Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore Imortalidade e Reencarnação da Alma (excerto)

Imortalidade e Reencarnação da Alma (excerto)

Published by D'Almeida ©, 2017-06-20 05:30:50

Description: Editor: Apeiron Edições © * Autor: Gabriel Delanne © * Paginação e arte final: D'Almeida Ateliê * Capa: Gabriela Marques da Costa © * Tipografia de capa: D'Almeida Ateliê

Keywords: gabriela marques da costa,ilustrações para livros,capas de livros,reencarnação da alma,gabriel delanne,apeiron edições

Search

Read the Text Version

IMORTALIDADE e REENCARNAÇÃOda

TítuloImortalidade e Reencarnação da Alma– provas científicas das vidas anteriores –Título originalL'Immortalité et la RéincarnationAutorGabriel DelanneTradutorEduardo AmaranteCoordenação e revisãoDulce Leal AbaladaGrafismo, Paginação e Arte finalDiv'Almeida Atelier Gráficowww.divalmeida.comIlustração e Técnica da capaGabriela Marques da CostaArte Digital / Assemblage DigitalA Vida após a Vida – 2010gabriela.marques.costa@gmail.comwww.gabrielamarquescosta.wordpress.comwww.facebook.com/home.php?#!/pages/Gabriela-Marques-da-Costa/134735599901538+351 915960299Impressão e AcabamentoEspaço Gráfico, Lda.www.espacografico.ptDistribuiçãoG.C.E. – SodilivrosGrupo Coimbra Editora, [email protected]ª edição – Outubro 2010ISBN 978-989-8447-01-2Depósito Legal nº 317127/10©Apeiron EdiçõesReservados todos os direitos de reprodução, total ou parcial, porqualquer meio, seja mecânico, electrónico ou fotográficosem a prévia autorização do editor.Projecto Apeiron, [email protected]

Gabriel Delanne IMORTALIDADE e REENCARNAÇÃOda provas científicas das vidas anteriores apeiron edições



Imortalidade e Reencarnação da AlmaA LINGUAGEM SIMBÓLICA DAS ILUSTRAÇÕES DE IMORTALIDADE E REENCARNAÇÃO DA ALMA Desta pintura salta-nos à vista um conjun- to de imagens que nos confunde. Um rosto delineado na forma de um macaco (babuí- no?) ou de um lobo com olhos hipnóticos se- mi-humanos, representa simbolicamente a passagem da alma do reino animal para o reino humano nas suas formas mais pri- mitivas: a tribal. Daí a representação do ín- digena (na contracapa) na sua fase primá- ria com a ocultação de uma face, sinal das suas futuras e desconhecidas reencarna- ções para cumprir o seu destino evolutivo no género humano. Os olhos conferem o ca- rácter misterioso próprio do homem, con-Pintura de Gabriela Marques da Costa firmando a máxima de que os olhos são o Capa e Contracapa espelho da alma. No centro da fronte en- contramos um sinal de onde irradia luz de tonalidades diáfanas e belas que se espa- lham ao redor do rosto. Muitos se lem- brarão desta marca na fronte dos indianos, o tilak, símbolo do olho espiritual ou do terceiro olho ou visão, se bem que nas mu- lheres indianas, este tilak, mais conhecido como bindi, é utilizado como adorno. To- davia, neste caso esta forma estilizada, co- mo que de um embrião, pretende comu- nicar-nos o carácter atemporal de uma ver- dade dos inícios da Humanidade: o centro e a união entre o Macroscosmos (o Universo) de onde viemos – daí as pinturas se enqua- drarem num plano de fundo negro compontos estelares a indicarem este aspecto –, e o Microscosmos (o homem,como extensão em miniatura do universo) onde nos encontramos e pro-curamos responder às grandes questões que marcam o percurso do nossodestino. As linhas que desse ponto se libertam em luzes multicolorespoderão ter vários significados, desde as linhas com que o mendhi capta 7Apeiron Edições |

