Filme Quente50 Tons de CinzaSam Taylor-JohnsonE para quem perdeu, porque não se animou, Chácaras Miúra não pôde ou ficou com vergonha de ir ao cine- ma para assistir à versão cinematográfica da primeira parte da trilogia “50 Tons...”, a boa notí�cia é: já dá pra ver em casa. Ó filme, queestreou no Brasil em fevereiro deste ano, acaba de ser lan-çado em DVD, Blu-Ray e também já aparece como opção delocação nos canais por assinatura “On Demand”. Assimcomo os livros, o filme é cercado de polêmicas que vãodesde a escalação do elenco até o conceito usado pela dire-tora Sam Taylor-Johnson, que, de cara, já se sabe, não assi-nará a segunda parte do filme, prevista para ser lançadaem fevereiro de 2017. Quem foi ao cinema já sabe que, para se enquadrar nas faixas de censura de 16 anos, a versão final do filme teve muito menos cenas eróticas que o livro e pas- sou longe do sexo explí�cito, desde o “baunilha” até o propa- gado sadomasoquismo. Esse, então, ficou bem de leve. Com o erotismo perdendo espaço, o que acabou sobressaindo foi a personalidade controladora, obsessiva e por vezes até abusi- Com o sucesso alcançado no empre- va do protagonista. Mas daí� a dizer que o filme faz apologia a endimento Chácaras Miura, o empre- este comportamento, já é sário Edvaldo Soares mostra seudemais. Até porque o que as sequências vão mostrar é exa- feeling ao apostar no crescimento dotamente o contrário. O casal de protagonistas, vividos por vetor norte da cidade, considerandoJamie Dornan e Dakota Johson, também não ficou livre das o poder de atração da área, com aspolêmicas. Lindo de rosto e corpo, ainda assim Jamie não construções do Instituto Federal decorrespondeu às expectativas das fãs mais afoitas da obra, Minas Gerais, do Hospital Regional eque sentiram falta de mais “pegada” e “tempero” no Mr. da Universidade Federal de Juiz deGrey do cinema. Dakota, por sua vez, imprimiu muito mais Edvaldo Filho e o pai Edvaldo Soares Fora. O empreendimento conta comcarisma à personagem que sua versão literária. No final 79 chácaras planejadas, com locali-das contas, a quí�mica entre eles funcionou (ainda que esta zação privilegiada, a 8km do Centro.não seja uma opinião unânime), o que foi essencial para No epicentro do desenvolvimentoque o filme também funcionasse. Não é uma obra prima, daquela região, o empreendimentonem do cinema, nem do erotismo, mas, ainda assim, um Chácaras Miúra oferece ótimas pos-filme interessante e bem capaz de fazer subir a temperatu- sibilidades de negócios lucrativos,ra de uma noite fria. Para ver acompanhado, obviamente. tomando como exemplo outras cida- des do paí�s, como Campinas, Ribeirão Preto (SP), e Viçosa, em Minas Gerais, que cresceram com a chegada de Edvaldo Filho e a esposa Anne grandes universidades públicas. “Esse é o momento de investir naque- la região. A chegada da Universidade faz nascer uma nova Valadares e esta região tem potencial para o cresci- mento que todos os valadarenses desejam”, diz o empresário, com orgulho por ter sido o doador do ter- reno que possibilitou o Campus da UFJF e consequentemente a valori- Edvaldo Soares e Leonardo Monteiro zação do lado norte da cidade. 51 JULHO / 2015
FOTOS WILMA TRINDADE A festa do produtor no 38º Concurso Leiteiro fOazpraesaibdeernttueradadoC3oo8pºeCroanticvuar,sGouLilehietermiroe Olinto, Um dos mais tradicionais pOrepsroidneunntceiaUmRRenDt,oAdnodré Merlo Omupnroicniupnacl iEalmisaenCtoosdtaa prefeita eventos da cadeia produtiva deFOTO RAMALHO DIAS Jabulane, a grande campeã da categoria acima de 50kg leite de toda região, o Concur- SAinnddriécaMtoerRlou,rGalu, iplhreefremiteaOElliinsatoC, Joosãtao Marques, Afonso Bretas - presidente do so Leiteiro da Cooperativa, em sua 38ª edição, foi mais uma vez uma verdadeira festa para o cooperado no domingo, 19 dejulho,com resultadosrecor- des. Este ano o padrão de exce- lência superou todas as expec- tativas. Durante os três dias de realização do concurso (16, 17 e 18), produtores rurais de Governador Valadares e de outras cidades puderam ver de perto a tecnologia e o manejo envolvido no cuidado com ani- maisqueparticipamdetorneio de produção de leite deste ní�vel. Participaram 16 produ- tores e 23 animais. O médico veterinário Pedro Francisco Repossi enalteceu a qualidade alcançada: “A disputa foi gran- de. A cada ano a média de pro- dução é maior que a do ano anterior”. GOugirlhaenrdmeecaOmlinpteoãRoe, sende StriolafésuCaosJtoaãeonMtraergqauoes StriolafésuCaosGtaereanldtroeBgairroo deCneatnErtetíedglaivoionFaetrrBorefiréirruoaà neta ECendatsnroteíndgaiCoooFnetsrrtoraefnéirutainao eSEndilatbrseergCtaoosoRtaetrsoefnéduea Fernando Ferreira entrega um dos troféus a Guilherme Olinto oOspapireGmuiilahdeorms ceaOmlipnetoõeRseEsdebnedreto Resende e A vaca Jabulane, do proprietário Guilherme Olinto Resen- fVaiczee-mpreasaidbeenrttuerea pdroesLiedielãnote da Cooperativa de, foi a grande campeã na categoria acima de 50kg, com 52 uma produção média de 69,567kg/dia e total de 208.701kg. Em 2014, a grande campeã foi a vaca Alemanha, com uma JULHO / 2015 produção média de 62kg dia e total de 184,985kg. Um aumento de mais de 20kg de produção total, o que compro- va que os cooperados têm investido cada vez mais em gené- tica, nutrição animal e têm buscado um preparo avançado dos animais que participam de concursos.
