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Vale Mais Fevereiro & Março'19

Published by info, 2019-02-11 10:37:19

Description: Vale Mais n.º65

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entre as partes que permitirá organizar uma candidatura conjunta Nesse sentido, a principal preocupação foi criar um sistema que a fundos comunitário, no âmbito do POSEUR – Ciclo Urbano da fosse eficiente e que fosse capaz de garantir, às novas gerações, Água, até ao término do mês de fevereiro. um sistema de alta qualidade. Quem esteve presente nesta cerimónia foi o Ministro do Ambien- Nesta parceria entre os sete municípios e as Águas de Portugal te, João Pedro Matos Fernandes, que referiu que este é um “fato (AdP), conseguimos ter o know-how que as AdP têm na gestão e feito à medida” para este território. no conhecimento dos sistemas de eficiência e novas tecnologias, com aquilo que é o conhecimento e saber de cada concelho, das “É um fato feito à medida porque não há dois territórios suas redes, cadastros, e do saber fazer. iguais. E não havendo, as AdP tiveram a sensibilidade de perceber que os territórios sendo diferentes reclamam Segundo o autarca, “para os consumidores, traz inúmeras vantagens”. soluções, também elas, diferentes, sobretudo de enge- nharia. Sendo um fato feito à medida para estes sete “Um sistema fiável e eficiente, e que lhes garante a continuidade municípios queremos alargá-lo para os 10”. de abastecimento no futuro. Também os serviços serão melho- rados. Serviços de proximidade, com mais equipas técnicas de Segundo o ministro este é um projeto muito importante porque apoio, no que respeita a piquetes, abastecimentos, desentupi- vai servir 205 mil pessoas mentos, entre outros. “Esta parceria vai servir 205 mil pessoas que vivem nestes sete Este é um sistema mais eficiente, com menos perdas de água. concelhos, no que diz respeito ao abastecimento de água, a sua fiabilidade e à recolha e tratamento dos efluentes dos esgotos. Num modelo de racionalidade económica foi visto que, para pudermos fazer estes investimentos de 70 milhões, o tarifário a Estamos a falar de investir 70 milhões de euros, em 10 anos, e com ser estabilizado era o de Viana do Castelo. Naturalmente que isso isto termos um melhor serviço, uma melhor capacidade de investir implica ajustamentos nos outros municípios, mas não era possível e preparar este território para as alterações climáticas, garantindo, manter esses tarifários e garantir estes investimentos. E por isso também, um preço justo, nas tarifas que são pagas pelos cidadãos. estes ganhos de escala. Necessitamos de sistemas equilibrados, do ponto de vista econó- Este não foi um processo simples, vimos trabalhando nele há mico-financeiro, caso contrário, eles vão-se degradar do ponto de vários anos e há três municípios que entenderam ainda não ser a vista ambiental com consequências para quem os utiliza. altura de dar esse passo, por razões diferentes, e que são respeitá- veis, e que nós, enfim, entendemos. Este é, de facto, um trabalho onde as sete autarquias foram ex- cepcionais, e se é verdade que o governo entusiasmou as autar- Mas esta nova entidade está aberta a futuras adesões e, natu- quias a agregarem-se é também verdade que não lhes sugeriu ralmente, quando entenderem podem aderir a esta entidade, nenhum modelo de gestão. Elas quiseram construir esta parceria porque só entendemos o Alto Minho se estivermos os dez. com as AdP, o que muito nos orgulha e nos responsabiliza”. A VALE MAIS CONVERSOU COM OS AUTARCAS DO Estes projetos têm uma maior convergência de aplicação de fun- ALTO MINHO QUE ASSEVERARAM AS SUAS IDEIAS E dos comunitários por que dos 500 milhões de euros que existem CONVICÇÕES EM RELAÇÃO E ESTE TEMA disponíveis dos fundos de Bruxelas para o ciclo urbano da Água, 100 milhões são aplicados nos municípios que se agregarem em Fernando Nogueira :: Vila Nova de Cerveira soluções de parceria. Este projeto significa prevenir o futuro. Um futuro que não é Com este projeto a água ficará mais cara em seis destes mu- sequer a médio prazo. É a curto. É fundamental, visto que as nicípios visto que a tarifa a ser aplicada é a referente a Viana alterações climáticas estão aí, são uma realidade, e temos cada do Castelo, que já possuía o valor mais elevado. vez mais problemas na água. E as pessoas das freguesias, quando pensam que estão muito bem servidas de água, não estão. E não A empresa da Águas do Alto Minho será detida em 51% estão por várias razões: porque as fontes de origem da água ou pela Águas de Portugal (AdP) e, em 49%, pelos sete estão mais profundas ou são mais exíguas; cada vez que perfu- municípios aderentes. ramos mais fundo temos problemas na absorção de minerais, ou seja, a qualidade da água é menor; e depois temos as freguesias Por seu lado, José Maria Costa, edil de Viana do Castelo explicou do interior que ainda tem muitas deficiências no abastecimento. que este é um projeto de consensualização e, acima de tudo, de preparação de futuro. Com este projeto, estamos convencidos que vamos resolver o problema do abastecimento de água em qualidade e quantidade, “Falar de água e saneamento é falar de infraestruturas básicas do nas futuras décadas, o que é essencial para qualquer município. E território e o que verificamos é que fase às grandes exigências vamos colocar em igualdade as freguesias que estão mais distantes ambientais e às grande necessidade de investimentos na moderni- da sede do concelho. zação e requalificação – que os municípios sozinhos não consegui- riam fazer -, era necessário um projeto de futuro. Se não aumentássemos as tarifas por esta via, teríamos de aumentar por outra, e secalhar ainda mais, e teríamos de fazer investimentos avultados, sem qualquer financiamento, a custa do www.valemais.pt 51

orçamento municipal, e seria inevitável que esses valores fossem Portanto, o sistema tem de ser regido, do ponto de vista finan- pagos pelo utilizador. Portanto, penso que é uma excelente solu- ceiro, com algum equilíbrio, para não colocáramos em causa a ção a curto e médio prazo. sustentabilidade, no futuro. E, sobretudo, temos a certeza que teremos sempre água disponível e de qualidade. Vítor Mendes :: Ponte de Lima Para a população valenciana haverá um ajustamento de tarifário Esperemos que seja um projeto que traga um serviço de quali- entre os 5 a 10%. dade. Essa é a nossa expectativa e que, acima de tudo, seja um serviço sustentável do ponto de vista financeiro. Mas para os cida- João Esteves :: Arcos de Valdevez dãos, o mais importante é que seja um serviço de proximidade e que o tarifário seja sustentável para um bem que é, cada vez mais, Trata-se de um projeto sustentável, que garante qualidade e quan- um bem precioso e essencial. tidade na água que chega à população. Pessoalmente, nunca concordaria com a privatização deste sector, Tendo em atenção o que já hoje se verificam, no que respeita às e portanto, esta empresa com participação do estado e das autar- alterações climáticas, os problemas no abastecimento, o sanea- quias dá-nos a garantia que ficará na esfera pública. mento e o tratamento, - que são questões fulcrais -, uma empresa como esta, pública, garante as melhores condições para enfrentar A integração nesta nova empresa permite uma redução do défice esses desafios. tarifário, neste sector e dá uma disponibilidade do ponto do vista financeiro para fazer outros investimentos fundamentais no nosso Com esta parceria, provavelmente, vamos garantir que o custo desenvolvimento. para a população seja menor e que a qualidade seja maior e é isso que queremos garantir, numa escala, em que as pessoas possam Permitirá ter um investimento significativo em tão pouco tem- ter acesso a este bem de forma mais eficiente e menos onerosa. po, na renovação de rede, em água de sistema em baixa, que é fundamental começar a cumprir as normas que estão previstas na Miguel Alves :: Caminha ERSAR e a ampliação da rede de saneamento. Depois temos a melhoria da eficiência do sistema, a redução das perdas de água, Este projeto tem três vantagens fundamentais. a telegestão, etc. A primeira é a garantia de que a água potável chega a casa das Ou seja, este é um sector que obriga a uma grande renovação e pessoas, em qualidade. Esse é uma garantia que o município dá um grande investimento que os Municípios, de forma isolada, não mas que num futuro muito breve pode não conseguir dar. É preci- teriam capacidade financeira para o fazer. so gente, meios técnicos e capacidade para puder garantir, a cada pessoa, algo que estas dão como seguro, que a água que sai nas A questão do tarifário é uma questão que sempre preocupa os suas torneiras é absolutamente impoluta. cidadãos. Vamos manter o tarifário social e o tarifário para as famílias numerosas de acordo com o regulamento que temos Em segundo lugar é garantir que não perdemos a água que aprovado no município. O que procurei, juntamente com os meus estamos a perder no concelho. Neste momento, em Caminha, vereadores e com os técnicos das Águas de Portugal é demonstrar 44,5% da água, quase metade, não é faturada. Isso significa que a que, se ficássemos isolados, a nossa tarifa, seria significativamente câmara paga a água mas só metade é fatura às pessoas, e essa é maior do que esta que acabamos de negociar. uma diferença brutal que cresce ano após ano e que tem ajudado a criar os problemas financeiros que a câmara tem. Jorge Mendes :: Valença Em terceiro lugar, sabemos que os fundos comunitários estão É a construção de um futuro com água de qualidade mas de forma muito dirigidos a sistemas agregados. E portanto temos de estar sustentável, não só em termos naturais mas também financeiramente. neste projeto para captar este investimento global para o Alto Minho no valor de 75 milhões de euros. Em 2001 Valença aderiu ao abastecimento em alta das Águas do Norte, ou seja, neste momento, comprámos água para a redistri- No conjunto, o concelho de Caminha tem já uma garantia. Até ao buir. Depois temos dois sistemas autónomos, -a gestão autónoma dia 28 de fevereiro vamos puder candidatar projetos de rede de é muito complicada-, por que a água que entra no depósito pa- saneamento e abastecimento de água, no valor de 2 milhões de gasse, a que é distribuída, com as fugas, perdas, fontanários que euros, em freguesias tão importantes como, Venade, Azevedo, estão ligados e bocas de incêndio, tudo isto resulta numa perda Moledo e Âncora. E isto são já boas notícias a curto prazo. enorme em termos de faturação. 52 www.valemais.pt

