A vida 02 A superação 04 Conflito 07 Gari Fragoso 09 Machismo 11 Eu existo 14 O surto 17 A superação 19 Pedreiro 22 A dor que ninguém vê 24 Um dia de frio 27 A vida de uma árvore 29 Porteiro fantasma 32 Mendigo invisível 33 Vida difícil 34As consequências da tecnologia 36 Phelipe e a Independência 38 Vivendo na rua 40 Felicidade no futuro 42
A vida!Quando você está se divertindo, não percebe algumas pessoas àsua volta, este é o caso de Carlos: um gari, que trabalha todosos dias, incluindo os finais de semana. Ele não se importa detrabalhar todos os dias, pois só de ver o sorriso no rosto de suafamília ao saber que terão um jantar, não muito digno, mas umjantar, já se sente muito feliz.No domingo de carnaval, sua mãe teve um infarto e foi para ohospital. Carlos estava muito preocupado, mas não podia faltarno trabalho, pois se faltasse, sua vaga poderia ser passada paraoutra pessoa, e tudo que conquistou seria perdido.O trabalho do dia seria limpar as sujeiras dos blocos de rua. Elepensou consigo mesmo: “ver a felicidade dos outros, enquantoestou preocupado com minha mãe não vai ser fácil.”Como ganhava muito pouco e gastava tudo para comprarcomida e pagar as contas, não tinha um telefone celular para secomunicar com sua esposa, que estava no hospital com suamãe.Trabalhando preocupado, sem comunicação, Carlos não sabia oque estava acontecendo e, vendo as pessoas se divertirem,estava sendo muito complicado.Ele se sentia invisível, as pessoas não o viam, não percebiam suapresença, não percebiam sua dor, que além de todas asdificuldades para manter sua família, agora a saúde de sua mãedebilitada. 2
E assim foram os dias de carnaval, carregados de alegria,música, bebidas, danças, mas para o invisível Carlos foram diasde muita dor, tristeza e sofrimento sem que ninguémpercebesse o que tinha dentro de seu coração. Beatriz – 9º C 3
A superaçãoLucas era um homem trabalhador, honesto e humilde que sópensava no bem da família. Ele queria arrumar um empregopara sustentar sua mulher, seus filhos e para ter comida,roupas, remédios... Mas tinha um problema e esse problemachamava-se preconceito!Lucas sempre estava à procura de um bom emprego, mas amaioria das pessoas que ele perguntava se tinha alguma vagade emprego, olhavam com uma cara de desprezo, de nojo. Aodecorrer desses dias, na procura por emprego, algo aconteceu eele ficou bem triste:- Olá moça, queria saber se nessa loja tem vaga de vendedor? –perguntou Lucas.- Bom moço, não contratamos pessoas negras, sem carátercomo você! Inferior a mim, não suporto gente como você. –falou a moça.Lucas ficou sem jeito e bem chateado com as palavras daquelamulher, depois do ocorrido, ele foi para sua casa. Chegando lá,encontrou sua mulher preparando o almoço e seus filhosestudando com o que tinha. Ele estava chorando e sua esposachamada Ana, perguntou o que tinha ocorrido:- Meu amor, o que aconteceu? 4
Lucas contou tudo o que tinha acontecido, ela ficou triste, maspediu para que ele ficasse tranquilo. Ele pensou muito noocorrido e chegou à conclusão de que essas pessoas quepraticam ato de racismo, não são felizes, pois perder seu tempoofendendo o outro não leva ninguém a lugar nenhum.Alguns meses se passaram e Lucas conseguiu um emprego bom.Nenhuma das pessoas que trabalhavam com ele o tratavammal, a vida dele estava ficando boa, seus filhos estavam em umaescola melhor, tinha sua casa própria e sua esposa tambémestava trabalhando.Lucas agradecia a Deus todos os dias por sua vida, e pedia queum dia essas pessoas que foram racistas com ele e com outros,fossem felizes e que tirassem esse pensamento preconceituosoe nojento da cabeça, pois como Lucas e outros que sofreramisso e sofrem são humanos. Todos são iguais.Ele e sua família seguiram com suas vidas felizes. Camila – 9º C 5