Gabriel Delannee desenha o destino de cada um, a partir do espaço que nos rodeia, até aodesenvolvimento do nosso processo evolutivo com a activação progressivae consciente do poder do chacra frontal com cores rosadas, com muitoamarelo e azul púrpura culminando no último chacra refulgente, no altoda cabeça, em forma de leque abundante e multicolor de vibrações. Apresença de um anel luminoso à volta da Terra induz a filiação estreita erecíproca entre os vários estados evolutivos da Vida que originou o ho-mem, e a evolução própria do planeta que nos acolheu e nos acompanhadesde há milhões de anos como portal de realização mútua de dois des-tinos diferentes, mas complementares. A luz branca saliente na auréolado planeta, em cima da cabeça, simboliza a realização de ambos (Terra eHomem) no Grande Plano Divino.8 | Apeiron Edições

Imortalidade e Reencarnação da AlmaÍNDICEPREÂMBULO À OBRA – RAÍZES PROFUNDAS DA 15EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS. AS TRADIÇÕESANTIGAS E MODERNAS 23INTRODUÇÃO 28CAPÍTULO I – REVISÃO HISTÓRICA SOBRE A 28TEORIA DAS VIDAS SUCESSIVAS 29 31 1. A Antiguidade da crença nas vidas sucessivas 32 A Índia 34 34 2. A Pérsia e a Grécia 35 3. A Escola Neoplatónica 35 4. A Judeia 38 5. Os Romanos 6. O Druidismo 41 7. A Idade Média 42 8. Os Tempos Modernos 46 9. O Inquérito de Calderone 49CAPÍTULO II – AS BASES CIENTÍFICAS DA 57REENCARNAÇÃO. AS PROPRIEDADES DO 61CORPO ASTRAL 64 1. A aparição dos vivos 2. As aparições dos defuntos 68 3. As aparições provocadas 68 4. As experiências no Instituto Metapsíquico Internacional 5. A necessidade lógica da existência do corpo astral 6. Onde e como o corpo astral pode adquirir as suas propriedades funcionaisCAPÍTULO III – A ALMA ANIMAL. EXPOSIÇÃO DAUNIDADE DAS LEIS DA VIDA EM TODA AESCALA ORGÂNICA 1. A necessidade da encarnação terrestre 9Apeiron Edições |

Gabriel Delanne 2. A evolução animal 69 3. A formação e o desenvolvimento gradual do 73 Espírito 4. A passagem do Princípio Inteligente pela série 74 animal 77 77CAPÍTULO IV – A INTELIGÊNCIA ANIMAL 82 1. Os cavalos que fazem cálculo 87 2. O cão Rolf 91 3. Lola 4. Zou 92 98CAPÍTULO V – AS FACULDADES SUPRANORMAISDOS ANIMAIS E O SEU PRINCÍPIO INDIVIDUAL 99 1. Um caso provável de clarividência 99 2. Fantasmas percebidos colectivamente pelos 100 102 humanos e pelos animais 103 3. Visões de fantasmas humanos longe de qualquer 106 107 coincidência telepática e percebidos colectivamente pelos homens e pelos animais 108 4. Visual com precedência do animal sobre o homem 110 5. A aparição de Palladia, visual, auditiva, colectiva 111 6. Lugares assombrados 114 7. Da sobrevivência dos animais 114 8. A aparição de um cão 116 9. Visão de fantasmas animais produzida fora de qualquer coincidência telepática e percebida 120 colectivamente por animais e homens 120 10.Um cão fantasma 126 11.O cão risonho 12.A Aparição de animais em sessões experimentais 13.As Materializações visíveis de formas de animais 14.Os NœviCAPÍTULO VI – A MEMÓRIA INTEGRAL 1. A memória integral 2. Outros exemplos de ecmnésia10 | Apeiron Edições

