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Responsabilidade Socioambiental

Published by confederal, 2015-09-30 09:03:13

Description: Responsabilidade Socioambiental

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Responsabilidadecom a sociedade e o meio ambiente

A energia que sai dos transformadores da Eletrobras Eletronuclear vai para residências, hospitais, escolas,indústrias e muito mais. Ela gera desenvolvimento para oBrasil e mais qualidade de vida para milhares de pessoasque vivem nas comunidades vizinhas da Central Nuclear.

Energia verde esustentabilidade Vantagens ambientais Grande parte da eletricidade gerada no Brasil tem origem hidráulica, mas, para se garantir o bom funcionamento do sistema elétrico nacional, é preciso que haja diversidade na sua composição. A eletricidade de origem térmica (nuclear, gás, óleo e carvão etc.) ajuda a controlar, com elevada segurança, o nível dos reservatórios de água que suprem as hidrelétricas. Usinas nucleares geram energia a partir do calor liberado pela fissão do núcleo do átomo do urânio enriquecido, mas com uma diferença: ao contrário das outras fontes térmicas, elas não produzem gases poluentes e causadores do efeito estufa. Usinas nucleares ocupam áreas relativamente pequenas (3,5km2, no caso de Angra do Reis), ficam próximas aos centros consumidores – evitando, portanto, perdas de energia em longas linhas de transmissão –, e se abastecem com urânio, minério abundante no Brasil. A construção da Central Nuclear de Angra permitiu que a flora da região fosse restaurada e se integrasse ao corredor verde das unidades de conservação ligadas ao Parque da Bocaína.

Monitoração ambiental



Mais de 30 anos de resultados positivos Para garantir que a operação da Central Nuclear de Angra seja segura e não traga impactos significativos ao meio ambiente, a Eletrobras Eletronuclear desenvolve um permanente e rigoroso programa de monitoração. Estetrabalho começou em 1978, quatro anos antes do início das atividades da primeira usina nuclear brasileira, quando foi criado o Laboratório de Monitoração Ambiental. A missão inicial do laboratório era realizar um vasto diagnóstico ambiental na área do entorno da futura central nuclear, incluindo a medição dos níveis de radioatividade naturalmente presentes no solo, nas frutas, nas partículas do ar, e na água do mar e da chuva, entre outras. Também foi feito um amplo levantamento da fauna e da flora existentes no local.

Programas desenvolvidos peloLaboratório de Monitoração Ambiental Programa de monitoração radiológico operacional Acompanha os níveis de radiação ambiental nas regiões próximas à Central Nuclear. Várias amostras de ambiente marinho e terrestre e de água de chuva, juntamente com partículas do ar - coletadas por filtros -, são recolhidas regularmente para que seja feita uma análise radiométrica. Os resultados são comparados com os do período pré- operacional e enviados para os órgãos reguladores.

Programa de monitoração da fauna e flora marinhas Avalia a influência das atividades da Central Nuclear sobre o ecossistema marinho do Saco Piraquara de Fora, por meio do monitoramento de diversos níveis da cadeia alimentar. Neste trabalho são acompanhados o plâncton (organismos com poder limitado de locomoção, que são transportados passivamente pelas correntes ou movimentos d’água), o bentos (organismos que vivem sobre ou dentro do substrato marinho) e o nécton (organismos que se locomovem ativamente na coluna d’água). A diversidade de espécies e a quantidade de organismos observados são registradas e comparadas com os dados obtidos nos anos anteriores e no período pré-operacional. Programa de monitoração e controle da qualidade das águasO objetivo é monitorar a qualidade das águas potáveis, industriais e salinasdas áreas de propriedade da EletrobrasEletronuclear ou daquelas que possam ser afetadas pela operação da Central Nuclear. O programa estabelece os pontos de monitoração, a frequência da coleta das amostras e as análises que devem ser realizadas, com seus respectivos limites, definidos pelas normas específicas vigentes.

Programa de medida de temperatura da água do mar A operação da Central Nuclear de Angra requer uma grande quantidade de água do mar para resfriar o vapor utilizado para movimentar as turbinas, que, por sua vez, movimentam o gerador elétrico. Essaágua é captada em frente às usinas e lançada no SacoPiraquara de Fora cerca de três a cinco graus acima da temperatura de entrada. O objetivo deste programa é realizar um mapeamento hidrotérmico, através da medição quinzenal da temperatura da água do mar, para verificar uma possível influência sobre as populações marinhas.

Resíduos sólidosA atitude sustentável também se estende ao gerenciamento dos demaisresíduos produzidos na Central Nuclear. Em 2011, a empresa produziucerca de 400 toneladas por ano de resíduos sólidos não radioativos, equase 100% desse material foram aproveitados ou comercializadospara reciclagem. Para administrar esse trabalho, foi criada, em 2004, aCentral de Armazenamento Temporário de Resíduos Industriais (Catri).Lá, trabalhadores separam os diversos tipos de resíduos recolhidos nasinstalações da empresa em Angra, armazenam e providenciam umdestino adequado para cada tipo de material como, por exemplo, óleolubrificante usado, lâmpadas fluorescentes, carvão ativado, pilhas, baterias,borra de solvente, restos de madeira e alumínio.Até mesmo o entulho da obra de Angra 3 é reaproveitado como aterropara o arruamento de áreas da própria empresa.

