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NAVEGAR AGOSTO 2022

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16 agosto 2022

TRÁFEGO MÉDIO SEMANAL // IFR 2019 / 2020 / 2021 / 2022 TRÁFEGO RIVLIS // IFR médio semanal 2500 2000 1694 1736 1767 1806 1713 1696 1681 1671 17461746 1752 1757 1822 18201843 1819 1855 1850 1500 1483 1455 1483 1467 1479 1527 1000 1383 1284 1135 1097 1102 1185 500 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 2019 2020 2021 TRÁFEGO RIVSMA // IFR médio semanal 600 500 532 523 400 507 486 488 450 465 426 417 421 427 419 412 405 406 444 438 424 399 362 398 404 372 390 364 380 379 361 361 300 200 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 2019 2020 2021 Dados disponíveis à data de fecho da edição. JULHO '22 Em julho de 2022 o tráfego IFR na RIV de Lisboa totalizou 57.196 movimentos, significando uma diminuição de -6,2% face aos 60.985 voos registados no mês de julho de 2019, ano de referência para a aviação. Em termos médios, este mês foram controlados 1.845 voos IFR diários, registando-se uma perda de 122 voos diários face a julho de 2019. Já na RIV de Santa Maria em julho de 2022 totalizam 16.157 movimentos no tráfego IFR, traduzindo um crescimento de +1,6% face aos 15.910 voos controlados no mesmo mês de 2019. Em termos médios foram controlados este mês 521 voos IFR por dia, tendo-se registado um aumento de 8 voos diários face a julho de 2019.

04 - Presidente da NAV visita infraestruturas da Empresa 05 - Presidente da NAV reúne-se com Governo Regional da Madeira 06 - Presidente da NAV reúne-se com Governo Regional dos Açores 07 - Projeto SPICE teve a sua reunião final 08 - NAV contrata novo prestador de serviços para deslocações de trabalho 09 - EUROCONTROL analisa segmento de mercado regional - pequeno mas poderoso 10 - Voar Direito no NAVEGAR 12 - Somos todos agentes de segurança 14 - Alterações Climáticas - O que posso EU fazer? 16 - Criação de plataforma de Canal de Denúncia para proteção de denunciantes 17 - Dicas para comer fora 18 - BREVES // outras notícias 19 - Oldies but Goldies

04 Presidente da NAV visita infraestruturas da Empresa Desde a sua nomeação pela tutela para o cargo a do Porto, de Porto Santo, do Funchal e de Ponta Presidente de Conselho de Administração da NAV Delgada. As várias Direções do edifício-sede, do Portugal tem vindo a ter reuniões com todas as Centro de Controlo de Tráfego Aéreo de Lisboa, Direções da empresa com o intuito de conhecer o Centro de Formação e o Centro de Controlo os seus responsáveis, a atividade desenvolvida Oceânico de Santa Maria foram também já alvo por cada direção e serviços a elas ligados, bem da visita da Engª Alexandra Reis. como projetos, expectativas e dificuldades que surgem no decurso do trabalho. Horta e Flores, em setembro, encerrarão este circuito em que a Presidente se está a inteirar Paralelamente deu início a um périplo por todas das capacidades físicas, técnicas, operacionais as infraestruturas da NAV Portugal onde laboram e humanas que permitem a NAV Portugal pessoas, tendo já visitado a torre de controlo de desenvolver a sua missão. Lisboa, a torre e serviços de manutenção de Faro,

05 Presidente da NAV reúne-se com Governo Regional da Madeira A presidente do Conselho de Administração “Lidar” da Madeira e o ponto de situação do da NAV Portugal Alexandra Reis encontrou- procedimento concursal para aquisição destes se no dia 26 de julho 2022 com o Secretário equipamentos meteorológicos para medição Regional de Turismo do Governo Regional da de ventos naquele aeroporto. A NAV Portugal Madeira, Eduardo Jesus, para apresentação de manifestou a sua total disponibilidade para cumprimentos na sequência da sua recente colaborar com o Governo Regional em todas nomeação. as matérias que dizem respeito à navegação aérea. Na sessão foram abordados assuntos de interesse comum, entre os que se destaca o

