Revista Pindorama

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Sobre nós Nós, da Revista Pindorama, somos um grupo de 4 ami- gos que se conheceram na faculdade e tinham a vonta- de de criar um restaurante e consequentemente, uma re- vista que contasse as histó- rias mais variadas do Brasil. Hoje, nosso Restaurante Pin- dorama conta com várias re- des espalhadas em todo o Brasil, e a revista que você está lendo agora, é distribu- ída gratuitamente em todos os aeroportos brasileiros. Nosso objetivo é apresen- tar as mais diversas faces da cultura brasileira para todos os habitantes do nosso país. Nós acreditamos que a cultu- ra é algo extremamente im- portante e que não pode ser esquecido. Então, se você gostou de nos- sa revista, não deixe de com- partilhar a sua opinião nos enviando um E-mail para: [email protected] 2

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Viagem Planejada Com as facilidades da internet, viajantes definem seus próprios roteiros, mas agências de viagem destacam-se em algumas situações, embora ainda seja difícil entender suas taxas e diferenças de câmbio. Com acesso a informações an- Mas quem está pela primeira tes restritas a especialistas, é vez montando o seu próprio cada vez maior o número de roteiro, pode achar tudo isso pessoas que viajam por conta um grande desafio, pois, além própria, cuidando de detalhes da questão financeira, há um que incluem de passagens a re- grande planejamento logístico, servas em hotéis e restaurantes. especialmente em viagens Para quem começa a pesquisar internacionais. esses serviços pela internet é Por isso, além dos preços, praticamente inevitável pensar deve-se também considerar a na diferença entre os preços questão do serviço prestado pela cobrados pelas agências de agência. O agente de viagem é turismo e aqueles apresentados um expert naquilo que faz, ele pelas companhias aéreas e tem know-how e conhecimento hotéis em seus sites quando não para estar à frente, naquela há essa intermediação. função. 7

Para fazer isso sozinho, você E encontrar uma promoção de tem de dispor de tempo, passagem aérea não exige mais conhecer as ferramentas tanta pesquisa, pelo menos corretas. Afinal, por que uma quando se trata de voos que mesma viagem pode custar partem do Brasil. mais quando adquirida numa agência, se ela conta com INTERMEDIAÇÕES alguns benefícios por conta do volume negociado? Hoje, diversos blogs têm apenas Hoje em dia, as empresas esse enfoque: reunir as melho- buscam a venda direta res promoções de passagens para o consumidor tirar do momento, seja em voos do- essa intermediação porque, mésticos, seja em internacio- obviamente, a agência precisa nais. Mas isso não significa que ter um lucro, que está na comprar por conta própria seja cobrança de taxas. Então, em sempre a opção mais barata ou alguns momentos você pode ter vantajosa. A operadora com- umapromoçãoemdeterminada pra alguns lugares na aeronave época do ano e conseguir um com muita antecedência e com preço melhor do que na agência custo baixo, e monta pacotes, em uma passagem aérea, por então, ele sai mais barato para o exemplo”. cliente. Outra vantagem apon- 8

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tada por especialistas está no O que pode acontecer é você ir fato de que as agências costu- à agência e encontrar um preço mam facilitar o pagamento de e, depois de algumas horas, ir a diversas formas ou em prazos outra agência e encontrar preço mais extensos. diferente. Para quem não tem interesse Isso só ocorre quando há va- em adquirir um pacote já for- riação do valor da passagem, o matado pela agência, é interes- que é normal. sante comparar os preços de passagem oferecidos por ela e CARACTERÍSTICAS diretamente na companhia aé- rea, pois as companhias não es- É importante ressaltar a dife- tão cobrando a taxa de serviço, rença entra as operadoras e as 10%, para quem faz a compra agências. Enquanto as primei- apenas pela internet. ras são responsáveis pela mon- Mas quando se trata apenas tagem dos pacotes de viagem, da compra da passagem aérea, as segundas apenas fazem a o preço que todas as agências comercialização. As agências têm em seus sistemas é exata- recebem uma autorização das mente igual quando se refere a operadoras para vender seus um mesmo voo. É proibido ter pacotes e uma mesma agência um valor diferente de passa- pode vender produtos de diver- gens entre agências porque o sas operadoras, exceto quando sistema é o mesmo para todos. ela é uma loja exclusiva. Há um caso em que a operadora é pra- ticamente imbatível quando se fala em preço de passagem aé- rea: o voo fretado, também cha- mado de charter, quando ela adquire todas os assentos de um determinado voo e, a par- tir daí, é a operadora – e não a companhia aérea – que decide o valor da passagem. 10

