LITERACY AND NATURE PORTUGUESE ACTIVITY– Literacy, Literature, Art and Nature
Since antiquity, literature in all its genres has inspired painters to pick up the brush and retell a story with lines and colours. Nature has played a important role providing both the scenery or becoming the main subject of great works of art.
OBJECTIVES ►Develop student’s reading skills ►Develop a taste for reading poetry ►Extend students’ vocabulary ►Develop student’s creativity through painting and drawing
►Develop painting and drawing techniques ►Recognize the importance of Nature ►Raise students’ awareness of different forms of literacy, in this case, literature and art.
Tools The poems selected portray nature: - simplicity - constant change (cycles) - beauty - reflection of human feelings like:
Texts and Authors
O céu, a terra, o vento sossegado… As ondas, que se estendem pela areia… Os peixes, que no mar o sono enfreia… O nocturno silêncio repousado… O pescador Aónio, que, deitado Onde co vento a água se meneia, Chorando, o nome amado em vão nomeia, Que não pode ser mais que nomeado: Luís Vaz de Camões (1524?-1580) – Ondas – dezia – antes que Amor me mate, Tornai-me a minha Ninfa, que tão cedo Verdes são os campos, Me fizestes à morte estar sujeita. De cor de limão: Assim são os olhos Ninguém lhe fala; o mar de longe bate; Do meu coração. Move-se brandamente o arvoredo; Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.
A planície é um brasido... e, torturadas, Florbela Espanca As árvores sangrentas, revoltadas, (1894-1930) Gritam a Deus a bênção duma fonte! A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte! -Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa! -Árvores! Não choreis! Olhai e vede: Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água!
Fernando Pessoa (1888-1935) H! QUEREM uma luz melhor que a do Sol! Querem prados mais verdes do que estes! Querem flores mais belas do que estas que vejo! A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me Alberto Caeiro (Heteronymous of Fernando Pessoa)
António Gedeão (1906-1997) “As árvores crescem sós. E a sós florescem. Começam por ser nada. Pouco a pouco Se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo. Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos E deles nascem folhas e as folhas multiplicam-se. Depois por entre as folhas, vão-se esboçando as flores, E então crescem as flores e as flores produzem frutos, E os frutos dão sementes, E as sementes preparam novas árvores. (...) Solitárias, as árvores, Exauram terra e sol silenciosamente. Não pensam, não suspiram, não se queixam. Estendem os braços como se implorassem; Com o vento soltam ais como se suspirassem; E gemem, mas a queixa não é sua.”
Há jardins invadidos de luar Que vibram no silencia como liras Segura o teu amor entre os teus dedos Neste jardim de Abril em que respiras A vida não virá – as tuas mãos Não podem colher noutras a doçura Das flores baloiçando ao vento leve Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
Tools Each student chose the drawing/painting materials ●sheets of paper ●watercolours ●crayons ●colour pencils
Procedure ●step 1 - Students were given poems by different poets. ●step 2 - Students read and analysed the poems with the help of the teacher. ●step 3 - Students were asked to draw/paint the images inspired by the poems (full text or parts of the text).
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