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Published by filipepinto, 2017-03-13 15:24:32

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EXAME DE SIMULAÇÃO DE COIMBRA 2016

EXAME DE SIMULAÇÃO COIMBRA 2016 1. Sobre a avaliação do doente com sopro cardíaco, assinale a afirmação ​FALSA​: 1. A maioria dos sopros cardíacos são holossistólicos e suaves (graus I-II/VI). 2. É possível chegar facilmente à etiologia de um sopro cardíaco através de uma avaliação sistemática das suas características principais. 3. Um sopro mesossistólico de grau I-II/VI num doente com alterações na radiografia de tórax merece avaliação posterior com ecocardiograma. 4. A presença de um sopro telessistólico num doente com alterações evidentes no eletrocardiograma exige a realização de um ecocardiograma. 5. Deve ser realizado um ecocardiograma com doppler caso seja identificado um sopro diastólico ao exame físico. 2. Sobre o exame físico cardiovascular, indique a​ FALSA: 1. Os sons não ejetivos (clicks) relacionados com o prolapso da válvula mitral podem ser múltiplos. 2. A presença de S3 tem uma prevalência igual em doentes com insuficiência cardíaca com ou sem disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. 3. Na insuficiência mitral com prolapso do folheto anterior, o sopro irradia posteriormente e para a axila. 4. A intensidade do sopro de estenose mitral diminui com vasodilatadores. 5. A manobra de Valsalva pode ser usada para determinar a integridade do coração e vasos no contexto de Insuficiência cardíaca avançada. 3. Em relação às principais anormalidades no eletrocardiograma, escolha a​ FALSA: 1. Na sobrecarga auricular direita (aguda ou crónica) observa-se aumento na amplitude da onda P (≥2.5mm). 2. No bloqueio de ramo incompleto o QRS apresenta duração de 100-120ms. 3. O bloqueio fascicular anterior esquerdo (eixo QRS mais negativo do que -45°) é provavelmente a causa mais comum de desvio marcado do eixo à esquerda em adultos. 4. A tríade diagnóstica da síndrome de Wolff-Parkinson-White consiste em alargamento do intervalo PR, complexo QRS estreito e empastamento da parte inicial do QRS (onda delta). 5. A elevação ou depressão profundas do segmento ST em múltiplas derivações habitualmente indicam isquemia muito grave. 4. Relativamente à angiografia e cateterismo cardíaco, indique a​ FALSA: 1. Nos doentes diabéticos, deve-se interromper a metformina 48 horas antes do procedimento pelo risco de acidose lática. 2. O cateterismo cardíaco direito é considerado etapa rotineira do cateterismo cardíaco diagnóstico. 3. A administração de oxigénio durante o cateterismo determina se o aumento da resistência vascular pulmonar é fixo ou reversível. 4. Existe uma anomalia das artérias coronárias em 1-2% dos doentes. 5. Se a reserva de fluxo fracional for <0,80 a estenose é considerada hemodinamicamente significativa.

COIMBRA 2016 5. São causas extrínsecas de disfunção do nódulo sinusal, todas ​EXCETO: 1. Hipoxia. 2. Aspiração endotraqueal. 3. Hipotermia. 4. Hipertiroidismo. 5. Elevação da pressão intracraniana. 6. Em relação às taquiarritmias ventriculares, particularmente nas suas formas não sustentadas, indique a afirmação​ FALSA: 1. Este tipo de arritmias em doentes com função ventricular deprimida condicionam uma maior gravidade clínica. 2. A presença de ectopia ventricular frequente pode condicionar a depressão de função ventricular (vulgo “cardiopatia induzida por arritmia”). 3. As características eletrocardiográficas deste tipo de arritmias são frequentemente sugestivas da presença de doença cardíaca estrutural subjacente, pelo que dispensam a avaliação imagiológica. 4. Em doentes cuja sintomatologia arrítmica esteja associada ao esforço físico, a Prova de Esforço deve constituir um exame auxiliar de diagnóstico. 5. Em doentes que necessitem de tratamento farmacológico, os beta-bloqueadores e os bloqueadores de canais de cálcio não dihidropiridínicos são úteis. 7. Em relação aos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca indique a ​FALSA: 1. Fadiga e dispneia são os principais sintomas. 2. O refluxo abdominojugular é um sinal precoce. 3. O edema periférico é um sinal específico e comum. 4. Icterícia é um sinal tardio. 5. Ortopneia é um sintoma tardio. 8. Relativamente ao transplante cardíaco, assinale a resposta ​FALSA: 1. O limite fisiológico de tempo de isquemia (fora do corpo) do enxerto é de aproximadamente três horas. 2. A alocação dos transplantes não tem geralmente em conta a compatibilidade HLA mas apenas o grupo sanguíneo ABO e o tamanho corporal. 3. As taxas de sobrevida pós-transplante são de 83% e 76% após 1 e 3 anos, respetivamente, com uma semivida do aloenxerto de aproximadamente 10 anos. 4. Na doença arterial coronária do aloenxerto, mesmo com obstrução significativa ao fluxo coronário, os doentes raramente experienciam dor anginosa. 5. As infeções por organismos oportunistas são a principal causa de morte tardia pós-transplante. 9. Constituem todos defeitos cardíacos complexos,​ EXCETO: 1. Tetralogia de Fallot. 2. Ventrículo com duplo trato de saída. 3. Síndrome de Eisenmenger. 4. Transposição das grandes artérias. 5. Comunicação interventricular complicada.

COIMBRA 2016 10. Relativamente à estenose tricúspide, assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. Geralmente é de etiologia congénita. 2. Acompanha-se quase sempre de insuficiência tricúspide significativa. 3. É mais comum em homens. 4. O cateterismo cardíaco geralmente é necessário na sua avaliação. 5. O tratamento cirúrgico está indicado na estenose tricúspide ligeira. 11. Relativamente aos doentes com estenose aórtica e insuficiência mitral, assinale a afirmação ​ERRADA: 1. A insuficiência mitral é funcional, sendo secundária à estenose aórtica grave. 2. Os folhetos e cordas tendinosas da válvula mitral são geralmente normais. 3. A substituição valvular aórtica frequentemente, mas não sempre, resulta em redução ou eliminação da insuficiência mitral. 4. A persistência de insuficiência mitral significativa após a substituição valvular aórtica associa-se a pior prognóstico funcional e menor sobrevida. 5. Está recomendado efetuar a reparação valvular mitral aquando da substituição valvular aórtica em situações de insuficiência mitral ligeira. 12. Relativamente à miocardiopatia hipertrófica, indique a ​FALSA. 1. A apresentação em idade pediátrica está associada a aumento da morbilidade e mortalidade. 2. A imagiologia não é essencial para o diagnóstico em virtude da elevada sensibilidade do exame físico e eletrocardiograma. 3. Em doentes diagnosticados em idade adulta, a sobrevida é comparável a uma população com a mesma idade sem doença. 4. Aproximadamente 60% dos doentes têm mutações em genes sarcoméricos. 5. Nenhum tratamento cirúrgico mostrou melhorar outcomes além dos sintomas. 13. Relativamente à clínica da pericardite constritiva crónica, assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. É raro a presença de fraqueza e fadiga. 2. Habitualmente os doentes apresentam ortopneia muito grave. 3. O sinal de Kussmaul nunca está presente. 4. Dois terços dos casos apresentam pulso paradoxal. 5. A ascite é habitualmente mais pronunciada que o edema dependente. 14. Relativamente à prova de esforço em passadeira na avaliação da doença cardíaca isquémica, assinale a afirmação​ ERRADA: 1. O desenvolvimento de taquiarritmias ventriculares durante o exercício está associado a um aumento do risco de eventos coronários adversos. 2. A presença de um infra-desnivelamento ST ≥0,1mV antes de completar o estadio II de Bruce está associado a um aumento do risco de eventos coronários adversos. 3. A presença de um infra-desnivelamento ST por >5min após paragem do exercício está associado a um aumento do risco de eventos coronários adversos. 4. O desenvolvimento de arritmias ventriculares durante o exercício é uma alteração diagnóstica de isquemia. 5. O desenvolvimento de taquiarritmias ventriculares durante o exercício deve motivar suspensão da prova de esforço.

COIMBRA 2016 15. Qual dos seguintes ​NÃO ​é recomendação classe I (nível de evidência A) para uma estratégia invasiva precoce na síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento de ST? 1. Diabetes mellitus. 2. Disfunção renal grave. 3. Taquicardia ventricular sustentada. 4. Instabilidade hemodinâmica. 5. Achados de alto risco em testes não invasivos. 16. Sobre o enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, assinale a afirmação FALSA: 1. O uso de beta-bloqueantes em doentes submetidos a fibrinólise imediata não produziu redução adicional na taxa de mortalidade. 2. A dor nunca irradia abaixo do umbigo. 3. A mortalidade a 1 ano é de cerca de 35%. 4. Até 50% dos casos parecem ter um fator desencadeante. 5. O controlo glicémico intensivo em doentes diabéticos reduz a mortalidade. 17. Relativamente aos mecanismos fisiológicos de regulação da pressão arterial e mecanismos patológicos da hipertensão, indica a afirmação​ VERDADEIRA. 1. Altos níveis de aldosterona plasmática estimulam fenómenos de fibrose e hipertrofia cardíaca. 2. A hipertensão renovascular resulta inicialmente da sobreativação adrenérgica. 3. O principal regulador fisiológico da libertação de aldosterona é a ACTH. 4. Apesar da ativação elétrica de barorreceptores do seio carotídeo conseguir diminuir a pressão arterial, não parece haver benefício no tratamento da hipertensão resistente. 5. A ativação do eixo neuro-hormonal está invariavelmente associada a hipertensão. 18. A propósito das principais formas de aortite, indica a afirmação​ FALSA: 1. A arterite de Takayasu é uma doença inflamatória que acomete frequentemente a aorta ascendente e arco aórtico. 2. Geralmente, a arterite de Takayasu associa-se a um processo progressivo e inexorável de aortite. 3. A arterite de células gigantes é uma causa granulomatosa de aortite que atinge mais mulheres jovens. 4. As aortites de etiologia reumática podem envolver o sistema de condução cardíaco. 5. Os corticoides e imunossupressores podem reduzir a inflamação inerente à aortite idiopática. 19. Sobre o tema trombose venosa profunda e embolia pulmonar (EP), escolha a opção​ FALSA: 1. A síndrome do anticorpo antifosfolípido é a causa genética mais comum de trombofilia. 2. A síndrome do anticorpo antifosfolípido está associada a trombose arterial e venosa. 3. A EP é a causa prevenível de morte mais comum em doentes hospitalizados. 4. As anormalidades mais comuns nas trocas gasosas após uma EP são: a hipoxemia e o aumento do gradiente de tensão de O​ alveolar-arterial. 2​ 5. Na EP, a libertação de mediadores vasoativos pode causar desequilíbrios ventilação/perfusão em locais distantes do êmbolo o que pode justificar a potencial discordância observada entre pequenas EP e grandes gradiente alvéolo-capilar de O​ . 2​

COIMBRA 2016 20. Assinale a opção​ CORRETA, ​a respeito da hipertensão pulmonar: 1. Tanto na hipertensão pulmonar pré-capilar como pós-capilar, o débito cardíaco pode estar normal ou baixo. 2. Um sinal de hipertensão pulmonar que pode ser evidente no raio x é o alargamento das artérias pulmonares periféricas. 3. Na hipertensão pulmonar pré-capilar a pressão da aurícula esquerda no fim da diástole é superior a 15mmHg. 4. A dor torácica constitui na grande maioria dos casos o sintoma de apresentação. 5. Aproximadamente 80% dos doentes com hipertensão pulmonar são considerados vasorreativos e uma proporção menor responde aos bloqueadores de canais de cálcio a longo prazo. 21. Acerca da anemia, assinale a afirmação ​FALSA​: 1. A Organização Mundial de Saúde define anemia no homem como um valor de hemoglobina <12g/dL. 2. Os valores de hematócrito são menos úteis que os valores de hemoglobina na avaliação da anemia. 3. No caso de perda aguda de sangue, a hipovolémia domina o quadro clínico e os níveis de hematócrito e hemoglobina não refletem o volume de sangue perdido. 4. Os sinais de choque hipovolémico aparecem com perdas >40%. 5. A palidez da pele e mucosas verifica-se com valores de hemoglobina <8-10g/dL. 22. Acerca da hemostase, assinale a afirmação​ VERDADEIRA: 1. Geralmente ocorre sangramento quando a contagem de plaquetas é <50.000/μL. 2. A maior parte dos procedimentos exige valores de plaquetas >100.000/μL. 3. Não existe nenhum exame que forneça uma avaliação global da hemostasia. 4. O principal fator de risco para trombose venosa é a aterosclerose. 5. O PFA-100 é suficientemente sensível para excluir distúrbios hemorrágicos. 23. São causas de esplenomegalia maciça, todas​ EXCETO​: 1. Leucemia mieloide crónica. 2. Doença de Gaucher. 3. Tuberculose. 4. Policitemia vera. 5. Mielofibrose com metaplasia mielóide. 24. As consequências da diminuição ou ausência de neutrófilos na circulação podem ser dramáticas. Indique qual das seguintes ​NÃO ​é uma causa de neutropenia: 1. Défice de vitamina B12. 2. Síndrome de Felty. 3. Hemodiálise. 4. Cetoacidose. 5. Bypass cardiopulmonar.

COIMBRA 2016 25. Das seguintes afirmações sobre o ferro, assinale a afirmação ​FALSA: 1. A quantidade de ferro na dieta está relacionada com a ingestão calórica total. 2. A hepcidina é a principal hormona reguladora do ferro. 3. Em situações de eritropoiese marcadamente estimulada as necessidades de ferro aumentam até 6 a 8 vezes. 4. O homem necessita de absorver da dieta uma menor quantidade de ferro elementar do que a mulher em idade reprodutiva. 5. Quando sais de ferro ionizável são administrados juntamente com alimentos a quantidade de ferro absorvida é maior. 26. Relativamente aos distúrbios da hemoglobina, assinale a afirmação​ FALSA: 1. São normalmente hereditários. 2. Os distúrbios da globina alfa são sintomáticos tanto in utero como no pós parto. 3. Os genes das globinas alfa-like situam-se no cromossoma 16 e os das beta-like no cromossoma 11. 4. O pH é o modulador mais importante da afinidade da hemoglobina para o oxigénio. 5. As talassémias são as hemoglobinopatias estruturais mais comuns. 27. Sobre os achados clínicos das anemias megaloblásticas, é ​VERDADE ​que: 1. Pode cursar com anomalias na citologia cervico-vaginal, nomeadamente a presença de células macrocíticas e multinucleadas. 2. Muitos doentes assintomáticos podem demonstrar apenas diminuição do volume corpuscular médio. 3. O défice de folato foi associado a compromisso da função bactericida de fagócitos. 4. O polimorfismo C677T da MTHFR em homozigotia associa-se a altos níveis de folato sérico mas baixos níveis de folato eritrocitário. 5. Níveis baixos de cobalamina sérica associam-se a doença cerebro-vascular, vascular periférica e coronária. 28. Sobre os principais defeitos relacionados com o equipamento metabólico do eritrócito, é ​VERDADE ​que: 1. A estomatocitose associa-se a células hipohidratadas e com uma concentração da hemoglobina corpuscular média elevada. 2. Os distúrbios do transporte de catiões são doenças autossómicas recessivas. 3. O défice da piruvato cinase é o defeito enzimático mais comum. 4. A esplenectomia nunca é útil no défice de piruvato cinase. 5. O achado hematológico mais típico da deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase é a presença de poiquilócitos bizarros com formas em hemi-fantasma e bite cells ou células mordidas. 29. A propósito da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), indica a afirmação​ FALSA: 1. Apesar de raro, alguns doentes podem evoluir para remissão espontânea. 2. A ausência da expressão membranar de CD55 e CD59 aumenta a suscetibilidade eritrocitária à destruição mediada pelo complemento. 3. Não é incomum que doentes com HPN estabelecida tenham antecedentes de anemia aplásica bem documentados. 4. A utilização de corticoterapia a longo prazo não tem evidência comprovada no tratamento da hemólise crónica na HPN. 5. Apesar da terapia com Eculizumab, 95% dos doentes mantêm-se com necessidade de transfusões regulares.

COIMBRA 2016 30. Sobre o tema anemia aplásica (AA), escolha a opção​ FALSA: 1. Geralmente ambos os sexos são acometidos com igual frequência. 2. A mononucleose infeciosa é a infeção precedente mais comum. 3. A disceratose congénita é caracterizada pela tríade leucoplasia das mucosas, unhas distróficas e hiperpigmentação reticular e associa-se ao desenvolvimento de AA na infância. 4. Na síndrome de Shwachman-Diamond, a apresentação é precoce na vida com neutropenia, insuficiência pancreática e má absorção. 5. Apresenta distribuição etária bifásica, sendo o maior pico na segunda/terceira décadas de vida. 31. A mielodisplasia é um tipo relativamente comum de insuficiência medular. Sobre este tema escolha a opção VERDADEIRA: 1. A SMD associada à terapia ou secundária está relacionada com a idade. 2. Apresenta uma distribuição etária bifásica, sendo o maior pico nas 2.ª e 3.ª décadas de vida. 3. A taxa de sobrevida aos 3 anos após transplante de células estaminais hematopoiéticas é de 50% e está a melhorar. 4. O tipo e o nº de anormalidades citogenéticas não se correlacionam com a sobrevida. 5. 33% dos doentes são assintomáticos inicialmente e descobertos acidentalmente num hemograma de rotina. 32. Em relação à mielofibrose primária indique a ​VERDADEIRA: 1. É o distúrbio mieloproliferativo mais comum. 2. É mais comum no sexo feminino. 3. Cursa com diminuição de células positivas para CD34. 4. Os sintomas constitucionais são comuns. 5. Doentes com a mutação CALR têm uma evolução mais rápida que doentes com as mutações JAK2 ou MPL. 33. Em relação à leucemia mielóide aguda indique a ​ERRADA: 1. A idade média de diagnóstico é 67 anos. 2. A radioterapia isolada aumenta muito o risco de leucemia mielóide aguda. 3. Nenhuma evidência sugere etiologia viral. 4. As leucemias associadas aos inibidores da topoisomerase II ocorrem 1 a 3 anos após a exposição. 5. A anemia de Fanconi está associada a leucemia mielóide aguda. 34. A aceleração da leucemia mielóide crónica é definida por todos estes parâmetros​ EXCETO: 1. Evolução citogenética clonal. 2. ≥20% de basófilos sanguíneos. 3. Evolução clonal citogenética. 4. Blastos sanguíneos e promielócitos >20%. 5. Contagem plaquetária <100.000/µL não relacionada com a terapêutica. 35. Sobre os linfomas não-Hodgkin e agentes infeciosos associados ao seu desenvolvimento, escolha a associação​ FALSA: 1. EBV e linfoma de Burkitt. 2. HIV e linfoma de Burkitt. 3. HCV e linfoma linfoplasmocítico. 4. HHV-8 e leucemia/linfoma de células T no adulto. 5. Helicobacter pylori e linfoma de MALT gástrico.

