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Sara e Filipe Genealogia

Published by Pedro Rodrigues, 2020-10-19 20:27:55

Description: Arvore Genealógica Familiar

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Dedico este trabalho de pesquisa ao Filipe, à Sara e à Noémia. Dedico igualmente aos nossos antepassados … e a todos os nossos familiares! 1

Índice Introdução......................................................................................................................................................... 4 Sara e Filipe Rodrigues – a naturalidade alemã............................................................................................... 6 2ª Geração – os Pais – Pedro Rodrigues e Noémia Amaral........................................................................... 11 3ª Geração – os Avós Manuel, Maria José, Armindo e Benvinda ................................................................. 14 Os Loio............................................................................................................................................................. 17 A geografia dos Loio – Moreira, Aguieira, Carvalhal Redondo, Fornos Mac. Dão.................................... 18 4ª Geração - bisavós - José Marques Loio e Cândida Figueiredo .............................................................. 20 5ª Geração - trisavós - António Marques Loio, José António Figueiredo etc …........................................ 22 6ª Geração – tetravós - Joaquim Marques Loio, José Figueiredo etc ….................................................... 23 7ª 8ª e 9ª Geração – pentavós, hexavós e heptavós ................................................................................. 26 A Arvore Genealógica dos Loio................................................................................................................... 29 Os Amaral........................................................................................................................................................ 32 A geografia dos Amaral – Casal Sancho, Fontanheiras, Pinouca, Casal Sandinho, Silgueiros ….............. 33 4ª Geração - bisavós - José Maria Amaral e Prazeres Conceição Morais................................................. 35 5ª Geração - trisavós – António Maria Amaral, José Morais, …................................................................ 36 6ª Geração - tetravós – José Maria Real, João Cardoso, José Morais Novo … ......................................... 37 7ª 8ª e 9ª Geração – pentavós, hexavós e heptavós ................................................................................. 40 A Arvore Genealógica dos Amaral.............................................................................................................. 43 Os Dionísio ...................................................................................................................................................... 45 A geografia dos Dionísio – Aldeia da Ponte, Freineda, Abela, S. João Negrilhos ..................................... 46 4ª Geração - bisavós – José Alves Dionísio e Natália Maria ...................................................................... 50 5ª Geração - trisavós – Manuel Alves Dionísio, Maria Carmo e Maria Gertrudes ................................... 52 6ª Geração - tetravós – António Alves Sacadura, Maria Carreira, Francisco Canastra … ........................ 53 7ª 8ª e 9ª Geração – pentavós, hexavós e heptavós ................................................................................. 56 A Arvore Genealógica dos Dionísio ............................................................................................................ 60 Os Rodrigues ................................................................................................................................................... 62 A geografia dos Rodrigues – Rochoso, Seixo do Coa, Cerdeira ................................................................. 63 4ª Geração - bisavós - José Rodrigues Andrade e Ana do Carmo ............................................................. 65 5ª Geração - trisavós – Francisco Rodrigues, José Rodrigues etc.............................................................. 66 6ª Geração - tetravós – irmãos Manuel e António Rodrigues, António Andrade, etc. ............................ 67 7ª 8ª e 9ª Geração – pentavós, hexavós e heptavós ................................................................................. 70 A Arvore Genealógica dos Rodrigues......................................................................................................... 74 A Arvore Genealógica de Sara e Filipe Rodrigues (7 gerações)..................................................................... 76 Considerações Finais....................................................................................................................................... 77 Fontes Manuscritas e Referências.................................................................................................................. 78 3

Introdução A curiosidade em podermos conhecer as nossas origens sejam elas quais forem, é a principal motivação para iniciar uma aventura e construir a nossa árvore genealógica. Normalmente sabemos quem são os nossos pais, os nossos avós e às vezes os bisavós. Basta- nos o contacto familiar, ouvir as histórias e os relatos e transmitimos aos nossos filhos. Para isto não precisamos de construir uma árvore. Contudo, a nossa memória não vai muito além de uma terceira geração. Então porque partimos para uma pesquisa desta? Procuramos apenas nomes e datas? A minha experiencia começou quando senti a curiosidade em poder ir o mais além possível, sabendo que atualmente temos à nossa disposição ferramentas informáticas para executar esse processo sem sair do conforto da nossa casa, mas também e o mais importante, deixar a alguém - como filhos e netos – um acesso privilegiado ao conhecimento de nós próprios. À medida que avançamos vemos a dimensão da pesquisa, duplicando a cada geração os nossos esforços, um verdadeiro trabalho de detetive, ligando nomes, datas e locais. Acresce a dificuldade em decifrar as escritas mais antigas, bem como em relação à sua legibilidade. Mas, não vemos apenas datas e nomes e dificuldades destas. Vemos algo que nos conta, contam-nos histórias, vemos um pouco da vida daquela época. Pais incógnitos, segundos casamentos, casamentos com algum grau de consanguinidade, mortalidade infantil elevada etc. Descobrimos, pois, algo para além dos próprios registos. Sentimos a tinta que regista o batismo com a informação do dia e horas do nascimento de uma trisavô ou de uma pentavó, em cujo registo paroquial inclui a presença de seus pais e avós ou não - por um já estar defunto – parecendo que estamos a ver o momento. A minha pesquisa deve-se na sua maior parte aos registos paroquiais que dispomos nos arquivos distritais (1860 a 1911) e arquivo da Torre do Tombo (seculo XVII a 1860), informação familiar e certidões do registo civil (desde 1911). Também a informação que nos é deixada nos cemitérios (podemos presencialmente registar o nascimento e óbito do nosso antepassado). Contudo encontrei várias dificuldades técnicas: - Paróquia do Rochoso – não existem registos de batismos entre 1825 e 1859; - Paróquia de Seixo do Coa – indisponibilidade on-line sobre casamentos e óbitos referente a todos os períodos; - Paróquia de Seixo do Coa – indisponibilidade on-line dos batismos entre 1886 e 1911; - Paróquia de Freineda – não existem registos de vários períodos de batismos e de casamentos; - Paróquia de Freineda – indisponibilidade on-line de todos os óbitos; 4

- Paróquia de Aldeia da Ponte – indisponibilidade on-line de todos os casamentos; - Paróquia de Aldeia da Ponte – não existem registos de batismo entre 1832 e 1852; - Paróquia de Alfaiates – indisponibilidade on-line de todos os registos; - Paróquia de Castelo Bom – não existem registos de batismos entre 1805 e 1812 e antes de 1796; - Paróquia de Castelo Bom – não existem registos de casamentos e óbitos em períodos antes de 1860; - Paróquia de Castelo Bom – indisponibilidade on-line dos casamentos e óbitos depois de 1860; - Paróquia de S. João de Negrilhos – não existem registos de batismo entre 1807 e 1833. Também encontramos trocas de informação de nomes e locais (exemplos: porventura António Alves Sacadura filho de Manuel Sacadura e Maria Jorge terá nascido no ano de 1800 em Castelo Bom e não em Freineda, e os pais não vieram da Mesquitela mas de outros locais e Maria Jorge era Maria Antónia; no óbito de Mariana do Rosário na Abela esta aparece como Mariana da Conceição, mas por exclusão de partes só pode ser a mesma pessoa). Como já referi, a vontade em deixar “um legado” aos meus filhos Sara e Filipe, fez com que a minha pesquisa incida não só na minha própria família, parte paterna, mas também na família da Noémia, a parte materna. Vamos então entrar no mundo dos Rodrigues, dos Dionísios, dos Loios ou dos Amaral. Do Rochoso (Guarda) a Santar, de Alfaiates a Seixo do Coa (Sabugal), de Silgueiros a Aguieira (Carvalhal), de Lisboa a Abela (Setúbal) e aqueles locais que ainda não sabemos … Em alguns casos, vamos pelo menos até à 9ª geração - heptavós. Divulgo também a geografia familiar até à 7ª geração – pentavós de Filipe Sara. Vamos progredir recuando no tempo, da primeira geração, aos pais e avós e depois nas famílias do mais recente para o mais antigo. Finalizamos com a sua árvore genealógica global até à sétima geração. Vamos, então, começar bem longe, fora do nosso país - na Alemanha … 5

