Parcerias ESPECIAL locais ajudam VITÓRIA, ES | DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 a desenvolver fornecedores Solo fértil para o desenvolvimento >2 O cultivo de florestas plantadas no Espírito Santo estimula a economia, preserva o ambiente, promove a inclusão social e a geração de renda. SAGRILO Transporte multimodal reduz viagens em rodovias >3 Convênio com O AGRICULTOR GILSON Fraga Vicente, de Aracruz (ES), cultiva aipim entre os plantios de eucalipto da Fibria a Ufes fomenta pesquisa >6
2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 Especial FIBRIA Mais tecnologia e menos água no plantio Consciente da necessidade de nos últimos anos, o método otimizar o uso dos recursos natu- de aplicação da mistura foi apri- rais, entre os quais a água, a Fibria morado. Estudos conduzidos em vem adotando algumas medidas. campo demonstraram que é pos- Uma delas é a tecnologia desen- sível eliminar, pelo menos, uma volvida pelas equipes da empresa, operação de irrigação nos perío- a partir de uma mistura de resí- dos mais secos do ano, reduzindo duos de celulose, que vem ajudan- o uso de água no plantio. do a reduzir a necessidade de irri- gação do eucalipto após o plantio. A empresa já solicitou a patente A solução recebeu o nome de “co- da nova tecnologia, que vem de- lar de celulose”, uma mistura que, monstrando ser importante alia- colocada ao redor das mudas, aju- da, principalmente em tempos de da a reter umidade. escassez hídrica. A solução foi desenvolvida pelas equipes de As pesquisas sobre essa tecno- pesquisa e de desenvolvimento logia foram iniciadas em 2007 e, operacional florestal da Fibria. FIBRIA FÁBRICA DA FIBRIA, em Aracruz: oportunidades de negócios para fornecedores da região Parcerias locais ganham força Prioridade para ao mercado, no Brasil ou no exte- missas da Fibria. COLAR DE CELULOSE: medida ajuda a reter a umidade do solo rior. A empresa valoriza as parce- A empresa foi uma das idealiza- contratação de rias locais e contribui para que RAIO X DA FIBRIA seus fornecedores ampliem o doras do Programa Integrado de empresas locais ajuda a portfólio de clientes. Desenvolvimento e Qualificação Mais de 16,5 mil empregos de Fornecedores (Prodfor), criado desenvolver mercado Em novembro, por exemplo, a há quase 20 anos para fomentar o > A FIBRIA PRODUZ 5,3 milhões de > NA UNIDADE ARACRUZ, que com- Fibria realizou a Parada Geral, desenvolvimento do mercado lo- toneladas de celulose em fábricas preende as operações no Espírito de fornecedores no uma grande operação de manu- cal para o fornecimento de bens e no Espírito Santo, Bahia, São Paulo Santo, Bahia e Minas Gerais, a em- tenção preventiva em sua unidade serviços de forma consorciada, e Mato Grosso do Sul presa gera 10 mil empregos dire- Espírito Santo industrial, que ocorre a cada 18 com a participação de outras gran- tos. meses. O trabalho envolveu 88 des empresas do Espírito Santo. > O ESPÍRITO SANTO concentra 44% O negócio florestal gera opor- empresas, 70% das quais são do da produção, com 2,3 milhões de > DOS 322.767 HECTARES, 111.474 tunidades para vários seg- Espírito Santo. Paulo Edson Martins Vieira, ge- toneladas são destinados à conservação da mentos que fazem parte da rente de Suprimentos da Fibria, biodiversidade. sua cadeia de fornecedores (insu- “Os fornecedores que atuam destaca que, das cerca de 600 em- > BASE FLORESTAL de 896.774 hec- mos de produção, serviços flores- nesse tipo de manutenção geral- presas que o Prodfor já ajudou a tares, dos quais 295.687 hectares > EXPORTA PARA mais de 30 países. tais e industriais, administrativos e mente tornam-se especialistas e desenvolver no Estado, mais de são destinados à conservação am- > É A MAIOR produtora mundial de logísticos). passam a prestar serviços para vá- 230 são fornecedores ativos da Fi- biental. rias outras companhias”, disse o bria. “Trata-se de um círculo vir- celulose de fibra curta de eucalipto No Espírito Santo, a Fibria de- gerente geral industrial da Fibria, tuoso que se instala na nossa ca- > PRESENTE EM mais de 250 municí- (matéria-prima para a fabricação manda uma série de serviços mo- Marcelo de Oliveira. deia produtiva e capacita o forne- pios de sete estados brasileiros, de papéis para higiene pessoal, im- bilizando centenas de empresas e cedor a alçar voos maiores”, res- onde