COIMBRA 2016 36. O linfoma difuso de grande células B é responsável por um terço dos linfomas não-Hodgkin. Refira a FALSA: 1. O subgrupo com mutações BCL-6 e translocações envolvendo o MYC apresentam crescimento mais agressivo e menor resposta ao tratamento. 2. 50% apresentam atingimento da medula óssea por grandes células. 3. O subtipo mediastínico primário ocorre mais frequentemente em mulheres. 4. Verifica-se algum local de comprometimento extra-nodal por ocasião do diagnóstico em mais de metade dos doentes. 5. Não há necessidade de estudos citogenéticos e de genética molecular para estabelecer o diagnóstico. 37. Qual das seguintes alterações prediz uma ​MAIOR ​incidência de progressão de gamopatia monoclonal de significado indeterminado para mieloma múltiplo? 1. Subtipo IgG. 2. Rácio de cadeias leves livres kappa/lambda normal. 3. Proteína M >15g/L. 4. Plasmocitose da medula óssea >10%. 5. Células CD138​ na medula óssea. +​ 38. Relativamente aos distúrbios das plaquetas e da parede vascular, indique a​ VERDADEIRA: 1. As petéquias são um sinal de diminuição do número de plaquetas e não de disfunção plaquetária. 2. Cerca de 60% das plaquetas estão localizadas no baço e esta percentagem aumenta proporcionalmente ao tamanho do baço. 3. Para manter a integridade vascular da microcirculação é necessária uma contagem de plaquetas de cerca de 40.000-50.000. 4. A trombocitose que se desenvolve em resposta à inflamação aguda ou crónica foi associada ao aumento do risco de trombose. 5. A produção reduzida de plaquetas geralmente é causada por distúrbios hereditários. 39. Relativamente aos distúrbios das plaquetas e da parede vascular, indique a​ FALSA: 1. Os doentes com doença de von Willebrand tipo 2 têm anormalidades funcionais. 2. A púrpura trombocitopénica imune é classificada como secundária se estiver associada a um distúrbio subjacente, como lúpus eritematoso sistémico ou infeções pelo vírus da Hepatite C e pelo H. pylori. 3. Na trombocitopenia induzida por heparina, a anticoagulação deve ser cuidadosamente considerada, mesmo na ausência de trombose. 4. Na púrpura trombocitopénica trombótica, a principal forma de tratamento é a troca de plasma. 5. Em alguns casos, a doença de von Willebrand tipo 2N é descrita como hemofilia autossómica. 40. Relativamente à hemofilia, assinale a opção ​CORRETA: 1. A mutação do gene F8 é responsável por 80% de todos os casos. 2. As mulheres são geralmente sintomáticas. 3. Afeta 1 em cada 1000 homens em todos os grupos étnicos. 4. A história familiar está ausente aproximadamente em 50% dos casos. 5. É uma doença autossómica dominante.

COIMBRA 2016 41. Em relação à tosse e hemoptise, assinale a afirmação​ FALSA: 1. Detalhes como o som, momento de ocorrência durante o dia e o padrão da tosse são infrequentemente úteis para o diagnóstico. 2. Doentes com tosse crónica que têm exame de tórax, função pulmonar, oxigenação e tomografia computorizada de tórax normais podem estar seguros quanto à ausência de patologia pulmonar grave. 3. O recetor vanilóide tipo 1, presente nos recetores de adaptação rápida e fibras C, é o recetor para a capsaicina e a sua expressão está aumentada em doentes com tosse crónica. 4. Num paciente com tosse crónica produtiva, o exame da expetoração é obrigatório. 5. Em contexto de bronquite crónica, a tosse frequentemente leva o doente a procurar o médico. 42. Em relação à tosse e hemoptise, assinale a afirmação​ FALSA: 1. A tosse espontânea é desencadeada pela estimulação de nervos sensitivos, através de recetores de adaptação rápida e fibras C. 2. A força da tosse é geralmente medida qualitativamente. 3. Os antagonistas do recetor da aldosterona não causam tosse. 4. Não há nenhum meio de quantificar a drenagem pós-nasal. 5. A energia cinética disponível para deslocar o muco do interior das paredes das vias aéreas é inversamente proporcional ao quadrado da velocidade do fluxo do ar expirado. 43. Relativamente à hipóxia e cianose, são todas causas de hipocratismo digital, ​EXCETO: 1. Hemoglobinas anormais. 2. Bronquiectasias. 3. Abcesso pulmonar. 4. Mesotelioma. 5. Cirrose hepática. 44. Em relação à pneumonia adquirida na comunidade (PAC) assinale a ​FALSA: 1. O S. pneumoniae é o principal agente de PAC. 2. A incidência anual global de PAC é de 12 casos por 1000 habitantes, sendo maior nos extremos etários. 3. Bronquiectasias, fibrose quística e DPOC severa são fatores de risco de PAC por Legionella. 4. A radiografia de tórax é frequentemente necessária para diferenciar PAC de outras doenças. 5. As hemoculturas devem ser realizadas se neutropenia e PAC grave. 45. Sobre a abordagem da doença respiratória, assinale a afirmação ​FALSA: 1. Patologias obstrutivas são mais comuns que as restritivas. 2. Há evidência crescente de que o tabagismo passivo também é fator de risco para patologia do trato respiratório. 3. A nível espirométrico, um plateau na curva inspiratória sugere uma obstrução intratorácica das grandes vias aéreas. 4. Dispneia e tosse são os sintomas cardinais da doença respiratória. 5. Muitas doenças do sistema respiratório, particularmente as que afetam as vias aéreas e a vasculatura pulmonar, estão associadas a uma radiografia de tórax normal.

COIMBRA 2016 46. A asma é uma das doenças crónicas mais comuns em todo mundo. Sobre este tema, escolha a opção VERDADEIRA: 1. Nos adultos dos países desenvolvidos a prevalência é de 15%. 2. Na infância, mulheres e homens são atingidos em igual proporção. 3. As infeções virais são o fator de risco mais comum para asma. 4. Animais domésticos, principalmente gatos, estão associados à sensibilização alérgica, contudo, a exposição a estes animais nos primeiros anos de vida pode conferir proteção por induzir tolerância. 5. Asma ocupacional é relativamente rara afetando até 5% dos adultos jovens. 47. Em relação às manifestações clínicas e ao diagnóstico da asma, escolha a opção​ FALSA: 1. Os sintomas característicos são a tosse, a dispneia e os sibilos. 2. Tosse seca (asma variante tosse) manifesta-se em alguns pacientes, principalmente nas crianças. 3. O diagnóstico de asma é evidente em razão dos sintomas de obstrução variável e intermitente das vias respiratórias, mas deve ser confirmado por determinações objetivas da função pulmonar. 4. A espirometria demonstra reversibilidade se se verificar uma diminuição do volume expiratório forçado em 1s superior a 12% ou 200mL, 15 minutos após inalação de agonista β2 de longa ação. 5. O óxido nítrico exalado é um teste não invasivo que avalia a inflamação das vias aéreas. 48. Estão todas associadas a maior risco de pneumonite de hipersensibilidade, ​EXCETO: 1. Fazendeiros. 2. Mineiros de carvão. 3. Utilizadores de jacuzzis. 4. Criadores de aves. 5. Trabalhadores industriais. 49. Relativamente à síndrome de Churg-Strauss, assinale a afirmação​ FALSA: 1. Tem como características distintivas a presença de asma, vasculite eosinofílica e atingimento multi-orgânico. 2. Embora percebida como rara, a sua incidência tem aumentado. 3. A biópsia evidencia tipicamente granulomas extravasculares e vasculite necrotizante. 4. A eosinofilia sistémica é o marco laboratorial da doença. 5. A ciclofosfamida é um fármaco com potencial terapêutico e que altera a sobrevida dos doentes. 50. Sobre a exposição a asbestos assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. A presença de placas pleurais em radiografia indica exposição e asbestose com compromisso pulmonar. 2. Existe um tratamento diferenciado para os doentes com asbestose. 3. As opacidades pulmonares irregulares ou lineares são a marca radiográfica da asbestose. 4. O tipo de neoplasia mais comum na exposição a asbestos é o mesotelioma. 5. Apenas 20% dos mesoteliomas estão associados a asbestos. 51. Relativamente às bronquiectasias assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. Entre 25-50% das bronquiectasias são idiopáticas. 2. A etiologia mais comum de bronquiectasias superiores é a síndrome de Mounier-Kuhn. 3. A aspergilose broncopulmonar alérgica cursa com bronquiectasias que se distribuem nos campos pulmonares inferiores. 4. A aspiração crónica recorrente é a causa mais comum de bronquiectasias centrais. 5. A incidência de bronquiectasias é maior nos homens.

COIMBRA 2016 52. Relativamente ao tratamento da fibrose quística assinale a afirmação​ FALSA: 1. O isolamento em cultura de expetoração de B. cepacia, P. aeruginosa de fenótipo mucóide ou de micobactérias atípicas confere mau prognóstico. 2. A antibioterapia hospitalar típica consiste na associação de um beta-lactâmico a um aminoglicosídeo durante 14 dias. 3. A aspergilose broncopulmonar alérgica ocorre em aproximadamente 5% dos indivíduos com fibrose quística. 4. O ivacaftor confere uma melhoria dramática nos doentes com fibrose quística e mutação F508del. 5. Atualmente, estes indivíduos podem sobreviver até à 4.ª década de vida. 53. Sobre os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), assinala a afirmação ​VERDADEIRA. 1. A relação causal entre tabagismo e DPOC está bem documentada, havendo pouca variabilidade na resposta ao tabagismo. 2. O estreitamento das pequenas vias aéreas antecede o início da destruição enfisematosa. 3. A distribuição do enfisema panacinar é característico da inalação dos agentes oxidantes do tabaco. 4. O surgimento de hipertensão pulmonar ocorre exclusivamente em doentes que desenvolvem quadros de hipoxemia crónica sustentada (PaO​ <55 mmHg) 2​ 5. A principal causa de hipoxemia na DPOC é o fenómeno de shunt. 54. Relativamente à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), qual das seguintes ​NÃO ​constitui uma medida com eficácia comprovada para reduzir o risco de exacerbações? 1. Corticoides inalados. 2. Anticolinérgicos de longa ação. 3. Vacina anti-influenzae. 4. Vacina dirigida à Bordetella pertussis. 5. Azitromicina. 55. Tendo em conta as principais doenças pulmonares intersticiais, os seus exames complementares de diagnóstico e formas de tratamento, indica a afirmação​ FALSA: 1. O lavado broncoalveolar de doentes com histiocitose pulmonar mostra um predomínio de células de Langerhans CD1​ com grânulos de Birbeck. +​ 2. O padrão de pneumonia intersticial usual na tomografia computadorizada é altamente preditivo para o mesmo padrão na biópsia cirúrgica. 3. Os doentes com pneumonia intersticial idiopática podem ter evidência de perda dos volumes do lobos inferiores na tomografia computadorizada. 4. Uma tomografia computorizada que revela nódulos estrelados e quistos de paredes finas nos lobos superiores é virtualmente diagnóstica de histiocitose pulmonar de células de Langerhans. 56. A fibrose pulmonar idiopática constitui uma doença difusa do pulmão com alta taxa de mortalidade associada. Tendo em mente esta entidade, indica a ​VERDADEIRA: 1. O padrão em favo-de-mel é um achado típico na tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR). 2. Na maioria dos casos, a biópsia transbrônquica é suficiente para o diagnóstico. 3. O padrão histológico de pneumonia intersticial usual, marcado pela homogeneidade de atingimento do parênquima, é essencial ao diagnóstico. 4. A presença de opacidades nodulares é característica na TCAR. 5. Na fase acelerada da doença, a ventilação mecânica é frequentemente necessária e tem sucesso na melhoria do prognóstico destes doentes.

COIMBRA 2016 57. Sobre os distúrbios da pleura, indique a​ FALSA: 1. A causa mais comum de quilotórax são os tumores do mediastino. 2. A maioria dos casos de mesotelioma associam-se à exposição a asbestos. 3. A embolia pulmonar é o diagnóstico que mais frequentemente passa despercebido na investigação de um paciente com derrame pleural de etiologia indeterminada. 4. O hidrotórax ocorre em cerca de 5% dos doentes com cirrose e ascite. 5. O líquido pleural de um derrame com pleurite tuberculosa é rico em linfócitos pequenos. 58. São todos sinais de hipoventilação crónica ​EXCETO: 1. PaCO​ aumentada. 2​ 2. pH aumentado. 3. Cianose. 4. Bicarbonato aumentado. 5. Vasoconstrição pulmonar. 59. A gravidade da síndrome da apneia hipopneia obstrutiva do sono, pode ser baseada em todos os seguintes, EXCETO: 1. Frequência dos distúrbios respiratórios. 2. Grau de dessaturação O​ com os eventos respiratórios. 2​ 3. Grau de elevação das glicemias diurnas. 4. Grau de sonolência diurna. 5. Grau de fragmentação do sono. 60. Qual dos seguintes ​NÃO ​é​ ​fator de risco para a síndrome da apneia hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS): 1. Sexo masculino. 2. Hipertiroidismo. 3. Menopausa. 4. Hipertrofia adenoamigdalina. 5. Síndrome de Treacher-Collins. 61. Sobre a hemorragia digestiva alta é​ FALSO ​que​: 1. Doentes com hemorragia digestiva alta por varizes esofágicas têm piores outcomes que os doentes com hemorragia alta por outras causas. 2. Os doentes com cirrose que desenvolvem hemorragia digestiva alta devem iniciar antibioticoterapia mesmo antes da endoscopia uma vez que reduz a mortalidade. 3. A instituição de perfusão de inibidores da bomba de protões na apresentação de doentes com hemorragia digestiva alta não melhora a mortalidade nem a recorrência da hemorragia. 4. O tratamento agudo da hemorragia digestiva por varizes gástricas consiste na ligação endoscópica. 5. Metade dos doentes que tomam cronicamente anti-inflamatórios não esteroides apresentam erosões gástricas. 62. Relativamente ao diagnóstico e a abordagem clínica da ascite, indique a afirmação ​FALSA: 1. A cirrose hepática é a causa mais comum de ascite sendo responsável por 84% dos casos. 2. A ascite quilosa pode ter como causa a cirrose hepática. 3. O uso de β-bloqueadores em doentes com ascite cirrótica refratária leva a um aumento da sobrevida. 4. A ascite neoplásica geralmente não responde à restrição de sódio e diuréticos. 5. Uma concentração de proteínas no líquido ascítico <1g/dL num doente com cirrose e ascite constitui indicação para profilaxia com norfloxacina.

COIMBRA 2016 63. Sobre o tema endoscopia gastrointestinal escolha a opção ​VERDADEIRA: 1. A endoscopia digestiva alta apresenta maior sensibilidade que o estudo baritado no diagnóstico de estenoses e alterações motoras. 2. A ecoendoscopia deteta metástases à distância. 3. As complicações infeciosas são comuns após procedimentos endoscópicos. 4. A pancreatite ocorre em até 15% dos doentes após colangiopancreatografia retrógrada endoscópica. 5. A gravidade da hemorragia inicial é a indicação mais importante para a endoscopia urgente. 64. Relativamente à doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE), assinale a afirmação ​FALSA: 1. Apenas uma minoria dos doentes com DRGE apresenta esofagite. 2. A hipersecreção ácida gástrica não é, geralmente, um fator dominante no desenvolvimento de esofagite. 3. A bílis é um co-fator na patogénese da metaplasia de Barrett e do adenocarcinoma do esófago. 4. A incidência de metaplasia de Barrett e de adenocarcinoma do esófago está a aumentar apesar da terapêutica anti-secretora ácida agressiva. 5. A cirurgia anti-refluxo tem efeito benéfico comprovado na regressão do esófago de Barrett e prevenção do adenocarcinoma do esófago. 65. Qual dos seguintes​ NÃO ​corresponde a um fator de risco estabelecido para a presença de doença ulcerosa péptica secundária ao consumo de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): 1. Utilização concomitante de fármacos anti-arritmicos. 2. Utilização concomitante de fármacos hipocoagulantes. 3. Utilização concomitante de fármacos clopidogrel. 4. Utilização concomitante de fármacos corticoesteróides. 5. Utilização de vários fármacos AINEs ou o seu consumo em doses elevadas. 66. Relativamente à enteropatia perdedora de proteínas, assinale a opção​ FALSA: 1. Trata-se de um grupo de doenças gastrointestinais ou não-gastrointestinais caracterizadas por hipoproteinemia e edema. 2. Habitualmente associa-se a proteinúria e diminuição da síntese de proteínas. 3. A presença de linfopenia relativa em doente com hipoproteinemia é a favor de perda entérica de proteínas. 4. A linfangiectasia intestinal pode associar-se a doença de Milroy. 5. A alfa 1-antitripsina pode documentar perdas pela mucosa intestinal. 67. Em relação ao tratamento da doença inflamatória intestinal escolha a​ FALSA: 1. A terapia tópica com 5-ASA é mais eficaz que os glicocorticoides tópicos na colite ulcerosa distal. 2. Os antibióticos não desempenham qualquer papel no tratamento da colite ulcerosa ativa ou quiescente. 3. A azatioprina e a 6-mercaptopurina foram usados com sucesso como agentes que permitem poupar glicocorticóides em até 66% dos doentes com doença de Crohn e colite ulcerosa que até então se mostravam dependentes de glicocorticóides. 4. A ciclosporina endovenosa demonstrou resposta em apenas 33% dos doentes com colite ulcerosa refratária aos glicocorticóides endovenosos. 5. O adalimumab está atualmente aprovado na doença de Crohn moderada a grave e colite ulcerosa moderada a grave.