Sara e Filipe Rodrigues – a naturalidade alemã Kaiserslautern, situa-se na parte ocidental da Alemanha junto à fronteira com França e pertence ao estado de Rheinland-Pfalz. Fica a cerca de 400 Km de Paris e também a 400 Km de Munique. O nome da cidade, dificilmente pronunciável para um português, tem origem em duas palavras: Kaiser refere-se ao imperador Frederico Barbarossa, que construiu ali um palácio no século 12. Lautern vem do Rio Lauter, hoje todo canalizado, que corre por debaixo da cidade. Bastante destruída durante a Segunda Guerra Mundial por causa de seu polo industrial, o centro histórico de Kaiserslautern hoje é marcado pela reconstrução no pós-guerra. Com cerca de 100.000 habitantes atualmente, a cidade também tem contado com uma considerável comunidade portuguesa de cerca de um milhar, importante número percentual relativamente a outras comunidades estrangeiras. Contudo esse peso tem vindo a diminuir. Em termos económicos, a extinta fábrica da Pfaff, de máquinas de costura assumiu um papel muito importante no desenvolvimento da cidade no passado. A Adam Opel AG Werk Kaiserslautern é um colosso empreendimento industrial de fabrico automóvel e fornece emprego a milhares de pessoas da região. Contudo, a maior notoriedade da cidade reside no futebol, através do clube principal e histórico na Alemanha, conseguindo já por duas vezes consagrar-se campeão nacional, tendo sido um importante motor económico da cidade. Por outro lado, não nos podemos esquecer do papel vital que desempenha a base militar americana, estabelecida após a segunda grande guerra, que conta com uma comunidade militar de cerca de 50.000 americanos. Se podemos passar um verão agradável, atingindo valores de 25 graus e por vezes superior, o inverno é extramente frio em Kaiserslautern, com períodos de temperaturas negativas sempre a rondar os cinco ou dez graus negativos. 6

No dia 10 de Julho de 2000, já neste milénio, pelas 6 horas e 36 minutos da manhã na Klinik Kessler Handorn, em Kaiserslautern, que já não conta com estas instalações, atualmente com infraestruturas mais modernas, nasceu Sara Isabel o mais recente descendente desta árvore genealógica. Foi registada com a nacionalidade portuguesa no consulado português em Frankfurt. 7

Frequentou a escola primária em Vildemoinhos, a Escola João de Barros, Alves Martins e Emídio Navarro na cidade de Viseu. Frequentou o ensino de ballet, praticou voleibol, atletismo e destacou-se desde muito nova como cantora. Seguidamente iniciou a formação superior em Desporto e Educação Física na Universidade de Coimbra. 8

Em 1998, na mesma clinica já tinha nascido o Pedro Filipe a 26 de Novembro pelas 8 horas e 19 minutos da manhã, também estive presente ao nascimento. Foi registado com nacionalidade portuguesa no consulado português em Frankfurt, já em 1999. 9

Depois de iniciar o pré-escolar ainda em Kaiserslautern, frequentou a escola primária de Vildemoinhos, a escola João de Barros e Alves Martins em Viseu. Durante este período fez ainda formação no futebol nas equipas do Lusitano de Vildemoinhos e do Viseu e Benfica. Seguidamente concluiu na Universidade de Coimbra, o curso superior de Engenharia Informática. Sara e Filipe vieram definitivamente para Portugal em 2003, morar na Rua Engenheiro Lino Rodrigues em Viseu 10

2ª Geração – os Pais – Pedro Rodrigues e Noémia Amaral Noémia de Figueiredo Amaral nasceu a 28 de Maio de 1970 em Moreira de Cima – Santar. Foi registada com nascimento a 27/05/1970. Eu, Pedro Miguel Dionísio Rodrigues nasci a 20 de Agosto de 1965 em Lisboa. 11

Depois do casamento seguimos em 1995 para a Alemanha. A Noémia foi trabalhar para a Caritas de Kaiserslautern e eu para a Varig Airlines em Frankfurt. Foram cerca de 8 anos até regressar a Portugal. 12

Com os pais, as duas tias Alice e Palmira . Com os primos Gonçalo e Rui, e tio Emílio. 13

3ª Geração – os Avós Manuel, Maria José, Armindo e Benvinda Os pais da Noémia, Manuel Morais Amaral e Maria José de Figueiredo (Loio): Avô Casamento 10/05/1959 Santar - Nelas Manuel Morais Amaral Avó Maria José Figueiredo Nascimento 12/03/1935 Santar - Viseu Nascimento Santar - Viseu Óbito Viseu 23/08/1935 13/10/2018 Pais de Noémia Amaral Manuel, natural de Casal Sancho e Maria José, natural de Moreira de Cima, proprietários rurais, viveram em Moreira e tiveram três filhas, Maria Alice, Palmira de Fátima e Noémia. Maria José e Manuel em 1994 14

Os meus pais, Armindo Rodrigues e Benvinda Maria Alves Dionísio : Casamento 08/09/1964 Lisboa (Penha de França) Avô Avó Nascimento Armindo Rodrigues Benvinda Alves Dionísio 06/05/1937 Óbito Nascimento 09/10/1966 Rochoso - Guarda 27/05/1940 Abela - Setúbal Lisboa Pais de Pedro Rodrigues Os meus pais foram funcionários dos CTT em Lisboa, aí se conheceram e viveram, acabando por ser a minha cidade-natal. Mais tarde, ela, já viúva, transferiu-se e foi viver para Setúbal. (A única fotografia com o meus pais - 1966) 15

As nossas memórias vão normalmente até aos nossos avós. Os avós fazem sempre parte do dia-a-dia, pela sua presença junto dos netos ou porque os pais transmitem constantemente o quanto eles marcaram a sua vida. Mas, já temos dificuldade em saber quem foram os nossos bisavôs e os seus antepassados. Aqui começa a nossa aventura e vamos dividir a nossa pesquisa em 4 compartimentos: Os Rodrigues (Rodrigues e Afonso); Os Dionísio (Dionisio e Pereira), pela parte do pai. Os Amaral (Amaral e Morais); Os Loio (Loio e Figueiredo), pela parte da mãe. 16