Aguimar e Guilherme Geraldo Birro, a neta Laura, Rosângela e o filho Henrique Danilo Birro e Aline, Milena Birro e Ademar Silvana Mourão Marques e o netinho Ademir Rocha Neto, Genuíno Neto e José Miguel Merlo Adriana e Rômulo Leite, José Geraldo Pedra Sá e AmparoOccoopmmrepamasritoailgdhroaaGoAudtirelohnfeéírruima e MJooãuorãMoaerqDuaevsi nJoeãtoo DMaavriques e o Edberto Resende e Érica Soares Edinho Constantino e CláudiaAadfielhnaíriAagZuaimnoanr e Aguimar entrega o troféu ao marido Andréia Merlo Denise Aguiar e Rozane Mourão André com Mateus Marques Júlia Aguiar, Maria Lúcia Mourão e Ofélia MourãoFStrrioalafnéscuDisaicaoMs daeeunrtSírceoiguoazao BStriaolarfréseuDtoaiaMs ieltnotnreLgoapoes CoLoatprnoetfísdéiJuoúanFieJoorrrseéirBaaernretrteoga SFtriioglafuéseuDiraeiadWsoeilsnotrnegMaaoria MCenaátnrrtceíidgoaioLooFpetrerorseféBiruaarareto tSrreialpatrasedsDoeiranGstaeenrndatolrdeOogdaCiolooentlrhoFofeérdunaaaRnodoechsa CeAnadtnermteídgiairoRoFoetcrrohrefaéirNuaeattoAeMndáterrmceigoiar RRterooscfehénaudNae etto ARendôtemrmeugilaroRtCroéocsfhéaaur Naetto arTeuGpríreberisaoeldMnotoaCdnoedesotlohOoedndiltaorneRgFoaecrhonaatrnodféeus MSSeoalumuzraaíceiPoiagFoerarsenptcotiissaco de José Lopes Barreto recebe o troféu das mãos de Mário Dias Leão eAMrCenodaptnerrrsmceetogsaaseanrnMtoFtinaeetonrliirocdefioéaunEodasLoeniteGRoilmchaarNOelitvteoireaL, oguerreivnatleAgraerúajol ,dgaeCreonotpeedraatiCvaap, Auldemir MCaamuriílcai,oKFarrainnacisecMo adteheSuosuza com os filhos Denner Esteves e Cantídio Ferreira 53 JULHO / 2015
Mais Mais Ponto de Vista Diego Trindade d’Ávila MagalhãesTRÊS MITOS SOBREA CHINAAascensão polí�tica, econômica e chineses ajudam a manter sob controle a Sócrates, Platão e Aristóteles são para a militar da China no mundo é ideia ocidental de democracia. Assim, a rodeada de mitos. Entende-se inflação nos Estados Unidos, que depen- estabilidade polí�tica chinesa não é sus- como mito uma ideia fantasio- tentada apenas no crescimento econômi- sa inspirada em fatos reais que carregam dem das exportações para a China, que é co, mas pela mistura de representativi- um argumento e interesses polí�ticos. dade e eficiência meritocrática requerida Sobre a China: (1) a ascensão da China o maior credor do governo americano; pelos ocupantes da carreira pública do não será pací�fica; (2) um crescimento Estado chinês. Enfim, o sistema polí�tico econômico abaixo de 7% ameaçaria a centenas de multinacionais americanas chinês pode não parecer legí�timo para o estabilidade polí�tica do governo chinês; Ócidente, mas é legí�timo e estável para a e (3) o crescimento econômico chinês dependem da China para produzir, e a maioria dos chineses mesmo durante seria uma bolha prestes a estourar. uma eventual desaceleração da econo- China depende dos investimentos e das mia. O mito de que a China usará a força para impor sua vontade pressupõe que a his- tecnologias dessas empresas e de outras O terceiro mito é o da fragilidade da tória se repete. Uma potência emergente, economia chinesa, de que o seu cresci- quando encontra obstáculos, impõe seus de várias partes do mundo. A ascensão mento econômico constitui uma bolha em interesses usando o seu poder militar, e pací�fica da China é garantida pelos extre- vias de estourar. O PIB chinês está em coroa o seu status de grande potência mos custos econômicos que uma guerra condições de sustentar um crescimento vencendo uma guerra contra outra potên- acima do normal, presumindo este como cia. A Prússia venceu a França e a A� ustria acarretaria. 