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Ciencias - 6 ano - refação (2)

Published by lucasgrisotti15, 2023-07-01 19:03:26

Description: Ciencias - 6 ano - refação (2)

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O ouvido humano é capaz de perceber os sons a partir de 10 ou 15 decibéis. Mas você sabe até que valor o nosso ouvido pode suportar os sons sem que sejam prejudiciais para a audição? Sons até aproximadamente 80 decibéis não causam prejuízos à nossa audi- ção. Porém, acima desse valor, podem surgir diversos sintomas, tais como dor de cabeça, irritabilidade e principalmente diminuição da capacidade auditiva. A surdez ou deficiência auditiva Problematizando O Planeta Terra / 6o ano Pode ser resultante de uma doença, uma le- Os fones de ouvido podem são ou, ainda por causas genéticas, sendo dividi- causar problemas auditivos? da em condutiva e neurossensorial. Reflexão socioemocional A perda auditiva condutiva ocorre devido a uma falha temporária na transmissão das De que maneiras podemos ondas sonoras para a orelha interna. Em ser inclusivos com quem tem crianças, a causa mais comum é a orelha problemas auditivo? colada, resultante do acúmulo de líquido na orelha média. Em adultos, a perda auditiva é mais comum devido ao acúmulo de ceru- me. No caso da orelha colada, o tratamento pode ser feito com intervenção cirúrgica. Em situações em que há o acúmulo de cerume, uma simples lavagem é suficiente para sua remoção. A perda auditiva neurossensorial ocorre mais frequentemente devido a uma de- terioração na cóclea em função da idade. Geralmente não existe cura para esse tipo de surdez, mas a utilização de aparelhos auditivos pode ajudar. O equilíbrio do corpo Além de captarem os sons, as orelhas também nos permitem perceber a posição do nosso corpo em relação ao meio e consequentemente ao nosso equilíbrio. Como mencionado anteriormente, as estruturas envolvidas na manutenção do equi- líbrio estão presentes na orelha interna. Essas estruturas são os canais semicirculares e o vestíbulo, e apresentam várias células sensíveis ao movimento, as chamadas células ci- liadas. Envolvendo essas células, há uma substância líquida e pequenos cristais minerais. Quando movimentamos a cabeça, o líquido e os cristais se deslocam e estimulam as células ciliadas, que enviam ao cérebro informações sobre a posição do nosso corpo em relação ao ambiente. O cérebro interpreta a mensagem e comanda os músculos que atuam na manutenção do equilíbrio do corpo. 99

Coleção Aprendendo Ciências Problemas de equilíbrio – Labirintite No livro digital, em Labirintite é um termo utilizado para se animações, veja as es- referir a uma condição que afeta o labirinto, truturas que compõe o estrutura da orelha interna constituída pela olho humano. cóclea (responsável pela audição) e pelo ves- tíbulo (responsável pelo equilíbrio). Várias são as causas da labirintite, como processos inflamatórios, infecciosos e tumo- rais, compressões mecânicas, entre outras. Os sintomas da labirintite mais comuns são tonturas e vertigens, perda de audição, desequilíbrio, zumbidos e audição diminuída. Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolvimento da labirinti- te, como hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otites, entre outros... Hábitos de vida saudáveis como praticar atividades físicas regulares, ter uma alimen- tação equilibrada e evitar os fatores de risco auxiliam na prevenção da labirintite. VISÃO Você já parou para pensar que só está conseguindo captar essa in- formação na for- ma de palavras, ou seja, entender o que está lendo, por causa da sua visão? Sem dúvida o sentido da visão é um dos que nos traz mais informações do meio externo. O ato de ver está relacionado com a cap- tação da energia luminosa (luz) que reflete nos objetos e chega aos olhos, resultando na formação de uma imagem específica. Os olhos são os órgãos responsáveis pela captação da luz. No entanto, o nosso cérebro não consegue interpretar o estímulo lumino- so, sendo algumas estruturas dos olhos res- ponsáveis por transformá-lo em um estímulo que o cérebro possa interpretar: o impulso nervoso. Além da capacidade de identificar 100

a presença de luz, os olhos apresentam estru No livro digital, em co- O Planeta Terra / 6o ano turas relacionadas ao processo de formação da locando a mão na massa imagem. faça o experimento da formação de imagem! Ao atingirem um determinado objeto, os raios de luz serão refletidos e entram nos nos- sos olhos através da córnea, passando pelo hu- mor aquoso, pela pupila, até atingir o cristalino, o qual funciona como uma lente que ajusta o foco. Ao atravessar o cristalino, os raios passam pelo humor vítreo antes de chegar à retina, que contém células sensíveis à luz. Os raios que che- gam à retina irão formar uma imagem invertida. As células da retina transformam os raios luminosos em impulsos nervosos, os quais são enviados ao cérebro através do nervo óptico. No cérebro, todas as informações referentes ao objeto, como cor, forma, tamanho e posição, são interpretadas, fazendo com que a imagem do objeto em foco seja vista na posição correta. Problemas de focalização das imagens. 101

Problemas de focalização Reflexão socioemocional das imagens Você já presenciou Bullying Observe os seus colegas de classe e con- com quem usa óculos? te quantos usam óculos. Por que eles precisam usar óculos? Muitas pessoas, não somente as O uso de óculos não é motivo que são idosas como também crianças e ado- de vergonha. Que tal repensar- lescentes, apresentam problemas na focali- mos nossas atitudes? zação de imagens. Essa falta de focalização Coleção Aprendendo Ciências resulta na formação inadequada da imagem, o que faz com que essas pessoas não enxerguem direito. A seguir, veremos os principais problemas relacionados à formação das imagens. 1. Miopia Pessoas com miopia apresentam dificulda- de em enxergar de longe. A imagem é formada antes da retina, o que pode ser devido a um alongamento do olho ou ainda a um espessa- mento do cristalino. 2. Hipermetropia Ao contrário do que acontece na miopia, pessoas com hipermetropia têm dificuldade de enxergar de perto. A imagem é formada atrás da retina, o que pode ser devido a um encurta- mento do olho ou ainda a um cristalino fino. 3. Astigmatismo No astigmatismo, a pessoa tem dificuldades em enxergar tanto de longe quanto de perto. O que ocorre é uma alteração na curvatura da córnea ou do cristalino, resultando em um des- vio dos raios de luz e na formação desfocada da imagem. 102

4. Lentes corretivas O Planeta Terra / 6o ano Como vimos anteriormente, o cristalino é uma lente que faz convergir os raios luminosos sobre a retina. Qualquer alteração estrutural ou funcional do cristalino ou da córnea podem mudar o foco do feixe luminoso para antes ou depois da retina para corrigir utilizam-se lentes que compensam este mau funcionamento do cristalino ou da córnea. Para entendermos como são feitas estas correções, precisamos entender primeiro o que acontece com a luz quando ela incide sobre os diferentes tipos de superfícies, basi- camente três fenômenos podem acontecer: 1. Reflexão Ao atingir uma superfície polida, como um espelho, os raios luminosos são refleti- dos para o meio de origem. 2. Absorção Já notou que uma camisa preta ex- posta à luz solar nos faz sentir mais calor? As superfícies escuras tendem a absorver a luz e transforma-la em outros tipos de energia, o calor. 3. Refração Quando a luz incide sobre um meio transparente como o vidro parte dela ten- de a atravessar esta superfície sofrendo um desvio ao emergir na outra face. É o que acontece, por exemplo, com as lentes. Dependendo do tipo de material e estrutura das lentes, os raios incidentes ao emergirem na outra face da lente sofrem um desvio que é chamado índice de refração do material. 103