(1425) O Bispo de Lamego, D. João Vicente, recém-chegado de Lisboa, onde lançara as sementes de uma nova comunidade, Congregação dos Cónegos Seculares de S. Salvador de Vilar, por se instalarem no antigo Mosteiro de Vilar de Frades - Barcelos, pede permissão ao Papa Eugénio IV, para que cedesse aos Cónegos de Vilar, ou também chamados Cónegos Azuis devido à cor do hábito, o Mosteiro de S. Jorge de Recião. Tomando posse da casa em 1438 aí permaneceram por 157 anos. Quando D. Afonso V, em 1440 doa a Igreja de Sto. Eloi, em Lisboa, à Congregação dos Cónegos Azuis, estes passam a ser chamados pelos nomes de Cónegos de Sto. Eloi ou Lóios, tendo oficialmente e definitivamente ficado com a designação de Cónegos Seculares de S. João Evangelista, em 1461. Os Loio 17

A geografia dos Loio – Moreira, Aguieira, Carvalhal Redondo, Fornos Mac. Dão A geografia familiar até à 7ª geração (pentavós) : Concelho de Nelas – Moreira, Aguieira, Carvalhal Redondo Concelho de Mangualde – Fornos Maceira Dão Moreira (Nelas) Moreira é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Nelas, com 3,78 km² de área e 595 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 157,4 hab/km². Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013, sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Santar e Moreira. “Moreira” é a forma antiga do nome da árvore, que desde o século XV com prótese do artigo começamos dizer “amoreira”. Ainda se usa essa forma em vários sítios. Essa árvore já foi mais vulgar no país do que hoje, como comprova a sua larga representação na nomenclatura topográfica, mesmo em sítios onde hoje já não existe. Quanto ao determinativo de Jusaa, de Susaa, acima indicados, é de lembrar que, no antigo português, os adjetivos “jusão” e “susão” (cujos femininos serão jusã e susã) significavam respetivamente “que fica em situação inferior, do lado de baixo” e “superior, que fica do lado de cima”. Em 1758, dizia-se no tombo do concelho de Aguieira, que o lugar se chamava Moreira do fundo, de Baixo ou de Jusã. Os seus moradores pagavam ao Comendador da Ordem de Cristo, em Pinheiro de Ázere, uma parte do milho, do vinho, do linho e do trigo que cultivavam. Quanto a Moreira de Cima, o censo de 1527 dá-o como um lugar do concelho de Senhorim. Ambos parecem ter percorrido toda a Idade Média ligados à paróquia de Santar, que já em meados do século XIII consta como pertencendo também ao julgado ou terra de Senhorim. No entanto, num documento de 1103 Moreira aparece como autónoma, o que indicia que era uma paróquia independente. Em 1110, um presbítero Mendo nos aparece a doar à Sé de Coimbra as igrejas de Santar e Moreira, cuja posse declarava ter, pelo facto de as ter povoado (as paróquias) e construído (as igrejas) debaixo do direito de “apresúria”. A ser assim, a freguesia tem o seu impulso inicial demográfico no povoamento da reconquista do século XI sob a orientação do Conde Sisnando. Motivo de orgulho para os habitantes desta freguesia, é o nascimento em Moreira de Baixo de Manuel Pires de Azevedo Loureiro e António Pires de Azevedo Loureiro, figuras que se destacaram eclesiasticamente, tendo ambos sido bispos de Beja e estiveram envolvidos no cisma religioso de 1832-1842. 18

Carvalhal Redondo e Aguieira Carvalhal Redondo e Aguieira (oficialmente, União de Freguesias de Carvalhal Redondo e Aguieira) é uma freguesia portuguesa do concelho de Nelas, com 13,52 km² de área e 1 532 habitantes (2011). Foi criada aquando da reorganização administrativa de 2012/2013, resultando da agregação das antigas freguesias de Carvalhal Redondo e Aguieira. As raízes de Carvalhal Redondo remontam pelo menos ao período romano. Sobretudo com a descoberta de duas aras votivas, consagradas a uma divindade indígena lusitana de nome Besencla. Após a reconquista Cristã, o povoamento deste território deveu se sobretudo aos cónegos da Sé de Viseu no reinado de D. Sancho II. Denominado nas inquirições de 1258 por Carvaal Roiundo, na época uma terra de pouca importância que fazia parte do couto de Canas de Senhorim adquiriu, posteriormente, à fundação do Santuário da N. Sra. do Viso do século XII, alguma autonomia. Ruelas empedradas e estreitas, constituem os arruamentos internos da freguesia emoldurados por casas de granito antigas e típicas. Em pleno Largo do Carvalhedo situa-se um antigo Cruzeiro, que segundo a sua inscrição foi mandado erigir por um morador de Vilar Seco no ano de 1682. Administrativamente, pertenceu ao Concelho de Canas de Senhorim até 29 de Maio de 1844, passando a integrar o de Senhorim até à sua extinção em 9 de Dezembro de 1852, ficando inserido a partir desta data no atual Concelho de Nelas. Segundo os Censos 201 1 tem uma área de 7,91 km2 com um total de 975 habitantes. Fornos de Maceira Dão Fornos de Maceira Dão é uma freguesia portuguesa do concelho de Mangualde, com 16,2 km² de área e 1459 habitantes. A sua densidade populacional é 90,1 hab/km². Aqui passa o rio português Dão, no qual também é nome da freguesia. “Fornos” indica a existência de abundância de fornos neste lugar, ao mesmo tempo faz referência a antigas atividades tradicionais. “Maceira” proveio da palavra latina matianas (maçãs), aludindo à abundância de macieiras neste vale, onde a freguesia se implanta. “Dão” referência ao rio do mesmo nome, que lhe passa por perto. O povoamento desta localidade remonta a épocas muito recuadas, como se pode concluir pelos vestígios arqueológicos encontrados. Em 1173, D. Afonso Henriques definiu limites ao couto do Convento e doou-o aos frades da Ordem de S. Bento, que mais tarde passou para a Ordem de Cister. Os abades desta Ordem desenvolveram grandemente esta região, que administravam, incluindo os poderes judiciais. 19

4ª Geração - bisavós - José Marques Loio e Cândida Figueiredo José Marques Loio Cândida Figueiredo (proprietário rural) (administradora casa) Moreira Cima 09/07/1901 Moreira Cima 30/09/1902 Moreira Cima 23/05/1968 Moreira Cima 26/10/1977 Casamento em Santar, 13 de Dezembro de 1919 Pais de Maria José Figueiredo (Loio) Ao 21 de Julho de 1901 foi batizado, na Igreja de São Pedro Apostolo de Santar, um individuo do sexo masculino, a quem deram o nome de José, nascido no dia 9 desse mês e ano, pelas sete horas da tarde no local de Moreira de Cima. Ao 31 de Dezembro de 1902 foi batizada, na mesma igreja, um individuo do sexo feminino, a quem deram o nome de Cândida, nascida a 30 de Setembro desse ano, pelas duas horas da manhã, também no local de Moreira de Cima. Os bisavós de Filipe e Sara viveram toda a sua vida em Moreira de Cima, tiveram 9 filhos: Palmira, Noémia, Cândida Maria do Céu, Maria José, Conceição, José, Manuel e Armando 20