Imortalidade e Reencarnação da Alma 3. História de Luís V. 131 4. A memória latente 133 5. A visão da bola de cristal 136 6. Criptomnésia 137CAPÍTULO VII – AS EXPERIÊNCIAS 139DA LEMBRANÇA 146 1. Estudo sobre as sessões em que se produzem 148 pretensas revelações sobre as vidas anteriores do 151 paciente ou dos assistentes 154 155 2. Revelação imprevista 156 3. Romance subliminal ou reminiscência 157 4. A reencarnação na Inglaterra 162 5. A reencarnação pode ser provada? 164 6. As vidas sucessivas 7. A médium Helena Smith 166 8. Despertar do passado durante o transe 167 9. Uma lembrança do passado 168 10.Extracto da Conferência sobre a Reencarnação 170 feita no Congresso Espírita de Liège, em 28 de 170 Agosto de 1928, pelo Dr. Torres 174 11.Uma expiação 175 12.Resumo 176 178CAPÍTULO VIII – A HEREDITARIEDADE E ASCRIANÇAS PRODÍGIO 181 181 1. As crianças prodígio 2. Os músicos 185 3. Os pintores 4. Os sábios, os literatos e os poetas 5. Os calculadoresCAPÍTULO IX – ESTUDOS SOBRE AREMINISCÊNCIA 1. O sentimento do déjà vu (do já visto) 2. Visões de lugares desconhecidos durante o sono da pessoa11Apeiron Edições |

Gabriel Delanne 3. As aparições do Espírito dos vivos 186 4. Reminiscências prováveis das crianças 190 5. A menina que fala um idioma onde se encontram 190 palavras em francês 6. Reminiscências que parecem provocadas pela visão 195 195 de certos lugares 196 7. Visões retrospectivas 197 8. Um clérigo 198 9. Curiosa coincidência 10.Reminiscência ou clarividência 205 210CAPÍTULO X – AS RECORDAÇÕES DAS 213VIDAS ANTERIORES 217 1. O despertar das recordações 218 2. O caso de Laura Raynaud 218 2.1. O que a Sra. Raynaud disse em 1911 220 a Durville 221 2.2. O testemunho da princesa Fazyl 2.3. Como a Sra. Raynaud encontrou a sua casa 221 2.4. Em Génova é encontrada a certidão de óbito 230 que era da Sra. Raynaud 2.5. Extracto da certidão de óbito na Paróquia de S. 249 Francisco de Álvaro em Génova 256 2.6. Uma paciente do Dr. Durville, a Sra. D'Elphes, 263 278 completa as provas dadas pela Sra. RaynaudCAPÍTULO XI – OUTROS FACTOS QUE IMPLICAMA RECORDAÇÃO DAS VIDAS ANTERIORESCAPÍTULO XII – OS CASOS DE REENCARNAÇÃOANUNCIADOS ANTECIPADAMENTE 1. Reencarnações anunciadas nas sessões espíritas. Um caso quase pessoal 2. As filhas gémeas do Dr. Samona 3. Alguns reparos12 | Apeiron Edições

Imortalidade e Reencarnação da AlmaCAPÍTULO XIII – OBSERVAÇÃO DO CONJUNTO 280DE ARGUMENTOS QUE MILITAM A FAVOR 281DA REENCARNAÇÃO 282 1. A alma é um ser transcendental 284 2. O corpo astral e as suas propriedades 286 3. Onde e como o corpo astral pôde adquirir as 289 290 suas propriedades? 291 4. A reencarnação humana e a memória integral 293 5. A hereditariedade e as crianças prodígio 6. As reminiscências 295 7. As verdadeiras lembranças das vidas anteriores 298 8. Avisos de futuras reencarnações 299 299CAPÍTULO XIV – CONCLUSÃO 300 1. O esquecimento do passado 2. O problema da existência do mal 3. O progresso 4. Consequências morais13Apeiron Edições |