gera 16.597 empregos diretos pressão, escrita e usos especiais, criando condições para que pas- Atuar no desenvolvimento de saltou ele. (próprios e terceiros). como papel fotográfico). sem a fornecer produtos e serviços fornecedores faz parte das pre- Fornecedor vira referência SAIBA MAIS Foi a partir da prestação de ser- trica e mecânica e teve a oportuni- Operação de manutenção SAGRILO viços à Fibria que a Estel Serviços dade de montar um negócio para preventiva na Fibria Industriais, com sede em Aracruz prestar serviços à empresa. EMPRESA É (ES), tornou-se referência no Bra- A manutenção ocorreu no período de a maior sil em reparo de máquinas elétri- Passados 30 anos, hoje a Estel 6 a 22 de novembro na unidade indus- produtora cas, manutenção e montagem in- gera, em média, 600 empregos trial da empresa, em Aracruz (ES). mundial de dustrial. permanentes, chegando a 1.500 no celulose de atendimento a grandes projetos, e 88 empresas fibra curta, A empresa começou em uma ofi- presta serviços para empresas de matéria-prima cina com dois funcionários e o pro- vários outros estados brasileiros. 70% são do ES para fabricação pósito de ser referência local no ra- Este é um dos muitos exemplos de de papéis mo de recuperação de máquinas fornecedores que iniciaram suas 1.780 trabalhadores elétricas. Seu diretor-presidente, atividades a partir do atendimento envolvidos Luis Cordeiro, era funcionário da à Fibria e tiveram um sólido cres- Fibria na área de manutenção elé- cimento. Expediente PRODUÇÃO: Dinâmica de Comunicação CONTATOS: 3232-5945 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Fabiana Pizzani EDIÇÃO E REVISÃO: Aline Nunes, Fabiana Pizzani, Flávia Martins e Kikina Sessa REPORTAGEM: P6 Comunicação DIAGRAMAÇÃO: Amauri Ploteixa TRATAMENTO DE IMAGENS: Leyson Mattos e Renan Martinelli
3VITÓRIA, ES, DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 ATRIBUNA Especial Menos caminhões nas estradas Fibria investe na FOTOS: FIBRIA multimodalidade e em novas tecnologias PARCERIAS DA FIBRIA para reduzir tráfego de com empresas de carretas de madeira logística contribuem em rodovias para o meio ambiente Aproximadamente 100 cami- Madeira chega por navio nhões deixam de circular diariamente nas estradas SAIBA MAIS A unidade industrial da Fibria to, o trajeto leva 15 dias. A opera- que ligam Minas Gerais ao Espíri- em Aracruz, no Norte do Estado, ção conta com dois navios da em- to Santo. A redução do tráfego pe- Transporte multimodal está sendo abastecida também por presa Norsul, que passaram por sado é resultado de uma parceria madeira adquirida de produtores adaptações para realizar o trans- da Fibria com a VLI, que possibili- > A MADEIRA QUE A FIBRIA utiliza em (7%). rurais do Rio Grande do Sul. A car- porte de madeira. ta o transporte para o Estado, por sua unidade industrial em Aracruz, > ANTES MESMO do contrato com a ga está chegando ao Espírito Santo meio de ferrovia, da madeira ad- chega ao local em diferentes tipos de embarcada em navios. Trata-se de um projeto inovador quirida de produtores de Sete La- transporte. VLI, a Fibria já utilizava o transpor- em que os feixes de toras são iça- goas (MG) para abastecer a unida- te ferroviário para trazer madeira A madeira sai do porto de Rio dos pelos guindastes dos navios. de industrial da empresa, em Ara- > AS PARCERIAS COM empresas como dos depósitos de Araguaia (Mare- Grande e é desembarcada no Por- No desembarque, eles vão do cruz (ES). a VLI, Norsul e JSL estão ampliando a chal Floriano) e Colatina. tocel, terminal portuário controla- guindaste diretamente para cami- participação dos modais alternativos. > ESSES DEPÓSITOS recebemmadeira do pela Fibria em Barra do Riacho. nhões do tipo tritrem, que os Para viabilizar o transporte de de produtores que são parceiros da transportam até a fábrica da Fi- cerca de 2 milhões de metros cúbi- > 40% DA MADEIRA PASSAM a chegar Fibria no cultivo de eucalipto. A operação de logística foi ini- bria, a 1,7 km de Portocel. cos de madeira nos próximos cin- por via marítima (33%) e ferroviária ciada em 2015 e já transportou co anos, a empresa investiu R$ 6 mais de 665 mil toneladas de ma- OS NÚMEROS milhões na reforma e adaptação de madeira para a fábrica da Fi- presa, Ezio Tadeu Lopes. deira, de um total previsto de 3 mi- de 300 vagões ferroviários. bria. Com o novo contrato, essa O transporte ferroviário ainda lhões de toneladas. 