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Atomo 118

Published by confederal, 2015-10-09 13:55:03

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A ENERGIA DA INFORMAÇÃOEletrobras Eletronuclear - Ano 12 - de Maio à Setembro de 2010 - Nº 118 Investindo no futuro A Eletrobras Eletronuclear já reaproveita quase 100% de seus resíduos sólidos

2 Editorial Novos temposPara melhor atender as necessidades de comunicação Uma publicação on line distribuída para todos osda Eletronuclear, aferidas pela pesquisa de Clima Orga- colaboradores da empresa, reunindo as notícias maisnizacional realizada no primeiro semestre deste ano, o importantes da semana na Eletronuclear, enquetesÁtomo está diversificando suas plataformas e ampliando e outras novidades. A edição impressa do Átomoseu perfil editorial. Os novos desafios da empresa com a circulará bimestralmente com a análise dos fatos maisconstrução de Angra 3, a seleção de possíveis sítios para importantes do período e reportagens mais densas comoa construção de novas centrais nucleares, o aumento do a que ilustra a capa desta edição, sobre a destinação dosnúmero de empregados e a integração com o Sistema resíduos sólidos da Central Nuclear.Eletrobras exigem uma comunicação interna mais ágil, Mas você, caro leitor, continua sendo a razão maiorvibrante e diversificada. deste nosso trabalho. Envie suas opiniões, críticasO Átomo, a partir deste número, terá além da edição e sugestões de reportagens. Nosso e-mail continua oimpressa e sua versão eletrônica na internet, um novo mesmo: á[email protected]: o Átomo Expresso. O Editorem números Setembro, Outubro e Novembro/2010Geração de Energia (em MWh)Angra 1 Angra 2 Total Angra 1 Angra 2 Total(Jan-Dez/09) (Jan-Dez/09) (Jan-Dez/09) (Jan-Set/10) (Jan-Set/10) (Jan-Set/10)2.821.494,710 10.153.593,490 12.975.088,200 3.182.489,680 8.510.412,830 11.692.902,510Visitantes nos Centros de Informações Angra Itaorna Site(Jan-Dez/09) (Jan-Set/10) (Jan-Dez/09) (Jan-Set/10) (Jan-Dez/09) (Jan-Set/10)7.237 1.808 19.464 3.190 341.754 120.662Patrocínios da Eletrobras EletronuclearEventosExposição Energia Nuclear V Semana Cultural Maestro Galloway FEIMMERJ 2010III Feira de Resp Social Bacia de Campos XXXI Regata do Colégio Naval Sustentável 2010IAEE’S Rio 2010 International Conference Programa de Artesanato 2010 3º Seminário História & EnergiaLAS/ANS Symposium Atelier de Preparação de Atores 6º Paraty em FocoCONAEND & IEV 2010 Projeto Fotógrafo Cidadão Premiação Top AmbientalFLIP 2010 XV Congresso Brasileiro de Física Médicaexpediente A Eletronuclear respeita o meioÁtomo é uma publicação mensal da Eletronuclear – Eletrobras Termonuclear S.A. – Rua da Candelária 65 – Centro ambiente. PapelRio de Janeiro . Conselho Editorial: Coordenação de Comunicação e Segurança (C.S.P). Apoio: Assessoria de Imp- 100% recicladorensa (PPAS). Editor e Jornalista responsável: Marco Antonio Alves (MTPS 17.756) – Tel.: 21 2588-7650. Jornalista:Juliana de Rezende (MTPS 24.721) – Tel.:21 2588-7665. Estagiários: Viviane Oliveira, Rodrigo Batista. Coordenaçãoeditorial: Blitz Design. Projeto Gráfico: Renata Maneschy . Diagramação: Felipe de Botton. Ilustração Paulo César.Capa: Fotografia de Niels Sörensen . Fotografia. Acervo Eletronuclear, Amâncio, José Carlos Costa. Versão Digital:Antonio Rodrigues. Gráfica: Ultraset. Tiragem: 4.500 exemplares.A publicação é destinada aos colaboradores da Eletronuclear e familiares. E-mail: á[email protected]

