EDIÇÃO 2/ JULHO DE 2022 O MUNDO DENTRO DE FIOS E E ESPECIAL DE UM AQUÁRIO RETALHOS O PODER DA FALA PÁGINA 3 PÁGINAS 5 E DA ESCRITA PÁGINA 6 DA ARTE DE CRIAR
udicult.com.br udicult 2 @udicult +55 (034) 99969 9232 ALÉM DA IMAGINAÇÃO A arte de transformar o simples em belo O Centro Municipal de Udicult traz uma pequena mostra EXPEDIENTE do talento e da diversidade destes Cultura de Uberlândia abriu artistas que, com a cultura UDICULT no formato revista adquirida, tornam a vida mais feliz digital é um produto semanal as suas portas na sexta-feira, com a força da natureza daquilo que transformam em arte, do da Editora Olympia. 8 de julho de 2022 e no instrumento que convida ao dançar e ao dançarte, dos alimentos que se sábado, 9, para que homens, transformam em pratos populares Edição: Carlos Franco e com sabor de infância, da Francisco Jr. mulheres e crianças fermentação de cereais que se tornam cerveja, dos retalhos e Imagens: Pixabay, Flickr, Banco apresentassem suas resíduos têxteis que viram bolsas, de Imagens Mar Adentro e fotos do clima e do ambiente que se torna habilidades em transformar terrário à beleza sutil e delicada das de divulgação. colchas de retalhos às fábricas de conhecimento, alguns Emílias, as bonecas de pano que só não aprenderam, ainda, a falar. EDITORA OLYMPIA ancestrais, em arte. Avenida Rondon Pacheco, Reciclam a vida, fio por fio, 2300/SALA 65 Uberlândia/MG trazendo imagens que nos CEP 38408-404 remetem ao passado coletivo e feliz da cidade e do campo e nos encantam em versos, sabores, tecidos, enfim, objetos que expressam o desejo de uma vida plena.
ANAFTOURRÇEAZDAA 3 João Paulo Sid já 15 anos cultiva orquídeas e as vende por todo o Brasil. De quebra, este paulista nascido no balneário São Pedro ensina todos a cuidar dessas plantas de delicada e rara beleza. A preferida dos brasileiros, diz ele, é a “cattleya”, sempre bela e que dá pouco trabalho e flores de encanto em dobro. Já Dyego Póvoa aproveitou a pandemia, com a licença das aulas de inglês em Uberlândia, para cultivar plantas e trabalhar com sementes, depois vasos de cimento, feitos artesanalmente por ele para combinar com as plantas. O passatempo no período mais crítico da pandemia virou renda e hoje ele participa de feitas e eventos onde a sua arte, a cultura adquirida é a moeda de troca. Tânia Borges dá aulas de vida e botânica ao vender seus terrários, pois eles reproduzem exatamente a vida externa, com o lençol freático, a água no fundo, a sua evaporação e a chuva, o humus que alimenta as plantas e a vida. Uma lição ao vivo em tempos de mudanças aceleradas no clima. É essa capacidade de um simples terrário espelhar vida que também atraiu Valéria Milhorim que para não desperdiçar o humus que não se usa ou é retirado dos terrários tem se dedicado à produção de kokedamas, plantas que podem ficar suspensas e consomem pouco espaço, ideal para quem tem pouco, mas quer desfrutar a presença da natureza. Já Lauryene aprendeu a retirar as plantas as suas essências e hoje prepara produtos veganos para o banho e essências e tinturas que se traduzem no frescor da natureza. O que era o desejo de ter uma pequena horta aromática, virou negócio , a Ancesthral Alquimias Naturais. De cima para baixo, Tânia, Valéria, Dyego, João Paulo e Lauryene.