06 Presidente da NAV reúne-se com Governo Regional dos Açores A Presidente do Conselho de Administração Diretor de Operações do Atlântico José de Sousa Alexandra Reis apresentou cumprimentos ao e o Diretor de Comunicação Paulo Lagarto. Governo dos Açores na pessoa da Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Apresentados os cumprimentos abordaram-se Berta Cabral. temas gerais do interesse dos Açores em que a NAV Portugal é parceiro privilegiado. Na sessão esteve também o Diretor Regional dos Transportes e da Mobilidade Rui Coutinho, o

07 Projeto SPICE teve a sua reunião final A NAV Portugal acolheu em Lisboa no final Portugal, com efeito imediato nas aproximações de junho os 10 parceiros, e os representantes aos aeroportos da Madeira e João Paulo II. O da CINEA - European Climate, Infrastructure projeto viabilizou a instalação do equipamento and Environment Executive Agency e o necessário nas suas aeronaves, e também um EUROCONTROL para discutirem as realizações, conjunto de atividades de formação das suas desafios e benefícios do projeto SPICE. tripulações e oficiais de operações de voo, bem como a alteração de manuais e procedimentos O SPICE - Synchronised Performance Based operacionais implicados. A companhia poderá Navigation Implementation Cohesion Europe agora tirar partido da capacidade de voo RNP – é um projeto financiado pela UE com vista AR, que permite a otimização da performance ao desenvolvimento das infraestruturas das aterragens em aeroportos com de navegação, procedimentos PBN e constrangimentos orográficos ou de tráfego equipamentos de aeronaves em quatro Estados: aéreo mais críticos. Chipre, Portugal, Roménia e Eslováquia. O RNP AR (que permite que o sistema de A sua implementação em Portugal permite navegação de uma aeronave monitorize o uma acessibilidade mais segura e eficiente em seu desempenho de navegação e informe aeroportos dos Açores e da Madeira, graças à a tripulação se o requisito não for cumprido melhoria na execução dos voos planeados e durante uma operação), fora já anteriormente na sua eficiência ambiental. Na NAV Portugal implementado pela SATA nos Aeroportos da o projeto incluiu: ajudas rádio à navegação Horta e João Paulo II. na TMA do Porto, e o desenvolvimento de procedimentos de aproximação RNP AR aos A reunião final do projeto SPICE concluiu-se aeroportos João Paulo II (Ponta Delgada) e com uma visita ao hangar principal da TAP Air Humberto Delgado (Lisboa). Portugal para observar o novo equipamento instalado num dos Airbus A330neo da sua frota. Com um financiamento global de 28 milhões de Euros o SPICE abriu o caminho para a utilização de procedimentos RNP AR (Required Navigation Performance Authorization Required) na TAP Air

08 NAV contrata novo prestador de serviços para deslocações de trabalho Na sua reunião de 21 de julho de 2022 o Conselho de Administração deliberou adjudicar à empresa Wide Travel – Viagens e Turismo, Lda. a contratação dos serviços de reserva de hotel, avião, e emissão de vistos para as deslocações ao serviço da Empresa. Tendo concorrido igualmente a esta consulta prévia as empresas Cosmos - Viagens e Turismo, S.A. e Travel Store - Prestação de Serviços - Viagens, S.A. (entretanto excluída por apresentar um preço contratual superior ao preço base) a Wide Travel – Viagens e Turismo, Lda. Foi a empresa que não só deu cumprimento ao exigido na carta convite e no caderno de encargos como foi a que apresentou a proposta economicamente mais vantajosa de acordo com o critério determinado unicamente pela avaliação do preço enquanto único aspeto da execução do contrato a celebrar. Este contrato, válido pelo prazo de um ano inicial podendo vir a ser renovado até ao limite de 3 anos, terá início no dia 1 de agosto de 2022.