Aqui, estamos a tratar do futuro e não podemos ser como outros que acham se está a instalar; por isso mesmo, achamos que faria todo que o mundo está igual, que não há alterações climáticas e que sempre o sentido. E para defender, também, aquilo que conside- haverá água a chegar às casas das pessoas. Não. É preciso investir e ter con- ramos ser um bem muito especial que é a água. Por isso dições para renovar redes e é isso que garantimos com esta parceria. tudo, achamos que deveríamos ficar de fora. O aumento da tarifa em Caminha tem um custo político para a câmara e E achamos que o custo que vamos conseguir seja menor sei que isso tem um prejuízo para a nossa imagem pública, por que é só do que aquele que vai ser o custo estabelecido pela em- disso que as pessoas falam, mas a verdade é que temos de perceber se presa, achamos que fazia todo o sentido ficarmos com a queremos ter esse custo e ter um serviço ou se nos queremos manter de gestão dos sistemas. Apostamos nisso, fizemos a afinação olhos fechados perante a realidade e daqui a alguns anos, não temos esse tarifa necessária para que pudéssemos ter autonomia fi- serviço. Se queremos ter água e, apesar de tudo, a preços razoáveis, temos nanceira para isso e, portanto, acho que estamos no bom de fazer esse investimento. caminho.” Vítor Paulo :: Paredes de Coura Já o município de Ponte da Barca asseverou que: “conside- rando a ausência de investimento pela parceria na ampliação Numa primeira fase, se formos honestos e diretos, significa um aumento dos sistemas de abastecimento de água e saneamento; o do preço da água. É, no entanto, uma decisão difícil mas necessária. Se reduzido investimento para as beneficiações de redes em não tomássemos essa decisão, nos próximos anos teríamos de investir mui- mau estado; o aumento dos custos que o Município terá to em infraestruturas, e nesse sentido os preços iriam subir ainda mais. de suportar atendendo aos autoconsumos; a perda de poder de decisão em determinados processos, tais como a Por outro lado, se não tivéssemos aderido a esta estrutura, não podíamos atribuição de tarifários especiais e ainda a elevada tarifa que concorrer a fundos comunitários e assim seria muito difícil resolver os se prevê que a parceria irá praticar, a Câmara Municipal de problemas. Ponte da Barca não adere a este projeto. Com esta decisão garantimos a sustentabilidade deste sistema, a raciona- Também Monção recusou a adesão a este projeto por lidade e preços que, apesar do aumento, seriam ainda piores no futuro e o considerar que; “No estudo apresentado pela AdP, se município ficaria sem capacidade de investir em infraestrutura. verifica uma falta de investimento, por parte da AdP, na ampliação dos sistemas de abastecimento de água e Melgaço Monção e Ponte da Barca não aderiram de saneamento no Concelho de Monção; Se prevê que a aplicação e cobrança de uma elevada tarifa por parte Para Manoel Batista, “os municípios fizeram percursos diferentes, com razões da AdP na disponibilização e fornecimento de água e que cada um tem. Nós, porque pensamos que temos uma rede de sanea- saneamento. A previsível centralização dos serviços em mento e uma rede de abastecimento de água muito consolidada no municí- Viana do Castelo, mesmo tendo em consideração os pio, porque sabemos que temos capacidade instalada em recursos humanos 3 polos operacionais e um centro de atendimento no capaz de fazer a manutenção e a gestão de todas estas redes, porque, com Município, determinam uma deslocação de funcionários isso, achamos que conseguimos também ter preços para os nossos muníci- municipais para a Capital de Distrito poderá determinar pes mais baixos daquilo que serão os preços anunciados pela empresa que uma perda de eficácia e qualidade no serviço prestado aos munícipes; prevê-se que os custos do Município com os próprios consumos internos de água poderão ter um aumento exponencial; O Município de Monção perderá poder de deliberação na gestão e fornecimento da água no Concelho, deixando de ter a decisão em determina- dos processo, tais como atribuição de tarifários especiais, nomeadamente, tarifas sociais. www.valemais.pt 53

Reportagem #Monção Texto :: José C. Sousa MONÇÃO quer ser ‘CONCELHO DE EXCELÊNCIA’ Monção apresentou, no final do mês “Felizmente, temos uma agenda muito abrangente que quer che- de janeiro, no Cine Teatro João Verde, gar a todos os públicos, dos 8 aos 80” afirmou António Barbosa, o os principais eventos para 2019. O presidente da Câmara. município terá uma agenda recheada de eventos, tanto organizados pela câmara “Queremos uma agenda que possa oferecer mais. Por que aquele como pelas freguesias e associações. cidadão mais exigente, que chega de fora, vem um ou dois anos, mas se for sempre tudo igual, já terá dificuldade em voltar. E nesse sentido queremos fazer melhor e diferente” asseverou. “Este ano, tivemos de fazer alguns acertos em vários eventos devi- do às obras da zona urbana” explicou. No entanto, e como seria espectável, devido à proximidade do evento, o destaque foi para Rali à Lampreia, acontecimento automobilístico e gastronómico que decorre nos dias 23 e 24 de fevereiro, no centro histórico da localidade. O Rali à Lampreia decorre, como de habitual, no centro histórico de Monção A primeira edição realizou-se há mais de 50 anos, em 1967, sendo esta a 42.ª vez que os motores vão ouvir-se em Monção, uma vez que, neste percurso, houve interregnos nas décadas de 70 e 80 do século passado. Este ano, a grande novidade será uma prova de qualificação noturna, com inicio às 20h30, mantendo-se as duas provas de do- mingo. Uma de manhã, pelas 11h00, e outra à tarde, pelas 16h00. Neste fim de semana, trinta e um restaurantes do concelho juntam-se à iniciativa camarária, prometendo confecionar aquele afamado ciclóstomo com tradição, requinte e inovação. O arroz de lampreia é o prato mais comum, contudo, a oferta estende-se a outras formas de confecionar a lampreia. Com o apoio da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e Parallelvelocity – Club, a presente edição deverá contar com meia centena de participantes de Portugal e Espanha. Os primeiros classificados na prova noturna serão os últimos a sair nas provas diurnas. A abertura da prova, carro 0, será efetuada por um carro construído na Escola Profissional de Monção/EPRAMI. Além do Rali à Lampreia, conforme referiu João Oliveira, a Câmara Municipal de Monção programou, neste fim de semana, um conjunto variado de atividades complementares. Em conjunto com animação popular, está previsto o II Encontro Clássicos da Lampreia e o IV Rali Gastronómico, ambos no sábado. 54 www.valemais.pt

Este consiste num circuito pelos bares aderentes à iniciativa, MAS, MONÇÃO É MUITO MAIS DO QUE ESTES 7 EVENTOS localizados no centro histórico e nas urbanizações envolventes, onde cada um vai apresentar um acepipe de lampreia. O per- Outros eventos curso pelos bares é feito no comboio turístico, sendo animado por uma charanga. • Grande Prémio JN (maio) • Noites do Folk (Todas as noite) (27-jul a 4-ago) Em cada consumo, o participante valida o passaporte, recebendo no final uma lembrança. No domingo, entre as 10h00 e as 18h00, • Monção Melgaço Grandfonfo (22 set) com o apoio da Escola Profissional de Monção/EPRAMI, realizam- • Alvarinho Winefest (8, 9 e 10 jun) -se as “Boxes Gastronómicas”, no Largo da Palma. • Monção Vila Florida (21 mar) • Feira da Foda (29, 30 e 31 mar) Com a motivação extra da qualificação noturna, a presença de • Feira Agrícola de Segude (maio) público no evento, assinala António Barbosa, promete ser ainda • Feira Mostra de Troviscoso (maio) maior, garantindo um fim de semana marcado pelo desporto auto- móvel e pela rentabilização económica para o comércio local. • Concentração Motard “Os Feras” (maio) • Feira do Vinho Tinto de Tangil (maio) 2019 será de afirmação definitiva do território • Festival folclore “Estrelas dos Vales” (maio) António Barbosa referiu, ainda, que Monção pretende ser um dos • Open de Karaté (junho) concelhos de excelência do norte de Portugal. “Queremos ser diferentes, e queremo-nos afirmar pela qualidade de gastronomia, • Festival folclore de Mazedo (junho) dos eventos e pela forma de receber quem nos visita”. • Festival de música tradicional da Portela (junho) • Festa da Rosca e do Papudo de Cambeses (julho) Já João Oliveira, vereador da Cultura, explicou que “este será • Festa da francesinha e da cerveja em Podame(julho) um ano de grande dinâmica no nosso concelho. Um ano onde o número 7 - número mágico para nós, devido ás 7 maravilhas de • FolkMonção (julho) 2018 -, marca simbolicamente o número de eventos em destaque • Festival folclore de Moreira (julho) no concelho”. • Festival folclore Moleirinhos Do Gadanha (julho) • Festival folclore São Mamede de Troviscoso (julho) EVENTOS EM DESTAQUE EM 2019 • Festival folclore dos Amigos de Longos Vales (julho) • 23 E 24 FEVEREIRO • Festa do Linho (julho) RALI À LAMPREIA • Feira Lá de Riba em Riba de Mouro (agosto) • Fim de semana Cultural e Feira dos Sabores em Moreira (agosto) • 3 E 4 MARÇO CARNAVAL NA PRAÇA • Feira do Produtor em Pinheiros (agosto) • Festival folclore de Pinheiros (agosto) • 12 MARÇO FERIADO MUNICIPAL • Festa do Linho do Vale do Gadanha (agosto) • Festa Virgem das Dores (agosto) • 20 A 23 JUNHO • Feira do 27 em Ceivães (agosto) CORPO DE DEUS • Festival de Verão (agosto) • 5, 6 E 7 JULHO • Concerto da Banda Musical de Tangil (agosto) FEIRA DO ALVARINHO • Festival de folclore das Lavradeiras de São Pedro de Merufe (agosto) • OUTUBRO • Feira da Portela (setembro) CORDEIRO À MODA DE • Encontro Luso-galaico dos Teimosos (novembro) MONÇÃO • Mercado de Natal (dezembro) • DEZEMBRO MONÇÃO VILA MÁGICA www.valemais.pt 55

Reportagem #Caminha Texto :: José C. Sousa KRISÁLIDA APRESENTA'PLASTIKUS' \"Por que nos andamos a plastificar\" Foi no belíssimo Teatro Valadares, em A Krisálida foi criada em 2014 com o intuito de trabalhar as Caminha – “casa” da Krisálida – que expressões do Teatro no concelho de Caminha. Não existia, até espreitamos os ensaios da próxima então, uma companhia de teatro profissional e, portanto, seria peça desta companhia de Teatro, que interessante essa criação. está prestes a estrear. Carla Magalhães a diretora artística desta Associação “Fizemos um plano de atividades que foi apresentado ao executi- Cultural do Alto Minho contou-nos vo da época e depois de várias reuniões chegamos a um proto- como surgiu esta companhia. colo de colaboração cultural, para levar o teatro às freguesias. A ideia era descentralizar e criar espetáculos profissionais, com qualidade artística e que falassem de temas importantes. Esse foi o nosso primeiro propósito. Depois, quisemos, também, trabalhar em termos pedagógicos e alargamos às escolas. Começamos, então, a levar o Teatro às escolas de Caminha - pré-escolar e 1.ºciclo –“ explicou. 56 www.valemais.pt