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Aos adeptos do e-commerce, estar atento às promoções da companhia é a melhor opção para encontrar um preço dife- renciado e isso pode ser feito em blogs especializados ou direta- mente no site das empresas. O consumidor, no entanto, não deve se enganar com aque- le preço inicial, pois sobre ele incidem algumas taxas, como a de embarque que, em alguns casos, pode ser mais cara do que a própria passagem. “ Cada vez mais as pessoas vão fazer por conta própria os destinos fáceis. Já Oriente Médio e Ásia, as pessoas querem a ajuda de quem conhece esses lugares “ 12

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Culinária Brasileira Grande mistura de tradições, ingredientes e alimentos que foram introduzidos pela população indígena e pelos imigrantes. Ao longo de mais de 500 anos em 1500 enquanto navegavam de história, a culinária brasilei- em busca das Índias e suas es- ra é resultante de uma grande peciarias. Devido às diferenças mistura de tradições, ingredien- de clima, relevo, tipo de solo e tes e alimentos que foram in- de vegetação, e povos habitan- troduzidos não só pela popula- do uma mesma região, é muito ção nativa indígena como por difícil estabelecer um prato típi- todas as correntes de imigra- co brasileiro. A unanimidade na- ção que ocorreram no período. cional é, talvez, o arroz e o feijão, Cada região do país tem sua pe- cujo preparo varia conforme a culiaridade gastronômica e sua região. No entanto, a mistura de culinária adaptada ao clima e à dois ingredientes tão comuns geografia. na mesa do brasileiro, apesar de Além disso, o próprio descobri- característica, ainda não é sufi- mento do Brasil remete à culi- ciente para resumir toda a com- nária, já que as caravelas por- plexidade e a riqueza da culiná- tuguesas desembarcaram aqui ria nacional. 15

Pratos em destaque por região Região Norte Influências: ria, como é o caso de libaneses, japoneses, italianos e até mes- A forte presença indígena mo os próprios nordestinos que mesclada com a imigração eu- migraram para a região nesse ropéia diferencia a gastronomia mesmo período. do Norte de qualquer outra en- contrada no país. Principais ingredientes: É considerada por muitos o maior exemplo de culinária ti- Mandioca, cupuaçu, açaí, pi- picamente nacional. Apesar de rarucu, urucum (açafrão brasi- suas raízes amazônicas, a cozi- leiro), jambu, guaraná, tucuna- nha regional sofreu influência ré, castanha do Pará. forte de imigrantes portugue- ses, logo no início da coloniza- Pratos típicos: ção. Depois, com o ciclo da borra- Pato no Tucupi, Caruru, Taca- cha, outros povos chegaram e cá, Maniçoba. deixaram seus traços na culiná- 16

Região Nordeste Influências: menor. No sertão nordestino, o próprio clima favorece o consu- A diversidade climática (tropi- mo de carnes, sobretudo a car- cal na costa e semi-árido no inte- ne-de-sol e os pratos feitos com rior) tem reflexos diretos na culi- raízes. A culinária das comemo- nária nordestina. Desde o litoral rações juninas também é típica de Pernambuco até o da Bahia, do interior. a presença africana se nota mais Principais ingredientes: forte devido aos resquícios da es- cravidão durante o ciclo da cana. Já em Alagoas, os frutos do mar Azeite de dendê, mandioca, são mais recorrentes devido às leite de coco, gengibre, milho, suas diversas lagoas costeiras. graviola, camarão, caranguejo. No Maranhão, a influência por- Pratos típicos: tuguesa é ainda mais forte que nos demais estados da região, e Acarajé, vatapá, carangueja- o consumo de temperos pican- da, buchada, paçoca, tapioca, tes, muito comum no litoral, é sarapatel, cuscuz, cocada. 17