(batismo de José Marques Loio) Através dos batismos paroquiais, descobrimos os nomes dos pais, avós paternos e avós maternos. Também acrescentamos à nossa pesquisa os casamentos e óbitos paroquiais. Como podemos ver no batismo de José Marques Loio, identifica-se o pai António Marques Loio e a mãe, Maria Carrilha, os avós paternos, Joaquim Marques Loio e Ana de Jesus, e avós maternos António Brás e Joaquina Pais Carrilha. O avô paterno provém da Aguieira – Carvalhal Redondo. Neste registo, ainda obtemos a data do casamento com Cândida Jesus Figueiredo. Da parte de Cândida Jesus Figueiredo, descobrimos por sua vez, os pais José António Figueiredo e Maria Cândida, avós paternos José Figueiredo e Maria Peregrina do Carmo e avós maternos José Joaquim Sampaio e Maria Cândida. Temos, assim, ao nosso dispor a 5ª e 6ª gerações para pesquisar melhor. 21

Este senhor José Joaquim de Brito terá nascido no ano de 1871. Na mesma década nasciam António Marques Loio e Maria Carrilha pais de José Marques Loio 5ª Geração - trisavós - António Marques Loio, José António Figueiredo etc … Os trisavós da Sara e do Filipe – António Marques Loio, Maria Carrilha, José António Figueiredo e Maria Cândida. António Marques Loio Maria Carrilha (jornaleiro) (jornaleira) Moreira 02/06/1879 Moreira 13/11/1874 Moreira > 1911 1 Moreira > 1911 Casamento em Santar, 22 de Janeiro de 1901 Pais de José Marques Loio 1 > 1911 – todos os acontecimentos após a introdução do registo civil – indisponível ainda de consulta 22

José António Figueiredo Maria Cândida (proprietário rural) (administradora casa) Moreira 31/01/1861 Moreira 19/04/1864 Moreira > 1911 Moreira > 1911 Casamento em Santar, 23 de Maio de 1901 Pais de Cândida de Jesus Figueiredo Maria Cândida era viúva (de Agostinho Pires da Fonseca) quando casou. Deste primeiro casamento teve uma filha que faleceu prematuramente, com 7 anos de idade em 1900. Maria da Luz seria a irmã mais velha, com dez anos de diferença de Cândida de Jesus. Após esta tragédia, Dª Maria Cândida refez a sua vida e pôde ultrapassá-la ao ter uma nova vida e ter Cândida de Jesus, elemento indispensável na descendência da enorme família dos Loios / Figueiredos. 6ª Geração – tetravós - Joaquim Marques Loio, José Figueiredo etc … São 8 tetravós de Filipe e Sara, pelo ramo dos Loio - Joaquim, Ana de Jesus, António Braz, Joaquina, José Figueiredo, Maria Peregrina, José António e Maria Cândida. Qualquer pessoa tem um total de 32 tetravós. Joaquim Marques Loio Ana de Jesus (criado de servir) (administradora casa) Aguieira 31/07/1845 Moreira 17/03/1836 Moreira 15/02/1911 Moreira > 1911 Casamento em Santar, 1 de Fevereiro de 1876 Pais de António Marques Loio 23

António Braz Loureiro Joaquina Carrilha (proprietário rural) (administradora casa) Moreira 22/11/1842 Moreira 11/01/1844 Moreira 28/12/1907 Moreira > 1911 Casamento em Santar, 15 de Abril de 1869 Pais de Maria Carrilha Joaquim Marques Loio vem da Aguieira para Moreira, como criado de servir encontra Ana de Jesus e estabelece-se nesta localidade, é o momento da entrada dos Loios vindos da povoação vizinha pertencente à paróquia de Carvalhal Redondo. Enquanto isso, tinham casado os pais de Maria Carrilha, António Braz e Joaquina Pais Carrilha, ambos moradores e naturais de Moreira, sendo já estabelecidos com as suas propriedades José Figueiredo Maria Peregrina (tosador) (administradora casa) Moreira 02/10/1812 Moreira 30/03/1823 Moreira 17/03/1875 Moreira 03/10/1902 Casamento em Santar, 16 de Janeiro de 1851 Pais de José António Figueiredo José Joaquim Sampaio Maria Cândida (alfaiate) (administradora casa) Moreira 11/03/1831 Moreira 15/01/1839 Moreira 19132 Moreira 08/10/1868 Casamento em Santar, 7 de Julho de 1863 Pais de Maria Cândida 2 Provável óbito - Inventario por óbito de José Joaquim Sampaio Novo, inventariante Maria de Jesus 24

José Figueiredo, tosador, filho de António José Figueiredo também tosador. A função de tosador era um ofício comum na sociedade do século XIX, porque era preciso o cuidado dos animais domésticos importantes no trabalho e sustento das comunidades rurais. Os proprietários constituíam a burguesia rural. Possuíam as maiores explorações agrícolas e as alfaias necessárias ao seu fabrico. Tinham criados e contratavam jornaleiros, não fazendo eles trabalho braçal. Alguns envolviam-se em negócios (por ex., contratadores de tabaco, estanqueiros ou compra e venda de gado) e emprestavam a juros. O casamento era encarado como um investimento, do qual retiravam dividendos ou melhoria de estatuto. Envolviam-se, também, na administração concelhia. Os lavradores (havia, ainda, os agricultores) detinham as propriedades de menor dimensão, na qual eles próprios trabalhavam e possuíam juntas de bois e arados para lavrar a terra, de onde lhes vinha o nome. Os jornaleiros, correspondiam aos antigos cabaneiros, trabalhavam «à jorna», contratados ao dia, de sol a sol, por uma magra retribuição e, algumas vezes, uma refeição. De seu, só tinham a prole, regra geral muito numerosa. Entre os homens de ofícios não havia distinção a assinalar a não ser, talvez, os barbeiros, que também faziam de sangradores, arrancadores de dentes e cirurgiões. E os ferreiros, cujo ofício comportava segredos, cuidadosamente mantidos e que, lhes permitia mesmo enriquecer e ascender socialmente. A linha da Beira Alta entrou ao serviço de forma provisória em 1 de Julho de 1882. Foi inaugurada em 3 de Agosto do mesmo ano. 25

7ª 8ª e 9ª Geração – pentavós, hexavós e heptavós Joaquim Marques Loio Joaquina Maria (jornaleiro) (jornaleira) Aguieira ~ 1815 3 Aguieira 23/05/1815 Aguieira 21/06/1889 Aguieira 1876 a 1880 4 Pais de Joaquim Marques Loio Joaquim Marques Loio filho de José Marques Moço e de Maria Francisca ambos da Aguieira e Joaquina Maria filha de António Pais dos Pardieiros e de Josefa Marques da Aguieira. Francisco Ramos Barbara Maria (jornaleiro) (administradora casa) Tabosa 24/06/1802 Moreira ~ 1798 Óbito desconhecido Moreira 30/11/1887 Casamento em Santar, 1 de Março de 1829 Pais de Ana de Jesus Francisco Ramos filho de António Costa e de Januária Maria ambos da Tabosa (Fornos Maceira Dão) e Barbara Maria filha António Braz de Loureiro e de Maria Henriques ambos de Moreira. Joaquim Braz Loureiro Maria Joaquina O. (jornaleiro) (administradora casa) Moreira ~1816 Moreira ~1820 Moreira 30/04/1896 Moreira 20/10/18785 Casamento em Santar, 19 de Outubro de 1842 Pais de António Braz Loureiro 3 ~1815 (com o símbolo ~ que significa aproximadamente) 26 4 A Aguieira (Carvalhal Redondo não tem todos os registos 5 Por exclusão de partes pensa-se ser o óbito de Maria Joaquina