Imortalidade e Reencarnação da Alma PREÂMBULO À OBRA RAÍZES PROFUNDAS DA EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS AS TRADIÇÕES ANTIGAS E MODERNAS Muitos de nós pensam que o início e o fim da vida terrestre, o nasci-mento e a morte, fecham o ciclo humano, ou seja, tudo acaba com o úl-timo suspiro. Mas será assim que acontece? Segundo Max Müller as maiores individualidades da humanidadeadmitiram a reencarnação. E assim é. Senão vejamos. A teoria da imortalidade e reencarnação da alma foi há muitos sé-culos um dos princípios fundamentais de todas as grandes religiões, ex-cepção ao Islamismo e ao Cristianismo. Ainda que este último tenha tidooriginariamente esta concepção, o facto é que esta doutrina filosófica se-creta apenas era transmitida a poucos, aos que a podiam compreender.Ao vulgo, ou aos não iniciados, apenas era transmitido o ensinamentomoral, e a consequência disto levou a uma perda da sua dimensão es-piritual. A razão por que a Igreja perdeu esta referência, a lei da imortalidadee da reencarnação, foi devido a uma maioria ignorante que venceu numdos seus concílios os doutores que sustentavam o Gnosticismo. Fazendo féno que nos diz a Bíblia, sobretudo em Mateus 16, 13-14, S. Marcos 8, 27--28 e S. Lucas 9, 18-19, esta doutrina não é de todo desconhecida pelomestre do Cristianismo, Jesus, que bastas vezes intercalava os seus dis-cípulos com perguntas e respostas sobre esta verdade. Desde aproxima-damente o século VI que a Igreja perdeu de vista as doutrinas que sus-tentavam a existência imortal do homem e a reencarnação das almas.Esta situação foi consequência da decadência intelectual e moral queassolou a Europa aquando das invasões bárbaras, mergulhando a hu-manidade no longo sono da Idade das Trevas. Com a civilidade destesbárbaros esta verdade, de que a primitiva Religião Cristã era defensora,ficou enterrada no tempo. Recuando a tempos antigos verificamos que era corrente a ideia daimortalidade e a reencarnação do homem entre as tribos aborígenes docontinente americano, os quase extintos Peles Vermelhas. Do Alasca aoPeru, entre esquimós, indígenas (da Austrália e ilhas da Oceânia), e es- 15Apeiron Edições |

Gabriel Delannepecialmente entre os incas esta crença era transmitida pelos sacerdotesaos membros das tribos que a aceitavam e respeitavam. Na Antiguidade vários pensadores falaram a respeito da crençaimortal da alma e do seu retorno. Nesta época era comum os filósofosexplicarem as respostas dos oráculos – como foram os casos do deTrepózia, de Amon, de Delfos, de Dodona – a partir da intervenção dosespíritos. Segundo Filostrato, Apolónio de Tiana teria passado sete dias nacaverna de Trofónio (arquitecto, construtor do oráculo de Delfos) onde ooráculo lhe ditou um livro inteiro. Vespasiano consultava o de Pafos, nailha de Chipre; Trajano o de Heliópolis na Síria e Juliano o de Delos (ailha mais pequena de todas as ilhas do Egeu). Lucano, Tácito, Filostratoevocavam os mortos. Sócrates, Apolónio de Tiana, Fílon e Plotino, tinhamos seus espíritos familiares com quem comunicavam directamente. Por-fírio afirmava que o seu génio tutelar era de uma hierarquia elevada. Segundo os testemunhos dos alexandrinos, um dos principais conse-lheiros de Juliano, Jâmblico, era famoso na ciência dos demónios e dosdeuses, isto é, na arte de invocar os espíritos. Os principais padres daigreja primitiva, Clemente de Alexandria, Orígenes e S. Gregório de Nisae tantos outros vultos eminentes evocavam-nos. Inclusivamente Oríge-nes, um dos mais sábios doutores da Igreja primitiva, dizia que a cadaum de nós é dada a existência num corpo no qual recebemos a re-compensa, ou não, dos procedimentos anteriores. Cícero conta que Ápio comunicava frequentemente com os espíritos e,segundo Plínio, o antigo, ele evocou o espírito de Homero para se in-formar da sua pátria e família. Pausânias, à semelhança de muitos pen-sadores gregos e latinos, evocava os mortos e Periandro, um dos setesábios da Grécia, falava com o espírito da sua mulher. Os platónicos, ospitagóricos e os estóicos comunicavam com os espíritos. Alguns papas daIgreja Romana como Bento IX, Gregório VI e Gregório VII também da-vam especial dedicação a esta comunicação. Flavius Josephus (judeu romanizado, autor das Antiguidades Ju-daicas – 37-95 a.C.) na Guerra dos Judeus fala-nos da doutrina dareencarnação adiantando, inclusivamente, que era uma ideia vulgar en-tre o povo. Entre os Romanos era conhecida e mencionada pelos seuspoetas e na Grécia vários eram os filósofos que a defendiam: Homero;Tales de Mileto que não admitia seres mortos; Pitágoras que falava dassuas anteriores existências; Empédocles que contava lembrar-se de ter16 | Apeiron Edições

