Nada melhor do que a quadra natalícia para deixar uma mensagem de esperança. Uma mensagem que nos aqueça o coração. Uma mensagem que nos guie e ilumine o caminho. Palavras não são nada sem ações. Momentos são para ser vividos. Alegrias para serem partilhadas. E a Felicidade, bom, a felicidade conquista-se com quem está sempre ao nosso lado em todos os momentos. Feliz Natal. Delta. O Café da sua Vida www.valemais.pt 51
Outra questão que se coloca na Igreja EDIL “Esta deve acontecer mais à frente, no é a dos divorciados. MELGACENSE exercício do poder. Aí, sim, tem de haver uma separação absoluta entre aquilo que é “O Papa tem-na agarrado muitíssimo bem. GOSTA o poder político, o seu exercício, o serviço O enquadramento legal na própria Igreja é DE TER à população, e aquilo que é o trabalho contrário a que aconteça um divórcio. Mas, DÚVIDAS no âmbito da Igreja. Tem de ser feita no no entanto, deve haver acolhimento caloroso exercício do poder, do serviço público, e da parte da comunidade e de quem a ela não na pessoa.” preside, para todos esses casais, homens e mulheres, que experimentaram esta questão Sente-se grato pela vida que tem? E do divórcio. É um bom caminho que levará, a quem? com certeza, a algumas mudanças na própria doutrina. No sentido das pessoas serem “Sim. Em relação a muita gente. Continuo acolhidas e percebidas como tendo tido a achar a vida um grande desafio. Com uma opção ou tendo feito um percurso que, as dificuldades e amarguras, é um projeto socialmente, não era, até há alguns tempos, lindíssimo e interessante. Por isso, sinto-me normal, mas que hoje se tornou e que tem muito feliz todos os dias. Na minha vida e de ser assumidos por todos assim.” na forma como vou fazendo o percurso. Reconheço as minhas limitações, os erros Manoel Batista não se escusa de que se vão cometendo neste e naquele tomar posição sobre questões polé- momento. Mas também consciência de micas. que tenho feito um percurso interessante e este gosto do projeto que está pela frente, “Outra questão complexa na nossa so- que tem passado e um desafio que todos ciedade e que tem de fazer também este os dias se coloca.” percurso. A aceitação da homossexuali- dade. Um homem ou uma mulher, que “Sinto gratidão a muita gente. Desde logo, se assumem como homossexuais, ainda aos que me ajudaram a colocar cá, os hoje têm uma dificuldade muito grande meus pais, que já estão na outra dimensão em serem aceites na sociedade. Embora e, com certeza, muitíssimo bem. Depois, a o discurso, muitas vezes, seja contrário. minha família mais próxima, a minha irmã, Temos de ter a capacidade de que a opção os meus filhos e as pessoas que comigo de cada um seja respeitada. Também aí a conviveram, a minha mulher, uma pessoa Igreja tem feito um processo interessante, decisiva na minha vida, e, também, aquels um discurso diferente e, porventura, uma que vão partilhando connosco os vários atitude pastoral diferente em relação a projetos ao longo da vida.Como já estive todas estes homens e mulheres.” ligado a muitos, tenho uma enorme grati- dão aos que estiveram envolvidos comigo “É importante percebermos que hoje, ho- em todos neles. Neste caso, momento e mens e mulheres que, claramente, assumem altura, àqueles que na Câmara, Assembleia a sua homossexualidade, estão a ter papéis Municipal, juntas de Freguesia, e, sobretu- relevantes na sociedade. Há primeiros-mi- do, à gente que comigo trabalha todos os nistros e primeiras-ministras no mundo intei- dias. Uma equipa bastante alargada, que ro que se assumiram como homossexuais. está bem, gosta e entende o projeto como Cá temos uma ministra da Cultura que se um desafio, coletivo”. assumiu publicamente como tal.” Que mais gosta em si? RELIGIÃO E POLÍTICA: “NO LIMITE, NÃO HÁ “De ter dúvidas. O pior que pode aconte- SEPARAÇÃO” cer é encontrar pessoas pela frente que tem certezas absolutas em tudo na vida. Gosto Outra questão pertinente. de sentir a vida como um desafio feliz. O otimismo. Há anos, uma pessoa amiga dizia “No limite, não pode haver separação. O Eu que isto me vinha do lado brasileiro. Não religioso, o Eu que percebe a vida como uma sei se é, mas a verdade é que eu consigo, relação com Deus, com o transcendente, é mesmo nos momentos mais difíceis da vida, também o Eu que é político. Não posso sepa- ver o horizonte aberto na frente.” rar-me, fatiar-me e dizer que aqui está o meu Eu que tem uma estrutura de vida que assenta na fé e na relação com o transcendente, e o Eu que é politico, que intervém nisto e naquilo. No limite, não há separação nenhuma”. 52 www.valemais.pt
Mas também tem os seus momentos de frustração. E as leituras? Como lida com eles? “Muitas vezes, o cansaço não deixe muita disponibilidade, ao fim do “Dessa maneira. Olhando para a frente e sendo capaz, mesmo dia, para fazer leituras. Mas, quando posso, sim. Agora ando às voltas num momento mau, ver o horizonte azul e conseguir ver um ponti- com uma obra do José Rodrigues dos Santos, o Anjo Branco.” nho de luz que se é capaz de alcançar.” O que lhe tira o sono? Que gosta mais de recordar? “Felizmente, poucas coisas. Pode tirar-me o sono, mais rapida- “Muitas coisas. Sobretudo a relação com as pessoas. São esses mo- mente, alguma excitação com um projeto novo que tenha na mentos de alegria que mais nos fazem felizes. Recordar momentos cabeça do que, propriamente, preocupações com o trabalho.” de relação, de convívio, de estar com as pessoas, recordar viagens…. Gosto de passear, embora o faça muito menos do que gostaria.” O DIA A DIA Quais as viagens que mais o marcaram? Como é o seu dia a dia? “Uma, há muitos anos, quando fui a Macau e à China. Fabulosa. “O mais comum é levantar-me pelas 6h45 (mais ou menos), ajudar Mas também ao Brasil. Voltar a estar lá foi muito importante. A a preparar o meu filho de 4 anos (as minhas duas filhas vivem com a memória das viagens é uma coisa muito interessante.” minha ex-mulher), deixá-lo na creche pelas 8h20 e vir até ao trabalho. Chegar à Câmara pelas 8h30 e, naquele período até às 9h00, em que Quais são as suas referências musicais? não está ninguém, ir preparando o dia de trabalho. Este, normalmen- te, é o de receber pessoas, ter reuniões de trabalho com as chefias “Não sou um grande conhecedor de música, nem tenho muito tem- ou com quem venha para reunir connosco. Também com o executivo po… mas há grandes referências. Por incrível que pareça, uma das no sentido de avaliarmos aquilo que são as decisões a tomar. primeiras prende-se com a minha estada no Rio, em 1978/79, e com uma mulher chamada Elis Regina. Mais tarde, uma música mais mexi- Muitas vezes, passa por sair. Para visitar o território, conhecer da, dos U2. Ouço-os de forma continuada. Na música portuguesa, há aquilo que está a acontecer ou as necessidades que este tem. Ou, grandes referências como os GNR – que me marcaram mais no perío- então, sair para fazer aquilo que é fundamental: procurar defender do de adolescência e juventude – e, depois, coisas diferentes, como os interesses deste, à procura de financiamento, de instrumentos Rodrigo Leão (gostaria de um dia o trazer a Melgaço) e Madredeus.” de trabalho que sejam importantes para nós. De todas estas suas vivências, há, de certeza, casos en- Noutros momentos, saio para coordenar outras equipas de graçados que ainda recorde com um sorriso nos lábios! trabalho, já que tenho também aqui algumas responsabilidades – ligação à comunidade intermunicipal, liderança da ADRIMINHO. “Há uma história que não tem piada nenhuma. Mas é a nota da- Enfim, situações que nos fazem muitas vezes sair. quilo que eu dizia. Nos momentos mais difíceis, ser capaz de ver o lado de lá. Em 1992, estava cá, em Melgaço, há um ano e tive um Também há a Galiza, como quem Melgaço tem uma ligação muito acidente de automóvel, com despiste. Na estrada Monção - Melga- grande. Temos sete municípios que fazem fronteira connosco e ço. Num fim de semana, um grupo de amigos dos tempos da Facul- com quem queremos continuar a estreitar ligações. Nem sempre dade, vieram até cá, numa sexta-feira à noite. Fomos jantar fora e muito badaladas, mas efetivas.” beber um copo. No regresso, com excesso de velocidade, aconte- ceu-me um acidente grave, com despiste. Capotei até. Uma história E os fim de semana? dramática, com grande impacto social. Mas , no sábado à noite, já em casa, com os colegas que estavam comigo, dizia: ‘Isto realmente Vivo na freguesia de S. Paio, a dois quilómetros da vila. É verdade correu muito mal, mas ainda havemos de nos rir disto tudo.” que nem sempre temos os fins de semana libertos, mas, tanto quanto possível, gosto deles tranquilo, em casa, a conversar, a Quais são os seus vícios? ver TV, acender a lareira, conviver entre nós, e, porventura, com os vizinhos já que o enquadramento da minha casa permite ter ali “Não cultivo muitos. Gosto de TV, mas tenho pouco tempo para uma relação de proximidade muito boa com eles. Não significa tal. É um vício que me dá algum gozo, sobretudo quando tenho que, num ou noutro, se faça uma saída, para visitar familiares ou oportunidade de me sentar e ver um ou dois filmes. O cinema é um pequeno passeio. uma das minhas paixões. Que ambições ainda tem? Depois, uma coisa que gostava de fazer, mais como hobby, as caminhadas. Tenho feito poucas. Num fim de semana recente, A grande ambição sempre foi a de servir. Hoje, como presidente acompanhei um grupo de jogadores de futebol da autarquia, que de Câmara (costumo dizer que não sou, mas estou presidente). está num torneio intermunicipal, à ilha do Pico (Açores). Fomos Amanhã não sei. Gostava mesmo era de continuar sempre a servir desafiados (eramos seis) a subir mesmo ao cume do Pico. Saímos os que estão ao meu lado. Pode ser, aqui, localmente, pode ser às três e meia da manhã da Casa da Montanha, um patamar base, num serviço mais longínquo. e durante três horas fizemos a subida, com guia, até ao topo, à cratera do Piquinho. Para depois ver o nascer do sol. Foi uma ex- Houve um desafio que me coloquei há uns anos e depois travei, periência marcante. Pela dureza. Isto para dizer que gostava muito no âmbito cooperação humanitária, que continuo a acalentar. Não de poder fazer mais estas experiências de caminhar, descoberta sei se o irei realizar. Mas tenho-o para mim. da natureza, de sensações…” www.valemais.pt 53
Reportagem #Valença MUSEU DO BOMBEIRO COLEÇÃO INTEGRA CERCA DE 4000 PEÇAS Texto :: José C. Sousa Quisemos perceber qual é a realidade deste Museu nos dias que correm e estivemos à conversa com José Monte, Vereador da Esta situado, em Valença, um dos principais Museus, Cultura, que nos disse que, atualmente, quem gere o Museu é dedicados aos Bombeiro, de Portugal. Instalado na antiga o Município de Valença através de um protocolo celebrado em “Hospedaria Militar” e ex. quartel dos bombeiros, o Museu do 1997, onde ficaram responsável pela manutenção, limpeza e apoio Bombeiro de Valença resulta da dedicação de Manuel Sobral, técnico do espaço, sendo que tem disponível, no Museu, uma que foi voluntário desta Associação Humanitária entre 1944 e funcionária para a recepção de visitantes. 1981, desempenhando alguns cargos de Direção. Ao espólio original, “tem sido incrementadas algumas peças que Trata-se de uma coleção que integra cerca de 4000 peças, que são doadas”, e segundo o autarca “o espaço está a necessitar de reproduzem um pouco da história destes Soldados da Paz, ha- uma intervenção com uma requalificação do espólio que o torne vendo peças representativas de vários países, desde capacetes, mais interativo com os visitantes”. Bomba Braçal e todos os instrumentos ligados a este ofício de combate ao fogo. O Município procura, todos os anos, interagir novas exposições com o espaço do Museu, fazendo, também, a divulgação do Fomos visitar este espaço museológico, situado na Praça Forte, espaço, mas para José Monte, \"o Museu tem condições para se dentro da Fortaleza de Valença, junto a uma das principais entradas tornar mais interativo e, para isso, é necessário fazer obras de de turistas nesta fortificação. Mas apesar de uma boa localização, o conservação e dotá-lo de novas tecnologias de interação com o Museu passa desapercebido e tem vindo a perder protagonismo. público, assim como um melhor planeamento e divulgação junto das escolas e de operadores turísticos\". 54 www.valemais.pt