\"Esta companhia, em primeiro lugar, leva cultura às pessoas, mas Este projeto vai ter dois espetáculos, um para adultos e outro uma o facto de levarmos o nome de Caminha para fora também é mui- para crianças, que estreia no próximo dia 21 de março, no Teatro to importante para a vila. Por que, por exemplo, quando fazemos Valadares, em Caminha”. 10 espetáculos entre Silves e São Bartolomeu de Messines – como aconteceu no ano passado – as pessoas ficam a saber que existe A PROFISSÃO uma companhia profissional de Teatro em Caminha. E isso deve ser um motivo de orgulho para todos os caminhenses e para o “A profissão de ator ainda é vista como um passatempo, um hob- concelho\". bie, e não como uma profissão séria. Os atores continuam a ser intermitentes e continuam, apesar de algumas melhorias, a sentir Neste momento a companhia conta com três pessoas a tempo que esta não é uma profissão de segurança. Depois o subfinancia- inteiro, duas a tempo parcial e vários colaboradores, que vão mento que as companhias recebem – ou deixam de receber – é trabalhando à peça ou por projeto. muito curto visto que o Ministério da Cultura não apoia o Teatro de uma forma suficiente. Este ano, a Krisálida foi financiada pelo Ministério da Cultura através da DGARTES, no projeto Plastikus. A Krisálida tem um protoloco de colaboração com a Câmara de Caminha, mas, de facto, somos uma Associação Cultural do Alto Plastikus é a peça que está a ser desenvolvida e Carla Magalhães Minho e queremos trabalhar em toda a região sendo que o foco é, é, também, atriz, juntamente, com outros dois atores, Joana Vilar evidentemente, este concelho”. e Nuno Loureiro. AS OFICINAS “Quando a instituição Ministério da Cultura valida um projeto por nós apresentado, financiando-o, só nos dá motivos de conten- \"O objetivo não é que as pessoas que vão ao teatro ou façam tamento e assim percebemos que estamos no bom caminho” parte das oficinas, venham a ser atores. “Queremos é que eles confessa. venham a ser público de Teatro. Isso é muito importante. E que sejam criativos, desinibidos, e capazes de falar para uma plateia A SUBSISTÊNCIA DE UMA COMPANHIA sem inibições, que cresçam em termos pessoais e que sejam, sobretudo, espectadores de teatro. Não estamos a criar atores. Se Como todas as companhias de teatro esta não foge à regra e é isso acontecer, ótimo, mas não é essa a nossa missão. gerida com muita dificuldade. As oficinas de teatro são para crianças dos 6 aos 12 anos. Che- “A única fonte de rendimento que temos, para além da cota gamos a ter oficinas para adolescentes, mas essa faixa etária não dos sócios que, como todos sabem, nas associações, não fazem procura muito estas atividades. subsistir, é o protocolo de colaboração cultural com o município de Caminha. Trata-se de um subsídio que nos permite desenvolver Depois também temos oficinas para adultos onde chegamos a ter o nosso plano de atividades que, como já foi referido, passa por uma senhora com mais de 70 anos a fazer Teatro connosco\". levar o Teatro às freguesias, às escolas e um terceiro projeto que é a Festa da Marioneta Luso-Galaica, que se realiza no primeiro OS ENSAIOS fim-de-semana de dezembro. \"Infelizmente, não temos um local próprio para ensaiar. Podemos Depois, os espetáculos podem circular por outros municípios, ensaiar no Valadares, ou no cineteatro dos Bombeiros de Vila sendo que o valor de bilheteira também é uma receita e, nas Praia de Âncora, mas se houver atividades ou espetáculos nesses paragens letivas, temos as oficinas de teatro, para crianças e para espaços, temos de retirar todo o cenário. O que conseguimos foi adultos” conta. a cedência de uma sala de ensaios, em Viana do Castelo, no salão dos Bombeiros Voluntários. CRIAÇÃO DE PÚBLICO No entanto, todas as produções são estreadas aqui, neste palco, Carla Magalhães acredita que ao longo deste anos tem vindo a do Teatro Valadares, e nesse sentido, na reta final, antes da criar um público. estreia, ensaiamos sempre aqui. Entretanto, estamos em negocia- ções com a autarquia para tentarmos ter um espaço só nosso que “Como não havia uma companhia profissional, o teatro que havia nos permita ensaiar\". em Caminha era pontual e quando as pessoas não tem hábitos de ir ao Teatro é preciso incuti-los. O FUTURO Penso que ao longo destes mais de 4 anos já criamos o nosso \"No futuro esperamos continuar este crescimento, e o facto de próprio público. E quando vamos as freguesias vemos isso. Há termos sido reconhecidos pelo Ministério só me faz acreditar que espetáculos onde vemos que as pessoas repetem e voltam a estar possamos ter mais apoios no futuro, e portanto, queremos crescer, presentes. Isso significa que já temos um público que nos é fiel. e poder ter uma equipa permanente que nos permita fazer outros tipos de trabalho e estarmos mais presentes noutros eventos\". A Krisálida quer sempre trabalhar sobre temas que nos perturbam e que consideramos ser importantes falar. Por exemplo, o Plastikus trata a problemática do lixo marítimo. www.valemais.pt 57

PLASTIK + US que lançamos à comunidade escolar para que eles pensem no que podemos fazer com o plástico que produzimos. Esse plástico O projeto Plastikus não passa só por fazer espetáculos de Teatro. descartável que vai parar ao mar e que nos está a plastificar\". “Plastikus passa por sensibilizar as pessoas para esta temática em particular. Nesse sentido, temos um conjunto de ações e desafios \"O nome do espetáculo demonstra que, de facto, nós andamos a plastificar-nos. Por que quando os plásticos vão ter ao mar e 58 www.valemais.pt se transformam em microplásticos, e depois, são comidos pelos peixes que mais tarde vão ser comidos por nós, significa que nós estamos a comer o plástico que foi parar ao mar\". \"Quem está a ser plastificado é o ser humano e enquanto não percebermos que isto é um problema muito, mas muito sério, vamos continuar a lidar com ele. Nós não queremos acabar com o plástico, porque ele faz falta, mas queremos que todos nos cons- ciencializemos que podemos, pelo menos, diminuir este plástico descartável. Por que eu posso substituir um saco de plástico por um de pano e já estamos a fazer algo\". A peça vai estrear a 21 de março, especificamente, por ser o Dia Mundial da Marioneta. E como o espetáculo é com marionetas a data foi escolhida, propositadamente. Clara Ribeiro é a encenadora deste projeto (Plastikus) e faz parte da Companhia de Teatro e Marionetas de Mandrágora, onde é di- retora artística. À VALE MAIS explicou em que consiste esta peça. \"O projeto aborda a problemática do plástico nos oceanos e a C partir daí fomos criando uma dramaturgia. A personagem principal M da peça atravessa uma época onde não havia plástico, depois a Y surgimento deste como objeto utilitário e chega ao momento que CM encontramos inundados de plástico e praticamente plastificados. Como nós já tínhamos alguns projetos ligados a esta problemática MY do ambiente e por que temos a valência da componente das ma- CY rionetas, unindo estes factos, a Krisálida convidou-nos para fazer- CMY mos a direção artística deste projeto, até por que, um espetáculo K de marionetas cria uma linguagem artística muito própria\". Joana Vilar é uma das atrizes deste projeto e é a primeira vez que trabalha com marionetas. “Foi um bom desafio. O facto de ser uma temática tão importante e atual foi uma das razões que me fez aceitar este convite. Acabei a for- mação no Balleteatro do Porto há cerca de 4 anos, tenho trabalhado em Associações Culturais, participo em contexto de teatro amador e esta é a primeira vez que faço espetáculos no Alto Minho\". Licenciada em Gestão Artística e Corporal Joana desempenha, nesta peça, vários papéis. Começo como manipuladora da marioneta em fase jovem. Depois também manipulo outros animais (marionetas). O outro ator desta encenação é Nuno José Loureiro. Licenciado em estudos teatrais pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, começou na Krisálida com a peça Piolhos e Atores, não como ator mas como músico. Para ele, Plastikus requer um trabalho diferente e específico que é o de manipulador de marionetas. Também ele é manipulador de animais e depois representa, não uma personagem, mas um conceito/ideia que introduz os plásticos à personagem principal desta peça.

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Reportagem #Desporto Texto :: Xavier Costa fotos :: Ricardo Gonçalves Ser profissional no futebol amador O TRABALHO INVISÍVEL Afinal de contas, como se prepara um clube da distrital para receber um histórico da Primeira Liga? Após o apito final, na sala de imprensa improvisada, Pedro todos os escalões de formação jogam e treinam em casa, parti- Lomba, o treinador derrotado, disse que “o resultado do jogo lhando o sintético com os seniores. Para lá deste, avista-se um ilustra a diferença de degraus entre a Distrital e a I Liga”. Por outro terreno de jogo, de menores dimensões - para futebol isso, esta reportagem começa pelo fim, conhecido por todos, de sete - local onde os mais pequenos dão vida a uma das suas mais não seja porque segundo consta no senso-comum fute- primeiras paixões: a bola de futebol. bolístico, o exclusivamente importante é o marcador final. No estádio Dr. Lourenço Raimundo, esse terminou num claro sete Passa das 20h quando chega o treinador. Pedro Lomba tem 38 a zero favorável ao Vitória SC. Porém, há mais densidade para anos e é formado na área do futebol. Acumula muito conhecimen- além dos números explícitos por um resultado. No futebol há to teórico na mente e admite “sou doido por futebol, a minha muito trabalho invisível, neste caso, toda uma semana de tra- esposa às vezes pede-me para desligar um bocadinho.” Somou balho que antecede os noventa minutos sobre os quais todos experiência ao comando de alguns clubes do distrito, mas nunca os olhares recaem. O processo de preparação de uma equipa teve pela frente uma semana como esta e confessa “senti como amadora é algo ainda menos conhecido, mesmo que se trate se fosse o atingir de algo, uma oportunidade de mostrar a minha do jogo de uma vida, neste caso, para o clube do Alto Minho. ideia e o meu processo porque, pessoalmente, desejo chegar ao futebol profissional, tal como alguns dos meus jogadores.” DIA 16/10 :: TERÇA FEIRA PRIMEIRO TREINO DO SC VALENCIANO Com a ambição e a paixão pelo treino bem presentes, Pedro Lomba regressa do seu balneário equipado a rigor: fato de trei- Numa cidade habituada a receber, o portão do estádio está no escuro e apito na mão. No passado domingo, o SC Valencia- aberto na sua totalidade, tal como a fronteira que liga a cidade no empatou a três, em casa, frente ao CD Cerveira, depois de ao país vizinho. O campo principal é de futebol de onze, um ter estado a vencer por dois golos de diferença. Devido a isso, relvado artificial colocado há poucos meses. Deste modo, Lomba assumirá uma posição mais distante durante o treino e 60 www.valemais.pt