3 milhões participação passará a 7%. “Essa O serviço de adaptação dos va- iniciativa reduz o uso de cami- traz como benefício menor impac- A madeira é proveniente de de toneladas de madeira serão gões ficou sob a responsabilidade nhões, traz menores custos e to ambiental, já que há redução de contratos de parceria para culti- transportadas em navios da Bratec, empresa sediada no menos riscos de acidente nas emissões provenientes de com- vo de eucalipto que a empresa município da Serra. “A contrata- operações”, afirma o especialista bustíveis derivados de petróleo, e tem com produtores da região, 60 mil ção de empresa regional para o em Logística Florestal da em- diminui o consumo de produtos pelo Programa Poupança Flo- serviço contribui para movimen- petroquímicos, como pneus. restal. viagens de tritem teriam que ser tar a economia local e gerar opor- feitas por rodovias, para tunidades de emprego e renda”, São 13.600 hectares de plantios transportar esse volume disse o gerente geral florestal da contratados à época em que a Fi- Fibria, Carlos Alberto Nassur. bria tinha planos de implantar uma fábrica na região. Segundo o diretor da Bratec, Girlan Braga, o projeto envolve um Do porto de Rio Grande até efetivo direto de 60 profissionais Portocel, incluindo o tempo de da empresa e a contratação de mão carregamento e descarregamen- de obra especializada de cerca de 20 pessoas extras no período. EMPREGABILIDADE Além disso, todo o insumo apli- cado nos vagões é adquirido de fornecedores do Estado. “Em meio à crise, esse é um projeto im- portante para a empresa, que aju- dou a garantir a empregabilidade de forma expressiva”, destaca Gir- lan Braga. Atualmente, o modal ferroviá- rio representa 5% do transporte Nova tecnologia reduz viagens Para otimizar o transporte de A solução pioneira foi desenvol- As carrocerias são fabricadas Cabotagem marítima madeira entre os plantios flores- vida pela Fibria junto com a Uni- pela empresa Librelatto e opera- tais e sua fábrica, em Aracruz, a Fi- versidade Federal de São Carlos das pela JSL. Coordenador de Ma- Operação já transportou mais de 665 mil toneladas de eucalipto bria passou a utilizar novas carro- (SP) e está sendo patenteada pela nutenção e Transporte Marítimo cerias fabricadas em aço altamen- empresa. A iniciativa faz parte de da Fibria, Jorge Luiz Moro Capo N ES MG ESPÍRITO te resistente. Mais leve, a estrutura um projeto no qual estão sendo in- disse que, em função da maior ca- SANTO tem capacidade de carga 10% vestidos R$ 28 milhões na compra pacidade, será reduzida a frota no Aracruz PORTOCEL maior se comparada a equipamen- de 108 conjuntos tritrens (compo- transporte rodoviário de madeira tos convencionais, reduzindo o sição de carga formada por três se- no Espírito Santo, Bahia e Minas Oceano Vitória número de viagens de caminhão. mirreboques). Gerais. Atlântico ES SP RJ PR SC CARROCERIA RIO GRANDE Porto leve aumenta a DO SUL Alegre capacidade de carga da PORTO DO empresa: mais RIO GRANDE madeira em menos viagens
4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 Especial Alimento em meio ao eucalipto No sul da Bahia, há outros 50 hec- SAGRILO tares com cultivo integrado de ma- Programa da Fibria deira e alimentos. LUCAS E JEAN participam de associação e produzem alimentos em áreas da Fibria oferece a possibilidade A iniciativa é uma prática que faz parte do Programa de Desen- de agricultores volvimento Rural Territorial (PDRT), por meio do qual a Fibria plantarem seus contribui para fortalecer a agricul- tura familiar. Os participantes do produtos em área junto PDRT recebem assistência técni- ca, orientação sobre comercializa- às florestas da empresa ção, gestão financeira, organização em associações e acesso a progra- Agricultores familiares que mas oficiais de fornecimento de muitas vezes trabalham co- alimentos. mo meeiros e não possuem terra para cultivar os próprios A agricultora Edna Ferreira, de plantios contam com um apoio São Mateus, diz que a parceria é importante com a Produção Inte- fundamental. “Meu relacionamen- grada de Madeira e Alimentos (Pi- to com a Fibria começou há 8 anos ma). Por esse sistema, as áreas das e, desde então, produzo verduras e entrelinhas de plantios de eucalip- legumes. Se não fosse o apoio