COIMBRA 2016 68. Relativamente ao tratamento da síndrome do intestino irritável (SII), assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. Tendo em conta a maioria dos estudos, a suplementação com fibras é útil na SII-predomínio diarreia. 2. Quer os anticolinérgicos quer a loperamida são mais eficazes se dados antes de um evento que previsivelmente causará dor ou diarreia, respetivamente. 3. O efeito benéfico dos anti-depressivos tricíclicos no SII está dependente dos seus efeitos na depressão. 4. O benefício terapêutico dos anti-depressivos tricíclicos nos sintomas intestinais ocorre com doses superiores à dose anti-depressiva. 5. A lubiprostona apenas é útil a nos doentes com SII-predomínio diarreia. 69. Relativamente à prevalência dos distúrbios ano-retais mais comuns, assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. O prolapso rectal e a incontinência fecal são mais comuns em mulheres com menos de 60 anos. 2. O abcesso ano-retal é mais comum em mulheres na 3.ª a 5.ª década de vida. 3. A fissura anal é mais comum em homens na 3.ª a 5.ª década de vida. 4. A doença hemorroidária não é seletiva para idade ou sexo. 5. Cerca de 80% das crianças com prolapso rectal têm fibrose quística. 70. São fatores de risco para isquemia mesentérica arterial oclusiva todos​ EXCETO: 1. Policitemia vera. 2. Fibrilhação auricular. 3. Enfarte do miocárdio recente. 4. Doença cardíaca valvular. 5. Cateterismo cardíaco ou vascular recente. 71. Relativamente à abordagem do doente com doença hepática, indique a afirmação​ FALSA: 1. As células de Kupffer habitualmente encontram-se dentro do espaço vascular sinusoidal e representam o maior grupo de macrófagos fixos do organismo. 2. A falta de apetite com perda ponderal é muito frequente nas doenças hepáticas crónicas. 3. A fadiga é o sintoma mais comum de doença hepática e ocorre geralmente após atividade ou exercício físico, sendo mais intensa ao final do dia. 4. A biópsia hepática constitui o gold-standard na avaliação de doentes com hepatopatia, particularmente na doença hepática crónica. 5. A trombocitopenia leve constitui com frequência a primeira indicação de agravamento da fibrose. 72. A biópsia hepática tem indicação em todas as seguintes situações​ EXCETO: 1. Na avaliação de doença hepatocelular de causa indeterminada. 2. Na esplenomegália inexplicada. 3. Na determinação da presença de hepatite de etiologia vírica. 4. Na febre de origem indeterminada. 5. No estudo etiológico de uma hepatite prolongada possivelmente auto-imune. 73. Em relação às hepatites víricas agudas são todos achados laboratoriais comuns​ EXCETO: 1. Linfocitose atípica. 2. Aumento de transaminases. 3. Níveis baixos de albumina. 4. Elevação difusa da gama globulina. 5. Aumento dos valores de bilirrubina.

COIMBRA 2016 74. Relativamente à toxicidade hepática por paracetamol assinale a ​VERDADEIRA: 1. Os níveis sanguíneos do fármaco não se correlacionam com a gravidade da lesão hepática. 2. Níveis extremamente elevados de transaminases associados a uma bilirrubina sérica baixa são característicos. 3. A N-acetilcisteína é eficaz apenas quando administrada precocemente. 4. A utilização de paracetamol em doentes cirróticos foi associada a descompensação hepática. 5. O paracetamol é a segunda causa mais prevalente de insuficiência hepática aguda no mundo ocidental. 75. Qual das seguintes afirmações é​ CORRETA ​a propósito da fisiopatologia e história natural da hepatite B crónica? 1. Mais de 75% dos doentes com hepatite crónica leve progridem para hepatite mais grave e cirrose. 2. A lesão hepática é mais exuberante nos doentes em fase não replicativa. 3. Após a instituição do tratamento, os níveis de DNA são mais prontamente suprimidos nas formas do vírus pré-core mutante ou antigénio HBe negativo em relação à variante wild-type. 4. Como a taxa de replicação do vírus mutante é menor relativamente à do vírus wild-type, a probabilidade de resposta sustentada após o início da terapia é maior no vírus mutante. 5. As manifestações clínicas extra-hepáticas da doença nunca têm relação com complexos imunológicos. 76. Relativamente ao tratamento da doença hepática alcoólica assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. A abstinência é apenas importante para doentes em estadios mais iniciais da doença. 2. A hepatite grave (FD >32 ou MELD >20) constitui uma indicação formal para o tratamento com pentoxifilina. 3. O transplante hepático é um tratamento aceite em doentes selecionados com hepatite alcoólica grave. 4. Os anticorpos monoclonais anti-TNF-α têm um papel importante no tratamento da hepatite alcoólica grave. 5. A pentoxifilina melhora a sobrevida na hepatite alcoólica grave sobretudo pela diminuição na síndrome hepato-renal. 77. Em relação à cirrose alcoólica indique a​ VERDADEIRA: 1. É responsável por cerca de 40% das mortes por cirrose. 2. A cirrose é tipicamente macronodular. 3. Associa-se a diminuição intracelular de triglicéridos. 4. As irregularidades menstruais ocorrem logo numa fase inicial de cirrose. 5. Os níveis de sódio estão tipicamente alterados. 78. Em relação à esteatose hepática não alcoólica (EHNA) indique a​ FALSA: 1. Em alguns países desenvolvidos já é a principal causa de doença hepática crónica. 2. Pode ocorrer em indivíduos magros. 3. A cirrose associada a EHNA não é exclusiva de adultos. 4. As estatinas estão contra-indicadas por poderem causar insuficiência hepática nestes doentes. 5. A EHNA pode recorrer após transplante.

COIMBRA 2016 79. Sobre os transportadores canaliculares e anormalidades associadas, escolha a opção ​VERDADEIRA: 1. Defeitos no MDR3, responsável pela exportação de fosfolípidos, estão associados à CIFP3. 2. Anormalidades no BSEP (bile salt export pump) associam-se a CIRB1 (colestase intra-hepatica recorrente benigna tipo 1) e CIFP1 (colestase intra-hepatica familiar progressiva tipo 1). 3. Anormalidades no MRP2 (multidrug resistance-associated protein 2) associam-se a CIRB2 e CIFP2. 4. O transportador AE2/SLC4A2, responsável pela secreção canalicular de HCO​ , é dependente de ATP. -​ 3​ 5. O transportador RTFC/ABCC7 localiza-se nas membranas dos canalículos biliares. 80. Em relação às pancreatites aguda (PA) e crónica (PC), assinale a afirmação ​FALSA: 1. Existe uma forte associação entre o tabagismo e PC. 2. Na forma hereditária, a amilase e lipase séricas estão geralmente nos valores normais. 3. A ecoendoscopia e o teste da secretina são os exames efetuados no rastreio de PC em doentes com dor abdominal crónica. 4. Na pancreatite auto-imune, é habitual não serem detetadas calcificações pancreáticas imagiologicamente. 5. Pancreatite auto-imune é causa comum de PA recorrente. 81. Relativamente à azotémia e anormalidades urinárias, assinale a opção​ FALSA: 1. A taxa de filtração glomerular declina em proporção aproximadamente inversa à elevação da creatinina plasmática. 2. Doentes tratados com IECAs ou AINEs são mais suscetíveis à insuficiência renal aguda mediada hemodinamicamente quando ocorre redução do volume sanguíneo por algum motivo. 3. O sedimento urinário numa situação de necrose tubular aguda está repleto de restos celulares, cilindros epiteliais tubulares e cilindros granulosos escuros. 4. A hipertensão é comum em doenças renais primárias que resultam em síndrome nefrótica. 5. É comum detetar hematúria num único exame da urina. 82. São causas extra-renais de hiponatrémia hipovolémica todas​ EXCETO: 1. Vómitos. 2. Diarreia. 3. Queimaduras. 4. Pancreatite. 5. Síndrome de perda de sal cerebral. 83. Em relação ao tema hipocaliémia, escolha a opção​ FALSA: 1. É definida como uma concentração plasmática de potássio inferior a 3.5mM. 2. Os diuréticos tiazídicos têm maior efeito na concentração plasmática de potássio que os diuréticos de ansa, apesar do seu menor efeito natriurético. 3. Predispõe à toxicidade digitálica. 4. Uma das alterações eletrocardiográfica é o surgimento de ondas T apiculadas. 5. A reposição oral com cloreto de potássio é a base da terapêutica na hipocaliémia. 84. Dos seguinte, todos estão associados a hipercalcemia,​ EXCETO: 1. Pancreatite. 2. Poliúria. 3. Depressão. 4. Letargia. 5. Broncospasmo.

COIMBRA 2016 85. Relativamente à acidose metabólica assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. A pedra basilar do tratamento da cetoacidose diabética é a administração de bases. 2. O objetivo do tratamento é restaurar a normalidade dos valores de HCO​ e pH. -​ 3​ 3. O tratamento com NaHCO​ pode diminuir a função cardíaca e exacerbar a acidose, na acidose lática. 3​ 4. O tratamento com bases deve ser administrado a todos os doentes que se encontrem em acidemia. 5. A cetoacidose alcoólica raramente se associa a outros distúrbios ácido-base. 86. Relativamente às infeções do trato urinário (ITU), assinale a opção​ FALSA: 1. A ITU recorrente não é necessariamente complicada. 2. Os dados disponíveis demonstram um aumento à escala mundial da resistência da Escherichia coli aos antibióticos habitualmente utilizados para tratar uma ITU. 3. Cerca de 20% das mulheres da população geral adquire pelo menos uma ITU durante a sua vida, na maioria dos casos cistite não complicada. 4. A pielonefrite enfisematosa ocorre quase exclusivamente em diabéticos. 5. A deteção de bactérias na urocultura é o gold standard para o diagnóstico de ITU. 87. Todos estes mecanismos são causadores de lesão renal aguda no bypass coronário ​EXCETO: 1. Nefropatia pigmentar. 2. Ateroembolia. 3. Isquemia. 4. Inflamação. 5. Reação de corpo estranho. 88. Relativamente à doença renal crónica (DRC), assinale a afirmação​ VERDADEIRA: 1. Uma elevação marcada da creatinina sérica frequentemente indica uma redução pouco significativa da taxa de filtração glomerular na maioria dos indivíduos. 2. O rácio proteinúria-creatinúria correlaciona-se mal com a amostra de urina 24 horas. 3. Na ausência de evidência de doença glomerular ou tubulointersticial primária, a DRC é frequentemente atribuída à diabetes. 4. Nos estadios 2 e 3 da DRC, virtualmente todos os sistemas orgânicos estão afectados. 5. Nos estadios 1 e 2 da DRC os doentes não têm sintomas atribuíveis à diminuição da taxa de filtração glomerular. 89. Relativamente aos distúrbios hidro-eletroliticos e ácido base que ocorrem na doença renal crónica (DRC), assinale a afirmação ​ERRADA: 1. A diabetes caracteristicamente origina uma alteração mais grave e precoce dos mecanismos secretores do potássio no nefrónio distal, desproporcional à redução da taxa de filtração glomerular. 2. A nefropatia falciforme caracteristicamente origina uma alteração mais grave e precoce dos mecanismos secretores do potássio no nefrónio distal, desproporcional à redução da taxa de filtração glomerular. 3. A suplementação alcalina pode retardar a progressão da DRC. 4. A restrição da ingestão de água é geralmente umas das medidas iniciais adotadas no tratamento da expansão do volume de líquido extra-celular. 5. A acidose metabólica é na maioria das vezes ligeira.

COIMBRA 2016 90. Relativamente às concentrações utilizadas no dialisado durante as sessões de hemodiálise, assinale a FALSA: 1. A concentração de potássio pode variar entre 0 e 4mmol/L dependendo da concentração sérica de potássio. 2. A concentração habitual de cálcio é 1.25 mmol/L. 3. A concentração habitual de sódio é 136-140 mEq/L. 4. Na regulação de sódio, a concentração de sódio é gradualmente aumentada para 145-155 mEq/L próximo do final do tratamento. 5. A regulação de sódio pode predispor para aumento da sede. 91. Relativamente à diálise peritoneal, assinale a opção​ ERRADA: 1. Tal como na hemodiálise, a dose ótima de diálise peritoneal é desconhecida. 2. Os transportadores altos têm bons resultados com poucas trocas. 3. Permite uma ingestão mais liberal de potássio e fosfato que a hemodiálise. 4. Na peritonite associada a diálise peritoneal, a apresentação clínica pode incluir febre e sintomas constitucionais. 5. A taxa de transporte pode ser alterada pela posição do doente. 92. Relativamente ao transplante renal, assinale a afirmação​ FALSA: 1. Os transplantes entre gémeos idênticos bem como aqueles entre irmãos com compatibilidade HLA total não necessitam de imunossupressão. 2. A taxa de mortalidade pós-transplante é mais elevada no primeiro ano. 3. Os critérios expandidos (“expanded criteria donor”) são geralmente utilizados nos casos de doentes idosos que toleram pior a diálise. 4. Atualmente a semivida do enxerto de dador vivo é de aproximadamente 20 anos. 5. A citometria de fluxo é um método muito sensível para detetar anticorpos pré-formados e pode ser importante para prevenir a rejeição precoce. 93. Sobre a nefrite lúpica, assinale a afirmação​ FALSA: 1. 70 a 90% dos doentes apresenta hipocomplementemia na nefrite lúpica aguda. 2. O sinal clínico mais comum é a proteinúria. 3. Durante a evolução da doença, 60% das crianças e 80% dos adultos desenvolvem anormalidades renais. 4. Nas classes III e IV há depósitos subendoteliais. 5. 20% dos doentes com nefrite lúpica evoluirão para doença renal terminal. 94. Em relação à glomerulosclerose segmentar focal (GESF), assinale a afirmação ​FALSA 1. A GESF recorre em 25-40% dos doentes que são transplantados, levando a perda do enxerto em 75% destes doentes. 2. A variante da lesão da ponta glomerular pode ter melhor prognóstico. 3. Raramente ocorre remissão espontânea. 4. A incidência está a aumentar. 95. São fatores de risco para progressão da doença renal poliquística autossómica dominante todos​ EXCETO: 1. Diagnóstico precoce. 2. Hipertensão arterial. 3. Nefrolitíase. 4. Múltiplas gravidezes. 5. Aumento do tamanho dos rins.

COIMBRA 2016 96. A doença renal poliquística autossómica dominante é a doença monogénica potencialmente fatal mais comum. Sobre este tema, escolha a opção​ FALSA: 1. 40% dos doentes apresentam cálculos renais, sendo mais de metade destes de oxalato de cálcio. 2. ~40% dos doentes manifestam hematúria macroscópica. 3. Até 50% terão um ou mais episódios de infeção renal durante a sua vida. 4. Dor nas costas ou no flanco ocorre em ~60% dos doentes. 5. A frequência de carcinoma de células renais não está aumentada em relação à população geral. 97. A propósito do tratamento das principais formas de microangiopatia trombótica, como a síndrome hemolítica-urémica (SHU) e púrpura trombocitopénica trombótica (PTT), indica a afirmação​ VERDADEIRA. 1. Os inibidores da motilidade intestinal têm impacto benéfico no tratamento da SHU por E. coli entero-hemorrágica. 2. A troca de plasma com administração de vincristina e rituximab podem ser eficazes em casos refratários de PTT clássica. 3. Em casos graves de SHU neuraminidase, as transfusões depletadas em IgG podem estar aconselhadas. 4. À semelhança da restante antibioterapia, a utilização de azitromicina não é útil em doentes com SHU disenteria. 5. As causas farmacológicas de PTT mediada por dano endotelial (e não mediadas por anticorpos), como a utilização de quimioterápicos, respondem à plasmaferese. 98. A propósito das principais formas de doença tubulointersticial aguda, assinale a​ FALSA: 1. Apesar de acelerarem a recuperação da função renal na nefrite intersticial alérgica, os corticoides não parecem ter impacto sobre a sobrevida renal a longo prazo. 2. A disfunção renal em contexto de infiltração linfomatosa do rim não responde à terapia com corticoides e quimioterapia. 3. Antes de iniciar terapia corticoide na nefrite intersticial granulomatosa deve ser excluída tuberculose como causa. 4. As nefropatias associadas a cilindros de cadeias leves geralmente ocorrem em contexto de mieloma múltiplo com grande carga plasmocitária. 5. Na nefrite intersticial associada a uveíte, os sintomas oculares precedem ou acompanham a doença renal em apenas 33% dos casos. 99. Sobre a nefrolitíase, assinale a afirmação​ FALSA: 1. A baixa ingestão de sacarose aumenta a excreção de cálcio independentemente da ingestão de cálcio. 2. O uso de suplementos de cálcio pode aumentar o risco de formação de cálculos. 3. A maioria dos cálculos de oxalato de cálcio crescem em estruturas denominadas Placas de Randall. 4. A nível analítico, o estudo revela-se frequentemente normal. 5. Bifosfonatos não podem ser recomendados para a prevenção da nefrolitíase.