3Angra 2 completa 10 anos Operação de operação, destacando-se entre as melhores usinas do mundoN o dia 14 de Julho de operação no mundo, segundo a publicação americana Nucleonics Week. 2000, Angra 2 atingiu sua Comparando-se os indicadores de desempenho - utilizados pela World primeira criticalidade, ou Association of Nuclear Operators (WANO) - Angra 2 ocuparia a 21ª seja, a primeira reação em posição entre as 50 melhores usinas dos EUA. cadeia autossustentada do reator nuclear. Uma semana depois, “O excelente desempenho de Angra 2 nesses 10 anos pode ser atribuído, no dia 21, a usina foi sincronizada principalmente, ao trabalho em equipe, ao comprometimento dos ao Sistema Interligado Nacional, empregados, ao planejamento e aos investimentos feitos em equipamentos embora sua operação comercial só e à experiência operacional adquirida”, explica Antonio Carlos Mazzaro, fosse autorizada alguns meses mais superintendente da usina. tarde, em fevereiro de 2001. Nestes 10 anos de operação, Angra 2 produziu aproximadamente 94 mi- lhões de MWh - energia suficiente para abastecer as cidades do Rio de Janeiro e Brasília juntas por um período de cinco anos, ou a de São Paulo por quatro anos.Desde então, Angra 2 vem apre-sentando indicadores de desem-penho que a colocam entre asmelhores usinas com reator PWR(água pressurizada), o mais utilizadono mundo. Em 2009, Angra 2 teveuma performance de destaque, ocu-pando o 33º lugar em volume deprodução entre as 436 usinas emprêmioEletrobras Eletronuclear recebeprêmio Sustentabilidade 2010 da ACRJ• O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, recebeu no dia 08 de Outubro de 2010 o prêmioSustentabilidade 2010 da Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ. A premiação avaliou, entre asempresas concorrentes, aquela cujo relatório de atividades na área socioambiental apontava as melhores ações.O Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Luiz Edmundo Horta Barbosa da C. Leite,presente à solenidade como representante do governador, parabenizou a escolha da empresa eleita e afirmouainda que “a energia nuclear é a energia do futuro. É uma energia firme, segura, competente”.

Perspectivas4 Acordos técnicos viabilizam o estudo de sítios para novas centrais A Eletrobras Eletronuclear AEPE e a Eletronuclear assinaram, no dia 11 de agosto, umAcordo de Cooperação assina Acordo de Coope- Técnica para o desenvolvimento de estudos preliminares de seleção de sítios ração Técnica com a Empresa para a instalação de usinas nucleares de geração de energia elétrica. O trabalho de Planejamento Energético complementará um primeiro estudo de seleção de áreas feito pela Eletronuclear, - EPE - para a realização de exclusivamente na região Nordeste. Os levantamentos estarão centrados em estudos para a seleção de áreas que poderão receber as novas usinas nucleares nas regiões Sudeste, Sul sítios nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. Os estados pesquisados serão Espírito Santo, Minas e Centro-Oeste. Outro acordo Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do assinado com a Secretaria Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. Outras unidades da federação poderão ser de Assuntos Estratégicos abarcadas posteriormente no estudo. A necessidade de expansão do parque de da Presidência da República geração nuclear brasileiro nas próximas décadas foi apontada em 2007 no Plano prevê o estudo das regiões Nacional de Energia – PNE 2030, elaborado pela EPE. Norte e Nordeste. Segundo Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, a parceria com a Eletrobras Eletronuclear será muito importante para a execução dos estudos de planejamento da EPE relacionados à expansão da geração nuclear no país. “Devido à expertise