da to são usadas por pequenos agri- empresa, não estaríamos plantan- cultores para cultivos diversos. O do e colhendo nosso próprio ali- plantio é feito na fase inicial, quan- mento, tampouco vendendo”. do o eucalipto tem até um ano e meio de idade. Presidente da Associação dos Agricultores de Cachoeira do Ria- Nesse período, madeira e ali- cho, em Aracruz, Jean Câmara mento convivem harmonicamen- Francisco também comemora a te e é o tempo ideal para cultivos participação no programa. “Junta- de ciclo curto (feijão, aipim, amen- mos os sócios para plantar a fim de doim, milho e outros). Somente formar um fundo para a associa- em Aracruz, a Fibria disponibiliza ção. O aipim sai muito bem nessa 39,5 hectares em meio a plantios área, próxima ao eucalipto. Tem de eucalipto para esse tipo de cul- muita matéria orgânica e é disso tivo, beneficiando 24 famílias de que a planta gosta”. agricultores das comunidades de Gimuhuna e Cachoeira do Riacho . Produção Agricultores familiares se unem para plantio de diversas culturas Agricultores usam técnicas de produção sustentáveis Benefícios do cultivo integrado FORÇA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR madeira-alimentos 25 associações PRODUTOS > MELHOR do sol. Hortaliças, Para que haja equilíbrio entre a gânica advinda do uso de Sistemas > MATÉRIA de agricultores familiares produção agrícola e o ambiente, a Agroflorestais (SAF), em que as APROVEITAMENTO de Aracruz, São Mateus e pimenta-do- Fibria está disseminando o con- culturas são plantadas respeitando da terra ORGÂNICA no Conceição da Barra partici- reino, urucum, ceito de agroecologia entre as fa- sua altura e tempo de vida, todas cultivando mais solo favorece a pam do Programa de De- café, mandio- mílias que participam do Progra- na mesma área, gerando coopera- de um produto produtividade. senvolvimento Rural Terri- ca, banana, ma de Desenvolvimento Rural ção, e não competição. numa mesma > EUCALIPTO torial (PDRT) da Fibria abóbora, Territorial (PDRT). A proposta é área. FORMA barreira amendoim, me- usar técnicas ecológicas no cultivo Os agricultores também apren- > SOMBREAMENTO natural que 589 núcleos 1 hectare é lancia e frutífe- dos alimentos. dem a produzir caldas agroecoló- proporcionado protege as ras de diversas gicas para controle de insetos e pelo eucalipto plantas do familiares cultivado, em média, espécies O consultor de Sustentabilidade doenças, em vez de insumos quí- minimiza efeitos vento. participantes por família da Fibria, Douglas Peixoto Pereira, micos, além de biofertilizantes, explica que os agricultores que compostos e adubo orgânico. O QUE ELES DIZEM participam do PDRT são envolvi- dos em um processo de transição Segundo Douglas, um fator que SAGRILO SAGRILO agroecológica, substituindo aos reforçou a adesão às práticas sus- poucos suas práticas produtivas. tentáveis foi a crise hídrica dos úl- timos anos, pois os agricultores Nesse processo de transição, são perceberam a importância da realizadas atividades de manejo agroecologia para manter a produ- ecológico da água e do solo, a par- tividade mesmo em períodos de tir da incorporação de matéria or- adversidades. FIBRIA CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA é uma das técnicas de agroecologia usada pelos pequenos agricultores Aumento da renda Economia de dinheiro SAIBA MAIS Trabalhando como meeiro, Gilson Fraga Vicente Para o agricultor Lucas Câmara Francisco, a coope- Benefícios da agroecologia tem conseguido ampliar o cultivo de seus produtos e a ração da Fibria no dia a dia de seu trabalho e de outros renda por meio do incentivo da Fibria. produtores é muito importante. > PROTEÇÃODOSOLO pormeiodeprá- tilizantes químicos por biodefensi- ticas de conservação vos e biofertilizantes Junto com a família, ele planta em uma área de 3 “A parceria garante uma renda extra com os produ- > DIVERSIFICAÇÃO agrícola hectares disponibilizados pela empresa, em Aracruz, tos que a gente planta. Assim posso colher o café e > PROTEÇÃO das nascentes > MELHORIA DA RENDA das famílias e tem acesso a orientações técnicas que contribuem deixar estocado, não preciso gastar o dinheiro todo”, > SUBSTITUIÇÃO de defensivos e fer- para os bons resultados. Ele afirma que sua vida me- observou Lucas, que está no programa da empresa lhorou desde que entrou no programa. desde 2005.