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ConflitoEu estava confuso, não compreendia a situação. Há 10 dias tudoestava bem. Tinha amigos, família e todos se importavamcomigo. Até que eles vieram e me destruíram; ódio, rancor,fome, e ganância esses eram seus nomes.Quase não consegui escapar, estava sem conserto, até que eleme salvou. Seu semblante brilhava, conforme o poente ilustravasua face, seria um anjo? Não, não era possível. Meus olhos searregalaram e por um mísero instante pensei estar morto. Masisso não tinha lógica. Não me lembrava de ter morrido. Sóexistia uma explicação, ele me notou. Sua mão estendida paramim, seu olhar profundo como a noite, que compreendia meuespírito. Senti-me seguro, reconhecido pela sociedade. E eleainda estava lá, esperando que eu agarrasse sua mão, para comele me levantar. Subitamente, apoiei minhas mãos no chão ecom um impulso levantei-me sozinho, olhei o homem na minhafrente e chorando eu disse:- Obrigado!O homem sorriu para mim como quem diz: “eu acredito emvocê.”Enxuguei meus olhos e quando os abri, ele não estava mais lá.Olhei para frente e comecei a caminhar. Não sei onde esta trilhadará. Mas eu sei que se seguir minha própria trilha, eu sereifeliz. 7
Gabriel Alexandrino – 9º C 8
Gari Fragoso No feriado de carnaval, estava tendo várias festas. O gariFragoso estava em sua casa, na tarde de terça-feira. Já no bar,perto de sua casa, estava acontecendo uma festa, que acabavaapenas tarde da noite. Às 21h00min horas, Fragoso saiu de casa para limpar a sujeirada festa. Na hora em que ele estava limpando pensou assim:“estou limpando uma sujeira feita em uma festa que não fuiconvidado”, então resolveu fazer uma greve. No fim da tarde de quarta-feira, estava acontecendo umafesta no mesmo barque Fragoso limpou no dia anterior e ochamaram para limpar novamente. Ele ligou para alguns amigos, falando que queria fazer umagreve na rua do barEntão combinou que todos se encontrassemna porta do bar às 17h45min horas, para a greve começaràs18h00min. Juntaram-se e quando deu 18h00min, eles começaram agritar: GREVE! GREVE! GREVE! - Logo após todo aquele barulho,chegou o dono do bar , que disse: “calem a boca e vãotrabalhar, seus lixos”. Os garis se revoltaram e atacaram todasas pessoas do bar. No dia seguinte, os garis foram declarados os “lixos” da cidade. 9
Gabriel Buzatto – 9º C 10
Machismo Certo dia durante a noite, entre 19h30min e 20h00min,Leandro, marido de Giovana se arrumava para sair e Giovanaperguntou: - Amor, aonde você vai? Vai sair? Se você for, eu voutambém para a casa de uma amiga para encontrar a galera defaculdade, ok? Leandro parou e retrucou: - Giovana, você não vai a lugar nenhum, você vai ficar aquiarrumando a bagunça que eu fiz! Giovana observou o marido, pensou no que ele disse erespondeu: - Ué! Por que você pode e eu não? Leandro respondeu com rancor: - Porque o homem da casa sou eu, e você a mulher, queprecisa ficar cuidando da casa. Giovana ficou quiet,foi para o quarto e Leandro saiu de casa. As horas se passaram... 01h30min da madrugada e nada de Leandro voltar. Às 05h30min da manhã, Giovana levantou para ir aobanheiro e viu Leandro chegando, totalmente bêbado,passando mal e comentou: 11