Região Centro-Oeste Influências: tanto, sofreu forte influência da culinária latino-americana, so- A culinária da região é alta- bretudo nos ensopados de pei- mente influenciada pela pecu- xe. Devido à diversidade da fau- ária, uma das principais ativida- na pantaneira, carnes exóticas des econômicas do território, daí e peixes típicos da região, como a grande preferência da popula- o Pacu, o Pintado e o Dourado ção do Centro-Oeste por carnes também fazem parte do cardá- bovina, caprina e suína. pio local. Os ciclos de imigração tam- bém trouxeram a culinária afri- Principais ingredientes: cana, portuguesa, italiana e sí- ria. E a forte presença indígena Pequi, mandioca, carne seca, liderou a preferência regional erva-mate, milho por raízes. Ao norte do estado, a Pratos típicos: proximidade com o Pará refletiu diretamente no preparo de al- Arroz com pequi, picadinho guns pratos, principalmente os com quiabo, sopa paraguaia, que são feitos com carne-de-sol empadão goiano, caldo de pira- e pequi. nha, vaca atolada. O Mato Grosso do Sul, no en- 18

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Região Sudeste Influências: tes japoneses, libaneses, sírios, italianos e espanhóis, a diversi- Até o século XIX, a cozinha do dade gastronômica, sobretudo Sudeste era essencialmente in- em São Paulo, aumentou. No fluenciada pelas origens portu- estado, a culinária internacional guesas, indígenas e africanas. mais integrada com a culinária Alimentos simples, como raízes, típica paulista é a italiana. carnes, grãos e vegetais foram disseminados por todo o terri- Principais ingredientes: tório do Sudeste, o que fez com que a gastronomia de cada es- Arroz, feijão, ovo, carnes, mas- tado se tornasse bastante simi- sas, palmito, mandioca, banana, lar em ingredientes e no prepa- batatas, polvilho ro dos alimentos. A exceção é a Pratos típicos: culinária capixaba que, por sua proximidade com o Nordeste e Tutu de feijão, virado à pau- grande área litorânea, tem uma lista, moqueca capixaba, feijo- forte presença de peixes e frutos ada, picadinho paulista, pão de do mar nos pratos do dia-a-dia. queijo. Após a chegada de imigran- 20

Região Sul Influências: Daí a abundância de pastos e a tradição do churrasco gaúcho. A mistura étnica ocorrida na re- Com a chegada dos italianos, as gião Sul resultou em uma culiná- massas, a polenta e o frango fo- ria completamente diferente do ram integradas ao hábito alimen- resto do país, com a presença ain- tar regional. Já a influência ale- da mais forte da cozinha italiana, mã, ficou restrita às colônias no alemã, além das já presentes por- interior do Rio Grande do Sul e de tuguesa e espanhola. O churras- Santa Catarina. O Paraná, apesar co, principal prato do Rio Grande da forte influência italiana, conta do Sul, resultou de um fato histó- com uma presença também sig- rico. Para catequizar os índios da nificativa da culinária indígena, região na época da colonização, sobretudo com raízes e grãos. os padres jesuítas introduziram a criação de gado e deixaram o Principais ingredientes: rebanho sob a responsabilidade Carne bovina e ovina, farinha dos nativos. Com a chegada dos tropeiros de milho, erva-mate paulistas e mineiros, que escravi- Pratos típicos: zaram os índios, o gado perma- neceu solto pelos campos e se Barreado, churrasco, galeto, espalhou pelo sul do território, sopa de capeletti, arroz carretei- pois não havia predadores. ro, sopa catarinense. 21

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