Imortalidade e Reencarnação da Almasido rapaz e rapariga; Virgílio que a defendia como um facto; Juliano, oapóstata, lembrava-se de ter sido Alexandre da Macedónia, etc. Na antiga religião do Egipto também vamos encontrar esta doutrina,se bem que de forma diferente: o macrocosmos era um ser comparável aomicrocosmos humano. Posteriormente, em Alexandria, os neoplatónicos eos gnósticos também se vão debruçar sobre esta doutrina. Os povos nór-dicos contam-na nas suas sagas ou lendas e os gauleses difundiram-nanos seus mitos. Entre os Druidas fazia parte das tradições místicas eainda hoje perdura nos povos de origem celta da Irlanda e da Bretanha acrença do regresso das almas à vida. Lucano (39-65 d.C., poeta romano) fala de uma mágica da Tessáliaem que Erato, a Amável (musa da poesia lírica e uma das nove musas damitologia grega, filha de Zeus e de Mnemosine que personifica a me-mória),”fazia entrar as almas no seu corpo” e foi por ela que Sexto Pom-peu soube do desfecho da rivalidade entre seu pai e César. Do mesmomodo, Dante atribui à mesma musa Erato a evocação da alma de Virgíliopouco depois de este ter morrido. Orfeu também evocou o espírito deEurídice. Ulisses interroga o espírito do adivinho Tirésias, o de sua mãe eoutros, por intermédio de Circe. Eneias desce aos infernos para consultara sombra (o fantasma) de Anquises. Saul visita a pitonisa do Endor parafalar com Samuel. O livro escrito por Hermas – escritor cristão e Padre da Igreja – oLivro do Pastor (escrito entre 88 e 97 d.C. ) contém instruções precisas emuito claras a serem seguidas nas reuniões dos primeiros cristãos, quenão deixam de ser muito semelhantes às actuais sessões de espiritismo. Nesse sentido S. Justino apresenta como argumento decisivo em prolda imortalidade da alma a possibilidade de se poder evocar os mortos. S.Irineu e Tertuliano afirmam a realidade destes fenómenos e o próprio S.Jerónimo pronuncia-se também a favor da possível comunicação com osmortos. Do mesmo modo pensa S. Tomás de Aquino. Na Idade Média vamos encontrar afamados nomes que defenderam aimortalidade da alma e a comunicação com o além. É o caso de RogerBacon, acusado de magia; Giordano Bruno, que acreditava nesta dou-trina e por isso foi queimado como sendo herético; Joana d‟Arc, acusada equeimada por ouvir vozes misteriosas. Na época moderna do pensamento encontramos Kant que escreve umlivro, pouco comum nos meios filosóficos, Sonhos de um vidente de es-píritos explicados pelos sonhos da Metafísica, relacionado com a doutrinaque posteriormente nasceu em França nos meados do século XIX. No 17Apeiron Edições |