- Eu peço para ir à casa de uma amiga minha, que não iriademorar mais de 2 horas, para eu voltar para casa e você vemcom a maior forma machista, não deixa e chega dessa forma,bem certo!! PARABÉNS!! Leandro ouviu Giovana. Levantou-se e lhe deu um tapa,mandando-a calar a boca: - Vá para o quarto! Os dois dormiram e Giovana acordou mais cedo, pois jáestava tudo certo de que Giovana sairia para entregar seuscurrículos e procurar um trabalho. Giovana levantou paraterminar de imprimir os papeis, até que Leandro acordou e viuGiovana lá e falou: - O que você vai fazer com esses papéis? Giovana muito animada respondeu: - Vou sair para entregar esses currículos e começar atrabalhar logo!!! Leandro ficou a observá-la e disse: - Você não vai a lugar nenhum, você vai trabalhar em casa,lavando e passando e eu como o HOMEM vou sair paratrabalhar, mulher como você fica em casa.Quando eu chegarestará tudo limpo e organizado Leandro pegou as chaves e disse: - Vou sair com todas as chaves e te trancar aqui para vocênão sair. 12
Giovana começou a chorar e foi para seu quarto, arrumousuas coisas e depois de 1 hora, arrombou a porta e saiu de casa. Quando ela esta saindo para a rua, ela encontrou Leandrobêbado novamente, que começou estapeá-la por ter saído decasa. Até que pessoas que passam pela rua chamaram apolícia... A polícia chegou e segurou Leandro. Giovana contoutudo à delegada e com isso Leandro foi processado com chancesde pegar anos de cadeia. Giovana saiu de lá com o rumo depegar tudo que lhe pertencia e não voltar nunca mais para casade Leandro, nem vê-lo mais. Gabrielly Kamachi – 9º C 13
Eu existo!Um menino chamado Arthur mora na rua com seus amigos:Felipe e Diego, já que não possuem família e casa. Os meninosmoram em uma barraca em frente a um parque, que muitasvezes é derrubada com a chuva e o vento, suas camas são decaixas de papelão, que, muitas vezes, também são utilizadascomo cobertores.Todos os dias, acordam cinco horas da manhã para iremtrabalhar nos faróis, guardando carros, carregando sacolasnas feiras... e também pedem esmolas, faca chuva ou faca sol,sozinhos, com apenas oito anos. O único sonho dessesgarotos é ter um teto com comida todos os dias. Já que nãoconseguem muita coisa trabalhando, pois são muitas vezesignorados pelas pessoas, se sentem invisíveis na sociedade.Certo dia, Arthur estava trabalhando e, além de ser ignoradopor diversas pessoas, foi agredido por um homem. Diego, queestava do outo lado da rua, foi correndo para tentar ajudar oamigo. Quando chegou lá o homem disse:-Por que vocês não saem daqui? Ninguém quer vocês aqui,além disso são um risco para toda sociedade! Estão sujos efedem! São bandidos!-Não somos um “risco” para a sociedade! E além disso nãosomos bandidos, estamos apenas trabalhando parapodermos sobreviver- disse Diego revoltado e magoado com 14
a situação, vendo seu amigo caído no chão, todo ferido, fracoe com frio.O homem foi embora indignado com eles. Diego ajudouArthur a se levantar, Felipe chegou e ,ao se deparar com seusamigos, perguntou:-O que aconteceu aqui?-Um cara apareceu e começou a brigar com o Arthur e depoisque cheguei ele falou: ”vocês são um risco para a sociedade!”.-Mas vocês estão bem?-Sim, só estou um pouco machucado, mas nada que algumacoisa para comer não resolva...-Vocês conseguiram algum dinheiro hoje?-Eu consegui cinco reais...-Eu consegui dez reais, e você?-eu só consegui quatro reais...Os meninos continuaram suas vidas, com os seus sonhos,quedas e recomeços. Aguardando sempre uma boa pessoapara lhes dar, algumas vezes, apenas atenção e depois umpouco de comida.Alguns receberão boas propostas na vida, outros não. E avida continua... com novas historias e novos meninos de rua. Isabelle – 9º C 15
