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Caderno Seguranca e Tecnologia - final

Published by confederal, 2015-09-30 08:09:29

Description: Caderno Seguranca e Tecnologia - final

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Segurança e Tecnologia



Segurança acima de tudo Em mais de 30 anos de operação das usinas de Angra, nunca houve um acidente ou evento que pusesse em risco os trabalhadores das usinas, a população ou o meio ambiente da região. A segurança é um compromisso que está cristalizado na Política de Gestão Integrada da Eletrobras Eletronuclear. Ela é prioritária e precede a produtividade e a economia, não devendo nunca ser comprometida por qualquer razão. Por lidar com uma forma de energia muito potente, a segurançadas instalações nucleares vai muito além das grossas paredes de aço e concreto que cercam nossos reatores. Segurança nuclear é um processo contínuo que não envolve apenas componentes e estruturas, mas também pessoas e organizações. A Eletronuclear tem na segurança um dos pontos mais relevantes de sua cultura organizacional, norteando todas asatividades da empresa, mesmo as que, aparentemente, nada tem a ver com a questão.

Múltiplas barreiras Existem inúmeros tipos de defesa em uma usina nuclear. Elas podem ser: de Projeto – Este conjunto de barreiras engloba os cuidados que são tomados antes mesmo da escolha do local onde a usina será construída. São analisados todos os possíveis riscos, até mesmo os mais improváveis, como terremotos ou a queda de um avião. Físicas – Nesta categoria, estão incluídas todas as proteções utilizadas para conter ou minimizar os níveis de radiação inerentes ao funcionamento do reator nuclear. Essas barreiras vão desde a própria estrutura molecular da pastilha de combustível até as grossas paredes de aço e concreto que cercam todo o circuito primário da usina.

de Processo – Essas barreiras garantem a segurança do trabalho humano e suainteração com a máquina, estabelecendo rotinas de trabalho e procedimentosadministrativos e operacionais. Nesta categoria, estão incluídos itens como ostreinamentos; programas de testes periódicos; os procedimentos de trabalho; eprocessos de avaliação interna e externa.Organizacionais – Aqui estão os controles legais e institucionais relativos àsegurança. Elas incluem leis específicas de âmbito nacional e internacional, aexistência de um órgão regulador – no caso brasileiro, a Comissão Nacional deEnergia Nuclear (Cnen) – e de acordos com organismos nacionais e internacionais.

1 As pastilhas de dióxido de urânio possuem uma estrutura molecular que retém a maior parte dos produtos gerados na fissão.2 As varetas que contêm as pastilhas são feitas de uma liga especial.3 O vaso do reator funciona como uma barreira estanque.4 A blindagem radiológica permite que os trabalhadores possam acessar áreas próximas ao reator.5 O envoltório de aço, com três centímetros de espessura, conterá qualquer material físsil caso as demais barreiras falhem.6 Envoltório de concreto, com 70 centímetros espessura, conterá material físsil e é projetado para resistir a grandes impactos.

Defesa em Um dos principais conceitos empregados na segurança de usinas nucleares é oProfundidade de defesa em profundidade, ou seja, barreiras em série, como em uma corrida de obstáculos. Elas funcionam através dos sistemas operacionais, de segurança e de instrumentação e controle de uma usina. O risco não é eliminado totalmente, mas reduzido a níveis baixíssimos. As usinas nucleares contam com sistemas de segurança passivos, que entram automaticamente em ação para impedir acidentes e, também, desligar e resfriar o reator em situações de emergência. As usinas contam ainda com duas barreiras protetoras que protegem fisicamente o reator: uma externa, de concreto, e outra interna, de aço. Essas paredes de contenção protegem as usinas contra fatores externos, como terremotos, maremotos, inundações e explosões, e também o aumento de pressão no interior da usina. Os sistemas de segurança são independentes e redundantes, isto significa que mesmo que um esteja inoperante existem outros realizando a mesma função. Além disso, a Política de Gestão Integrada de Segurança da Eletrobras Eletronuclear preconiza que a segurança nuclear é mais importante do que a produtividade ou a economia da empresa. Esse é um compromisso que envolve todos os trabalhadores da organização e se reflete numa forte cultura de segurança.