4. Tipos de lentes corretivas Você já observou que as lentes estão presentes no nosso cotidiano, como por exem- plo, câmeras fotográficas, lupas, microscópios, lunetas e obviamente em óculos e lentes contato. Podem ser fabricadas de vários materiais desde vidro até polímeros como os plásticos. Em relação às correções de distúrbios da visão, chamados de ametropias podemos dividir, basicamente, as lentes em dois grupos: lentes divergentes e convergentes. Coleção Aprendendo Ciências Devido ao fenômeno da refração, os raios Já nas lentes convergentes, como o próprio de luz ao passarem pela lente divergente nome indica, os raios refratados convergem sofrem um desvio se afastando de um pon- para um ponto chamado de foco. to chamado foco. Como vimos anteriormente a córnea e principalmente o cristalino formam um sis- tema de lentes que foca as imagens capta- das do meio exatamente sobre as células da retina, cones e bastonetes. Na miopia estas imagens são forma- das antes da retina. Assim usamos uma lente divergente que corrigirá o foco projetando-o sobre a retina. Na hipermetropia as imagens capta- das são projetadas após a retina, logo utilizamos uma lente convergente que aproximará o foco formando a imagem no ponto desejado, ou seja, na retina. 104

No astigmatismo formam-se duas O Planeta Terra / 6o ano imagens uma antes e outra depois da retina, formando uma imagem borrada, ocasionando em dificuldade para en- xergar tanto de longe quanto de perto. As lentes mais adequadas depende- rão de quantos graus é o desvio. Na pleisbiopia conhecida como “vista cansada” a causa é o mal funciona- mento dos músculos que acomodam o cristalino. Normalmente é utilizada uma lente chamada de progressiva ou multifocal. Óculos de sol de procedência duvidosa pode causar problemas de visão? A pupila regula a quantidade de luz que penetra em nossos olhos e chega até a retina, assim quando estamos em um local com uma iluminação intensa a pupila tem seu diâme- tro diminuído, da mesma forma, quanto mais escuro mais a nossa pupila dilata, permitindo que uma quantidade de luz maior chegue até a retina. Quando você usa um óculos de sol o sistema nervoso autônomo que controla o diâmetro da pupila entende que a quantidade de luz é menor e dilata a pupila. Com o uso de um óculos de sol que não possui um selo de garantia de um órgão fiscalizador competente, provavelmente este óculos de proce- dência duvidosa não possui os necessários filtros que retém algumas faixas perigosas do espectro da luz solar consequentemente, a abertura da pupila permite que esses raios cheguem até a retina, sem proteção, podendo levar de uma mera dor de cabeça a um problema mais sério de visão. 105

Unidade 3 Terra e Universo

Capítulo 9 A litosfera Motivando a pensar O Planeta Terra / 6o ano Vamos começar uma exploração fascinante rumo ao interior do planeta Terra. Observe a imagem acima, você sabia que abaixo de nossos pés existem sucessivas camadas? Começaremos adentrando a camada mais profunda do planeta Terra, o núcleo. Continuaremos seguindo do núcleo em direção a camadas mais externas até chegar a chamada litosfera, camada onde estamos situados neste momento! Na litosfera encontramos as rochas, os minerais, os solos, os recursos naturais, entre outros elementos. Neste capítulo vamos estudar sobre: O formato da Terra e sua localização no sistema solar As características de cada camada interna da Terra A litosfera Os tipos de rocha, seus processos de formação e o ciclo das rochas. O que são e como são formados os fósseis. Vamos começar?

Nosso sistema solar tem como estrela central o sol, que é orbitado por oito planetas. Destes planetas, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são chamados planeta telúricos, isto é, planetas sólidos formados por rochas. Os outros planetas do sistema solar, Júpiter, Sa- turno, Urano e Netuno são planetas gasosos. Urano Netuno Sol Júpiter Saturno Terra Marte Mercúrio Vênus Coleção Aprendendo Ciências Sistema solar, ao centro o sol com oito planetas orbitando a sua volta. Em relação ao sol a Terra é o terceiro planeta do sistema solar. Assim como todos os planetas do nossos sistema, a terra tem o formato aproximadamente esférico (Geoide). Para uma melhor localização na superfície da terra criamos linhas imaginárias, como a linha do equador, que apresenta a maior circunferência da terra e a divide em hemisfério norte e hemisfério sul. Já os polos norte e sul são os pontos mais afastados da linha do equador. Entretanto, embora o nosso planeta tenha uma natureza esférica ele não é uma es- fera perfeita, a circunferência da terra medida a nível de equador é de 40070 km e a circunferência medida a nível polar é de 39916 km, veja que há uma pequena diferença, mostrando um achatamento dos polos. Polo Norte Hemisfério Norte Linha do Equador Hemisfério Sul Polo Sul 108

Hoje em dia com o avanço da tecno- Imagem da terra vista a partir da lua. O Planeta Terra / 6o ano logia a esfericidade da terra é fácil de ser No livro digital, em Anima- comprovada. Seja a partir de um ponto no espaço abordo de uma astronave, de um ções, veja os dois filósofos gre- satélite artificial que capta imagens do pla- gos Aristóteles e Eratóstenes neta terra, ou até mesmo de uma fotografia explicando como comprovaram feita a partir da lua. o formato do planeta. Mas mesmo antes dos avanços tecno- lógicos comprovarem esta esfericidade, a humanidade já sabia que a terra tinha essa forma. Aristóteles, um filósofo grego, há mais de 2 mil anos em seu livro sobre o céu já observava que as estrelas aparentemen- te mudavam suas posições em relação a um deslocamento do observador para o sul ou para o norte, se a terra fosse plana isso não aconteceria. Eratóstenes, matemático e filosofo grego utilizando trigonometria básica con- seguiu medir aproximadamente o diâmetro da terra. Estando em uma cidade onde o sol ficava exatamente sob sua cabeça ao meio dia e depois em outra cidade onde o sol estava em outra posição no mesmo horário e sabendo a distância entre estas duas cidades conseguiu demonstrar não só a esfericidade como também calcular a circunferência da terra. Existem outras formas de comprovar a esfericidade da terra como por exemplo utilizando a variação da sombra do gno- mon do relógio solar como você verá mais a frente, ou também observando o afasta- mento de um barco no mar, mesmo com um binóculo, depois de um certo tempo ele desaparecerá devido a curvatura da terra, se a terra fosse plana isto não aconteceria. 109

Coleção Aprendendo Ciências CAMADAS DA TERRA Agora que já vimos a localização da terra no sistema solar, comprovamos a sua es- fericidade e vimos algumas de suas medidas, que tal fazermos uma viagem ao centro da terra? Você já imaginou como é o interior do nosso planeta? Observe a ilustração abaixo com atenção. No livro digital, em Anima- ções, veja a realidade aumen- tada das camadas da Terra. Você provavelmente já leu o livro ou viu o filme baseado na obra de Julio Verne cha- mada ‘Viagem ao centro da terra’’, produzida por volta de 1864. Embora não tenhamos conseguido ainda executar a viagem imaginada por Verne devido a condições extremas de temperatura e pressão, os estudos e pesquisas nesta área tem avançado bastante. Geólogos, geofísicos e sismologistas utilizando equipamentos e metodologias ade- quadas sobre a formação de vários tipos de rochas e abalos sísmicos (‘’terremotos’’) con- seguem construir modelos bastante eficientes da constituição das camadas que formam nosso planeta. Só que ao contrário de Verne, faremos nossa viagem partindo do núcleo, atravessando o manto e chegando na crosta, e assim podemos fazer uma conexão mais coerente com a litosfera, hidrosfera e atmosfera. 110