09 EUROCONTROL analisa segmento de mercado regional - pequeno mas poderoso Compreender o complexo negócio da aviação é Podemos constatar que, por exemplo, para mais fácil caracterizando os diversos segmentos grande parte da pandemia o segmento de mercado. Regional superou tanto o “Mainline” como o “Low-Cost”, como resultado de menos restrições A definição destes deve ser bastante precisa nas viagens domésticas e da necessidade/ para que se possam ver as tendências; mas por obrigação de manter a conectividade aérea. vezes é necessário um novo segmento a fim de Este indicador é especialmente importante nos proporcionar uma melhor compreensão. países com a maior quota de voos regionais, onde a aviação é tipicamente crucial para a Desde 2005 o EUROCONTROL tem utilizado conectividade: Noruega com 32%, Finlândia cinco segmentos (Traditional Scheduled, Low- com 27%, Estónia com 19% e a Suécia com 18%. Cost, Charter, Business Aviation e All-Cargo) Os voos regionais também representam 21% mas face ao desenvolvimento da pandemia, e do tráfego nas ilhas espanholas das Canárias - para se poder analisar com maior rigor estes fornecendo conectividade inter-ilhas (todos os dados, o segmento de “Traditional Scheduled” dados dizem respeito ao período Janeiro-maio é agora dividido em “Mainline” e “Regional” que de 2022). representam 36% e 15% dos voos respetivamente (números de 2019). No mesmo período, os principais aviões regionais foram a família Embraer 145-170-190 Os voos \"regionais\" foram definidos como voos (36% dos voos regionais) seguida da família ATR' regulares em aeronaves com 19 a 120 lugares. 42-72 (27%) e Bombardier's CRJ (16%). Este segmento centra-se em voos de curto a médio curso e separa-os de aeronaves maiores, Os voos regionais são essenciais para a ligação muitas vezes de longo curso. Globalmente, a aos principais aeroportos e 4,7% deles voam nova segmentação proporciona um melhor de ou para Amesterdão Schiphol. Outros hubs equilíbrio e uma maior clareza. importantes são Varsóvia (3,1%), Munique (2,9%), Frankfurt (2,8%) e Las Palmas (2,1%). Legenda: Recuperação dos voos no espaço ECAC (excluindo sobrevoos) por segmento de mercado desde o início do surto da COVID-19 (comparação com os meses equivalentes de 2019).

Voar Direito no Navegar Neste segundo artigo da página jurídica Voar Direito do NAVE- GAR, continuaremos a falar do tema do Direito Aéreo- O que é? Assim, José Saragoça te Aéreo Internacional e a responsabilidade do transportador aéreo, integra o Direito Privado, Direito Aéreo - O que é? posto que as suas normas têm como desti- natários, as partes do contrato de transporte (2ª Parte) aéreo internacional, passageiros e transporta- dores no caso do transporte de passageiros e 3.- O Direito Aéreo como ramo do Direito. suas bagagens e expedidores, transportado- Já vimos que à medida que a vida social se tor- res e destinatários no caso do transporte de nava mais complexa, o Direito ia-se especiali- mercadorias. zando, pelo que doutrina jurídica, por razões de sistematização, sentiu a necessidade de Quanto ao segundo critério, a doutrina jurídi- “arrumar” em ramos do Direito as normas e os ca, isto é, os autores que escrevem e teorizam princípios que tratam de determinadas áreas o Direito, tem produzido um assinalável con- das relações jurídicas dos seres humanos (su- junto de obras dedicadas ao tema que consa- jeitos de direito) nas suas diferentes activida- gram a sua autonomia perante outros ramos des da vida social. de Direito, de tal sorte que podemos dizer que o Direito Aéreo possui uma doutrina própria Mas não basta existir um conjunto de normas que permite auxiliar os profissionais do Direito, e de princípios jurídicos para que o mesmo dê juízes e advogados, a interpretarem as normas origem a um ramo do Direito. jurídicas que integram este ramo do Direito. Tradicionalmente, a autonomização de um ramo do Direito faz-se através da verificação Finalmente, quanto ao terceiro critério, o da de três critérios: i) características próprias ii) existência de uma jurisprudência própria, po- doutrina própria e iii) jurisprudência própria. demos também concluir que os tribunais de todo o Mundo, ao longo dos anos, têm profe- E o Direito Aéreo, a nosso ver, preenche esses rido uma conjunto de sentenças sobre temas três critérios. de Direito Aéreo que lhe conferem autonomia em face de outros ramos do Direito; embora Com efeito, tem características próprias quais em Portugal, as decisões dos tribunais ainda sejam a internacionalidade e a complexidade sejam escassas, noutros países, por exemplo técnica. nos Estados Unidos da América ou no Reino Unido, as decisões judiciais são em grande Na verdade, o Direito Aéreo é, quanto ao pri- número e sobre os mais diversos aspectos, de meiro requisito, eminentemente internacio- tal modo que, também quanto a este terceiro nal; por exemplo os requsitos das autorizações critério, podemos falar do Direito Aéreo como do controlo de tráfego aéreo – clearance- são um ramo autónomo do Direito. os mesmos seja o voo internacional ou entre dois pontos do mesmo país. E, ainda neste 4.- As partes ou capítulos do Direito Aéreo. plano, é um direito eivado de uma grande Em nossa opinião, o Direito Aéreo pode sub- complexidade técnica; basta atentar nos inú- dividir-se em cinco partes ou capítulos, conso- meros e complexos Regulamentos do Céu ante os aspectos que regulamenta: Único Europeu (SES, Single European Sky), nos 1.- O Direito Aéreo da Navegação Aérea, parte 19 Anexos Técnicos da Convenção de Chicago a que dedicaremos esta série de artigos, uma e na pluralidade de Documentos da ICAO e vez que agrupa o conjunto de normas e prin- da União Europeia para perceber que assim é. cípios que tratam dos Serviços de Navegação Aérea que a NAV presta e que, por tal motivo, Finalmente, quanto à verificação do primeiro mais interessa a todos nós que nela trabalha- critério, sempre diremos que o Direito Aéreo, mos. enquanto ramo do Direito é um direito misto, uma vez que reúne normas de vários ramos 2.- O Direito Aéreo do Transporte Aéreo que de Direito, designadamente de Direito Inter- integra o conjunto de normas e princípios nacional e de Direito Interno, de Direito Públi- que disciplinam as relações jurídicas que têm co e de Direito Privado; por exemplo a Conven- como objecto o transporte aéreo e que regu- ção de Chicago de 1944 é um instrumento de lam aspectos tão diversos como, entre muitos Direito Público uma vez que os destinatários outros, o acesso à actividade de transportador das suas normas são os Estados; já a Conven- aéreo, a certificação de aeronaves e dos ope- ção de Montreal sobre o Contrato de Transpor-

