy de melhor ator. Concorrendo com o excelente James Goldfinus, prota- gonista de Família Soprano e favorito absoluto no último ano de sua série (que fala sobre uma família de mafiosos), Spader subiu ao palco com ar de grande surpresa e ao agra- decer o prêmio, disse somente: “Me sinto como se estivesse roubando a máfia!” Uma declaração do ator, mas típica de seu personagem. * O título desse artigo está em inglês somente porque é uma brincadeira com a pergunta feita pela minha filha e o nome de uma música da Madonna, “Who’s that girl?”

Empresarial Por Wilma Trindade Maria Maria Reveillon Vestir-se bem, ser elegante, ter classe são desejos do Este ano, a virada para 2008 será no Filadélfia. ser humano independente do gênero. Mas são Sua diretoria se esmera. Para comandar a festa mais atributos que necessitam ser cultivados e muitas chic do ano trazem a Banda Calistones e ainda uma vezes lapidados. Da ala feminina, Maria Barra mega estrutura de boate com o Dj Ed Willian no salão é exemplo dessas qualidades que ela, com todo social com vista privilegiada para o grande show carinho, expressa em sua Maria Maria, uma das pirotécnico. Vale correr para reservar sua mesa. O mais tradicionais boutiques classe A da cidade. buffet está um luxo. Instalada no point fashion de GV (Barão do Rio Branco com Israel Pinheiro), a Maria Maria Expoagro 2007 tem de luxuosos vestidos de festas a roupas casuais que distinguem sua personalidade. Outra mulher invejável, por sua beleza e compe- Suas clientes sabem que podem confiar no tência, é Juliana Tavares. Ao lado da diretoria da União seu bom gosto. Ela está sempre pelas capitais Ruralista ela é uma das peças-chave no grande mosai- da moda selecionando sempre o melhor. Afinal, co que representa empreender a Exposição Agrope- a Maria Maria veste ladies da Sodami, da Casa cuária de Governador Valadares. Você já viu quem da Amizade, do Lions, do Rotary, mulheres de vem para a Expoagro 2008? A cidade vai ferver no vida social intensa que precisam estar elegantes parque José Tavares Pereira nos dias 4 a 13 de julho com as atrações contratadas. A temporada country mesmo no casual wear. Up to date, Maria Barra sabe vai ser o máximo. Gino & Geno, Bruno & Marrone, que fim de ano tem formaturas, férias, Natal e César Menotti & Fabiano. Se prepare. Reveillon. Vale conferir!46 Dezembro / 2007

Cirurgia de catarata emRepfreeisçaõreiasis com implante de lentes multifocais Romara Machado, uma jovem com a determinação que Deus lhe deu, abriu a sua O conceituado oftalmologista Dr. Alimentar - Refeições Empresariais, emGilberto Boechat sempre buscando sociedade com o seu irmão Júnior Machado,tecnologia de ponta, esteve em São uma empresa que já tem em sua carteira dePaulo participando, na USP, do 10º clientes a Odebrech. Para não dizer mais,CongressodeOftalmologia.Umfórum para atender na obra da construção da Usinaavançado para cirurgiões com grande de Baguari, a mocinha levanta às três daexperiência em cirurgia de catarata, manhã. Assim, trabalhando com esse afinco,que teve ênfase especial em implantes competência e boa vontade, vai longe.de lentes intra-oculares multifocais,as que corrigem a visão para longe e Bolsas e Bolsaspara perto em pacientes portadoresde catarata, bem como em pacientes E não há como passear pelo quadriláteropresbitas (vista cansada). As pessoas fashion mais chic de GV sem entrar na Péque mesmo usando óculos permane- ante Pé para conferir o máximo da griffecem com dificuldade para leitura de Victor Hugo em bolsas para todas as horas.jornais, revistas, perda da nitidez de O sonho de consumo de muitas e o hábitoimagens ao assistir televisão etc., apre- de poucas que não abrem mão de ser natu-sentam manifestações da catarata. E ralmente finas e poderosas. Elas fazem aa solução só pode ser conseguida cirur- diferença. Quer ver? Experimente.gicamente. Romara Altino Machado e seu irmão Júnior Machado Dezembro / 2007 47

Bia Coelho Dalva Rodrigues Milce Lima Wilma Trindade Geralda Sá Margarida de Oliveira Sonhos realizados, confiança no amanhã. Uma certeza48 Dezembro / 2007