Joaquim Braz Loureiro filho de José Abrantes de Canas de Senhorim e de Maria Loureiro de Moreira e Maria Joaquina Oliveira filha de pai incógnito e de Joaquina Maria de Moreira. José Pais Carrilha Ana Pais (jornaleiro) (administradora casa) Moreira ~1807 Moreira ~1808 Moreira 21/09/1867 Moreira 04/10/1868 Pais de Joaquina Pais Carrilha José Pais Carrilha, filho de Manuel Pais Carrilha e de Maria da Conceição ambos de Moreira e Ana Pais filha de José Santos e Maria Pais ambos de Moreira. António José Figueiredo Antónia Francisca (tosador) (administradora casa) Moreira ~1767 Moreira 6 Moreira 31/07/1836 Moreira 30/07/1851 Pais de José Figueiredo António de Figueiredo filho de José de Figueiredo e de Josefa Marques ambos de Moreira e Antónia Francisca filha de Silvestre Pereira de Moreira e de Francisca Morais de Carvalhal Redondo. João Pereira Alho Maria José (jornaleiro) (administradora casa) Pardieiros 18/04/1797 Moreira ~1803 Moreira 18/02/1850 Moreira 04/03/1883 Casamento em Santar, 28 de Maio de 1819 Pais de Maria Peregrina do Carmo 6 Não foi encontrado o registo de batismo, contudo o irmão António nasceu em 1770 27

João Pereira Alho filho de Manuel Francisco Alho dos Pardieiros e de Rosa Loureiro da Aguieira e Maria José filha de Joao Almeida de Carvalhal Redondo e de Maria Joaquina de Moreira. José Joaquim Maria Joaquina (alfaiate) (administradora casa) Moreira ~1803 Moreira 13/12/1799 Moreira 22/12/1886 Moreira 20/12/1833 Casamento em Santar, 13 de Fevereiro de 1825 Pais de José Joaquim Sampaio José Joaquim filho de António Joaquim e de Josefa Sampaio ambos Moreira e Maria Joaquina filha de Manuel Rodrigues Miranda e Maria Joaquina ambos de Moreira. João Soares Máxima Cândida (proprietário rural) (administradora casa) Moreira ~1806 Moreira 21/06/1814 Moreira 17/01/1885 Moreira 13/02/1884 Casamento em Santar, 10 de Janeiro de 1837 Pais de Maria Cândida Joao Soares filho de Luís José Soares da Póvoa de Sobrinhos e de Antónia Joaquina de Moreira e Máxima Cândida filha de Bento José Pinto e de Francisca Ricardina ambos de Moreira, neta de Manuel Oliveira Pinto, Josefa Engrácia, António Oliveira Pinto e de Antónia Teresa Perpetua, todos de Moreira. 28

A Arvore Genealógica dos Loio 29

Sebastião José de Carvalho e Melo – o Marquês de Pombal – faleceu em 1782 numa altura em que António José de Figueiredo, bisavô de Cândida de Figueiredo, tinha 15 anos. O jantar dos Loios em 2019 e seus oradores : Dr. Duarte e José Alberto 30

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De amaral, subst. comum, nome de uma casta de uva preta, serôdia, e muito abundante de ácidos, cultivada na Beira, no Minho e no Douro (Antenor Nascentes, II, 14). Tirado da Vila de Amaral, na Província da Beira. A mais antiga família com este sobrenome procede de Martim Afonso Amaral, o primeiro a usar este sobrenome, que viveu no ano de 1250, em Portugal, durante o reinado de D. Afonso 3º, O Restaurador (1248-1279). Os Amaral 32

A geografia dos Amaral – Casal Sancho, Fontanheiras, Pinouca, Casal Sandinho, Silgueiros … A geografia familiar até à 7ª geração (pentavós) : Concelho de Nelas – Santar, Casal Sancho, Fontanheiras Concelho de Viseu – Silgueiros (Passos e Pindelo), Pinouca, Lourosa Concelho de Mangualde – Casal Sandinho, Aldeia de Carvalho, Alcafache e Lobelhe Santar (Nelas) Santar é uma bela e nobre freguesia do concelho de Nelas, na fértil região de Dão-Lafões, dona de um legado patrimonial de grande encanto, onde a produção vitivinícola marcou o estilo de vida das populações. Esta será uma região de antiga ocupação humana, tendo-se encontrado pela região alguns vestígios arqueológicos de ocupação Romana do território, existindo igualmente alguns registos da povoação ainda em inícios da Idade Média. Santar tem mantido sabiamente o seu património arquitetónico de grande encanto, onde o granito impera, dona de diversas casas senhoriais e brasonadas que atestam o poderio agrícola de Santar ao longo dos séculos, como é o caso do Paço dos Cunhas, datado de 1690, da maravilhosa Casa do Soito (século XVIII), da Quinta da Alameda, das Casas das Fidalgas, do Conde de Santar, do Santos Lima, entre outras. Este importante centro vinhateiro da região do Dão, orgulha-se da sua antiga Igreja Matriz, da bela Igreja da Misericórdia, classificada como Imóvel de Interesse Público, datada de 1637, da Capela de São Francisco de Assis, da Capela da Senhora da Piedade, do frondoso Jardim do Paço dos Cunhas, entre tantos outros motivos de orgulho que se encontram pela região. Silgueiros Silgueiros é uma freguesia do concelho, comarca, distrito e diocese de Viseu. A freguesia de Silgueiros estende-se por uma vasta área de cerca de 37 quilómetros quadrados, de férteis minifúndios, entre os rios Dão e Pavia . Situada no extremo sul do concelho de Viseu, de onde dista 12 km, os seus limites são também os concelhos de Tondela, de Carregal do Sal e de Nelas. Constituem-na dezena e meia de povoações e outros pequenos aglomerados populacionais onde vivem, segundo estimamos, quase 5.000 pessoas. 33