Especial 5VITÓRIA, ES, DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 ATRIBUNA De catadores SANDRA COLA/P6 de resíduos a parceiros Moradores de de Quilombola do Córrego São COOPERATIVA SÃO DOMINGOS Domingos, a Fibria contratou uma comunidade consultoria especializada em ges- 26 cooperados tão de projetos solidários. quilombola se unem e Serviços realizados: roçada O contrato de prestação de ser- manual, roçada mecanizada, formam cooperativa viços com a Fibria teve início em desbrota dos plantios, maio de 2014 e propicia a melhoria controle de formigas para prestar serviços da qualidade de vida das famílias envolvidas. TRABALHADORES que tinham relação conflituosa com a Fibria hoje prestam serviços à empresa florestais à Fibria DESENVOLVIMENTO SANDRA COLA/P6 Avida de um grupo de traba- “As atividades são realizadas lhadores rurais da comuni- RESULTADOS dade quilombola do Córre- dentro dos padrões de saúde e se- go São Domingos, no município de gurança do trabalho exigidos pela Parceria São Mateus (ES), vem mudando Fibria e os cooperados têm acesso para melhor. a programas de fomento ao desen- Para o diretor administrativo-fi- volvimento e à geração de renda”, nanceiro da Cooperativa dos Tra- Eles, que antes se dedicavam a disse o gerente de Sustentabilida- balhadores Rurais e Agricultores catar resíduos de madeira após a de da Fibria (ES e BA), Giordano do Córrego São Domingos, Valdete colheita dos plantios florestais da Automare. Jerônimo, os resultados da parce- Fibria, por meio de métodos que ria com a Fibria já aparecem. acabavam gerando conflitos com a Um exemplo foi a captação de companhia, foram chamados pela recursos junto ao Instituto Voto- “Agora temos renda mensal. Aqui empresa a participar de um proje- rantim e ao Banco Nacional de De- pegamos o faturamento do mês, ti- to que resultou na constituição de senvolvimento Econômico e So- ramos as despesas e o dinheiro do uma cooperativa. cial (BNDES), que resultou na fundo de reserva, e dividimos o que compra de um micro-ônibus para sobra em partes iguais. A renda va- Hoje, o grupo de 26 trabalhado- a cooperativa. ria conforme as atividades do mês, res presta serviços à empresa na mas temos condição de vida mais área de silvicultura, de forma re- Além do imóvel onde funciona a digna.” gular e formalizada em contrato. A sede, a instituição conta com equi- realidade foi transformada por pamentos para prestação de servi- meio da cooperação entre comu- ço de roçada mecanizada, comba- nidade e empresa. te a formigas e reboque para trans- porte de ferramentas e, até o final Para apoiar a organização da Co- do ano, inaugura o Centro de For- operativa dos Trabalhadores Ru- mação da Mulher Quilombola. rais e Agricultores da Comunida- Inclusão social para 230 crianças Arte que gera renda FIBRIA Esporte, música, arte e tecnolo- Os Jogos Olím- Você sabia ?O nome do pro- maiores feiras de ar- gia depois das aulas na escola. É picos e Paralím- tesanato do Brasil. assim que um grupo de 230 crian- picos Rio 2016 fo- grama, Espírito das ças e adolescentes da localidade de ram uma grande Águas, é inspirado no A organização de Barra do Riacho, em Aracruz, está vitrine de negó- mar, rio e nas riquezas de artesãs conta com o aprendendo sobre cidadania e a cios para as arte- Aracruz. Atualmente, 40 apoio da Fibria e do fortalecer os vínculos com a famí- sãs do Projeto Es- artesãs participam da Serviço de Apoio às lia, a comunidade e a escola. Com pírito das Águas. iniciativa. Micro e Pequenas idade entre 7 e 17 anos, eles partici- As peças desen- Empresas do Espí- pam do Saber Viver, iniciativa que volvidas pelas rito Santo (Sebrae- oferece oficinas de diversas ativi- ES). O objetivo é fo- dades no contraturno escolar. mulheres das co- mentar o empreen- São crianças e adolescentes que, com a participação em ações edu- munidades de Barra do Riacho e dedorismo a partir da produção cativas e socioculturais, orientadas por profissionais especializados, de Santa Cruz, com consultoria do artesanal nas comunidades pes- estão tendo oportunidade de de- senvolvimento. Eles também têm designer Renato Imbroisi e da ar- queiras envolvidas. aulas de reforço. tesã Jacqueline Chiabai, fizeram Por meio dos projetos Criarte, O Saber Viver é uma das ativida- des que fazem parte do Engaja- parte do showroom Brasil Original Bordadeiras de Santa Cruz e Gru- mento Barra do Riacho, movi- mento que reúne a iniciativa pri- Olímpiadas. po da Estamparia, as moradoras vada, o poder público e a socieda- de civil. Foi instituído em 2011 pe- Além dos jogos esportivos, o ar- produzem diferentes peças em la Fibria, com a ideia de alavancar um processo de diálogo social, de- tesanato capixaba esteve em evi- materiais como biscuit, papel mar- senvolvimento integrado e parti- cipativo. dência também na 27ª edição da chê, bordado, crochê, pintura, cos- “A proposta do movimento é OFICINA DE ROBÓTICA faz parte das atividades do Projeto Saber Viver Craft Design, em agosto. O evento, tura e também arte em conchas e