Como funciona A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aqueceuma usina Nuclear a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 graus Celsius -, esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica. O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que não têm contato entre si. Com essa troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina - a uma velocidade de 1.800 rpm - que, por sua vez, aciona o gerador elétrico. Esse vapor, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com as demais. Principais componentes do edifício do reator Geradores de vapor Bomba de refrigeração do reatorBomba de Pressurizadorrefrigeração Reatordo reator

1 Gerador elétrico 6 Piscina de combustível usado2 Turbinas de baixa pressão 7 Barreira de contenção de aço3 Turbina de alta pressão 8 Barreira de contenção de concreto4 Gerador a vapor 9 Sala de controle5 Reator 10 Edifício da administração 7 4 186 2 3 5 10 9

Tratamento de Resíduos Radiativos A Eletrobras Eletronuclear armazena e controla em tempointegral os resíduos radiativos das usinas de Angra. Esses sãoclassificados pelo seu teor de radioatividade. Os de baixo teor (materiais utilizados na operação das usinas, como luvas, sapatilhas, ferramentas e até fita crepe) passam por um processo para reduzir seus níveis de radioatividade. Depois são triturados e prensados (para ocupar menos espaço) eacondicionados em recipientes que bloqueiam essa radiação. Os resíduos de média radioatividade (filtros, efluentes líquidos solidificados e resinas) são acondicionados em uma matriz sólida de cimento ou betume e mantidos dentro de recipientes de aço apropriados.

Os de alta radioatividade são os elementos combustíveis usados nageração de energia. Como podem ser reprocessados no futuro, nãosão considerados resíduos. Mas, enquanto isso não ocorre, ficamarmazenados em piscinas especiais dentro dos prédios de segurançadas usinas.No Centro de Gerenciamento de Resíduos da Central Nuclear, osrejeitos de baixo e médio teor ficam armazenados dentro da área daCentral Nuclear, sob total monitoração, até que a Comissão Nacional deEnergia Nuclear (CNEN) construa um repositório definitivo para estes eoutros materiais radioativos usados pela indústria ou pela medicina.

Fotos do exercíciogeral do plano deemergência em 2013.

Plano de Usinas como as de Angra foram projetadas e construídas para oferecer um altoEmergência grau de proteção, porém como é comum e recomendável, instalações industriais (como as usinas, terminais de petróleo, etc.), comerciais (como shopping centers, supermercados, postos de gasolina, etc.) e até mesmo residenciais (como os condomínios) precisam ter um planejamento para situações de emergência. O plano de emergência da Central Nuclear é uma medida adicional de segurança e tem caráter preventivo, isto é, as medidas previstas serão implementadas antes que ocorra qualquer comprometimento do meio ambiente. Este plano foi submetido à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), responsável pelo licenciamento de instalações nucleares no Brasil, e está sob a coordenação dos órgãos de Defesa Civil. Diversas organizações trabalham em conjunto e realizam periodicamente exercícios que simulam situações de emergência para que se possam detectar possibilidades de melhoria no Plano.

Você pode conhecer mais sobre a Eletrobras Eletronuclear visitando nosso centro de informações, situado no quilômetro 522 da Rodovia Rio-Santos, junto à CentralNuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). Visitas guiadas podem ser agendadas pelos telefones (24) 3362-9063 e (24) 3362-9770, o fax (24) 3362-1060 ou ainda pelo e-mail [email protected]. SEDE Rua da Candelária, 65 – Centro – CEP: 20091-906 Tel: (21) 2588-7000 – Fax: (21) 2588-7200 CENTRAL NUCLEAR ALMIRANTE ÁLVARO ALBERTO BR-101 Sul – Rodovia Governador Mário Covas, km 517 (Rio-Santos) – Itaorna 4° Dist. de Angra dos Reis – Rio de Janeiro – CEP: 23948-000 Tel: (24) 3362-9000 – Fax:(24) 3362-9090 ESCRITÓRIO DE BRASÍLIA Ed. Via Capital, 15 andar, salas 1505/08 – CEP: 70041-906 Tel/Fax: (61) 3328-0555 ESCRITÓRIO NO RECIFE Rua Agenor Lopes, 25, sala 503 – Empresarial Itamaraty Boa Viagem – Recife – Pernambuco – CEP: 51021-110 Tel/Fax: (81) 3326-5443 ESPAÇOS CULTURAIS Angra dos Reis Convento de Nossa Senhora do Carmo - Pça. Gen. Osório, s/no Pça. Frei Tito Brandsma, s/no Centro – Angra dos Reis – Rio de Janeiro – CEP: 23900-600 Tel: (24) 3365-4242 Paraty Rua Dr. Pereira, 170 - Esquina com a Rua Dr. Samuel Costa Centro Histórico – Paraty – Rio de Janeiro – CEP: 23970-000 Tel: (24) 3371-8749 Lídice Rodovia Saturnino Braga, 704 Lídice – Rio Claro – Rio de Janeiro – CEP: 27460-000 www.eletronuclear.gov.br


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