Quanto à diminuta visibilidade do edifício, (hoje, praticamente Quanto à pouca visibilidade do Museu, Salustiano Faria é contun- tapado por uma esplanada e café) o vereador assevera que “a dente. \"Não gosto nem do bar nem da esplanada porque estas concepção daquele Bar não foi bem feita, sendo que este tapa duas estruturas vieram descaracterizar o Largo 7 de Julho\". o edifício e, quem passa, não se apercebe que existe um Museu, mas sim um café com a sua esplanada. Já foram feitas adaptações HISTÓRIA para corrigir essa situação, no entanto, estas são sempre difíceis, pois não podemos mudar estruturas físicas e não podemos alterar No ano de 1917 deflagrou um violento incêndio num prédio da contratos de exploração entre os Bombeiros e terceiros\". antiga Rua Direita. Tal fatalidade originou um certo movimento na população de Valença, onde ainda não existia um Corpo de Bom- Quem também nos prestou declarações sobre este espaço museo- beiros, mas tão somente uma bomba da antiga Companhia da lógico foi Salustiano Faria, Presidente da Associação Humanitária Bomba, propriedade da Câmara Municipal. Contudo, não existia dos Bombeiros Voluntários de Valença, afirmando que este espaço pessoal devidamente preparado. tem como propósito “divulgar o equipamento que os Bombeiros de Portugal utilizavam no combate aos incêndios”. Só em 1919, e depois de novo grande incêndio, se reativou a movi- mentação dos Valencianos, no sentido da criação dos seus Bombei- Sobre o seu momento atual, e a perda de protagonismo, Salustia- ros. Celebrou-se, na altura, uma reunião dos habitantes de Valença no Faria, relembra que \"no ano de 2008, durante alguns meses, a e dela resultou a nomeação de uma comissão organizadora, para a RTP1 fez bastante divulgação ao Museu e quase todos os Jor- fundação dos Bombeiros e a elaboração dos seus estatutos, os quais nais do país, nomeadamente, os da zona norte divulgaram este foram aprovados por Assembleia Geral de 27 de Julho de 1919. espaço. Nesse mesmo ano, foram enviadas mais de 600 circulares para as escolas do norte do país para divulgação do Museu e com Era necessário, então, um Quartel-sede. Conseguiu a cedência do entradas a custo zero, no entanto, nem a maior parte das escolas prédio militar denominado «Antigo Armazém de Material» e em 19 de Valença mostraram interesse em visitá-lo\". de Setembro de 1920 inaugurou-se a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença e respetivo Corpo Ativo, equipa- No entanto, para o Presidente desta Associação Humanitária, do com três bombas braçais e um carro para o transporte de seis “modernizar não parece uma boa solução, mas estou de acordo homens e que servia para puxar as bombas, com cavalos ou muares. que aquele espaço seja aproveitado para fazer outras exposições não ligadas a bombeiros”, asseverou. Uma vez criados os Bombeiros e instalados no seu Quartel do Eirado, a Direção e Comando, continuaram a trabalhar visto que se tornava necessário um Quartel-Sede novo e condigno. www.valemais.pt 55
Conseguiu-se adquirir, por compra ao Ministério da Guerra, o Extintores Bombas: Eram utilizados nos anos 40, em incên- antigo prédio «Hospedaria Militar da Casa da Guarda», situado no Largo do Sol e em 1926 para lá passaram todas as instalações. dios que deflagravam em fábricas em que a água era pouco Durante muitos anos foi considerado o melhor quartel do distrito e ou nada eficaz. dos que estavam melhor equipados. Este edifício foi inaugurado como Quartel de Bombeiros a 1 de Macas: Foram utilizadas pela “Cruz Vermelha” na 1.ª Guerra Janeiro de 1927, e funcionou como tal, até ao ano de 1988. Com a saída do Corpo de Bombeiros para um novo quartel, a Mundial, em 1914. Direção de então transformou este edifício em Museu do Bom- beiro. Para tal contou com o apoio inestimável de Manuel Valdés Machados: Serviam para os bombeiros derrubarem portas e Sobral, que se mostrou disponível para ofertar toda a sua coleção de capacetes e outro tipo de material utilizado pelos Bombeiros. madeiramentos do telhado para evitar a progressão do incêndio. Depois, através de fundos comunitários e com o apoio da Câmara Municipal nasceu, em 1994, o “Museu do Bombeiro”. Agulhetas: Remontam a várias épocas e de diversas corpora- Foi inaugurado a 18 de setembro de 1994 pelo então ministro da Administração Interna, Manuel Dias Loureiro. ções de Bombeiros Nacionais e estrangeiros. Esta coleção-museu surgiu depois de mais de quarenta anos de ligação permanente ao Voluntariado Português e, consequente, Escadas de Gancho: de origem francesa, eram usadas por interesse de reunir objetos que, de uma maneira mais ou menos direta, estiveram relacionadas com os Soldados da Paz. Nas variadíssimas quase todos os bombeiros do mundo, com exceção dos ingleses, peças nele existentes, poder-se-á verificar a representação de vários dada a rivalidade existente na altura entre os dois países. países. Poderemos apreciar os mais diversos materiais e equipamento, cedidos não só por entidades e Corporações Nacionais e Estrangeiras, Archotes e lanternas: Serviram bombeiros e companhias cria- bem como peças adquiridas em casas da especialidade e doações. das em épocas diferentes. Estes instrumentos eram utilizados para ESPÓLIO iluminar a zona dos incêndios durante o rescaldo dos mesmos quando deflagraram durante a noite. Bombas-Braçais: Algumas com mais de 200 anos, que eram Capacetes: Oriundos de mais de 38 países, com a curiosidade de transportadas para os incêndios por cavalos e pelos próprios Bombeiros que muitas vezes substituíam os animais, no local do na coleção se encontrarem capacetes da R.D.A e R.F.A e de alguns incêndio e na ausência de pontos de água, eram as mulheres que países com quem, na altura, Portugal não tinha relações diplomáticas. com cântaros transportavam a água dos poços e a despejavam para um tanque de lona que era colocado ao lado da bomba. Os Extintores: Encontram-se em exposição diversos tipos, entre os homens ajudavam os Bombeiros a manusear a bomba com os braços, razão do nome Bomba-Braçal. quais, se destaca, um da extinta Empresa Têxtil Francisco Manoel Durães & Filhos, Lda.Dada a frequência de incêndios naquela 56 www.valemais.pt unidade fabril, os trabalhadores da época estavam preparados para o seu manuseamento. Coleção de Miniaturas: Através destas miniaturas procura-se mostrar os carros de combate a incêndios a transportes de doen- tes, em épocas diferentes e de vários países. Existem, ainda, crachás de várias corporações bem com medalhas e medalhões alusivos a diversos eventos. MANUEL VALDÉS SOBRAL Manuel Valdés Sobral nasceu, em Valença, a 30 de Abril de 1923 e desenvolveu a sua atividade profissional como funcionário das Finanças em Valença, Trás-os-Montes e Viana do Castelo. Li- gado, desde muito cedo, à causa do voluntariado alistou-se em 1944 no Corpo Ativo dos Bombei- ros Voluntários de Valença onde permaneceu até 1947. Desempenhou de 1950 a 1964 vários cargos diretivos na Direção da Associação Huma- nitária dos Bombeiros Voluntários de Valença e de 1966 a 1981, foi membro da Direção dos Bombei- ros Voluntários de Viana do Castelo, os últimos quatro anos como Presidente. Estudioso da temática dos Museus, e apoiando- -se na experiência acumulada ao longo de vários anos, proferiu várias palestras e realizou diversas exposições, em vários locais do País, nomea- damente em Barcelos, Braga, Ponte de Lima, Caminha, Vila Praia de Âncora, Melgaço e, além fronteiras, em Nantes-França e em Badajoz-Es- panha. Escreveu e publicou a obra “O Fogo, Sua História e Combate”.
MUSEU DO BOMBEIRO DE VALENÇA por: Manuel Pinto Neves Os museus são verdadeiros nichos que guardam os tes- temunhos das comunidades onde se inserem. Eles asse- melham-se a baús onde se recolhem preciosidades que, de outro modo, se iriam perdendo e nunca chegariam ao conhecimento do cidadão comum. Relativamente a este espaço, posso deixar aqui uma breve resenha do breve tempo em que fiz parte da Direcção desta prestigiada Associação. O então Presidente, senhor Alberto Vilas, desafiou-me para tentar concretizar três objectivos: reactivar a famosa “Fanfarra”, de tão boa memória; animar o Museu tornan- do-o, se possível interactivo; e publicar um livro com a História da Associação Humanitária. Acabado o mandato, apenas consegui concretizar a última. Saldo negativo da missão a que me propusera. Mas falemos um pouco do Museu do Bombeiro. Nessa altura, foi elaborado um plano de intenções, das quais poderia destacar as seguintes: Mudança periódica dos ex- positores (apesar da colocação de umas rodas, o seu peso era demasiado, tornando a ideia pouco exequível), espaço para exposições (tornada difícil pela falta de espaço e pela deslocação complicada dos expositores), maior divulgação junto das escolas, dos párocos e das Juntas de Freguesia (terá sido o único objectivo alcançado, pelo menos tem- porariamente. Na verdade, no ano de 2005, houve, até Setembro, 958 visitantes, sendo 565 alunos das escolas) e melhoria da iluminação do espaço (creio que também foi conseguida). Entretanto, deixei de fazer parte dos Órgãos Sociais, e perdi o “rasto” ao Museu. De qualquer modo, pode-se dizer que a Associação Huma- nitária de Bombeiros Voluntários de Valença tem feito, ao longo dos anos, um grande esforço para manter aberto este espaço cheio de raridades que aos denodados “soldados da paz” dizem respeito. Nele podemos encontrar um ver- dadeiro livro aberto de história que, atrever-me-ia dizer, é único no nosso país e estará, com certeza, no topo dos seus congéneres europeus e até mundiais. Porém, a comunidade valenciana vem passando a deslado desta pérola, quando seria tão simples dispor de algum tempo para o visitar. Aqui fica o desafio para todos os leitores: Venham até ao Museu! Com essa simples atitude estarão a beneficiar-se com o que terão oportunidade de apreciar e, ao mesmo tempo, contribuirão para a manutenção de um nicho históri- co, que só enriquece o património cultural de Valença. www.valemais.pt 57
Reportagem #Viana do Castelo & Caminha PLANO DCAAOMRINLAHAC-OESSTPEINIRHAO Prevê demolições, limitações e proibições de construção junto ao mar O novo Plano da Orla Costeira Texto :: José C. Sousa Caminha-Espinho (POC-CE) que está Em causa estão a retirada progressiva de edifícios em risco ou em fase de discussão pública até ao dia 14 de dezembro de 2018, prevê construídos ilegalmente em cima das dunas nas praias da Amoro- a demolição, limitação e em muitas sa, Pedra Alta (Viana do Castelo), Pedrinhas, Cedovém, Suave Mar, zonas até a proibição, de construção e/ou habitações, em frente ao mar, Ofir Sul (Esposende), Aver-o-Mar (Póvoa de Varzim) Congreira, e preconiza o recuo planeado de Mindelo, Pucinho (Vila do Conde), Marreco (Matosinhos), Madale- 14 aglomerados, dos quais 12 estão em “áreas críticas” mais expostas a na, Valadares (Gaia) e Paramos (Espinho). fenómenos extremos e ao risco de erosão e de inundações. O edifício mais emblemático desta lista de “destruição de imóveis” é o edifício transparente em Matosinhos, construído durante a Capi- 58 www.valemais.pt tal Europeia da Cultura em 2001 e que custou 7,5 milhões de euros. Figuram, ainda, 34 edifícios, sobretudo de restauração, e centenas de casas de 14 núcleos habitacionais (sete são de origem piscató- ria) que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) pretende retirar da costa entre Caminha e Espinho”. A área de intervenção do Programa da Orla Costeira Caminha- -Espinho (POC-CE), com cerca de 541 km2, abrange 122 km da orla costeira de nove concelhos e 36 freguesias, e inclui, as águas marítimas costeiras e interiores e os respetivos leitos e margens, assim como as faixas de proteção marítimas e terrestres inseridas na área de circunscrição territorial da ARH do Norte.