contribuir para promover o diálo- go, dando autonomia para os par- realizado em São Paulo, é uma das estamparia. ticipantes atuarem em ações que incentivem o desenvolvimento da SAIBA MAIS FIBRIA comunidade”, explica a consultora de Sustentabilidade da Fibria, Projeto Saber Viver ARTESÃS Sandra Martins de Oliveira. PRODUZEM Atendimento a crianças e Empresas e instituições peças adolescentes participantes utilizando diferentes > 230 participantes > FIBRIA, Portocel, Evonik, EDP, técnicas > OFICINAS DE ROBÓTICA, futebol so- Expresso Nepomuceno, Sindus manuais, como Andtritz, Contrex, Instituto Julio bordado, çaite, violão, percussão, caratê, biju- Simões, Imetame, Instituto crochê, pintura teria, pintura e capoeira Preservarte, Instituto Cenibra, e costura > APOIO DO CENTRO DE REFERÊNCIA e Expresso Nepomuceno e Assistência Social (Cras) de Barra Prefeitura Municipal de Aracruz. do Riacho
6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 Especial Parceria com a Ufes Estudos fortalece pesquisa capixaba contribuem para aprimorar UFES cultivo Fibria apoia A Ufes mantém no Centro de universidade na Ciências Agrárias e Engenharias formação acadêmica (CCAE) laboratórios vinculados e contribui para ao desenvolvimento tecnológico a geração de da madeira, onde são desenvolvi- conhecimento das pesquisas em parceria com a Fibria, envolvendo atividades re- Uma parceria tecnológica A UNIVERSIDADE mantém nove laboratórios vinculados ao NÚMEROS lacionadas à colheita florestal, er- que já existe há 12 anos en- desenvolvimento tecnológico da madeira, nos quais são realizadas gonomia, logística florestal, mane- tre a Universidade Federal pesquisas em parceria com a Fibria Resultado da jo, ecofisiologia vegetal e adminis- do Espírito Santo (Ufes) e a Fibria parceria Fibria-Ufes tração florestal, dentre outras. vem contribuindo para fortalecer com a formação acadêmica dos financeiros oriundos desse convê- a pesquisa, o desenvolvimento tec- alunos e com o desenvolvimento nio também permitiram melho- 12 anos de convênio O modelo de parceria fortalece nológico da empresa e a formação da ciência e da tecnologia florestal rias na estrutura física da institui- ambas as partes, contribuindo pa- acadêmica dos alunos da institui- no Espírito Santo”. ção de ensino, entre elas a transfe- R$ 1,5 milhão repassados ra o desenvolvimento de estudos ção de ensino. rência de material botânico e de científicos de alta tecnologia e O modelo de parceria entre a Fi- recursos da Fibria para constru- pela Fibria à Ufes complexidade. A parceria envolve o Centro de bria e a Ufes favorece o desenvol- ção do único herbário do sul do Ciências Agrárias e Engenharias vimento tecnológico da empresa Espírito Santo, totalmente digita- 21 projetos de pesquisa Para a Fibria, parcerias com (CCAE/Ufes), em Jerônimo Mon- e, ao mesmo tempo, apoia o desen- lizado e disponível para a comuni- instituições de ensino são im- teiro, e desde que foi iniciada, já volvimento de atividades de pes- dade científica pela internet. desenvolvidos portantes para buscar novas tec- resultou em repasses de quase R$ quisa da universidade. Os repasses nologias e alternativas para tor- 1,5 milhão por parte da Fibria. A 36 dissertações sobre temas nar as florestas mais resistentes parceria foi renovada e outros R$ a situações desafiadoras, como o 250 mil serão repassados pela em- ligados ao setor florestal surgimento de novas pragas e presa nos próximos dois anos. doenças, as mudanças climáticas 59 bolsas de pesquisa e o déficit hídrico. Os recursos são aplicados em bolsas de estudo e em projetos concedidas a estudantes A parceria com a Ufes já resul- científicos que contribuem para tou em vários trabalhos com enfo- impulsionar o setor de florestas que no setor florestal. O gerente de plantadas. Também são importan- Manejo Florestal e Recursos Na- tes para fortalecer o conhecimen- turais da Fibria, Robert Sartório, to acadêmico nos cursos de gra- cita como exemplo o desenvolvi- duação em Engenharia Florestal e mento de um sistema de controle Engenharia Industrial Madeireira, de incêndios florestais baseado no e o curso de pós-graduação em uso de substâncias que retardam o Ciências Florestais. fogo. “A solução contribui para mi- nimizar os danos dos incêndios O diretor de Tecnologia e Inova- nos plantios florestais”, disse ele. ção da Fibria, Fernando Bertoluc- ci, disse que o convênio contribui “A parceria para a incorporação de novas tec- contribui para nologias ao processo produtivo florestal da empresa. “A parceria fortalecer as atividades viabilizou a realização de diversas pesquisas científicas, colaborando de pesquisa e pós- graduação, e na formação de mestres e ”doutores Reinaldo Centoducatte, reitor da Ufes SANDRA COLA/P6 Qualificação para jovens ingressarem no mercado Morador da comunidade de “Jeberson participou do curso Essa Santana, em Conceição da Barra, oportunidade no Norte do Estado, o jovem Je- de operador de máquina florestal, mudou a minha vida. berson Malvino Cocco sempre oferecido