por isso não está no balneário a falar com os jogadores. Hoje, algo que o próprio confirma de seguida “sou um seguidor da são os capitães de equipa que assumem o balneário e a con- escola Cruijff, gosto de Guardiola e, sobretudo, das ideias versa, trancam-se lá dentro para esclarecer e encerrar naquele de Sarri”. O adjunto é a voz de comando nesta sessão e de balneário o que aconteceu no fim de semana. Ao abrir daquela tempos a tempos troca impressões com o treinador, que hoje porta o foco é só um: o jogo frente ao Vitória SC. cumpre um papel similar ao nosso: o de mero observador. Equipados de verde, da cabeça aos pés, os jogadores pisam De regresso à ação no sintético, alguns jogadores carregam, o relvado em silêncio e vão cumprimentando a equipa técni- em peso, uma baliza para dentro do campo, sim, os jogadores. ca. Há várias ausências, umas por lesão e outras por motivos Aqui não há um infindável corpo técnico pronto a facilitar ao profissionais, coisas do futebol distrital. Contam-se 16 joga- máximo a tarefa dos jogadores. No futebol distrital, também dores neste primeiro treino. Principia-se com um exercício de o treinador veste várias peles “tenho de ser treinador, psicólo- ativação sobejamente conhecido: os “meinhos”. Estes fazem go, diretor e até fisioterapeuta porque, simplesmente, não há as delícias dos jogadores que a cada toque mais artístico não recursos”, confidencia Pedro Lomba. Retoma-se a sessão com escondem o seu regozijo e dão azo a todo tipo de brincadeiras a baliza colocada sensivelmente em cima da linha da área, em entre si. São audíveis todo tipo de impropérios, tão típicos zona frontal à baliza que está no seu devido lugar. Leva-se a dentro das quatro linhas. cabo uma série de jogos reduzidos com dois jokers distinguí- veis pelo colete amarelo que envergam. Os “meinhos” assumem grande importância na ideia de jogo do técnico valenciano, um indivíduo que defende que “só há Porém, levanta-se um problema, há somente um guarda redes entre uma bola e quero que seja sempre nossa” e o discurso não os presentes. A solução é prontamente encontrada: um elemento muda mesmo que o adversário seja uma equipa da 1ª Liga. Os da equipa técnica assume uma das balizas. Isto leva ao delírio dos “meinhos” e a primazia pela posse de bola deixam entrever jogadores que não se censuram de proferir comentários jocosos www.valemais.pt 61

enquanto chutam na sua direção porque, verdade seja dita, já Ultimam-se as arrumações e alguns jogadores insistem em ficar no está com uns quilinhos a mais para a função. A risota dura poucos relvado o máximo de tempo possível, mas é hora de ir embora, minutos e a partir do apito inicial ouvem-se, exclusivamente, os quem o diz é a D. Né [Nazaré], técnica de equipamentos de longa jogadores a comunicar entre si com as mais variadas expressões do data do SC Valenciano. “Desliga as luzes que assim vão embora!” dicionário futebolístico, aprendido desde cedo. Entre os repetidos ordena ela para alguém que estaria por perto dos interruptores. “joga”, “tás só”, “vira”, multiplicam-se as tentativas de finalização, as movimentações curtas, os passes de pé para pé e a pressão in- Os balneários são por debaixo das bancadas do estádio, uma zona cessante de parte a parte para provocar o erro. O espaço reduzido visivelmente devorada pela humidade. O reggaeton amplificado em que se desenrola a “peladinha” a tudo isto convida. pela coluna no balneário é o som de fundo deste final de treino. O míster despede-se com um típico “amanhã há mais” porque agora A competitividade e a vontade de ganhar de ambas as equipas é altura de descansar. Afinal de contas, amanhã é dia de trabalho saltam à vista ou então nenhuma das equipas quer carregar a baliza para todos eles. O futebol é só uma paixão que deixam respirar à de regresso ao seu devido local, visto ser esse o “castigo” da equipa tona, ainda que esta semana enfrentem um histórico da I Liga. derrotada. Por isso, esta pode ser também uma boa motivação para vencer. Os golos são mais que muitos, tornando o resultado difícil de DIA 18/10 :: QUINTA FEIRA acompanhar, e cada um deles é efusivamente festejado. Apito final SEGUNDO TREINO DO SC VALENCIANO no exercício e no treino, são 21h30. Antes das 20h, o sintético está ocupado. “São os juniores” comen- Os treinos do SC Valenciano são curtos (noventa minutos, aprox.) e ta uma senhora entre uma pequena multidão. As famílias juntam- ocorrem durante a noite porque é quando grande parte dos joga- -se ali atrás das grades para ver o treino dos seus craques parti- dores e equipa técnica têm disponibilidade, isto é, depois de aca- culares, aqueles que depois levarão para casa. É noite cerrada, a barem a sua respetiva jornada laboral. Esta é a realidade do futebol temperatura começa a baixar e o estádio de bancadas vazias ecoa amador e talvez não exista palavra melhor para defini-lo do que todos os sons que são emitidos à flor da relva sintética. Ouvem-se “amador”. Quem tem esta vontade de treinar depois de um dia de as famílias a conversar, o barulho repetitivo dos pitons no cimento trabalho e ainda retirar esse tempo que podia ser aproveitado com dos rapazes que se encaminham para as cabines, qual marcha mili- as suas famílias ou para descansar, só pode ser muito amador para tar, e a algazarra dos mesmos miúdos nos balneários, que depois amar assim um desporto que, ao fim e ao resto, o único retorno que do treino ainda parecem ter forças para a bela da farra. lhes oferece é prazer, já que, financeiramente, os valores que se mo- vimentam são meramente simbólicos. Se a essência e o romantismo A debandada dos miúdos da formação assinala a troca de turnos, é do futebol de outrora ainda existe, está nestas divisões. a vez dos seniores subirem ao relvado. O plantel é jovem, soma uma média de idades que ronda os 22 anos e é constituído, essencialmen- O frio e a humidade fazem-se sentir como nunca e a maioria dos te, por filhos da terra e jogadores das redondezas. Entre estudantes a jogadores recolhem rapidamente às cabines. Ainda assim, alguns trabalhadores de supermercado, une-os o amor pela “redondinha”. permanecem no relvado a recrear-se com a bola uns últimos ins- Os jogadores, já equipados, reúnem-se nas imediações do banco tantes, como que em jeito de despedida até à noite de amanhã. de suplentes e como alunos prontos para mais uma aula, ouvem a palestra do míster. Eles são os intérpretes das ideias do treinador, a 62 www.valemais.pt

sintonia tem de ser máxima. Pedro Lomba usa uma metáfora “somos como um ator ou um bailarino que passa a semana a ensaiar para no fim de semana atuar da melhor forma possível”. Pede-se seriedade, coragem e atrevimento. Pelo meio, o técnico alertou para a importância de condicionar a 1ª fase de construção e, ao mesmo tempo, para não se inibirem com bola. Lomba acaba a palestra incitando a uma espécie de “anarquia controlada”: “no jogo, arrisquem e divirtam-se, mas nunca percam de vista o que vamos treinar.” Rega-se o sintético e os jogadores aproveitam para reservar alguns bilhetes, junto de um dirigente do clube, para que os seus familiares possam assistir ao jogo mais importante das suas vidas. A semana ainda está a meio mas para o presidente já vai “longa e complicada”. A direção tem-se desdobrado em contactos para oferecer as melhores condições e abraçar a festa da Taça. Segun- do Filipe Lima “era uma questão de identidade realizar o jogo aqui” e assim será. Para que tudo decorra na perfeição, a logística tem de satisfazer várias condições. O principal foco da estrutura do clube está nas questões de segurança. Ora se na bancada principal - e única do estádio - não foram levantados quaisquer problemas, nas zonas que circundam o terreno de jogo, o chama- do peão, já não foi bem assim. “Equacionámos colocar bancadas amovíveis mas isso requer quantias avultadas que o clube não pode assumir” admite o presidente do SC Valenciano. Ainda assim, perspetiva-se um verdadeiro arraial minhoto fora das quatro linhas. E no terreno de jogo, o que se pode esperar do clube valenciano? O treino de hoje será revelador nesse sentido. Repara-se que hoje os dois guarda redes estão presentes. Sob o relvado contam-se mais de 20 jogadores, bem mais do que ontem, mas é de sublinhar que quatro deles são ainda juniores. Depois do aquecimento, Lomba assume a liderança do treino e de que maneira! Ordena jogo a todo o campo, simulando o contexto de jogo. Numa das equipas, consegue-se vislumbrar um esboço do que pode ser o onze titular para o jogo em que todos querem jogar. Treina-se a primeira fase de construção – curta, sempre – e os ajustes nos posicionamentos para aproveitar o espaço merecem várias correções do treinador. Por momentos, Lomba deixa jogar mais, analisa, processa e absor- ve o que está a acontecer, mas o som do apito volta a retumbar no estádio. A restante equipa técnica senta-se no banco e limita-se a ob- servar também. Hoje, o míster é o protagonista, ele indica o caminho. As intervenções são reiteradas e percorre o campo energicamente, de um lado a outro, se necessário. Dialoga com os jogadores, grita e incentiva-os. Insiste no detalhe, na marcação das zonas de pressão, por exemplo, tudo comportamentos a ser replicados no jogo. Paragem necessária para beber, tal é o ritmo imposto, mas para além de beber, o treinador aproveita a paragem também para “ali- mentar” os jogadores com mais um sermão tático sobre o Vitória SC. A paragem é curta, continua a jogatana e as intervenções do treinador também. Exige-se mais concentração, simulam-se e repetem-se jogadas possíveis até à exaustão. O “pára-arranca” é constante e Lomba passa do agrado ao desespero em segundos, o treino decorre a uma intensidade alucinante. “Isto joga-se com a cabeça, os pés são só as ferramentas” exclama o técnico parafraseando Johan Cruijff. www.valemais.pt 63