O núcleo O Planeta Terra / 6o ano É a parte mais interna do nosso planeta, situado a profundidades que variam aproxi- madamente de 3000 km a 5000 km. As temperaturas variam entre 4500o C, a 6.000o C. O núcleo é formado principalmente por ferro (90%) e níquel. Apresentando duas regiões chamadas de núcleo externo (fluído) e núcleo interno que é sólido. O núcleo interno é metálico, está em constante movimento e influencia em algumas características importantes em toda a terra, como você verá mais tarde. Núcleo externo Núcleo interno O manto É a camada mais espessa, variando de 30 km a 2900 km. Constituído principalmente por silício, magnésio e ferro. As temperaturas podem chegar a 2.000o C. Nas camadas mais profundas as substâncias que o constitui se apresentam no estado líquido e até gasoso, pela proximidade com as altas temperaturas do núcleo. É responsável pelo movimento das placas tectônicas que estão apoiadas sobre ele. Com o aumento da pressão e abalos sísmicos as substâncias que o constituem podem atingir a superfície na forma de lava dos vulcões. Costuma-se dividir o manto em duas regiões: Manto superior e inferior. No manto superior, onde as substâncias que o constituem apresentam aspecto pastoso, é onde são sustentadas as placas tectônicas e essa substância pastosa quando aflora à superfície através dos vulcões é chamada de lava. No manto inferior, localizam-se substâncias com características mais líquidas devido às altas temperaturas do núcleo. 111

Coleção Aprendendo Ciências Crosta terrestre Manto superior Manto inferior Núcleo externo Núcleo interno A Crosta É a camada superficial, relativamente fina que envolve todo o planeta. É a região onde vivemos. Formada por rochas constituídas principalmente por alumínio, silício e magnésio. A crosta terrestre apresenta uma espessura de até 40 km que varia entre os conti- nentes e oceanos. É formada pelas placas tectônicas que se movimentam lentamente apoiadas sobre o manto. As principais placas tectônicas são: 112

Litosfera Vimos anteriormente as camadas que formam nosso planeta, são três zonas distintas: A crosta o manto e o núcleo. Uma comparação possível seria considerar a listosfera como a fina casca de uma laranja com uma região externa e outra interna. A parte externa é formada pela crosta terrestre e a interna pela região do manto (porém, mais resfriada que o manto e que já apresenta relativa solidez, dando origem às rochas ígneas e plutônicas). Sua espessura varia entre 100 e 200 km e é uma região de continua transformação, pois está exposta à ação dos ventos, da água e dos seres vivos. Na prática a litosfera constitui a região ocupada por uma grande parte dos seres vivos do planeta terra, inclusive por nós. O Planeta Terra / 6o ano TIPOS DE ROCHAS O termo lithos significa pedra, observe a sua volta os vários tipos de rochas que par- ticipam da formação da litosfera. Pense na paisagem de sua cidade, você já observou a presença de rochas? Como será que essas rochas se formam? 113

Coleção Aprendendo Ciências As rochas compõem a parte sólida do planeta terra e fazem parte de nossa vida co- tidiana de muitas formas. Seu uso foi sendo aprimorado e diversificado com o passar do tempo e dos avanços tecnológicos. No desenho acima você pode observar alguns exem- plos da utilização das rochas em nosso cotidiano: na construção civil, na construção de estradas, nas indústrias etc. De modo geral podemos dividir as rochas em três tipos: Magmáticas Sedimentares Metamórficas Rochas magmáticas O termo ígneo vem do latim e significa fogo. Também são chamadas de rochas ígne- as, essas rochas, como o nome indica, são formadas a partir da solidificação do magma. São muito comuns na crosta terrestre e sua utilização é muito diversificada pelo homem. Vamos estudar as rochas magmáticas mais conhecidas que são o granito, o basalto e a pedra-pome. 114

1. Granito Link com História O Planeta Terra / 6o ano É muito usado no revestimento de pisos No seu livro digital, em link com e escadas, em esculturas, pias, mesas, ban- outras disciplinas, leia sobre a ci- cadas de cozinhas etc. É formado no interior vilização do Egito e a construção da crosta terrestre, sendo um processo lento das pirâmides feitas com Granito. de solidificação. Esse processo lento permi- Escolha alguém para contar a novi- te que os minerais que formam o granito pos- dade que você descobriu! sam ser identificados com facilidade. Os três tipos de minerais que formam o granito são o quartzo, o feldspato e a mica. Podemos definir os minerais como substâncias químicas encontradas na natureza e que formam as rochas. Toda rocha é composta por um ou mais tipos de minerais que natu- ralmente se agruparam ao longo do tempo formando as rochas. 115

Coleção Aprendendo Ciências O quartzo tem uma coloração esbran- quiçada. Esse mineral forma belíssi- mos cristais, usados em decoração, fabricação de vidro, lentes de óculos, equipamentos eletrônicos, abrasivos, saponáceos etc. E é o mineral mais abundante na crosta terrestre. O feldspato pode apresentar diferen- tes colorações, como amarelo, verde, rosa, cinza, castanho e branco. As al- terações do feldspato pela ação das águas das chuvas formam a argila, conhecida popularmente por barro. A argila é usada em olarias na fabri- cação de potes, vasos, tijolos e telhas. A argila branca é usada na fabricação de pratos e xícaras de porcelana. Os azulejos, os vasos sanitários e as pias também são feitos a partir da argila branca. A mica, do latim micare, que significa brilhar, tem a forma de lâminas bri- lhantes. A mica preta ou biotita é co- mum no granito. A mica é um mineral que apresenta duas propriedades in- teressantes: é um bom isolante de ca- lor e um bom isolante de eletricidade. Por essas características é usada na fabricação de ferro elétrico (de passar roupa). 2. Basalto É uma rocha formada na superfície terrestre. O resfriamento do magma é rá- pido e, então, os minerais são pequenos e não visíveis a olho nu. O basalto é usado na pavimentação de calçadas. No livro digital, em Aprofundamentos, leia sobre o solo chamado de terra roxa formado a partir do basalto. 116

3. Pedra-pomes O Planeta Terra / 6o ano É uma rocha formada na superfície da crosta terrestre pelo resfriamento rápido da es puma da lava vulcânica, rica em ga- ses, que dá origem a uma rocha porosa, leve, com aspecto de esponja endurecida. A pedra-pomes é usada para eliminar ca- losidades dos pés e das mãos e para polir superfícies ásperas. ROCHAS SEDIMENTARES São formadas pela deposição em camadas de pequenos grãos minerais formados pelo desgaste de outras rochas. O desgaste das rochas ocorre pela ação de vários fato- res, como chuva, vento e mudança de temperatura. Os minerais originados desses des- gastes se depositam em camadas que, ao longo de milhares de anos, sofrem pressão das camadas superiores e ficam grudadas, formando as rochas sedimentares. Meteorização e erosão (desgaste da rocha) Transporte de As correntes sedimentos oceânicas trans- promovidos pelo portam e depo- vento e pela água. sitam materiais pela corrente e pela precipitação química. Sedimentação (depósito de camadas de sedimentos que se agrupam, nominando os estratos, na horizontal). Com o passar do tempo, estes estratos são esmagados pelo peso dos novos sedimentos, fazendo com que aumentem a temperatura e a pressão e tornem-se as rochas sedimentares. 117

Coleção Aprendendo Ciências Tipos de rochas sedimentares Arenito: é formado pela deposição de grãos de quartzo quando ocorre o desgaste de rochas como o granito. O Parque Tribal Navajo de Monument Valley, no Arizona, USA. Argilito: é formado pela desintegração do feldspato presente no granito e no basalto. Pela ação das chuvas, origina-se a argila. O depósito em camadas da argila forma a rocha denominada de argilito. A argila misturada com água forma uma massa que pode ser moldada e, quando aquecida, torna-se dura e impermeável. Calcário: é formado pelo acúmulo de conchas, corais, carapaças e esqueletos di- versos de animais marinhos ou por acúmulo de sais de cálcio da água. O calcário é usado na fabricação de cal e cimento. As rochas sedi- mentares possibilitam a formação de acúmulos sub- terrâneos de água (aquíferos). Devido à sua porosidade a água consegue penetrar este tipo de rocha e ao longo de milhares de anos formam estes Calcário aolítico encontrado em Itaboraí, Brasil. reservatórios. 118

