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Published by maria caeiro, 2019-07-04 16:38:44

Description: doces

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DOCES Doçaria tradicional Portuguesa A grande variedade de doces típicos em Portugal deve-se sobretudo ao facto de, ao longo dos séculos, terem sido inventados por freiras residentes em conventos. Cada localidade possui um ou mais doces típicos, fazendo com que Portugal seja um país com uma enorme variedade de pastelaria tradicional e que varia de região para região. Desde os pastéis de Vouzela aos pastéis de Belém e às clarinhas de Esposende… os doces portugueses conquistam nacionais e estrangeiros. O pastel de Vouzela está entre os selecionados para votação dos melhores doces regionais de Portugal Mas a nossa doçaria não se resume só à região de Viseu e os seus pastéis de Vouzela . Em cada região existem muitos e variados tipos de doces sejam eles em forma de bolo ou para comer á colher. Rosário e Margarida 1

DOCES Doçaria conventual A doçaria conventual portuguesa é riquíssima e o nome desta categoria de receitas deve-se ao facto de serem doces criados por freiras que viviam em Conventos. Portugal é dos países em que a doçaria conventual tem maior destaque e mais enriqueceu a gastronomia portuguesa, tendo sido a base para muitas receitas de doces tradicionais e regionais. A doçaria conventual tem como ingredientes de eleição o açúcar, os ovos (sobretudo as gemas) e as amêndoas. A par destes ingredientes, são também de salientar ingredientes como o doce de chila (particularmente presente na doçaria conventual e tradicional alentejana) e a folha de obreia (hóstia), utilizada em vários doces conventuais como os Celestes de Santa Clara ou as Gargantas de Freira, entre outros. Os doces estiveram sempre presentes nas refeições dos conventos, mas somente a partir do século XV, com a divulgação do açúcar, atingiram notoriedade. O açúcar possibilitou a criação de várias “caldas”, que mãos sábias souberam encontrar e padronizar. Há que ter em conta que, naquela época, a população feminina dos conventos era, na sua maioria, composta por mulheres que não tinham escolhido o a vida conventual por fé, mas sim por imposição social. Para se entreterem durante o interminável tempo claustral, dedicavam-se à confeção de doces que foram diversificando e aprimorando. Os conventos tinham fácil acesso aos diferentes produtos para praticarem uma boa mesa. No entanto, de todos os ingredientes presentes nos doces conventuais, a par do açúcar e da amêndoa, a gema que tem grande relevância, estando a origem das riquíssimas receitas conventuais e intimamente relacionada com o aproveitamento de ovos, sobretudo a gema. Rosário e Margarida 2

DOCES Portugal sempre teve uma grande produção ovícola, sendo mesmo o principal produtor de ovos da Europa entre os séculos XVIII e XIX. Grande parte da clara era exportada e usada como purificador na produção de vinho branco ou ainda para engomar os fatos elegantes dos homens mais ricos, nas principais cidades do mundo ocidental. Com tantas claras a serem utilizadas para diversos fins, havia um grande excedente de gemas. Inicialmente, eram deitadas para o lixo quantidades imensas de gemas ou então dadas aos porcos. A quantidade excedentária de gemas, aliada à abundância do açúcar que vinha 3 das colónias portuguesas foi a inspiração para a criação de maravilhosas receitas de doces à base da gema de ovos, nas cozinhas dos conventos. Os nomes atribuídos aos doces conventuais estão, pois, relacionados com a vida conventual ou a fé católica. Exemplo disso são, entre outras, receitas como: --- Barrigas de freira ---Papos de anjo ---Toucinho do céu Rosário e Margarida

DOCES O princípio Tudo começou com os Lusitanos há 2800 Anos. Na base dos bolos estavam a farinha de bolota e o mel, já que a farinha de cereais não abundava na Lusitânia e o açúcar não era conhecido. A confecção de doces ocorria somente nas épocas festivas e destinava-se aos membros do “clã”. Com a chegada dos Romanos, há cerca de 1800 Anos os doces eram vendidos nas ruas e praças das cidades, nesta altura já com farinhas de cereais e o açúcar excepcionalmente e em casa de pessoas ricas e como condimento especial. Com a queda do Império Romano os doces passaram a ser confeccionados nos mosteiros ou conventos e havia a possibilidade de ir mantendo o conhecimento de muitas receitas que devem ter sido populares. A conquista da Hispânia pelos Mouros possibilitou, com o desenvolvimento da agricultura cultivo e a refinação do açúcar nas costas do Mediterrâneo. Este desenvolvimento chegou ao sul do Tejo onde ali eram plantados a Laranjeira, o Limoeiro, e a amendoeira, além de outras arvores de frutos. Isto explica o desenvolvimento da doçaria Regional Algarvia. Rosário e Margarida 4

DOCES No norte de Portugal cristão a evolução do comércio de importação e exportação permitiu o desenvolvimento da produção do açúcar de cana a partir da Ilha da Madeira (1430) e mais tarde o Brasil em (1530) possibilitou a generalização do emprego do açúcar na Pastelaria. Só nos finais do Séc. XV e devido ás industrias açucareiras o valor deste género caiu devido à abundância, e o seu consumo foi generalizado a todas as faixas sociais, e não só em Portugal mas também no resto da Europa. Todavia, os conventos continuaram a ser até meados de Séc. XIX os principais centros de confecção de pastelaria em Portugal. Após algumas convulsões políticas e sociais algumas famílias especializaram-se na confecção de determinados doces, cujas receitas provinham de gerações para gerações. Deste modo surgiram os “os doces Regionais” e também a renovação da confecção e venda de doces pelas ruas e praças quer aos passantes, quer de porta em porta. A venda de Doces Conventuais foi uma das formas encontradas para minimizar a sua situação financeira e por esse motivo, já fora dos Conventos, transmitiam as receitas às mulheres que as acolhiam. Desta forma as receitas de doces conventuais foram passando de geração em geração, permanecendo dessa forma vivas até aos dias de hoje. Rosário e Margarida 5

