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Revista Montepio 33

Published by Plot Content - SA, 2020-03-18 13:49:46

Description: Revista Montepio 33

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7 formas A minha economia B 51 de potenciar o seu IRS Economia Para muitos, preencher o IRS é uma obrigação que deve ser cumprida da forma mais célere e simples possível. Mas não deve ser assim, até porque nenhum outro imposto lhe permite poupar tanto como o IRS. Saiba, neste artigo, como pode poupar nos pequenos pormenores e, quem sabe, transformar mais uma conta para pagar num reembolso apetecível. Texto MAFALDA AGUILAR I ilustração VERA MOTA Ao longo do ano 1. Se faz bem à saúde, serve para o IRS Os seus filhos realizam alguma ativi- dade desportiva por recomendação médica, como natação ou ginástica? Nesse caso, pode deduzir esse encar- go no IRS na categoria de saúde. Pa- ra que este gasto se qualifique como uma despesa de saúde em sede de IRS basta ter uma declaração médica a recomendar a realização da ativida- de física em causa e que o local esteja associado a um setor elegível. Mas há mais despesas de saúde que, por desconhecimento, não são aproveitadas para baixar o IRS. É o caso dos óculos de sol, uma despesa que pode atingir largas centenas de euros. “Se comprar uns óculos de sol mas tiverem de ser graduados, tam- bém esta será uma despesa de saúde dedutível para efeitos do IRS”, expli- ca Sónia Martins Arêde, especialista em Direito Fiscal da sociedade de ad- vogados PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados. Tal como acontece com os óculos “normais”, é necessário ter uma receita médica. € Através da dedução de saúde é possível abater ao imposto 15% das despesas dessa categoria, até um limite máximo de 1 000 euros por agregado familiar. I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

B A minha economia 52 Economia € 3. Garanta os benefícios fiscais para pessoas com incapacidade 2. Qual o seu limite? Existem benefícios no IRS para quem 4. Lembre-se de O máximo de despesas seja portador de um grau de incapaci- comunicar a nova permitido dade permanente igual ou superior a morada fiscal 60%. “Os doentes com essa incapaci- Outra forma de poupar no IRS passa dade terão imediatamente uma redu- Se adquirir um imóvel para habitação por conhecer os limites das várias ca- ção na taxa de IRS a aplicar”, esclare- própria permanente deve, logo após tegorias de despesas dedutíveis em ce Sónia Martins Arêde. Mas há mais a celebração da escritura pública de sede deste imposto e o limite geral vantagens fiscais em sede deste im- aquisição, proceder à atualização do (que depende do rendimento coletável posto: as deduções à coleta (descon- seu domicílio fiscal junto da Autori- do agregado familiar). E para quê? Pa- to no imposto) são significativamente dade Tributária (AT), tendo para tal o ra poder gerir as despesas em função mais generosas, podendo perfazer vá- prazo máximo de 60 dias. E porquê? deste valor. “Se estou a chegar ao final rios milhares de euros. Como indica a especialista em Direito do ano e tenho de mudar ou adquirir Fiscal, “não efetuar essa comunicação óculos novos, não sendo urgente e se Mas tome atenção, alerta a res- pode obstar a que as despesas gerais já atingi o meu limite de despesas de ponsável. A incapacidade permanen- relacionadas com o imóvel, por si in- saúde, porque não deixar essa compra te igual ou superior a 60% tem de ser corridas, não sejam suscetíveis de se- para janeiro do ano seguinte?”, exem- declarada por uma junta médica e ex- rem consideradas na sua declaração plifica a advogada. A mesma lógica po- pressa num atestado médico de inca- Modelo 3 do IRS”. de ser adotada na categoria de despe- pacidade multiuso. “Aqueles que não sa de educação. têm a incapacidade declarada, e caso reúnam as condições para beneficiar da mesma, deverão solicitar esse ates- tado para poderem aceder aos bene- fícios no IRS”, recomenda Sónia Mar- tins Arêde. Para tal, basta desencadear todo o processo junto do seu médico de família no centro de saúde da área de residência. montepio I N V E R N O 2 0 2 0

No momento de entrega da declaração 53 5. Simule a entrega 6. Englobar ou não, 7. Não se precipite na do IRS em conjunto eis uma questão que entrega do IRS e em separado deve ponderar Este é outro aspeto importante a ter A tributação dos rendimentos varia “Sendo certo que quanto mais cedo em conta para pagar o menos pos- consoante a sua origem. Por exem- submetermos a declaração Modelo 3 sível de IRS e que, normalmente, le- plo, os rendimentos provenientes mais cedo receberemos um eventual vanta algumas dúvidas. “Quanto a do trabalho e pensões são obriga- reembolso, não podemos esquecer esta possibilidade não há fórmulas toriamente englobados e sujeitos que todos os anos esta declaração é al- certas ou erradas, pois tanto pode- às taxas gerais de IRS, que variam vo de alterações, e estas implicam tes- remos ter vantagens na tributação entre 14,5% e 48%, em função do es- tes. Se fizermos a entrega nos primei- conjunta como na tributação em se- calão de rendimento coletável (ren- ros dias, é importante ter em conside- parado”, sublinha Sónia Martins Arê- dimento bruto menos as deduções ração que este é um período em que a de. Para que faça a melhor opção, a específicas aplicáveis). Já os divi- própria declaração está a ser testada especialista em Direito Fiscal acon- dendos ou os rendimentos resultan- pelos serviços da AT”, alerta a advoga- selha a simular o IRS para cada um tes de rendas de uma casa arrenda- da especializada em Direito Fiscal. dos regimes na própria declaração da ou os ganhos de ações são taxa- Modelo 3 antes de a submeter. dos à parte a uma taxa especial de “Pagar menos IRS, 28%. Também os rendimentos de ju- ou ter um reembolso Consignação fiscal? ros de depósitos a prazo são tributa- superior ao esperado, Não custa nada dos separadamente a uma taxa libe- pode ser possível desde ratória de 28%. que o contribuinte Quando estiver e adapta adote uma postura a preencher viaturas para O Código do IRS permite, contu- ativa ao longo do ano. o IRS não se depois as do, que os rendimentos tributados, Mas, também, que esqueça de oferecer a IPPS em regra, de forma autónoma, atra- tenha em linha de conta ajudar quem de todo o país. vés de uma taxa especial ou libera- alguns pormenores mais necessita, Ao longo dos tória, possam ser englobados, fican- no momento da destinando últimos do assim sujeitos às taxas gerais. submissão da 0,5% do seu 11 anos, a Frota declaração Modelo 3 IRS liquidado Solidária já Se recebeu rendimentos sujei- do IRS” a uma apoiou 223 tos a uma taxa especial ou liberató- instituição, IPSS de norte ria em 2019, uma das decisões que Sónia Martins Arêde sem quaisquer a sul do país deve tomar quando preencher a de- Especialista em custos para si. e ilhas. claração Modelo 3 este ano é se vai Direito Fiscal da sociedade de A Fundação Para fazer optar pelo seu englobamento. Para advogados PRA-Raposo, Sá Miranda Montepio parte desta tal, deve simular as duas opções – & Associados. é uma das corrente de com e sem englobamento – na de- instituições solidariedade claração Modelo 3 e escolher a que autorizadas tem apenas resultar numa menor fatura fiscal, a beneficiar de inscrever podendo evitar a “alteração do es- da chamada o NIPC da calão contributivo”. consignação Fundação do IRS. Com Montepio o dinheiro (503 802 808) do IRS e assinalar encaminhado a opção “IRS” pelos no Quadro contribuintes, 11 do Rosto a Fundação da declaração Montepio põe Modelo 3. em marcha No IRS a iniciativa Automático, Frota Solidária, a consignação através da do IRS é feita qual adquire, na área de transforma pré-liquidação. I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