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O surtoNa cidade de Atibaia, havia um casal, Diego e Renata,trabalhavammuitoe tinham o sonho de terem um filho.Em janeiro de 2013, Diego passou por uma cirurgia na cabeça,essacirurgia durou por volta de umas 12 horas, foi descoberto umtumor no crânio e tiveram que tirar. Renata, sua esposa,dormiu no hospital com seu marido, logo depois da cirurgia,eles foram para casa.Na noite que foram para casa, Diego não conseguiu dormir, porque estava se queixando de dor, então ele desceu para acozinha e tomou seus devidos remédios, quando ele voltou aoquarto, Renata não estava se sentindo bem.Renata foi ao médico para verificar se era algo muito grave,quando ela fez o exame de sangue, ela descobriu que estavagrávida.Voltando para sua casa, Renata foi falar com seu marido queestava grávida, seu marido ficou muito surpreso com a notícia,então resolveram fazer uma comemoração.No domingo os dois foram ver se estava tudo bem com seufilho, infelizmente, souberam que ele morreu por causa daalimentação. Os dois saíram muitos abalados com essa história. 17
No jantar Diego surtou com a perda de seu filho e entãoameaçou sua esposa com uma faca. No outro dia sua esposa foiprestar queixa na delegacia das mulheres, e falou que seumarido á ameaçou.Sabendo que ele iria preso, Diego, resolveu se matar com umafaca e infelizmente acabou morrendo.Quando Renata chegou a sua casa ficou muito abalada com oque viu. Depois Renata seguiu viúva para o resto da sua vida. João Pedro Carvalhal – 9º C 18
A SuperaçãoMeu nome é Nathan, tenho 28 anos, dos quais oito anos fuiusuário de cocaína.Quando era mais jovem, lá pelos meus 16 anos, sabia que meuirmão saia com seus amigos para usar drogas.Tinha muito preconceito com drogas sem mesmo saber omotivo, não entendia o porquê odiava tanto. Talvez pelo que aspessoas falavam, acabei acreditando em tudo e por fim acabeicriando certo preconceito.Comecei a frequentar com um colega a Cracolândia. La haviamuitas festas com bebidas e muita, muita droga, das quaismaconha e cocaína imperavam.Aos meus 17 quase 18 anos, tive a curiosidade de experimentarcocaína. Achei aquilo o máximo. Aquela sensação de poder,aquela ausência de medo. Vi na cocaína, uma válvula de escapardos problemas cotidianos.O meu comportamento tinha mudado em casa, fiquei agressivo.Meu pai faleceu, minha mãe foi embora, e me deixou com meuirmão, morando sozinhos.Coloquei na minha cabeça que deveria aprender sozinho, paraentão poder usar e vender. E foi isso que fiz, comecei a venderna Cracolândia, e no final do mês conseguia uns trezentos reais,mas isso não dava para pagar o aluguel, então comecei aroubar. Ate que deu certo no começo, mas depois de um tempo 19
quase fui preso e tive que vender os móveis da minha casa parapoder pagar o aluguel.A perda de bens matérias começa a se tornar inevitável, umavez que as consequências do uso me tornaram irresponsável,inconsequente, que foi abandonado pela própria família,andando feito louco pelas ruas sozinho e passando a viversomente para as drogas e usando-as para viver.Decidi me internar, mas o afastamento da sociedade jamais seaplicaria a mim, não queria de maneira alguma, ter de meigualar a outras pessoas, com o mesmo problema. O que iriampensar de mim? A sociedade de uma forma geral olha adependência química com um olhar marginalizado e esta era aultima imagem que não gostaria que tivessem a meu respeito.Mas afinal, que respeito! Eu mesmo já perdera todo o respeitocom relação a mim mesmo, estava magro, abatido, fraco. Tinhaclaro em minha cabeça que podia parar em uma internação ouia morrer.A recuperação não foi fácil. Estar ao lado daquelas pessoasiguais a mim, que eu tanto pré-julgava era difícil, mas foi à mãoamiga que me ajudou na hora de angustia. Logo os dias vãoficando menos tristes, e a alegria de estar limpo e tranquilo ésurpreendente.Dois anos se passaram e agora tenho um emprego e me sintoótimo. Procurei minha mãe depois de dez anos e me senti mal 20