5nucleares no Brasil Perspectivasno que se refere às questões ligadas à energia nuclear, a Norte e NordesteEletronuclear muito auxiliará a elaboração dos estudos deplanejamento energético da EPE”, disse ele. Já Othon Luiz, • A Eletronuclear e a Secretaria de Assuntospresidente da Eletronuclear, ressaltou a importância do Estratégicos da Presidência da República - SAE/PRplanejamento de longo prazo, requisito para a construção de assinaram no último dia 27 de agosto, na sede dausinas, estar diretamente ligado ao planejamento do país. empresa, um Termo de Cooperação para iniciar um estudo que irá selecionar possíveis sítios nuclearesOs estudos utilizarão preferencialmente bases de dados nas regiões Norte e Nordeste, complementando umpúblicos de fácil obtenção, como as do Ministério do Meio estudo feito anteriormente pela Eletronuclear noAmbiente, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística litoral de Recife a Salvador e no Vale dos Grandes– IBGE, daAgência Nacional de Energia Elétrica –ANEEL, Rios que desembocam nesta faixa.da Agência Nacional de Águas – ANA, entre outras. Comocomplementação dos dados básicos, serão adquiridas pela O ministro chefe da Secretaria de AssuntosEPE imagens detalhadas dos sítios a serem escolhidos. O Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães Neto,valor total do Acordo é de pouco mais de R$ 3,3 milhões e e o presidente da Eletronuclear, Othon Luizo prazo de vigência de 24 meses. Pinheiro da Silva, destacaram na ocasião que, em um prazo de quatro meses, serão selecionadas áreas candidatas e sítios potenciais nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí. Serão utilizados nos estudos, bases de dados públicos de entidades como IBGE, ANEEL, ANA, MMA, além da própria Eletronuclear.A assinatura do Acordo deCooperação Técnica contoucom as presenças dospresidentes da EPE, MauricioTolmasquim; e da EletrobrasEletronuclear, Othon LuizPinheiro da Silva. Participaramainda da cerimônia o diretorde Estudos Econômico-Energéticos e Ambientaisda EPE, Amilcar Guerreiro;e os diretores da EletrobrasEletronuclear: Luiz Soares(Técnico), Persio Jordani(Planejamento, Gestão e MeioAmbiente), Edno Negrini(Administração e Finanças) eSérgio Russ (representantedo diretor de Operação eComercialização).

Compromisso Ambiental6 Resíduos sólidos Uma questão de atitude Segundo a Secretaria Esta- O Brasil está avançando na questão do tratamento do seu lixo. No último dia 2 dual de Meio Ambiente de agosto, o presidente Lula sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos de São Paulo, os números que, após tramitar por mais de duas décadas no Congresso Nacional, cria novas sobre o lixo no mundo responsabilidades para a sociedade, a iniciativa privada e o poder público são assustadores. Entre li- na gestão dos resíduos. A nova política determina uma série de princípios, xo domiciliar e comercial, objetivos e diretrizes para o manejo dos resíduos sólidos, classificando o que são produzidas, por dia, 2 deve ser reaproveitado ou reciclado. milhões de toneladas. O Brasil produz de 125 a 130 Dentre as principais novidades da nova política está a proibição dos lixões. mil toneladas/dia, ou seja, Os resíduos que não puderem ser reaproveitados ou reciclados terão que ir 45 milhões de toneladas por para aterros sanitários, perfeitamente adequados. Cabe aos governos federal, ano. O país, que concentra estaduais e municipais a criação de metas e programas para lidar com estes 3% da população mundial, resíduos, além de promover uma coleta seletiva. O poder público deverá é responsável por 6,5% da também incentivar e financiar associações e cooperativas de catadores de lixo produção de lixo no mundo. e de reciclagem; para isso, será obrigatório o uso de materiais recicláveis e Deste total, apenas 11% tem reutilizáveis na confecção de produtos em território nacional. uma destinação adequada. A sociedade, por sua vez, ficará responsável por separar de forma seletiva o seu lixo para a coleta, além de estar proibida de descartar seus resíduos no meio ambiente. Já os fabricantes, importadores e distribuidores deverão criar mecanismos de coleta de embalagens e produtos como pneus, baterias, eletroeletrônicos, entre outros, de modo que estes retornem para a empresa de origem e tenham um destino correto. Por fim, a nova política prevê ainda a utilização do lixo, sempre que possível, na geração de energia, respeitando as regras de baixa emissão de gases tóxicos.