DOCES Portugal não é um país de pastelaria fina, mas isso não quer dizer que os nossos doces fiquem atrás dos franceses ou austríacos quanto ao sabor. Ao longo dos séculos, os portugueses ficaram conhecidos por serem engenhosos e até na pastelaria isso se reflete. Dos ingredientes mais básicos conseguimos confeccionar doces que ainda hoje se mantêm atuais e saborosos. Hoje em dia os doces sofreram algumas alterações, quer por influência estrangeira , quer por experimentações de jovens pasteleiros. É cada vez mais comum os chefes pasteleiros ( e não só) entrarem-nos pela casa adentro através da televisão com as suas inovações de receitas de outros tempos ou, em concursos para descobrir novos talentos que lhes irão seguir as pegadas. Os Chefes Os chefes pasteleiros são (normalmente) responsáveis pela última impressão antes de deixarmos um restaurante, ou mesmo, quem por vezes nos salva o repasto. Eles queixam-se, e com razão, por não lhes ser dada a relevância que merecem, sobretudo quando comparados com os chefes de cozinha que ao menor borrifo viram assunto. Existem vários no nosso país que se destacam em vários espaços comerciais, onde nos presenteiam com pequenas maravilhas doces, seguindo as pegadas de familiares dedicados a essa arte ou simples curiosos que além de gostarem de comer também gostam de colocar a mão na massa e experimentar e inovar. São disso exemplo, alguns chefes conhecidos como: José Avilez, Cátia Goarnan, Joaquim Sousa e tantos outros….. Rosário e Margarida 6

DOCES Cátia Goarman nasceu em Lisboa em 1972. Sendo a mais nova de quatro irmãos foi na cozinha que se dedicou a fazer a diferença dentro da família, tendo sempre cozinhado para todos desde pequena. Assim, aprendeu os truques mais práticos, as receitas mais originais e o gosto de inventar, reinventar, fazer e surpreender. Concorreu ao MasterChef Portugal onde se destacou pelo seu talento natural. A sua simpatia, alegria e talento tornaram-na numa das concorrentes mais populares deste concurso. Apresenta desde então na televisão um dos programas de cozinha mais vistos pelos portugueses, no 24kitchen: Os segredos da Tia Cátia. E é lá que tem continuado a cativar através da arte da cozinha, com seu espírito prático e seu encanto, que se reflete em cada receita que inventa e em cada truque que partilha e em cada delícia que confeciona. Rosário e Margarida 7

DOCES Joaquim Sousa, é português, nascido em França, onde se formou na área da pastelaria. Foi por acaso que entrou nesse mundo, era muito jovem e não tinha a mínima ideia do que era a profissão, mas mal começou, apaixonou-se pela arte que é a pastelaria. Gosta de manter as bases clássicas, elas é que definem a pastelaria. Mas por vezes também arrisca, e tenta dar uma outra alternativa aos doces conventuais como por exemplo o Pudim Abade Prisco com menos 50% de açúcar, dessa forma mantêm a tradição desses doces, conjugando-os com outros sabores, texturas, e adaptando aos dias de hoje, onde cada vez tentamos ingerir menos açúcar na nossa alimentação. A sua sobremesa mais conhecida é a Flor Negra, (a flor tem movimento) que já foi visualizada por cerca de 9 milhões de pessoas, este nome partiu de um trocadilho ao bolo Floresta Negra. https://www.youtube.com/watch?v=Ivtg8KTJgtQ Rosário e Margarida 8

DOCES Marco Costa é hoje, seguramente, um dos pasteleiros mais jovens e talentosos do país. Ficou conhecido em 2011, quando foi finalista da Casa dos Segredos 2 e conquistou a todos com uma torta de laranja que se transformou no seu cartão de visita. As receitas dos doces portugueses que faz possuem o toque pessoal do Marco, são caseiras, autênticas e de qualidade, que pretendem fazer recordar os sabores das receitas das nossas avós, feitas com carinho e a transbordar de felicidade. Podemos experimentar aquelas receitas que todos adoramos e que achamos que não podemos comer sem perder a forma, mas que Marco Costa apresenta numa versão mais saudável. Rosário e Margarida 9

DOCES E para finalizar, qui estão algumas das melhores receitas da gastronomia portuguesa! As MELHORES SIM!!!! Bem então como é que cheguei a essa conclusão? Fui tirar a um livro? Ou ver o que as pessoas procuram na net? Talvez ver aqueles concursos das 10 maravilhas portuguesas do não sei o que : Ahhh não, eu fui ás estatísticas do Iguaria para o ano de 2013, e fui ver os artigos mais visitados, retirei as receitas que não eram portuguesas, dicas, paginas sem receitas e voilá! Sei sei, é só uma representação da popularidade no universo do Iguaria, mas não deixa de ser uma lista interessante de pitéus! Aqui vão algumas deliciosas receitas portuguesas sem qualquer ordem especial, sendo a primeira a mais popular no Iguaria, muitas são clássicos, mas também temos aqui algumas surpresas. Rosário e Margarida 10


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