ao vê-la, por tantas vezes ter a magoado, a humilhado, que fuiausente quando ela precisou.O ferimento que causei foi imenso. Hoje tenho respeito a minhamãe e minha noiva. Quando usava drogas não tinha amor pelopróximo, eu pensava que controlava a droga, mas na verdade adroga que me controlava. Hoje tento fazer o possível paraajudar pessoas viciadas, pois a droga mata. Karine – 9º C 21
Pedreiro Em São Paulo, um trabalhador se chama Antônio de classebaixa, está indo de transporte público para a zona sul de SP,onde trabalha numa construção civil.Antônio mora cerca de duas horas e meia de sua casa para otrabalho. Esse tempo que demora faz com que a sua comidaesfrie na marmita que leva. Chegando ao trabalho, Antônio se troca e começa a trabalharrapidamente. Antônio tem feito um muro do lado que da para rua. Ondevarias pessoas passam durante o dia inteiro, como em todas asruas de São Paulo. Muita dessas pessoas. Não cumprimentam o trabalhador,principalmente as mulheres. Entendo a cada uma, pelo fato dasbrincadeiras, mas não são todos que fazem esse tipo debrincadeiras. E ele é igual a todas as outras pessoas. Ninguémnunca parou para pensar que o trabalho dele é tão desgastante,pois o homem fica muitas horas exposto ao sol, carregandopeso etc... E se não fosse esses trabalhadores as pessoas não teriammoradia. Conclusão: repare mais nos outros, pois eles não sãoinvisíveis. 22
Lucca Mazza – 9º C 23
A dor que ninguém vê Em um dia de manhã, Rafael estava se aprontando para aescola. O garoto estuda no terceiro ano do ensino médio e tem17 anos. -Tchau mãe, estou indo para a escola- disse ele e saiu. Chegando à escola, como de costume, todos os zoaram. Ele só ignorava todos que o xingavam. -Bicha, veado, aqui não é lugar para boiolas- diziam os alunosda escola. No final da aula, fizeram uma rodinha em volta dele e todoso chutaram. Rafael, sempre quieto e sem reação. Quando Rafa foi para a casa, Jéssica, sua mãe, o viu todomachucado. Ela perguntou o que tinha acontecido e seu filhodisse que tinha caído no chão. Jéssica, irritada, ligou para a escola para saber o que tinhaacontecido, pois não acreditava no que ele disse. A mãe contoua parte da história que ela sabia e a diretora foi procurar nasfilmagens das câmeras e encontrou cenas de alunos chutando omenino. Então, a diretora para a mãe que iria descobrir o motivodesse acontecimento. 24
No dia seguinte, a senhora Maria Eugênia, diretora docolégio, chamou os garotos, Jéssica e Rafael em sua sala.Conversaram por um bom tempo e um dos meninos resolveuabrir o jogo: -Nós fizemos isso por que não temos coragem de aceitarmoscomo somos, enquanto Rafael assume sua própriapersonalidade. -Como assim, meu filho assume sua personalidade? Ele temalguma outra personalidade diferente da que eu sei?- exclamouJéssica. O clima ficou tenso na sala de reunião! Rafael tentava falar, mas só gaguejava. E então, gritou: -Eu sou gay, mãe!!! Todos ficaram muito surpresos! A mãe não sabia que eu próprio filho era gay! A diretora quenão sabia que dentro de sua escola existiam casos dehomofobia! Os garotos que não sabiam como se aceitar! ERafael que não sabia o que fazer! Luciana – 9º C 25