7Equipe de apoio do Catri e Flávia Compromisso AmbientalEsteves, responsável pelos tratamentosaos resíduos sólidos não radioativos.A Eletrobras Eletronuclear e a Política Nacional de Resíduos SólidosN a Eletronuclear, a atitude sustentável precedeu a criação da nova Outros resíduos, como solventes, política. Hoje, a empresa produz cerca de 400 toneladas por ano borras de tinta, resinas de troca de resíduos sólidos não radioativos e quase 100% desse material é iônica, carvão ativado e placas de reaproveitado ou comercializado para reciclagem. isolamento térmico são aproveitados na indústria de cimento. Os materiais Para administrar esse trabalho na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que têm poder calorífico (por conter foi criada há seis anos a Central de Armazenamento Temporário de Resíduos carbono) são triturados e misturados Industriais (Catri) que, hoje, conta com nove trabalhadores, sete deles da formando um composto que alimenta empresa Fiança contratada para a execução deste serviço. Lá, eles separam os os fornos no qual é produzido o diversos tipos de resíduos recolhidos na CNAAA, armazenam e providenciam cimento; já os que possuem outros um destino adequado para cada tipo de material como, por exemplo, óleo componentes, como cálcio e ferro, lubrificante usado, lâmpadas fluorescentes, carvão ativado, pilhas, baterias, são incorporados ao calcário e a borras de solvente, restos de madeira, alumínio, entre outros materiais. argila do próprio cimento. Em 2009, foram geradas 971,24 toneladas de resíduos na CNAAA, sendo 87% O entulho gerado na Central, prin- encaminhados para reciclagem e outros 9% utilizados em outros processos. cipalmente na obra de Angra 3, Flávia Cruz Esteves, funcionária da DMAS.O, engenheira e coordenadora do é utilizado como aterro para o Catri, explica que cada tipo de material requer um tratamento específico: “As arruamento de áreas da própria pilhas e baterias seguem para uma empresa em Suzano, São Paulo, que recupera empresa. Os recicláveis coletados nas os sais metálicos para usá-los como pigmento em tintas e corantes industriais. As Vilas Residenciais são enviados para lâmpadas fluorescentes vão para a empresa Brasil Recicle, onde passam por um uma área própria na Vila Operária processo de descontaminação. Durante o processo de corte das lâmpadas, o vapor onde são separados e preparados do mercúrio é capturado e ocorre a retirada do pó do fósforo. O vidro pode ser para a venda pública. Outros tipos de usado em indústrias de cerâmica e artesanal, a poeira fosforosa para indústrias de resíduos da CNAAA, como sucata tinta e o mercúrio metálico em novas lâmpadas, termômetros e manômetros”. tecnológica; pneus; restos de ferro,

Compromisso Ambiental8 aço inox e alumínio, também são vendidos em leilões. No último leilão realizado, a empresa arrecadou cerca de R$ 500 mil na venda de 11 itens. “A Eletrobras Eletronuclear é a responsável legal por todos os resíduos que produz e acompanha através de relatórios mensais o destino correto de todo este material. Toda a movimentação é acompanhada pelo Instituto Estadual do Ambiente – Inea, através de um sistema on line de controle de resíduos, desde sua origem até sua destinação final”, explica Flávia Esteves. Os resíduos na sede Na sede da Eletronuclear, no Rio de Janeiro, também existe uma forte preocupação com o destino dos resíduos sólidos produzidos. “As pilhas e baterias recolhidas são encaminhadas para a Comlurb. As lâmpadas também são separadas e enviadas, juntamente com as lâmpadas do resto do condomínio, para o Instituto IDEA Cíclica. Papéis recolhidos nas caixas próximas às impressoras são enviados, quase que diariamente, para uma empresa de reciclagem”, explica Juarez da Silva Marmelo, supervisor de Administração Predial e Segurança.