Controle total de todos Resíduos orgânicos os resíduos produzidos As áreas verdes da Central Nuclear e das vilas residenciais são responsáveis pela geração deResíduos radioativos outro tipo de resíduo. Todos os dias, um grandeNas usinas de Angra, os rejeitos são classificados volume de galhos, folhas e troncos resultante dapelo seu teor de radioatividade. Depois de poda de árvores e da conservação dos 672.450 m2coletados e separados, estes materiais sofrem dos jardins e canteiros é recolhido. Esse material –um processo de descontaminação para reduzir que seguia anteriormente para o aterro municipalesses níveis. Alguns materiais são triturados de Angra dos Reis – passou, desde 2005, a sere prensados, para ocupare menos espaço, e encaminhado à central de compostagem, situadaacondicionados em recipientes especiais até queseus níveis de radiação baixem e permitam um na Vila Residencial de Mambucaba.descarte adequado. Depois de triturado em máquinas especiais, ele é disposto em montes (leiras) até se transformar em adubo orgânico (húmus), que é distribuído gratuitamente aos moradores da região, às escolas e associações comunitárias.

Educação ambiental e preservação Educação ambiental e preservação Instaladas em torno da Mata Atlântica – o terceiro maior bioma brasileiro em extensão territorial –, as usinas nucleares de Angra dos Reis estão rodeadas por uma natureza rica em biodiversidade. Diante desse cenário, as trilhas ecológicas na área de propriedade da Eletrobras Eletronuclear buscam aproximar homem e natureza e promover uma conscientização sobre a importância do respeito ao meio ambiente.Trilha PorãInaugurada em 2005, esta trilha recebeu um nome de origem indígena que significa“aquilo que tem beleza”. A trilha recebe todos os anos a visita de milhares de estudantese é uma importante ferramenta de educação ambiental, recreação e pesquisa.

Sítio-Museu da Piraquara de Fora O Sítio-Museu é um local onde a Mata Atlântica praticamente mergulha dentro das águas verdes e transparentes do mar da Baía da Ribeira. Encravado numa pequena enseada, chamada Praia do Velho, osítio arqueológico é um encontro de diferentes fases de ocupação do homem na região Sul- Fluminense desde antes da chegada dos portugueses no Brasil. A Restinga de Mambucaba A restinga é um ecossistema próximo ao oceano e associado à Mata Atlântica. Os cordões arenosos que a caracterizam foram formados a partir das variações do nível do mar e com o material carregado das encostas pelas enxurradas e os rios. A Restinga de Mambucaba, localizada a quinze quilômetros da Central Nuclear e junto à foz do rio homônimo, foi recuperada pela empresa e, hoje, possui uma vegetação típica, composta por espécies como aroeira, feijão de porco e abricós.

Projeto de RepovoamentoMarinho da Baía da Ilha Grande

O Projeto de Repovoamento Marinho da Baía da Ilha Grande (Pomar), localizado em Angra dos Reis, produz em laboratório sementes de vieira, uma espécie de molusco nativo da costa brasileira. O Pomar foi criado em 1994 pelo Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (Ied- Big), com o apoio da Eletrobras Eletronuclear, com o intuito de preservar as vieiras, quase extintas por causa da pesca de arrastão. O Ied-Big doa a primeira carga de sementes aos maricultores da região e os capacita para o cultivo. Dessa forma, contribui para a qualidade de vida e a geração de renda dos pescadores, além de fomentar o cooperativismo na área de aquicultura (processo de produção de peixes e frutos do mar em cativeiro). Hoje, o Pomar é referência nacional na produção de vieiras e o único projeto no Brasil que produz esse molusco em escala industrial. Fazenda marinha na IlhaComprida, situada em frente à Central Nuclear de Angra.

SaúdeCompromisso com a qualidade de vida de quem mora próximo à Central NuclearSaúde é prioridade nos investimentos da Eletrobras Eletronuclear. O Hospital de Praia Brava,situado numa das vilas residenciais da empresa, é hoje uma das principais referênciasna região. Criado originalmente para atender apenas os funcionários da empresa,foi transformado em fundação em 1999. Desde então, atende a população da região,respondendo por quase 25% das internações do Sistema Único de Saúde (SUS) no municípiode Angra dos Reis. Em 2013, foram mais de 300 mil atendimentos, incluindo consultas,exames de imagem, de laboratório e atendimentos de emergência. Além disso, a Eletronucleartambém mantém convênios com prefeituras da Costa Verde para ampliar e melhorar a redepública de saúde. Em Angra, a Santa Casa e o novo hospital municipal na Japuíba receberamverbas para obras e compra de equipamentos. Uma UTI móvel, devidamente equipada, foidoada para o município de Rio Claro. O veículo permite a remoção de pacientes de localidadesdistantes, como Lídice e Passa Três, para o hospital municipal.