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Um dia frio Mais um dia naquela cidade. Um dia ensolarado, porém frio.José observava deitado, as pessoas passarem apressadas.Tantas fisionomias, tantos estilos distintos… E eis que chegaGiulia: uma amiga de José. - Conseguiu alguma coisa? – Pergunta José - Nada. Tá cada vez mais difícil, bichinho. E você? - Nada também. Ninguém “quiere” contratar-me. - O pessoal daqui tem preconceito com gente que não é daqui.Onde eu chego me olham feio. Oxente, o que pensam quesomos?! Lixo?! - Sin casa es difícil de conseguir um... tra... trabaio. Es así? - Sim. – Confirmou Giulia. Então Giulia se deita ao lado de José e observa o movimentoda rua. - O que tem no saco? – Perguntou, olhando para José. - Algumas blusas que achei no basurero. - Apois, dê-me umas, oxente. Estou morrendo de frio! – Disse,tremendo. Deitaram-se e se encolheram ainda observando a rua. Então,uma mulher de boa aparência depositou cinco moedas: duas deum real e três de vinte e cinco centavos. 27
- Estou morrendo de fome. Posso ir ao mercado comprar algo?– Indaga Giulia. - Sim. Compre pra mim uma bolacha. - Pode deixar. Giulia se retirou em direção ao mercadinho da esquina e Josépermaneceu deitado, observando tudo. Lembrava-se daspromessas que fizera à sua família. Como estaria sua mulher eseus filhos? Giulia volta com dois pacotes de bolacha, tirando José de seuspensamentos. Então se sentaram os dois e comeramobservando feições preocupadas, a pressa das pessoas e eleseram apenas seres invisíveis para a sociedade. Victória Cerqueira – 9º C 28
A vida de uma árvore Em meu dia a dia me deparo com milhões de pessoasque passam por mim, uma árvore frutífera , despercebidas, semnotar o quão eu faço bem para todos, e além do mais aspessoas me desprezam, pois não preservam a natureza, jogamlixo, colocam fogo, passam, não cuidam, arrancam folhas egalhos, etc. Eu queria tanto que quando as pessoas meolhassem ou passassem por mim, falassem: - Olha que árvore bonita! - Vamos cuidar dela! - Precisamos cuidar mais de nosso planeta, não émesmo?! Mas infelizmente isso não acontece. Todas as tardescrianças, meninos e meninas brincam no parque em que moro,passando por mim como se não tivesse nada no lugar, jogamlixo e assim se vão tantas e tantas reclamações e indignações.Queria que fosse tudo diferente, pelo menos gostaria de terimportância e cuidado de todos e, se eu pudesse falaria paratodos que é melhor começar agora a cuidar do nosso planetaTerra, pois se não fizermos isso, lá na frente, teremos maisprejuízos em relação a saúde de todos, a vida no nosso lar , e detodos os seres vivo, tendo cada vez mais prejuízos do que os dehoje em dia. 29
Eu e muitas outras espécies de árvores estamos entrandoem extinção, como as que já entraram e já foram extintas, poiscom as queimadas, desmatamentos e exploração, nósmorremos, assim como muitas espécies de pássaros que faziamde nós, suas casas e seu habitat. Os seres humanos poderiam cuidar mais de nós, respeitarmais e serem mais educados, pois nós todos teremos prejuízos. Mas não desanimem, ainda podemos dar a volta porcima, se cuidarem mais dos “ verdes “ de nossas cidades, nãodesmatarem, queimarem, e fazerem qualquer coisa do tipo, quefor dar prejuízos a nós. Vocês poderiam ter hábitos bons, como usar sacolasrecicláveis, fazer a coleta correta do lixo, e coisas que possambeneficiar nosso planeta, economizar água, etc. Mariana Nogueira – 9º C 30
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Porteiro FantasmaMeu nome é Roberto, tenho 40 anos e trabalho como porteiro.Trabalho como porteiro a mais de seis meses nesse prédio, nunca mecumprimentaram, sou como um fantasma, uma pessoa invisível,ninguém me conhece, só sirvo para abrir e fechar os portões.O lugar onde fico é apertado e quente, igual a casa que tinha nonordeste.Todos os dias chego as 07h00min h e fico até as 19:00h, não ganhopraticamente nada e só eu sustento minha família. Minha esposa édona de casa e não recebe salário por fazer isso.Moramos em uma casa apertada e que fica na periferia de São Paulo.Saímos do nordeste para procurar melhores condições de vida, maspercebemos que a vida na cidade é bem difícil. Matheus Almeida – 9º C 32