9Grupo de apoio da Central O destino do óleo de cozinha Compromisso Ambientalde ArmazenamentoTemporário de Resíduos Além da coleta seletiva realizada as segundas, quartas e sextas, osIndustriais (Catri) separa e moradores das Vilas Residenciais já podem dar um destino adequadoarmazenam materiais para ao óleo de cozinha usado. A Eletronuclear, o jornal Folha do Litoral, dereciclagem. Paraty, e a empresa Disque Óleo vão disponibilizar, a partir de dezembro, diversos pontos de coleta nas Vilas.Central deCompostagem As estações de tratamento de esgoto não estão preparadas para receber a enorme quantidade de óleo de cozinha despejado pela população. ParaAs áreas verdes da Central nuclear se ter idéia, um litro de óleo contamina cerca de um milhão de litros dee das Vilas Residenciais são res- água. Isso acontece porque, apesar de o óleo vegetal não se misturar componsáveis por um outro tipo de a água, ele se dispersa sobre ela em uma camada muito fina prejudicandoresíduo. Todos os dias, um grande a transferência do oxigênio do ar. O despejo do óleo em lixões, ondevolume de galhos, folhas e troncos muitas vezes é enterrado com os demais resíduos, acaba por contaminarresultante da poda de árvores e o lençol freático.da conservação dos 672.450 m2dos jardins e canteiros é recolhido. Porém, este mesmo óleo vegetal, utilizado na preparação de alimentos,Todo esse material – que seguia pode se empregado como matéria-prima para diversas indústrias:anteriormente para o aterro municipal saboeiras, de detergentes, de ração animal, de biodiesel e de graxas. Masde Angra dos Reis – passou, desde para que as empresas recebam a matéria-prima reciclada, é necessário2005, a ser encaminhado à Central que o óleo seja descartado de forma adequada.de Compostagem situada na Vila deMambucaba. Depois de triturado O óleo usado dever ser guardado em uma garrafa PET e entregue numem máquinas especiais, o material dos postos de coleta abaixo: é disposto em montes até se Praia Brava transformar em adubo orgânico • Supermercado Supermarkt (húmus), que é distribuído • Clube Náutico de Praia Brava gratuitamente • Clube Recreativo de Praia Brava aos moradores • Colégio Estadual Roberto Montenegro da região. Em • Associação amigos 2009, foram pro- duzidos cerca Mambucaba de 650 m³ de • Colégio Estadual Almirante húmus, volume equivalente Álvaro Alberto ao de mais de • Restaurante Palestrão cem caminhões • Sorveteria Yopa do tipo bas- • Padaria culante. • Clube Campestre de Mambucaba Vila Operária • Portaria • Hospedagem III • Restaurante do Jarbas Consag • Portaria • Restaurante do Laércio

Tecnologia10 Robô brasileiro é destaque na Parada de A1 P arceria entre empresa e universidade traz bons resultados. Durante a parada 1P17 da Unidade 1 da Central Nuclear A presença de robôs industriais nas paradas para Almirante Álvaro Alberto, o Cand/PUC-RIO realizou a reabastecimento de combustível das usinas da Central inspeçãovisualremotadaspenetraçõesdeinstrumentação Nuclear Almirante Álvaro Alberto não é novidade. e crevices entre o tubo e as paredes do furo no fundo do Há vários anos que eles são utilizados para executar VPR, projeto realizado pela Westinghouse. serviços de inspeção e manutenção em áreas de difícil A inspeção foi realizada utilizando um veículo robotizado acesso e ambientes expostos à radiação, onde os seres teleoperado com o intuito de detectar e caracterizar humanos não conseguiriam trabalhar por muito tempo, evidências de vazamento de ácido bórico ou corrosões tais como: a limpeza de tubulações, a inspeção visual provenientes de vazamento do Primário. de componentes mecânicos, elétricos e dos elementos combustíveis dentro do reator e nas piscinas de armazenamento. Nesta última parada de Angra 1, em julho, utilizou- se pela primeira vez um robô totalmente nacional, desenvolvido pelo Centro de Avaliação Não Destrutiva (CAND), resultado de uma parceria, firmada em 2006, entre a Eletronuclear e o Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). “O Cand desenvolve projetos de robôs adequados ao uso em usinas nucleares, como o Veículo de Inspeção Visual Interna, conhecidos como Vivi, Magneto e o VPR, que foram utilizadosnainspeçãovisual do vaso de pressão Robô VPR testado na parada para fazer inspeções nas penetrações sob o vaso do reator de Angra 1.