Os programas de orla costeira constituem um meio de intervenção A área em estudo abrange os concelhos de Caminha, Viana do do Governo e visam a prossecução de objetivos considerados indis- Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, pensáveis à tutela de interesses públicos e de recursos de relevância Porto, Vila Nova de Gaia e Espinho, e é um dos trechos costeiros nacional com repercussão territorial, estabelecem exclusivamente que apresenta maior densidade populacional a nível nacional. regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais, através de medidas que instituem ações permitidas, condicionadas ou interdi- A ocupação ocorreu, nalguns casos, de modo desordenado, geran- tas em função dos objetivos de cada programa, prevalecendo sobre do um sem número de problemas relacionados com a construção os planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal. excessiva, desrespeitando áreas sensíveis e zonas de risco, induzindo degradação ambiental e descaracterização paisagística, sobretudo, O agravamento da erosão costeira e o reconhecimento inequívoco por grande desconhecimento dos processos de evolução costeira. do aumento da frequência e intensidade dos fenómenos climáti- cos extremos, resultantes das alterações climáticas, exigem novas Alguns problemas relacionaram-se, também, com deficientes respostas das políticas públicas, nomeadamente a adoção de ou inexistentes sistemas de saneamento básico ou estruturas de medidas de adaptação (proteção, acomodação e recuo planeado) promoção de qualidade ambiental. A falta de monitorização da que reduzam a exposição de indivíduos, atividades e infraestruturas dinâmica costeira foi determinante para que os problemas fossem aos riscos. Neste contexto, os POC estão obrigados a proceder tardiamente ou deficientemente detetados. à identificação de faixas de risco e a estabelecer os respetivos re- gimes de salvaguarda, face aos diversos usos e ocupações, numa A singularidade da paisagem do litoral norte de Portugal resulta perspetiva de médio e longo prazo. da grande variedade dos seus atributos biofísicos, socioeconómi- cos e culturais, que se vão evidenciando ao longo do troço entre A nova reforma legislativa veio introduzir uma mudança de pa- Caminha e Espinho. radigma nos agora designados POC, atribuindo-lhes um caráter estratégico, deixando assim de vincular direta e imediatamente os A norte, o território é mais acidentado, devido à presença de particulares através da definição de um regime de uso do solo, e duas formações montanhosas, a Serra de Arga, com 825 metros passando a vincular unicamente as entidades públicas. De qual- de altitude máxima, e a Serra de Santa Luzia, com 550 metros de quer forma, os POC apresentam conteúdo normativo, relativo aos altitude máxima, que assumem grande preponderância nos conce- regimes de salvaguarda e gestão dos recursos e valores naturais, lhos de Caminha e Viana do Castelo. que deverá ser integrado nos planos territoriais. Segue-se uma zona aplanada que abrange os concelhos da Póvoa Por último, os POC concretizam o quadro global de objetivos de Varzim, Vila do Conde e Matosinhos. Nos concelhos do Porto, estratégicos preconizados para a orla costeira, designadamente: Vila Nova de Gaia e Espinho, a zona litoral forma um anfiteatro para o mar. − Fruição pública em segurança do domínio hídrico; O litoral entre Caminha e Espinho é dominado por um conjunto − Proteção da integridade biofísica do espaço e conser- de importantes bacias hidrográficas, das quais as mais importantes vação dos valores ambientais e paisagísticos; são as dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave e Douro. − Valorização dos recursos existentes na orla costeira; As importantes atividades agrícola e industrial, praticadas nas bacias que drenam para estes cursos de água, têm contribuído − Flexibilização das medidas de gestão; de forma substancial para a degradação da qualidade dos meios hídricos: numa fração substancial dos troços dos rios referidos, a − Integração das especificidades e identidades locais; qualidade que a água apresenta é, em muitos casos, imprópria para captação de água para consumo humano ou apresenta um − Criação de condições para a manutenção, o desenvol- grau de poluição que requer graus de tratamento elevados. vimento e a expansão de atividades relevantes para o país, tais como atividades portuárias e outras atividades No passado, este sector já apresentava problemas relacionados socioeconómicas que se encontram dependentes do mar com os processos de dinâmica costeira. Algumas ocorrências de e da orla costeira, bem como de atividades emergentes natureza erosiva já se manifestavam em meados do século passa- que contribuam para o desenvolvimento local e para do. Contudo, a presença de um importante cordão dunar relativa- contrariar a sazonalidade. mente bem preservado constituía um importante mecanismo de resiliência aos processos erosivos. CARATERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Nalguns casos, ocorriam grandes fluxos sedimentares decorrentes de transporte eólico, que levavam à formação de extensas cober- Como referido, a zona costeira Caminha-Espinho estende-se turas arenosas, com dunas, que se alastravam e cobriam zonas desde a foz do rio Minho, em Caminha, até à saída da Barrinha de mais interiores, prejudicando as atividades agrícolas que aí se de- Esmoriz, numa extensão aproximada de cerca de 122 km. senvolviam. Nesta fase, observou-se desenvolvimento e expansão de extensas zonas de dunas. Este trecho é caracterizado pela presença de praias baixas e arenosas encaixadas entre sectores com praias baixas e rochosas. Algumas praias encontram-se, atualmente, cobertas por seixos, nomeadamente desde a praia imediatamente a sul da Pedra Alta até à praia de Cepães. Veja na nossa página de internet (www.valemais.pt), de forma detalhada e legendada, os Planos de Base de Intervenções das Praia do Alto Minho. www.valemais.pt 59
PLANO DE BASE DE INTERVENÇÕES EM VILA PRAIA DE ÂNCORA • Redimensionamento da 3.ª Zona de Apoio Balnear (ZAB03); AQUI ESTÃO ALGUMAS DAS PRAIA QUE PODERÃO • Relocalização da 4ª Zona de Apoio Balnear em função da aco- SOFRER AS INTERVENÇÕES MAIS IMPORTANTES. modação dos acessos e apoios de praia e balneares existentes (ZAB04); INTERVENÇÕES EM CAMINHA Praia da Foz do Minho • Criação de 5ª Zona de Apoio Balnear a sul, determinada pela forte procura atual desta zona (ZAB05); • Relocalização da Zona de Apoio Balnear da frente fluvial (ZAB01); • Manutenção de APS associado à Zona de Apoio Balnear03; • Redimensionamento da Zona de Apoio Balnear da frente maríti- ma (ZAB02); • Requalificação de APS associado à Zona de Apoio Balnear04; • Requalificação dos dois apoios existentes para Equipamento com funções de Apoio de Praia (EAP); • Criação de APS associado à Zona de Apoio Balnear05; • Requalificação de edificado existente a nascente da Zona de Apoio Balnear01 para Equipamento de apoio à náutica; • Criação de canal de acesso para embarcações a sul da Zona • Criação de canal de acesso para embarcações a norte da Zona de Apoio Balnear01, tendo em conta tratar-se de uma praia com de Apoio Balnear02, tendo em conta tratar-se de uma praia com “onda de especial valor para desportos de deslize”; “onda de especial valor para desportos de deslize”; • Manutenção de parque de estacionamento existente a sul da • Manutenção de parque de estacionamento a nascente da Zona Zona de Apoio Balnear01; de Apoio Balnear03; • Requalificação de parque de estacionamento a nascente do Estádio Municipal, conforme projeto POLIS; • Criação de parque de estacionamento a nordeste da Zona de • Criação de acessos pedonais entre a praia e o Estádio Municipal; Apoio Balnear05; • Recuperação de acessos pedonais existentes; • Criação/requalificação de dois acessos de emergência/veícu- • Recuperação de acessos pedonais existentes junto à Mata do los motorizados autorizados a sul e a poente da Zona de Apoio Camarido. Balnear01. Praia de Vila Praia de Âncora Praia de Moledo • Redimensionamento da 1.ª Zona de Apoio Balnear (ZAB01); • Manutenção da 1.ª Zona de Apoio Balnear (ZAB01) • A localização mais aconselhável para o APM a criar associado à • Relocalização da 2ª Zona de Apoio Balnear (ZAB02), afastando-a Zona de Apoio Balnear01 deverá ser a sul do acesso de emergên- da foz do rio; cia indicado; • Relocalização da 2.ª Zona de Apoio Balnear em função da inter- • Criação de 3ª Zona de Apoio Balnear a sul (ZAB03), na zona venção de reforço de cordão dunar (ZAB02); dos Caldeirões, por se tratar de área com grande procura e boa acessibilidade; 60 www.valemais.pt • Criação de Apoio de Praia Simples (APS) sazonal associado à Zona de Apoio Balnear 01; • Criação de Apoio de Praia à Prática Desportiva (APPD) a sul da Duna dos Caldeirões, junto ao campo de futebol; • Criação de dois canais de acesso para embarcações, um entre a Apoio de Praia à Prática Desportiva 01 e a 02 e outro a sul da 03, tendo em conta tratar-se de uma praia com “onda de especial valor para desportos de deslize”; • Manutenção de parque de estacionamento existente a sudeste da Zona de Apoio Balnear 02; • Criação de acessos pedonais entre o parque de estacionamento e a Duna dos Caldeirões, conforme projeto da POLIS LITORAL NORTE; • Recuperação de acessos pedonais existentes; • Criação/requalificação de dois acessos de emergência/veículos motorizados autorizados a nascente da Zona de Apoio Balnear 02 e a sul da Zona de Apoio Balnear 03: Nota: A intervenção relativa à Zona de Apoio Balnear03 só poderá ser executada após a designação da água balnear. Praia de Forte do Cão (Gelfa) • Relocalização da Zona de Apoio Balnear existente (ZAB01) • Criação de Apoio de Praia Simples (APS) associado à Zona de Apoio Balnear 01; • Manutenção de parque de estacionamento existente a sul da Zona de Apoio Balnear 01: • Recuperação de acessos pedonais existentes: • Criação/requalificação de acesso de emergência/veículos moto- rizados autorizados a sul da Zona de Apoio Balnear 01, junto do parque de estacionamento existente.
INTERVENÇÕES EM VIANA DO CASTELO • Criação de Apoio de Praia Simples (APS) associado à Zona de Apoio Balnear02; Praia de Afife • Criação de canal de acesso para embarcações a norte da Zona de Apoio Balnear 01, tendo em conta tratar-se de uma praia com “onda • Relocalização da Zona de Apoio Balnear (ZAB01) em virtude das de especial valor para desportos de deslize”; alterações morfológicas da praia; • Criação de acessos pedonais, conforme projeto POLIS; • Recuperação de acessos pedonais existentes; • Criação de Equipamento com funções de Apoio de Praia (EAP) • Renaturalização de acessos pedonais não planeados ou não construídos; associado à Zona de Apoio Balnear 01; • Criação/requalificação de acesso de emergência/veículos motoriza- dos autorizados a nordeste da Zona de Apoio Balnear 02; • Criação de Apoio de Praia à Prática Desportiva (APPD) a sul da Zona de Apoio Balnear 01; Praia de Amorosa - Chafé • Criação de canal de acesso para embarcações a sul da Zona de • Redimensionamento da Zona de Apoio Balnear (ZAB01); Apoio Balnear; • Requalificação de Apoio de praia Completo (APC) associado à Zona de Apoio Balnear 01; • Manutenção de parque de estacionamento existente a nascente • Recuperação de acessos pedonais existentes a nascente da Zona de da Zona de Apoio Balnear 01; Apoio Balnear 01: • Criação/requalificação de acesso de emergência/veículos motoriza- • Recuperação de acessos pedonais existentes dos autorizados a sul da Zona de Apoio Balnear 01; • Demolição de edificado existente a sul da Zona de Apoio Balnear 01; • Criação/requalificação de acesso de emergência/veículos moto- Praia de Pedra Alta rizados autorizados a nascente da Zona de Apoio Balnear; • Relocalização da Zona de Apoio Balnear em função das condições do areal (ZAB01); • Demolição de edificado existente a nascente da Zona de Apoio • Criação de Apoio de Praia Completo (APC) associado à Zona de Balnear e junto ao parque de estacionamento a manter. Apoio Balnear 01, conforme projeto POLIS; • Recuperação de acessos pedonais existentes a nascente da Zona de Praia de Carreço: Apoio Balnear 01; • Criação/requalificação de acesso de emergência/veículos motoriza- • Relocalização da Zona de Apoio Balnear existente (ZAB01); dos autorizados a sul da Zona de Apoio Balnear 01. • Manutenção de Apoio de Praia Completo (APC) associado à PLANO DE BASE DE INTERVENÇÕES NwA wPRwAI.AvaDlAemAMaOisR.pOtSA6-C1HAFÉ Zona de Apoio Balnear01; • Manutenção de parque de estacionamento existente a nascente da Zona de Apoio Balnear; • Recuperação de acessos pedonais existentes; • Renaturalização de acessos pedonais não planeados ou não construídos; Nota: A interrupção na área útil de praia verifica-se por se tratar de área crítica de risco a proteger. Praia Norte • Criação de três Zonas de Apoio Balnear (ZAB01, ZAB02 e ZAB03); • Manutenção de Apoio de Praia Completo (APC) associado à Zona de Apoio Balnear01; • Manutenção de Apoio de Praia Completo (APC) associado à Zona de Apoio Balnear02; • Criação de Apoio de Praia Simples (APS) associado à Zona de Apoio Balnear03; • Criação de parque de estacionamento a nascente da Zona de Apoio Balnear01; • Manutenção de áreas de estacionamento existentes a norte e a nascente da Zona de Apoio Balnear 01; • Recuperação de acessos pedonais existentes a sul da Zona de Apoio Balnear03; • Criação/requalificação de acesso de emergência/veículos moto- rizados autorizados a nascente da Zona de Apoio Balnear 03; Praia do Cabedelo • Relocalização da 1.ª e 2.ª Zona de Apoio Balnear (ZAB01 e ZAB02) em função das condições do areal; • Criação de Apoio de Praia à Prática Desportiva (APPD) a norte da Zona de Apoio Balnear01;