O mendigo invisível Rua Augusta, todos os dias passam várias pessoas indo para otrabalho, passeando, mas não percebe Gerubinhas, que vive alitodos os dias e ninguém fala com ele, até não percebe ele. Gerubinhas não tem abrigo, comidas, cama, trabalho,dinheiro. Tenta sobreviver em condições horríveis. Algumaspessoas até agridem ele por pedir dinheiro e o governo não faznada. Gerubinhas precisa de ajuda e precisamos fazer algo. O espaçoem que Gerubinhas vive não é de boa condição, ele não tembanheiro e não tem nada onde vive, ratos e baratas passam porele as pessoas não dão a mínima para ele. Matheus Nori – 9º C 33
Vida difícil Em uma cidade muito antiga com costumes antigos, começavaassurgir a atualidade, com tecnologia e costumes atuais. Luizauma jovem de 17 anos estava passando por um momento difícil,naquela noite ela ia falar algo importante para sua mãe, masansiosa, esperando chegar a noite, saiu para comer com umaamiga. Logo chega a noite e Luiza esperou sua mãe, até o momentoem que ela chegou abriu a porta, Luiza tenta falar, mas nãotinha coragem, quando criou coragem de falar sua mãe haviadormido. No dia seguinte, mesma rotina e quando chega em casa, suamãe estava chorando, ela pergunta o motivo e sua mãelevantou e lhe deu um tapa na cara, ao mesmo tempo o celularda mãe caiu. A filha consegue ver uma foto dela beijando outragarota. A mãe escandalizada dizia que essa não era sua filha eque a mandaria embora de sua casa. Então Luiza foi morar comsua namorada. Alguns meses depois, a menina trabalhava de dia e estudavade noite, mas em um emprego diferente, pois algumasempresas não aceitavam homossexuais. 34
Ainda morava com sua namorada e pretendia se casar, massua religião também não permitia, mas continuava felizindependente do preconceito.Não podemos dizer que o preconceito não existe, mas asociedade está aprendendo a enfrentá-lo. Matheus Ohl – 9º C 35
As consequências da tecnologiaEm uma cidade agitada, que se chama São Paulo, a tecnologiatomou conta das pessoas, fazendo que as pessoas não sefalassem pessoalmente, olhando olho no olho.As pessoas estão no mesmo lugar e se falam por mensagem,infelizmente isso já é algo normal entre nós. Um absurdo!!Isso ocorre em todos os horários, as pessoas não se dão nemum bom dia. Quando chegamos aos lugares, os seguranças nãosão nem notados, são vistos apenas para realizarem seu serviço.Ninguém pergunta se ele esta bem, se ele esta precisando deum copo de agua.Temos que sermos mais humanos e tratarmos muito bem opróximo.O Gustavo trabalha em um colégio como segurança, einfelizmente ele passa por isso. São poucos os alunos que falamum bom dia ou perguntam como ele está. As pessoas passamcomo se ele não estivesse lá. Muito triste isso! Melissa Barros – 9º C 36
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Phelipe e a Independência Dentro de um orfanato, um menino chamado Phelipe, quenasceu em Filipinas, tinha só oito anos quando perdeu seus pais,que foram mortos pelo exército americano. Phelipe de uma família pobre, vivia em uma casa não muitofavorável, que não tinha estrutura, os objetos eram velhos,sujos, quebrados, mas ele sempre vivia feliz, saia de casa parabrincar com os amigos. Seus pais Fábio e Paloma morreram lutando pelaindependência do país e pela liberdade de expressão, então ofilho foi levado a um orfanato no Brasil, mas quando seus tiossouberam, ficaram com ele e trataram-no muito bem. Com o passar do tempo, ele cresceu com os tios, quandopercebeu que realmente que ficou órfão, não ficou triste aoextremo de chorar, pois sabia que seus pais fizeram de tudopara ajuda-lo e deixar com que o país fosse independente. Rodrigo Chan – 9º C 38