11 radores aéreos, o licenciamento do pessoal 5.- Finalmente, o Direito Aéreo das Organiza- navegante e a responsabilidade do transpor- ções Aeronáuticas que engloba as normas, tador aéreo por danos causados a passageiros, em muitos casos inseridas em Convenções bagagens e mercadorias transportados. Internacionais, que regulam a criação, as atri- buições e as regras de funcionamento das 3.- O Direito Aéreo dos Aeroportos que é con- inúmeras Organizações da Aviação Civil de tituído pelo conjunto de normas e princípios que referimos a título de mero exemplo e sem que regulam as relações entre as entidades preocupações exaustivas, no plano interna- gestoras aeroportuárias e os utilizadores de cional, desde logo a Organização da Aviação tais infra estruturas, sejam companhias aére- Civil Internacional (OACI ou ICAO), a Organiza- as, sejam passageiros, expedidores e destina- ção europeia para a segurança da navegação tários de cargas ou o público em geral; neste aérea EUROCONTROL, e a EASA, Agência de âmbito encontramos entre outras, as normas Segurança da Aviação da União Europeia; no que regulam os serviços aeroportuários, as plano nacional refira-se, também como mero respectivas taxas, as licenças de ocupação e exemplo, a ANAC- Autoridade Nacional da exploração, por particulares, do domínio pú- Aviação Civil e o GPIAAF- Gabinete de Preven- blico aeroportuário, nomeadamente as que ção e Inestigação de Acidentes com Aerona- permitem a exploração de lojas, bares e res- ves e de Acidentes Ferroviários- Unidade da taurantes nos aeroportos ou os balcões para Aviação Civil. aluguer de veículos de rent-a-car. 4.- O Direito Aéreo da Segurança Aérea que é 5.- Noção de Direito Aéreo. composto pelas normas e princípios que tra- Chegados que estamos ao final do nosso voo tam dos aspectos da segurança aérea, seja sobre o Direito Aéreo, estamos em condições na vertente da segurança operacional ou in- de aterrar no destino com a seguinte noção de trínseca da operação de voo (Safety) , seja na Direito Aéreo, com a qual encerramos este pri- vertente da segurança física ou extrinseca meiro artigo na rúbrica Voar Direito: (Security), para prevenir ou reduzir os riscos de comportamentos que atentem contra a Direito Aéreo é o sistema de regras e princí- segurança de pessoas, bens e instalações; no pios de direito público e privado, nacional e in- domínio da Safety podemos, por exemplo, re- ternacional, que regula a constituição e o fun- ferir os regulamentos da União Europeia sobre cionamento das organizações aeronáuticas e a investigação de acidentes e incidentes com as relações jurídicas resultantes da actividade aeronaves ou sobre a comunicação, análise e aérea civil. seguimento de ocorrências na aviação civil; quanto à Security destacamos as Conven- Nos próximos artigos iremos tratar dos Servi- ções internacionais para a repressão de actos ços de Navegação Aérea, um tema essencial ilícitos contra a aviação civil. da actividade da NAV.