C As nossas experiências FRANCISCO MOITA FLORES percebi, na verdade, o que era morrer, quando perdi a minha mãe. Não tinha 54 Crónica A tecnologia a ver com ciência aquilo que senti. e a solidão E sofri. Percebi que morrer era, afinal, a ausência irreversível do abraço. A au- sência irreversível do beijo. A ausência irreversível do encontro. Das palavras ditas. Das emoções em comunhão. Vivemos um tempo estranho. Um tempo de alterações Acções em que o corpo joga um papel profundas, muitas delas dramáticas, que nos remete para decisivo. O corpo real, material, ani- mado, potência e acto de vida. surpreendentes transfigurações da percepção do real. Posso, agora, generalizar. As grandes As verdades imutáveis ganharam uma agilidade vitórias da tecnologia só se cumprirão que altera, transforma, reconverte aquilo que era quando formos capazes de articular ontem, enquanto dimensão ontológica, noutro essa metáfora sobre a presença, que a virtualidade nos oferece, com o mun- paradigma onde a virtualidade supera a realidade. do das emoções que habita cada ser humano. Nenhum computador chora. V eja-se a indústria automóvel. Há poucas décadas, uma Nenhum computador ama. Nenhum fábrica de produção de automóveis implicava a contrata- computador beija. Todos eles, juntos, ção de milhares de operários. Hoje, graças à revolução tec- não conseguem matar a solidão que nológica, a programação robótica pulverizou essa classe operária, substituindo-a, aumentando exponencialmen- a virtualidade nos dá prodigamente. te a produção, reconfigurando o tecido social das próprias empresas. É o grande desafio que a era digital ain- Noutra abordagem, veja-se a ruptura extraordinária nas comunica- da não conseguiu vencer. Nem pode. ções. As cartas e os telegramas perderam a exuberância afectiva que Porque só o corpo humano é fonte de vinculava ausentes e presentes. Os telefones fixos estão em vias de produção de amor. De encontro. E tam- extinção. Os aerogramas morreram há muito. O bilhete-postal é pou- bém ferido pela solidão. co mais do que uma cortesia natalícia. As saudades deixaram de ser um esforço poético e os vínculos materialmente fixados por esses O autor continua a escrever segundo a chama- instrumentos passaram à História. Quando se estudarem os escrito- da norma antiga res, os poetas, os pensadores de hoje, já não haverá correspondência para compreender as motivações mais profundas que construíram as suas obras para a Humanidade. A virtualidade esmagou estes sedimentos da História. O WhatsApp substituiu estas falas multisseculares. O telemóvel relativizou a au- sência. O Facetime construiu a ilusão da presença. Nunca estamos longe. Estamos tão perto que basta clicar no botão certo para dizer- mos, frente-a-frente, bom dia a quem amamos mesmo estando a milhares de quilómetros de distância. Esta é uma das grandes virtudes das novas tecnologias. A criação da ilusão da presença. E a construção de um novo paradigma semânti- co. Vejam-se os amigos. Redes sociais como o Facebook aceitam até cinco mil amigos por página. Expropriado o vínculo psicoafectivo que era intrínseco a este conceito, libertámo-nos da grilheta que nos limitava. Temos direito a cinco mil. Nem mais um. Nem menos um. Cinco mil! Uma riqueza que jamais poderíamos pensar, ou esperar, noutra das idades da História. Porém, estas conquistas importantes, hoje vinculativas da ideia de progresso, têm um lado obscuro. Dou o meu testemunho pessoal. A minha vida profissional esteve sempre muito ligada à Morte e aos mortos. Conhecia todos os ele- mentos técnico-científicos que significavam morrer, assim como a desprogramação programada da vida, como Edgar Morin caracte- rizava o post mortem. Porém, já passara os cinquenta anos quando montepio I N V E R N O 2 0 2 0

As nossas Portugal experiências pela lente dos fotógrafos Há imagens que valem mil palavras. Por isso, pedimos a um conjunto de fotógrafos que nos mostrasse como veem Portugal. Conheça, pelas palavras destes amantes dos retratos, uns amadores outros profissionais, qual a melhor altura do dia para visitar (e fotografar) cada um destes cenários cinematográficos. Inspire-se nas nossas paisagens e gentes e saiba como poupar com os parceiros Montepio próximos destes locais. Texto JOÃO VALENTE

C As nossas experiências 56 Lazer Fim do dia em Lisboa Luís Ribeiro “Lisboa tem uma luz única. É o que R A imagem do os nossos clientes estão sempre a Cristo Rei, virado dizer”, confidencia José Garcia, ad- para a ponte e para ministrador do Hotel do Chiado, em o rio, fascina muitos Lisboa. É normal que a luz branca e estival da capital, que bate nas pa- fotógrafos redes claras da Baixa Pombalina e Q O reflexo do céu ilumina os seus passeios, fascine nas águas das praias quem a visita. fluviais de Mértola Mas as luzes desta fotografia são ONDE FICAR diferentes. “A imagem do Cristo Rei, Hotel do Chiado virado para a ponte e para o rio, sem- 213 256 100 pre me fascinou. Não foi a primeira hoteldochiado.pt vez que o fotografei e desconfio que 10% desconto em alojamento não será a última”, explica Luís Ribei- e pequeno-almoço ro, o autor da imagem. Aqui, Lisboa despede-se do dia. As luzes das casas “Uma boa foto começam a acender-se para preparar é sempre o o jantar. Imagina-se a luz de uma pon- aproveitamento de te sobre o Tejo, oculta do plano, e que uma conjugação se transformou numa serpente de fa- de fatores diferentes” róis. Por outro lado, o laranja do oca- so dá o tom à noite que começa. São Luís Ribeiro tempos de lusco-fusco. Uma objeti- Fotógrafo va que captou uma imagem que dura um instante e uma vista que pode ser apreciada do alto do Hotel do Chiado. “Na verdade, dispomos do melhor lo- cal para desfrutar dessa luminosida- de e de uma das melhores vistas de Lisboa, do Castelo de São Jorge e do rio Tejo”, afirma José Garcia. Luís Ribeiro recorda-se do dia em que tirou esta fotografia. “Era dia de super-Lua. Captei a imagem do Ter- reiro do Paço, às sete da tarde. Mui- tos monumentos de Lisboa, incluin- do o Cristo Rei, estavam iluminados de azul por se estar a celebrar o Dia Mundial da Diabetes.” Bastava fa- lhar um destes fatores e não tería- mos esta foto. “Na verdade, uma boa foto é sempre o aproveitamento de uma conjugação de fatores diferen- tes”, conclui Luís Ribeiro. montepio I N V E R N O 2 0 2 0