Gabriel Delannecampo das artes verificamos que o teatro de Shakespeare é povoado defantasmas: Hamlet e Macbeth disso são testemunho; a obra Fausto deGoethe, poema esotérico inspirado nos prodígios de um taumaturgo doséculo XV; Lessing, Victor Hugo, Lamartine, Tolstoi, etc. não tiveramqualquer problema em afirmar nas suas obras a realidade do mundo in-visível e a sua contínua acção no mundo visível. Mas foi sem dúvida na Índia que esta doutrina mais alcançou popu-laridade e ainda hoje exerce a sua maior influência. No mundo civilizado a doutrina da Imortalidade e Reencarnação daalma tomou novos contornos quando no século XIX surgiu o espiritismo (ocontacto com os mortos) com o francês Hippolyte Léon Denizard Rivail(Alan Kardec). Esta corrente apenas actualiza uma prática comum, masesquecida, dos antigos anais religiosos, dos antigos santuários, das crip-tas dos Himalaias aos hipogeus egípcios, das catacumbas de Roma que acomunicação com os mortos era a base de toda a liturgia. Inclusive os ma-gos caldeus (como em épocas mais recentes com os cátaros) que levavamuma vida de pureza de oração a fim de poderem comunicar com os es-píritos de uma elevada hierarquia. Os druidas evocavam os espíritos nasflorestas: os elementais da natureza. Em épocas mais recentes encontramos mencionada a reencarnaçãoem autores como Goethe, Fichte, Schelling, Lessing, Kipling e o empiristaDavid Hume refere que a Doutrina da Reencarnação representava o úni-co aspecto sob o que o filósofo podia ocupar-se da Imortalidade da Alma. Foi então que alguns cientistas aceitaram em estudar os fenómenospensando poderem desmascarar qualquer indício de fraude ou supers-tição. Neste contexto surge Reencarnação e Imortalidade – Provas Cientí-ficas das Vidas Anteriores de Gabriel Delanne. Caracteriza-se por sedesenvolver em torno das experiências realizadas pelo autor nos iníciosdo século XX através do método da hipnose. A sua pesquisa incide sobrecasos de fantasmagoria, aparições ou visões no leito da morte, teste-munhos sobre a continuidade da personalidade após a morte (no sentidode a pessoa manter a sua forma de ser), do registo de memória quealgumas crianças tinham das suas vidas passadas, o mesmo acontecendoem adultos, e que o autor comprova indo ao local indicado, identificando acasa e os familiares, etc. Actualmente, estas concepções já são bem acei-tes no meio científico. Um caso singular é o de Ian P. Stevenson (1918--2007), médico psiquiatra canadiano que ao pesquisar também nesta áreachega às mesmas conclusões de Delanne, porém, sem recorrer ao método18 | Apeiron Edições

Imortalidade e Reencarnação da Almahipnótico, pois os casos que analisava eram com crianças entre os dois eos quatro anos – que guardavam lembranças muito precisas e claras domodo como morreram, sobretudo quando a morte ocorria de forma vio-lenta –, uma vez que as recordações atenuavam-se e desapareciam nasidades mais tardias. Mas o que ficou foram os seus testemunhos, os re-gistos médicos que continham elementos e evidências físicas (como defei-tos de nascimento, sinais de nascença, etc.) que reforçavam a teoria dareencarnação. Inclusive, o astrofísico e bem conhecido homem de ciênciaCarl Sagan afirmou que o trabalho de Ian era um dos poucos estudos, naárea do paranormal, que merecia ser investigado. Que esta obra contribua de modo a conferir à doutrina da Imorta-lidade e da Reencarnação da Alma uma base indestrutível demonstrando,por conseguinte, que é uma parte importante na Grande Lei da Criaçãoao realizar a reeducação e a evolução das almas ao longo do seu caminhoevolutivo. O editor 19Apeiron Edições |



Imortalidade e Reencarnação da Alma “Bem depressa, e o tempo é próximo, se chegará a demonstrar que a alma humana pode viver, desde esta existência terrena, em comunicação estreita e indissolúvel com as entidades imateriais do mundo dos Espíritos. Será compreendido e demonstrado que este mundo age, sem dúvida, sobre o nosso e comunica-lhe influências profundas de que o homem actual não tem consciência, mas que mais tarde reconhecerá. Aqueles que gratuitamente se dão o nome e o realce de sábios riem-se detudo o que, inexplicável para o sábio como para o ignorante, coloca ambos ao mesmo nível. É o que faz com que as histórias de fantasmas sejam escutadas e bem acolhidas na intimidade, mas impiedosamente condenadas em público.” Kant “Se numa discussão, um dos muitos que gostaria de saber tudo, mas se recusa a aprender qualquer coisa, perguntar-nos a respeito da continuação da vida após a morte, a resposta mais adequada e mais correcta é: „Após a morte você será o que era antes de nascer.‟” Artur Schopenhauer 21Apeiron Edições |