Rochas metamórficas Rochas de mármore, ilha de Thassos, Grécia. O Planeta Terra / 6o ano Complexo do pão de açúcar, Rio de Janeiro. A palavra “metamórfica” vem do grego meta, que significa além de, e morphe, que 119 significa forma. As rochas metamórficas são formadas pela transformação de uma rocha magmática ou sedimentar. Esse fenômeno ocorre quan- do uma dessas rochas afunda em direção ao manto e o calor excessivo dessa região faz a pressão elevar, provocando uma organização diferente nos minerais que constituem a ro- cha primitiva, dando origem à rocha metamór- fica. São exemplos de rochas metamórficas o mármore, o gnaisse e a ardósia. O Mármore é formado pela transforma- ção do calcário. É muito usado em reves- timentos de pisos e paredes, e na fabrica- ção de pias e bancadas para cozinhas e banheiros. O Gnaisse é formado pela transformação dos minerais que compõe o granito. Um exemplo de gnaisse muito famoso é o pão de açúcar na cidade do rio de janeiro. A Ardósia é formada pela transformação de argilitos. É muito usada em revesti- mentos de pisos e paredes. Vimos no estudo da litosfera que pode- mos, de uma forma simples e eficiente, clas- sificar as rochas que formam essa camada da terra em três tipos básicos magmáticas (ou ígneas), sedimentares (extratificadas) e as metamórficas. Mais tarde você poderá apro- fundar-se em divisões mais detalhadas sobre cada um destes tipos básicos de rochas. En- tretanto, para entendermos que os processos de suas formações são naturais, contínuos e cíclicos a nossa divisão é satisfatória.

Ciclo das rochas Esse ciclo leva milhões de anos para ocorrer e é influenciado por variações de pres- são temperaturas e erosão. Didaticamente podemos dividi-lo em etapas: 1 Começando pela fase da formação do magma no interior da terra devido à altas temperaturas e Coleção Aprendendo Ciências pressões, essa massa pastosa formada por mi- nerais fundidos é expelida através de vulcões e quando chega à superfície perde calor e começa a solidificar. Em uma segunda etapa a cristalização, ocorre a formação das rochas magmáticas pelo resfria- mento da massa mineral expelida. Erupção vulcânica Rocha Ígnea 2 Posteriormente, o relevo formado pelo acúmulo das rochas magmáticas é alterado pela erosão, causada pela ação da força do vento e da água. Em seguida, após a ação ero- siva dos ventos e da água, o material desgas- tado destas rochas forma os sedimentos que serão depositados em camadas superpostas chamadas de depósitos sedimentares, este processo é chamado de sedimentação. Nas camadas inferiores destes depósitos for- mam-se as bacias sedimentares e com o pas- sar do tempo as rochas sedimentares. Sedimentos 120

4 Finalmente com o aumento da temperatura e pressão ocorre novamente a fusão e a formação do magma, recomeçando o ciclo. Magma O Planeta Terra / 6o ano 3 Na fase do ‘enterro tectônico’’ por Rocha Metamórfica superposição de camadas as rochas vão se aprofundando nas camadas do 121 manto, estas camadas por estarem mais próximas do núcleo sofrem a ação da pressão e temperatura formando as rochas metamórficas. Rocha sedimentar

FÓSSEIS Fóssil de Pterodactyl em rocha sedimentar. Formados pela deposição de sucessi- vas camadas de grãos minerais em restos de No livro digital, em colocan- animais e vegetais, ou vestígios do ser vivo, do a mão na massa, faça você como pegadas, dentes, ossadas e até mes- mesmo um Fóssil! mo pelas fezes petrificadas. São geralmente encontrados em rochas sedimentares, que conseguem proteger e preservar o corpo do ser que morreu ou de seus restos. Pode ocor- rer fossilização em outros materiais, como seiva de vegetais. Através dos fósseis os pa- leontólogos conseguem identificar a data em que a rocha se formou, a movimentação dos continentes e as alterações climáticas que ocorreram na época da formação do fóssil. Coleção Aprendendo Ciências 122

Capítulo O Planeta Terra / 6o ano 10 Solos e os recursos naturais Motivando a pensar No capítulo anterior estudamos as camadas internas do planeta Terra até chegarmos na litosfera, camada composta pela crosta terrestre e pela parte superior do manto. Como vimos, na litosfera encontramos ele- mentos como as rochas, os minerais, os solos e os recursos naturais. No capítulo anterior nos aprofundamos sobre os diversos tipos de rochas e seus ciclos, neste capítulo vamos estudar sobre os solos, que são formados por processos como a decomposição das rochas e de ma- téria orgânica. Veremos que existem diferentes tipos de solos, cada um com características próprias. Também estudaremos sobre os recursos naturais, outro elemento presente na litosfera importantíssimo para nossa sociedade, tais como o petróleo usado como gasolina para os carros, o carvão utilizado para gerar energia elétrica, e os diversos minérios, utilizados por exemplo, na fabricação de celulares. Por fim, veremos quais ações do ser humano impactam os solos e o meio ambiente, de que forma o uso dos recursos naturais pode ser pre- judicial para a natureza, e quais são as formas de preservarmos a nossa grande casa comum, o planeta Terra.

Coleção Aprendendo Ciências RECURSOS NATURAIS Os recursos naturais renováveis são os recursos que podem ser repostos na na- tureza à medida que forem sendo consu- midos. Um exemplo é a retirada de madeira para a construção de casas e a fabricação de mó- veis, portas, janelas, ocorrendo o refloresta- mento da área desmatada. O uso consciente dos recursos naturais é chamado de manejo sustentado. Os recursos naturais não renováveis são os recursos que não podem ser repostos na natureza, ou seja, um dia esse recurso irá acabar. Um bom exemplo para entendermos o que é um recurso não renovável é o petróleo. O ser humano extrai do petróleo a gasolina e o diesel, produtos que geram energia para movimentar carros, caminhões e indústrias. O ser humano vem consumindo rapida- mente o petróleo que a natureza levou milhões de anos para fazer, porém a natureza não terá tempo para repor esse material e, logo, tere- mos que encontrar outras formas de energia. Outros exemplos de recursos não renováveis são: Carvão mineral Gás natural Minerais Materiais radioativos MINERAIS E MINÉRIOS Os minerais são encontrados formando as rochas que estudamos anteriormente. Os minerais se formam através de processos geológicos e não a partir de um ser vivo. Al- guns minerais são formados por apenas um 124

elemento químico, como o ouro. O ouro é Átomo: é a menor partícula que O Planeta Terra / 6o ano formado apenas por átomos de ouro. Outros caracteriza um elemento químico minerais são formados por vários tipos de (carbono, cálcio, entre outros), átomos, como o feldspato que é formado por mantendo suas propriedades vários elementos químicos, como o potássio, químicas. o alumínio, o silício e o oxigênio. Carvão mineral, recurso natural não renovável, Os minérios são todos minerais que tem capaz de gerar energia através de sua queima. valor econômico devido ao seu uso comercial. São exemplos de minérios o ferro, o alumínio, Link com História o manganês, o cobre, o ouro, entre outros. No livro digital, em links com TIPOS DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS outras disciplinas, leia sobre o carvão e a revolução industrial. Os combustíveis fósseis recebem essa denominação por terem se formado de res- 125 tos de seres vivos que viveram há milhões de anos. A queima desse material gera energia e também poluição. São exemplos destes tipos de combustíveis o carvão mineral, o petróleo e o gás natural. 1. Carvão mineral Originou-se a partir do soterramento de plantas que viveram há milhões de anos e, através da ação da pressão e de altas tem- peraturas sobre esses sedimentos, eles se transformaram em carvão mineral. O carvão mineral foi fundamental na Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX. A queima do carvão mineral libera muitos gases que poluem o ar e a sua extração causa doenças respiratórias nos mineiros, provocadas pela poeira negra que se acumula nas minas de carvão. No Brasil, as principais reservas de carvão encontram-se... 2. Petróleo O petróleo foi formado há milhões de anos num processo muito lento pelo soter- ramento de organismos vegetais e animais, que, ao sofrerem a ação da pressão e de altas temperaturas, transformaram-se em petróleo.