Reportagem #Ponte da Barca PARQUE PENEDA-GERÊS COM PLANO-PILOTO PROJETOS TOTALIZAM 8, 4 MILHÕES DE EUROS Um Plano-Piloto está a ser desenvolvido na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês. No total, são 11 ações que incluem o ordenamento, restauro e conservação de matas, reforço de redes móveis, revitalização dos setores produtivos tradicionais e criação de equipas de apoio aos agentes florestais. 62 www.valemais.pt
Texto :: Manuel S. “Há projetos mais direcionados para determinadas zonas e para determinados hectares de intervenção. Mas há projetos transversais, pelo que se pode considerar toda a área abrangida” – refere, à VALE MAIS, Sónia Almei- da, administradora-delegada da ADERE Peneda-Gerês, Associação de Desenvolvimento das Regiões Parque Nacional, sedeada em Ponte da Barca. Além da Adere-Peneda Gerês plano envolve o ICNF (Instituto de Conservação de Florestas), o IPVC (Politécni- co de Viana do Castelo) e os cinco municípios do Parque – Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Melgaço, Terras de PROJETOS Bouro e Montalegre. 1 A área do Parque abrange 70 mil hectares e a população 2 aproxima-se dos 9 mil habitantes. “Podemos afirmar 3 que, de alguma forma, todos beneficiarão com os pro- 4 jetos que estão a ser implementados” – sublinha Sónia 5 Almeida. 6 7 AÇÕES INICIARAM-SE EM 2017 8 9 As 11 ações referentes a este processo iniciaram-se em 10 2017 – “o prazo, na maioria dos projetos, será de três 11 anos, prevendo-se (e desejando-se) que tenha depois continuidade”, diz-nos Sónia Almeida – passam, em con- creto, pelo restauro das matas do Mezio e do Ramiscal, da prevenção estrutural e conservação da Mata Nacional do Gerês e o ordenamento e sustentabilidade da zona de proteção da Mata de Albergaria. De igual modo, visam a informação e participação socioeconómica dos agentes locais, conservação das populações autóctones de pinheiro silvestre, conservação de florestas mediterrânica de Taxus Baccata, melhoria da cobertura da rede móvel, expansão e melhoria de habitats prioritários e vegetação autóctone, revitalização dos seto- res produtivos tradicionais e equipas e equipamentos para complementar a ação do corpo de agentes florestais. No total, as estimativas orçamentais dos projetos totalizam totalizam mais de 8, 4 milhões de euros de investimento, com financiamentos na ordem dos 85% e dos 100%. www.valemais.pt 63
MAIS DE 3 MILHÕES PARA EQUIPAS E EQUIPAMENTOS Os maiores montantes estão previs- tos na Mata do Mezio (cerca de 1, 2 milhões de euros, execução distri- buída por oito anos), com o rearbo- rizar 495,5 da área florestal ardida com espécies autóctones, regulação do pastoreio e implementação do plano de gestão florestal e fruição do espaço natural; e para e equipas e equipamentos para complemen- tar a ação do Corpo Nacional de Agentes Florestais (3, 8 milhões por seis anos), mobilizar equipamentos e meios para a execução das ações previstas no Plano-Piloto, designa- damente no domínio da prevenção (gestão de faixas de combustível, recuperação e abertura de acessos, etc.) e da recuperação de habitats, da vigilância no combate a incên- dios e operações de rescaldo. Durante a apresentação do Plano-Piloto em Ponte da Barca, o presi- O edil salientou, ainda, que a elaboração deste plano e destes dente da Câmara Municipal, Augusto Marinho, observou, acerca do projetos tem contado com o envolvimento “das populações, dos plano que surgiu na sequência dos incêndios florestais que assola- conselhos diretivos de baldios, das juntas de freguesia, das autar- ram o PNPG nos últimos anos e da necessidade de se prevenirem quias e da ADERE Peneda-Gerês”. ocorrências futuras com melhoramentos estruturantes, que este vai de encontro à superação dos constrangimentos mais graves que se O desenvolvimento deste plano compreende, pois, também detetam no parque. “Queremos que seja um pólo dinamizador e contacto com as populações envolvidas, através de sessões de impulsionador do desenvolvimento do concelho”, referiu. informação locais. 64 www.valemais.pt
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Reportagem #Melgaço HpiprsGiemtuóseersirniodarraaaaas EUDOSIA UMA PROFESSORA GALEGA REFUGIADA NAS MONTANHAS DE CASTRO LABOREIRO Texto :: Manuel S. Eudosia Lorenzo Dias foi uma jovem galega que, com 19 anos de idade, se refugiou, com seus pais, em Castro Laboreiro e aí viveu escondida, durante cerca de três anos, entre brandas e inverneiras, com a ajuda de gentes da região. Foi em 1936, na sequência dos acontecimentos que derem origem à Guerra Civil espanhola. Viviam na vizinha aldeia galega de Fradavilte. 66 www.valemais.pt Delfina e Eudosia no último encontro entre ambas
Seu pai era já conhecido e estimado, devido ao seu ofício de ca- “Tinham dinheiro bastante. Havia ali uma loja, a do Ti Bernardo, ele pador, e o acidentado e difícil terreno e caminhos serranos tornava ia lá enquanto não os perseguiram, e mandavam vir as compras. extremamente difícil a tarefa de a encontrar por parte da polícia Até houve um homem estudado que passou pela fama, pelo me- portuguesa que os procuravam. nos, de o ter enganado, numa negociata, em milhares de pesetas”. Para a, então, PVDE – Polícia de Vigilância e Defesa do Estado A vida, naqueles tempos, era muito difícil. “Trabalhava-nos como (mais tarde PIDE), eles seriam “elementos propagandistas das teo- negros, no campo, a ‘botar’ centeio, batatas, com rebanhos de rias comunistas”. Em 1937, um relatório desta força policial referia ovelhas, vacas. Foi há 51 anos que vim para aqui, para o Queima- que “nas regiões montanhosas de Castro Laboreiro encontram-se delo. Tinha 21 vizinhos” (hoje só há três). escondidos nas furnas, em plena montanha, desde o princípio da guerra em Espanha, bastante espanhóis. Esta polícia tem feito al- Das recordações de Eudosia, lembra-se que já sabia as primeiras letras, gumas surtidas que, dada a configuração do terreno e uma frente mas não a numeração. “Foi ela que me ensinou. Disse-me, até, para de 50 quilómetros, têm sido pouco profícuas”. comprar uma tabuada. Ensinava-me em casa. Sei ler as parcelas até ao milhão. Tive a oportunidade” – observa à reportagem da VALE MAIS. Daí que só, através de uma denúncia de um local, é que foram encon- trados. A partir dela, a polícia começou a rondar a casa onde entretan- CHEFE DA POLÍCIA ENCANTADO to a família se tinha mudado, na mudança de estação, para a branda do Rodeiro, lugar isolado em Castro Laboreiro, próximo da raia seca. Depois da captura, vai para 80 anos, no caminho até Melgaço, a pé, o No relatório de captura escreve-se que havia a informação “de que es- chefe do posto da polícia foi a conversar com Eudosia. “Ficou encan- tariam refugiados numa mina, no rio que margina este logar ou na casa tado por ela… mas era casado. Se estivesse solteiro…”. Ofereceu-lhe de António Domingos Rendeiro, num esconderijo perto da lareira”. um crucifico que ela, mais tarde, emoldurou. “Quando chegou lá (a Não se refere quaisquer torturas, mas, de facto, terão mesmo batido e Melgaço), disse-lhe: você não se aflija, não serão entregues. Não foi pontapeado o proprietário da habitação, assim como, antes, mergu- ele que conseguiu, mas grandes amigos. O pai esteve preso, mas ela lhado a cabeça da filha mais nova na água fria do rio. Mas ninguém e a mãe meteram-nas no hospital, a ajudar as freiras. Os espanhóis respondia à pergunta: “Onde estão escondidos os galegos?”. ainda vieram para os levar, mas já estava tudo combinado”. Naquele relatório diz-se, apenas, que foi retirado “de um canto da Três meses depois de capturados, já tinham obtido a documenta- lareira enormes atados de urzes e um pesadíssimo banco, tudo isto ção que lhes permitiu viajar até Casablanca, em Marrocos, onde assente num chão de lages”. Ao “pedir um ferro ou martelo”, os chegaram em agosto de 1938. “Meteram-nos no comboio em agentes que os capturaram foram surpreendidos “com o levanta- Monção e foram até ao Algarve em segredo. Ali, ainda tiveram mento muito lento de uma destas (lajes), e de vozes que implora- de esperar oito dias para embarcar”, assevera-nos Delfina. vam clemência”. Não batam mais no homem, que ele não tem cul- pa – terá suplicado Eudosia, a primeira a sair. O esconderijo ainda Em Marrocos, a vida não lhes correu mal. “Assim que acabou a Guerra, hoje é passível de ser visto, numa casa de pedra, agora em ruínas, Eudosia foi para França e teve a sorte de casar com um homem rico na branda do Rodeiro e que tem uma alminha numa esquina. e não precisou trabalhar mais. Teve dois filhos, um deles ainda vem visitar-me, mas passaram-se uns 60/70 anos sem saber da vida deles.” 80 ANOS DEPOIS: A HISTÓRIA NA PRIMEIRA PESSOA E como se deu o reencontro? Eudosia escreveu uma carta ende- reçada ao pároco de Castro Laboreiro, o padre Aníbal Rodrigues, A história foi-nos também contada na primeira pessoa. Delfina que chegou a conhecer quando ele era estudante. Dizia: “Sou Fernandes tem agora 97 anos, mas uma genica e memória invejá- uma pessoa que estive na Alagoa e no Rodeiro, no tempo da vel. Vive com a filha no lugar de Queimadelo. Tinha 15 anos quan- Guerra, e conto fazer uma visita, de tantos de Julho e tantos de do Eudosia e família vieram para a sua inverneira, no de Alagoa. agosto, a Castro Laboreiro”, conta-nos Delfina Fernandes. Dormiram juntas – ela, a irmã e Eudosia. Foi esta que lhe ensinou – bem como a outras crianças castrejas – a ler e a contar. “O padre Aníbal, assim que viu a minha filha, contou-lhe da visita. Eu fui buscar a direção e escrevi-lhe uma carta, num papel de 25 “Eles fugiram de noite e atravessaram a fronteira de Entrimo, linhas, para que coubesse tudo. Só existia eu, naquela família, passaram no Ribeiro de Baixo, depois para o de Cima e chegaram que ela conheceu. A minha irmã já morrera”. Eudosia respon- à Alagoa”. “Tinham ainda dois filhos menores que não precisavam deu-lhe e disse-lhe que a casa deles tinha sido queimada, como de fugir. Queimaram-lhe a casa. Não eram políticos. Ela é que casou e que tinha uma casa entre Bande e Muiños, perto de andou na escola com os da esquerda… que era contra o Franco”. barragem de Conchas. “Já fui lá!” – garante, orgulhosa. “Tiveram que fugir, senão matavam-nos”, conta-nos. Delfina Esteve, depois, três vezes com Eudosia. Na primeira, esteve com observa que, na altura, o pai de Eudósia teria pouco mais de 40 o padre no Ribeiro de Baixo, jantaram e “esteve aqui abraçada anos. “Era o chefe da banda de música de Grou. Lembra-me de comigo, ela e o filho” que, agora, costuma visitar Delfina. Tam- ter sete ou oito anos e vir tocar à Senhora da Vista”, acrescentan- bém foram ao Rodeiro ver a casa onde esteve escondida. do que se realizam bailaricos e ele “era um borguista de muita coragem”. De dia, andavam vestidos como os de Castro Laborei- “A última vez foi em 2004, tirou-me um retrato, à porta daquela gara- ro, confundindo-se, até, com estes. gem (perto da atual residência de Delfina) e disse-me que vinha buscar- -me um dia para a casa dela. Quando viesse de férias. Foi a última vez que a vi, naquele ano foram dar um passeio lá em França, deu-lhe qual- quer coisa e morreu e por lá foi sepultada. O marido já tinha falecido há três anos. Não o cheguei a conhecer” – observa a nossa interlocutora. www.valemais.pt 67
Eudosia com o marido e filho, ladeando os seus pais Fátima Afonso “As pessoas (galegos) vinham para cá, a fim de fugir à TIO GALEGO DA ANTIGA PROFESSORA guerra. Eram pacíficos. Que me lembre, nunca houve problemas. Normalmente acabavam por casar cá. Alguns Nesta reportagem a Castro Laboreiro, Fátima Afonso, natural, regressaram, outros ficaram por aqui” – acentua. residente e antiga professora na freguesia (encontra-se aposenta- Uma lembrança que é apenas um pormenor curioso. “A tia da), foi a nossa cicerone, dando-nos conta das dificuldades que do meu pai, quando ficava com eles, como eu tinha cabelo os locais já passaram e de um seu tio (“marido de uma tia do meu comprido, para o segurar, penteava-me com água e açú- pai”) que era galego. Uma nota de como a proximidade com os car. E depois eram muitas moscas atrás de mim…”. vizinhos do outro lado da fronteira é algo óbvio para esta gente. Delfina Fernandes “Segundo a minha mãe me contou, fazia trabalhos no campo, era do que se vivia, conheceu a minha tia e casaram-se. Tiveram dois fi- lhos, ainda existe a casa onde viveram (que agora pertence à minha irmã) e moraram cá muitos anos” – observa. E recorda: “Em pequena, eu ficava com ele e fazia muitos cestos de vime. Tenho essas recordações dele. Depois de tudo acalmado em Espanha, eles foram para lá. É aqui perto, em Xinzo de Limia. Os filhos estão agora a morar em Vigo. Ela morreu mais cedo, ele esteve muitos anos em coma.” Ao que parece, nunca foi incomodado pelas autoridades poli- ciais. “A minha mãe nunca me contou que ele tinha sido procura- do. Foi tudo calmo ali no lugar, não teve ´acusa´, viveu sempre ali tranquilamente, mesmo durante a Guerra. Só não ia a Espanha.” Fátima Afonso acentua: “Temos a raia seca. As pessoas daqui iam pastar com os gados. E ele conheceu a minha tia. Mas depois veio para cá, ficaram a relacionar-se e acabaram por casar-se.” Uma situação curiosa tem a ver que, perto da raia seca, eram mui- tos os castrejos que cultivam os campos do lado de lá. “O terreno é montanhoso e as pessoas daqui tinham terrenos em Espanha. Possuíam uma guia para poder passar a fronteira. Dela pagavam os direitos em Espanha. Mesmo nesses tempos (conturbados), as pessoas iam para lá. Se estivessem nos terrenos deles, não lhes acontecia nada. Agora se eram apanhados fora daqueles limites…”, acrescenta, sublinhando que a fronteira só tinha uns marcos. “Mais nada, além de monte”. 68 www.valemais.pt