11 Tecnologiado reator. Os dois possuem um Equipe da PUC-RJ responsável pelos projetos de robótica do Centro de Avaliaçãocomplexo sistema de transmissão Não-Destrutiva (CAND).de imagens, podendo, inclusive,carregar sensores de ultrassom, exigente no mundo técnico como o nuclear”, afirma o gerente de Desempenhomicroondas e termografia”, explica de Sistemas e de Reator de Angra 1, Helio Ricardo V. de Oliveira. “O uso doo representante da Eletronuclear no robô brasileiro significou uma economia de cerca de 1 milhão de euros, umaCand, João Gabriel Hargreaves. vez que este tipo de equipamento era alugado de empresas estrangeiras. Outro“O setor nuclear é muito exigente fator importante é que o uso dos robôs permite uma redução significativana construção e no uso de robôs. na dose coletiva de radiação recebida pelos trabalhadores durante a parada,Suas câmeras e componentes ele- fazendo com que Angra 1 se mantenha dentro dos padrões de excelênciatrônicos devem ser específicos para estabelecidos pela World Association of Nuclear Operators (WANO)”,atender a área nuclear, uma vez que conclui Helio Ricardo.a radiação interfere nos sistemaseletrônicos afetando a qualidade dasinformações colhidas. Por questõesdesta natureza, nem a aviação é tãoVersão final do ”A construção de robôs, como o utilizado para inspeção da superfície inferiorrobô Vivi que do vaso do reator na última parada de Angra 1, constituí um exemplo concretoserá utilizado nas dos bons resultados que podem ser obtidos na parceira entre a empresa e astubulações de universidades. É a inovação aliada a um uso prático, com grande economiaágua refrigerada. de recursos e mais segurança do trabalhador” – afirma Luiz Soares, diretor Técnico da Eletronuclear e Presidente do Conselho do Cand. Robô Magneto qualificado para ser usado na inspeção visual na tampa do vaso do reator.

Memória12 CTAS comemora 25 anos E mpregados do Centro de Treinamento Avançado com Simulador Sergio Gonçalves Mathias relembram os casos e personagens que fizeram parte desta história. Formar os operadores de sala somente dominar a parte operacional participaram, entre 1978 e 1982, de de controle das usinas nucleares de uma usina nuclear. É preciso saber todas as etapas do projeto, construção, brasileiras foi uma das primeiras trabalhar em equipe, conhecer bem teste e comissionamento do simulador preocupações dos responsáveis as técnicas de performance humana que, inicialmente, foi instalado na pelo Acordo Nuclear firmado entre e ter pleno domínio da comunicação, Alemanha. “A decisão de trazer o o Brasil e a Alemanha em 1975. A pois estas características fazem simulador para o solo brasileiro veio tarefa é muito mais complexa do parte do seu trabalho”, ensina Jorge em 1983, quando Furnas e a Nuclebras que se pode imaginar, exigindo-se, Francisco Marques, o mais experiente decidiram instalá-lo na Vila de em média, cinco anos de estudos instrutor de simulador do CTAS com Mambucaba. Foi no dia 16 de julho de teóricos e treinamento prático em 32 anos no setor nuclear. 1985 que o então ministro de Minas e simulador e na usina. Energia, Aureliano Chaves, finalmente Desde o final dos anos 70, as Empresas inaugurou o CTAS”, conta José Carlos Tanto esforço é justificado. Além Nucleares Brasileiras S.A. (Nuclebras) de Sousa Rodrigues, que trabalha no de assegurar a geração de energia iniciaram a preparação de duas equi- simulador há mais de 28 anos. elétrica, as atividades de um operador pes de especialistas para o projeto. de sala de controle estão diretamente A primeira cuidaria da operação e Em 2009, a Eletronuclear decidiu ligadas à segurança da usina, dos manutenção do simulador, enquanto homenagear o engenheiro Sergio empregados, da população e do meio que a segunda do treinamento dos Gonçalves Mathias, recém falecido, ambiente. “Um operador não precisa futuros operadores. Estas equipes agregando o seu nome ao CTAS.