O petróleo nas refinarias é separa- P-51, a primeira plataforma 100% brasileira. do e purificado, e assim são formados Coleção Aprendendo Ciências vários produtos derivados do petróleo: a Gás gasolina, o óleo diesel, o óleo lubrifican- natural te, o querosene. A partir dos derivados Petróleo do petróleo são produzidos o asfalto, o plástico, a tinta, o sabão em pó, o deter- Intemperismo físico: Intemperismo químico: gente, a borracha sintética e muitos outros desgaste das rochas quebra dos minerais produtos. da rocha por agentes pela ação da água, como a água. No Brasil, o petróleo se localiza em ventos e sol. grande parte... 3. Gás natural O gás natural é formado da mesma forma que o petróleo e fica acumulado acima do petróleo. É usado em usinas termelétricas, automóveis, aquecedores de água e indústrias. O gás natural polui menos que o petróleo. OS SOLOS Como você percebeu há vários tipos de rochas presentes na litosfera. Essas rochas, com o passar do tempo sofrem modificações e irão dar origem aos mais diversos tipos de solo. O solo é forma- do pelo desgaste das rochas através do intemperismo físico, químico, biológico e pela ação humana. Problematizando Intemperismo biológico: A ação dos seres ação de seres como decompositores Quais são as ações humanas devolve ao solo os que causam desgaste nas rochas? Líquens que produzem De que forma isto pode interferir ácidos que desgastam sais minerais. no meio ambiente? as rochas. 126

COMPOSIÇÃO DO SOLO Os principais componentes dos solos são a areia e a argila, que são formadas pela transformação, respectivamente, do quartzo e do feldspato. O solo também é formado por seres vivos que usam restos de folhas e animais para se alimentar e produzem o húmus, que é um solo escuro e rico em nutrientes. TIPOS DE SOLOS Solo do tipo argiloso recém arado. O Planeta Terra / 6o ano Solo argiloso é formado por cerca de Plantação de milho verde em solo do tipo arenoso. 30% de argila. A argila retém a água e os sais minerais necessários para o desen- Plantação de milho verde em solo do tipo arenoso. volvimento dos vegetais. 127 Esse solo é pouco permeável e, quando encharcado, dificulta a aeração do solo (passagem de gases da atmosfera através do solo para as raízes das plantas), preju- dicando o desenvolvimento dos vegetais. Solo arenoso é formado por cerca de 70% de areia. A principal característica desse solo é ser muito permeável, per- mitindo que a água e os sais minerais tenham um rápido escoamento para camadas mais profundas, tornando o solo pobre em nutrientes. Esse não é um bom solo para o desenvolvimento da maior parte dos vegetais. Solo humífero é conhecido como terra vegetal e formado por cerca de 10% de húmus. É um solo aerado, permeável, fértil e de cor escura. Além da decomposição de material orgâ- nico o solo tipo húmus recebe também a valiosa contribuição das minhocas, que com seus tuneis permitem uma melhor aeração, um melhor aporte de água e por se nutrirem de resto orgânicos as fe- zes da minhoca irão enriquecer este tipo de solo. Solo fértil é formado por quantidades adequadas de areia, argila e sais minerais, ou seja, é um solo que retém água, é fértil e aerado.

O solo e a agricultura Para garantir boas colheitas, o agricul- Campo de milho com plantas jovens em solo fértil. tor deve manter seu solo aerado, adubado, Coleção Aprendendo Ciências irrigado, drenado e propício para que micro- organismos se desenvolvam nesse ambiente. O solo deve ser arado quando estiver muito compacto para que haja aeração. Nem todo solo deve ser arado, pois revolvê-lo facilita a ação da erosão. A adubação é necessária quando o solo está pobre em nutrientes. Adubação química (ou inorgânica) é fei- ta fornecendo ao solo adubos químicos produzidos industrialmente. Os principais nutrientes que fazem parte do adubo quími- co são o nitrogênio, o potássio e o fósforo. Adubação orgânica é feita fornecendo ao solo restos de vegetais e animais, que, ao sofrerem decomposição, formam o húmus. Adubação verde ou consorciação con- siste em intercalar leguminosas (feijão, soja, amendoim, vagem) no plantio de outras espécies vegetais, pois as legu- minosas com a ajuda de bactérias resi- dentes em suas raízes conseguem retirar o nitrogênio da atmosfera, absorvê-lo, e com isso contribui com as outras espécies vegetais. PRESERVAÇÃO DOS SOLOS E DO MEIO AMBIENTE Desmatamento Entre várias outras mudanças climáticas sérias, o desmatamento é a causa prepon- derante nos processos de erosão dos solos. Com a retirada da cobertura, seja de árvore de grande porte ou vegetação rasteira, o solo fica exposto às intempéries. Chuvas, ventos, calor excessivo agora incidem diretamente sobre o solo, tirando o efeito atenuante da vegetação, sem esta proteção o solo fica exposto a pro- cessos erosivos e a perda de nutrientes. 128

Agrotóxicos São substâncias produzidas pelo homem para eliminar insetos, fungos, bactérias, ervas daninhas e outros seres vivos das plantações. Como o próprio nome indica, são substâncias tóxicas que devem ser aplicadas mediante re- ceita prescrita por um agrônomo. Embora aumentem a produtividade, é preci- so considerar que quando utilizados de forma inadequada podem acabar chegando até as células e tecidos de quem consome os vegetais nos quais foram utilizados, podendo ter conse- quências nocivas à saúde. Queimadas O Planeta Terra / 6o ano O uso de queimadas para desmatar o solo com a finalidade de fazer o plantio ou ocupa- ção pecuária, além de causar poluição do ar, é um método que mata os micro-organismos que fazem a decomposição da matéria orgâ- nica, a qual ajuda na adubação do solo. Essa técnica deixa o solo mais exposto à erosão e consequentemente aumenta o empobreci- mento do solo. Quanto mais pobre o solo, mais difícil de plantar. 129

DESTINO DO LIXO NO BRASIL A forma mais inteli- gente de lidar com o lixo é Estima-se que no Brasil, cada pessoa pro- sem dúvidas a reciclagem, pois duza em média cerca de 343 quilos de lixo por deste modo, ocorre a redução ano. Se levarmos em conta a população do da quantidade de lixo produzida. Brasil de mais de 210 milhões de habitantes, Acesse livro digital e leia mais todos os anos o Brasil produz impressionantes 80 milhões de toneladas de resíduos. A per- sobre a reciclagem! gunta que fica no ar é: o que fazer com todo Coleção Aprendendo Ciências este lixo? Apesar de ser ilegal, os chamados lixões são a maneira mais utilizada no Brasil para de se livrar do lixo. Os lixões consistem em um ter- reno qualquer onde o lixo é depositado direta- mente sobre o solo, sem qualquer controle. O descarte inadequado do lixo causa grandes impactos ambientais como a contami- nação do solo com metais pesados, e diversos outros resíduos contaminantes que alteram a composição do solo local, além disto o descarte inadequado do lixo podem causar a contaminação de rios, lagos e reservatórios subterrâneos de água, representando um grande risco ao meio ambiente e à saúde da população. Porém, nem todo tipo de material é possí- vel ser reciclado. Uma alternativa de descarte adequado do lixo são os chamados aterros sa- nitários. Para a construção do aterro sanitário, é escolhida uma área grande, com solo predo- minantemente argiloso que não esteja sujeito a inundações. Deve estar distante de rios e ser de fácil acesso. É destinado ao acúmulo de lixo sólido urbano. Após a escavação do solo, é feita uma compactação com argila e colocada uma manta para impermeabilizar o solo, evitando contami- nar os lençóis freáticos com o chorume produ- zido na decomposição da matéria orgânica. O chorume é drenado por meio de tubulações e escoado para lagoas de tratamento e, somen- te após o tratamento, é devolvido à natureza. 130