Um pastor atrás, aparece desfocado, mas per- 5 dicas 57 em Portalegre cebemos que não larga o seu pastor. para Afinal, quem mais lhe valeria na re- fotografar Carol Fernandes gião menos povoada de Portugal? uma paisagem O Alentejo é tão grande que não é um Subindo no mapa, mas continuan- sítio. São as pessoas que o habitam. do numa região de pastoreio, chega- 1. PLANEIE A Este olhar é o Alentejo. As rugas são mos à serra beirã. Pedimos ajuda a os seus planaltos cortados de vales. Márcia Viegas, da direção de marke- FOTOGRAFIA O sorriso disfarçado é de quem se ting do Hotel Eurosol de Seia, para Uma fotografia de paisagem conforma perante a dureza da vida. nos explicar onde se poderiam en- requer planeamento. E os olhos claros são a herança de contrar bons sítios para captar o Por- Verifique a previsão das uma terra que sofreu invasões mi- tugal serrano por uma lente. “Visitar condições meteorológicas, lenares do sul, do norte e do leste. o Vale do Rossim ao final do dia ou a conheça antecipadamente “Escolhi esta foto porque foi no Alen- Senhora do Desterro e o Vale da Al- o sítio onde vai fotografar tejo que encontrei paz de espírito. ma são garantia de encontro de pai- e leve todo o material que Além de ter conhecido pessoas ma- sagens inesquecíveis.” E acrescenta possa ser necessário. ravilhosas, pude trocar o barulho das que o Restaurante Camelo, no Euro- buzinas dos automóveis pelo canta- sol Seia, prepara os sentidos do chei- 2. ESCOLHA A LUZ rolar das cigarras, e as luzes da ci- ro e do paladar para o embate com es- dade por uma noite estrelada como tas paisagens. “Uma visita não pode MAIS ADEQUADA jamais vira”, conta Carol Fernandes, terminar sem provar um bacalhau Os fotógrafos costumam a fotógrafa da imagem. “Para mim, com broa, a feijoada, os medalhões referir-se ao nascer do sol o Alentejo será sempre um peque- de porco com açorda de farinheira e ou ao seu ocaso como a no paraíso”, continua. O rebanho, lá o inevitável queijo da Serra.” “hora dourada”, altura em que a luz natural permite ONDE FICAR capturar as melhores Hotel Eurosol Seia imagens. No entanto, pode preferir fotografar 238 491 010 à noite ou em alturas de eurosol.pt obscuridade. Tudo depende dos seus objetivos. 10% desconto em alojamento 3. TIRE PARTIDO R A imponência do Mosteiro da Batalha DA TECNOLOGIA numa só imagem Hoje, quase todas as Q Um pastor no máquinas fotográficas Alentejo. O seu permitem jogar com olhar e as suas variáveis que, antes, só rugas denunciam as estavam ao alcance dos marcas de uma vida profissionais. Aprenda a equilibrar a exposição à luz, a velocidade de abertura de uma lente e a usar filtros que equilibrem as cores. 4. USE A REGRA DOS TERÇOS É um dos segredos mais mal guardados da fotografia. Trace mentalmente duas linhas horizontais e duas linhas verticais na imagem dividindo-a em nove quadrados. O alvo que se quer destacar deve ficar nos pontos de interseção destas linhas. 5. TRABALHE A FOTO Já em casa, reveja as imagens que obteve. Corrija as cores e a luz, limpe o ruído que possa existir e recorte-as de maneira a que fiquem memoráveis. I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

58 Q Uma varanda em Miragaia testemunha a vida nos bairros históricos do Porto O QUE USAR Céu do Alqueva Live Electric Tours 921 453 302 Ricardo Salvo liveelectrictours.pt 25% de desconto em “Esta imagem dispensa apresenta- todas as tours ções. O património natural de céu escuro já mereceu o certificado da Cor em Miragaia imediatamente. Aquela casa não é a UNESCO de Starlight Tourism Desti- nossa, mas podia ser. Contudo, será nation para a região. A poluição lu- Matilde Cunha a porta da varanda entreaberta que minosa é a grande responsável pela nos puxa o olhar. Se ela estivesse fe- perda de acesso aos céus estrelados “Fascina-me a cor desta fotogra- chada, seria só roupa num estendal. e escuros e, enquanto esta região fia”, revela Matilde Cunha. “Sou fo- Por estar entreaberta reconhecemo- do Alentejo se mantiver assim, não tógrafa de moda e o meu percurso -la como parte da vida de alguém. me cansarei de a fotografar – sabe- tem pouco a ver com fotografia do- Matilde Cunha anda a pé à procu- -se lá se os nossos filhos ainda te- cumental. No entanto, sair de casa ra destas fotografias, mas Djalmo rão a possibilidade de ver estrelas com uma máquina a tiracolo e tirar Gomes sugere que se use uma das no céu no futuro”, conta o fotógrafo fotos, sem agenda, funciona como viaturas da Live Electric Tours. “São Ricardo Salvo. O Alqueva revitalizou um escape ao meu trabalho do dia 100% elétricas, compactas e com ca- uma região. Os tons do concelho, po- a dia”, acrescenta. pacidade para duas pessoas. Há for- tenciado pela agricultura e turismo, ma mais simples, rápida e divertida passaram do castanho para o verde. Esta varanda fica em Miragaia, de conhecer a cidade do Porto? Com “Viajar e saborear o melhor do Alen- bairro histórico do Porto. A casa é liberdade para parar onde quiser e tejo é muito mais do que conhecer vizinha da casa do pai de Matilde. tirar aquela fotografia especial”, su- um pouco sobre as tradições, a his- “É uma fotografia intuitiva. Não é blinha o CEO da Live Electric Tours. tória e a cultura de Portugal. É tam- preparada. Estou a construir um li- bém observar um dos pedacinhos de vro sobre a cor e o meu olho identi- “Estou a construir um céu mais bonitos do planeta”, consi- fica estes contrastes pelas ruas por livro sobre a cor e o dera Carlos d’Avillez, diretor-geral do onde passo. Não fabrico imagens. meu olho identifica Hotel Tivoli Évora Ecoresort. Tudo depende do que vou encontrar estes contrastes” e de como deteto estas conjugações A fotografia maravilha pela imen- entre forma e cor”, explica. Matilde Cunha sidão. Aqui, é possível deitarmo-nos Fotógrafa Há uma manifestação de vida nesta varanda com roupa estendi- da. Um bulício de lavar, secar, ar- rumar com que nos identificamos montepio I N V E R N O 2 0 2 0