Sílvia AguiarMagali Amariz Neuzanne Assisde que Ele é amor. Dezembro / 2007 49

Ponto de Vista Relacionador Internacional? Diplomata Mirim? Diego Trindade D’Ávila Magalhães Bacharel em Relações Internacionais De que se trata o curso de Relações Internacionais? Quais Se já é complicado saber qual curso fazer, mais ainda é considerar que cada universidade ou faculdade tende a universidades são referência no Brasil? É curso para diplo- enfatizar certos aspectos do curso de Relações Internacionais. Independentemente disso, cabe lembrar que nas universida- mata? Essas perguntas são muito comuns, especialmente des públicas (UnB, Unesp, USP e UFRGS) há mais possibi- lidades de se aprofundar em certa área de interesse. entre vestibulandos seduzidos por esse curso. Porém, ainda De modo geral, bacharéis em Relações Internacionais estão mais recorrente é o diálogo: mais propensos a trabalhar com comércio exterior (iniciativa privada), em organizações internacionais ou como diploma- - O que você estuda? tas (setor público). Entretanto, vários se destinam para a área internacional de órgãos do setor público, desde o Tribunal de - Relações Internacionais. Contas da União até o Ministério do Planejamento (gestor público); ou especializam-se em cursos de pós-graduação - Que chique! – alguns no exterior –, visando, entre outras coisas, lecio- nar. Se você é curioso, aberto para o mundo e se gosta de via- A iniciativa privada, como na maioria das profissões, é o jar e de conhecer pessoas e culturas novas, NÃO faça Relações maior empregador do internacionalista. Empresas estrangei- ras no Brasil, transnacionais brasileiras, bancos ou simples- Internacionais. Economize seu tempo e dinheiro, pegue um mente empresas exportadoras ou importadoras de bens e serviços precisam de profissionais capazes de entender como mapa e uma boa mochila e tome o atalho: aventure-se pela funciona o comércio, as finanças internacionais e a OMC, de buscar informações sobre potenciais mercados no exterior e América Latina, mochile na Europa e/ou conheça a Índia! de articular redes com agentes econômicos de outros países, entre outras coisas. O curso de Relações Internacionais é um dos mais inter- Organizações internacionais, como o PNUD, o PNUMA, a disciplinares entre os das Ciências Humanas. Ele envolve, Unesco e outras agências das Nações Unidas possuem escri- tórios no Brasil. Além delas, há mais possibilidades de traba- além das matérias específicas do curso, matérias obrigatórias lho nessa espécie de setor público internacional, em que se poderia incluir mercocratas, por exemplo. de Ciência Política, Direito, Economia, História e Sociologia. Para carreira diplomática, embora seja requisitada e Optativas são várias, mas destacam-se as de línguas estran- ocupada por cursos como Direito, Economia e Jornalismo, o curso de Relações Internacionais é o mais próximo das geiras e matérias de Administração e Antropologia. exigências do concurso do Instituto Rio Branco. Quem se prepara para tal concurso deve encarar milhares de páginas Assim como a própria amplitude da globalização e da desde já. Passando, o felizardo ingressa automaticamente no mestrado do Instituto. Após dois anos, o diplomata tra- agenda internacional, há uma lista inesgotável de temas balha com cargo de terceiro secretário no Ministério das Relações Exteriores, onde o topo da carreira é o embaixa- estudados,muitosdosquaisinter-relacionados:meioambien- dor. te, finanças, comércio, desenvolvimento, migrações, questões Seja qual for a carreira desejada – e não “relacionador internacional” –, cabe a quem pleiteia ser internacionalista degênero,organizaçõesinternacionaisenão-governamentais, compreender suas próprias capacidades e preparar-se para um grande desafio. A começar pela grande concorrência no direitos humanos, conflitos internacionais, missões de paz, vestibular, especialmente para as melhores universidades. Para quem vislumbra ser diplomata – nunca “mirim” – o teoria política, teoria da democracia, teoria das relações desafio é ainda maior. BOA SORTE! OU BOA VIAGEM! internacionais, entre vários outros. Nota-se que nada é mais essencial para quem deseja esse futuro do que já ter hábito de leitura e fluência ao menos em inglês – no caso da Universidade de Brasília, é necessário50 provar que se sabe inglês e uma segunda língua estrangeira. Dezembro / 2007


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