O povoamento das terras de Silgueiros é muito anterior à fundação da nacionalidade. As lagaretas e as campas antropomórficas existentes em diversos pontos da freguesia, o castelo ainda não devidamente estudado, nos limites de Passos, a estrada romana que atravessa a Póvoa Dão, são disso exemplos seguros. A vida em Silgueiros sempre esteve ligada à agricultura, destacando-se a produção do vinho. Agricultura de subsistência, tinha no vinho, pela sua superior qualidade e até pela quantidade, o seu produto de exportação para outras regiões, apesar das dificuldades já então oficialmente levantadas à sua circulação. Alcafache Situada na Beira Alta, no bucólico e tranquilo vale do Dão, a cerca de 9 Km de Viseu, a estância é envolta por uma paisagem harmoniosa, sendo rodeada por vinhedos, pinhais e pomares de macieiras que perfumam o ar. Uma particularidade interessante é o facto de algumas das suas nascentes brotarem de fraturas de rochas graníticas que se situam no leito do rio. As Termas de Alcafache são um pequeno paraíso protegido da poluição e do stress das cidades. Numa área com mais de 20.000 m2, o corpo e o espírito podem repousar e recuperar a forma na sombra tranquila dos extensos pinhais existentes. O Desastre Ferroviário de Moimenta-Alcafache ou Desastre Ferroviário de Alcafache foi um acidente de natureza ferroviária, ocorrido na Linha da Beira Alta, em Portugal, a 11 de setembro de 1985; Este acidente foi o pior desastre ferroviário ocorrido no país. O acidente deu-se junto ao Apeadeiro de Moimenta-Alcafache, na freguesia de Moimenta de Maceira Dão, no concelho de Mangualde. Este apeadeiro situa-se entre as estações de Nelas e Mangualde, numa zona de via única na altura. 34

4ª Geração - bisavós - José Maria Amaral e Prazeres Conceição Morais José Maria Amaral Prazeres Morais (proprietário rural e criador gado) (administradora casa) Pinouca 10/05/1880 Casal Sancho 13/11/1898 Casal Sancho 24/09/1944 Casal Sancho 18/04/1978 Casamento em Santar, 9 de Junho de 1917 Pais de Manuel Morais Amaral Os elementos iniciais para a pesquisa da família Amaral estiveram no cemitério de Santar, na campa onde se encontram os avós da Noémia, podemos ver as datas de nascimento e falecimento dos dois. Contudo, se para José Maria Amaral os registos estavam corretos, o mesmo não se verificou para Prazeres Morais, pois na campa indica que nasceu em 12-02-1893 e na realidade o batismo de 04-12-1989 indica que nasceu em Novembro desse ano. Isso obrigou-me a solicitar uma certidão de óbito desta bisavó junto da Conservatória de Nelas. A partir daí, pude efetivamente iniciar a pesquisa da família Morais. José Maria era da Pinouca, da margem norte do rio Dão, pertencente a Viseu ao passo que as Fontanheiras estão na margem sul e pertence a Nelas. A maior parte desta família vem destes dois lugares. Por outro lado, o dos Morais que vêm de Casal Sancho (junto a Santar) e Casal Sandinho e Aldeia do Carvalho pertencentes a Alcafache. Em Casal Sancho, José de 37 anos casou com uma jovem de 19 anos de idade, Prazeres. Gostaram um do outro, mas ele, já tendo estado no Brasil, também trouxe um considerável dote para o efeito. Tendo sido proprietário rural, segundo as memórias da minha sogra, Maria José, anos depois já teria muitos terrenos e grande criação de gado. Viriam a ter 7 filhos (6 tios-avós do Filipe e da Sara): Zélia, Prazeres, Domitília António, José, Maria e Manuel (avô) 35

José Maria nasceu um ano depois de Einstein. Nesta altura, ainda não eram necessários GPS nas deslocações das populações. Os carros de bois estavam ligados intimamente ao transporte de mercadorias e as bestas, cavalos e burros eram o meio de transporte em que as pessoas faziam as suas visitas. 5ª Geração - trisavós – António Maria Amaral, José Morais, … António Maria Amaral Maria Antónia (proprietário rural) (administradora casa) Pinouca 22/04/1848 Fontanheiras ~1851 Fontanheiras > 1911 Fontanheiras > 1911 Casamento em Santar, 10 de Junho de 1879 Pais de José Maria Amaral 36

José Morais Maria Anjos C. (jornaleiro) (administradora casa) Casal Sancho 19/05/1848 Casal Sandinho 26/06/1860 Casal Sancho > 1911 Casal Sancho > 1911 Casamento em Santar, 2 de Maio de 1889 Pais de Prazeres Morais A família dos Morais vem sobretudo de Casal Sancho, de Casal Sandinho e Aldeia de Carvalho. António Maria Amaral e Maria Antónia de Jesus personificam a união das margens do rio Dão, de um lado as Fontanheiras, do outro a Pinouca. Quem ali casava, subia as encostas e deslocava-se ou a Santar ou a Silgueiros. Esta região de relevo acidentado, tem solo com clima propício para a vinicultura – sendo integrante na região demarcada do Dão. Esta região demarcada foi instituída em 1908 e foi a primeira no nosso país no que respeita a vinhos não licorosos, sendo considerada como a Borgonha portuguesa. 6ª Geração - tetravós – José Maria Real, João Cardoso, José Morais Novo … José Maria Real Rita de Jesus (proprietário rural) (administradora casa) Pinouca 20/08/1819 Pinouca ~1800 Pinouca 06/12/1890 Pinouca 11/11/1880 Casamento em Silgueiros, 29 de Junho de 1847 Pais de António Maria Amaral 37

João Cardoso Maria Antónia (proprietário rural) (administradora casa) Fontanheiras 28/04/1815 Moinhos Ruivo 27/08/1823 Fontanheiras 08/11/1890 Fontanheiras 18/01/1893 Pais de Maria Antónia Jesus Dos avós de José Maria Amaral, Rita de Jesus é que vem do ramo da linha dos Amaral, e da povoação da Pinouca. José Morais Novo Eufrasina Maria (jornaleiro) (jornaleira) Casal Sancho 07/01/1822 Aldeia Carvalho 30/04/1820 Casal Sancho 13/11/1854 Casal Sancho 14/02/1906 Pais de José Morais 38

Pai Incógnito Marta Jesus Correia (jornaleira) Casal Sandinho 11/04/1824 Casal Sandinho 03/04/1890 Pais de Maria dos Anjos Correia Marta de Jesus Correia foi um caso, muito comum nos registos de batismo antigos em que se desconhecia ou era omissa a paternidade de uma criança recém nascida, embora se sabe que tem de haver um pai. Para a investigação é muito difícil poder entrar nesse domínio, quando são necessários testemunhos para poder fazer uma indagação. No caso desta investigação, apenas é sinalizada a situação e cerra esse ramo da árvore genealógica. Hoje em dia é possível existirem filhos de “pai incógnito”? – Se não ocorrer perfilhação no momento da declaração de nascimento, é lavrado com paternidade omissa; – Compete ao funcionário do Registo Civil para o Tribunal a certidão de nascimento, para averiguação da paternidade; – Se no âmbito da averiguação, não forem reunidas provas sobre a identidade do pai, a paternidade permanecerá omissa; – Sem prescindir, que o filho poderá intentar ação de investigação da paternidade. Numa altura em que se dá o nascimento de um grande país - um dos maiores do mundo - nasceram também José Morais Novo, Eufrasina e Marta de Jesus, bisavós de Manuel Amaral 39