Estrada na agreste, acinzentada e majestosa, que 59 Serra da Arada se ergue em recortes sucessivos. Até que desaparece da nossa vista e só a Ricardo Salvo podemos imaginar. Tal como acon- teceu à estrada. Construção huma- O circuito sinuoso da estrada esten- na e natureza escapam-nos ao olhar. de-se para lá desta imagem da Serra Porque, muitas vezes, uma fotografia da Arada. Localizada na fronteira en- resulta pelo que não se mostra. tre a Beira Litoral e a Beira Alta, a ca- deia sobe a noroeste de São Pedro do O fotógrafo deixa-nos alguns con- Sul. “Para uma fotografia em paisa- selhos para os curiosos que se aven- gem natural, como é este caso, é mui- turam pela natureza: “Devem levar to importante decorar pontos de refe- roupa adequada e várias baterias. rência. Para sabermos que estamos Quanto maior a exposição à luz, maior mesmo a fotografar o que queremos, o consumo de energia. E o frio reduz devido ao tamanho imenso de alguns a capacidade das baterias, o que sig- objetos, e para não nos perdermos”, nifica que em algumas épocas do ano explica Ricardo Salvo. poderão ter a necessidade de substi- tuir a bateria com maior frequência”. A fotografia marca pela diferença À volta, a fome apertará. O restauran- cromática. O verde, a única porção te Sabores da Serra, no hotel Eurosol que é transgredida pela intervenção Gouveia, a 90 minutos de distância, humana, serve de sopé à montanha tem enchidos serranos, o seu famoso arroz de pato e um requeijão com do- ce de abóbora à espera. R A ausência ONDE COMER de poluição luminosa Restaurante Cardo, Hotel Tivoli Évora permite captar Ecoresort imagens 266 738 500 fantásticas do céu estrelado 10% desconto em refeições à carta do Alqueva no leito que a terra nos oferece e fi- ONDE FICAR R Os caminhos car a ver tudo o que está por cima de Hotel Eurosol Gouveia sinuosos da nós. Há truques, contudo, para quem 238 310 100 Serra da Arada quiser preservar esta visão. “É essen- eurosol.pt dão excelentes cial conhecer o local onde se vai fo- 10% desconto em fotografias tografar. Deve fazer-se uma visita alojamento de paisagem prévia, durante o dia. E respeitar a natural vida selvagem local para não a per- turbar. Para quem quiser fotografar Os restaurantes e hotéis mencionados são parceiros da Associação Montepio. estrelas, recomendo o Stellarium, Aceda a montepio.org para saber quanto pode poupar, todos os dias, com o uma app gratuita que indica o posi- Cartão de Associado. Esta informação não dispensa a consulta das Condições cionamento exato de qualquer astro Gerais e regras de aplicação dos benefícios. em qualquer altura”, explica Ricardo Salvo. Antes, é preciso ganhar forças. “Uma tomatada de ovos, seguida de umas bochechas de porco ibérico e um fondant de abóbora com gela- do de azeite, do nosso restaurante Cardo, são imprescindíveis”, assume Carlos d’Avillez. I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

C As nossas experiências 60 Livros As lendas do senhor Cleto No final do ano passado, o historiador Joel Cleto e o fotógrafo Sérgio Jacques lançaram Lendas de Natal, um livro onde os mitos têm rédea livre e as tradições da cidade do Porto ganham vida. Texto ALEX ANDRA PEREIRA | fotografia MATILDE CUNHA S e, como escreveu o poeta portu- cidade e podem ser encontradas até nos Uma mais-valia para as Experiências guês José Carlos Ary dos San- pontos mais improváveis. Um exemplo Montepio tos, “Natal é quando um ho- desta diversidade, diz Joel Cleto, é a rua Nascido na cidade do Porto em 1965, mem quiser”, o mais recente livro do dos Clérigos, que durante largos anos Joel Cleto é das personalidades mais historiador Joel Cleto e do fotógrafo se chamou rua da Natividade. conhecidas da Invicta. Arqueólogo, his- Sérgio Jacques devia ser lido em qual- toriador e divulgador da História e do quer época do ano. Lançado no final de O mistério do quarto rei mago Património, granjeou a fama na apresen- 2019, Lendas de Natal conta algumas Existem tradições cujo significado ori- tação de programas no Porto Canal. Em das histórias do património portuen- ginal se vai perdendo no tempo. É o caso 2012, o programa Caminhos da História se, narrativas que passaram de geração dos presépios com quatro reis magos foi nomeado um dos três melhores da em geração e que agora veem a luz do que podem encontrar-se, ainda hoje, área de entretenimento e cultura, em dia através da sábia pena de Joel Cleto. na cidade do Porto. Joel Cleto explica televisão, pela Sociedade Portuguesa o significado. “Isto de os Reis Magos de Autores (SPA). Mais recentemente, “Há mais de dez anos que publico serem três é uma lenda, porque não o autor tem colaborado com as Expe- lendas da região do Porto na revista está escrito na Bíblia. A ida dos Reis riências Montepio, desafiando os par- O Tripeiro. O que fiz foi reuni-las num Magos a Belém é o cumprir de uma ticipantes a regressarem, por momen- único volume, com fotos do Sérgio profecia do Velho Testamento. Quan- Jacques”, explica Joel Cleto. E se a cida- do, na Idade Média, se começam a fazer “Muitas vezes de do Porto está cheia de lendas, estas os presépios, a Bíblia não diz quantos passamos ao lado histórias ganham um brilho especial reis magos eram. Mas sabe-se que re- dos edifícios e com narrativas de Reis Magos, da Nativi- presentavam todo o mundo”, recorda. monumentos e não dade e dos presépios que deixaram mar- Ora, se na altura eram apenas três os nos apercebemos cas no património e nas ruas da cidade. continentes conhecidos – Europa, Ásia de vários “Há um conjunto muito interessante e África –, existia um número idêntico pormenores” de lendas ou narrativas tradicionais de reis magos. Mais tarde, já no sécu- do Porto ligadas ao Natal. Muitas vezes lo xviii, “está mais do que provado que nem nos apercebemos disso”, garante o existe o continente americano” e, por historiador, um dos rostos mais conhe- isso, o número de reis magos aumen- cidos no que toca ao conhecimento das ta para quatro. “Este quarto rei mago ruas, edifícios e património do Porto e representa o continente americano e da região Norte e colaborador regular está vestido de índio brasileiro”, avan- das Experiências Montepio. As histórias ça o historiador. estão espalhadas um pouco por toda a montepio I N V E R N O 2 0 2 0

As nossas experiências C 61 Livros Das histórias tos, aos séculos e décadas anteriores mórdios e o património da cidade ajuda que se perdem e a usufruírem de relatos muitas vezes a levá-la, e às suas gentes, para o futuro. no tempo desconhecidos do público. “As pessoas vêm ao Porto porque existe um património protegido pela UNESCO. Sabe de onde vem a expressão “Não deixam de ser visitas turísticas, Temos uma das mais belas livrarias do “emprenhar pelos ouvidos”, mas é umaforma de descodificar acida- mundo [ndr: Livraria Lello] e alguns dos utilizada para identificar pessoas de. Muitas vezes passamos ao lado dos mais belos cafés do mundo. Estamos que acreditam em tudo o que lhes edifícios e monumentos e não nos aper- sempre a falar de património, é o elemen- dizem? Segundo Joel Cleto, cebemos de vários pormenores”, explica. to distintivo da cidade. Manter o Porto as- a expressão tem como origem Dos passeios temáticos às visitas a locais sim passa por conservar o património. uma gravura onde está escolhidos, propositadamente, para con- O material e o imaterial, como as len- representado o momento em tar uma história, são muitas as aventu- das”, conclui o historiador. Quer conhe- que Deus diz à Virgem Maria ras de Joel Cleto com as Experiências cê-lo melhor? Fique atento às próximas que irá engravidar. “Na figura, Montepio. No Porto e cidades limítrofes. Experiências Montepio. sai da boca de Deus um balão com o Menino Jesus, e entra pelo Para o historiador, recordar os pri- ouvido de Maria. Nasce assim a famosa expressão, hoje com outro significado”, revelou o historiador. Esta gravura, única em Portugal e raríssima no resto da Europa, pode ser vista no Mosteiro de Leça do Balio. Terá sido encomendada a artesãos do norte da Europa, possivelmente da Flandres, pelos herdeiros de D. Frei Estevão Vasques Pimentel. Esta e outras histórias podem ser conhecidas, ou recordadas, durante 2020, com o apoio da Associação Mutualista Montepio. Esteja atento ao site montepio.org e à app da Associação Mutualista Montepio para saber como participar na próxima tertúlia histórica com Joel Cleto. “Há um conjunto muito interessante de lendas ou narrativas tradicionais do Porto ligadas ao Natal. Muitas vezes nem nos apercebemos disso” Lendas de Natal Joel Cleto e Sérgio Jacques Book Cover Editora 64 páginas 18€ I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