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Reportagem #Paredes de Coura LANÇAMENTO DA EMPREITADA DE LIGAÇÃO DE PAREDES DE COURA (FORMARIZ) À A3 “ANTÓNIO, NÃO TE ESQUEÇAS DOS POBRES” Com a presença do primeiro-ministro, António Costa, foi hoje lançada a empreitada de ligação do parque empresarial de Formariz (Paredes de Coura) ao nó da autoestrada A3, em Sapardos. Uma variante para uma ligação rápida, com uma extensão de 8, 8 quilómetros e que tem um custo estimado de 9, 5 milhões de euros, uma verba vinda diretamente do orçamento de Estado. Se tudo correr bem, as obras deverão o presidente das Infraestruturas de Portu- Lembrou as dificuldades que tiveram de ser iniciar-se em março próximo, deven- gal, António Laranjo; e os presidentes das enfrentadas, enaltecendo o apoio dos go- do demorar 540 dias. Compreende- câmaras de Melgaço, Valença, Ponte de vernantes, nomeadamente dos eleitos locais, rão quatro rotundas, um entroncamento, Lima e Vila Nova de Cerveira. mas destacando, também, a dedicação, ao uma ponte e dois pontões. As vias terão 3, longo dos anos, dos seus trabalhadores. 5 metros de largura e 1, 5 de bermas. Ha- A sessão do anúncio do lançamento da verá, também, zonas de “vias para lentos”. obra aconteceu numa sessão numa das Depois de António Laranjo, presidente das unidades industriais do parque empresa- Infraestruturas de Portugal (IP), apresentar Além do primeiro-ministro e do edil de rial de Formariz, a fábrica da kyaia, cujo alguns pormenores da obra, o edil couren- Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, mar- presidente, Fortunato Frederico, aludiu à se deu conta do seu entusiasmo e da sua caram presença, entre outros, o ministro importância das infraestruturas para o de- equipa em prol de Paredes de Coura. Citou das do Planeamento e das Infraestruturas, senvolvimento das empresas e aos tempos Cesariny (“ama como a estrada começa”) Pedro Marques; o ministro da Educação, iniciais da sua empresa. e dos cumprimentos a Costa para lhe dizer Tiago Brandão Rodrigues, um courense; “António, não te esqueças dos pobres”. 70 www.valemais.pt
www.ovnitur.pt Com efeito, Vítor Paulo Pereira, é incontestável, não descansou enquanto não conseguiu esta obra, como não deixa de traba- lhar com os empresário, sem esquecer os trabalhadores, sem- pre que vê perspetivas de investirem no seu concelho, como foi confirmado. E não deixa que isso passe despercebido, de tal forma que o parque empresarial “no meio do monte” já hoje representa 1 400 postos de trabalho, em 35 empresas, com um volume de negócios de 198 milhões de euros e 151 milhões de exportação. O ministro Pedro Marques qualificou-o mesmo de um “autarca singular” e do dinamismo e interesse para que as questões se agilizem a não fiquem perdidas nas gavetas ou em burocracias, um facto pelo qual já é conhecido no meio empresarial. Por sua vez, António Costa mostrou-se convicto de que, com o lan- çamento da empreitada, Vítor Paulo Pereira o “deixe em paz” por uns tempos, nomeadamente com mensagens. Aliás, sugeriu, será ele (António Costa) que lhe passará a enviar mensagens para saber como estará o setor empresarial no concelho e do alento que o autarca lhe poderá dar. Apontou, também, Paredes de Coura como exemplo na taxa de desemprego, de apenas 5% (a nível nacional, é de 6, 8%). Antes, sublinhou também a cooperação que existe entre os autarcas da comunidade intermunicipal CIM Alto Minho. www.valemais.pt 71
Fotorreportagem #Sistelo Extreme Marathon A primeira edição da Sistelo Extreme Marathon levou ao concelho de Arcos de Valdevez mais de mil participantes, oriundos de 12 países. A Sistelo Extreme Marathon é uma prova que combina percursos em ecovia, estradas de montanha, e, numa peque- níssima percentagem, percurso em trilho. Ao longo do percurso os participantes puderam maravilhar-se e apreciar a paisagem verde e luxuriante da região, de frescura abundante e ba- nhada pelo encanto do Rio Vez, terminando na magnífica aldeia de Sistelo, também conhecida pelo, “Pequeno Tibete Português”. Sistelo, recentemente classificada como uma das “7 Maravilhas de Portugal”, tendo vencido na categoria de Aldeia Rural. Praticamente todos os percursos decorreram dentro do Município de Arcos de Valdevez, um dos 5 que integra a área do único Parque Nacional do país, o “Parque Nacional Peneda- -Gerês”, classificado como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO. Aqui ficam os vencedores nas diferentes distâncias: 13Km_Ruben Veloso – CAAV Trail – 00:58:27 & Cristiana Ferreira – Individual – 01:14:08. 21Km_Paulo Pinto – Individual – 01:27:47 & Diana Sousa – Centro Ciclista de Gondomar – 01:36:42. 30Km_Nuno Fernandes – Clube Atletismo Fafe – 02:27:27 & Mariana Machado – Santa Apolónia – 03:04:52. 42Km_Fábio Filipe – Individual – 03:19:56 & Inês Peixoto – Benfica em Forma – 04:22:00. 72 www.valemais.pt
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DECOR Texto: Pedro Mariño TENDÊNCIASDESTE NATAL Como todos os anos, por estas Este estilo permite-lhe todos os tipos de Neste Natal são tendência o estilo barroco datas, o natal bate a porta. E este adornos para enfeitar as nossas árvores ou o neoclassicismo, mas sempre dentro ano vem carregado de ouros, pratas, de natal ou nas salas de jantar para estes das paletes de cores típicas destas datas e verdes, bordôs, luzes e ornamentos, dias tão especiais, permitindo-nos misturar contando que “menos é mais”, a elegância principalmente de estilo clássico figuras com bolas, pássaros ou borboletas está na sutileza dos detalhes. que dão um toque de sofisticação com um resultado surpreendente. e elegância na hora de requintar as A natal em clássico tem um refinamento decorações das nossas mesas, árvores O pinheiro ou magnólia são matérias-pri- especial. e entradas de casas ou lojas. mas muito valorizadas quando se trata de vestir as portas de entrada com laços de cores que contrastem, são simples e ele- gantes, sem ter de gastar muito dinheiro. 74 www.valemais.pt
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Saúde Texto :: Lígia Rio VACINAÇÃO DA GRIPE MITO OU REALIDADE? A gripe é uma doença aguda, de início súbito e caracterizada principalmente por febres altas, dores de cabeça e corpo, nariz congestionado e por vezes tosse produtiva. Todos os anos, pela altura do frio, principalmente entre Novembro e Periodicidade? Março, existem milhares de casos de gripe que levam as urgências a so- brelotar. Daí também ser designada por gripe sazonal. Para evitar novos A vacina deve ser administrada todos os anos. O vírus muda cons- surtos da doença, a vacinação surge como a estratégia mais eficaz. tantemente e a vacina é sempre adaptada sendo diferente a cada ano. Preferencialmente deve ser administrada ate ao final do ano Existe muita reticência sobre a toma da vacina contra a gripe, mas pode ser tomada durante todo o Outone e Inverno. principalmente entre os mais idosos. Gravidade da gripe Como se transmite? Normalmente a doença evolui para a cura entre 3 a 5 dias. No entanto, O vírus da gripe é transmitido por partículas da saliva de uma a ocorrência de complicações (maioritariamente em idosos ou doentes pessoa infetada, transmitidas sobretudo pela tosse e espirros mas crónicos), nomeadamente a pneumonia aguda, quer de natureza gripal também pode ser por contacto direto com partes do corpo infeta- quer de sobreinfeção bacteriana, alteram drasticamente o caracter de das, predominantemente as mãos. benignidade e podem desencadear descompensação na doença de base (asma, diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal). Período de incubação? A vacina pode provocar a gripe? O tempo que decorre entre a pessoa estar infetada e começar a manifestar os sintomas é, normalmente, de 2 dias podendo É uma dúvida muito frequente. A resposta é não. A vacina não te sempre variar. A pessoa infetada pode transmitir a outra 1 a 2 dias vírus vivos pelo que não pode provocar a doença. No entanto, apos o início dos sintomas até 7 dias depois. podem contrair outras infeções respiratórias virais com sintomas muito semelhantes que possam parecer gripe, mas não é! Tam- Como evitar a gripe? bém é muito comum confundir-se constipação com gripe. Uma pessoa que tome a vacina da gripe pode ficar constipado mas não Pode ser evitada através da vacinação anual assim como evitar gripado, embora os sintomas sejam semelhantes. comportamentos predisponentes. Lavar as mãos frequentemente, procurar não contactar com pessoas infetadas e proteger a boca Tratamento com o cotovelo ao espirrar e tossir, são alguns deles. O acompanhamento dos doentes é essencial. As medidas terapêu- Quem deve ser vacinado? ticas habituais – antipiréticos (febre) e antitússicos (tosse) – resol- vem, normalmente, a sintomatologia. Não são aconselhados os an- Segundo a direção geral de saúde (DGS), a vacinação da gripe é reco- tivirais nem ácido acetilsalicílico em crianças. Os antibióticos apenas mendada e gratuita no SNS para pessoas com idade igual ou superior para complicações bacterianas. Ficar em casa e em repouso, beber a 65 anos principalmente que residam em instituições como lares, pes- bastante água, utilizar soro fisiológico para descongestionar o nariz, soas que tenham doenças crónicas ou outras condições médicas que monitorizar a temperatura, são alguns das medidas básicas. diminuam a resistência às infeções, grávidas, profissionais de saúde, pacientes em quimioterapia, trissomia 21, reclusos e guardas prisionais, Existem imensas dúvidas sobre a importância da vacinação e a DPOC, entre muitos outros (listagem completa na DGS). pertinência da mesma, principalmente nos mais idosos. A verdade é que é uma sorte termos acesso a vacinação gratuita que pode, Para quem o SNS não englobe nas indicações à vacinação, o esta- em casos específicos, salvar vidas. Confirme com o seu médico se do comparticipa em 37%. tem indicação para tomar a vacina. Passe um Inverno tranquilo! 76 www.valemais.pt
PROTEÇÃO CIVIL Uma parceria Vale Mais | ANPC TERRA TREME EXERCÍCIO DE COMO AGIR EM CASO DE SISMO BAIXAR, PROTEGER, AGUARDAR São a melhor resposta para nos protegermos em caso de sismo. TERRA TREME é um exercício orga- O exercício realizou- se, este ano, no dia Além das Escolas, cuja adesão à iniciativa tem nizado anualmente pela Autoridade 05 de novembro, pelas 11h05, data que sido enorme ao longo das sucessivas edições, Nacional de Proteção Civil que pre- coincide com o Dia Internacional dos Tsu- a ANPC tem, ano após ano, alargado a toda a tende alertar e sensibilizar a população so- namis. Teve a duração de apenas 1 minuto, sociedade a reflexão sobre a temática do risco bre como agir antes, durante e depois da durante o qual os participantes são convi- sísmico e procurado envolver um número ocorrência de um sismo e procura chamar dados a executar os três gestos que salvam: crescente de participantes neste Exercício. a atenção para o risco sísmico e para a BAIXAR, PROTEGER E AGUARDAR. importância de comportamentos simples Para a Autoridade Nacional de Proteção Civil que os cidadãos devem adotar em caso de Decorreu na sede do Agrupamento de “este exercício é um ato de cidadania. Um sismo, e que podem salvar vidas. Escolas de Muralhas do Minho, em Va- compromisso cívico que exige a todos um lença, com um número estimado de 1800 empenhamento ativo na prossecução da sua Muitas zonas do globo são propensas a participantes, entre alunos, funcionários e própria proteção e segurança e a de todos os sismos e Portugal é um território com zo- outros convidados. que nos rodeiam. Deste modo, consideramos nas particularmente sensíveis a este risco. estratégico que as organizações – públicas, Podemos estar em qualquer lado quando Durante o exercício foram, ainda, desen- privadas e associativas – também se compro- começar um sismo, mas estaremos prepa- volvidas as seguintes iniciativas: Exposição metam neste desiderato coletivo, envolvendo rados para enfrentar uma situação deste de meios de Agentes de Proteção Civil; os seus trabalhadores e colaboradores no tipo e recuperar dela rapidamente? Ainda Exercício “A Terra Treme” com evacua- processo de incremento do seu grau de pron- recentemente foi registado um sismo a ção de toda a comunidade escolar para o tidão e reação a Sismos e/ou Tsunamis”. de 3,4 na escala de Richter com epicentro ponto de encontro; Simulacro de queda de em Melgaço, a uma profundidade de 24 estrutura devido ao sismo, com uma vítima O Objetivo Nacional para 2018 era atingir quilómetros e que foi sentido em vários (aluno) entre os escombros, sendo que as 600.000 participantes, mas essa marca for locais do país. operações de busca foram efetuadas pelo ultrapassada e envolveu cerca de 682.000. binómio da GNR. Em Portugal houve 6,8% de participantes em comparação com os 4% no Japão, 6,4% nos EUA e 18% na Nova Zelândia. O Exercício gerou cerca de 300 notícias (TV, rádio, online e imprensa). Ano após ano, este Exercício tem registado um número crescente de participantes, o que demonstra o interesse das pessoas em conhe- cerem e adotarem as medidas preventivas e os comportamentos de autoproteção adequados. O número total de inscritos no site ”A terra treme” no distrito de Viana do Castelo foi de 17.290, entre escolaws,wemwp.vreasalesme paairsti.cputlar7es7.