7ª 8ª e 9ª Geração – pentavós, hexavós e heptavós Francisco Lopes Real Maria Joaquina (trabalhador rural) (administradora casa) Pinouca Lourosa de Cima Pinouca 05/05/1835 Pinouca 10/03/1844 Casamento em Silgueiros, 13 de Abril de 1795 Pais de José Maria Real Francisco Real filho de José Francisco e de Josefa Lopes, ambos da Pinouca, neto paterno de Francisca da povoação de Real (S. Miguel do Outeiro) e materno de António Lopes e Antónia Gomes, da Pinouca e S.J. Lourosa respetivamente. Maria Joaquina filha de António Lopes e Ana Maria de Lourosa de Cima, neta paterna de José Lopes e Josefa Lopes de Lourosa de Cima e materna de Manuel Joao e de Maria Lopes de Coimbrões. José Amaral Ângela Maria (trabalhador rural) (administradora casa) Pinouca 24/04/1771 Santar ~1772 Pinouca 17/11/1855 Pinouca 29/11/1861 Pais de Rita de Jesus José Amaral filho de Bartolomeu Amaral da Pinouca e Maria Rodrigues de Vila Nova do Campo, neto paterno de Manuel Lopes da Pinouca e de Maria Amaral de Casal Sancho, neto materno de Manuel e Maria Rodrigues de Vila Nova do Campo. Ângela filha de José Lopes e de Maria do Loureiro de Santar. 40

Manuel António Cardoso Luísa Gomes (trabalhador rural) (administradora casa) Alcafache Fontanheiras 10/02/1779 Fontanheiras 09/06/1852 Fontanheiras 10/01/1830 Casamento em Santar, 27 de Julho de 1808 Pais de João Cardoso Manuel Cardoso filho de José Cardoso de Alcafache e de Antónia Maria de S.J. de Lourosa. Luísa Maria Gomes, filha de João Lopes da Pinouca e de Maria Gomes de Casal Sancho, neta paterna de António Lopes da Pinouca e de Antónia Gomes de S.J. Lourosa e materna de Lourenço Monteiro da Pinouca e Ana Gomes de Casal Sancho. Podemos deduzir que a mãe de Francisco Real, Josefa Lopes era irmã de João Lopes, pai de Luísa Gomes. António Soares Antónia Maria Passos Silgueiros 28/09/1791 Pindelo Silg. Casamento em Santar, 24 de Outubro de 1817 Pais de Maria Antónia António Soares filho de José Francisco Cortes de Vila Chã de Sá e de Engrácia Henriques de Passos de Silgueiros. Antónia Maria filha de Francisco Lopes e de Jacinta Maria do Pindelo de Silgueiros. Silgueiros 41

José Morais Lerias Ana Maria (jornaleiro) (jornaleira) Casal Sancho ~1795 Casal Sancho ~1804 Casal Sancho 31/12/1865 Casal Sancho 07/08/1874 Casamento em Santar, 05 de Março 1821 Pais de José Morais Novo José Morais filho de pai incógnito e de Luísa Loureiro de Casal Sancho. Ana Maria filha de José Costa Melo e de Maria Eufrásia, ambos de Casal Sancho. José Rodrigues Mª Joaquina Alb. (jornaleiro) (jornaleira) Aldeia Carvalho 19/03/1782 Lobelhe ~1794 Aldeia Carvalho 26/10/1845 Aldeia Carvalho 31/05/1861 Pais de Eufrasina Maria José Rodrigues filho de Simão Marques e de Eufémia Lourenço ambos de Aldeia de Carvalho. Maria Joaquina filha de António Brás de Aldeia de Carvalho e de Joaquina Couto de Lobelhe. Joaquim Correia Francisca Loureiro (jornaleiro) (jornaleira) Casal Sandinho 12/03/1796 Casal Sandinho 25/02/1794 Casal Sandinho 16/03/1858 Casal Sandinho 24/09/1833 Pais de Marta Jesus Correia Joaquim Correia filho de José Correia de Fragosela e de Josefa Maria de Casal Mendo. Francisca Loureiro filha de José Gomes Cunha de Casal Sandinho e de Eufémia Loureiro de Vilar Seco. 42

A Arvore Genealógica dos Amaral 43

De Lisboa, o correio partia às segundas, quartas e sábados, às 18 horas, em dois grupos distintos, dirigindo- se um para Norte e outro para Sul. Do grupo que seguia para o Porto, por Leiria e Coimbra, havia ligações ao interior do País, nomeadamente a Castelo Branco, que distribuía o correio às zonas mais ou menos próximas a norte do Rio Tejo; de Coimbra, partia uma ligação a Viseu que abrangia não só esta região como também se estendia à Beira Algumas pessoas da família Amaral - na parte superior do Pelourinho - numa foto partilhada com pessoas da família Loio. Casamento de Palmira, filha de Manuel Amaral e Maria José Figueiredo (Loio). 44

origem grega, Deus do vinho Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus olimpiano filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica. Dionysios, composto pelos elementos dyu, que quer dizer “céu, espírito, dia” e nisa “noite, água”, sendo assim Dionísio também pode significar “espírito das águas”, “o céu e as águas”, “dia e noite”. Em Portugal foi encontrado em documentos datados da segunda metade do século XVII. Os Dionísio 45

As averiguações sobre os ancestrais da família Dionísio, já tinham sido iniciadas por Ascensão Dionísio, irmã da minha mãe, ainda eu era muito jovem e vivia em Setúbal. Deslocou-se aos serviços centrais do registo civil do distrito da Guarda retrocedendo 3 gerações anteriores ao meu avô José Alves Dionísio. Começou a pesquisa por Alfaiates (Sabugal), onde ele nasceu, e depois para a Aldeia da Ponte e Freineda (Almeida). Outras localidades aparecem depois, Castelo Bom, Mesquitela, pertencentes ao concelho de Almeida. A geografia dos Dionísio – Aldeia da Ponte, Freineda, Abela, S. João Negrilhos Concelho de Sabugal – Alfaiates, Aldeia da Ponte, Rebolosa, Forcalhos Concelho de Almeida – Freineda, Castelo Bom, Mesquitela Concelho de Santiago Cacem – Abela, S. Francisco da Serra, S. Domingos, S. Bartolomeu, Santa Cruz, Santiago do Cacem Concelho de Grândola – S. Margarida da Serra Concelho de Aljustrel – S. João de Negrilhos, Ervidel Igreja antiga de Concelho de Castro Verde – Castro Verde Alfaiates Vila de Alfaiates Alfaiates é uma freguesia portuguesa do concelho do Sabugal, com 27,97 km² de área e 331 habitantes (2011), a cerca de 18 km da sede do concelho Sabugal e a 30 km de Vilar Formoso. É uma das mais antigas freguesias e foi sede de concelho até à sua extinção em 1836. Na margem direita de uma ribeira caudalosa que tem o nome desta vila, é situada a antiga Alchaeata, sobre um elevado outeiro, de onde se descortina um vastíssimo horizonte. O nome da povoação tem dado azo às mais diversas interpretações sobre a sua origem. Em relação ao topónimo Alfaiates, apenas podemos adiantar a sua origem etimológica árabe, mas a povoação, segundo diz a lenda, originalmente chamava-se Castillo de La Luna. Originalmente castelhana, fixou- se definitivamente no estado português em 1296, através da assinatura entre os dois reinos do Tratado de Alcanizes. A partir do momento em que, através do referido tratado, passou para a posse da coroa portuguesa, começou a ser beneficiada pelos nossos monarcas. D. Dinis foi o primeiro, dando-lhe foral no mesmo ano e mandou edificar na povoação um pequeno castelo, de planta 46