4 EBENRBTIANRLQEAUTIEORDSAOÇSOS, Emiadê é um apaixonado por todas as formas de expressão, do teatro, da música e do desenho, dos traços que passou a aprimorar na pandemia e que se tornaram fonte de renda. Mas ele não para e está matriculado em curso de corte e costura, o qual divide o tempo com o curso de teatro da Universidade Federal de Uberlândia. É assim que transpira e inspira a arte. A arte da sobrevivência encontrada pela família do marido de Terezinha Marcelina Gomes é hoje a sua fonte de renda tecida com bambu. É o bambu que dá vida a bolsas e balaios que ilustram esta capa. A arte da tenacidade e de cultura, passada geração a geração, transformando a natureza ao redor em belos objetos. Já Iva Soares largou o marketing empresarial e começou a se dedicar à criação e bonecas de pano, fez tanto sucesso que ganhou a companhia da sobrinha de 13 anos, Gabriela Buiatti, como parceira das criações. Hoje, Gabriela cria em papel machê bonecas que dialogam com a sua geração, enquanto Iva continua a criar as de panos, multiculturais e vestidos com o patchwork, a união de diferentes tecidos que a conduziu a este mundo de bonecas. Já Luciana Couto fez da habilidade em corte e costura brinquedos educativos, de pano. Primeiro para que o filho conhecesse antigas folguedos, agora para todos que compram seus produtos e garantem renda para a família. É da arte e da cultura que vive. De cima para baixo, Emiadê, Iva e Gabriela, Luciana e Terezinha.
5 DOS FIOS AOS RETALHOS Fernanda Debs é dentista, mas sempre gostou da arte e da costura, de pegar retalhos de diferentes tecidos e criar. Colorir aquilo que, a princípio é apenas um retalho com outros e, assim, por meio de delicados desenhos, dar vida aquilo que, a princípio. não teria valor e que com seu esforço se torna objeto de desejo que se coloca na cama e na mesa. Hoje, essa arte terapêutica de Fernanda também se tornou fonte de renda e desperta sorrisos que ela procura manter vivos no consultório odontológico. Já a história de Cleide Moura (abaixo) com os fios que dão vida às suas criações é mais longa. A menina que nasceu em Monte Alegre de Minas, rodeada por fazendas de abacaxi, acompanhou as duas avós, a materna e a paterna, nos teares, criando colchas para a família. Isso a despertou a curiosidade e, morando em Uberlândia, bem próximo de onde nasceu, decidiu ao herdar um dos teares a tecer e começou a tomar gosto. Chegou a ter uma dezena de teares antigos. Criou a empresa Tear da Vovó e também, atenta ao movimento de reciclagem e sustentabilidade, passou a usar sobras e resíduos da indústria têxtil nas criações. Uma arte sustentável em que o descarte, como os retalhos com os quais Fernanda costura, viram verdadeiras obras de arte, encantam e carregam o conhecimento ancestral, a cultura da brava gente do Triângulo Mineiro e região.
6 A CONTADORA, O POETA E O NETO Andréa Brandão é contadora, mas anda trocando os números pelas letras e tornou-se também contadora de histórias. Uma trajetória de vários livros publicados e um compromisso em deixar na literatura o seu legado, a sua marca. Já Robson Camilo realizou o sonho de sua avó de um dia escrever um livro. Não deu tempo, no entanto, de aquela mulher que queria ver o neto numa noite de autógrafos ser concretizado. O livro chegou depois de sua partida, por isso o título de sua obra é sugestivo “Palavras que t faltei e outros poemas”. Mas para Robson não faltou a disposição de menino de ler e escrever, o que encantava os seus familiares. Hoje, casado, realizado, presta homenagem aquela que sempre o incentivou e que está presente, ainda que na forma de uma ilustração, em sua obra, eternizada em poemas. Já Luiz Henrique Coutinho, com sua visão crítica e aguda de relações internacionais, traz para o livro Hematopoético os versos com os quais vê o mundo ao redor, as suas nuances, a irrigação dos vasos sanguíneos que se dilatam e expressam o temor e o prazer de viver. É de literatura também que se faz arte. Arte e cultura.
A VIDA 7 É DOCE. NA ROÇA CONTAR HISTÓRIAS É O E NA CIDADE NOSSO NEGÓCIO. Conceição Helena aprendeu cedo a +55(034)999737004 fazer doces com a mãe, que trabalhava na Fazenda dos Guimarães, na estrada que liga Uberlândia ao Prata. Vendo a mãe arear os tachos de cobre e preparar as frutas e as caldas, Conceição aprendeu as manhas e artimanhas de como preparar um bom doce e são eles, em potes de vidro, que adoçam hoje a sua renda. Da roça para a cidade, o conhecimento dos passos da vida deu o tom da Quadrilha Fala Uai, que dança nas festas juninas e julinas, que dança o ano inteiro levando a cultura da roça para as cidades, se apresentando e encantando porque a vida pode e deve ser encantada e doce. TODAS AS PESSOAS. TODOS OS LUGARES. TODOS OS NEGÓCIOS TÊM UMA HISTÓRIA PARA CONTAR.
EM BREVE, A EDIÇÃO Especial CERVEJAS ARTESANAIS.
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