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10 anos a cuidar Lusíadas

Published by Plot Content - SA, 2018-02-21 09:54:01

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110.º ANIVERSÁRIO HOSPITAL LUSÍADAS LISBOA



310.º ANIVERSÁRIO HOSPITAL LUSÍADAS LISBOA



510.º ANIVERSÁRIO HOSPITAL LUSÍADAS LISBOA

VISTA AÉREADO EDIFÍCIO PRINCIPALDO HOSPITAL LUSÍADAS LISBOACapacidade e Meios*Área (m2): 43.200Camas: 140Camas UCI: 12Gabinetes de Consulta: 122Salas de Bloco Operatório: 9Salas de Bloco de Partos: 3* Dados de janeiro 2018

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3310.º ANIVERSÁRIO HOSPITAL LUSÍADAS LISBOA © António Bernardo



35 3Históriasde Inovaçãoe Sucesso· Caso Clínico: Aneurisma na Subclávia Direita· Destaques nas diferentes Especialidades10.º ANIVERSÁRIO HOS3P5ITAL LUSÍADAS LISBOA

Um dos casosclínicos maisexcecionaisNum dos casos clínicos mais excecionais da primeira décadade vida do Hospital Lusíadas Lisboa, um aneurisma de grandesdimensões numa localização atípica acabou eliminado da formamenos invasiva possível. Uma obra de arte só ao alcance dosmelhores – profissionais e clientes.Equipa multidisciplinar que acompanhou o caso:Pereira AlbinoCoordenador da Unidade de Cirurgia VascularJosé Manuel BaptistaUnidade Cardiovascular - Cardiologia de IntervençãoIsabel NobreMédica da Unidade de ImagiologiaVasco Bettencourt e Manuel CorreiaTécnicos da Unidade de Imagiologia

3710.º ANIVERSÁRIO HOSPITAL LUSÍADADSuLlIcSeBCOoAimbras, José Manuel Baptista, Isabel Nobre, Vasco Bettencourt e Pereira Albino

Não fosse um traço de forte teimosia pessoal e um dos casos clínicos maisexcecionais que se resolveram no Hospital Lusíadas Lisboa na última décadanunca teria sucedido. “Não tinha sintomas nenhuns, nunca tive, até hoje”,afirma Ana Paula Matos quase quatro anos depois do cateterismo endovascularque lhe encerrou um aneurisma na subclávia direita, uma artéria responsável pelairrigação dos membros superiores.Quando soube que o pai tinha um bloqueio significativo nas carótidas, Ana Paulaficou em estado de alerta. O progenitor já tivera problemas na aorta abdominale o medo da genética levou-a a comentar a novidade com a sua médica pessoal.A profissional juntou o risco hereditário ao hábito fumador da sua pacientee concordou que devia ser feito um despiste. Sem sintomas, Ana Paula aproveitouo check-up anual para requisitar a realização dos exames. Aqui já encontrou algumaresistência, pois “a médica achava que não havia necessidade”. A prescrição acaboupor ser feita graças à teimosia da paciente.Ainda longe de chegar ao Hospital Lusíadas Lisboa, Ana Paula viu confirmadosos seus receios: os primeiros exames não ofereciam um diagnóstico completo, mas“descobriram que qualquer coisa não estava bem, porque praticamente não tinhairrigação no braço direito”. Perante um “bloqueio qualquer” na subclávia direita,foi recomendado à paciente que, aos 64 anos, se submetesse à realização de umbypass, que desviasse o fluxo de sangue do vaso afetado. Apesar de “ter criadogrande empatia” com o profissional que a acompanhava, Ana Paula informou--se ao ponto de saber que se tratava de “uma operação muito complicada,que podia originar futuras mazelas e implicava uma recuperação lenta e difícil”.Já com a consulta com o anestesista agendada, “para andar já com a operação”,cedeu aos conselhos recebidos e decidiu procurar uma segunda opinião juntode um profissional que lhe foi recomendado por pessoa de confiança.