Lomba insiste num movimento específico, vezes sem conta: “temos DIA 19/10 :: SEXTA FEIRA de chamá-los à pressão e depois passe interior vertical”, comporta- TERCEIRO E ÚLTIMO TREINO DO SC VALENCIANO mento exigido aos centrais para encontrarem depois a ligação com os médios que estarão soltos no espaço deixado pelos vitorianos Este último treino foi agendado para mais cedo que o habitual. que saltam na pressão. Logo após o término da sessão, o plantel seguirá para estágio em Melgaço. Neste local calmo e longe de distrações, a equipa estará É dada primazia ao jogo interior e quando o treinador vê algo que em concentração, passará a noite junta no hotel e assim permane- não gosta, não hesita em dizê-lo. Numa dada situação, Júnior, o la- cerá até à hora do jogo. É um jogo especial e desta forma o clube teral esquerdo, cruza para a área quando o avançado está num claro possibilita à equipa uma experiência envolvente especial também. 1v3 e o treinador pára a jogada de imediato. “Eu sei que tu gostas disso, mas eu não, eu gosto de controlar o jogo”, um exemplo sin- Depois dos habituais “meinhos”, Pedro Lomba confidencia que tomático da minúcia do míster. A segurança com bola é inegociável este será um treino com pouca complexidade, essencialmen- para ele e para isso há que ter em atenção até as ações em inferiori- te, para relaxar devido à proximidade da hora do jogo. “Tenho dade numérica que têm pouca probabilidade de ser bem sucedidas. homens que trabalham, um guarda redes vai sair deste treino e vai trabalhar até às 6h da manhã, outros estão a chegar aqui mesmo Pedro Lomba exibe que quer inculcar um estilo próprio na sua equi- antes das 20h porque estão a chegar do trabalho” e explica “se pa e nem um adversário da dimensão do Vitória SC o fará sair desse eu ainda lhes ponho um treino absolutamente tático em que têm trilho. O extremo do lado oposto de onde a bola está a ser jogada de estar completamente focados… É um cansaço mental incrível.” faz jogo de posição completamente aberto e o lateral desse mesmo lado fecha por dentro. A pressão alta sem complexos é uma das Voltando ao treino, esse caráter mais relaxado concretiza-se num obsessões e o correspondente controlo da profundidade defensiva jogo do galo dinâmico com duas equipas e muita correria. O exercí- também. O míster vocifera “temos de ter mais bola”, pouco depois cio torna-se rapidamente numa brincadeira competitiva com direito o treino finaliza e Lomba termina com um “muito bem, malta”. a muitos festejos e até a fotografia da equipa vencedora. Seguem- -se alguns exercícios de finalização onde os jogadores começam a Com o campo deserto, direção e equipa técnica dialogam de forma calibrar as “armas” e por fim, ensaiam-se algumas bolas paradas privada. À saída do estádio, na entrada do bar, já se acumulam litros ofensivas, de forma a tentar surpreender o Vitória SC nestes lances. de sumo, aparecem as máquinas de cerveja e improvisa-se uma banca atulhada de fritos e bifanas. Já se sente a proximidade da data O treino foi simples e curto, tal como prometido. Tempo agora de mais aguardada, a festa da Taça está a chegar ao Alto Minho, uma re- partir para Melgaço no autocarro do clube. A música e a animação gião ostracizada pelo futebol português, pois, atualmente, não conta não faltam durante a viagem e ao longo desta dividem-se os quar- com nenhum representante nos campeonatos profissionais. tos pelos jogadores. Em relação a isso, o treinador deu liberdade aos jogadores para se organizarem entre si, mas chegados ao restaurante, todas as decisões são tomadas por ele. Desde as be- bidas à sobremesa, passando também pelo prato principal, nada escapa à validação do treinador. Durante o jantar realça-se a boa disposição e as inúmeras conver- sas cruzadas ao longo da extensa mesa do restaurante. Os elogios de Luís Castro à equipa de Valença do Minho e ao seu treinador são um dos temas abordados, até porque não é algo do que mui- tos se possam gabar, sobretudo uma formação da distrital. Pedro Lomba também não esconde o jogo “Luís Castro é a minha maior referência em Portugal, eu vejo mais depressa um jogo do Vitória SC do que um dos três grandes, sinceramente.” Tudo posto em pratos limpos, literalmente, e a recolha para o hotel é imediata. Os jogadores apreciam este ambiente, para eles excecional e que só repetiram, por obrigatoriedade, quando o SC Valenciano se deslocou a Vila Nova de Milfontes, no Alentejo. 64 www.valemais.pt

“É algo diferente e o convívio só pode ser agradável com este grupo de jogadores” conta Ricardo Moita, jovem extremo da equi- pa. Chegados ao hotel, cada grupo de jogadores, de chave em mão, encaminha-se para os seus assignados quartos. O pequeno almoço será às 9h e “quem se atrasar será multado”, finaliza o míster. 20/10 :: SÁBADO DIA DE JOGO Durante o pequeno almoço, Kevin junta-se à equipa. Não pôde Tudo pronto para um jogo diferente dos demais para todos os passar a noite com a equipa porque teve de trabalhar durante a seus intervenientes. Um estádio repleto assistiu ao desfecho que manhã e, por isso, o jogador só agora integra o estágio. Enquanto todos conhecem: um transparente 0-7 para o Vitória SC. O SC uns acabam o pequeno almoço, outros, os mais madrugadores, e Valenciano manteve-se fiel à sua ideia e ao que foi preparado du- já de estômago cheio, estão na pequena sala de jogos do hotel. O rante a semana, mas os erros cometidos e o físico a definhar com ténis de mesa parece ser o passatempo favorito entre os jogado- o avançar dos minutos, não perdoaram. O decorrer do jogo esteve res, a equipa técnica opta pelo bilhar. De forma a manter a rotina à vista de todos e por isso cada um é capaz de fazer as suas inter- o mais profissional possível, toda a comitiva, vestida com a devida pretações, mas importa não esquecer que este jogo foi muito mais indumentária, parte para um passeio a pé em direção às termas que os noventa minutos. de Melgaço. Lá, ouvem um especialista que lhes fala das proprie- dades benéficas das águas termais para o corpo humano. Os mais Serão a derrota e os seus números que ficarão registados, mas curiosos chegam, inclusive, a beber um pouco dessa água ofereci- este desporto é muito mais do que números e resultados, sobre- da pelo guia e as piadas sobre um desejado híper-rendimento no tudo no futebol amador. Segundo Pedro Lomba “um treinador de jogo, graças à sua ingestão, não tardam em chegar. distrital que consiga exibir dinâmicas e processos trabalhados na sua equipa, merece palmas”. Portanto, fazer isso, ainda para mais, No regresso ao hotel, os jogadores são encaminhados para uma frente a um histórico como o Vitória SC só pode merecer uma ova- sala de reuniões improvisada no hotel. É hora da última palestra, ção em pé de um estádio a transbordar de gente, tal e qual como um pequeno briefing tático onde, através de uma apresentação, aconteceu no fim da partida. As quase três mil pessoas presentes é condensada uma análise detalhada do Vitória SC. Os comporta- no Dr. Lourenço Raimundo, de entre as quais as gentes de Valença mentos nas várias fases do jogo, as dinâmicas e, por fim, as rotinas e, maioritariamente, os fervorosos adeptos do Vitória SC, uniram- nas bolas paradas, tudo isto passa pelos olhos do plantel. -se para brindar a equipa da casa com uma sonora ovação. Já no mesmo restaurante e na mesma mesa do dia anterior, o O SC Valenciano trabalhou de uma forma grande numa realidade tema de conversa não muda: futebol. Jaime Barreiro, o adjunto, pequena e afastada de todos os holofotes futebolísticos. Não con- já tinha alertado para o particular gosto em falar de Pedro Lomba seguiram passar à próxima fase da Taça, nem perto disso, e agora, mas é difícil pôr um travão a alguém quando fala daquilo que todos eles voltarão à sua vida normal. Contudo, todos eles regres- gosta. “Quero desfrutar do jogo e que os meus jogadores façam o sam com uma bela história para contar na bagagem. Esta é a magia mesmo” diz o treinador entre a sopa e o prato principal e acres- da Taça de Portugal, aquela que teima em relembrar-nos que ainda centa “prefiro fazer isto e ser goleado do que estar ali fechadinhos há no presente um futebol com cheiro a passado mas não ultra- à espera do momento para sair e, provavelmente, perder na mes- passado. Um futebol onde o romantismo e a paixão pura pela bola ma”, deixando o mote para a partida de logo à tarde. ainda respiram, independentemente de qualquer constrangimento. Com a hora do jogo a aproximar-se, os olhares direcionam-se rei- teradamente para os ponteiros dos relógios. O regresso a Valença foi uma viagem diferente, o silêncio e a concentração tomavam o autocarro por longos períodos. Antes de chegar ao estádio, é feito um pequeno desvio, já na cidade, para recolher o tal guarda-redes que esteve a trabalhar até às 6h da madrugada. Nem isso o iria retirar do jogo de uma vida e por isso junta-se agora à equipa. MANTENHA-SE INFORMADO JORNALISMO DE REFERÊNCIA www.valemais.pt Diariamente, notícias, reportagens, entrevistas, opiniões e secções especializadas www.valemais.pt 65

p.s. CARMEN Fotorreportagem #Vítor Ferreira NO TEATRO DIOGO BERNARDES 66 www.valemais.pt

\"p.s. Carmen , tem como ponto de partida a história É uma visão sobre a fêmea que não esconde os original segundo a dramaturgia da ópera de Bizet, É seus instintos, que captura as suas presas, mas uma peça de dança contemporânea que transpõe que também é seduzida no engano, sofrendo o para a cena a vivência de uma mulher com a qual reverso da medalha. São várias as questões que nos podemos identificar, independentemente do se apropiam deste ser contemporâneo.\" Info- género. É a desconstrução do mistério, da sedução, Companhia de Dança de Almada. do poder, da materialidade e da obsessão. www.valemais.pt 67

Nutrição & Bem-Estar Texto :: Ana Rita Lebreiro_NutripontoCome SALMÃO COM MASSA FILO E ESPINAFRES SALTEADOS Receita de um \"folhado\" para não deixar peso na consciência! Claro que não substituiu a típica massa folhada mas também ajuda a variar. Espero que faça, tenho a certeza que vai gostar. (para 4 pessoas) • SAL Q.B • COMINHOS Q.B. INGREDIENTES: • PIMENTA PRETA Q.B. • 4 FILETES DE SALMÃO • SEMENTES DE SÉSAMO Q.B. • 500G DE ESPINAFRES • 1 A 2 DENTES DE ALHO PICADOS • 8 FOLHAS DE MASSA FILO • QUEIJO MOZZARELLA RALADO Q.B. RECEITA: Ligue o forno. Pincele uma folha de massa filo com azeite e coloque outra por cima. Primeiro tempere os filetes de salmão No centro coloque um filete de salmão com sal e sumo de limão, deixando-os a e por cima, um pouco de espinafres e marinar por algum tempo. queijo. Dobre a massa filo em forma de Entretanto, arranje os espinafres e pique almofada. Repita para os restantes filetes. um ou dois dentes de alho (conforme o Coloque as “almofadas” num pirex, tamanho), para uma frigideira. Deite um previamente pincelado com azeite. Pincele fio de azeite, ligue o lume e deixe estalar as “almofadas” com azeite e deite por o alho. Adicione os espinafres e tempere cima, algumas sementes de sésamo. com um pouco de sal, pimenta preta moída Leve ao forno por cerca de 25 minutos e um pouco de cominhos. Mexa para a 180-200ºC, ou até estarem tostados. envolver e deixe que os espinafres reduzam Acompanhe com uma salada variada. um pouco de tamanho. Desligue o lume. Bom apetite!!! 68 www.valemais.pt