COIMBRA 2016 100. Em relação à obstrução do trato urinário (OTU), assinale a opção​ FALSA: 1. Defeitos funcionais não estão associados a uma oclusão fixa do sistema de drenagem urinário. 2. Anemia é uma complicação rara da uropatia obstrutiva e é secundária a uma menor produção de eritropoetina. 3. Amplas flutuações no débito urinário num doente com azotemia, devem sempre levantar a possibilidade de OTU intermitente ou parcial. 4. Refluxo vesicoureteral, na ausência de infeção do trato urinário ou obstrução do colo vesical, frequentemente resolve-se com a idade. 5. O alívio de uma obstrução bilateral, mas não unilateral, completa, resulta frequentemente em poliúria, que pode ser maciça.

COIMBRA 2016 RESPOSTAS COMENTADAS 1. Sobre a avaliação do doente com sopro cardíaco, assinale a afirmação​ FALSA: 1. A maioria dos sopros cardíacos são ​holossistólicos​ e suaves (graus I-II/VI). ​(pág. 1440, col. 2, par. 5, lin. 1) mesossistólicos 2. É possível chegar facilmente à etiologia de um sopro cardíaco através de uma avaliação sistemática das suas características principais. (pág. 1441, col. 2, par. 4, lin. 1) 3. Um sopro mesossistólico de grau I-II/VI num doente com alterações na radiografia de tórax merece avaliação posterior com ecocardiograma. (pág. 1441, fig. 264-1) 4. A presença de um sopro telessistólico num doente com alterações evidentes no eletrocardiograma exige a realização de um ecocardiograma. (pág. 1441, fig. 264-1) 5. Deve ser realizado um ecocardiograma com doppler caso seja identificado um sopro diastólico ao exame físico. (pág. 1440, col. 2, par. 5, lin. 5) 2. Sobre o exame físico cardiovascular, indique a​ FALSA: 1. Os sons não ejetivos (clicks) relacionados com o prolapso da válvula mitral podem ser múltiplos. (pág. 1447, col. 2, par. 2, lin. 13) 2. A presença de S3 tem uma prevalência igual em doentes com insuficiência cardíaca com ou sem disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. (pág. 1448, col. 1, par. 2, lin. 8) 3. Na insuficiência mitral com prolapso do folheto anterior, o sopro irradia posteriormente e para a axila. (pág. 1448, col. 1, par. 5, lin. 8) 4. A intensidade do sopro de ​estenose​ mitral diminui com vasodilatadores. ​(pág. 1450, col. 1, par. 1, lin. 6) regurgitação 5. A manobra de Valsalva pode ser usada para determinar a integridade do coração e vasos no contexto de Insuficiência cardíaca avançada. (pág. 1450, col. 1, par. 1, lin. 37) 3. Em relação às principais anormalidades no eletrocardiograma, escolha a​ FALSA: 1. Na sobrecarga auricular direita (aguda ou crónica) observa-se aumento na amplitude da onda P (≥2.5mm). (pág. 1453, col. 2, par. 3, lin. 1) 2. No bloqueio de ramo incompleto o QRS apresenta duração de 100-120ms. (pág. 1454, col. 2, par. 5, lin. 4) 3. O bloqueio fascicular anterior esquerdo (eixo QRS mais negativo do que -45°) é provavelmente a causa mais comum de desvio marcado do eixo à esquerda em adultos. (pág. 1455, col. 1, par. 3, lin. 7) 4. A tríade diagnóstica da síndrome de Wolff-Parkinson-White consiste em ​alargamento​ do intervalo PR, complexo QRS ​estreito​ e empastamento da parte inicial do QRS (onda delta). ​(pág. 1455, col. 2, par. 3, lin. 4) encurtamento; alargado 5. A elevação ou depressão profundas do segmento ST em múltiplas derivações habitualmente indicam isquemia muito grave. (pág. 1455, col. 2, par. 5, lin. 15) 4. Relativamente à angiografia e cateterismo cardíaco, indique a​ FALSA: 1. Nos doentes diabéticos, deve-se interromper a metformina 48 horas antes do procedimento pelo risco de acidose lática. (pág. 1461, col. 1, par. 2, lin. 13) 2. O cateterismo cardíaco direito ​é​ considerado etapa rotineira do cateterismo cardíaco diagnóstico. ​(pág. 1461, col. 2, par. 2, lin. 2) já não é 3. A administração de oxigénio durante o cateterismo determina se o aumento da resistência vascular pulmonar é fixo ou reversível. (pág. 1463, col. 1, par. 3, lin. 9) 4. Existe uma anomalia das artérias coronárias em 1-2% dos doentes. (pág. 1464, col. 2, par. 3, lin. 19) 5. Se a reserva de fluxo fracional for <0,80 a estenose é considerada hemodinamicamente significativa. (pág. 1465, col. 2, par. 2, lin. 8)

COIMBRA 2016 5. São causas extrínsecas de disfunção do nódulo sinusal, todas ​EXCETO: 1. Hipoxia. 2. Aspiração endotraqueal. 3. Hipotermia. 4. Hipertiroidismo​. ​Hipotiroidismo 5. Elevação da pressão intracraniana. (pág. 1467, tab. 274-1) 6. Em relação às taquiarritmias ventriculares, particularmente nas suas formas não sustentadas, indique a afirmação​ FALSA: 1. Este tipo de arritmias em doentes com função ventricular deprimida condicionam uma maior gravidade clínica. (pág. 1493, col. 2, par. 4, lin. 1) 2. A presença de ectopia ventricular frequente pode condicionar a depressão de função ventricular (vulgo “cardiopatia induzida por arritmia”). (pág. 1494, col. 1, par. 3, lin. 1) 3. As características eletrocardiográficas deste tipo de arritmias são frequentemente sugestivas da presença de doença cardíaca estrutural subjacente, ​pelo que dispensam a avaliação imagiológica​. ​(pág. 1492, col. 2, par. 3, lin. 1 e lin. 13) no entanto, a morfologia do QRS isoladamente não é um indicador fiável de doença e risco subsequente 4. Em doentes cuja sintomatologia arrítmica esteja associada ao esforço físico, a Prova de Esforço deve constituir um exame auxiliar de diagnóstico. (pág. 1492, col. 2, par. 4, lin. 13) 5. Em doentes que necessitem de tratamento farmacológico, os beta-bloqueadores e os bloqueadores de canais de cálcio não dihidropiridínicos são úteis. (pág. 1492, col. 2, par. 5, lin. 8) 7. Em relação aos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca indique a ​FALSA: 1. Fadiga e dispneia são os principais sintomas. (pág. 1503, col. 2, par. 3, lin. 1) 2. O refluxo abdominojugular é um sinal precoce. (pág. 1504, col. 1, par. 6, lin. 7) 3. O edema periférico é um sinal ​específico e comum​. ​(pág. 1504, col. 2, par. 4, lin. 1) cardinal mas inespecífico, geralmente ausente em doentes tratados com diuréticos 4. Icterícia é um sinal tardio. (pág. 1504, col. 2, par. 3, lin. 5) 5. Ortopneia é um sintoma tardio. (pág. 1503, col. 2, par. 4, lin. 1) 8. Relativamente ao transplante cardíaco, assinale a resposta ​FALSA: 1. O limite fisiológico de tempo de isquemia (fora do corpo) do enxerto é de aproximadamente três horas. (pág. 1516, col. 2, par. 4, lin. 8) 2. A alocação dos transplantes não tem geralmente em conta a compatibilidade HLA mas apenas o grupo sanguíneo ABO e o tamanho corporal. (pág. 1516, col. 2, par. 5, lin. 9) 3. As taxas de sobrevida pós-transplante são de 83% e 76% após 1 e 3 anos, respetivamente, com uma semivida do aloenxerto de aproximadamente 10 anos. (pág. 1517, col. 1, par. 3, lin. 2) 4. Na doença arterial coronária do aloenxerto, mesmo com obstrução significativa ao fluxo coronário, os doentes raramente experienciam dor anginosa. (pág. 1517, col. 2, par. 4, lin. 23) 5. As infeções por organismos oportunistas são a principal causa de morte ​tardia pós-transplante​. (pág. 1518, col. 1, par. 3, lin. 4) no primeiro ano pós-operatório

COIMBRA 2016 9. Constituem todos defeitos cardíacos complexos,​ EXCETO: 1. Tetralogia de Fallot. 2. Ventrículo com duplo trato de saída. 3. Síndrome de Eisenmenger. 4. Transposição das grandes artérias. 5. Comunicação interventricular complicada. ​(pág. 1520, tab. 282-2) Defeito cardíaco intermédio (pág. 1521, tab. 282-3) 10. Relativamente à estenose tricúspide, assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. Geralmente é de etiologia ​congénita​. (pág. 1547, col. 1, par. 3, lin. 1) reumática 2. Acompanha-se quase sempre de insuficiência tricúspide significativa. ​(pág. 1548, col. 1, par. 2, lin. 10) 3. É mais comum em ​homens​. (pág. 1547, col. 1, par. 3, lin. 1) mulheres 4. O cateterismo cardíaco geralmente ​é​ necessário na sua avaliação. (pág. 1548, col. 1, par. 1, lin. 14) não é 5. O tratamento cirúrgico está indicado na estenose tricúspide ​ligeira​. (pág. 1548, col. 1, par. 2, lin. 6) moderada ou grave 11. Relativamente aos doentes com estenose aórtica e insuficiência mitral, assinale a afirmação ​ERRADA: 1. A insuficiência mitral é funcional, sendo secundária à estenose aórtica grave. (pág. 1551, col. 1, par. 5, lin. 1) 2. Os folhetos e cordas tendinosas da válvula mitral são geralmente normais. (pág. 1551, col. 1, par. 5, lin. 2) 3. A substituição valvular aórtica frequentemente, mas não sempre, resulta em redução ou eliminação da insuficiência mitral. (pág. 1551, col. 1, par. 5, lin. 5) 4. A persistência de insuficiência mitral significativa após a substituição valvular aórtica associa-se a pior prognóstico funcional e menor sobrevida. (pág. 1551, col. 1, par. 5, lin. 7) 5. Está recomendado efetuar a reparação valvular mitral aquando da substituição valvular aórtica em situações de insuficiência mitral ​ligeira​. ​(pág. 1551, col. 2, par. 1, lin. 1) moderada a grave ou grave 12. Relativamente à miocardiopatia hipertrófica, indique a ​FALSA. 1. A apresentação em idade pediátrica está associada a aumento da morbilidade e mortalidade. (pág. 1568, col. 2, par. 1, lin. 4) 2. A imagiologia ​não é​ essencial para o diagnóstico em virtude da ​elevada sensibilidade​ do exame físico e eletrocardiograma. ​(pág. 1569, col. 2, par. 2, lin. 6) é; insensibilidade 3. Em doentes diagnosticados em idade adulta, a sobrevida é comparável a uma população com a mesma idade sem doença. (pág. 1570, col. 2, par. 2, lin. 2) 4. Aproximadamente 60% dos doentes têm mutações em genes sarcoméricos. (pág. 1568, col. 2, par. 2, lin. 6) 5. Nenhum tratamento cirúrgico mostrou melhorar outcomes além dos sintomas. (pág. 1569, col. 2, par. 3, lin. 27)

COIMBRA 2016 13. Relativamente à clínica da pericardite constritiva crónica, assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. É ​raro​ a presença de fraqueza e fadiga. (pág. 1576, col. 1, par. 3, lin. 1) comum 2. Habitualmente os doentes apresentam ortopneia muito grave​. (pág. 1576, col. 1, par. 3, lin. 4) Ortopneia pode ocorrer, mas habitualmente não é grave. 3. O sinal de Kussmaul ​nunca está presente​. (pág. 1576, col. 1, par. 3, lin. 9) é comum na pericardite crónica 4. Dois terços​ dos casos apresentam pulso paradoxal. (pág. 1576, col. 1, par. 4, lin. 1) Um terço 5. A ascite é habitualmente mais pronunciada que o edema dependente. ​(pág. 1576, col. 1, par. 4, lin. 2) 14. Relativamente à prova de esforço em passadeira na avaliação da doença cardíaca isquémica, assinale a afirmação​ ERRADA: 1. O desenvolvimento de taquiarritmias ventriculares durante o exercício está associado a um aumento do risco de eventos coronários adversos. (pág. 1586, col. 1, par. 9, lin. 1) 2. A presença de um infra-desnivelamento ST ≥0,1mV antes de completar o estadio II de Bruce está associado a um aumento do risco de eventos coronários adversos. (pág. 1586, col. 1, par. 9, lin. 1) 3. A presença de um infra-desnivelamento ST por >5min após paragem do exercício está associado a um aumento do risco de eventos coronários adversos. (pág. 1586, col. 1, par. 9, lin. 1) 4. O desenvolvimento de arritmias ventriculares durante o exercício ​é​ uma alteração diagnóstica de isquemia. ​(pág. 1582, col. 1, par. 4, lin. 18) não é 5. O desenvolvimento de taquiarritmias ventriculares durante o exercício deve motivar suspensão da prova de esforço. (pág. 1582, col. 1, par. 4, lin. 6) 15. Qual dos seguintes ​NÃO ​é recomendação classe I (nível de evidência A) para uma estratégia invasiva precoce na ​síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento​ de ST? 1. Diabetes mellitus. 2. Disfunção renal ​grave​. ​ligeira a moderada 3. Taquicardia ventricular sustentada. 4. Instabilidade hemodinâmica. 5. Achados de alto risco em testes não invasivos. (pág. 1598, tab. 294-3) 16. Sobre o enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, assinale a afirmação FALSA: 1. O uso de beta-bloqueantes em doentes submetidos a fibrinólise imediata não produziu redução adicional na taxa de mortalidade. (pág. 1607, col. 1, par. 1, lin. 7) 2. A dor nunca irradia abaixo do umbigo. (pág. 1600, col. 1, par. 1, lin. 10) 3. A mortalidade a 1 ano é de cerca de ​35%​. ​(pág. 1599, col. 1, par. 1, lin. 7) 15% 4. Até 50% dos casos parecem ter um fator desencadeante. (pág. 1599, col. 2, par. 7, lin. 1) 5. O controlo glicémico intensivo em doentes diabéticos reduz a mortalidade. (pág. 1607, col. 1, par. 7, lin. 4)

COIMBRA 2016 17. Relativamente aos mecanismos fisiológicos de regulação da pressão arterial e mecanismos patológicos da hipertensão, indica a afirmação​ VERDADEIRA. 1. Altos níveis de aldosterona plasmática estimulam fenómenos de fibrose e hipertrofia cardíaca. (pág. 1614, col. 2, par. 4, lin. 14) 2. A hipertensão renovascular resulta inicialmente da ​sobreativação adrenérgica​. (pág. 1617, col. 2, par. 3, lin. 2) ativação do sistema renina angiotensina 3. O principal regulador fisiológico da libertação de aldosterona é a ​ACTH​. (pág. 1614, col. 1, par. 4, lin. 1) angiotensina II 4. Apesar​ da ativação elétrica de barorreceptores do seio carotídeo conseguir diminuir a pressão arterial, não parece haver benefício no tratamento da hipertensão resistente​. (pág. 1613, col. 2, par. 3, lin. 7) em doentes com hipertensão resistente 5. A ativação do eixo neuro-hormonal ​está​ invariavelmente associada a hipertensão. (pág. 1614, col. 2, par. 5, lin. 1) não está 18. A propósito das principais formas de aortite, indica a afirmação​ FALSA: 1. A arterite de Takayasu é uma doença inflamatória que acomete frequentemente a aorta ascendente e arco aórtico. (pág. 1642, col. 2, par. 2, lin. 1) 2. Geralmente, a arterite de Takayasu associa-se a um processo progressivo e inexorável de aortite. (pág. 1642, col. 2, par. 2, lin. 17) 3. A arterite de células gigantes é uma causa granulomatosa de aortite que atinge mais mulheres jovens​. ​(pág. 1642, col. 2, par. 3, lin. 1) idosas 4. As aortites de etiologia reumática podem envolver o sistema de condução cardíaco. (pág. 1642, col. 2, par. 4, lin. 7) 5. Os corticoides e imunossupressores podem reduzir a inflamação inerente à aortite idiopática. (pág. 1642, col. 2, par. 5, lin. 6) 19. Sobre o tema trombose venosa profunda e embolia pulmonar (EP), escolha a opção​ FALSA: 1. A síndrome do anticorpo antifosfolípido é a causa ​genética​ mais comum de trombofilia. ​(pág. 1631, col. 2, par. 1, lin. 6) adquirida 2. A síndrome do anticorpo antifosfolípido está associada a trombose arterial e venosa. (pág. 1631, col. 2, par. 1, lin. 6) 3. A EP é a causa prevenível de morte mais comum em doentes hospitalizados. (pág. 1631, col. 1, par. 1, lin. 3) 4. As anormalidades mais comuns nas trocas gasosas após uma EP são: a hipoxemia e o aumento do gradiente de tensão de O​ alveolar-arterial. (pág. 1631, col. 2, par. 3, lin. 1) 2​ 5. Na EP, a libertação de mediadores vasoativos pode causar desequilíbrios ventilação/perfusão em locais distantes do êmbolo o que pode justificar a potencial discordância observada entre pequenas EP e grandes gradiente alvéolo-capilar de O​ . (pág. 1631, col. 2, par. 5, lin. 3) 2​ 20. Assinale a opção​ CORRETA, ​a respeito da hipertensão pulmonar: 1. Tanto na hipertensão pulmonar pré-capilar como pós-capilar, o débito cardíaco pode estar normal ou baixo. ​(pág. 1657, col. 2, par. 3, lin. 11) 2. Um sinal de hipertensão pulmonar que pode ser evidente no raio x é o alargamento das artérias pulmonares ​periféricas​. (pág. 1656, col. 1, par. 4, lin. 2) centrais 3. Na hipertensão pulmonar pré-capilar a pressão da aurícula esquerda no fim da diástole é ​superior​ a 15mmHg. (pág. 1657, col. 2, par. 3, lin. 3) inferior ou igual 4. A ​dor torácica​ constitui na grande maioria dos casos o sintoma de apresentação. (pág. 1655, col. 2, par. 4, lin. 2) dispneia 5. Aproximadamente 80%​ dos doentes com hipertensão pulmonar são considerados vasorreativos e uma proporção menor responde aos bloqueadores de canais de cálcio a longo prazo. (pág. 1657, col. 2, par. 4, lin. 6) Menos de 12%