Qualidade também na educação Educação Um dos principais compromissos da Eletronuclear é com a qualidade do ensino nos colégios estaduais localizados nas vilas residenciais de Praia Brava e Mambucaba. Esse apoio representa um investimento de mais de 25 milhões de reais até 2015 e se traduz, entre outras coisas, em transporte gratuito, melhoria nas instalações e reforço escolar para os alunos que moram no entorno da Central Nuclear. Menos de6% dos mais de 2,5 mil alunos dos colégios das vilas são filhos de empregados da Eletronuclear.

O apoio da Eletrobras Eletronuclear permitiu que os colégiosestaduais Almirante Álvaro Alberto e Roberto Montenegrose destacassem seguidas vezes no Exame Nacional doEnsino Médio (Enem) e no Sistema de Avaliação do Estadodo Rio de Janeiro (Saerj).

Inclusão social Inclusão social é prioridadeAlinhada com as diretrizes do governo federal, a EletrobrasEletronuclear também investe em inclusão social. Garantir oportunidades de acesso aos moradores da Costa Verde é uma prioridade para a empresa, que participa ativamente dos programas Fome Zero e Luz para Todos. Um dos convênios mais importantes é o de alfabetização e qualificação profissional de jovens e adultos: o projeto Malê, conduzido pela ONG Semear. Até 2016, 1,8 mil pessoas devem participar da iniciativa, que tem diversas turmas em Paraty e Angra dos Reis. O curso tem duração de 11 meses, sendo oito, de alfabetização e três, de técnicas de artesanato utilizando materiais recicláveis.



Cultura epatrimônio histórico Preservar o patrimônio e incentivar a cultura local também são compromissos da Eletronuclear A empresa participa ativamente da reforma de prédios históricos, como o Convento do Carmo, em Angra dos Reis, e o antigo Paço Municipal de Paraty. Além disso, também reformou as casas de cultura de Rio Claro e a de Paraty e mantém espaços culturais próprios nos três municípios, capacitando e estimulando os artistas da região.

Segurança pública Segurança, cultura e transparência na comunicação Situada numa região caracterizada pela bela paisagem e, também, pelas fortes chuvas, a Eletrobras Eletronuclear investe constantemente no aparelhamento das instituições que atuam em situações de emergência. Convênios garantem melhores condições de trabalho para o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e as defesas civis do estado e dos municípios no entorno das usinas nucleares, dotando a região de uma estrutura de resposta a emergências, que é considerada uma das melhores do país. Seriedade na informação A Eletrobras Eletronuclear adota uma política transparente de esclarecimento para as comunidades vizinhas sobre o funcionamento das usinas nucleares. Por exemplo, no processo de licenciamento da construção de Angra 3, foram realizadas mais de 20 reuniões abertas em diferentes localidades e três grandes audiências públicas que reuniram centenas de pessoas para discutir sobre o empreendimento. Além disso, a empresa mantém centros de informação nos municípios de sua área de influência, que recebem milhares de visitantes todos os anos. No de Itaorna, situado junto à Central Nuclear, funciona o Serviço de Informações ao Cidadão, que atende à política de transparência pública determinada pelo governo federal.

As áreas da Central Nuclear, incluindo Piraquara de Fora e Praia Uma era de Brava, eram ocupadas por cerca de 60 famílias que viviam da recuperação pesca e da agricultura de subsistência. As principais culturas da 2009 região eram cana-de-açúcar, banana, milho, feijão e mandioca. Oplantio, principalmente o da banana, era feito no meio da floresta com a derrubada da vegetação nativa, provocando mudanças nos hábitos alimentares da fauna local. Na década de 1970, essas áreas foram desapropriadas pelo governo federal por questões de segurança e para a implantação da futura Central Nuclear. Esse processo de desapropriação permitiu que a cobertura florestal das áreas adjacentes ao complexo industrial se recuperasse ao longo dos anos. O resultado pode ser visto a seguir. 1970 Nesta vista aérea da Praia de Itaorna, antes da construçãoda Central Nuclear, é possível ver as casas dos antigos moradores e os morros sem cobertura florestal em função da utilização dessas áreas para a agricultura familiar. Já em 2009, muita coisa mudou. Podemos observar que a cobertura florestal nos morros recuperou-se ao longo dos anos. A estrada ao fundo é a antiga RJ-129, que ligava Angra dos Reis a Paraty e sucumbiu às chuvas.

Nesta foto, vemos a terraplenagem e o canteiro de obras 2011 da área, que já contava com seus primeiros habitantes.Do mesmo modo que na Praia de Itaorna, aqui tambémh avia moradores que praticavam a agricultura familiar. 1974 Em 2011, é possível notar que a Vila Residencial de Praia Brava está cercada pela floresta. A preservação destas áreas de propriedade da Eletronuclear, onde não existe nenhuma outra atividade econômica, permitiu que a natureza tivesse o tempo e as condições necessárias para recompor a cobertura florestal, que hoje se integra com a do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Na comparação entre estas imagens de 1974 e 2011, fica evidente a retomada do crescimento da vegetação no entorno da Vila Residencial de Praia Brava.