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Saúde Texto :: Lígia Rio FRIEIRAS UMAREAÇÃOAO INVERNO… O eritema pérnio ou perniose, comummente conhecido por frieiras são muito frequentes nos meses de Inverno onde a exposição ao frio é mais frequente. Apele é o maior órgão do nosso corpo e tem a importante missão guínea nas extremidades como a diabetes e aterosclerose. É igualmente de nos proteger contra as agressões externas, mas, nem sempre mais suscetível quem sofre de lupus, anemia ou síndrome de Raynaud consegue cumprir com eficácia. Quando submetida a condições – patologia que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades que atinge extremas ou prolongadas de frio, podem surgir as frieiras. principalmente mulheres jovens, caracterizado por um ou dois dedos das mãos ficarem brancos. O QUE SÃO? Usar pouca roupa ou sapatos muito apertados podem comprometer a As frieiras são inflamações cutâneas resultantes da ação do frio sobre circulação sanguínea e facilitar o aparecimento de frieiras assim como os vasos sanguíneos superficiais. Existe uma contração desses vasos comportamentos de risco: trabalhar em ambientes frios ou congelados sanguíneos (vasoconstrição) que impede que o sangue circule normal- sem proteção, lavar frequentemente as mãos com agua fria, fumar e be- mente e a pele não aquece. Quando submetidos a variações de tempe- ber álcool também contribuem para a vasoconstrição nas extremidades. raturas bruscas (fontes de calor) surgem as reações inflamatórias. PREVENÇÃO SINTOMAS? O melhor tratamento é sempre a prevenção! Assim, hidratar bem a pele As frieiras podem ser verdadeiramente incomodativas e dolorosas. Ca- – sempre que lava as mãos por exemplo, proteger as extremidades do racterizam-se por comichão, dor, inchaço, vermelhidão, feridas, fissuras e frio, vento e humidade com roupa adequada, não usar roupas apertadas, bolhas nos casos mais graves. beber agua e comer de forma saudável de forma a evitar a inflamação e evitar as mudanças bruscas de temperatura e contacto direto da pela Surgem com mais frequência nos dedos das mãos, dedos dos pés, com fontes de calor, são algumas formas simples de prevenção. orelhas, nariz e menos frequente nos cotovelos, joelhos e bochechas. TRATAMENTO FATORES DE RISCO? Uma vez falhado o plano de prevenção… é possível melhorar o descon- O principal fator de risco é a exposição forto e dor causados pelas frieiras. Manter a zona afetada sempre seca ao frio que quando aliada a uma cir- e quente evitando coçar ou esfregar, aplicar um creme hidratante para culação sanguínea insuficiente tem acalmar a comichão e vermelhidão em casos menos graves. Se ao fim mais probabilidade de provocar as de 2-3 semanas não houver melhorias ou houver feridas, bolhas e até frieiras. Por esse motivo, os idosos febre, deve consultar o médico/farmacêutico pois poderá ser necessário têm maior propensão a este a toma de algum medicamento oral (vasodilatador) ou aplicação de ou- problema. tros medicamentos tópicos. Atenção redobrada a utentes com diabetes! As frieiras também podem No Inverno, proteja-se das agressões externas e evite o desconforto de estar associadas a doenças que ter frieiras! comprometam a circulação san- 70 www.valemais.pt

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Turismo Texto :: Nelson Azevedo “ TERRITÓRIO ” DA BAIXA DENSIDADE À OPORTUNIDADE Hoje em dia esta é uma palavra que está definitivamente na moda: desde políticos locais aos nacionais, colunistas dos jornais e outros fazedores de opinião enchem a boca com um conceito originário da geografia e da biologia, dando a este conceito material, físico e concreto novos e importantes significados. Hoje em dia, o termo é assim usado nos conceitos “Territórios de A. Territorialidade vs Alianças Baixa Densidade”, “Territórios deprimidos” ou “Território de Opor- tunidades” muito mais como um conceito mental e cultural. Sob É hoje evidente que a noção de Território mudou para alguns; em vez um ponto de vista turístico, os destinos turísticos são representações de se assistir a uma competição feroz entre todos os concelhos do sociais e mentais sensíveis e delicadas e devem, por isso, ser tratadas Alto Minho, é importante que se vão construindo alianças na pro- com carinho e respeito, porque influenciam a capacidade de proporcio- moção dos factores positivos como sejam a montanha, os produtos nar experiências turísticas significativas aos visitantes. Nesta edição gastronómicos locais. Para além dos Domingos Gastronómicos da proponho que se faça uma viagem pelos nossos Territórios do Lampreia, hoje é evidente a associação entre municípios, os primeiros Alto Minho, nos seus 10 concelhos, nem que seja uma visão promotores do destino, como se verifica entre Monção e Melgaço, com panorâmica, necessariamente curta. ganhos nas épocas mais baixas. No entanto, este conceito ainda é para muitos sinal de concorrência, cópia ou imitação. Claro está Quando iniciei esta secção nesta revista, abordei esta questão de uma que só poderá servir para engordar os ânimos locais, perdendo-se outra perspectiva: em “Aos olhos de um Turista” (Agosto 2014) tentei escala. Veja-se a proliferação de feiras medievais, eventos evoca- trazer uma visão apaixonada do Turismo no Alto Minho. Passados estes tivos do chocolate ou outros que tal. Não acrescentam em termos anos, a paixão transformou-se em algo mais profundo. Hoje, a com- de saliência turística nem nas relações entre vizinhos. Abaixo com os preensão dos gestos que transformam ou consolidam os mapas men- muros e as desconfianças! tais sob a perspectiva do turista são mais penetrantes. Assim, nestes quase cinco anos de colaboração, o nosso Território mudou, mas fê-lo a várias velocidades e com nuances que convém detalhar: 72 www.valemais.pt

B. Promoção InfoermInes-scereva-se Muito mudou nestes anos. É hoje muito mais fácil atingir as massas www.valemais.pt 73 através das redes sociais, e o custo desta expansão do Território é ridiculamente baixo quando comparado com campanhas televisivas ou nos média impressos. Por outro lado, a promoção dirigida a públicos específicos (como é o caso de Ponte de Lima, que tem por hábito participar em várias Feiras de Turismo temáticas) ou as “operações de charme” dirigidas a bloggers, jornalistas de viagens ou a opera- dores turísticos é hoje em dia uma prática mais frequente, com evi- dentes ganhos. Por outro lado, a aposta clara de vários municípios em vídeos plenos de emoção preenchem hoje um espaço importante na promoção e na imagem que os potenciais visitantes formam do destino Alto Minho. Finalmente, a promoção via concursos televisivos como é o caso das “7 Maravilhas” (RTP), trouxe as luzes da ribalta para Monção (na Gastronomia, com a Mesa do Cordeiro) e Arcos de Valdevez (com os Socalcos de Sistelo). Apostas ganhas na promoção do Território. C. Diversificação vs Especialização Os concelhos do Alto Minho têm demonstrado uma certa ambivalência na gestão das representações que querem fazer passar para os poten- ciais públicos: se por um lado muitos deles se especializaram nos facto- res que identificam o concelho, por outro lado também experimentaram outros tipos de experiências e eventos. Daremos dois exemplos claros: é hoje evidente que Melgaço se tem esforçado por ser reconhecido como “o destino de natureza mais radical de Portugal”, e esta espe- cialização tem sido acompanhada por diversos eventos apelando a públicos mais jovens interessados em Turismo de Natureza activo, sendo a gastronomia, cultura e o enoturismo complementares. Um outro caso é Paredes de Coura, onde o “Coura Sem Paredes” se constitui como uma especialização de um conceito de liberdade criativa, nascida no Festival de Paredes de Coura, que se estende hoje a eventos-ban- deira como a Fan Weekend da Lego, a Escola do Rock ou “Paredes de Coura Vegetariana”. Por outro lado, assistimos nos últimos anos a alguns fenómenos de di- versificação nos eventos oferecidos pelos diversos gestores da imagem mental projectada, com relevo para as câmaras municipais. Por exem- plo, hoje é pacífico aceitar a ideia de que todos os 10 concelhos têm o potencial para organizar caminhadas ou Trails, embora nem todos o façam. No entanto, nem todos os esforços por oferecer uma panóplia de experiências turísticas são bem-sucedidas, executadas ou pensadas. Por vezes, as sobreposições que ocorrem afectam negativamente as representações mentais que se faz do Território, pelo que deverão levar a reflexões importantes dos decisores, porque representam usos de dinheiros públicos sem os devidos retornos em termos de receita imediata (mais estadias, maior fluxo de negócios) ou a médio e longo prazo (ganhos de reputação, estadias mais longas, mais e mais diversificados visitantes). Como é possível de verificar por esta breve análise aos nossos “Territó- rios”, é hoje possível afirmar que as potencialidades e as oportunidades são hoje melhor compreendidas pelos gestores das imagens e das marcas dos 10 municípios do Alto Minho do que há 5, 10 anos atrás, fruto também do impulso que o sector do Turismo trouxe ao nosso país. Ainda que haja vários desafios a vencer (alguns deles bem profun- damente culturais!), estamos melhor preparados para transformar a “Baixa Densidade Deprimida” numa “Terra de Oportunidades” não ao estilo americano, mas sim à nossa moda, a do Alto Minho!