COIMBRA 2016 21. Acerca da anemia, assinale a afirmação ​FALSA​: 1. A Organização Mundial de Saúde define anemia no homem como um valor de ​hemoglobina <12g/dL​. ​(pág. 393, col. 1, par. 1, lin. 9) hemoglobina <13g/dL 2. Os valores de hematócrito são menos úteis que os valores de hemoglobina na avaliação da anemia. (pág. 393, col. 1, par. 1, lin. 5) 3. No caso de perda aguda de sangue, a hipovolémia domina o quadro clínico e os níveis de hematócrito e hemoglobina não refletem o volume de sangue perdido. (pág. 393, col. 1, par. 3, lin. 7) 4. Os sinais de choque hipovolémico aparecem com perdas >40%. (pág. 393, col. 1, par. 3, lin. 15) 5. A palidez da pele e mucosas verifica-se com valores de hemoglobina <8-10g/dL. (pág. 393, col. 2, par. 2, lin. 3) 22. Acerca da hemostase, assinale a afirmação​ VERDADEIRA: 1. Geralmente​ ocorre sangramento quando a contagem de plaquetas é <50.000/μL. (pág. 404, col. 2, par. 2, lin. 4) Raramente 2. A maior parte dos procedimentos exige valores de plaquetas ​>100.000/μL​. (pág. 404, col. 2, par. 2, lin. 10) >50.000/μL 3. Não existe nenhum exame que forneça uma avaliação global da hemostasia. ​(pág. 405, col. 2, par. 2, lin. 4) 4. O principal fator de risco para trombose ​venosa​ é a aterosclerose. (pág. 404, col. 2, par. 3, lin. 2) arterial 5. O PFA-100 ​é suficientemente sensível​ para excluir distúrbios hemorrágicos. (pág. 405, col. 2, par. 2, lin. 7)​ ​não é suficientemente sensível 23. São causas de esplenomegalia maciça, todas​ EXCETO​: 1. Leucemia mieloide crónica. 2. Doença de Gaucher. 3. Tuberculose​. causa de esplenomegalia por hiperplasia imune 4. Policitemia vera. 5. Mielofibrose com metaplasia mielóide. (pág. 412, tab. 79.3) 24. As consequências da diminuição ou ausência de neutrófilos na circulação podem ser dramáticas. Indique qual das seguintes ​NÃO ​é uma causa de neutropenia: 1. Défice de vitamina B12. 2. Síndrome de Felty. 3. Hemodiálise. 4. Cetoacidose​. causa de neutrofilia 5. Bypass cardiopulmonar. (pág. 418, tab. 80.1)

COIMBRA 2016 25. Das seguintes afirmações sobre o ferro, assinale a afirmação​ FALSA: 1. A quantidade de ferro na dieta está relacionada com a ingestão calórica total. (pág. 626, col. 1, par. 5, lin. 3) 2. A hepcidina é a principal hormona reguladora do ferro. (pág. 626, col. 2, par. 2, lin. 12) 3. Em situações de eritropoiese marcadamente estimulada as necessidades de ferro aumentam até 6 a 8 vezes. (pág. 626, col. 1, par. 2, lin. 9) 4. O homem necessita de absorver da dieta uma menor quantidade de ferro elementar do que a mulher em idade reprodutiva. (pág. 626, col. 1, par. 2, lin. 5) 5. Quando sais de ferro ionizável são administrados juntamente com alimentos a quantidade de ferro absorvida é ​maior​. ​(pág. 626, col. 1, par. 5, lin. 15) menor 26. Relativamente aos distúrbios da hemoglobina, assinale a afirmação​ FALSA: 1. São normalmente hereditários. (pág. 631, col. 2, par. 1, lin. 5) 2. Os distúrbios da globina alfa são sintomáticos tanto in utero como no pós parto. (pág. 633, col. 2, par. 3, lin. 6) 3. Os genes das globinas alfa-like situam-se no cromossoma 16 e os das beta-like no cromossoma 11. (pág. 632, col. 2, par. 2, lin. 1) 4. O pH é o modulador mais importante da afinidade da hemoglobina para o oxigénio. (pág. 632, fig. 127.2, lin. 4) 5. As talassémias​ são as hemoglobinopatias estruturais mais comuns. ​(pág. 633, col. 2, par. 2, lin. 8) A anemia falciforme 27. Sobre os achados clínicos das anemias megaloblásticas, é ​VERDADE ​que: 1. Pode cursar com anomalias na citologia cervico-vaginal, nomeadamente a presença de células macrocíticas e multinucleadas​. (pág. 642, col. 1, par. 2, lin. 3) 2. Muitos doentes assintomáticos podem demonstrar apenas ​diminuição​ do volume corpuscular médio. (pág. 641, col. 2, par. 6, lin. 1) aumento 3. O défice de ​folato​ foi associado a compromisso da função bactericida de fagócitos. (pág. 642, col. 1, par. 1, lin. 8) cobalamina 4. O polimorfismo C677T da MTHFR em homozigotia associa-se a ​altos níveis de folato sérico mas baixos níveis de folato eritrocitário​. (pág. 642, col. 2, par. 3, lin. 9) níveis baixos de folato sérico e eritrocitário 5. Níveis baixos de ​cobalamina​ sérica associam-se a doença cerebro-vascular, vascular periférica e coronária. (pág. 643, col. 1, par. 2, lin. 5) folato 28. Sobre os principais defeitos relacionados com o equipamento metabólico do eritrócito, é ​VERDADE ​que: 1. A estomatocitose associa-se a células ​hipohidratadas​ e com uma concentração da hemoglobina corpuscular média ​elevada​. (pág. 653, col. 1, par. 2, lin. 5) hiperhidratadas; baixa 2. Os distúrbios do transporte de catiões são doenças autossómicas ​recessivas​. (pág. 653, col. 1, par. 2, lin. 1) dominantes 3. O défice da ​piruvato cinase​ é o defeito enzimático mais comum. (pág. 650, fig. 129.1, lin. 7) glicose 6 fosfato desidrogenase 4. A esplenectomia ​nunca é útil​ no défice de piruvato cinase. (pág. 654, col. 1, par. 1, lin. 5) pode ser útil se doença mais grave 5. O achado hematológico mais típico da deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase é a presença de poiquilócitos bizarros com formas em hemi-fantasma e bite cells ou células mordidas. ​(pág. 655, col. 2, par. 3, lin. 11)

COIMBRA 2016 29. A propósito da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), indica a afirmação ​FALSA: 1. Apesar de raro, alguns doentes podem evoluir para remissão espontânea. (pág. 660, col. 1, par. 6, lin. 6) 2. A ausência da expressão membranar de CD55 e CD59 aumenta a suscetibilidade eritrocitária à destruição mediada pelo complemento. (pág. 660, col. 2, par. 2, lin. 1) 3. Não é incomum que doentes com HPN estabelecida tenham antecedentes de anemia aplásica bem documentados. (pág. 660, col. 2, par. 4, lin. 2) 4. A utilização de corticoterapia a longo prazo não tem evidência comprovada no tratamento da hemólise crónica na HPN. (pág. 661, col. 2, par. 1, lin. 4) 5. Apesar da terapia com Eculizumab, ​95%​ dos doentes mantêm-se com necessidade de transfusões regulares. ​(pág. 662, col. 1, par. 1, lin. 8) 50% 30. Sobre o tema anemia aplásica (AA), escolha a opção​ FALSA: 1. Geralmente ambos os sexos são acometidos com igual frequência. (pág. 663, col. 1, par. 3, lin. 4) 2. A ​mononucleose infeciosa​ é a infeção precedente mais comum. ​(pág. 664, col. 1, par. 2, lin. 1) hepatite 3. A disceratose congénita é caracterizada pela tríade leucoplasia das mucosas, unhas distróficas e hiperpigmentação reticular e associa-se ao desenvolvimento de AA na infância. (pág. 664, col. 2, par. 6, lin. 1) 4. Na síndrome de Shwachman-Diamond, a apresentação é precoce na vida com neutropenia, insuficiência pancreática e má absorção. (pág. 664, col. 2, par. 7, lin. 1) 5. Apresenta distribuição etária bifásica, sendo o maior pico na segunda/terceira décadas de vida. (pág. 663, col. 1, par. 3, lin. 4) 31. A mielodisplasia é um tipo relativamente comum de insuficiência medular. Sobre este tema escolha a opção VERDADEIRA: 1. A SMD associada à terapia ou secundária ​está​ relacionada com a idade. (pág. 670, col. 1, par. 2, lin. 6) não está 2. Apresenta uma distribuição etária bifásica, sendo o maior pico nas 2.ª e 3.ª décadas de vida​. (pág. 670, col. 1, par. 2, lin. 1) A idade média de início é superior a 70 anos. (≠epidemiologia da anemia aplásica) 3. A taxa de sobrevida aos 3 anos após transplante de células estaminais hematopoiéticas é de 50% e está a melhorar. ​(pág. 671, col. 1, par. 5, lin. 2) 4. O tipo e o nº de anormalidades citogenéticas ​não se correlacionam​ com a sobrevida. (pág. 670, col. 1, par. 4, lin. 15) correlacionam-se fortemente 5. 30%​ dos doentes são assintomáticos inicialmente e descobertos acidentalmente num hemograma de rotina. (pág. 670, col. 2, par. 2, lin. 1) Pelo menos metade 32. Em relação à mielofibrose primária indique a ​VERDADEIRA: 1. É o distúrbio mieloproliferativo ​mais comum​. (pág. 674, col. 2, par. 3, lin. 5) menos comum 2. É mais comum no sexo ​feminino​. (pág. 674, col. 2, par. 3, lin. 11) masculino 3. Cursa com ​diminuição​ de células positivas para CD34. (pág. 675, col. 2, par. 1, lin. 21) aumento marcado 4. Os sintomas constitucionais são comuns. ​(pág. 675, col. 1, par. 2, lin. 4) 5. Doentes com a mutação CALR ​têm uma evolução mais rápida​ que doentes com as mutações JAK2 ou MPL. (pág. 675, col. 2, par. 2, lin. 7) aparentam ter um curso mais indolente

COIMBRA 2016 33. Em relação à leucemia mielóide aguda indique a ​ERRADA: 1. A idade média de diagnóstico é 67 anos. (pág. 678, col. 1, par. 4, lin. 10) 2. A radioterapia isolada ​aumenta muito​ o risco de leucemia mielóide aguda. ​(pág. 678, col. 2, par. 2, lin. 4) parece aumentar pouco, exceto em pessoas também expostas a alquilantes 3. Nenhuma evidência sugere etiologia viral. (pág. 678, col. 1, par. 5, lin. 2) 4. As leucemias associadas aos inibidores da topoisomerase II ocorrem 1 a 3 anos após a exposição. (pág. 678, col. 2, par. 4, lin. 4) 5. A anemia de Fanconi está associada a leucemia mielóide aguda. (pág. 678, col. 2, par. 1, lin. 3) 34. A aceleração da leucemia mielóide crónica é definida por todos estes parâmetros​ EXCETO: 1. Evolução citogenética clonal. 2. ≥20% de basófilos sanguíneos. 3. Evolução clonal citogenética. 4. Blastos sanguíneos e promielócitos ​>20%​. ​>30% 5. Contagem plaquetária <100.000/µL não relacionada com a terapêutica. (pág. 690, col. 1, par. 4, lin. 4) 35. Sobre os linfomas não-Hodgkin e agentes infeciosos associados ao seu desenvolvimento, escolha a associação​ FALSA: 1. EBV e linfoma de Burkitt. 2. HIV e linfoma de Burkitt. 3. HCV e linfoma linfoplasmocítico. 4. HHV-8 e ​leucemia/linfoma de células T no adulto​. ​linfoma primário do derrame pleural e D. Castleman multicêntrica 5. Helicobacter pylori e linfoma de MALT gástrico. (pág. 697, tab. 134.4) 36. O linfoma difuso de grande células B é responsável por um terço dos linfomas não-Hodgkin. Refira a FALSA: 1. O subgrupo com mutações BCL-6 e translocações envolvendo o MYC apresentam crescimento mais agressivo e menor resposta ao tratamento. (pág. 705, col. 1, par. 6, lin. 5) 2. 50% apresentam atingimento da medula óssea por ​grandes células​. ​(pág. 705, col. 2, par. 3, lin. 4) pequenas células 3. O subtipo mediastínico primário ocorre mais frequentemente em mulheres. (pág. 705, col. 2, par. 1, lin. 4) 4. Verifica-se algum local de comprometimento extra-nodal por ocasião do diagnóstico em mais de metade dos doentes. (pág. 705, col. 2, par. 2, lin. 2) 5. Não há necessidade de estudos citogenéticos e de genética molecular para estabelecer o diagnóstico. (pág. 705, col. 1, par. 6, lin. 2) 37. Qual das seguintes alterações prediz uma ​MAIOR ​incidência de progressão de gamopatia monoclonal de significado indeterminado para mieloma múltiplo? 1. Subtipo ​IgG​. não-IgG 2. Rácio de cadeias leves livres kappa/lambda ​normal​. anormal 3. Proteína M >15g/L. 4. Plasmocitose da medula óssea >10%​. Maior risco de progressão de mieloma assintomático para sintomático 5. Células CD138​ na medula óssea​. Se >10%, maior risco de progressão de mieloma assintomático +​ (pág. 715, col. 1, par. 1, lin. 1)

COIMBRA 2016 38. Relativamente aos distúrbios das plaquetas e da parede vascular, indique a​ VERDADEIRA: 1. As petéquias são um sinal de diminuição do número de plaquetas e não de disfunção plaquetária. ​(pág. 727, col. 1, par. 1, lin. 2) 2. Cerca de ​60%​ das plaquetas estão localizadas no baço e esta percentagem aumenta proporcionalmente ao tamanho do baço. (pág. 725, col. 1, par. 2, lin. 10) um terço 3. Para manter a integridade vascular da microcirculação é necessária uma contagem de plaquetas de cerca de ​40.000-50.000​. (pág. 726, col. 1, par. 2, lin. 5) 5.000-10.000 4. A trombocitose que se desenvolve em resposta à inflamação aguda ou crónica ​foi​ associada ao aumento do risco de trombose. (pág. 730, col. 1, par. 4, lin. 7) não foi claramente 5. A produção reduzida de plaquetas geralmente é causada por distúrbios ​hereditários​. (pág. 726, col. 1, par. 1, lin. 8) da medula óssea que também afetam a produção de leucócitos e eritrócitos 39. Relativamente aos distúrbios das plaquetas e da parede vascular, indique a​ FALSA: 1. Os doentes com doença de von Willebrand tipo 2 têm anormalidades funcionais. (pág. 731, col. 1, par. 2, lin. 1) 2. A púrpura trombocitopénica imune é classificada como secundária se estiver associada a um distúrbio subjacente, como lúpus eritematoso sistémico ou infeções pelo vírus da Hepatite C e pelo ​H. pylori​. ​(pág. 728, col. 1, par. 4, lin. 11) HIV (a associação entre PTI e H. pylori é incerta) 3. Na trombocitopenia induzida por heparina, a anticoagulação deve ser cuidadosamente considerada, mesmo na ausência de trombose. (pág. 728, col. 1, par. 3, lin. 1) 4. Na púrpura trombocitopénica trombótica, a principal forma de tratamento é a troca de plasma. (pág. 729, col. 2, par. 3, lin. 1) 5. Em alguns casos, a doença de von Willebrand tipo 2N é descrita como hemofilia autossómica. (pág. 731, col. 2, par. 2, lin. 3) 40. Relativamente à hemofilia, assinale a opção ​CORRETA: 1. A mutação do gene F8 é responsável por 80% de todos os casos. ​(pág. 732, col. 2, par. 6, lin. 4) 2. As mulheres são geralmente ​sintomáticas​. (pág. 733, col. 1, par. 1, lin. 1) assintomáticas 3. Afeta 1 em cada ​1000​ homens em todos os grupos étnicos. (pág. 732, col. 2, par. 6, lin. 3) 10.000 4. A história familiar está ausente aproximadamente em ​50%​ dos casos. (pág. 733, col. 1, par. 1, lin. 2) 30% 5. É uma doença ​autossómica dominante​. (pág. 732, col. 2, par. 6, lin. 1) ligada ao X recessiva 41. Em relação à tosse e hemoptise, assinale a afirmação​ FALSA: 1. Detalhes como o som, momento de ocorrência durante o dia e o padrão da tosse são infrequentemente úteis para o diagnóstico. (pág. 244, col. 1, par. 2, lin. 1) 2. Doentes com tosse crónica que têm exame de tórax, função pulmonar, oxigenação e tomografia computorizada de tórax normais podem estar seguros quanto à ausência de patologia pulmonar grave. (pág. 245, col. 1, par. 2, lin. 6) 3. O recetor vanilóide tipo 1, presente nos recetores de adaptação rápida e fibras C, é o recetor para a capsaicina e a sua expressão está aumentada em doentes com tosse crónica. (pág. 243, col. 1, par. 2, lin. 4) 4. Num paciente com tosse crónica produtiva, o exame da expetoração é obrigatório. (pág. 244, col. 1, par. 4, lin. 7) 5. Em contexto de bronquite crónica, a tosse ​frequentemente​ leva o doente a procurar o médico. (pág. 243, col. 2, par. 3, lin. 1) raramente