Também são feitas chaminés para a saída do gás metano produzido na de- O Planeta Terra / 6o ano composição da matéria orgânica, onde é queimado, já que é altamente inflamável e preso no solo e poderia explodir. Depois da manta de impermeabilização, vem uma camada compacta de solo, seguida de lixo compactado, solo compactado, lixo compactado, até esgotar a capacidade do aterro, que tem vida útil de aproximadamente 10 anos. Se bem feito, o aterro pode ser transformado em parque, campo de futebol, jardim etc. Esse tipo de aterro é caro e usado por menos de 10% dos municípios brasileiros. 131

Capítulo 11 A hidrosfera e a atmosfera Motivando a pensar Coleção Aprendendo Ciências Anteriormente estudamos sobre a litosfera e os diversos componentes presentes nesta camada, neste capítulo vamos estudar sobre duas outras ca- madas do planeta Terra: a hidrosfera e a atmosfera! A hidrosfera corresponde a toda água encontrada no planeta Terra, por- tanto estamos falando de rios, mares, geleiras, água subterrânea, entre outras. Veremos como a água se distribui em nosso planeta, qual é o ciclo da água e como o ser humano vem contaminando este recurso tão importante para a vida e para o planeta. A atmosfera corresponde a uma camada composta de diversos gases que envolvem o planeta Terra, esta camada é importantíssima para a vida e partici- pa de diversos fenômenos da natureza. Como veremos a atmosfera também é dividida em diversas camadas cada uma com características próprias que serão estudadas por nós neste capítulo. Também estudaremos quais são os gases e quais suas porcentagens na atmosfera Terrestre. Vamos começar nosso estudo sobre estas duas fascinantes camadas!

A HIDROSFERA O Planeta Terra / 6o ano Começamos nossa viagem partindo do núcleo, atravessamos as camadas do manto, e chegamos até a crosta. Vimos a formação da litosfera através da interação da camada superior do manto e da crosta. Agora vamos analisar a distribuição e o ciclo da substância de maior importância para vida em nosso planeta: A água. Denominamos hidrosfera o conjunto de toda água distri- buída na terra, desde rios lagos oceanos mares lagoas pântanos, geleiras, e até mesmo água na forma de vapor presente na atmosfera já que esta zona (entre a superfície e a atmosfera) é uma zona de transição e descontínua. DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO PLANETA TERRA A água é uma das substâncias mais abun- dantes do planeta, ocupando mais de 70% da superfície terrestre. Aproximadamente 97%, da água do pla- neta é salgada e encontra-se nos mares, nos oceanos e nos lagos salgados. A água salgada contém muitos sais minerais, um deles é o cloreto de sódio, também conhecido como sal de cozinha. Assim, menos de 3% da água disponível na Terra é doce. Nesse caso ela apresenta uma concentração bem baixa de sais, por isso é chamada de água-doce. Logo, o “Planeta Água” é salgado! De toda água doce presente na Terra 79% localizam-se nas geleiras e nas calotas polares; 20% estão armazenadas em reservatórios subterrâneos 1% encontra-se na superfície da Terra, nos lagos, nos rios, na atmosfera e no corpo dos seres vivos. 133

ÁGUA DOCE NO BRASIL O Brasil detém aproximadamente 12% do total de água-doce superficial do planeta. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional. Os 70% da água disponível para uso está localizada na região Norte, com 7% da po- pulação. Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo país para atender a 93% da po- pulação. Outro grande problema é o desmatamento das nascentes, a poluição da água por agrotóxicos e o esgoto doméstico e industrial (lançados sem tratamento nos rios e nos córregos). Aqui também se encontram o maior rio do mundo (o Amazonas) e dois dos maiores aquíferos do mundo; Aquífero Alter do chão (amazonas) e o aquífero Guarani. Coleção Aprendendo Ciências As cores dividem as principais bacias hidrográficas do Brasil. 134

AQUÍFEROS O Planeta Terra / 6o ano Além das reservas de água superficiais há inúmeros depósitos subterrâneos de extrema importância para a manutenção dos ciclos da água, tais depósitos, denomi- nados aquíferos, são formações geológicas formadas por rochas porosas e perme- áveis (sedimentares) que filtram as águas absorvidas da superfície e as armazenam. Os cursos de água superficiais como rios, lagos, fontes e nascentes ao receberem grandes quantidades de águas das chuvas mantém o seu volume ideal graças a ab- sorção deste excesso de água e a armazenam nos aquíferos. No brasil temos dois grandes aquíferos, o maior em volume de água armazenada, situado na região com- preendida pelo Amazonas, Pará e Amapá, é denominado Alter do chão ou aquífero amazonas. O segundo em volume de água é denominado Guaraní e se localiza na região compreendida entre Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Embora sejam reservatórios imensos a utilização da água dos aquíferos para consumo humano, como por exemplo, na perfuração de um poço artesiano requer análise da qualidade de suas águas por equipes especializadas no assunto. Aquífe- ros localizados sob grandes cidades, lixões, cemitérios, depósitos de combustíveis, fossas, regiões de produções agrícolas que utilizem agrotóxicos e fertilizantes, ou até mesmo que produzam dejetos animais podem por infiltração contaminar estas reservas. CICLO DA ÁGUA Para compreendermos mais A passagem de sólido para líquido é chamada de fusão. facilmente o ciclo da água preci- samos inicialmente compreen- der as mudanças entre os três estados físicos da água; solido líquido e gasoso. Você já deve ter percebido que, num dia quente, ao retirar- mos uma pedra de gelo do con- gelador, ele começa a derreter. Temos a água em estado sólido (gelo) passando para o estado lí- quido. Essa mudança de estado é conhecida como FUSÃO. 135

Coleção Aprendendo Ciências Mas o contrário também pode acontecer. Se quisermos que a água no estado líquido vire gelo (sólido), é só colocá-la no congelador. Essa mudança de estado é chamada de SOLIDIFICAÇÃO. A passagem de líquido para sólido é chamada de solidificação. Já passagem da água da fase líquida para a gasosa é chamada de VAPORIZAÇÃO. Há dois tipos de vaporização: a ebulição e a evaporação. Vamos observar este fenômeno, quando penduramos uma roupa molhada no varal, ela acaba secando, ou seja, após algum tempo a água da roupa “desaparece” (evapora). O que acontece, na realidade, é que a água líquida se transforma em vapor e se mistura com o ar. Quando a água passa do estado líquido para o estado gasoso de forma lenta, dizemos que houve EVAPORAÇÃO. A passagem do estado líquido para o estado gasoso de forma lenta é chamada evaporação. Quando a passagem da água líquida para gasosa é feita de forma rápida chamamos de EBULIÇÃO. É o que acontece quando aquecemos uma panela com água. 136

A passagem do estado líquido para o estado gasoso de forma rápida é chamada de ebulição. Vamos observar outro fenômeno ocorrendo, observe que quando colocamos um copo com água gelada fora da geladeira, depois de algum tempo a superfície do lado de fora do copo fica com gotículas de água líquida. As pequenas gotas de água do lado de fora do copo se formaram porque o vapor de água existente no ar em contato com a superfície fria do copo perde calor e se condensa, isto é, passa do estado de vapor para o estado líquido. Este processo é chamado de Condensação. O Planeta Terra / 6o ano A passagem do estado gasoso para o estado líquido é chamado de condensação. Todos os seres vivos do planeta participam Agora que sabemos as do ciclo da água, pois estão constantemente ab- mudanças de estado físico sorvendo água do ambiente e devolvendo-a de al- da água vamos analisar seu guma maneira. O Sol, por sua vez, também exerce grande efeito sobre a água, pois dependendo da ciclo na natureza! quantidade de calor vinda do sol que atinge a água esta mudará de estado físico iniciando o ciclo da 137 água. Podemos, então, dizer que a água circula na natureza, passando pelos rios, pelos mares, pelo solo, pela atmosfera e pelo corpo dos seres vivos.