PROTEÇÃO CIVIL Uma parceria Vale Mais | ANPC Reduções significativas da temperatura, por vezes repentinas, podem afectar a saúde de qualquer pessoa, quer esta se encontre dentro ou fora de casa. Os grupos de maior risco são as crianças, idosos, doentes crónicos (do foro respiratório ou cardíaco) e os sem abrigo. Ofrio extremo pode estar associado a queda de neve, ventos fortes e Quando sair formação de gelo. Ao proteger-se tenha isso em atenção. · Evite manter-se ao frio durante muito tempo e lembre-se que as diferenças de temperatura entre a rua e os interiores muito aquecidos ANTES DA ÉPOCA DE FRIO desidratam a pele, o que pode causar lesões dolorosas nos lábios, rosto e mãos. Se vive em zonas afectadas por frio intenso e prolongado ou que pos- sam ficar isoladas pela neve. · Para evitar quedas tente não caminhar sobre gelo ou neve. Faça reserva de: · Vista várias camadas de roupa, em vez de uma única peça muito quen- - água potável; te. Evite as que fazem transpirar e as muito justas. - alimentos ricos em calorias (chocolate, frutos secos, etc.); · Proteja a boca e o nariz para impedir a entrada de ar muito frio nos pulmões e, se necessário, use luvas, chapéu e cachecol. - comida enlatada ou embalada (que não necessite de confecção ou refrigeração); · Opte por calçado apropriado. - combustível de uso doméstico (ex.: botija de gás ou lenha). · Mantenha-se seco. O corpo arrefece mais rapidamente se estiver molhado ou exposto ao vento. · Prepare um estojo de emergência com rádio e lanterna a pilhas, pilhas de reserva, material de primeiros socorros e medicamentos essenciais. · Não exerça atividades físicas violentas (como tentar desempanar o carro ou limpar neve). O organismo já está em esforço para manter a DURANTE A ÉPOCA DE FRIO temperatura corporal. Perigos em casa QUANDO VIAJAR DE AUTOMÓVEL · INTOXICAÇÃO por monóxido de carbono - tenha especial cuidado Antes de iniciar viagem com aquecimentos a lenha (lareiras, braseiras e salamandras). Para evitar a acumulação deste gás venenoso, que pode ser mortal, abra uma · Faça a revisão do nível de gasolina, luzes e travões. janela para renovação do ar. · Coloque um líquido anticongelante no radiador. · INCÊNDIOS - podem ter origem na má utilização de aquecedores eléctricos ou sobrecarga da rede eléctrica devido ao funcionamento · Utilize correntes para a neve, se for caso disso. simultâneo de vários aparelhos. · Diga a alguém qual o percurso que vai seguir. · QUEIMADURAS - previna-as e redobre a atenção com as crianças e idosos. · Leve um estojo de primeiros socorros, agasalhos, alimentos, um pano colorido e telemóvel. 74 www.valemais.pt

Em viagem · Conduza a velocidade reduzida. · Tenha especial cuidado com as zonas mais sombrias da estrada, pois é onde se forma mais gelo. Se a viatura ficar imobilizada · Ligue 112. · Chame a atenção, se necessário. Coloque o pano (ou algo colorido) na antena ou preso na janela. · Permaneça dentro do veículo. Estará mais protegido do frio e trovoada. · Abra a fresta de uma janela oposta ao vento. · De hora a hora ligue o aquecimento cerca de 10 minutos. · Mantenha o tubo de escape limpo de neve. · Movimente-se. Mexa as pernas, braços e dedos, para activar a circula- ção sanguínea. · Evite adormecer. EFEITOS DO FRIO NO ORGANISMO Com a exposição a temperaturas muito baixas os tecidos podem sofrer queimaduras pelo frio. As áreas mais afectadas são as mãos, pés, nariz e orelhas. Proteja a pele da acção directa do ar frio. A hipotermia é um estado em que a temperatura corporal está abaixo do seu normal (37ºC). Manifesta-se por pele pálida ou arroxeada, até à perda gradual das capacidades motoras (tremor, dificuldade em andar e falar) e mentais (sonolência, confusão e perda de consciência.) Pode levar à morte se a vítima não for socorrida. EM CASO DE QUEIMADURA PELO FRIO OU HIPOTER- MIA O que FAZER... · Ligue 112 e siga as recomendações dadas. · Proceda ao aquecimento gradual do corpo; não tente aquecer-se rapidamente: · vá para um local quente e seco; · retire a roupa molhada; · vista roupas secas e quentes e envolva-se em cobertores. O que NÃO FAZER... · Não ingira bebidas alcoólicas. A sensação de calor é enganadora pois, de seguida, sente-se ainda mais frio. · Não beba líquidos com cafeína (ex.: café e chá) porque aumentam o esforço cardíaco. www.valemais.pt 75

Imobiliário Texto :: Venâncio Fernandes CASA PRÓPRIA VS FINANCIAMENTO Ao longo do ano de 2018 e por recomendação do Por princípio e tendo em atenção que o objetivo principal é o de Banco de Portugal o sector financeiro tem vindo a acautelar o endividamento desmedido das famílias e empresas, adotar novas regras de financiamento Bancário para em verdade não poderemos discordar com tais medidas. aquisição de habitação própria, aplicando à realidade Portuguesa regras já em vigor em outros países da CE. A questão principal é saber até onde estas alterações afetam a normalidade da atividade da construção e do imobiliário e por conseguinte toda a economia. 180 5 1500 N/D 90.000.00€ 100 2 2 850 N/D 80.000.00€ 347 3 4154 N/D 85.000.00€ AV 1739 :: Loureda :: Arcos de Valdevez AV 2050 :: P. Coura :: Paredes de Coura AV 3825 :: Oliveira :: Arcos de Valdevez Quintinha c/ artigos. Projeto aprovado Moradia rústica junto à vila Quintinha para restaurar 332 4 C 175.000.00€ 376 4 4 1400 A 450.000.00€ 270 3 2 1720 B 260.000.00€ AV 4153 :: P. da Barca :: Ponte da Barca AV 4171 :: Nogueira :: Ponte da Barca AV 4177 :: Estorãos :: Ponte de Lima Espaço comercial c/332 m2. Excelente moradia T4 Casa de campo com piscina 86 2 310 N/D 23.000.00€ 100 2 1 1770 F 35.000.00€ 352 3 2700 N/D 119.000.00€ AV 4229 :: Ferreira :: Paredes de Coura AV 4235 :: Rubiães :: Paredes de Coura AV 4320 :: Ribeira :: Ponte de Lima Casa em pedra para recuperar Moradia c/ 1750 m2 habitável. Quintinha para restauro 76 www.valemais.pt

Na minha modesta opinião, elas não afetarão o negócio em si, mas po- Falo por exemplo da criação de um seguro que garanta a indemi- dem e vão contribuir para algum arrefecimento e indecisão no momento nização por prejuízos causados por defeitos de construção. Todos de tomar algumas decisões. No limite estaremos perante a necessidade sabemos que a atual legislação prevê essa garantia nos primeiros de alterarmos a forma como olhamos para a compra de um imóvel sem- 5 anos, mas também todos sabemos que face à permissividade no pre que tivermos de recorrer a financiamento bancário para tal. encerramento das empresas no nosso país, essa garantia na maioria das vezes desaparece com o encerramento das mesmas, deixando Passaremos a escalar as prioridades, e possivelmente teremos o consumidor por sua conta e risco. de em razão escolher algo que se enquadre dentro dos nossos limites de endividamento, e relevar para segundo plano muitos Face aos montantes e ao prazo elevado dos contratos de crédito dos nossos sonhos, alguns até desmedidos. habitação, talvez fosse também de considerar a repartição do risco por mais que uma entidade. A existência de um seguro de crédito Estando de acordo e não receando os efeitos destas alterações, não poderia permitir a muitos mutuários transferir para as seguradoras posso deixar de manifestar alguma incompreensão por outras me- parte do risco inerente a contratos de longo prazo, conseguindo em didas que deveriam e não foram tomadas, e cuja importância seria simultâneo melhores condições na concessão do crédito. Poderia relevante para acompanhar este novo paradigma, e suprir algum existir também, à semelhança do que acontece noutros países, a desconforto normal, sempre que nos confrontamos com situações participação do estado através do Instituto da Habitação e da Rea- que mexem com o nosso habitual comodismo e reação à mudança. bilitação Urbana na conceção de uma parcela desse financiamento a taxas bonificadas, que permitisse ao mutuário alguma flexibilidade nos contratos perante a existência de algum imprevisto. 382 4 4 2200 B- 353.000.00€ 423 4 4 3244 D 350.000.00€ 280 4 2 850 EX 220.000.00€ R3155 :: Mazedo e Cortes :: Monção R3160 :: Loivo :: Vila Nova de Cerveira R3186 :: Longos Vales :: Monção Sumptuosa moradia c/ jardim, piscina exterior e acesso ao rio Moradia localizada em zona residencial Moradia c/ bons espaços exteriores. Possibilidade de venda com mobília por 250.000.00€ 888 21 22 192 C 600.000.00€ 200 4 14 500 F 55.000.00€ 269 3 1 1260 F 45.000.00€ R3201 :: Monção e Troviscoso :: Monção R3204 :: Gandra e Taião :: Valença R3191 :: Portela :: Monção Hotel com 21 quartos no centro de Monção. Moradia para restaurar em excelente localização Moradia constituida por cave e rés-do-chão. 280 3 4 270 C sob consulta 100 3 2 1200 ISENTO 50.000.00€ 201 2 2 130 EX 138.000.00€ R3209 e 3212 :: Moledo :: Caminha R3213 :: Monção e Troviscoso :: Monção R3218 :: Afife :: Viana do Castelo Moradia em localização privilegiada c/ excelente espaço Terreno p/ construção de moradia com piscina e anexo. Excelente localização a dois minutos do centro da vila Moradia com vistas para o mar. Boa localização e acessos A maior força imobiliária da região 251 654 924 GARANTIMOS SOLIDEZ E CONFIANÇA www.calvolima.com [email protected] www.valemais.pt 77

Texto :: AO Norte DE VÍDEO ESCOLAR FESTIVAL Tens uma história para contar? E que tal juntares os colegas de turma e fazeres um filme? E que tal enviares-nos o teu fil- me? E que tal seres selecionado e veres o teu filme na programação do concurso Ação05? LUZES! Há seis prémios, no valor de 500 euros cada um, em material audiovisual, a atribuir às escolas CÂMARA! que apresentarem a concurso os melhores filmes. As candidaturas estão abertas até dia 25 de AÇÃO05! março de 2019 para filmes realizados por alunos dos ensinos básico e secundário, com a du- ração máxima de 10 minutos, nas categorias de ficção e de animação, realizados em contexto escolar e em que os alunos tenham desempenhado um papel ativo na sua produção. O Ação05! - Festival de Vídeo Escolar pretende promover a produção audiovisual nas escolas, sensibilizar as escolas para a utilização do vídeo como ferramenta criativa e fo- mentar a educação para as imagens. O Festival é organizado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pela AO NORTE - Associação de Produção e Animação Audiovisual, no âmbito da programação dos XIX Encontros de Cinema de Viana. Os vencedores do concurso Ação05! serão selecionados por um júri, com base em três crité- rios de avaliação: originalidade e criatividade; envolvimento dos alunos no filme e qualidade técnica do trabalho. Os filmes selecionados serão apresentados ao público no dia 07 de maio de 2019, no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo. Será uma festa do cinema e do audiovisual, com a projeção em sala dos trabalhos selecionados e entrega de prémios. Não esperes mais! Consulta o regulamento e convence a tua escola a entrar no mundo do cinema. Ficámos à tua espera. Regulamento e informações adicionais: http://www.encontrosdecinema.pt 78 www.valemais.pt