pela Fibria em parceria Até já pude comprar viu de perto a operação de colhei- com o Serviço Nacional de ta de eucalipto na região, mas não Aprendizagem Industrial (Senai) imaginava que um dia pudesse es- de São Mateus. Jeberson fez o tar no comando de uma das má- curso em 2012 e foi contratado casa própria para minha quinas que colhem as árvores. em 2013. ”família Depois de se inscrever em um “Essa oportunidade mudou a processo de seleção para fazer minha vida. Antes eu não tinha Jeberson Malvino Cocco, operador de um curso de operador de máqui- trabalho fixo e vivia de fazer bi- máquina florestal na florestal, Jeberson foi selecio- cos, mas, depois que fui contrata- nado, fez o treinamento e foi con- tratado pela Fibria. do pela Fibria, tudo mudou. Te- Hoje ele faz parte da equipe de nho vida digna e até já pude com- quina foi uma iniciativa da em- operadores de máquinas florestais da empresa e comanda o Harves- prar casa própria para minha fa- presa para inserir jovens da co- EX-ALUNO, Jeberson comanda equipamento que colhe o eucalipto ter, equipamento que colhe o eu- calipto, processa e corta o tronco mília”, diz ele, que tem esposa e munidade no negócio florestal. em partes menores, deixando-o pronto para ser transportado até a dois filhos. Além do Senai de São Mateus, a indústria de celulose, em Aracruz. parceria também envolve o Senai tipo de qualificação. ções parceiras de acordo com a O gerente de Desenvolvimento realidade da Fibria, e contribuem COMUNIDADE de Aracruz. A Fibria já contratou para melhorar a empregabilida- Humano e Organizacional da Fi- de dos jovens das comunidades, A localidade de Santana, onde 14 profissionais que passaram pe- bria, José Alexandre Monteiro além de atender demandas de dos Santos, explica que os cursos contratação da empresa. Jeberson reside, fica situada em los cursos e outras empresas do são desenhados pelas institui- área vizinha às operações da Fi- setor florestal também costumam bria e o curso de operador de má- admitir trabalhadores com esse
7VITÓRIA, ES, DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 ATRIBUNA Especial FOTOS: SAGRILO A EMPRESA INICIOU a produção de celulose no Espírito Santo em 1978, produzindo 400 mil toneladas de celulose de eucalipto por ano Marca inédita no mundo SAIBA MAIS obtida no Espírito Santo Curiosidades > SE ENFILEIRADOS, os fardos de celu- lose equivalentes a 50 milhões de to- neladas produzidas pela Fibria seriam suficientes para dar quatro voltas e meia na circunferência da Terra. > AS FOLHAS de celulose produzidas, se colocadas lado a lado, seriam su- ficientes para percorrer 180 vezes a distância da Terra à Lua. A unidade da Fibria em Aracruz é a primeira Stora Enso. indústria de celulose no mundo a alcançar a Para o diretor Industrial da Fi- marca de 50 milhões de toneladas de celulose bria, Paulo Silveira, a marca inédi- O dia 11 de dezembro foi his- sa liderança”, disse o presidente da ta alcançada reflete uma história 2,3 MILHÕES de toneladas de celulose por ano são produzidas em Aracruz tórico para a unidade indus- Fibria, Marcelo Castelli. de pioneirismo. “A empresa sem- trial da Fibria localizada em pre esteve na vanguarda do setor, Aracruz (ES): a empresa alcançou A empresa iniciou a produção de buscando a melhor maneira de a marca de 50 milhões de tonela- celulose no Espírito Santo em 1978, produzir com excelência, equilí- das de celulose produzidas, tor- com a fábrica A, então projetada brio ambiental e social”, afirma. nando-se a primeira indústria do para produzir 400 mil tonela- setor no mundo a alcançar esse pa- das/ano de celulose de eucalipto. Já o gerente geral industrial da tamar. A Fibria é líder mundial na Desde então, o complexo industrial Fibria Unidade Aracruz, Marcelo produção de celulose de eucalipto. da empresa ganhou duas outras fá- de Oliveira, destaca que a marca de bricas (a fábrica B e a fábrica C) e 50 milhões de toneladas produzi- “Esse é um marco de excelência hoje tem capacidade para produzir das é referência no Brasil e no ex- na nossa história, conquistado 2,3 milhões de toneladas/ano, con- terior. “A Fibria é reconhecida pela com o esforço e a dedicação de centrando 44% da capacidade de qualidade de seu produto e pela nossa equipe, de parceiros e de produção da empresa. competência na gestão de proces- fornecedores. Somos gratos ao tra- sos. Estamos felizes e já buscamos balho de todo esse time, que nos A Fibria também tem fábricas o próximo desafio. Continuare- enche de orgulho e nos motiva a em Jacareí (SP) e em Três Lagoas mos a trabalhar focados, com se- seguir em frente, mantendo a nos- (MS). Em Eunápolis (BA), man- gurança, procurando sempre solu- tém a Veracel em parceria com a ções para maior eficiência de nos- sas operações”, diz Oliveira. Bichos à solta entre eucaliptos e nativas FIBRIA Os animais vistos na natureza ge- mamíferos. SAIBA MAIS ralmente estão em locais que ofere- O modelo de cultivo praticado Espécies regis- tradas nas áreas cem as condições necessárias para pela Fibria