C As nossas experiências 62 fDineasnpçoartsopessoais Ginástica mental Conheça os desafios físicos e mentais de desportos como o xadrez, mas também o golfe, bilhar ou eSports e saiba como os melhores destas disciplinas se mantêm em forma. Texto RAFAEL AFONSO | fotografia ARTUR “Xadrez é um despor- R Num dia to? Mas nem se me- de competição xem.” Alguma vez de bilhar, um ouviu, ou partilhou, este desa- atleta pode fazer bafo? Se o fez, está longe de es- entre cinco tar correto. Modalidades como a seis quilómetros o xadrez, mas também o golfe, o bilhar ou os eSports necessi- tam de uma preparação física e mental que minimize as lon- gas horas sentado, as posições estranhas, a repetição de mo- vimentos e o stress de ter de pensar rápido. “Às vezes chego a casa, depois de um dia a ba- ter bolas, e doem-me as cos- tas”, justifica João Bonapar- te, professor na Academia de Golfe de Lisboa e um dos qua- tro desportistas que aceitaram explicar à revista Montepio os desafios, mas também o tre- mendo prazer, de praticar uma modalidade considerada me- nos intensa ou exigente. Venha conhecer estes quatro despor- tos por dentro e, após ler o ar- tigo, por que não lhes dá uma possibilidade nas suas horas de lazer? montepio I N V E R N O 2 0 2 0

BILHAR S O xadrez C 63 exige paciência, “É um jogo de conhecimento concentração e equilíbrio” e uma grande capacidade de O INTERESSEPELO gestão do tempo BILHAR surgiu aos 12 anos e aos XADREZ 22 tornou-se federado. Hoje, com 47 anos, Rui Edgar “Temos de estar bastante concentrados” fala de um modo apaixonado da modalidade que pratica OPRIMEIRO CONTACTO Coutinho admite ter um carinho o foco no jogo e não no há tanto tempo: “É um jogo de Vânia Coutinho especial por ajudar as crianças adversário. E exemplifica: fantástico. A quantidade com o xadrez começou a perceberem melhor como “Se for a um torneio e perder de variáveis que têm de ser bem cedo, quando ainda funciona o jogo. A Associada com um jogador, no torneio aplicadas para jogar bem andava na escola. Mas a Montepio de 34 anos, que vive seguinte não posso pensar é bastante interessante.” paixão pela modalidade só em Aveiro, acredita que os bons que vou perder novamente. No Sporting desde 2016, surgiu anos depois, quando, jogadores de xadrez precisam O desafio é focarmo-nos o bilharista destaca-se na já pedagoga numa escola do de “estudar muito para no que está a acontecer no disciplina de carambola (bilhar ensino básico de Aveiro, foi perceberem as jogadas”, mas tabuleiro, independentemente às 3 tabelas). Além de ser uma contagiada pelo entusiasmo também de “criatividade para do adversário.” Além disso, modalidade amadora, Rui do professor de xadrez que, surpreenderem o adversário”. o xadrez exige uma grande considera que o bilhar ainda com ela, partilhava a turma. Como treinadora de crianças, capacidade de gestão do vive debaixo do “estigma de Estávamos em 2010 e, desde Vânia aponta como principais tempo, sobretudo em partidas estar associado aos cafés, então, Vânia foi ultrapassando desafios a capacidade de ter mais rápidas: “Há jogadores ao fumo, à noite, aos maus todos os patamares da paciência, a concentração – que gostam mais de pensar, hábitos”. Ainda assim, garante, modalidade, incluindo o xadrez – sobretudo quando há mais mas nessas partidas não têm “hoje em dia o bilhar não escolar e federado. Hoje, movimento na sala, devido tanto tempo. Têm, por isso, é nada disso”. Um exemplo: já professora, treinadora e ao fim dos outros jogos – e de trabalhar o pensamento em países como a Alemanha, árbitra da modalidade, Vânia a necessidade de manter rápido”, conclui a Associada. França ou os Países Baixos, a modalidade faz parte da oferta curricular nas escolas. “Ajuda ao desenvolvimento do sistema motor e cognitivo das crianças. É uma abordagem mais light à geometria, aos ângulos, à matemática.” Segundo o atleta, que já ganhou todos os troféus em Portugal, o bilhar “é um jogo de conhecimento e equilíbrio”. Não apenas mental, mas também físico: “Uma pessoa desequilibrada não consegue ter boa pontaria nem uma tacada sustentada.” Mas a componente física deste desporto não se fica por aqui. Ao fim de um dia de competição, um atleta pode ter “entre cinco a seis quilómetros nas pernas”, revela Rui. E tal como acontece noutras modalidades, o cuidado com o corpo não deve ser menosprezado. “Deve ter-se uma atividade física regular por uma questão de mobilidade e agilidade. Uma pessoa que tenha dificuldades em respirar vai cometer mais erros do que uma que está bem fisicamente”, conclui o jogador. I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