COIMBRA 2016 42. Em relação à tosse e hemoptise, assinale a afirmação​ FALSA: 1. A tosse espontânea é desencadeada pela estimulação de nervos sensitivos, através de recetores de adaptação rápida e fibras C. (pág. 243, col. 1, par. 2, lin. 1) 2. A força da tosse é geralmente medida qualitativamente. (pág. 243, col. 2, par. 2, lin. 5) 3. Os antagonistas do recetor da aldosterona não causam tosse. (pág. 244, col. 2, par. 1, lin. 3) 4. Não há nenhum meio de quantificar a drenagem pós-nasal. (pág. 244, col. 2, par. 1, lin. 15) 5. A energia cinética disponível para deslocar o muco do interior das paredes das vias aéreas é inversamente​ proporcional ao quadrado da velocidade do fluxo do ar expirado. ​(pág. 243, col. 2, par. 1, lin. 4) diretamente 43. Relativamente à hipóxia e cianose, são todas causas de hipocratismo digital, ​EXCETO: 1. Hemoglobinas anormais​. ​causa de cianose central 2. Bronquiectasias. 3. Abcesso pulmonar. 4. Mesotelioma. 5. Cirrose hepática. (pág. 250, col. 1, par. 1, lin. 4) 44. Em relação à pneumonia adquirida na comunidade (PAC) assinale a ​FALSA: 1. O S. pneumoniae é o principal agente de PAC. (pág. 804, col. 2, par. 3, lin. 7) 2. A incidência anual global de PAC é de 12 casos por 1000 habitantes, sendo maior nos extremos etários. (pág. 805, col. 1, par. 4, lin. 9) 3. Bronquiectasias, fibrose quística e DPOC severa são fatores de risco de PAC por ​Legionella​. (pág. 805, col. 2, par. 1, lin. 14) P. aeruginosa 4. A radiografia de tórax é frequentemente necessária para diferenciar PAC de outras doenças. (pág. 805, col. 2, par. 7, lin. 3) 5. As hemoculturas devem ser realizadas se neutropenia e PAC grave. (pág. 806, col. 1, par. 5, lin. 11) 45. Sobre a abordagem da doença respiratória, assinale a afirmação ​FALSA: 1. Patologias obstrutivas são mais comuns que as restritivas. (pág. 1661, col. 1, par. 1, lin. 3) 2. Há evidência crescente de que o tabagismo passivo também é fator de risco para patologia do trato respiratório. (pág. 1662, col. 1, par. 2, lin. 9) 3. A nível espirométrico, um plateau na curva inspiratória sugere uma obstrução ​intratorácica​ das grandes vias aéreas. ​(pág. 1662, col. 2, par. 8, lin. 8) extratorácica 4. Dispneia e tosse são os sintomas cardinais da doença respiratória. (pág. 1661, col. 2, par. 1, lin. 1) 5. Muitas doenças do sistema respiratório, particularmente as que afetam as vias aéreas e a vasculatura pulmonar, estão associadas a uma radiografia de tórax normal. (pág. 1663, col. 1, par. 2, lin. 7)

COIMBRA 2016 46. A asma é uma das doenças crónicas mais comuns em todo mundo. Sobre este tema, escolha a opção VERDADEIRA: 1. Nos adultos​ dos países desenvolvidos a prevalência é de 15%. (pág. 1669, col. 1, par. 2, lin. 2) Nas crianças 2. Na infância, ​mulheres e homens são atingidos em igual proporção​. (pág. 1669, col. 1, par. 3, lin. 1) os homens são afetados duas vezes mais que as mulheres 3. As infeções virais​ são o fator de risco mais comum para asma. (pág. 1669, col. 2, par. 5, lin. 1) A atopia 4. Animais domésticos, principalmente gatos, estão associados à sensibilização alérgica, contudo, a exposição a estes animais nos primeiros anos de vida pode conferir proteção por induzir tolerância. ​(pág. 1670, col. 2, par. 5, lin. 8) 5. Asma ocupacional é relativamente ​rara​ afetando até ​5%​ dos adultos jovens. (pág. 1670, col. 2, par. 6, lin. 1) comum; 10%. 47. Em relação às manifestações clínicas e ao diagnóstico da asma, escolha a opção​ FALSA: 1. Os sintomas característicos são a tosse, a dispneia e os sibilos. (pág. 1675, col. 1, par. 6, lin. 1) 2. Tosse seca (asma variante tosse) manifesta-se em alguns pacientes, principalmente nas crianças. (pág. 1675, col. 1, par. 7, lin. 3) 3. O diagnóstico de asma é evidente em razão dos sintomas de obstrução variável e intermitente das vias respiratórias, mas deve ser confirmado por determinações objetivas da função pulmonar. (pág. 1675, col. 2, par. 2, lin. 1) 4. A espirometria demonstra reversibilidade se se verificar ​uma diminuição​ do volume expiratório forçado em 1s superior a 12% ​ou​ 200mL, 15 minutos após inalação de agonista β2 de longa ação. ​(pág. 1675, col. 2, par. 3, lin. 3) um amento; e 5. O óxido nítrico exalado é um teste não invasivo que avalia a inflamação das vias aéreas. (pág. 1676, col. 1, par. 2, lin. 1) 48. Estão todas associadas a um risco particularmente alto de pneumonite de hipersensibilidade, ​EXCETO: 1. Fazendeiros. 2. Mineiros de carvão​. ​resposta fibrótica 3. Utilizadores de jacuzzis. 4. Criadores de aves. 5. Trabalhadores industriais. (pág. 1681, col. 1, par. 3, lin. 1) 49. Relativamente à síndrome de Churg-Strauss, assinale a afirmação​ FALSA: 1. Tem como características distintivas a presença de asma, vasculite eosinofílica e atingimento multi-orgânico. ​(pág. 1685, col. 1, par. 4, lin. 4) 2. Embora percebida como rara, a sua incidência tem aumentado. ​(pág. 1685, col. 1, par. 4, lin. 9) 3. A biópsia evidencia tipicamente granulomas extravasculares e vasculite necrotizante. ​(pág. 1684, col. 1, par. 3, lin. 2) 4. A eosinofilia sistémica é o marco laboratorial da doença. ​(pág. 1685, col. 2, par. 7, lin. 1) 5. A ciclofosfamida é um fármaco com potencial terapêutico ​e que altera a sobrevida dos doentes​. (pág. 1686, col. 1, par. 1, lin. 15) ​mas a sobrevida não difere entre doentes tratados e não tratados com ciclofosfamida

COIMBRA 2016 50. Sobre a exposição a asbestos assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. A presença de placas pleurais em radiografia indica exposição ​e asbestose com compromisso pulmonar​. (pág. 1689, col. 1, par. 4, lin. 1) não compromisso pulmonar se sem manifestações adicionais 2. Existe um tratamento diferenciado para os doentes com asbestose​. (pág. 1689, col. 1, par. 7, lin. 1) Como não há terapêutica específica para a asbestose, a terapêutica de suporte é semelhante à da fibrose intersticial difusa de qualquer causa. 3. As opacidades pulmonares irregulares ou lineares são a marca radiográfica da asbestose. ​(pág. 1689, col. 1, par. 5, lin. 1) 4. O tipo de neoplasia mais comum na exposição a asbestos é ​o mesotelioma​. (pág. 1689, col. 1, par. 8, lin. 1) a neoplasia do pulmão 5. Apenas 20%​ dos mesoteliomas estão associados a asbestos. (pág. 1689, col. 1, par. 10, lin. 1) Mais de 80% 51. Relativamente às bronquiectasias assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. Entre 25-50% das bronquiectasias são idiopáticas. ​(pág. 1695, col. 1, par. 2, lin. 1) 2. A etiologia mais comum de bronquiectasias superiores é ​a síndrome de Mounier-Kuhn​. (pág. 1694, col. 1, par. 5, lin. 1) a fibrose quística 3. A aspergilose broncopulmonar alérgica cursa com bronquiectasias que se distribuem nos campos pulmonares ​inferiores​. (pág. 1695, col. 1, par. 1, lin. 2) centrais 4. A aspiração crónica recorrente é a causa ​mais comum de bronquiectasias centrais​. (pág. 1694, col. 1, par. 5, lin. 4) de bronquiectasias inferiores 5. A incidência de bronquiectasias é maior ​nos homens​. (pág. 1695, col. 1, par. 3, lin. 9) nas mulheres 52. Relativamente ao tratamento da fibrose quística assinale a afirmação​ FALSA: 1. O isolamento em cultura de expetoração de B. cepacia, P. aeruginosa de fenótipo mucóide ou de micobactérias atípicas confere mau prognóstico. (pág. 1699, col. 1, par. 5, lin. 6) 2. A antibioterapia hospitalar típica consiste na associação de um beta-lactâmico a um aminoglicosídeo durante 14 dias. (pág. 1699, col. 2, par. 1, lin. 4) 3. A aspergilose broncopulmonar alérgica ocorre em aproximadamente 5% dos indivíduos com fibrose quística. (pág. 1699, col. 2, par. 1, lin. 12) 4. O ivacaftor confere uma melhoria dramática nos doentes com fibrose quística e mutação F508del​. ​(pág. 1699, col. 2, par. 3, lin. 6) G551D 5. Atualmente, estes indivíduos podem sobreviver até à 4.ª década de vida. (pág. 1700, col. 1, par. 1, lin. 1) 53. Sobre os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), assinala a afirmação ​VERDADEIRA. 1. A relação causal entre tabagismo e DPOC está bem documentada, ​havendo pouca variabilidade na resposta ao tabagismo​. (pág. 1702, col. 2, par. 2, lin. 1) no entanto existe uma variabilidade considerável na resposta ao tabagismo 2. O estreitamento das pequenas vias aéreas antecede o início da destruição enfisematosa. ​(pág. 1701, col. 2, par. 2, lin. 12) 3. A distribuição do enfisema ​panacinar​ é característico da inalação dos agentes oxidantes do tabaco. (pág. 1701, col. 2, par. 4, lin. 2) centroacinar 4. O surgimento de hipertensão pulmonar ocorre ​exclusivamente​ em doentes que desenvolvem quadros de hipoxemia crónica sustentada (PaO​ <55 mmHg) (pág. 1702, col. 1, par. 4, lin. 8) Alguns doentes 2​ podem ter hipertensão pulmonar independentemente da gravidade da DPOC. 5. A principal causa de hipoxemia na DPOC é o ​fenómeno de shunt​. (pág. 1702, col. 1, par. 5, lin. 6) desequilíbrio ventilação-perfusão.

COIMBRA 2016 54. Relativamente à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), qual das seguintes ​NÃO ​constitui​ ​uma medida com eficácia comprovada para reduzir o risco de exacerbações? 1. Corticoides inalados. 2. Anticolinérgicos de longa ação. 3. Vacina anti-influenzae. 4. Vacina dirigida à Bordetella pertussis​. (pág. 1706, col. 2, par. 2, lin. 4) 5. Azitromicina. (pág. 1707, col. 1, par. 2, lin. 4) 55. Tendo em conta as principais doenças pulmonares intersticiais, os seus exames complementares de diagnóstico e formas de tratamento, indica a afirmação​ FALSA: 1. O lavado broncoalveolar de doentes com histiocitose pulmonar mostra um predomínio de células de Langerhans CD1​ com grânulos de Birbeck. (pág. 1711, tab. 315-2) +​ 2. O padrão de pneumonia intersticial usual na tomografia computadorizada é altamente preditivo para o mesmo padrão na biópsia cirúrgica. (pág. 1711, col. 2, par. 5, lin. 5) 3. Os doentes com pneumonia intersticial idiopática podem ter evidência de perda dos volumes do lobos inferiores na tomografia computadorizada. (pág. 1712, col. 1, par. 6, lin. 7) 4. Uma tomografia computorizada que revela nódulos estrelados e quistos de paredes finas nos lobos superiores é virtualmente diagnóstica de histiocitose pulmonar de células de Langerhans. (pág. 1713, col. 1, par. 9, lin. 12) 5. A ooforectomia ​é recomendada​ em doentes com linfangioliomiomatose. ​(pág. 1715, col. 1, par. 3, lin. 13) já não é recomendada 56. A fibrose pulmonar idiopática constitui uma doença difusa do pulmão com alta taxa de mortalidade associada. Tendo em mente esta entidade, indica a ​VERDADEIRA: 1. O padrão em favo-de-mel é um achado típico na tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR).​ (pág. 1711, col. 2, par. 5, lin. 3) 2. Na maioria dos casos, a biópsia transbrônquica ​é suficiente​ para o diagnóstico. (pág. 1711, col. 2, par. 6, lin. 3) não é útil 3. O padrão histológico de pneumonia intersticial usual, marcado pela ​homogeneidade​ de atingimento do parênquima, é essencial ao diagnóstico. (pág. 1711, col. 2, par. 6, lin. 4) heterogeneidade 4. A presença de opacidades ​nodulares​ é característica na TCAR. (pág. 1711, col. 2, par. 5, lin. 3) reticulares 5. Na fase acelerada da doença, a ventilação mecânica é frequentemente necessária ​e tem sucesso na melhoria do prognóstico destes doentes​. (pág. 1712, col. 1, par. 3, lin. 17) mas normalmente não é bem sucedida 57. Sobre os distúrbios da pleura, indique a ​FALSA: 1. A causa mais comum de quilotórax ​são os tumores do mediastino​. ​(pág. 1718, col. 1, par. 3, lin. 2) é o trauma, mais frequentemente cirurgia torácica 2. A maioria dos casos de mesotelioma associam-se à exposição a asbestos. (pág. 1717, col. 2, par. 11, lin. 1) 3. A embolia pulmonar é o diagnóstico que mais frequentemente passa despercebido na investigação de um paciente com derrame pleural de etiologia indeterminada. (pág. 1717, col. 2, par. 12, lin. 1) 4. O hidrotórax ocorre em cerca de 5% dos doentes com cirrose e ascite. (pág. 1717, col. 1, par. 2, lin. 1) 5. O líquido pleural de um derrame com pleurite tuberculosa é rico em linfócitos pequenos. (pág. 1718, col. 1, par. 1, lin. 8)

COIMBRA 2016 58. São todos sinais de hipoventilação crónica ​EXCETO: 1. PaCO​ aumentada. (pág. 1721, col. 2, par. 2, lin. 8) 2​ 2. pH ​aumentado​. ​(pág. 1721, col. 2, par. 3, lin. 2) normal 3. Cianose. (pág. 1721, col. 2, par. 2, lin. 13) 4. Bicarbonato aumentado. (pág. 1721, col. 2, par. 2, lin. 10) 5. Vasoconstrição pulmonar. (pág. 1721, col. 2, par. 2, lin. 15) 59. A gravidade da síndrome da apneia hipopneia obstrutiva do sono, pode ser baseada em todos os seguintes, EXCETO: 1. Frequência dos distúrbios respiratórios. 2. Grau de dessaturação O​ com os eventos respiratórios. 2​ 3. Grau de elevação das glicemias diurnas​. ​Duração das apneias e das hipopneias 4. Grau de sonolência diurna. 5. Grau de fragmentação do sono. (pág. 1723, col. 2, par. 2, lin. 14) 60. Qual dos seguintes ​NÃO ​é​ ​fator de risco para a síndrome da apneia hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS): 1. Sexo masculino. 2. Hipertiroidismo​. ​Hipotiroidismo 3. Menopausa. 4. Hipertrofia adenoamigdalina. 5. Síndrome de Treacher-Collins. (pág. 1724, col. 1, par. 4, lin. 1) 61. Sobre a hemorragia digestiva alta é​ FALSO ​que​: 1. Doentes com hemorragia digestiva alta por varizes esofágicas têm piores outcomes que os doentes com hemorragia alta por outras causas. (pág. 277, col. 1, par. 3, lin. 1) 2. Os doentes com cirrose que desenvolvem hemorragia digestiva alta devem iniciar antibioticoterapia mesmo antes da endoscopia uma vez que reduz a mortalidade. (pág. 278, col. 2, par. 2, lin. 13) 3. A instituição de perfusão de inibidores da bomba de protões na apresentação de doentes com hemorragia digestiva alta não melhora a mortalidade nem a recorrência da hemorragia. (pág. 278, col. 2, par. 2, lin. 5) 4. O tratamento agudo da hemorragia digestiva por varizes gástricas consiste na ​ligação endoscópica​. ​(pág. 277, col. 1, par. 5, lin. 3) injeção de uma cola tecidual, cianoacrilato, ou, se esta não estiver disponível, TIPS 5. Metade dos doentes que tomam cronicamente anti-inflamatórios não esteroides apresentam erosões gástricas. (pág. 277, col. 1, par. 6, lin. 7) 62. Relativamente ao diagnóstico e a abordagem clínica da ascite, indique a afirmação ​FALSA: 1. A cirrose hepática é a causa mais comum de ascite sendo responsável por 84% dos casos. (pág. 287, col. 1, par. 2, lin. 1) 2. A ascite quilosa pode ter como causa a cirrose hepática. (pág. 287, col. 2, par. 2, lin. 5) 3. O uso de β-bloqueadores em doentes com ascite cirrótica refratária leva a um ​aumento​ da sobrevida. ​(pág. 288, col. 1, par. 3, lin. 9) diminuição 4. A ascite neoplásica geralmente não responde à restrição de sódio e diuréticos. (pág. 288, col. 2, par. 2, lin. 1) 5. Uma concentração de proteínas no líquido ascítico <1g/dL num doente com cirrose e ascite constitui indicação para profilaxia com norfloxacina. (pág. 288, col. 2, par. 7, lin. 1)