Somos todos agentes de segurança! Leonel Salvado “O trabalhador em Portugal tem direito a trabalhar em condições que protejam a sua saúde e garantam a sua segurança, em todos os as- petos relacionados com a sua função, tendo o empregador o dever de respeitar e aplicar, no mínimo, os princípios gerais de Segurança e Saúde no Trabalho (Código do Trabalho, Art.º 281º a 284º). Portal epor- tugal.gov.pt 11 de Julho de 2022. Também a OIT – Organização Inter- nacional do Trabalho elevou a saúde e segurança no trabalho a direito fundamental para todos. Principais eixos da segurança no trabalho: 1. Garantia do direito de prestação de trabalho em condições de segu- rança e saúde; 2. Dever de formar e informar os trabalhadores sobre aspetos relevantes para a segurança e saúde; 3. Dever por parte dos trabalhadores de cumprir as prescrições de segu- rança e saúde no trabalho estabelecidas na lei ou em instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, ou determinadas pelo emprega- dor; 4. Direito à reparação dos danos emergentes de acidentes ou doença no âmbito da prestação do trabalho. A segurança e Saúde dos trabalhadores não passa apenas pelas ques- tões relacionadas com os riscos físicos, químicos ou biológicos asso- ciados à atividade profissional que o trabalhador exerce, normalmen- te tratados pela Segurança e Saúde no Trabalho, mas também pela garantia que no desempenho das suas funções profissionais o traba- lhador não está exposto a riscos extrínsecos à sua atividade profissio- nal seja qual for a sua origem – humana ou natural -, existindo o dever de identificar e avaliar esses riscos, promover a sua eliminação sempre que possível, ou reduzir a exposição das instalações e consequente- mente dos trabalhadores, ao risco remanescente. Identificado o risco e as suas potenciais consequências, é também dever da entidade empregadora organizar as medidas preventivas necessárias – Proteção e Segurança dos locais de trabalho – como também estruturar os meios e os procedimentos de resposta aos acontecimentos previsíveis que podem causar danos à segurança do local de trabalho e aos seus trabalhadores. Nestes riscos estão incluí- dos os riscos de ato ilícito com os mais variados objetivos – roubo, van- dalismo, sabotagem ou mesmo terrorismo, a que a aviação civil tem estado exposta, sobretudo pelo impacto e sentimento de insegurança que um ato ilícito nesta atividade provoca na opinião pública. O desenvolvimento continuado de ameaças cada vez mais sofistica- das exige que a respetiva mitigação se faça com envolvimento da ge- neralidade da comunidade porque as pessoas não trabalham de for- ma isolada, compartimentada e todos os comportamentos afetam e condicionam o ambiente de trabalho e todos os que nele laboram e não apenas aqueles que por omissão praticam ou permitem atos in- seguros.

13 Independentemente de exercerem ou não funções de Secu- rity e quaisquer que sejam os respetivos níveis da hierarquia, todos os trabalhadores desempenham um papel importan- te para assegurar que as medidas de security permanecem consistentes e eficazes porquanto, São eles quem melhor conhece o seu local de trabalho, São eles quem conhece os que habitualmente devem estar nesse local, São eles quem sabe quando alguma coisa não está de acor- do com a situação normal no local de trabalho, São eles quem pode observar comportamentos inseguros que podem comprometer a segurança comum, São eles quem pode identificar situações que necessitem ser esclarecidas e que devem ser reportadas às equipas de segurança dos edifícios onde trabalham, para que seja ava- liada a situação e tomadas medidas se necessário. Isto é vigilância no local de trabalho e reportar tudo aquilo que nos possa criar dúvidas é contribuir para a nossa se- gurança individual, a segurança de todos os que connosco trabalham, a segurança da nossa atividade profissional e a segurança da aviação civil em geral contra atos de interfe- rência ilícita, e é um dever de todos e de cada um. Somos todos agentes de segurança! Viste? Não é habitual ou suscitou dúvidas? Reporta! Está em desenvolvimento uma ferramenta que permitirá também o reporte voluntário e anónimo, se assim for enten- dido, de situações não emergentes e que possam suscitar dúvidas no que respeita à segurança das instalações, mas até estar disponível poderá sempre ser utilizado o correio eletrónico [email protected], o Posto de Segurança de cada um locais ou mesmo os responsáveis pelos edifícios.