C As nossas experiências ESPORTS 64 Desporto “O mais importante é a parte mental” P Um jogador de H Á CINCO ANOS que Luca Gomes eSports deve compete no FIFA, um dos jogos mais importantes para o mundo dos ter muita eSports. “Jogava por diversão, mas reparei força mental que me sentia mais confiante para jogar contra grandes jogadores.” Quando chegou e calma. esse momento, no qual começou também a Perder participar em torneios, os eSports tornaram- -se num desafio sério na sua vida. “Foi uma a cabeça paixão”, conta o jovem de 18 anos. pode levar à Dos torneios até um clube foi um passo. Na equipa de eSports do Clube Desportivo derrota Feirense, Luca é treinador, joga (na vertente de 11vs11) e participa em torneiros de 1vs1. R O golfe é uma Foi nesta vertente, aliás, que surgiu o ponto modalidade que exige alto da sua carreira: vencer a Taça da Liga concentração para em 2019. memorizar os movimentos Apesar deste triunfo histórico, é nos eSports certos para bater na bola de 11 contra 11 que Luca gosta de jogar. montepio IINNVVEERRNNOO 22002200 Nesta vertente, cada jogador controla apenas um jogador virtual, entrando em jogo em menos situações que na vertente de 1vs1, em que controla todos os jogadores. “Foi nesta vertente que comecei a jogar competitivamente”, justifica. Apesar da componente física estar presente neste desporto, sobretudo devido às longas horas que estes atletas passam sentados e aos movimentos repetitivos dos dedos, Luca diz que os eSports requerem sobretudo força mental: “O FIFA é um jogo de muita estratégia. Um jogador pode ser o melhor do mundo, mas se estiver com o psicológico destruído não consegue ganhar. Se uma pessoa começa a perder um jogo e perde logo a cabeça... É preciso calma”, justifica. GOLFE “Usamos músculos que nem sabíamos que existiam” J OÃO BONAPARTE gosta de deste desporto: “Agarrar no taco é ser professor de golfe. A paixão complicado, é antinatura. É das poucas pela modalidade surgiu há quase modalidades em que o braço líder, no 30 anos. Hoje, com 68, dá aulas na caso de um destro, é o braço esquerdo.” Academia de Golfe de Lisboa, parceira É por isso que, de vez em quando, João Montepio. “Em 2008, quando estava coloca os alunos a bater bolas como em vias de me reformar, decidi tirar o se fossem esquerdinos, “para terem os curso de treinadores. Entusiasmei-me a grupos musculares ativos de um lado e dar aulas, é uma modalidade viciante”, do outro”. Além disso, é uma modalidade confessa. Quando era mais novo, João que exige concentração, principalmente chegou a participar em torneios, mas isso porque é preciso memorizar os nunca o moveu: “Gosto muito de ensinar, movimentos certos para bater mas os torneios não me dizem muito.” corretamente na bola: “Usamos músculos Quem vê golfe na televisão pode achar que nem sabíamos que existiam.” Apesar que é uma modalidade sem grandes do número de praticantes federados ter dificuldades físicas. De forma humorada, crescido pouco nos últimos anos – João diz que “a culpa é dos profissionais –10,4% de 2007 a 2017, para os 15 847 de topo”, por fazerem com que tudo praticantes – este número é mais do triplo pareça fácil. Apreciador das qualidades dos 4 520 praticantes federados que do norte-americano Tiger Woods e do existiam em 1996. “É com satisfação que norte-irlandês Rory McIlroy, o professor vejo que o número de praticantes de golfe de golfe aponta a “panóplia de desafios” está a aumentar”, conclui.



C As nossas experiências 66 Associados Uma viagem ao mundo das Artes Conhecer a fundação que nasceu do sonho do colecionador e mecenas Ricardo Espírito Santo Silva é fazer uma viagem pelas Artes Decorativas do século xv ao século xviii. Que o diga o casal Moita, que encontrou nesta Experiência Montepio o pretexto perfeito para satisfazer uma curiosidade antiga. Texto SARA BATISTA “Sempre passei ali em 1953 com a colaboração do arqui- de outubro, conhecerem a obra que perto e nunca me teto Raul Lino. Hoje, alberga o Museu- nasceu do sonho do colecionador e tinha apercebido -Escola de Artes Decorativas da Fun- mecenas Ricardo Ribeiro do Espírito que era um museu.” dação Ricardo Espírito Santo Silva, Santo Silva. O edifício com a fa- responsável por proteger e divulgar chada vermelha que ocupa o núme- as artes portuguesas e os ofícios com Dentro das imponentes salas, ro 2 do Largo Portas do Sol, em Lis- estas relacionados. Foi exatamente o grupo de associados pôde apreciar boa, não denuncia a riqueza que as esta valência que despertou a curio- coleções de mobiliário, ourivesaria, suas paredes guardam. Falamos do sidade de Rui e Maria João Moita. “Já têxteis, pintura, cerâmica e porcelana Palácio de Azurara, com a sua matriz tínhamos ouvido falar que a Fundação do século xvii ao xix, apresentadas num seiscentista, característica da arqui- tinha umas oficinas muito interessan- contexto interpretativo através da or- tetura portuguesa do século xvii. Em- tes”, recorda o Associado Montepio. ganização por épocas e funcionalida- bora não se conheça o ano em que foi des, numa encenação e ambientes de erguido, sabe-se que foi habitado por Conquistados pela oportunidade famílias nobres, pertenceu ao viscon- de visitar este testemunho do patrimó- de de Azurara, serviu de instalação nio português, o casal de associados ao Corpo do Estado-Maior do Exér- não hesitou e inscreveu-se “imedia- cito, foi colégio religioso e hospício. tamente” após receber a newsletter Comprado em 1947 por Ricardo Espí- da Associação Mutualista Montepio rito Santo Silva, que aí instalou parte que anunciava a visita àquele espa- da sua coleção privada, foi restaurado ço. Não foram os únicos: vários asso- ciados juntaram-se para, numa tarde montepio I N V E R N O 2 0 2 0

CAs nossas experiências 67 Associados “Fazer estas experiências com guia é uma mais-valia” Rui Moita Associado uma casa fidalga portuguesa. “Fazer P&R estas experiências com guia é uma mais-valia”, reconhece Rui Moita. Mas Rui Moita o ponto alto da experiência viria a ser Associado a visita às oficinas de artes, onde os associados puderam apreciar o tra- Qual a vantagem à Quinta Dona balho dos artesãos nos vários ofícios das Experiências Ermelinda e até (conservação e restauro, encaderna- organizadas convidámos um ção e decoração de livros, metais, pin- tura decorativa, têxteis e estofamento). pela Associação casal amigo “Sempre gostei muito de artesanato Mutualista para fazer esta e das atividades ligadas a este tipo de arte que, infelizmente, parece estar Montepio? Experiência a desaparecer no nosso país. É uma pena. Aqui temos o exemplo vivo e Costumamos realizar connosco. ativo daquilo que é possível manter”, estas atividades Gostamos muito reconhece Rui Mota. A grandiosidade em casal, porque destas atividades e importância dos trabalhos desenvol- são uma mais- mais culturais vidos nas 18 oficinas motivaram o As- -valia para a troca e históricas – sociado de 59 anos a pôr as “mãos na de experiências e – são um grande massa”. “Há muitas oficinas abertas ao acompanhamento benefício do público, o que é muito simpático para mútuo. Participámos mutualismo do pessoas que, como eu, gostam destas também na visita Montepio. atividades de reparações e recriações de peças importantíssimas e valiosas.” A PENSAR EM SI Uma descoberta apenas proporciona- da pelas Experiências Montepio. Já Van Gogh escolheu a sua? Atelier de pintura SE É FÃ da obra de Lx Paint, em Lisboa, Data: 14 de abril Vincent van Gogh, por ocasião da celebração Inscrições até: 29 de março um dos artistas mais do 167.º aniversário influentes do século xix, do artista, e recrie Conheça esta e outras esta experiência é ideal “A Noite Estrelada”, uma Experiências Montepio em para si. Participe num das telas de arte mais montepio.org ou na app atelier de pintura no famosas do mundo. da Associação Mutualista Montepio. I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