13 MemóriaMathias supervisionou todo o processo do simulador 20 milhões de dólares, ultrapassando os 10 milhões deainda na Alemanha e foi chefe do Centro de Treinamento dólares gastos na aquisição do simulador”.durante os primeiros 12 anos de seu funcionamento noBrasil. Porém, mesmo em meio a tanto trabalho, nestes 25 anos, os empregados do CTAS puderam vivenciar muitas“Mathias era ótimo negociador e fazia com que fôssemos situações cômicas e inusitadas. “Nós tínhamos váriosreconhecidos dentro e fora do país, o que sempre fez com grupos de alemães treinando aqui. Como eles possuemque o CTAS fosse procurado para treinar operadores de uma cultura mais liberal, trocavam de roupa nas salasusinas estrangeiras como Alemanha, Suíça, Espanha, de aula e ficavam nus na praia de Mambucaba. O piorArgentina e de outras instituições nacionais como a é que a segurança da Vila vinha reclamar com a gente.Cnen, o Ipen e a Eletropaulo”, explica Urbano Cesar Nós procurávamos explicar a situação aos alemães, masMonteiro Gondar, engenheiro de software e hardware o grupo seguinte acabava fazendo a mesma coisa!”,que trabalha há 34 anos na empresa, sendo 25 anos lembra José Carlos.atuando no CTAS. Segundo Ilson Soares, chefe da Divisão de Treinamento,SegundoJorgeFranciscoMarques,“apesardeosimulador “o CTAS constitui um instrumento de vital importânciater sido adquirido para a formação e manutenção da para o treinamento dos nossos operadores. O êxito doscompetência dos operadores brasileiros, a receita obtida relevantes serviços prestados até hoje vem contribuindocom treinamentos a terceiros, desde 1985, é superior a para a manutenção do histórico de operação segura da Usina Angra 2”. Grupo de empregados em retreinamento no CTAS. O trabalho em equipe e a capacidade de tomar decisões em situações críticas são estimulados na formação prática dos operadores.

Integração Comunitária14 Ver para crer Empresa D esde o mês de maio, grupos organizados de moradores da região têm estimula visitado as instalações da Central Nuclear. O objetivo destas visitas visitas de é fortalecer a imagem da energia nuclear, esclarecer dúvidas sobre moradores a segurança das usinas e aumentar a conscientização sobre o Plano de da região Emergência. Todo este trabalho é organizado por uma Equipe de Comunicação a Central Social formada por especialistas de diversas organizações ligadas ao Plano. Nuclear. “Do grupo – que se reúne quinzenalmente -, fazem parte a própria Eletrobras Eletronuclear, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), a Prefeitura de Angra dos Reis e a Defesa Civil Estadual”, esclarece Marco Antonio Alves, coordenador da Equipe. As visitas acontecem duas vezes por mês, aos sábados, e sempre incluem uma das duas usinas. “Neste primeiro momento, a prioridade são as associações de moradores e os grupos de voluntários de Defesa Civil das áreas mais próximas à Central Nuclear. Nosso objetivo inicial é formar multiplicadores dentro destas comunidades e percebemos que a forma mais efetiva de convencimento seria através destas visitas. Temos feito diversas pesquisas para avaliar o entendimento e a opinião da população e percebemos que todo o trabalho de comunicação, por melhor que seja, sempre esbarra num limitador