Observe o esquema e verifique os componentes princi- pais do ciclo da água, também chamado de ciclo hidrológico. 2 A medida que as moléculas de água no estado de vapor se afas- tam da superfície da terra a temperatura vai diminuindo. Em função das temperaturas mais baixas, estas moléculas sofrem condensa- ção formando as nuvens, que são constituidas basciamente por pequenas gotículas de água ou cristais de gelo. Condensação Coleção Aprendendo Ciências Evaporação Transpiração 1 Com o aquecimento pelo sol das várias superfícies líquidas de rios lagos e oceanos, a água líquida evapora mudando de estado passando para água vapor, de menor densidade e portanto subindo para camadas mais altas da atmosfera. Além disso, os vegetais e animais também perdem água na forma de vapor através da transpiração. Essa água também irá atingir camadas mais altas da atmosfera. 138

3 Com o tempo, as gotículas de água Ao retornar à superfície da terra, a suspensas nas núvens começam a se água alimenta as nascentes, aumenta o aglomerar, ficando mais densas e em volume dos rios, chega até os mares e certas condições precipitando na terra oceanos e parte dela é absorvida pela na forma de chuvas, granizos ou neve. terra (percolação), essa água será ab- sorvida pelas raízes dos vegetais e tam- 4 bém atravessando rochas permeáveis (as rochas sedimentares) irá alimentar os depósitos subterrâneos chamados de aquíferos. Precipitação O Planeta Terra / 6o ano 5 Agora, essa água reiniciara seu ciclo. Será novamente Absorvida por vegetais, e por animais, retornará novamente para as camadas da atmosfera na forma de vapor, bem como a água recebida pelos rios ma- res e oceanos aquecidos pelo sol voltará à atmosfera. E assim o ciclo continua. 139

CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO DA ÁGUA A água é indispensável a todas as formas Problematizando de vida, pois através de seu ciclo hidrológico ela está em movimento contínuo dentro e ao Observe a charge abaixo. Que redor da Terra. Como mencionamos, a água tipo de questionamento o autor nunca desaparece de verdade, ela apenas está tentando fazer? Dê a sua in- muda de estado físico. terpretação dessa charge. Coleção Aprendendo Ciências Com o aumento da população mundial e sua aglomeração nas grandes cidades, a poluição das águas acaba assumindo gran- des proporções. Nas cidades, há um grande consumo de água e, consequentemente, uma infinidade de fontes poluidoras, tanto na forma de esgoto doméstico como de efluen- tes industriais. Segundo dados do sistema nacional de informações sobre saneamento (Snis) rela- tivos a 2020, pouco mais de 50% do esgoto produzido no brasil é rocolhido por redes proprias para isto. 140

Entretanto aproximadamente apenas No livro digital, em apro- metade deste esgoto recolhido sofre trata- fundamentos, veja as doenças mento adequado, ou seja, do total de esgotos relacionadas com a água. produzidos no brasil apenas cerca de 25% re- cebe tratamento adequado. Assim aproxima- O Planeta Terra / 6o ano damente 75% do esgoto produzido é lançado “in natura” em fontes de água, podendo pro- vocar efeitos bastante preocupantes. Além de microorganismos prejudiciais à saúde o esgoto também pode conter subs- tâncias que apresentam elevado potencial tó- xico. É preciso considerar também os resíduos industriais, vazamentos de petróleo e óleo e resíduos plásticos que as vezes levam séculos para serem decompostos, contaminando tanto o meio seco quanto as fontes de água. Uma das soluções é implementar estações que tratem de forma adequada este subproduto da atividade humana para que ao retornar ao meio não provoque alterações desastrosas. A ATMOSFERA A nossa viagem, que começou no núcleo da terra, atravessou as camadas do manto, chegando até a crosta terrestre onde analisamos a formação da litosfera e da hidrosfe- ra, agora está chegando a sua parte final: A atmosfera. Podemos entende como a zona externa à litosfera formada por gases e que pode se extender até 1.000 quilometros da superfície terrestre. Os gases que são constantemente utilizados e produzidos pelo seres vivos são mais densos e encontram­se próximos da superfície terrestre. Os menos densos tendem a se dispersar e a se acumular nas camadas mais altas da atmosfera. Quanto mais nos afas- tamos da superfície terrestre, mais rarefeito o ar se torna, isto é, as partículas ficam mais afastadas entre si ou menos concentradas. COMPOSIÇÃO DO AR O ar é o nome da mistura de gases presentes na atmosfera do planeta Terra. Vivemos na camada inferior da atmosfera, a troposfera, então, estudaremos a proporção desses gases nesta camada e analisando o ar seco e limpo (obtido em laboratórios). Os principais gases são: 141

Coleção Aprendendo Ciências Nitrogênio (cerca de 78%); Oxigênio (aproximadamente 21%); Pequenas porções de outros gases, entre os quais o dióxido de carbo- no, o argônio, o neônio, o ozônio e o criptônio, que, juntos, representam menos de 1% do total. Atualmente, nesse cerca 1% existe grande número de gases produzidos pelo homem, alguns deles muito tóxicos para a manutenção da vida como a conhecemos. Na camada mais próxima da superfície terrestre, encontramos ainda microorganismos, poeira e vapor de água. O volume de cada gás na atmosfera terrestre é muito importante. Até as pequenas porções de gases são significativas, pois cada um deles possui um importante papel na preservação da vida na Terra. Como veremos, podemos didaticamente dividir a atmosfera em cinco regiões, embora não haja um limite claro entre uma região e outra. CAMADAS DA ATMOSFERA Como vimos a camada de ar que envolve a Terra é conhecida como atmosfera (atmos = ar e esfera = esfera terrestre). A atmosfera permanece em torno da Terra graças à força de gravidade exercida pelo planeta. Ela não é uniforme, e os cientistas, para fins de estudo, dividiram a atmosfera em camadas: tro posfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. Troposfera É a camada mais próxima da crosta terrestre, na qual está imersa a maior parte dos seres vivos. Em grego, tropo significa mudança, pois é ao longo dos seus aproximada- mente 12 km de espessura onde ocorrem quase todos os fenômenos meteorológicos, tais como chuvas, neves, nevoeiros, furacões, ventos, nuvens, trovoadas etc. É caracte- rizada por um decréscimo na temperatura com o aumento da altitude. Nessa região os aviões comerciais viajam com uma velocidade de cerca de 1.000 km/h, a quase 10 km de altitude. Estratosfera O ar é muito rarefeito e praticamente não há umidade. Logo, não ocorrem os fenômenos meteorológicos. Nela aparece uma grande concentração do gás ozônio, a conhecida ca- mada de ozônio, que funciona como um filtro para os raios solares. 142