retangular. Este viria a sofrer obras de beneficiação na primeira metade do século XVII, numa altura em que se encontrava praticamente por terra. Brás Garcia de Mascarenhas levou a cabo a sua reconstrução, tarefa que demorou apenas três meses. Foram erguidas novas muralhas e o interior ampliado. O castelo de Alfaiates viria a desempenhar um papel importante na restauração de 1640, na defesa junto à fronteira com Espanha. Aldeia da Ponte Aldeia da Ponte é uma freguesia portuguesa do concelho do Sabugal, com 33,85 km² de área e 317 habitantes (2011). A Aldeia da Ponte encontra-se na região da Beira Alta, que como o próprio nome indica é uma zona montanhosa. A aldeia faz parte do distrito da Guarda e do concelho do Sabugal. Encontra-se a meio caminho de Vilar Formoso e da cidade de Sabugal. Chega-se à aldeia, empreendendo a Estrada Nacional 332, vindo de Vilar Formoso. São cerca de 24 km que separam a aldeia, do Sabugal pela Estrada Nacional 233-3. A aldeia é banhada pelo Rio Cesarão, (conhecido como ribeira da Aldeia) afluente do Rio Côa, que atravessa a região da Beira Alta de sul a norte. A Ponte de Aldeia da Ponte, que não tem definida a época de origem, podendo ter sido construída no tempo dos romanos ou já na época medieval, é constituída por três arcos de volta inteira, o tabuleiro é inclinado, com pavimento de lajes de granito. Esta ponte está Classificada como Imóvel de Interesse Público. Freineda e Castelo Bom Freineda é uma freguesia portuguesa do concelho de Almeida, com 29,24 km² de área e 238 habitantes. A sua densidade populacional é de 8,1 hab/km².Esta aldeia desempenhou importante papel durante as invasões napoleónicas, pois aí se localizou o quartel general de Wellington desde Novembro de 1812 a Maio de 1813. O edifício ainda hoje existe, sendo um notável solar erguido em frente a igreja matriz. A igreja , que foi um curato anexo à vigairaria de Castelo Bom, alberga no seu interior túmulos que se julgam ser de grande valor histórico. O templo tem um belo altar-mor em estilo renascença. Diz-se que em tempos terá aí existido uma obra do célebre pintor espanhol Goya. 47

Algumas aldeias raianas foram fustigadas pelos soldados napoleónicos entre julho de 1810 e abril/maio de 1812. Em julho de 1810, após a tomada de Almeida realizaram razias nas aldeias raianas; na retirada, em fevereiro ou março de 1811, entraram no concelho de Sabugal, vindos da Guarda, deixando um rasto de violência e destruição por onde passaram; em abril de 1812, quando da quarta invasão, as populações foram, mais uma vez, vítimas das barbaridades dos invasores. Muitos arquivos foram destruídos! Provavelmente não houve aldeia do concelho de Sabugal que não tivesse a “honra” de os receber! Aldeia da Abela Abela é uma freguesia portuguesa do concelho de Santiago do Cacém, com 137,58 km² de área e 890 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 6,5 hab/km². Em vinhedos e olivais, bandos de ovelhas pastam à sombra de oliveiras, cheias de azeitonas e sobreiros, as árvores da cortiça. 48

As planícies, com ligeiras ondulações, seguem até onde a vista alcança, num horizonte sem fim. Estamos no Alentejo, a maior das regiões de Portugal, no centro-sul do país, onde as estradas atravessam a história. Por onde passamos, algumas quintas e muitas herdades. Este é o nome das propriedades rurais do país. As quintas são mais comuns no norte, acima de Lisboa; e as herdades ao sul, no Alentejo. São todas fazendas de criação de animais e plantação de vinhedos, oliveiras e cereais. Quando Portugal se libertou do domínio dos mouros, no século XII, os cavaleiros que lutaram e expulsaram os invasores ficaram com as terras. No norte, o rei fez um acordo com seus nobres: a coroa ficaria com um quinto da produção das terras. No sul, as terras eram menos férteis. Os nobres chiaram e o rei concordou. Elas seriam passadas de pai para filho como herança, sem imposto. Nasceram as Herdades. Em Santiago do Cacém há vestígios da ocupação romana, relacionada com a origem do povoado, com a fundação da cidade de Miróbriga, cerca do século V ou IV a. C.. Em 712, aquando da invasão muçulmana, estaria já abandonada, tendo sido ocupado um cerro próximo, o local onde hoje se encontra o castelo medieval. Em 1157 deu-se a primeira conquista aos mouros, mas entre 1191 e 1217 o povoado esteve novamente sob domínio dos muçulmanos. Foi definitivamente reconquistada pelo bispo de Lisboa, D. Soeiro, com a ajuda dos Templários e dos Espatários, ficando na posse destes cavaleiros até finais do século XV. A 20 de setembro de 1512 foi-lhe outorgado foral por D. Manuel I e, em 1759, reverteu para a coroa. São João de Negrilhos Aldeia que pertence ao município de Aljustrel - uma das mais antigas povoações de Portugal. Duas colinas, um vale, casario em sucalcos, paisagem a perder de vista e um passado milenar. É Aljustrel, do alto da Senhora do Castelo. Estamos no coração do Baixo Alentejo e o forasteiro que aqui se desloca, olha à sua volta e deslumbra-se com a vasteza 49

dos campos, o oceano das paisagens, a planície a perder de vista. Aljustrel, antiga cidade romana Vipasca, denominada Al-lustre pelos árabes, aos quais foi conquistada, em 1234, no reinado de D. Sancho II, por D. Paio Peres Correia e os Cavaleiros da Ordem de Santiago de Espada. A Freguesia de São João de Negrilhos tem uma área de 77,7 km2 e uma população residente de 1723 habitantes (sensos 2001), distribuída por 3 núcleos populacionais: Aldeia Velha (574 h), Aldeia Nova (724 h) e Jungeiros (366 h). A população residual é de 59 habitantes, que vivem nos cerca de 10 Montes existentes na área da Freguesia. Localizada numa vasta e fértil planície das imediações da margem direita da ribeira do Roxo, e com o desenvolvimento da agricultura, nomeadamente no que se refere ao regadio, esta freguesia registou um grande incremento demográfico ao longo dos séculos XIX e XX, tendo sextuplicado a sua população residente, pois os dados censitários de 1801 apenas contava 416 habitantes, enquanto nos censos de 1960 atingia os 2610 habitantes. ceifeiras de Aljustrel 4ª Geração - bisavós – José Alves Dionísio e Natália Maria José Alves Dionísio, natural de Alfaiates, tem as suas raízes em Freineda, pela parte paterna e na Aldeia da Ponte pela parte materna. José Alves Dionísio Natália Maria (guarda fiscal) (administradora casa) Alfaiates 02/02/1911 Abela 08/05/1913 Setúbal 02/10/1978 Setúbal 24/11/1967 Casamento em Abela, 21 de Março de 1936 Pais de Benvinda Alves Dionísio 50


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