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Ambiente Texto :: Brito Ribeiro MENOS PLÁSTICO MAIS AMBIENTE Está cada vez mais na ordem do dia a questão dos impactos do plástico no meio ambiente e na cadeia alimentar. Cerca de 80% de todo o lixo marinho é composto por plástico e a tendência é para aumentar. Por ano são despejados, directa ou indirectamente nos oceanos Por exemplo, garrafas, copos, palhinhas, cotonetes, toalhitas ou perto de 13 milhões de toneladas de plástico, desde garrafas, sacos podem ser alvo de medidas domésticas tendentes a reduzir sacos, embalagens ou equipamentos de pesca. ou mesmo abolir o seu consumo. Os plásticos são fabricados a partir de petróleo e persistem no Em Portugal, a sensibilização sobre o impacto das escolhas indivi- meio ambiente durante séculos. O plástico nunca se degrada duais no meio ambiente está a aumentar. Nos últimos dois anos, completamente, apenas se decompõe em pedaços de menor o uso de sacos de plástico leves tem diminuído substancialmente dimensão. A grande maioria dos bocados de plástico no oceano com a aplicação da Legislação Europeia, aplicando-se uma taxa tem menos de 5 milímetros de tamanho, pelo que os peixes mui- adicional sobre a sua utilização. tas vezes os confundem com fitoplâncton. Prova-se assim que é possível criar alternativas sustentáveis ao Todas as espécies de tartarugas marinhas, metade dos mamíferos consumo desregrado de plástico com medidas bem ponderadas, marinhos e um quarto das aves marinhas já foram emaranhados ou pelo que o Estado, os seus agentes locais como as autarquias e ingeriram plástico/lixo marinho. até as associações de defesa do ambiente tem uma palavra impor- tantíssima no novo ciclo que desejamos: Isto significa que qualquer pessoa que consuma uma “quantida- de média” de peixe e marisco ingere aproximadamente 11.000 Influenciar a comunidade a ter comportamento responsável e partículas de plástico por ano, o que é um pouco assustador se hábitos de consumo amigos do ambiente.Criar uma consciência considerarmos que a exposição excessiva a produtos químicos/ ambiental que promova a utilização de alternativas à louça descar- componentes do plástico pode originar certos tipos de cancro, tável na restauração e eventos (musicais, gastronómicos, etc.) distúrbios imunológicos e obesidade. Garantir que a separação de embalagens de plástico seja sem- É preciso reduzir drasticamente a utilização de plástico descartável pre efectuada, eliminando-se as principais barreiras (distancia ao e mudar a forma como nós, enquanto cidadãos e consumido- ecoponto e disponibilidade de equipamento para separação no res, nos relacionamos com estes materiais. Será necessária uma estabelecimento (restauração, comércio e industria). verdadeira revolução na sociedade, desde o Estado, a industria e o consumo, para alterar radicalmente o paradigma existente, algo Maior conhecimento, lançando o Guia de boas práticas ambientais que se me afigura difícil nos tempos mais próximos. para o canal HORECA (hotéis, restaurantes e cafés), premiando atitudes sustentáveis. No entanto, há um conjunto de acções que podem ser facilmente implementadas por cada um de nós no dia-a-dia. Coisas tão fáceis Temos de persistir na atitude de compromisso de todos para como reduzir o consumo de embalagens plásticas, reutilizar as avançar com a transição necessária, utilizando melhor os recursos, embalagens evitando o uso único ou encaminhando o plástico contabilizando todos os custos e malefícios do plástico, reduzin- descartável para a reciclagem. Ao fim ao cabo, promover a política do assim o impacte dos plásticos descartáveis no Ambiente e no dos 3 Rs, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. meio marinho em particular. 80 www.valemais.pt Sem dúvida, este é o caminho.

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Lendas do Alto Minho PROPRIETÁRIA / EDITORA Calvolima, Lda DeulaDeu Martins NPC 506 676 668 Durante as guerras de D. Fernando I de Portugal com Henrique Capital Social II de Castela, veio Pedro Rodrigues Sarmento, adiantado de Galiza, pôr 50.000.00€ cerco à vila de Monção. Sede Avenida das Portas do Sol, n.º1047 Foi então que a Providência, que muitas vezes se serve dum 4950-500 Monção fraco instrumento para acções grandiosas, inspirou a uma mulher o DIRETOR como salvaria Monção de cair em poder de tão desapiedados inimigos. Agostinho Lima DIRETOR ADJUNTO Deuladeu Martins, esposa do capitão-mor daquela vila, Vasco M. del Carmen Calvo Gomes de Abreu, era uma dessas mulheres de que a História nos aponta REDAÇÃO exemplos que ocultam, em peito feminino, um coração varonil. Onde o José C. Sousa (diretor) perigo era maior, lá aparecia com o denodo de um soldado corajoso e Manuel S. animando a todos, como o faria um chefe valoroso e dedicado. DESIGN GRÁFICO José C. Sousa Infelizmente tinham chegado as coisas a um ponto em que REVISÃO GRÁFICA estava passado o tempo para os actos de valor, isto é, em que era Maria Rosa Gondim intil para os sitiados o valor das armas. A fome, zombando do esforço COLABORADORES humano, ia pôr termo a tão heróica resistência. Adelino da Silva (opinião) Adriana Delgado (casa&vida) Deuladeu Martins, que, enquanto teve pão para dar, o ia Ao Norte (cinema) repartindo pelos soldados, adiando a hora fatal do rendimento da Brito Ribeiro (ambiente) praça, chegou uma vez ao seu celeiro, e só encontrou nele uma Carla Silva (crianças) exígua porção de farinha, com que apenas poderia fabricar alguns Eusébio Baptista (agricultura) poucos pães. A outro qualquer desfalecer-lhe-ia o ânimo e romperia Emília Cerqueira (opinião) em lágrimas, vendo, nesses miseros restos do seu provimento triste Fátima Silva (opinião) anúncio da morte ou do cativeiro. Porém, a uma alma daquela têmpera José Emílio Moreira (opinião) a grandeza do infortúnio costuma exaltar o espírito e o pensamento. E, José M. Carpinteira (opinião) com efeito, a iminência do perigo sugeriu-lhe urna ideia luminosa, que Laura Couto (sexo&amor) Deus se dignou de coroar. Lígia Rio (saúde) Luís Ceia (opinião) A resoluta dama, sabendo que aos inimigos começava a Nelson Azevedo (turismo) escassear o pão, pega da farinha, manda-a amassar e cozer, e, depois, Noemi Lima (imobiliário) enchendo o regaço com os pães que ela produzira, sobe às muralhas, Manuel Pinto Neves (opinião) e daí os lança aos Castelhanos, dizendo-lhes: Manuel Cunha (opinião) Paulo Gomes (desporto) — A vós, que não podendo conquistar-nos pela força das armas, Sara Covas (nutrição) nos haveis querido render pela fome, nós, mais humanos, e porque, VS Advogados (consultório jurídico) graças a Deus, nos achamos bem providos, vendo que não estais fartos, DEPARTAMENTO COMERCIAL vos enviamos esse socorro, e vos daremos mais, se o pedirdes. [email protected] T. +351 925 987 617 Ficaram os inimigos tão desconcertados com esta acção (que IMPRESSÃO os fez crer em que a praça estava abundante de mantimentos) que, Lidergraf Sustainable Printing perdendo a esperança de a submeter, e, já cansados, levantaram o cerco. DISTRIBUIÇÃO Vale mais fonte: CIM Alto Minho PERIODICIDADE Bimestral 82 www.valemais.pt TIRAGEM 7.000 exemplares DEPÓSITO LEGAL 338438/12 REGISTO na ERC 126166 CONTACTOS T. +351 251 654 927 M. +351 925 987 617 EMAIL [email protected] SITE www.valemais.pt REDES SOCIAIS Pode consultar o Estatuto Editorial em www.valemais.pt O Acordo Ortográfico utilizado pelos colaboradores é da sua exclusiva responsabilidade. Os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, não obedecendo, necessariamente, à linha editorial desta publicação. Toda e qualquer informação publicitária apresentada pode conter, eventualmente, erros alheios ao Vale mais, pelo que requer, indubitavelmente, confirmação posterior.

Seguimos o caminho que escolhemos Numa altura em que os mass media vivem tempos difíceis, a VALE MAIS consegue consolidar-se e distinguir-se. Prestigiou-se e prestigiou o jornalismo, marcou a diferença, tem agenda própria e, com ela, tornou-se um marco de referência que a distingue no panorama da Imprensa. Informação credível, confiável e de verdadeiro interesse. público. ONDE ENCONTRAR A VALE MAIS Intermarché Areosa :: Viana do Castelo Avenida Além Rio - Areosa Papelaria & Livraria Né :: Melgaço Repsol Vilarelho :: Caminha Rua Hermenegildo Solheiro Rua do Corgo Kyos :: Viana do Castelo Shopping ‘Estação de Viana’ BEQ - Combustíveis Pombo :: Monção O Moliceiro:: Moledo Estrada de Mazedo Avenida Santana Quiosque S. João :: Viana do Castelo Rua S. João Papelaria Clemente :: Monção Repsol V.P Âncora :: V.P. Âncora Rua 5 de Outubro Rua 31 de Janeiro Repsol Arcozelo - AMF :: Ponte de Lima Rua S. Gonçalo - Arcozelo Papelaria Raúl :: Monção Tabacaria Central:: V.P. Âncora Rua General Pimenta de Castro Rua Miguel Bombarda Repsol Feitosa :: Ponte de Lima Via Foral Velho D. Teresa - Feitosa L & P Santa Teresinha :: Valença Intermarché:: V.P. Âncora Avenida do Colégio Português Poço Linho - Estrada Nacional 13 KT Store:: Ponte de Lima Rua Mestre João Lopes Café Restautante ‘Esplanada’:: Valença Nova Coura Papelaria :: P. de Coura Avenida Miguel Dantas Rua Conselheiro Miguel Dantas Intermarché :: Ponte de Lima Rua da Cancinhola - Feitosa Intermarché :: Valença Livraria Gomes :: P. de Coura Costa de Ervilha Rua Dr. Narciso Alves da Cunha Gasolineira Galp :: Ponte da Barca Rua Dr. Joaquim Moreira de Barros Repsol :: Valença Intermarché Darque:: Viana do Castelo Estrada Nacional 13 Avenida Conchada - Mazarefes Quiosque Florista :: Ponte da Barca Rua Conselheiro Rocha Peixoto Papelaria Teixeira :: Valença Tabacaria Ciso :: Viana do Castelo Avenida São Teotónio, Ed. Lepanto Av. dos Combatentes da Grande Guerra Gasolineira Galp :: Arcos de Valdevez Rua Dr. Vaz Guedes - Paçô Papelaria A4 :: V.N. Cerveira Papelaria A4:: Viana do Castelo Avenida Heróis do Ultramar Rua de Monserrate - Monserrate Versus Papelaria L. :: Arcos de Valdevez Rua Dr. Joaquim Carlos Cunha Cerqueira Loja das Prendas:: V.N. Cerveira Casa Carneiro :: Viana do Castelo Rua Queirós Ribeiro Lg. João Tomás da Costa Tabacaria Atlético :: Arcos de Valdevez Praça Municipal Gasolineira BP :: V.N. Cerveira Kioske ZR :: Viana do Castelo Estrada Nacional 13 - Alto das Veigas Rua Cidade de Recife Copiâncora:: V.P. Âncora Praça da Rewpúwblwica.valemais.pt 83

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