14 O QUE POSSO EU FAZER?

OS ALERTAS ESTÃO DADOS. A União Europeia traçou como objetivo estratégico atingir a neutralidade carbónica até 2050, como forma de cumprir o acordo de Paris de 2019 e evitar que o aumento da temperatura do planeta seja superior a 2° C. A onda de calor e a vaga de seca extrema, que se fazem sentir este verão, são “apenas” uma parte das consequências futuras que iremos experimentar nos próximos tempos, sendo por isso urgente atuar o quanto antes. Tanto assim é que uma das prioridades do governo passa por responder à atual crise energética e que, entre outras medidas, pretende: • acelerar, sem diminuir os controlos ambientais, os projetos de fontes renováveis, nomeadamente a partir da energia solar e eólica, permitindo poupar a hídrica e conquistando maior autonomia face aos combustíveis fósseis; • reforçar a diversificação de fornecedores de produtos energéticos e aumentar as interligações, evitando a dependência de um único fornecedor, apostando dessa forma numa progressiva autonomia. Mas na prática o que podemos fazer nós no nosso dia-a-dia, no trabalho ou em casa e que de alguma forma possa contribuir para esta mudança? EM CASA: NO TRABALHO: • Optar por iluminação LED e desligar as luzes quando • Desligar totalmente computadores, impressoras, ecrãs, não forem necessárias; evitando mantê-los em modo stand-by; • Desligar os equipamentos e evitar mantê-los em modo • Desligar sempre as luzes no final do dia; stand-by; • Desligar sempre o ar-condicionado do gabinete no final • Recorrer aos programas económicos das máquinas de do dia; lavar louça e roupa; • Definir a temperatura do ar condicionado para valores • Optar pela ventilação natural, sempre que possível; entre 21 e 23º C no Verão e entre 18 e 20ºC no Inverno; • Adotar uma condução defensiva que é simultaneamente • Antes de imprimir pense se é realmente necessário; uma condução mais eficiente do ponto de vista energético; • Se imprimir opte por usar o modo rascunho e o formato frente e verso sempre que possível; • Consumir de forma sustentável, isto é, menos e melhor, e com consciência do impacte ambiental de cada decisão • Reutilizar papel, quando impresso só de um lado e que de compra; já não é necessário; • Depositar seletivamente os resíduos que produz • Depositar seletivamente os resíduos que produz diariamente; diariamente; • Evitar a utilização de plásticos de utilização única • Verificar que as torneiras ficam fechadas após a sua optando por embalagens reutilizáveis sempre que utilização. Em caso de avaria informar de imediato o possível; serviço responsável. • Utilizar a água de forma responsável; • Na construção/remodelação de uma casa, na escolha dos materiais tendo em consideração a sua eficiência energética, tais como isolamentos e janelas e, se possível, considerar a instalação de fontes de energia renováveis. Nunca é “demais” relembrar, partilhar e/ou pensar sobre boas práticas ambientais e nunca é “de menos” qualquer gesto que façamos em benefício do nosso planeta. Mais algumas sugestões ou ideias? Envia para: [email protected] Susana Simão DIPRAQ/GIQUA

16 Criação de plataforma de Canal de Denúncia para proteção de denunciantes De acordo com a legislação aprovada no final 2 membros (um da DREL e outro do GABJUR), de 2021 que estabelece o regime geral de a quem caberá fazer a receção de denúncias, e proteção de denunciantes de infrações, a NAV um membro de cada uma das outras Direções/ Portugal criou um grupo de trabalho com vista Gabinetes/Área da Empresa que servirão de à implementação de um canal de denúncias na Focal Points. empresa. A publicação de denúncias estará disponível Para a concretização desta medida o Conselho através de uma Plataforma de Canal de de Administração deliberou criar um Comité Denúncia para Proteção de Denunciantes cuja de Proteção de Denunciantes constituído por aquisição será feita a curto prazo.