é o de mosaicos, que in- da Fibria (até dez/2015): que sobrevivam. Nos últimos me- tercala o plantio de eucalipto com 700 aves ses, equipes que atuam em ativida- áreas de preservação, a fim de faci- 132 mamíferos 86 peixes des de campo nas áreas florestais litar o deslocamento das diversas 78 répteis 75 anfíbios da Fibria avistaram ao menos duas espécies e oferecer condições ne- 26 crustáceos vezes exemplares do bicho-pregui- cessárias à sua manutenção e re- ça da espécie Bradypus variegatus produção. em meio a plantios de eucalipto da A Fibria também mantém uma empresa, no norte do Espírito San- Microbacia Hidrográfica Experi- to. A presença deste e de outros ani- mental, numa área de 220 hecta- mais atesta que o modelo de mane- res, localizada nas proximidades jo de plantios da Fibria favorece a da unidade industrial da empresa, conservação da biodiversidade. em Aracruz. Nessa área, foram O bicho-preguiça é apenas um instalados equipamentos que mo- exemplo, mas a Fibria faz monito- nitoram a interação do eucalipto ramentos constantes sobre a bio- com o solo, a água, o ar, a fauna e a diversidade em suas áreas, a fim de flora. O objetivo é verificar a inte- melhorar o seu manejo florestal e ração do manejo florestal da em- minimizar eventuais impactos das presa com o meio ambiente e, se atividades que desenvolve. Os mo- necessário, testar novas práticas nitoramentos envolvem as plantas para tornar os plantios cada vez PREGUIÇA E AVES de várias espécies vivem entre eucaliptos e áreas de preservação e os animais, aí incluídos aves e mais sustentáveis.
8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016 Especial Comunidades praticam OS NÚMEROS NO ES agricultura sustentável 25 associações de agricultores 589 famílias participantes Arte: André Felix Como é o sistema Agricultores usam técnicas de agroecologia Comunidades rurais do Espí- 1 ORGANIZAÇÃO DE 2 DIAGNÓSTICO 3 PLANO DE 4 ASSISTÊNCIA rito Santo que participam AGRICULTORES É feito um diagnóstico partici- TRANSIÇÃO TÉCNICA do Programa de Desenvol- pativo, no qual são considerados al- vimento Rural Territorial (PDRT), As famílias se organizam em associa- guns aspectos para formalizar a par- Em seguida, é elaborado um Plano de Então, o trabalho começa a ser de- iniciativa da Fibria que busca for- ções e solicitam participar do Progra- ceria, tais como histórico, potenciali- Transição Agroecológica (PTA) para senvolvido com acompanhamento talecer a agricultura familiar, vêm ma de Desenvolvimento Rural Territo- dades e limitações da comunidade. as famílias e para as associações, ini- técnico e as atividades do Programa adotando técnicas diferenciadas, rial (PDRT), desenvolvido pela Fibria. cialmente com alcance de cinco anos. de Formação Continuada. buscando produzir de forma sus- tentável. Com o apoio da empresa, os agricultores familiares recebem orientação sobre a adoção de téc- nicas de agroecologia em suas pro- priedades. A agroecologia pressupõe a adoção de técnicas mais na- turais envolvendo iniciativas que favorecem a preservação do meio ambiente. PAIOL DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA COBERTURA DO SOLO SEMENTES Os agricultores são orientados a cons- Ao preparar a roça, recomenda-se Formar bancos de sementes truir cisternas e caixas secas para ar- que o solo seja coberto de palhada crioulas – aquelas sucessiva- mazenar água coletada dos telhados para evitar a erosão e a evaporação mente cultivadas no próprio ou de outras fontes distantes das rápida da água. local - é uma estratégia por- áreas de plantio. que elas guardam em seus BIOFERTILIZANTE genes a memória das carac- terísticas do solo, do clima, As propriedades também têm da região e dos cuidados re- espaço destinado à criação de cebidos. Isso permite reduzir galinhas e porcos para a pro- o uso de insumos externos. dução de esterco (biofertili- zante). SUSTENTABILIDADE PRESERVAÇÃO DE NASCENTES E Ao aderir ao programa, o agricul- ÁREAS VERDES tor prepara sua propriedade para que a produção seja feita de ma- O sistema adotado ainda prevê neira sustentável, com melhor aproveitamento dos espaços e re- que o ambiente de Áreas de cursos naturais, garantindo a preservação do meio ambiente. Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais se- jam protegidos. Merenda, supermercados, feiras e quitandas AGRICULTORES produzem com COMERCIALIZAÇÃO mentais, como o que determina a prefeituras permercados, quilões e quitandas. Outra re- técnicas que preservam a natureza e Estado a compra de parte de produtos da comendação é a formação de estoques de Em relação aos alimentos, a primeira produ- merenda escolar de pequenos agricultores. sementes, que também podem ser comercia- ção é para garantir a segurança alimentar lizadas entre os grupos de famílias e asso- das famílias. Depois, o acesso a mercados Além disso, as famílias são estimuladas a ciações. tem se dado por meio de programas governa- trabalhar em feiras locais, vender para su-
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