D A nossa Associação 68 Genética Como o passado prevê o futuro Por vezes, recorrer ao passado ajuda-nos a antecipar o futuro. Saiba por que a nova parceria da Associação Mutualista Montepio com a Germano de Sousa pode ajudar no diagnóstico de doenças graves e como a medicina preventiva continua a ser a melhor forma de detetar doenças e aumentar as possibilidades de tratamento. Texto CARLOS MARTINHO O ne size fits all. Esta expres- mais pessoal existe em nós – os genes. Os números são da língua inglesa, cuja “Estamos a caminhar para uma medi- do laboratório origem remonta ao início cina personalizada e de precisão, em Germano de Sousa do século xx, diz-nos que que os tratamentos, mais do que dire- um único produto serve para todos cionados a uma patologia, são dirigidos +850 os cidadãos. Durante décadas, era es- à doença do indivíduo, num momento ta a visão da medicina: o mesmo tra- particular da sua vida”, explica o médi- colaboradores tamento era receitado para pessoas co patologista José Germano de Sousa, com sintomas idênticos. Hoje, porém, fundador do grupo homónimo. +450 a evolução desta área de conhecimen- to vai no sentido oposto: diagnósticos O laboratório Germano de Sousa não pontos de recolha individuais que vão ao cerne do que de é desconhecido dos portugueses: há mais de 45 anos que a instituição apoia +15 laboratórios +60 000 análises por dia +18 milhões testes laboratoriais por ano +2,1 milhões utentes por ano montepio I N V E R N O 2 0 2 0

médicos e especialistas de diversas ca. Aqui, o teste pode ser realizado para 6699 áreas nos diagnósticos dos pacientes. vários objetivos: medicina preventiva, E se os associados Montepio já podem por exemplo pacientes com histórico contar, há algum tempo, com a Germa- de cancro hereditário; pacientes com no de Sousa na sua rede de parceiros história familiar de doenças de apareci- de saúde, em 2020 esta ligação foi re- mento tardio, como PAF (Polineuropatia forçada para a área da genética. Desde Amiloidótica Familiar), doença de Hun- logo com a oferta de uma consulta de tigton, entre outras; ou para a identifica- Genética Médica em Lisboa e Porto (ver ção de potenciais familiares em risco. caixa). “Todas as especialidades médi- A realização destes testes pressupõe a cas podem recorrer a testes genéticos apresentação de uma prescrição médi- para fazer diagnóstico clínico, uma vez ca. \"Estas situações representam o dia que existem doenças genéticas que po- a dia do nosso laboratório de genética\", dem atingir qualquer órgão”, explica Jo- completa José Germano de Sousa. sé Germano de Sousa. No entanto, exis- tem cinco especialidades que recorrem, Esta parceria de forma mais comum, à realização des- é para si? tes testes: obstetrícia, pediatria (devido à deteção precoce de doenças genéticas Saiba se o seu perfil de saúde se sintomáticas), neurologia, cardiologia enquadra na parceria e como e oncologia. pode usufruir dos seus benefícios de Associado Montepio. Dois contextos, a mesma precisão A nossa Conhecer o património genético é ca- Quem poderá medicina preventiva Associação da vez mais importante para prever o futuro da nossa saúde. “A medicina de beneficiar de uma e identificação precisão permitirá trabalhar com os consulta gratuita de potenciais utentes na escolha de estilos de vida de Genética familiares em risco. adequados ao seu património genético, definir estratégias de deteção precoce Médica? Onde e quando de doenças, implementar terapêuticas personalizadas e acompanhar a res- Poderão recorrer se realizam as posta terapêutica”, explica Germano de a esta consulta consultas de Sousa. E ajuda os médicos a responder a dois contextos clínicos. No primeiro, o os pacientes Genética Médica? paciente tem sintomas de doenças de origem genética, servindo o teste pa- com suspeita ou Oito consultas por ra confirmar o diagnóstico ou permitir histórico familiar mês em Lisboa, orientações clínicas futuras. “Em on- de doença ou sempre às quartas- cologia, por exemplo, a genética pode síndrome genético, -feiras, e três no ser de grande relevância para a carac- infertilidade, Porto. terização da doença e determinação da abortamentos A partir de que ação terapêutica”, explica Germano de Sousa. Um exemplo? Os testes gené- de repetição ou idade podem ticos germinativos, normalmente de origem hereditária, de cancro da mama. diagnóstico e realizar-se os \"Sendo positivos, podem ser decisivos na opção por uma mastectomia radical história familiar de testes genéticos? preventiva”, explica o professor. cancro. A consulta Depende do Os pacientes assintomáticos, ou seja, será efetuada até contexto clínico. que não têm sintomas mas configu- quatro meses após Pacientes com ram uma história familiar de doença o início da parceria. sintomas podem genética, devem ser sempre vistos em Uma pessoa sã realizar testes contexto de consulta de Genética Médi- e sem sintomas genéticos em poderá fazer testes qualquer idade. genéticos? Os pacientes Sim, se o médico assintomáticos, mas geneticista julgar com história familiar que há contexto de doença genética, de doença ou são orientados história familiar para consultas de que o justifique. Genética Médica A vantagem será após atingirem a realização de a maioridade. I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

D A nossa Associação AMM recebe distinção 70 Notícias Cinco Estrelas Poesia nas No ano do seu 180.º aniversário, entrelinhas a Associação Mutualista Montepio foi reconhecida com o reputado galardão Se a poesia imita Cinco Estrelas, que avalia o grau de e recria a realidade satisfação dos consumidores portugueses. através da linguagem, do ritmo e melodia, A Associação Mu- dação, a confiança na marca ra de comunicação, marke- e desperta sentimentos, tualista Mon- e a inovação. ting e canais da Associação Paula Laranjo prova-o tepio acaba de Mutualista Montepio. Nos na sua escrita. Tendo “Este prémio orgulha- testes de focus group, inqué- como lema de vida ritos e estudos de mercado, “o sorriso é o carburador conquistar o Prémio Cinco -nos sobremaneira. No a Associação Mutualista Montepio assegurou uma do coração”, Estrelas, galardão atribuí- ano em que a Associação satisfação global de 80,1% a Associada de Leça (8,01 em 10 pontos possí- da Palmeira lançou, do em resultado de um sis- Mutualista comemora veis). no final de 2019, tema de avaliação que me- o seu 180.º aniversário, ve- O galardão posiciona, o seu mais recente assim, a Instituição no to- livro, Entrelinhas, com de o grau de satisfação que mos confirmada a satis- po das preferências dos poemas relacionados portugueses, na categoria com o amor, a amizade produtos, serviços e marcas fação dos consumidores Associação Mutualista. e a saudade. Com prefácio do também conferemaosseusutilizado- portugueses, mas também poeta Manuel Neto dos Santos, a obra res, tendo como critérios de a qualidade da relação é ilustrada pela pintura e desenho de Beatriz, avaliação a satisfação pela que tecemos com a nos- Hugo e Délia Laranjo e fotografia de Eurídice experimentação, a relação sa comunidade de 600 Cristo, Paulo Côrte-Real e José Sobral. Nesta preço-qualidade, a intenção mil associados”, referiu sua caminhada poética, Paula Laranjo conta de compra ou de recomen- Rita Pinho Branco, direto- com mais dois livros de poesia, Reflexos Projeto digital recorda memória mutualista (2014) e Essência Ao longo do ano de 2020, a Associação João Grilo, hoje com funções nos Serviços da Alma (2015), além Mutualista Montepio vai partilhar, no site Sociais do Montepio – já pode conhecer em de várias colaborações montepio.org, as memórias dos associados montepio.org. e colaboradores que ajudaram a construir a O projeto insere-se na comemoração do em antologias de Instituição. São histórias de homens e mu- 180.º aniversário da Associação Mutualis- poesia, participações lheres cujas vidas foram profundamente ta Montepio e receberá o contributo de to- nos encontros de Poetas impactadas pelos valores mutualistas. Al- dos os associados interessados em parti- gumas destas histórias – como a de Maria cipar. Aceda ao site montepio.org e partilhe de Huelva pela Paz, Vitória Nunes, a primeira mulher a atender também alguns dos momentos mais rele- tendo ainda publicado ao público no Montepio, de João Encarna- vantes da sua ligação com a comunidade versos no livro Fundido ção, que dedicou a sua vida à instituição, ou Montepio. En Malva, de José Luis Rua Nacher. Entrelinhas P O microsite Paula Laranjo agrega as memórias CHIADO BOOKS dos associados 90 páginas e colaboradores 11€ Montepio e tem como montepio I N V E R N O 2 0 2 0 pano de fundo as comemorações do 180.º aniversário da AMM