17 LANCHEIRA EM DIAS DE VERÃO Muitas vezes deixamo-nos ir, queremos variar da rotina e fazemos uma batota ou outra. E não tem mal nenhum! Com o tempo quente a apertar, o que apetece são alimentos frescos e leves. E é bem possível variar com lanches este verão! Fruta: Frutos secos A fruta de verão é muito rica em água e por isso Com o tempo mais quente escolher snacks que uma forma de nos mantermos hidratados e ao mantenham a qualidade e não se deteriorem com mesmo tempo incluir vitaminas e minerais na nossa o calor é importante. E nesse sentido lembramo-nos alimentação. de imediato dos frutos secos. Sempre que possível comer a fruta lavada com casca. Cabem em qualquer bolso! Assim aumenta-se o aporte de fibra, o que contribui É só preciso moderar as quantidades para a saciedade. (aproximadamente 1 punhado) e optar pelos ao natural. Hortícolas Tremoços As verduras não tem de ser incluídas somente no prato. Podem ser um bom aliado durante o dia e Sabiam que os tremoços são uma leguminosa? Sim, ainda por cima ricos em água. como o grão e o feijão. Seja através de sopas frias ou de palitos de legumes Ricas em fibra e proteína vegetal e com poucas (cenoura, aipo, pepino e beterraba). calorias são um excelente aliado ao plano alimentar. Estes palitos combinam muito bem com queijo batido, queijo cottage, húmus, paté de atum caseiro Água e manteiga de amendoim. As chips de couve kale ou de batata doce também Nestes dias quentes o que não pode falhar é uma são uma alternativa. boa hidratação. Variar a água, com águas aromatizas ou tisanas frias (sem açúcar) são alternativas. INÊS PANÃO Nutricionista Cédula Profissional 3011N [email protected]

BREVES 18 // outras notícias EASA publica as primeiras regras mundiais para o funcionamento dos táxis aéreos nas cidades A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) publicou regras para o funcionamento dos táxis aéreos nas cidades, a primeira proposta abrangente de regulamentos deste tipo a ser emitida a nível mundial. O novo quadro regulamentar proposto está aberto a consulta pública até 30 de setembro de 2022, e abrange os domínios técnicos de aeronavegabilidade, operações aéreas, licenciamento de tripulações de voo e regras do ar. ACI insta Estados a chegarem a acordo sobre objetivo de descarbonização Objetivo global essencial para que a aviação cresça de forma sustentável e continue a proporcionar benefícios socioeconómicos. A Airports Council International pede aos representantes dos Estados na próxima Reunião de Alto Nível organizada pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) para que se chegue a um acordo sobre um Objetivo Aspiracional a Longo Prazo (LTAG) para a redução das emissões de CO2, alinhado com o objetivo do Acordo de Paris de 1,5°C e o objetivo da indústria, de emissões líquidas de carbono zero até 2050. Startical recebe apoio da UE para levar a Gestão do Tráfego Aéreo ao espaço A proposta inovadora da Startical, criada pela Indra e ENAIRE, de lançar uma constelação de pequenos satélites para melhorar a gestão do tráfego aéreo (ATM) recebeu um apoio significativo da Comissão Europeia, que irá apoiar o desenvolvimento de um protótipo para acelerar a implementação da solução. PARA LÁ DA NAVEGAÇÃO AÉREA // Aposentações Américo Victor Portela da Silva Técnico de Telecomunicações Aeronáuticas, entrou para a ANA – Aeroportos de Portugal a 1 de abril de 1980 para a Direção de Exploração da Navegação Aérea/Serviço de Planeamento, Coordenação Técnica e Software. Termina a sua carreira na DIPRAQ/GIQUA a 8 de agosto de 2022, altura em que tem início a sua reforma.

19 Anos 50 - Aspeto parcial do interior da torre de controlo do Aeroporto de Santana, em S. Miguel, Açores. Tens \"oldies\" para partilhar connosco? Envia-nos, se possível com legenda, para [email protected]


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