4%. Primeiro, porque a economia conse- nas guerras da Unificação Alemã (1864- gue produzir mais incluindo gradualmen- 1871), o Japão firmou-se como potência O segundo mito, de que um crescimen- te mais fatores de produção (trabalho, ao vencer o Império Russo em 1905, os terra ou capital): ainda há uma população Estados Unidos e seus aliados venceram to econômico anual abaixo de 7% amea- equivalente à população brasileira que o Império Alemão e seus aliados na Pri- çaria a estabilidade polí�tica do governo precisa ser incluí�da no mercado, como meira Guerra Mundial (1914-1918). chinês, além de ser pura especulação sem consumidores, trabalhadores e empreen- Aquele mito é útil para justificar as ações dedores. para conter da China. fundamento histórico ou teórico, traduz Segundo, porque a China tem consegui- A China foi a maior economia do mundo uma falta de conhecimento sobre o siste- do produzir mais com menos fatores de durante mais de dois milênios; os navios ma polí�tico chinês. Ó mito parece prepa- produção: o paí�s ostenta números inve- de guerra chineses em 1421 eram quatro rar o plano de fundo para uma profecia josos de aumento da produtividade, visto vezes maiores que as caravelas portugue- que são altos os investimentos que incor- sas que descobriram as Américas e autorrealizável em que os investidores poram tecnologias nos mais diversos empreenderam viagens intercontinen- setores da sua economia, bem como os tais, mas a estratégia de Pequim nunca deixam de investir por medo da instabi- resultados da inovação tecnológica, foi alcançar e manter uma supremacia lidade polí�tica, e sem investimento passa medidos em quantidade de patentes. Nos militar global a qualquer preço. A China a crescer menos e a insatisfação popular últimos 10 anos, a China chegou a tercei- privilegia o desenvolvimento e a aquisi- ro lugar no ranking dos maiores detento- ção de armamentos de caráter defensivo tende a aumentar. res de patentes em vigor e a primeiro (submarinos) e regional (caças), em vez lugar no ranking dos paí�ses que mais de ofensivos (porta-aviões) e globais Mesmo em tempos de prosperidade, registram solicitações de patentes por (bombardeios de longa distância). Os ano. lí�deres chineses enfatizam constante- milhares de manifestações populares mente a preferência por soluções pací�fi- A gente deveria desconfiar dos mitos e cas para conflitos internacionais, repre- ocorreram na China, e o tratamento que conhecer algo da realidade chinesa ten- endendo ações violentas. A China já tem tando afastar preconceitos. Os mitos não o PIB quase do tamanho do PIB america- o governo deu aos manifestantes não descrevem cenários razoáveis e servem no, mas os gastos militares da China são para incutir medo e desconfiança em cerca de metade dos gastos militares dos diferiu tanto do contexto das manifesta- quem conhece pouco sobre a China. Estados Unidos. ções populares em Wall Street em 2008 DiegoTrindade d’Ávila Magalhães Pequim e Washington têm consciência da interdependência econômica global, e em Baltimore em 2015, ao estilo vigiar DiegoTrindade d’Ávila Magalhães. Professor de Relações Internacionais que torna inaceitáveis os efeitos de uma (UFG). Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS), Mestre e guerra. Os baixos preços dos produtos e punir. Há meios institucionais para o Bacharel em Relações Internacionais (UnB). [email protected] 54 encaminhamento de demandas da socie-JULHO / 2015 dade aos governos locais e central na China, que não é uma autocracia perso- nalista como a do norte-coreano Kim Jong-un. Para chegar à Presidência da China, o engenheiro quí�mico Xi Jinping e o enge- nheiro hidráulico Hu Jintao exerceram cargos técnicos em empresas, adminis- traram municí�pios e proví�ncias superpo- pulosas e, ao longo de todo o perí�odo, seu desempenho foi avaliado por gestores abaixo e acima deles sob critérios de desempenho baseados na eficiência, para permitir a sua ascensão a cargos polí�ticos mais altos. Sob olhos ocidentais, as elei- ções indiretas são antidemocráticas. Con- tudo, são legí�timas pelo critério merito- crático confuciano, que é profundamente enraizado na cultura chinesa; Confúcio é para a filosofia polí�tica chinesa o que
55JULHO / 2015
56JULHO / 2015
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