Carlos Figueiral Azevedo A nossa Associação D 71 Caminhar direito Associado por linhas tortas confessa o autor e Associado Montepio. Saiba como uma jornada pelo Caminho Português Dez anos depois de ter começado a de Santiago culminou em três viagens: a terrena, a espiritual e a literária. Conheça melhor Carlos Figueiral aventura pelas rotas sagradas, Carlos Azevedo, o Associado Montepio que encontrou, numa Figueiral Azevedo percebeu que era das rotas mais antigas do mundo, o seu caminho de casa. altura de partilhar as histórias que foi recolhendo nos mais de 5 000 quilóme- Situada a mais de 1 600 metros um dos caminhos mais solitários, feitos tros percorridos. “À medida que fui per- de altitude, na fronteira entre pelo interior de uma paisagem imacu- correndo os diferentes caminhos tomei os Pirenéus franceses e espa- lada e que, aos poucos, abre as portas consciência do aprofundamento pes- nhóis, a aldeia de Somport deve o no- à descoberta de aldeias esquecidas soal ao nível físico, por via das supera- me à expressão latina Summus Portus. e despovoadas”, confessa. ções conseguidas, e ao nível espiritual, É neste porto de abrigo, paragem obri- pelo aprofundamento da fé”, avança. gatória das mais populares rotas de ou- Desde 2008 que o autor percorre Através da escrita, confessa, revive a tros tempos, que começa o Caminho os vários caminhos que levam os pe- experiência terrena. É deste modo que Aragonês da peregrinação a Santiago. regrinos europeus a Santiago de Com- surge o nono caminho, que “não existe Carlos Figueiral Azevedo, autor do livro postela. Hoje, é especialista no tema, fisicamente”. “Foi um caminho que só Os Nove Caminhos de Santiago de Com- fruto de dias, semanas e meses de du- eu podia percorrer. Conclui que o mais postela, conhece-a bem. “É o início de ras caminhadas até à cidade espanho- importante não é a chegada à Praça do la. Algumas, como as do Caminho Ara- Obradoiro, em Santiago de Composte- gonês, levaram-no a percorrer quase la, mas a experiência humana e espiri- 1 000 quilómetros em cenários de mon- tual em cada um dos caminhos feitos”, tanha, frio e neve. “É uma rota única garante. Além de contar, ao pormenor, e surpreendente pelas comunidades todos os passos das suas viagens, o li- autónomas de Aragão e de Navarra”, vro tem uma vertente solidária: os di- reitos de autor revertem para a Casa do Kastelo, IPSS do Grande Porto que acolhe crianças com patologias cróni- cas e em situação vulnerável. Se, como diz a lenda, ninguém ter- mina o Caminho de Santiago tal como começou, para Carlos Figueiral Azeve- do o vaticínio não falhou. Mas o autor não se ficará por aqui. Em 2019, o Asso- ciado Montepio percorreu o Caminho Inglês e mais aventuras literárias es- tarão para breve. Ao contrário dos ou- tros, este caminho, o da literatura, não tem fim. Haja tempo para o percorrer, a perseverança e o talento fazem o resto. Os Nove Caminhos de Santiago de Compostela Carlos Figueiral Azevedo Paulinas Editora 699 páginas 25€ I N V E R N O 2 0 2 0 montepio

D A nossa Associação funções. “Inscrevi-me, claro. Porque o privilégio de privar, ao acesso aos não?” Porém, tendo a Contabilidade backstages de concertos e festivais, às 72 Associado como área de formação, foi esse o de- aulas de surf com o americano Garrett partamento para o qual foi seleciona- McNamara. Privilégios que, mesmo Miguel Santos do. assim, não se comparam à satisfa- O gosto pelo éter, contudo, não es- ção de ser responsável por influen- Os dois ciar o dia das pessoas. “As pessoas amores moreceu. “Depois do horário de tra- lembram-se de pormenores de tex- balho ia para os estúdios assistir aos tos que escrevi que eu já não recordo.” programas”, recorda. Foi assim que Apesar da paixão, Miguel admite que, conheceu “os cantos à casa”, as pes- se não fosse produtor, seria contabi- soas e a rotina da rádio. Até fazer par- de Miguel te dela. “Fui emprestado durante seis lista. Esta é, aliás, uma atividade que meses para a área de contabilidade mantém, entre amigos e familiares. da TVI. Quando regressei à casa-mãe, É que, tal como Marco Paulo, também o meu lugar já tinha sido preenchido.” Miguel “tem dois amores”. Há 17 anos que Miguel Santos Felizmente, havia outras vagas, des- é um dos produtores por ta vez nas emissões. Nos ouvidos de Miguel soaram sinos. “Nem olhei pa- detrás do Café da Manhã, ra trás. Parece que o destino me fez a da RFM. Conheça, através vontade.” E já lá vão 29 anos a animar deste Associado Montepio, os portugueses. Primeiro na Renas- como são os bastidores do cença, depois na RFM. programa que, de segunda a sexta, acompanha muitos Apaixonado pela escrita, o Asso- portugueses até ao trabalho. ciado de 52 anos é um dos respon- sáveis por produzir os textos que servem de base aos locutores do A inda a maioria dos portugue- programa. Uma tarefa que exige um ses está a dormir, já Miguel grande domínio da língua portugue- Santos se prepara para sair sa, mas também versatilidade e co- nhecimento de diversos temas. Além de casa. O dia começa muito cedo, às do sentimento gratificante dos co- cinco horas da manhã. São ossos do mentários positivos que rece- ofício: para que o Café da Manhã, da be, a profissão já lhe pro- RFM, vá para o ar às 7h, de segunda porcionou momentos a sexta-feira, o produtor e Associado que, de outra forma, Montepio está na estação do grupo talvez não fossem Renascença Multimédia pelo me- possíveis. Dos nos meia hora antes do arranque do artistas de mú- programa. Mas como quem corre por sica interna- gosto não cansa, Miguel já está habi- cionais com tuado. “O relógio biológico adapta-se”, quem tem explica. A paixão pela rádio surgiu cedo e foi avassaladora. “Quando estava na faculdade, passava as noites a ouvir rádio”, recorda. Um dia, a curiosidade falou mais alto: “Liguei para a Renas- cença e perguntei se podia visitar as P Miguel instalações.” Poucos dias após o pedi- Santos do, lá estava Miguel a tornar o sonho é um dos realidade. Conheceu as instalações, produtores a régie, os estúdios... e foi surpreen- do Café da dido com a notícia de que estavam Manhã, a decorrer concursos para diversas da RFM

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