COIMBRA 2016 63. Sobre o tema endoscopia gastrointestinal escolha a opção ​VERDADEIRA: 1. A endoscopia digestiva alta apresenta maior sensibilidade que o estudo baritado no diagnóstico de estenoses e alterações motoras​. (pág. 1881, col. 1, par. 1, lin. 5) úlceras gástricas e lesões planas da mucosa como o esófago de Barret 2. A ecoendoscopia ​deteta​ metástases à distância. (pág. 1881, col. 2, par. 6, lin. 6) não deteta 3. As complicações infeciosas são ​comuns​ após procedimentos endoscópicos. (pág. 1884, col. 2, par. 1, lin. 1) incomuns 4. A pancreatite ocorre em ​até 15% dos doentes após colangiopancreatografia retrógrada endoscópica​. (pág. 1884, col. 2, par. 2, lin. 1) cerca de 5% dos doentes após CPRE e até 30% dos doentes com disfunção do esfíncter de Oddi 5. A gravidade da hemorragia inicial é a indicação mais importante para a endoscopia urgente. (pág. 1885, col. 2, par. 2, lin. 9) 64. Relativamente à doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE), assinale a afirmação ​FALSA: 1. Apenas uma minoria dos doentes com DRGE apresenta esofagite. (pág. 1906, col. 2, par. 3, lin. 1) 2. A hipersecreção ácida gástrica não é, geralmente, um fator dominante no desenvolvimento de esofagite. (pág. 1907, col. 1, par. 2, lin. 2) 3. A bílis é um co-fator na patogénese da metaplasia de Barrett e do adenocarcinoma do esófago. (pág. 1907, col. 1, par. 2, lin. 12) 4. A incidência de metaplasia de Barrett e de adenocarcinoma do esófago está a aumentar apesar da terapêutica anti-secretora ácida agressiva. (pág. 1907, col. 2, par. 4, lin. 5) 5. A cirurgia anti-refluxo ​tem efeito benéfico​ comprovado na regressão do esófago de Barrett e prevenção do adenocarcinoma do esófago. ​(pág. 1908, col. 1, par. 1, lin. 1) não tem efeito 65. Qual dos seguintes​ NÃO ​corresponde​ ​a um fator de risco estabelecido para a presença de doença ulcerosa péptica secundária ao consumo de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): 1. Utilização concomitante de fármacos anti-arrítmicos​. ​Idade avançada / história de úlcera / doença grave ou multissistémica 2. Utilização concomitante de fármacos hipocoagulantes. 3. Utilização concomitante de fármacos clopidogrel. 4. Utilização concomitante de fármacos corticoesteróides. 5. Utilização de vários fármacos AINEs ou o seu consumo em doses elevadas. (pág. 1917, col. 1, par. 1, lin. 9) 66. Relativamente à enteropatia perdedora de proteínas, assinale a opção​ FALSA: 1. Trata-se de um grupo de doenças gastrointestinais ou não-gastrointestinais caracterizadas por hipoproteinemia e edema. (pág. 1945, col. 1, par. 6, lin. 1) 2. Habitualmente associa-se ​a proteinúria e diminuição da síntese de proteínas​. ​(pág. 1945, col. 1, par. 6, lin. 1) à ausência de proteinúria e de defeitos na síntese de proteínas 3. A presença de linfopenia relativa em doente com hipoproteinemia é a favor de perda entérica de proteínas. (pág. 1945, col. 2, par. 1, lin. 23) 4. A linfangiectasia intestinal pode associar-se a doença de Milroy. (pág. 1945, col. 2, par. 2, lin. 8) 5. A alfa 1-antitripsina pode documentar perdas pela mucosa intestinal. (pág. 1945, col. 2, par. 1, lin. 15)

COIMBRA 2016 67. Em relação ao tratamento da doença inflamatória intestinal escolha a​ FALSA: 1. A terapia tópica com 5-ASA é mais eficaz que os glicocorticoides tópicos na colite ulcerosa distal. (pág. 1960, col. 1, par. 5, lin. 15) 2. Os antibióticos não desempenham qualquer papel no tratamento da colite ulcerosa ativa ou quiescente. (pág. 1960, col. 1, par. 8, lin. 1) 3. A azatioprina e a 6-mercaptopurina foram usados com sucesso como agentes que permitem poupar glicocorticóides em até 66% dos doentes com doença de Crohn e colite ulcerosa que até então se mostravam dependentes de glicocorticóides. (pág. 1960, col. 2, par. 2, lin. 9) 4. A ciclosporina endovenosa demonstrou resposta em ​apenas 33%​ dos doentes com colite ulcerosa refratária aos glicocorticóides endovenosos. ​(pág. 1960, col. 2, par. 6, lin. 1) 82% 5. O adalimumab está atualmente aprovado na doença de Crohn moderada a grave e colite ulcerosa moderada a grave. (pág. 1961, col. 2, par. 3, lin. 6 | lin. 18) 68. Relativamente ao tratamento da síndrome do intestino irritável (SII), assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. Tendo em conta a maioria dos estudos, a suplementação com fibras ​é útil​ na SII-predomínio diarreia. (pág. 1969, col. 1, par. 3, lin. 9) não tem resposta 2. Quer os anticolinérgicos quer a loperamida são mais eficazes se dados antes de um evento que previsivelmente causará dor ou diarreia, respetivamente. ​(pág. 1969, col. 1, par. 4, lin. 9 | pág. 1969, col. 2, par. 1, lin. 1) 3. O efeito benéfico dos anti-depressivos tricíclicos no SII ​está dependente​ dos seus efeitos na depressão. (pág. 1969, col. 2, par. 3, lin. 8) é independente 4. O benefício terapêutico dos anti-depressivos tricíclicos nos sintomas intestinais ocorre com doses superiores​ à dose anti-depressiva. (pág. 1969, col. 2, par. 3, lin. 10) inferiores 5. A lubiprostona apenas é útil a nos doentes com SII-predomínio ​diarreia​. (pág. 1970, col. 1, par. 5, lin. 5) obstipação 69. Relativamente à prevalência dos distúrbios ano-retais mais comuns, assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. O prolapso rectal e a incontinência fecal são mais comuns em mulheres com ​menos de 60 anos​. (pág. 1973, col. 2, par. 4, lin. 2 | pág. 1975, col. 1, par. 2, lin. 4) mais de 60/65 anos respectivamente 2. O abcesso ano-retal é mais comum em ​mulheres​ na 3.ª a 5.ª década de vida. (pág. 1977, col. 2, par. 1, lin. 1) homens 3. A fissura anal ​é mais comum em homens​ na 3.ª a 5.ª década de vida. (pág. 1978, col. 1, par. 7, lin. 1) tem igual prevalência nos dois sexos 4. A doença hemorroidária não é seletiva para idade ou sexo. ​(pág. 1976, col. 2, par. 4, lin. 2) 5. Cerca de ​80%​ das crianças com prolapso rectal têm fibrose quística. (pág. 1974, col. 1, par. 1, lin. 2) 20% 70. São fatores de risco para isquemia mesentérica arterial oclusiva todos​ EXCETO: 1. Policitemia vera​.​ associa-se a trombose venosa mesentérica 2. Fibrilhação auricular. 3. Enfarte do miocárdio recente. 4. Doença cardíaca valvular. 5. Cateterismo cardíaco ou vascular recente. (pág. 1979, col. 1, par. 1, lin. 1)

COIMBRA 2016 71. Relativamente à abordagem do doente com doença hepática, indique a afirmação​ FALSA: 1. As células de Kupffer habitualmente encontram-se dentro do espaço vascular sinusoidal e representam o maior grupo de macrófagos fixos do organismo. (pág. 1990, col. 1, par. 3, lin. 8) 2. A falta de apetite com perda ponderal é muito frequente nas doenças hepáticas ​crónicas​. ​(pág. 1991, col. 1, par. 5, lin. 3) agudas 3. A fadiga é o sintoma mais comum de doença hepática e ocorre geralmente após atividade ou exercício físico, sendo mais intensa ao final do dia. (pág. 1991, col. 1, par. 4, lin. 1) 4. A biópsia hepática constitui o gold-standard na avaliação de doentes com hepatopatia, particularmente na doença hepática crónica. (pág. 1994, col. 1, par. 2, lin. 1) 5. A trombocitopenia leve constitui com frequência a primeira indicação de agravamento da fibrose. (pág. 1994, col. 2, par. 3, lin. 9) 72. A biópsia hepática tem indicação em todas as seguintes situações​ EXCETO: 1. Na avaliação de doença hepatocelular de causa indeterminada. 2. Na esplenomegália inexplicada. 3. Na determinação da presença de hepatite de etiologia vírica​. ​(pág. 1993, col. 1, par. 4, lin. 7) hepatomegalia inexplicada, defeitos de preenchimento hepatico em exame radiológico. 4. Na febre de origem indeterminada. 5. No estudo etiológico de uma hepatite prolongada possivelmente auto-imune (pág. 1998, col. 2, par. 4, lin. 3) 73. Em relação às hepatites víricas agudas são todos achados laboratoriais comuns​ EXCETO: 1. Linfocitose atípica. (pág. 2016, col. 1, par. 5, lin. 2) 2. Aumento de transaminases. (pág. 2016, col. 1, par. 3, lin. 1) 3. Níveis baixos de albumina​. ​(pág. 2016, col. 1, par. 5, lin. 11) A queda da albumina sérica é incomum nos casos de hepatite viral aguda não complicada. 4. Elevação difusa da gama globulina (pág. 2016, col. 1, par. 6, lin. ) 5. Aumento dos valores de bilirrubina. (pág. 2016, col. 1, par. 4, lin. 1) 74. Relativamente à toxicidade hepática por paracetamol assinale a ​VERDADEIRA: 1. Os níveis sanguíneos do fármaco ​não se correlacionam​ com a gravidade da lesão hepática. (pág. 2027, col. 1, par. 3, lin. 17) correlacionam-se 2. Níveis extremamente elevados de transaminases associados a uma bilirrubina sérica baixa são característicos. ​(pág. 2027, col. 1, par. 3, lin. 27) 3. A N-acetilcisteína é eficaz ​apenas quando administrada precocemente​. (pág. 2027, col. 1, par. 3, lin. 33) mesmo quando a lesão já começou a evoluir 4. A utilização de paracetamol em doentes cirróticos ​foi​ associada a descompensação hepática. (pág. 2027, col. 2, par. 1, lin. 24) não foi 5. O paracetamol é ​a segunda causa​ mais prevalente de insuficiência hepática aguda no mundo ocidental. (pág. 2027, col. 1, par. 3, lin. 1) a causa

COIMBRA 2016 75. Qual das seguintes afirmações é​ CORRETA ​a propósito da fisiopatologia e história natural da hepatite B crónica? 1. Mais de 75%​ dos doentes com hepatite crónica leve progridem para hepatite mais grave e cirrose. (pág. 2032, col. 1, par. 1, lin. 7) Mais de um quarto 2. A lesão hepática é ​mais exuberante​ nos doentes em fase não replicativa. (pág. 2032, col. 2, par. 1, lin. 7) mínima 3. Após a instituição do tratamento, os níveis de DNA são mais prontamente suprimidos nas formas do vírus pré-core mutante ou antigénio HBe negativo em relação à variante wild-type. (pág. 2032, col. 2, par. 2, lin. 31) 4. Como a taxa de replicação do vírus mutante é menor relativamente à do vírus wild-type, a probabilidade de resposta sustentada após o início da terapia é ​maior​ no vírus mutante. (pág. 2032, col. 2, par. 2, lin. 31) menor 5. As manifestações clínicas extra-hepáticas da doença ​nunca têm relação com complexos imunológicos​. (pág. 2033, col. 1, par. 3, lin. 12) estão associadas à deposição de imunocomplexos 76. Relativamente ao tratamento da doença hepática alcoólica assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. A abstinência é apenas importante para doentes em ​estadios mais iniciais​ da doença. (pág. 2053, col. 2, par. 2, lin. 2) qualquer estadio 2. A hepatite grave (FD >32 ou MELD >20) constitui uma indicação formal para o tratamento com pentoxifilina​. (pág. 2053, col. 2, par. 2, lin. 13) prednisolona ou prednisona 3. O transplante hepático é um tratamento aceite em doentes selecionados com ​hepatite alcoólica grave​. (pág. 2053, col. 2, par. 4, lin. 1) cirrose estadio terminal 4. Os anticorpos monoclonais anti-TNF-α ​têm um papel importante​ no tratamento da hepatite alcoólica grave. (pág. 2053, col. 2, par. 3, lin. 6) não devem ser usados 5. A pentoxifilina melhora a sobrevida na hepatite alcoólica grave sobretudo pela diminuição na síndrome hepato-renal. ​(pág. 2053, col. 2, par. 3, lin. 3) 77. Em relação à cirrose alcoólica indique a​ VERDADEIRA: 1. É responsável por cerca de 40% das mortes por cirrose. ​(pág. 2058, col. 2, par. 2, lin. 6) 2. A cirrose é tipicamente ​macronodular​. (pág. 2058, col. 2, par. 1, lin. 7) micronodular 3. Associa-se a ​diminuição​ intracelular de triglicéridos. (pág. 2058, col. 2, par. 3, lin. 9) aumento 4. As irregularidades menstruais ocorrem ​logo numa fase inicial​ de cirrose. (pág. 2058, col. 2, par. 4, lin. 21) fase avançada 5. Os níveis de sódio estão tipicamente ​alterados​. (pág. 2059, col. 1, par. 2, lin. 15) normais 78. Em relação à esteatose hepática não alcoólica indique a​ FALSA: 1. Em alguns países desenvolvidos já é a principal causa de doença hepática crónica. (pág. 2054, col. 2, par. 1, lin. 1) 2. Pode ocorrer em indivíduos magros. (pág. 2054, col. 2, par. 1, lin. 8) 3. A cirrose associada a EHNA não é exclusiva de adultos. (pág. 2054, col. 2, par. 4, lin. 12) 4. As estatinas ​estão contra-indicadas por poderem causar​ insuficiência hepática nestes doentes. (pág. 2057, col. 2, par. 2, lin. 2) não causam 5. A EHNA pode recorrer após transplante. (pág. 2057, col. 2, par. 4, lin. 6)

COIMBRA 2016 79. Sobre os transportadores canaliculares e anormalidades associadas, escolha a opção ​VERDADEIRA: 1. Defeitos no MDR3, responsável pela exportação de fosfolípidos, estão associados à CIFP3. ​(pág. 2076, col. 1, par. 1, lin. 9) 2. Anormalidades no BSEP (bile salt export pump) associam-se a ​CIRB1​ (colestase intra-hepatica recorrente benigna ​tipo 1​) e ​CIFP1​ (colestase intra-hepatica familiar progressiva ​tipo 1​). (pág. 2076, col. 1, par. 1, lin. 6) CIRB2; tipo 2; CIFP2; tipo 2 3. Anormalidades no MRP2 (multidrug resistance-associated protein 2) associam-se a ​CIRB2 e CIFP2​. (pág. 2076, col. 1, par. 1, lin. 7) síndrome de Dubin-Johnson 4. O transportador AE2/SLC4A2, responsável pela secreção canalicular de HCO​ , é ​dependente​ de ATP. -​ 3​ (pág. 2075, col. 2, par. 5, lin. 20) independente 5. O transportador RTFC/ABCC7 localiza-se nas ​membranas dos canalículos biliares​. (pág. 2076, col. 1, par. 1, lin. 11) células epiteliais dos ductos biliares 80. Em relação às pancreatites aguda (PA) e crónica (PC), assinale a afirmação ​FALSA: 1. Existe uma forte associação entre o tabagismo e PC. (pág. 2098, col. 1, par. 3, lin. 3) 2. Na forma hereditária, a amilase e lipase séricas estão geralmente nos valores normais. (pág. 2101, col. 2, par. 3, lin. 12) 3. A ecoendoscopia e o teste da secretina são os exames efetuados no rastreio de PC em doentes com dor abdominal crónica. (pág. 2100, col. 2, par. 1, lin. 14) 4. Na pancreatite auto-imune, é habitual não serem detetadas calcificações pancreáticas imagiologicamente. (pág. 2099, tab. 371-6) 5. Pancreatite auto-imune ​é causa comum​ de PA recorrente. ​(pág. 2099, col. 1, par. 2, lin. 19) não é causa comum 81. Relativamente à azotémia e anormalidades urinárias, assinale a opção​ FALSA: 1. A taxa de filtração glomerular declina em proporção aproximadamente inversa à elevação da creatinina plasmática. (pág. 290, col. 1, par. 1, lin. 13) 2. Doentes tratados com IECAs ou AINEs são mais suscetíveis à insuficiência renal aguda mediada hemodinamicamente quando ocorre redução do volume sanguíneo por algum motivo. (pág. 291, col. 2, par. 2, lin. 6) 3. O sedimento urinário numa situação de necrose tubular aguda está repleto de restos celulares, cilindros epiteliais tubulares e cilindros granulosos escuros. (pág. 291, col. 2, par. 3, lin. 11) 4. A hipertensão é ​comum​ em doenças renais primárias que resultam em síndrome nefrótica. ​(pág. 294, col. 1, par. 1, lin. 9) incomum 5. É comum detetar hematúria num único exame da urina. (pág. 294, col. 1, par. 2, lin. 11) 82. São causas extra-renais de hiponatrémia hipovolémica todas​ EXCETO: 1. Vómitos. 2. Diarreia. 3. Queimaduras. 4. Pancreatite. 5. Síndrome de perda de sal cerebral​. ​causa renal de hiponatrémia hipovolémica (pág. 299, fig. 63-5)