Pequenas Empresas & Porém ao contrário do que muitas pessoas pensam, admi- Grandes Negócios nistrar o tempo não é controlar 100% do seu dia! Sabemos Texto :: Ernâni Ribeiro [email protected] que isso e praticamente impossível! Administrar o tempo é você conseguir organizar seu tempo de forma a realizar suas tarefas em ordem de importância, de forma organiza- da e optimizada. ADMINISTRAÇÃO Estas são os principais beneficios que conseguimos com uma boa organização do tempo DO TEMPO - Menos tempo desperdiçado – A partir do momento em que Esta terminando o prazo para entrega daquele trabalho? você sabe o que precisa ser feito, se gasta menos tempo em Esqueceu onde anotou uma informação importante? Vai passar a madrugada trabalhando em casa porque não atividades ociosas. deu tempo de cumprir tudo durante o expediente? Esses - Menos stress – Coordenar seu tempo pode reduzir expo- são sinais de que talvez você precise de uma melhor nencialmente seu nível de stress. Serão menos sustos, menos administração do seu tempo para aumentar a produtividade. prazos apertados e menos corre-corre entre as tarefas. Man- tenha-se organizado, pois isso resultará em menos trabalho, erros e consequentemente, menos stress. Qualquer detalhe esquecido levam a trabalho extra. - Menos esforço – A gestão correta do tempo torna seu trabalho mais fácil, e as atividades precisam de menos esforço. Não é necessário esforço extra, mas sim disciplina. Disciplina para planejar todas as tarefas e organizar bem todas as informações. - Mais tempo para o que realmente importa – Comandar bem seu tempo significa direcionar seu tempo para onde realmente importa, permitindo que você invista em ativida- des realmente essenciais. - Mais oportunidades – Verificar regularmente o seu tempo e trabalho produz mais oportunidades, e melhora sua reputação, pois você será conhecido como confiável e responsável. Administrar o tempo não é algo simples no co- meço, isso é uma prática que exige persistência! Portanto, comece agora e os bons resultados o motivarão a manter esta disciplina! 78 www.valemais.pt
Consultório Jurídico Paula Viana & Janine Soares Texto :: VS Advogados Largo 5 de outubro nº 22, 4940-521 Paredes de Coura Av. 31 de Janeiro nº 262, 4715-052 Braga A CAVALO DADO TAMBÉM SE OLHA OS DENTES No início deste ano recebi um imóvel por herança na Nestes casos, os herdeiros terão decisões a tomar: Em primeiro lugar, decidir sequência do falecimento de um familiar. Quando tratava aceitar ou não a herança a benefício de inventário. Ou seja, há um processo das burocracias necessárias e relativas à partilha, verifiquei de aceitação que decorre num Cartório Notarial, em que o herdeiro identifica que o falecido tinha uma dívida ao fisco no valor de 20.000€. as verbas que integram a herança, quer os bens que fazem parte do activo, Gostaria de saber como proceder, atendendo a que não tenho quer o passivo, avaliando-os, sendo que será o valor do activo que vai liquidar como liquidar essa dívida e sou o único herdeiro. o passivo. Assim, mesmo que as dívidas da herança sejam superiores ao valor do património que constitui o activo da herança, as dívidas da pessoa que Caro leitor, faleceu só serão pagas se os bens deixados forem suficientes e até ao limite do seu valor, o que garante que os herdeiros não terão que se responsabilizar Lidar com a morte de um familiar nunca é fácil, sendo ainda que lidar pessoalmente por qualquer dívida da herança. Caso haja aceitação da heran- com os trâmites legais subsequentes ao óbito e com as partilhas, ça, a partilha só deverá ser feita depois de serem liquidadas todas as dívidas e quando existem bens, poderá ser complicado e desgastante. O encargos, uma vez que, antes da partilha, os bens da herança respondem em primeiro passo após o falecimento da pessoa é identificar os herdeiros e conjunto e em primeira mão pela satisfação dos encargos da herança. os bens que a pessoa tinha, e indagar da existência de eventuais dívidas e testamento. No entanto, existe um mecanismo legal ao dispor dos herdeiros que não pretendam aceitar a herança: o repúdio da herança. É um mecanismo mais Esta informação pode ser encontrada em documentos deixados pela recomendável para as situações em que se sabe que o passivo da herança pessoa, como cadernetas, escrituras, certidões, entre outros. Caso ainda é claramente superior ao seu activo e, como tal, não valerá a pena aceitar a persistam dúvidas sobre o património deixado, o cabeça-de-casal (em herança. Assim, mais do que não aceitar, é repudiar a herança, fazendo-o atra- princípio, o mais velho dos herdeiros) pode pedir informações ao Banco vés de um instrumento notarial no qual a pessoa diz que repudia a herança de Portugal sobre contas e dívidas, podendo também os herdeiros pedir e todos os direitos que tenha sobre esta. Se o herdeiro pretender repudiar certidões às conservatórias do registo Predial, Comercial e Automóvel para a herança deverá outorgar uma escritura de repúdio num Cartório Notarial, saberem se os bens existentes estão ou não onerados com hipotecas e/ entregando essa escritura nas Finanças por forma a que o seu nome deixe de ou penhoras. Para tudo isto será necessário que os herdeiros outorguem a constar como herdeiro da pessoa falecida. De referir ainda que, na eventua- competente escritura de habilitação de herdeiros, escritura que lhes permi- lidade de repudiar a herança, esta passará para os demais descendentes do tirá representar a herança e tramitar os actos necessários à posterior venda herdeiro que, caso queiram tomar a mesma decisão, terão de proceder da ou partilha dos bens da herança. mesma forma. Se os descendentes forem menores, os pais terão de pedir autorização ao Ministério Público para poderem repudiar a herança. Deve ter-se em atenção que muitas pessoas fazem um testamento para assegurar que os descendentes ou um terceiro fiquem com o seu patrimó- Como se vê, nem sempre aceitar a herança se revela a opção mais van- nio, ou parte dele. No entanto, quando existem dívidas da pessoa falecida tajosa, pelo que os herdeiros deverão analisar cuidadosamente os bens que recaem sobre a herança, os herdeiros ficam responsáveis por respon- que a integram e todo o passivo, de modo a perceberem se lhes será der por esse passivo, na medida dos bens que integram a herança. Isto vantajoso aceitá-la ou repudiá-la. acontece porque as dívidas não se extinguem com a morte do devedor, passando os seus bens da herança a responder por essa dívida. Na situação exposta pelo leitor, importará avaliar o bem imóvel que poderá receber e, sendo de valor superior ao da dívida, a decisão mais vantajosa será aceitar a herança. Se o imóvel for de valor inferior, a opção do repúdio será a que melhor o protege. O Consultório Jurídico é um espaço que visa informar os nossos leitores sobre os direitos dos cidadãos e o funcionamento da Justiça, mas não pode, em caso algum, substituir uma consulta de advocacia. Pode enviar as suas perguntas, dúvidas e questões para [email protected] e a equipa VS Advogados irá aconselhá-lo. Garantimos cownfwidewnc.iavlidaaldeemtotaal.is.pt 79
Turismo Texto :: Nelson Azevedo REALIDADE AUMENTADA DA MADALENA AO CUPCAKE! Quando há uns anos foram aqui mesmo nas páginas de Turismo da Vale Mais analisada a eficiência dos sites dos 10 municípios do Alto Minho, fiquei a saber que algum incómodo nessa altura sentido deu lugar a actualizações bem positivas da imagem transmitidas pelos sites. (ver https://goo.gl/EFfkLu - Vale Mais ) Hoje, volvidos mais de três anos, alguns dos 10 municípios alto- minhotos fizeram “refresh”. Provavelmente porque perceberam o valor de causar uma boa primeira impressão. Mas hoje, nos dias rápidos dos smartphones, turistas e nativos digitais, a nossa realidade ajusta-se ou pode ser Aumentada? As diferentes estratégias seguidas quer pelas autarquias Darei um exemplo comezinho no âmbito da pastelaria: se fizermos um quer pelos organismos regionais ou nacionais (Turismo Por- queque e o metermos num saco plástico, chamamos de “madalena” to e Norte de Portugal e Turismo de Portugal) são necessa- e vale 30 cêntimos. Se ao mesmo acrescentar um pouco de açúcar no riamente dinâmicas e prospectivas, isto é, tentam ser adaptáveis topo, lhe colocar umas pepitas de chocolate, passa a ser “queque de às circunstâncias voláteis do mercado turístico e tentam antecipar chocolate e vale 80 cêntimos. Mas se à mesma massa lhe acrescentar tendências. Todos sabemos que a concorrência é feroz e inteligen- uns frutos silvestres e lhe colocar uns enfeites coloridos bem como te nesta área. Por isso mesmo, a realidade que nos rodeia é em si um “chantilly” gostoso, passa a ser um “cupcake” e vale 2 euros! A mesma uma oportunidade para ser tornada ainda mais apelativa. Realidade Aumentada (RA) faz isso mesmo com a realidade, aporta um valor acrescido, que não só enriquece a experiência de quem dela desfruta, como atrai novos potenciais clientes, que não só um nicho muito reduzido. Afinal, todos nós gostamos de doces! 80 www.valemais.pt
Mas afinal o que é isto de Realidade Aumentada? Não é nada mais, O O Boega nada menos do que uma interligação entre a realidade de um local MAIS Hotel (seja um monumento, seja um evento, presente ou passado) e uma RARO é uma forte dose de tecnologia, que permite ao seu “utilizador” ter mais e DOS melhor conhecimento sobre esse local. LUXOS mansão senhorial Por exemplo, imaginemos os visitantes a entrarem num palácio e do século serem recebidos por um holograma do seu dono original do século XVIII, com XVII; ou talvez visitarem um castro no alto de um monte de Monção grandes e apontarem o seu smartphone e perceberem como se organizavam dentro das suas casas reconstruídas como que por magia virtual. jardins e vistas Fantasia? Não, de todo. Existem já destinos turísticos que são promo- sobre o vidos desta forma: Lisboa (Rewind Cities: Lisbon), Londres (Streets of Rio Minho London Museum) e mesmo o nosso Porto (no World of Discoveries). Pode assim estar disponível numa simples app, pode estar associa- QUINTA DO OUTEIRAL da a um código QR junto a um monumento ou mesmo como guias 4920-061 fornecidos por um museu. GONDARÉM Reservas: Será aumentar muito a nossa realidade (+351) 961 945 760 no Alto Minho pensar desta forma (+351) 251 700 500 estratégica? [email protected] Quais as principais vantagens da RA quando aplicada a um territó- www.valemais.pt 81 rio como o nosso? Múltiplas, eu diria: 1_Unir os espaços temporais do passado e presente Imagine-se uma Deu-la-Deu a lançar os pães Muralha de Monção abaixo ou o Recontro de D. Afonso Henriques e D. Alfonso VII por terras de Valdevez a aparecerem no seu telemóvel com um realismo incrível… 2_Mais e melhor conteúdo Entender a construção das Cardenhas de Val de Poldros (Monção) ou da Gêmea (Arcos de Valdevez) ou da Citânia de Santa Luzia ganha muitos mais contornos que permitem valorizar a arquitectu- ra e os seus arquitectos; 3_Disponível 24 horas por dia Quaisquer que sejam os interesses dos visitantes e o momento em que decidem ter essa experiência de RA, a app está sempre disponível, e a probabilidade de que se torne memorável e reco- mendável a outros é maior; 4_Facilidade de utilização Como a RA parte da utilização de um dispositivo familiar (o smar- tphone), a sua utilização por diferentes tipos de “utilizadores” terá altos níveis de satisfação neste capítulo. 5_Permite diferenciação Ao permitir destacar um destino turístico dos demais, atrairá novos e mais diversificados públicos, muito provavelmente visitantes/ turis- tas que valorizam este tipo de experiências, que comprovadamente gastam mais no destino que visitam. Tal como em 2015 se deu um salto qualitativo nos sites, estou esperançado que as autarquias aumentem a sua capacidade de olhar para a realidade e tirar dela o melhor proveito. Ninguém tem que ser um famoso chef para passar da madalena ao cupcake!