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Vivendo Na Rua Mais um dia, só de pensar que já tive um lar, comida e umacama, eu me sinto mal, perdi tudo por uma jogada errada e umaaposta muito alta, se eu pudesse voltar no tempo ... Talvezfizesse tudo diferente ou simplesmente mudaria minhas cartase, aí sim, estaria rico ! Já é hora do almoço, estou com fome, talvez aquela senhorapossa me dar dinheiro: “Ei moça? Eu estou com fome, me dácomida ou umas moedinhas?” ela passou direto, a fomeapertava cada vez mais, olha quem vem aí seu Antônio o donoda banca, ele sempre me ajudou: “Bom dia seu Antônio! O sr.tem uns trocadinhos para mim?” Ele me responde: “Damião,meu filho, quanto tempo! Hoje eu tô sem, mas pega essabolacha aqui.” Eu agradeço e volto para a minha “barraquinha”nunca gostei muito de bolacha, mas essa estava muito boa,guardei um pouco, nunca se sabe quanto vou comernovamente. Anoiteceu, está muito frio, e eu só tenho uma coberta fina, émelhor do que nada, antes de dormir eu sempre me perguntose um dia eu conseguirei sair dessa vida, se é que isso poderiaser chamado de vida, parece que não, perco as esperanças acada dia, eu acordo no meio da madrugada, eu acho, sem horasfico desorientado. Acordei com fome, vou dormir para ver se passa, estou comsono, vou caminhando para o lixão, achei umas latinhas, vou verse arranjo uns trocados para comer ou talvez se eu pegar muito,volto a fazer uma aposta, dessa vez eu ganho! A fome aindacontinua, ainda bem que eu guardei um pouco da bolacha deontem. 40
Andei, andei muito, tô com sede, logo avisto um bar: “Eisenhor me dá um copo d’agua?” ele me responde de formagrosseira: “Vai embora já!” me pergunto: “Será que eu já trateialguém de tal forma?” como se fosse ninguém? Pago pelaminha língua. A sede é tanta que começo a considerar beberagua da chuva, algo que jamais faria, até porque sei dasconsequências, bebi, não saciou minha sede. Sinto alguém mecutucar: “Ei senhor!? Pega essa garrafa d’agua” depois de todosesses acontecimentos reflito e chego á conclusão que eu possoser invisível para muitos, mas sempre haverá aqueles que irãome ajudar. Yana – 9º C 41
Felicidade no futuro Meu nome é Yukku, tenho 34 anos e moro no Sudeste deSão Paulo, em um bairro muito rico. Trabalho em uma empresade smartphone, Samsung. Trabalho quase o dia inteiro. Tenhodois filhos, um se chama Akse Aru e a outra YunoGasai, quasenão os vejo, só de noite, quando estão dormindo. Eu não sei sesão bons alunos, não converso com eles desde o ano passado. Eu não sei se o dinheiro nos torna pessoas felizes ousuperiores, ontem mesmo vi um senhor, que aparentava ser umtanto pobre, mas ele estava feliz, mesmo não tendo tudo quequer, ele estava feliz. Isso me fez pensar durante muitos dias.“Será que eu sou feliz?”, “Será que meus filhos são felizes?”. Eu comecei a ficar muito triste, “sinto saudade dos meusfilhos!”, da minha mulher”. Até que um dia eu decidi brincar com meus filhos e faltarum dia no trabalho. “Que estranho! Não lembrava que a escolademorava tanto!” Depois de uns dias, descobri que meus filhos estavam nafaculdade. Esse fato mudou toda minha vida para pior. Fuidespedido de meu emprego e não tinha mais meus filhos,minha vida já não tinha mais sentido. Hoje em dia eu estou pensando em me suicidar. Meusfilhos não têm mais tempo para mim, então decidi só mandaruma carta dizendo “adeus” e “boa sorte”. 42
“Eu só queria ser feliz!” Pedro Boaventura – 9º Ano C 43
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