Ela absorve a radiação solar ultravioleta (que se incidir diretamente sob os organismos O Planeta Terra / 6o ano que vivem na terra podem causar danos severos, inclusíve cancer), deixando passar apenas parte deles e protegendo a vida da Terra. A estratosfera tem uma espessura média de aproximadamente 38 km. É caracterizada por um aumento de temperatura justamente pela presença do ozônio. É nessa região de ar calmo que costumam voar os caças militares. Mesosfera É a região mais fria da atmosfera podendo chegar a menos 100o Celcius. A palavra meso significa metade. Esta camada tem aproximadamente 50 km de espessura. É nesta camada que ocorre a combustão de corpos materiais vindos de outras regiões do espaço e que entram na órbita da terra, sendo atraídos pela sua gravidade, comumente denominamos estes corpos ‘’estrelas cadentes’’, meteoros, meteoritos... Termosfera Apresenta temperaturas muito altas porque os poucos gases que a constituem ab- sorvem radiação do Sol. É nesta camada que ocorre a reflexão das ondas de rádio, como consequencia da presença das partículas que a constituem por isso podemos captar essas ondas provenientes de longas distâncias de outros países, por exemplo). Exosfera É a camada mais externa da atmosfera. O ar é muito rarefeito e as moléculas de gás “escapam” constantemente para o espaço, por issov é chamada de exosfera (parte externa da atmosfera). É nessa camada que se situam diversos satélites, inclusive o satélite brasileiro chamado de Amazonia 1, primeiro satélite 100% nacional que tem como finalidade fornecer dados através de imagens para monitorar o desmatamento, em especial da região norte do país, e também a diversificada agricultura em todo território nacional. EXOSFERA 700+ Km (500+ MI) TERMOSFERA 700 Km (435 MI) MESOSFERA 85 Km (53 MI) ESTRATOSFERA 49 Km (30 MI) TROPOSFERA 12 Km (7 MI) 143

Coleção Aprendendo Ciências Capítulo 12 Movimentos terrestres Motivando a pensar Nos capítulos anteriores nós nos afastamos bastante do nosso planeta e tivemos uma visão geral da sua posição em relação ao sol e aos sete outros planetas que compões o sistema solar. Posteriormente nos aproximamos do nosso planeta e analisamos o seu seu núcleo, atravessamos as camadas do manto, chegamos até a crosta e analisamos a constituição da litosfera e hidrosfera. Posteriormente, nos afastamos da Terra para conhecermos e entendermos um pouco melhor a atmosfera do planeta em que vivemos. Agora vamos nos afastar mais ainda do nosso planeta e vamos observar que entre vários outros movimentos descritos por ele, dois são de extrema importancia a rotação e translação. Veremos que a partir destes movimentos podemos contar o tempo de um dia e o tempo de um ano, e consequentemente as mudanças em cada estação do ano.

Nos capítulos anteriores nós nos afastamos bastante do nosso planeta e tivemos uma visão geral da sua posição em relação ao sol e aos sete outros planetas que compões o sistema solar. Posteriormente nos aproximamos do nosso planeta e analisamos o seu seu núcleo, atravessamos as camadas do manto, chegamos até a crosta e analisamos a constituição da litosfera e hidrosfera. Posteriormente, nos afastamos da terra para conhecermos e entendermos um pou- co melhor a atmosfera do planeta em que vivemos. Agora vamos nos afastar mais ainda do nosso planeta e vamos observar que entre vários outros movimentos descritos por ele, dois são de extrema importancia a rotação e translação. Veremos que a partir destes movimentos podemos contar o tempo de um dia e o tempo de um ano, e consequentemente as mudanças em cada estação do ano. MOVIMENTOS DA TERRA O Planeta Terra / 6o ano Vamos analisar inicialmente o mo- vimento descrito pela terra em torno do seu próprio eixo central imaginário este movimento é denominado rotação. Como você pode observar, o eixo nor- te-sul da terra não é perpendicular à trajetória que a terra descreve em torno do sol, esta inclinação pode variar, atu- almente o eixo apresenta uma inclina- ção de 23,27o. Rotação Uma das consequencias da rota- ção é que para a Terra dar uma volta completa em torno de si mesma (360 graus) ela leva aproximadamente 23 horas e 56 minutos é o que chamamos de 1 dia terrestre. Em relação ao sol, este giro da Terra é feito no sentido de oeste para leste, e por isso enquanto a parte exposta à incidencia da luz so- lar é dia, a parte que não recebe esta luz solar é noite. Com o movimento de rotação, gradualmente as regiões vão recebendo luz solar ao amannhacer e deixando de receber esta luz ao anoi- tecer, caracterizando a passagem gra- dual do dia e noite. 145

Geralmente a duração do dia e da noite No livro digital, em colo- não tem a mesma quantidade de horas, este cando a mão na massa, faça fato se explica pelo movimento da terra em com seus colegas o experi- torno do sol, a translação. mento da translação terrestre! Translação No livro digital, em ani- mações, veja os movimen- O movimento da Terra em torno do Sol é tos de rotação e translação denominado de transla ção. Esse movimento terrestres. leva cerca de 365 dias e 6 horas para dar uma Coleção Aprendendo Ciências volta completa em torno do Sol. A cada ano “sobram 6 horas” e, por esse motivo, de 4 em 4 anos temos o ano bissexto. O movimento de translação da terra em torno do sol associado ao eixo inclinado da terra determina as quatro estações do ano; Inverno, primavera, verão e outono. Movimento de Translação EQUINÓCIO E SOLCÍTIO Você já percebeu que dependendo da estação do ano a duração do dia e da noite varia. São comuns as expressões; dia longo, noite curta ou o inverso. Isto se deve tanto a rotação da terra em torno do seu eixo inclinado e da translação do nosso planeta em torno da nossa estrela, o sol. O caminho percorrido pelo nosso planeta em torno do sol não é uma circunferência, mas sim uma elipse. 146

Sol Terra Terra Sol Equinócio Como consequência da trajetória eliptica algumas vezes a terra está mais próxima da trajetória do sol e outras mais distante, entretanto duas vezes a cada ano, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul ocorre de a luz emitida pelo sol estar incidindo diretamente sobre a linha do equador iluminando igualmente os dois hemisférios, este fenômeno ocorre nos meses de março e setembro e é denominado equinócio. Hemisfério Março Setembro O Planeta Terra / 6o ano Hemisfério Equinócio Equinócio de primavera de outono Norte Equinócio Equinócio Hemisfério de outono de primavera Sul Solstício O solstício ocorre, ao contrário do equinócio quando a incidência dos raios solares em relação a linha do equador é máxima em um dos dois hemisférios, portanto um dos hemisférios estará mais iluminado do que o outro. Em cada hemisfério o solstício de verão é caracterizado por dias mais longos e noites mais curtas. Já o solstício de inverno é caracterizado em cada hemisferio por dias mais curtos e noites mais longas, veja a ocorrencia do solsticios em cada hemisfério. Hemisfério Junho Dezembro Hemisfério Solstício Solstício Norte de verão de inverno Hemisfério Solstício Solstício Sul de inverno de verão 147

Coleção Aprendendo Ciências OS RELÓGIOS DE SOL Os relógios de sol são dispositivos não me- Gnômon: É uma vara cânicos que comprovam não só a esfericidade da que cria a sombra sobre terra como a sua rotação em torno de um eixo in- o relógio de sol. clinado comprovada pela mudança da posição da sombra do gnomon. Assim como, a mudança de posição da terra em sua trajetória em torno do sol (translação) fará com que em cada estação do ano a posição da sombra não seja a mesma para um mesmo ho- rário, ou seja, a posição da sombra indicativa ao meio dia no verão, não será exatamente a mesma no outono. Utiliza-se a luz solar e a rotação da terra para contar o tempo desde os antigos egípcios, com seus obeliscos construídos há mais de 3500 a.c, já se observa esta aplicação. COMO FUNCIONA Com a ajuda do seu professor e colegas reúna o material necessário, antecipada- mente e vamos aplicar nossos conhecimentos sobre a rotação da terra sobre seu eixo. 148


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