Nutrição & Bem-Estar Texto :: Sara Covas NUTRIÇÃO E GRAVIDEZ A gravidez é um período muito especial da vida de uma mulher. Ao longo de cerca de 40 semanas, o organismo materno sofre alterações fisiológicas importantes para assegurar o adequado desenvolvimento do embrião e bebé. A monitorização do estado nutricional da mulher ao longo da gravidez é reconhecidamente importante, contudo, esta vigilância deverá, sempre que possível, iniciar-se de forma antecipada e planeada, no período antes da concepção. 82 www.valemais.pt
Uma mulher em idade fértil deverá encarar o período antes da concepção como uma oportunidade para avaliar os seus hábitos alimentares e estilos de vida, introduzindo as devidas mudanças, sempre que seja necessário. Assim, considera-se essencial a vigilância precoce e continuada da saúde da mulher antes de engravidar, a adopção de uma dieta completa e equilibrada, de acor- do com os princípios da Nova Roda dos Alimentos, a manutenção de um peso corporal saudável – evitando oscilações de peso bruscas - e a suplementação nutricional com ácido fólico, a partir de 3 meses antes da concepção. Alterações Fisiológicas e Ganho de Peso na Gravidez A gravidez é caracterizada pelo aumento das necessidades nutricionais da mãe e por um conjunto de alterações fisiológicas que incluem o aumento de peso e apetite, acumulação de líquido corporal, edema das extremidades e alterações do foro gastrintestinal como náuseas e vómitos. No que diz respeito ao ganho ponderal, sabe-se, hoje em dia, que o aumento insuficiente de peso na gravidez está associado ao aumento de risco de mortalidade perinatal. Por outro lado, ganhos de peso excessivos podem aumentar o risco de complicações no parto, o desenvolvimento de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e depressão, o nascimento de bebés com peso excessivo e, consequentemente, ocorrência de problemas de saúde em idade adulta. Embora as recomendações devam ser adaptadas a cada mulher em particular e à situação clínica individual, estima-se que, para uma mulher com peso normal, o aumento de peso na gravidez deva estar entre 11,5 kg e 16 kg (aproximada- mente 0,5 kg por semana no 2º e 3º trimestre). Uma mulher com excesso de peso deverá ganhar entre 7 kg e 11,5 kg e uma mulher obesa entre 5 kg e 9 kg. Mulheres com baixo peso (IMC < 18,5 kg/m2) antes da gravidez poderão ganhar entre 12,5 kg e 18 kg, enquanto que, para gestações gemelares, os ganhos ponderas se devam situar entre 15,9 kg e 20,4 kg. Cuidados Alimentares a adoptar na Gravidez • Fazer 6 a 7 refeições por dia, em intervalos de 2h30 a 3h00. • Ingerir, diariamente, 3 a 4 porções de fruta fresca. • Incluir hortícolas, ao almoço e jantar, tanto na sopa de legumes, como no pra- to principal. Pela sua riqueza em ferro e ácido fólico, opte, de forma frequente, por legumes de coloração verde escura. • Privilegiar a utilização de azeite, em detrimento de outras gorduras vegetais e eliminar as gorduras de origem animal como a banha ou as natas. • Alternar o consumo de carne e peixe, privilegiando as carnes brancas e evi- tando o consumo frequente de peixes com elevadas quantidades de mercúrio como o tubarão, o peixe-espada, espadarte, a cavala e atum fresco. Idealmen- te, o peixe, pela sua riqueza em proteina de alto valor biológico, zinco e iodo deverá fazer parte da alimentação diária. • Incluir diariamente 1 a 2 porções de leguminosas na alimentação. Uma por- ção corresponde a 3 colheres de sopa de leguminosas cozinhadas. • Preferir o pão e os cereais integrais, que, pela sua riqueza em fibras, ajuda a combater a obstipação tão presente na gravidez. • Eliminar o álcool da alimentação. O consumo de bebidas alcoólicas acarreta consequências gravíssimas para o bebé, nomeadamente atrasos do desenvolvi- mento, malformações e aumento do risco de aborto espontâneo. • Não ingerir quantidades de cafeína superiores a 200 mg por dia. De momen- to, estima-se como segura a toma de 1 café expresso por dia. • Pelo elevado risco microbiológico que acarreta, deverá eliminar o consumo de alimentos mal cozinhados – em particular a carne, o peixe ou os ovos – o leite ou derivados não-pasteurizados, os queijos frescos e requeijão, os enchidos e fumados, os patês e os agriões. Os legumes e as frutas deverão ser desinfetados e lavados com água corrente, mesmo que pretenda descascá-los. • Evitar o consumo de produtos salgados e utilizar o sal com muita moderação, substituindo-o por ervas aromáticas. • Ingerir cerca de 3L de água ao longo do dia (incluindo água proveniente do leite, sumos naturais, infusões, sopas, saladas e frutas). • Respeitar as tomas de suplementação nutricional que o seu médico aconselhar e não introduzir qualquer tipo de suplementação sem a sua recomendação. www.valemais.pt 83
Imobiliário Texto :: Venâncio Fernandes PROPRIETÁRIO OU PAGADOR DE IMPOSTOS? “Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão a habitação” diz Sérgio Godinho numa das suas mais conhecidas canções”. Também no nº1 do artº 65 da Constituição República Portuguesa, consta que “é constitucionalmente garantido o direito à habitação”. 165 3 3 381 D 155.000.00€ 225 4 3 1620 N/D 219.900.00€ 155 3 2 1500 E 127.500.00€ AV 1421 :: Vale :: Arcos de Valdevez AV 3204 :: Gandra :: Ponte de Lima AV 3499 :: Castanheira:: Paredes de Coura Moradia rústica (recuperada), junto a Ribeiro Moradia T4 com excelentes vistas Moradia rústica restaurada 264 4 4 400 B- 269.000.00€ 222 3 1920 N/D 250.000.00€ 3860 55.000.00€ AV 4066 :: S.Paio :: Arcos de Valdevez AV 4082 :: Padreiro :: Arcos de Valdevez AV 4112 :: Couto :: Arcos de Valdevez Moradia remodelada T4 no centro da vila Moradia T3 com piscina e churrasqueira Terreno com ruína junto ao Rio Ázare 10000 ISENTA 75.000.00€ 135 3 1 1500 N/D 80.000.00€ 291 1 1 4790 ISENTA 80.000.00€ AV 4228 :: Infesta :: Paredes de Coura AV 4254 :: Resende :: Paredes de Coura AV 4306 :: Grovelas :: Ponte da Barca Casa em pedra para recuperar Moradia T3 com terreno Quinta com casa em pedra para recuperar 84 www.valemais.pt
Está constitucionalmente previsto, mas todos sabemos que Foi a partir deste período, e com a complementaridade do não tem tido aplicabilidade pratica por diversos motivos Estado na comparticipação nos chamados créditos bonificados, óbvios. A sua aplicabilidade dependeria da capacidade do que o nosso pais conheceu o maior crescimento do património estado em conseguir acorrer a todas as necessidades que infeliz- Imobiliário privado. mente se vão fazendo sentir por esse Portugal fora. Teve efeitos nefastos, mas é indiscutível do meu ponto de vista o A escassez de recursos financeiros, e a interrupção das pretensões contributo para o desenvolvimento e a melhoria das condições de de uma ideologia para quem tudo giraria em redor do universo de habitação da população Portuguesa. um Estado ditatorial, acabou por remeter este dogma para um rol de pretensas boas intenções. Sabemos que outras sociedades optaram por outros caminhos, mas as premissas eram de âmbito diferente. A sociedade encontrou outras soluções e, perante um mercado de arrendamento obsoleto, e face às condições deploráveis de Nos dias de hoje, o Estado absorvedor da riqueza nacional, en- alguma habitação, as famílias mobilizaram-se no sentido de por si, controu no património Imobiliário um filão a explorar em termos da resolver este dramático problema. Foram fundamentais alterações arrecadação de impostos. Algo que constitucionalmente deveria legislativas, entre elas a autorização do exercício de atividade a ser um benefício transformou-se numa obrigação e num pesadelo entidades Bancarias de iniciativa privada. para uma parte significativa da população que adquiriu património imobiliário para habitação na sua maioria de forma onerosa. 250 4 3 1280 138.000.00€ 146 3 2D 148.000.00€ 300 4 3 684 E 380.000.00€ R1414 :: Mazedo :: Monção R3162 :: Mazedo :: Monção R3077 :: Roussas :: Melgaço Duas moradias. Uma em fase de construção e outra em ruína Apartamento bem localizado, com amplas divisões Moradia em local sossegado, com excelentes vista 272 2 1 2850 F 140.000.00€ 5400 432.000.00€ 140 3 1 1260 45.000.00€ R3147 :: Gondomil :: Valença R2631 :: Monção :: Monção R3191 :: Portela :: Monção Moradia com boa área de terreno Terreno industrial na 1.ª linha Moradia T5 em excelente estado de conservação 685 6 7 3000 E 600 3 2 F 80.000.00€ 910 33.000.00€ R3058 :: Gandra :: Valença 535.000.00€ R3133 :: Ganfei :: Valença R3063 :: Verdoejo :: Valença Moradia de luxo Propriedade com 3 artigos. Ruina em pedra e moradia Terreno junto à estrada nacional (N101) A maior força imobiliária da região 251 654 924 GARANTIMOS SOLIDEZ E CONFIANÇA www.calvolima.com [email protected] www.valemais.pt 85
Sexo & Amor OS SINAIS Texto :: Laura Couto Quando estamos excitados, os nossos corpos sofrem alterações quase imperceptíveis para se prepararem para o sexo. Começamos a entrar na fase de “excitação” com beijos e carícias: a respiração torna-se mais acelerada e o ritmo cardíaco aumenta. Algumas mulheres também verificam um ligeiro aumento dos seios e a ereção dos mamilos. Se os níveis de excitação se mantiverem, segue-se a fase de “planalto”. A vagina aumenta de volume e fica lubrificada enquanto o pénis do parceiro fica erecto. O colo do útero sobe ligeiramente em preparação para o ato sexual. A fase do “orgasmo” ocorre quando há sensações de prazer intenso. Os órgãos genitais contraem-se e sente-se uma grande euforia. Por último, verifica-se a fase de “resolução” – a respiração, o ritmo cardíaco e a circulação sanguínea intensa regressam aos níveis normais. EXCITAÇÃO CONSCIENTE A não ser quando temos um relacionamento recente, em que estamos quase sempre em estado de excitação, a maior parte de nós precisa de algum tempo para se excitar. Isto é, particularmente verdade, depois de um dia de trabalho. Ambos os sexos precisam de se sentir atraentes e desejados, por isso, deve haver algum clima de romance, com beijos e carícias à mistura. Isto vai permitir que ambos descontraiam e fiquem com disposição para o sexo, por isso vão com calma e tomem atenção à linguagem corporal do vosso parceiro. Para as mulheres, o cuidado consigo mesmas e com o seu corpo pode ser formas importantes de preliminares para uma noite de sexo. Um bom banho de imersão, uma sessão de estética ou até uma aula de ginás- tica são formas de aumentar a autoesti- ma e a libido. As mulheres têm dificuldade em ficar excitadas muito depressa e distraem- -se com facilidade, ao contrário dos homens que não reparam em tantos pormenores. O sexo orgásmico começa com o desejo. Há PRAZER FÁCIL muitas experiências que estimulam tanto os homens como as mulheres, mas também Mesmo quando não está com grande disposição, verá como o seu há algumas diferenças entre ambos. As corpo reage aos avanços do seu parceiro. Se ele fica excitado quando mulheres costumam sentir-se excitadas a vê toda desarranjada ao acordar, por que razão vai fugir dele para se com estímulos mentais, como uma compor ao espelho? Aproveite estes momentos de sexo espontâneo, conversa picante ou uma leitura sugestiva. sem preliminares, e arranje tempo para umas rapidinhas. As velas e as Os homens, por sua vez, preferem estímulos visuais ou físicos, tal como a visão ou o pétalas de rosa são muito bonitas, mas nem sempre são viáveis, por toque da pele nua. Diferentes experiências isso, aceite formas de sexo menos românticas, mas ainda assim muito sensoriais originam reações diferentes, por sexy e tire proveito desses momentos em que o seu parceiro “tem de isso é importante que descubra aquilo que a excita, a si, e ao seu parceiro. fazer amor consigo já” e que o deixam tão feliz. 86 www.valemais.pt
Desporto Texto :: Paulo Gomes C“OTLRFUÊUBSTEEGDBROAONLSDES” Foto:: Ricardo Gonçalves_ RG Prod Muito recentemente, o Alto-Minho foi palco de diversos palco destes grandes jogos se não fosse o sorteio da Taça de Portu- jogos daquela que, porventura, deveria ser a competição gal. Para muitos será a única oportunidade de ver equipas e jogadores mais democrática do desporto português, a “velhinha” Taça que por norma se habituaram a ver somente pela televisão. de Portugal. Não existe nenhuma prova que consiga ter a extensão geográfica e afetiva, dado que é disputada por Consegue-se também assim um equilibrar de forças muito interes- clubes de norte a sul do país. Mesmo o mais impronunciável sante, onde o David (equipa teoricamente mais débil) recebe no e longínquo clube tem hipótese, assim consiga a qualificação seu espaço o Golias (normalmente um dos três grandes do futebol para competir nesta grande prova nacional. português), podendo, por vezes, complicar um pouco as pretensões legitimas dessas equipas em chegar à final da competição. Ainda que Em teoria, as ambições serão iguais para todos os envolvidos, apesar poucas vezes, já todos nós pudemos assistir ou temos conhecimento de sabermos que, histórias como a de David e Golias, não acontecem de equipas pequenas que, no seu estádio e, simultaneamente, com o tão frequentemente como seria desejável. Só duas equipas consegui- apoio do seu público e se tornaram “Tomba Gigantes”. rão chegar à final desta prova, mas isso não retira qualquer legitimida- de e esperança aos participantes. Os mais modestos, na maioria das Mas, Portugal é Portugal e o futebol português é ao que parece per- vezes, ficam satisfeitos se conseguirem ultrapassar algumas elimi- tença de três clubes. Infelizmente! natórias ou se o sorteio ditar um confronto com alguma “truta” dos campeonatos profissionais. E, neste caso, a satisfação é proporcional Nos últimos anos temos assistido a um desvirtuar das regras da compe- ao tamanho do clube adversário. Se for um dos chamados “clubes tição e da própria competição em si. Aquilo que normalmente acontece grandes” ultrapassará a satisfação e tornar-se-á um feito histórico, nos países que gostam de futebol para além de gostarem dos seus seja com vitória ou derrota, importante também é a receita (isto se o clubes não se verifica no nosso belo país. A partir do momento, que o adversário abdicar da sua parte) e o feito alcançado por jogar contra sorteio dita o destino das equipas participantes, é despoletado todo tão ilustre oponente. É, como vulgarmente se diz, “A Festa da Taça” um jogo