15que é o preconceito contra a energia Estudantes aprofundam Integração Comunitárianuclear. Como todo preconceito, este seus conhecimentos sobretambém nem sempre está baseado Plano de Emergência, naem argumentos racionais. Então não Feira de Ação e Cidadania,basta apenas explicar, o morador tem em Angra dos Reis.que ver para crer”, explica Marco. Épor isso que cada visitante recebe, aofinal da visita, como testemunho dofato, uma fotografia do grupo tiradano interior da usina visitada.Além das visitas, a Equipe deComunicação também promove aparticipação destas organizações emeventos comunitários, como a Feirada Ação e Cidadania, promovidapela Secretaria de Ação Social daPrefeitura de Angra dos Reis, eencontros com a imprensa regional. entrevistaAne Rachel de Oliveira, presidente daFamar (Federação das Associações demoradores de Angra dos Reis)Qual era a imagem que a senhora tinha da Central Qual a sensação de estar tão perto da tecnologiaNuclear? nuclear?Muito negativa, achava tudo muito perigoso. As Sensação de ser pequenininha diante do tamanhoinformações que tínhamos antes eram muito complicadas. das máquinas que geram energia para nosso país. ÉNa visita pude ver tudo de perto. Agora entendo que a tecnologia de primeiro mundo e os profissionais sãousina não pode explodir como uma bomba nuclear e que muito capacitados. Mesmo comandado por máquinas,é muito, muito difícil acontecer um acidente sério. Tudo há muita segurança e responsabilidade por parte doslá é muito seguro. operadores. É um orgulho morar aqui perto.Qual a importância da visita para a sua comunidade?Antes não nos sentíamos seguros em morar perto da usina.Até um advogado - que participou da visita - não tinhanoção da segurança que existe ali. Agora sabemos ondeconseguir informação correta e podemos parar de venderuma imagem errada do lugar onde moramos. Agora, achoAngra dos Reis um lugar muito seguro para se morar.

16 fundamental que as futuras geraçõesAngra 3 Angra 3 não deixem de trilhar o caminho de acreditar e utilizar o potencial nacional na suplantação de obstáculos Contrato garante combustível ao nosso desenvolvimento. Somente inteiramente nacional com o domínio de tecnologia, principalmente com nossas próprias mãos e talentos, garantiremos o patamar necessário para a nossa plena autonomia e independência.” A Eletronuclear e a Indústrias Nucleares do Brasil – INB assinaram, no dia 17 de setembro, um contrato para o fornecimento de combustível nuclear para Angra 3 por um período de 30 anos. O documento assume um caráter histórico, uma vez que estabelece a obrigação, por parte da INB, de entregar um combustível 100% nacional a partir da segunda recarga de Angra 3. Isto significa que todas as etapas do processo (desde a mineração até a fabricação dos elementos combustíveis, passando pelo enriquecimento do urânio) deverão ser feitas no Brasil, colocando o país no restrito grupo de países capazes de realizar todas as etapas do ciclo do combustível nuclear. Segundo o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, “o O ciclo do urânio desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil. Do interesse inicial do Almirante O enriquecimento do urânio é o aumento Álvaro Alberto, o qual tentou trazer centrífugas da Alemanha no pós-guerra, da concentração dos elementos que enfrentando forte resistência externa, conseguiu-se com o esforço, dedicação, podem ser fissionadas para produzir criatividade e obstinação de técnicos e engenheiros brasileiros, ao longo de energia (U235) acima do que é en- dos últimos 30 anos, conceber e aperfeiçoar uma série de máquinas para contrado no urânio normalmente na produção de material para uso no combustível nuclear, emprego pacífico da natureza. O ciclo do combustível co- energia nuclear, como estabelece nossa Constituição Federal. Nesse sentido, meça com a extração do minério, e confirma-se o lema 'Tecnologia Própria é Independência'. Em nossa visão, é seu beneficiamento inicial, tornando-o pó amarelo conhecido como “yellow cake”. Essa etapa é realizada em Caetité, na Bahia. O diretor técnico da Eletronuclear, Luiz Soares e o presidente Othon Luiz Em seguida, o concentrado de urânio é Pinheiro da Silva assinam o contrato com Samuel Fayad, diretor da INB. levado para o Canadá ou França, onde é convertido em gás (chamado UF6), que em seguida é enviado a um consórcio de empresas anglo-germânico-holan- dês, onde é enriquecido pelo processo de ultracentrifugação. Após o enri- quecimento, ainda na forma gasosa, o urânio retorna ao Brasil, para a INB, onde é convertido em pó, comprimido em pastilhas e colocado nas varetas que compõe os elementos combustíveis dos reatores das usinas nucleares brasileiras. atômicas Leia na íntegra as notas desta seção no Átomo on-line: www.eletronuclear.gov.br SINSERJ e Eletrobras Eletronuclear Esporte com Energia no XTERRA motivou a formam novos secretários participação na segunda etapa em SP


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