39É assim que Ana Paula Matos chega, em novembro de 2014, à consulta de PereiraAlbino, coordenador da Unidade de Cirurgia Vascular do Hospital LusíadasLisboa. “Ele já sabia que eu ia ouvir uma segunda opinião. Ouviu a história,ficou com os exames e disse que voltávamos a falar depois de ele discutir o casocom os seus colegas”, recorda a paciente.“Depois de observar as imagens, e em função dos mais de 20 anos de experiênciaque temos a trabalhar juntos, propôs-me fazer uma angiografia diagnósticapara termos um maior detalhe em relação aos exames que tinham sido feitospreviamente, para ver se conseguíamos fechar o aneurisma através de cateterismo”,relata por sua vez José Baptista, especialista em Cardiologia de Intervençãodo Hospital Lusíadas Lisboa, que integrou a equipa multidisciplinar que assistiueste caso.Dos primeiros contactos com os profissionais Lusíadas, Ana Paula recordaas mesmas perguntas que já tinha ouvido anteriormente: “Tem tonturas? Temdesmaios súbitos? Tem formigueiro ou dormência no braço direito? Tem faltade forças? Não tinha absolutamente nada, nunca tive, sempre fiz a minha vidanormal”. E um outro detalhe que, apesar das dúvidas assumidas, seria o primeirosinal de que lidava com especialistas de vasta experiência. “Na prescrição paraa nova angiografia, o Dr. Pereira Albino escreveu logo entre parêntesis a palavraaneurisma, seguida de um ponto de interrogação”.O exame, mais detalhado, confirmou as suspeitas do especialista. Mas não eraapenas um aneurisma. Tal como todos os outros, o aneurisma representavauma dilatação anómala de um vaso sanguíneo, criando o risco de rotura nasenfraquecidas paredes desse vaso. Uma “autêntica bomba-relógio”, explica JoséBaptista. 10.º ANIVERSÁRIO HOSPITAL LUSÍADAS LISBOA

Ana Paula Matos, 64 anos“Não tinha sintomas nenhuns, nunca tive, até hoje”,afirma quase quatro anos depois do cateterismoendovascular

41Neste caso pertencente “à categoria de aneurisma muito raro, com uma localizaçãomuito difícil”, completa o especialista. Para poder propor à sua cliente uma soluçãomuito menos invasiva do que o bypass já sugerido noutra unidade hospitalar,o cardiologista precisava de aumentar o grau de precisão do seu diagnóstico.E aí, alarga-se a equipa que multidisciplinarmente se debruça sobre o caso:“Em casos mais complexos a solução do sucesso é precisamente um bomplaneamento e a interação entre as várias equipas. E nem depende do médicoA, B ou C, por mais competente que seja. É preciso ter hospitais com recursostecnológicos e são necessárias pessoas que saibam aproveitar esses recursos”,defende José Baptista. Neste caso “as equipas de Cardiologia, Cirurgia Vasculare Imagiologia trabalharam todas sincronizadamente para que esteresultado pudesse ser obtido”. “Em casos mais complexosApoiando-se numa “Unidade de Imagiologia muito boa, não só pelos a solução do sucessoaparelhos, mas pelos médicos muito experientes”, o cardiologista é precisamente um bomlembra a importância da “reconstrução tridimensional que esse planeamento e a interaçãodepartamento conseguiu obter do aneurisma”. entre as várias equipas.O aneurisma foi então intensamente observado e discutido entre É preciso ter hospitaiscolegas, através da análise de imagens obtidas de três formas com recursos tecnológicoscomplementares – ultrassonografia com Doppler, um angioTAC e são necessárias pessoase angiografia repetida. “Depois tentámos cerebralmente juntar que saibam aproveitaressas imagens para conseguirmos definir uma estratégia. esses recursos”E na sala de hemodinâmica – que também permite a reconstruçãotridimensional – fomos rodando o aneurisma para perceber quaiseram as características e perceber como íamos conseguir resolvero problema do ponto de vista técnico”.Ainda assim, por “nunca ter fechado nenhum aneurisma nesta localização”,José Baptista continuava a sentir necessidade de otimizar o diagnóstico.E foi assim que propôs à cliente a realização de um cateterismo experimental,para fins de diagnóstico. “Resolvemos ensaiar as dificuldades que teríamosdurante a intervenção”, explica o cardiologista, garantindo que este procedimento“revelou-se fundamental para optar pela via menos invasiva”.10.º ANIVERSÁRIO HOSPITAL LUSÍADAS LISBOA


















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