de bastidores. Se aos ditos “grandes” a sorte ditar uma visita à casa de um clube “pequeno”, logo se começam a arranjar pretextos e Pois bem, esta festa, como não poderia deixar de ser no futebol por- desculpas para que o jogo se realize num outro estádio, mais ajustado tuguês, traz também consigo sempre decisões e ações polémicas, seja às suas próprias conveniências. E aqui tudo serve para conseguirem os pelos moldes como a mesma se desenrola seja, por exemplo, pelo seus intentos. Bancadas, relva, balneários, transmissões televisivas, frio, facto de a final ainda se realizar no Jamor, um estádio nostálgico, com calor, tudo e mais alguma coisa conseguindo-se assim acabar com a uma zona envolvente belíssima mas, ao mesmo tempo, desadequado festa do futebol e desvirtuar uma competição que tinha tudo para ser a e obsoleto para ser o palco final desta competição. mais bela e genuína do desporto português. Contudo, a minha preocupação e atenção está mais direcionada para Os clubes mais pequenos completamente manietados por televisões, outros estádios. Estádios esses onde decorrem, ou deveriam decorrer, federação e clubes grandes, conseguem, por vezes e por boa vontade de as diversas eliminatórias da Taça de Portugal. quem tudo pode e tudo manda, ficar com as receitas do jogo, mas perdem a oportunidade, assim como a dignidade, de proporcionar à sua região, As regras da competição fazem com que muitas vezes os locais, que aos seus sócios e adeptos uma experiência única e enriquecedora. há partida estão mais arredados dos grandes jogos nacionais, sejam bafejados pela visita dos principais clubes nacionais. As zonas mais Isto não faz jus a nenhum tipo de verdade desportiva. É só mais um interiores do nosso pais ou o litoral do Alto-Minho, dificilmente seriam exemplo de como se conseguem as coisas neste País. Com arranji- nhos, cunhas, aliciamentos e outras coisas mais, onde uns são filhos e outros são enteados. Ressalvo aqui, os restantes clubes profissionais que, na sua maioria, conti- nuam a respeitar as regras da competição, os seus adversários e sobretudo eles próprios com a aceitação daquilo que o sorteio lhes dita em sorte. Um bem-haja, por exemplo, ao Vitória Sport Clube (Guimarães) e os seus fervorosos e fiéis adeptos que proporcionaram em Valença do Minho um espetáculo que irá perdurar na memória de todos os que assistiram, sobretudo dos “Valencianos”. www.valemais.pt 87
Ambiente Estas perdas reais de água podem ser minoradas se forem implementadas medidas de reabilitação da Texto :: Brito Ribeiro rede, de forma a diminuir as fugas por ruptura, mau uso, consumo ilícito, bem como as reparações de O DESPERDÍCIO emergência. NAS REDES DE No entanto, dados oficiais dos últimos cinco anos, apon- tam para uma reabilitação insignificante dos cerca de ABASTECIMENTO 110.000 quilómetros de redes de abastecimento de água em Portugal, com apenas 0,6% ao ano. DE ÁGUA Como as entidades gestoras das redes de abasteci- A água potável é um recurso limitado, calculando-se mento procuram cada vez mais ajustar as tarifas aos que em todo o planeta represente 2% do total da água, custos reais do serviço prestado, todos os custos dos estando apenas disponível metade desse valor, porque o desperdícios acabam por ser imputados aos consumi- restante está congelado. dores através do aumento das tarifas. Aboa gestão deste recurso é cada vez mais um Estão em causa cerca de 235 milhões de euros que os imperativo sério, que deve estar estrategicamente municípios deixam de cobrar anualmente. Estão tam- alinhado nas prioridades dos municípios. bém em causa mais de 700.000 habitações que não estão ligadas à rede pública, apesar de se situarem em Ao longo da rede de abastecimento, seja na rede em alta zonas onde a água canalizada está disponível. (captação, tratamento, e elevação até aos reservatórios), seja na rede em baixa (distribuição ao domicílio), os desper- Esta situação reveste-se de bastante gravidade, pois dícios são colossais, sendo desaproveitados muitos litros de estes munícipes não se ligam à rede porque tem água já tratada, com a máxima qualidade possível. furos, geralmente ilegais, sendo um risco para a saúde pública e um fator de não sustentabilidade do sistema Do ponto de vista ambiental, além do desperdício atrás publico. referido há outros custos, porque o tratamento implica o uso de produtos químicos, podendo-se apontar também Por outro lado, a reabilitação da rede nem sempre é enca- o custo de energia. Do ponto de vista económico também rada como prioridade de investimento, limitando-se alguns é grave porque a água que é desperdiçada é um bem que autarcas a empurrar o problema com a barriga, privilegian- não é facturado. do investimentos mais produtivos em termos eleitorais, em detrimento de uma obra para ficar “enterrada”. Na região do Alto Minho, pelos dados recolhidos, as ineficiências e os desperdícios estão em valores con- siderados aceitáveis (abaixo dos 30%), destacando-se pela positiva o município de Viana do Castelo, com apenas 12,4% de água não facturada. 88 www.valemais.pt
Texto :: AO Norte FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIO DE MELGAÇO, EM S. PAULO O Festival Internacional de Documentário de Melgaço foi representado, entre os dias 5 a 10 de novembro de 2018, na cidade de São Paulo, no Brasil. A iniciativa, designada “Etnografias Audiovisuais: A Humanidade através das Lentes”, foi marcada por uma seleção de filmes exibidos em Melgaço, no âmbito do festival, entre 2016 e 2018, assim como pela realização de três oficinas. Amostra foi organizada por colaboradores da AO NORTE no duas oficinas intituladas “História Fotografada, História Compar- Brasil, em parceria com o núcleo DIVERSITAS da Univer- tilhada”. Estas oficinas congregaram o trabalho feito no contexto sidade de São Paulo, tendo a grande parte das exibições do Festival com fotografias de álbuns pessoais. Foi apresentado ocorrido na Matilha Cultural, um espaço de cultura e arte indepen- o projeto Quem Somos Os Que Aqui Estamos, realizado pela dente no coração de São Paulo dedicado a causas ambientais e AO NORTE com a coordenação de Álvaro Domingues e o apoio dos direitos humanos. da União de Freguesias de Parada do Monte e Cubalhão, e da Câmara Municipal de Melgaço. Falou-se da história do concelho O programa foi assegurado por professores da Universidade de de Melgaço e a sua relação com a emigração para a França, tendo São Paulo com a colaboração dos seus alunos. Foi também um este trabalho dialogado com projetos semelhantes de alunos da encontro dos colaboradores da AO NORTE no Brasil, tendo a Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Associação sido representada também por um dos seus associa- dos de Portugal. Esta representação significou mais um passo na Prevê-se que desta deslocação internacional do Festival Interna- solidificação da extensa rede de relações estabelecida a partir de cional de Documentário de Melgaço resulte uma apresentação na Melgaço para o resto do mundo, estabelecendo o Festival Interna- edição de 2019 do Festival, no curso de verão Fora de Campo, cional de Documentário de Melgaço como ponto de referência e com a presença dos colaboradores do Brasil e a apresentação dos âncora para colaborações futuras. trabalhos de alunos que participaram nas oficinas “História Foto- grafada, História Compartilhada”. Pretende-se, também, que esta Tratou-se da primeira internacionalização do Festival Internacional edição brasileira do Festival se venha a repetir em 2019, com uma de Documentário de Melgaço, motivada pelo estabelecimento nova mostra e novas atividades. de pontes entre Portugal e o Brasil. Uma relação que tem vindo a ser estabelecida pela colaboração estreita com investigadores e www.valemais.pt 89 cineastas ao longo das várias edições do Festival, nomeadamente nas consecutivas celebrações do curso de verão Fora de Campo. Para esta primeira edição de uma extensão internacional do Fes- tival Internacional de Documentário de Melgaço, foram realizadas
Lendas do Alto Minho PROPRIETÁRIA / EDITORA Calvolima, Lda OS LOBOS NPC 506 676 668 No tempo em que de noite não havia luz em lado nenhum, os lobos vinham com frequência Capital Social visitar as casas. Nas noites escuras de Inverno, quando certos barulhos circundavam as casas, 50.000.00€ todos se arrepiavam, pensando no lobo esfomeado. Sede As histórias de pessoas e rebanhos devorados pelos lobos ouviam-se com frequência junto Avenida das Portas do Sol, n.º1047 à lareira. Naquele dia o Agostinho tinha ido a Castro Laboreiro com o seu carro de bois. 4950-500 Monção Ganhava a vida carregando feno, vinho ou lenha dos montes. Camiões e camionetas era coisa DIRETOR que não existia. Nesse dia carregara o carro com uma pipa de vinho para Laboreiro e, no Agostinho Lima regresso, para aproveitar o frete, trazia um carro de feno, abundante lá por Castro Laboreiro. Já DIRETOR ADJUNTO que tinha de fazer o caminho, assim ganhava duas vezes, ocupando sempre o carro. M. del Carmen Calvo Quando regressou, como a viagem era longa e o caminho difícil para a segurança da carga, já fazia REDAÇÃO noite. Vinha sozinho com os bois entrepostos pela ladeira a baixo, com um aguilhão pr’a picar o José C. Sousa (diretor) gado. No meio da escuridão, o gado parecia conhecer melhor o caminho do que tio Agostinho, Manuel S. que ora seguia à frente dos animais, ora se colocava ao lado, conforme os locais e a disposição. DESIGN GRÁFICO Havia passado Lamas de Mouro e estava perto de Cubalhão, num sítio a que chamam «as José C. Sousa Grandes Botas de Cubalhão». Num raio de 4 ou 5 Km não se vê viva alma ou casa habitada. REVISÃO GRÁFICA Ali não existe nada! As pessoas diziam que aquelas «botas» eram muito medrosas por ali Maria Rosa Gondim ter sucedido há muito tempo acontecimentos estranhos com lobos. Conta-se que ali, numa COLABORADORES encruzilhada, aparecia um lobo que comia as pessoas. Todo o que por aquele local passava, Adelino da Silva (opinião) a uma certa hora, era comido! É verdade que alguns diziam terem visto no dito lugar botas, Adriana Delgado (casa&vida) bocados de pés... Acontece que uma vez um homem muito valente, quando soube que Ao Norte (cinema) tinha aparecido mais umas botas e pernas disse:“-Eu vou desafiar o lobo! Vou matar esse Brito Ribeiro (ambiente) lobo maldito!” Ninguém queria acreditar no que estava a ouvir. Os outros homens bem Carla Silva (crianças) tentaram dizer-lhe que o que pretendia era uma loucura, e que iria morrer, como os outros; Eusébio Baptista (agricultura) que ele sozinho não conseguia matar o lobo. Mas ele fez ouvidos de mercador e, depois de Emília Cerqueira (opinião) se apanhar com uma boa caneca de vinho, foi para a encruzilhada esperar o lobo, levando Fátima Silva (opinião) consigo um valente pau com que estava habituado a lutar nas festas e nas feiras da região. José Emílio Moreira (opinião) A dado momento apareceu o lobo. Assim que o viu, o homem levantou o pau, em posição José M. Carpinteira (opinião) de espera, ora rodando à direita, ora à esquerda, na tentativa de não ser surpreendido pelo Laura Couto (sexo&amor) lobo. O lobo foi-se aproximando, confiante, mas sem grande entusiasmo, como querendo Lígia Rio (saúde) estudar os golpes do seu adversário. O homem bem tentava «botar-lhe» o pau, mas o lobo, Luís Ceia (opinião) de tão manhoso e inteligente, apanhava o pau ao homem com o rabo! O pobre do homem Nelson Azevedo (turismo) por mais ágil que fosse, não conseguia acertar nem na cabeça nem no corpo do lobo, porque Noemi Lima (imobiliário) este desviava sempre o pau com o rabo. Durante a noite o homem foi lutando sempre, na Manuel Pinto Neves (opinião) expectativa de acertar na cabeça, mas sem sucesso. Começava a ficar cansado e a baixar cada Manuel Cunha (opinião) vez mais o vara. Parecia que o lobo sabia o que estava a fazer: levar o pobre do homem a tal Paulo Gomes (desporto) fadiga que, não conseguindo depois defender-se, o poderia comer a seu belo prazer. Sara Covas (nutrição) Na aldeia a espera já angustiava os mais hesitantes. Então, um dos amigos, foi atrás dele: VS Advogados (consultório jurídico) -“Esse desgraçado vai-se fazer comer! Deixa-me ir acudi-lo”. Pegou num outro pau e lá foi, não DEPARTAMENTO COMERCIAL sem antes deixar de levar consigo lume, para assustar o lobo. Quando chegou junto do amigo, [email protected] estava ele ainda a lutar com o lobo, e o lobo a deitar-lhe o rabo... Resolveu atacar o lobo pelo T. +351 925 987 617 outro lado, a ver se lhe acertava na cabeça, pois ele não se podia defender dos dois ao mesmo IMPRESSÃO tempo. Desta forma conseguiram dominar o lobo e matar a fera que a todos assustava. Lidergraf Sustainable Printing Estava o tio Agostinho a pensar nesta luta, quando viu aproximar-se dele um grande cão, DISTRIBUIÇÃO que logo viu ser um lobo! Perante tal visão, sentiu um arrepio pelo corpo todo. Segurou com Vale mais força o aguilhão do gado, e colocou-se na frente dos bois, sem nunca tirar os olhos daquele PERIODICIDADE animal que não deixava, agora, de o seguir. Durante 2 km o lobo acompanhou-o, sem mostrar Bimestral qualquer receio, nem esboçar qualquer ar de ferocidade. Não teria ele fome? Estaria ele ali TIRAGEM só para lhe lembrar que aquele era o seu território, exigindo o respeito que lhe era devido? A 7.000 exemplares resposta era difícil de encontrar, mas o certo é que, já perto de Cubalhão, às primeiras casas, DEPÓSITO LEGAL o latir dos cães ao barulhos dos rodados do carro fez parar o lobo. Tio Agostinho sentiu que o 338438/12 sangue voltava, na certeza de que dali para baixo já não era terra de lobos. REGISTO na ERC 126166 fonte: CIM Alto Minho CONTACTOS T. +351 251 654 927 90 www.valemais.pt M. +351 925 987 617 EMAIL [email protected] SITE www.valemais.pt REDES SOCIAIS Pode consultar o Estatuto Editorial em www.valemais.pt O Acordo Ortográfico utilizado pelos colaboradores é da sua exclusiva responsabilidade. Os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, não obedecendo, necessariamente, à linha editorial desta publicação. Toda e qualquer informação publicitária apresentada pode conter, eventualmente, erros alheios ao Vale mais, pelo que requer, indubitavelmente, confirmação posterior.
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