COIMBRA 2016 83. Em relação ao tema hipocaliémia, escolha a opção​ FALSA: 1. É definida como uma concentração plasmática de potássio inferior a 3.5mM. (pág. 305, col. 1, par. 2, lin. 1) 2. Os diuréticos tiazídicos têm maior efeito na concentração plasmática de potássio que os diuréticos de ansa, apesar do seu menor efeito natriurético. (pág. 306, col. 1, par. 1, lin. 2) 3. Predispõe à toxicidade digitálica. (pág. 307, col. 1, par. 2, lin. 3) 4. Uma das alterações eletrocardiográfica é o surgimento de ondas T ​apiculadas​. ​(pág. 307, col. 1, par. 2, lin. 6) largas e achatadas 5. A reposição oral com cloreto de potássio é a base da terapêutica na hipocaliémia. (pág. 307, col. 2, par. 4, lin. 1) 84. Dos seguinte, todos estão associados a hipercalcemia,​ EXCETO: 1. Pancreatite. (pág. 313, col. 2, par. 2, lin. 6) 2. Poliúria. (pág. 313, col. 2, par. 2, lin. 9) 3. Depressão. (pág. 313, col. 2, par. 2, lin. 2) 4. Letargia. (pág. 313, col. 2, par. 2, lin. 6) 5. Broncospasmo​. ​(pág. 315, col. 1, par. 3, lin. 11) associa-se a hipocalcémia 85. Relativamente à acidose metabólica assinale a afirmação ​VERDADEIRA: 1. A pedra basilar do tratamento da cetoacidose diabética é a administração de ​bases​. (pág. 318, col. 2, par. 4, lin. 19) insulina IV 2. O objetivo do tratamento é ​restaurar a normalidade dos valores de HCO​ e pH​. (pág. 318, col. 1, par. 2, -​ 3​ lin. 9) aumentar os valores de HCO​ para 10 mEq/L e pH para 7.20, não aumentar estes parâmetros -​ 3​ para o valor normal 3. O tratamento com NaHCO​ pode diminuir a função cardíaca e exacerbar a acidose, na acidose 3​ lática. ​(pág. 318, col. 2, par. 2, lin. 6) 4. O tratamento com bases deve ser administrado ​a todos os doentes que se encontrem em acidemia​. (pág. 317, col. 2, par. 6, lin. 1) apenas aos doentes com acidémia grave 5. A cetoacidose alcoólica ​raramente se associa​ a outros distúrbios ácido-base. (pág. 318, col. 2, par. 5, lin. 9) associa-se comummente 86. Relativamente às infeções do trato urinário (ITU), assinale a opção​ FALSA: 1. A ITU recorrente não é necessariamente complicada. (pág. 861, col. 2, par. 3, lin. 19) 2. Os dados disponíveis demonstram um aumento à escala mundial da resistência da Escherichia coli aos antibióticos habitualmente utilizados para tratar uma ITU. (pág. 862, col. 2, par. 1, lin. 8) 3. Cerca de ​20%​ das mulheres da população geral adquire pelo menos uma ITU durante a sua vida, na maioria dos casos cistite não complicada. ​(pág. 861, col. 2, par. 5, lin. 1) 50-80% 4. A pielonefrite enfisematosa ocorre quase exclusivamente em diabéticos. (pág. 863, col. 2, par. 5, lin. 16) 5. A deteção de bactérias na urocultura é o gold standard para o diagnóstico de ITU. (pág. 866, col. 1, par. 2, lin. 1) 87. Todos estes mecanismos são causadores de lesão renal aguda no bypass coronário ​EXCETO: 1. Nefropatia pigmentar. ​(pág. 1803, col. 1, par. 1, lin. 1) 2. Ateroembolia. ​(pág. 1803, col. 1, par. 1, lin. 1) 3. Isquemia. ​(pág. 1802, col. 2, par. 2, lin. 19) 4. Inflamação. ​(pág. 1803, col. 1, par. 1, lin. 1) 5. Reação de corpo estranho. ​(pág. 1803, col. 1, par. 1, lin. 8) A reação de corpo estranho demora tempo a ocorrer, não sendo por isso causa de lesão aguda.

COIMBRA 2016 88. Relativamente à doença renal crónica (DRC), assinale a afirmação​ VERDADEIRA: 1. Uma elevação ​marcada​ da creatinina sérica frequentemente indica uma redução ​pouco significativa​ da taxa de filtração glomerular na maioria dos indivíduos. (pág. 1812, col. 2, par. 1, lin. 6) ligeira; substancial 2. O rácio proteinúria-creatinúria ​correlaciona-se mal​ com a amostra de urina 24 horas. (pág. 1813, col. 1, par. 2, lin. 3) tem boa correlação 3. Na ausência de evidência de doença glomerular ou tubulointersticial primária, a DRC é frequentemente atribuída ​a diabetes​. (pág. 1813, col. 2, par. 2, lin. 10) à hipertensão 4. Nos estadios ​2 e 3​ da DRC, virtualmente todos os sistemas orgânicos estão afectados. (pág. 1813, col. 1, par. 3, lin. 2) 3 e 4 5. Nos estadios 1 e 2 da DRC os doentes não têm sintomas atribuíveis à diminuição da taxa de filtração glomerular. ​(pág. 1813, col. 1, par. 3, lin. 1) 89. Relativamente aos distúrbios hidro-eletroliticos e ácido base que ocorrem na doença renal crónica (DRC), assinale a afirmação ​ERRADA: 1. A diabetes caracteristicamente origina uma alteração mais grave e precoce dos mecanismos secretores do potássio no nefrónio distal, desproporcional à redução da taxa de filtração glomerular. (pág. 1814, col. 2, par. 4, lin. 1) 2. A nefropatia falciforme caracteristicamente origina uma alteração mais grave e precoce dos mecanismos secretores do potássio no nefrónio distal, desproporcional à redução da taxa de filtração glomerular. (pág. 1814, col. 2, par. 4, lin. 1) 3. A suplementação alcalina pode retardar a progressão da DRC. (pág. 1814, col. 2, par. 7, lin. 10) 4. A restrição da ingestão ​de água​ é geralmente umas das medidas iniciais adotadas no tratamento da expansão do volume de líquido extra-celular. ​(pág. 1814, col. 1, par. 5, lin. 14) salina 5. A acidose metabólica é na maioria das vezes ligeira. (pág. 1814 col. 2, par. 7, lin. 6) 90. Relativamente às concentrações utilizadas no dialisado durante as sessões de hemodiálise, assinale a FALSA: 1. A concentração de potássio pode variar entre 0 e 4mmol/L dependendo da concentração sérica de potássio. (pág. 1822 col. 2, par. 4, lin. 1) 2. A concentração habitual de cálcio é 1.25 mmol/L. (pág. 1822 col. 2, par. 4, lin. 3) 3. A concentração habitual de sódio é 136-140 mEq/L. (pág. 1822 col. 2, par. 4, lin. 7) 4. Na regulação de sódio, a concentração de sódio é gradualmente ​aumentada para 145-155 mEq/L próximo do final do tratamento. ​(pág. 1822 col. 2, par. 4, lin. 10) diminuída de 145-155 mEq/L para concentrações isotónicas 5. A regulação de sódio pode predispor para aumento da sede. (pág. 1822 col. 2, par. 4, lin. 14) 91. Relativamente à diálise peritoneal, assinale a opção​ ERRADA: 1. Tal como na hemodiálise, a dose ótima de diálise peritoneal é desconhecida. ​(pág. 1825, col. 1, par. 3, lin. 1) 2. Os transportadores altos ​têm bons resultados com poucas trocas​. ​(pág. 1825, col. 1, par. 2, lin. 8) requerem trocas mais curtas e mais frequentes 3. Permite uma ingestão mais liberal de potássio e fosfato que a hemodiálise. ​(pág. 1825, col. 2, par. 1, lin. 4) 4. Na peritonite associada a diálise peritoneal, a apresentação clínica pode incluir febre e sintomas constitucionais. ​(pág. 1825, col. 1, par. 5, lin. 7) 5. A taxa de transporte pode ser alterada pela posição do doente. ​(pág. 1824, col. 2, par. 2, lin. 13)

COIMBRA 2016 92. Relativamente ao transplante renal, assinale a afirmação​ FALSA: 1. Os transplantes entre gémeos idênticos ​bem como aqueles entre​ irmãos com compatibilidade HLA total não necessitam de imunossupressão. ​(pág. 1827, col. 2, par. 7, lin. 18) contrariamente a 2. A taxa de mortalidade pós-transplante é mais elevada no primeiro ano. (pág. 1826, col. 1, par. 2, lin. 1) 3. Os critérios expandidos (“expanded criteria donor”) são geralmente utilizados nos casos de doentes idosos que toleram pior a diálise. (pág. 1826, col. 1, par. 3, lin. 15) 4. Atualmente a semivida do enxerto de dador vivo é de aproximadamente 20 anos. (pág. 1826, col. 1, par. 1, lin. 3) 5. A citometria de fluxo é um método muito sensível para detetar anticorpos pré-formados e pode ser importante para prevenir a rejeição precoce. (pág. 1827, col. 2, par. 2, lin. 16) 93. Sobre a nefrite lúpica, assinale a afirmação​ FALSA: 1. 70 a 90% dos doentes apresenta hipocomplementemia na nefrite lúpica aguda. (pág. 1838, col. 1, par. 4, lin. 13) 2. O sinal clínico mais comum é a proteinúria. (pág. 1838, col. 1, par. 4, lin. 2) 3. Durante a evolução da doença, ​60%​ das crianças e ​80%​ dos adultos desenvolvem anormalidades renais. ​(pág. 1838, col. 1, par. 3, lin. 3) 80%; 60% 4. Nas classes III e IV há depósitos subendoteliais. (pág. 1838, tab. 338-3) 5. 20% dos doentes com nefrite lúpica evoluirão para doença renal terminal. (pág. 1839, col. 1, par. 2, lin. 5) 94. Em relação à glomerulosclerose segmentar focal (GESF), assinale a afirmação ​FALSA: 1. A GESF recorre em 25-40% dos doentes que são transplantados, levando a perda do enxerto em 75%​ destes doentes. ​(pág. 1843, col. 1, par. 1, lin. 8) 50% 2. A variante da lesão da ponta glomerular pode ter melhor prognóstico. (pág. 1842, col. 2, par. 3, lin. 4) 3. Raramente ocorre remissão espontânea. (pág. 1842, col. 2, par. 4, lin. 5) 4. A incidência está a aumentar. (pág. 1842, col. 2, par. 2, lin. 6) 5. Não há qualquer papel para os esteroides no tratamento da GESF secundária. (pág. 1843, col. 1, par. 1, lin. 11) 95. São fatores de risco para progressão da doença renal poliquística autossómica dominante todos​ EXCETO: 1. Diagnóstico precoce. 2. Hipertensão arterial. 3. Nefrolitíase​. ​Hematúria macroscópica 4. Múltiplas gravidezes. 5. Aumento do tamanho dos rins. (pág. 1852, col. 2, par. 2, lin. 3) 96. A doença renal poliquística autossómica dominante é a doença monogénica potencialmente fatal mais comum. Sobre este tema, escolha a opção​ FALSA: 1. 40%​ dos doentes apresentam cálculos renais, sendo mais de metade destes de ​oxalato de cálcio​. ​(pág. 1852, col. 1, par. 1, lin. 10) ~20%; ácido úrico 2. ~40% dos doentes manifestam hematúria macroscópica. (pág. 1851, col. 2, par. 3, lin. 12) 3. Até 50% terão um ou mais episódios de infeção renal durante a sua vida. (pág. 1852, col. 1, par. 1, lin. 4) 4. Dor nas costas ou no flanco ocorre em ~60% dos doentes. (pág. 1851, col. 2, par. 3, lin. 7) 5. A frequência de carcinoma de células renais não está aumentada em relação à população geral. (pág. 1852, col. 1, par. 1, lin. 15)

COIMBRA 2016 97. A propósito do tratamento das principais formas de microangiopatia trombótica, como a síndrome hemolítica-urémica (SHU) e púrpura trombocitopénica trombótica (PTT), indica a afirmação​ VERDADEIRA. 1. Os inibidores da motilidade intestinal ​têm impacto benéfico no tratamento da SHU por E. coli entero-hemorrágica​. (pág. 1864, col. 1, par. 3, lin. 13) aumentam a incidência de SHU nas crianças 2. A troca de plasma com administração de vincristina e rituximab podem ser eficazes em casos refratários de PTT clássica. ​(pág. 1864, col. 1, par. 3, lin. 4) 3. Em casos graves de SHU neuraminidase, as transfusões depletadas em ​IgG​ podem estar aconselhadas. (pág. 1864, col. 1, par. 3, lin. 21) IgM 4. À semelhança​ da restante antibioterapia, a utilização de azitromicina ​não é útil em doentes com SHU disenteria​. (pág. 1864, col. 1, par. 3, lin. 13) Ao contrário; diminui a duração da eliminação bacteriana em adultos 5. As causas farmacológicas de PTT mediada por dano endotelial (e não mediadas por anticorpos), como a utilização de quimioterápicos, ​respondem​ à plasmaferese. (pág. 1864, col. 1, par. 3, lin. 9) não respondem 98. A propósito das principais formas de doença tubulointersticial aguda, assinale a​ FALSA: 1. Apesar de acelerarem a recuperação da função renal na nefrite intersticial alérgica, os corticoides não parecem ter impacto sobre a sobrevida renal a longo prazo. (pág. 1857, col. 1, par. 4, lin. 4) 2. A disfunção renal em contexto de infiltração linfomatosa do rim ​não responde​ à terapia com corticoides e quimioterapia. ​(pág. 1859, col. 2, par. 2, lin. 5) responde, mas o prognóstico é mau 3. Antes de iniciar terapia corticoide na nefrite intersticial granulomatosa deve ser excluída tuberculose como causa. (pág. 1858, col. 2, par. 1, lin. 1) 4. As nefropatias associadas a cilindros de cadeias leves geralmente ocorrem em contexto de mieloma múltiplo com grande carga plasmocitária. (pág. 1859, col. 1, par. 3, lin. 6) 5. Na nefrite intersticial associada a uveíte, os sintomas oculares precedem ou acompanham a doença renal em apenas 33% dos casos. (pág. 1858, col. 1, par. 1, lin. 1) 99. Sobre a nefrolitíase, assinale a afirmação​ FALSA: 1. A ​baixa​ ingestão de sacarose aumenta a excreção de cálcio independentemente da ingestão de cálcio. ​(pág. 1867, col. 1, par. 7, lin. 5) elevada 2. O uso de suplementos de cálcio pode aumentar o risco de formação de cálculos. (pág. 1867, col. 1, par. 5, lin. 1) 3. A maioria dos cálculos de oxalato de cálcio crescem em estruturas denominadas Placas de Randall. (pág. 1866, col. 2, par. 7, lin. 6) 4. A nível analítico, o estudo revela-se frequentemente normal. (pág. 1868, col. 2, par. 3, lin. 1) 5. Bifosfonatos não podem ser recomendados para a prevenção da nefrolitíase. (pág. 1870, col. 1, par. 7, lin. 6) 100. Em relação à obstrução do trato urinário (OTU), assinale a opção​ FALSA: 1. Defeitos funcionais não estão associados a uma oclusão fixa do sistema de drenagem urinário. (pág. 1871, col. 2, par. 2, lin. 1) 2. Anemia​ é uma complicação rara da uropatia obstrutiva e é secundária a uma menor produção de eritropoetina. ​(pág. 1873, col. 1, par. 1, lin. 8) Eritrocitose 3. Amplas flutuações no débito urinário num doente com azotemia, devem sempre levantar a possibilidade de OTU intermitente ou parcial. (pág. 1872, col. 2, par. 6, lin. 1) 4. Refluxo vesicoureteral, na ausência de infeção do trato urinário ou obstrução do colo vesical, frequentemente resolve-se com a idade. (pág. 1871, col. 2, par. 3, lin. 4) 5. O alívio de uma obstrução bilateral, mas não unilateral, completa, resulta frequentemente em poliúria, que pode ser maciça. (pág. 1874, col. 2, par. 1, lin. 1)

COIMBRA 2016 CHAVE 1. 1 21. 1 41. 5 61. 4 81. 4 2. 4 22. 3 42. 5 62. 3 82. 5 3. 4 23. 3 43. 1 63. 5 83. 4 4. 2 24. 4 44. 3 64. 5 84. 5 5. 4 25. 5 45. 3 65. 1 85. 3 6. 3 26. 5 46. 4 66. 2 86. 3 7. 3 27. 1 47. 4 67. 4 87. 5 8. 5 28. 5 48. 2 68. 2 88. 5 9. 5 29. 5 49. 5 69. 4 89. 4 10. 2 30. 2 50. 3 70. 1 90. 4 11. 5 31. 3 51. 1 71. 2 91. 2 12. 2 32. 4 52. 4 72. 3 92. 1 13. 5 33. 2 53. 2 73. 3 93. 3 14. 4 34. 4 54. 4 74. 2 94. 1 15. 2 35. 4 55. 5 75. 3 95. 3 16. 3 36. 2 56. 1 76. 5 96. 1 17. 1 37. 3 57. 1 77. 1 97. 2 18. 3 38. 1 58. 2 78. 4 98. 2 19. 1 39. 2 59. 3 79. 1 99. 1 20. 1 40. 1 60. 2 80. 5 100. 2


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