Imortalidade e Reencarnação da Alma INTRODUÇÃO A imortalidade – disse Pascal – interessa-nos a tal ponto, e toca-nostão profundamente, que é preciso ter perdido todo o senso comum paraficar indiferente ao seu conhecimento. A necessidade de perscrutar o nosso destino tem sido a preocupaçãode inúmeras gerações, pois as grandes revoluções que transformaram associedades foram feitas por chefes religiosos. Entretanto, nos nossos diasreina a incerteza na maioria dos nossos contemporâneos, a respeito detão importante assunto, porque a Religião perdeu grande parte da suaautoridade moral e viu diminuir o seu poder sugestivo. Com os filósofos espiritualistas, a alma, ávida de verdade, erra, ató-nita, nos obscuros labirintos de uma metafísica abstracta, muitas vezescontraditória e por vezes incompreensível. O último século foi notável pelo extraordinário desenvolvimento daspesquisas psíquicas em todos os ramos da Ciência. Os novos conheci-mentos que adquirimos revolucionaram as nossas condições de existênciae melhoraram a nossa vida material, em proporções que pareceriam in-verosímeis aos nossos antepassados. Contudo, acusou-se a Ciência de teriludido todas as nossas esperanças porque, se ela triunfa no domínio damatéria, fica voluntariamente alheia ao que mais nos importa saber, istoé, se temos, por um lado, uma alma imortal e, em caso afirmativo, em quese tornará ela depois da morte e, por outro lado, se a alma existe antes donascimento. As descobertas da Astronomia, da Geologia e da Antropologia levan-taram o véu sobre as nossas origens e, à luz dessas grandiosas revelaçõesnaturais, as ficções religiosas sobre a origem da Terra e do homemdesvaneceram-se, como aconteceu com as lendas, face à História. Por ou-tro lado, a crítica intensa dos exegetas retirou à Bíblia o seu carácter derevelação divina, de modo que muitos espíritos sinceros recusam subme-ter-se, neste momento, à sua autoridade. Essa ruína da fé resulta tam-bém do antagonismo que existe entre o ensino religioso e a Razão. Asantigas concepções do Céu e do Inferno caducaram, porque já não secompreende a eternidade do sofrimento como punição de uma existênciaque, em relação à imensidade do tempo, é menos de um segundo, assimcomo não se concebe a felicidade ociosa e beata, cuja eterna monotoniaseria um verdadeiro suplício. 23Apeiron Edições |

Gabriel Delanne Para trazer uma nova luz a tão controverso assunto, como o da exis-tência da alma, é preciso pôr de parte, resolutamente, o terreno das es-téreis discussões filosóficas que, na maioria dos casos, chegam apenas asoluções contraditórias, e recorrer, então, à observação e à experiência. A alma existe substancialmente. Se é, de facto, diferente do corpo,deve ser possível encontrar, nas suas manifestações, provas da sua in-dependência em relação ao organismo. Ora, essas provas existem e é fácilficarmos convencidos, se estudarmos imparcialmente os factos hoje clas-sificados sob as denominações de clarividência, telepatia, premonição, ex-teriorização da sensibilidade ou da motricidade e desdobramento do serhumano. Durante muito tempo, a Ciência permaneceu céptica em relação aosfenómenos em que não acreditava, e foram necessários esforços perseve-rantes dos espíritas, há mais de 70 anos, para orientar, em tão recentesvias, os pesquisadores independentes. Soou, por fim, a hora da justiça,quando o Prof. Charles Richet depôs na mesa dos trabalhos da Academiadas Ciências, no mês de Março de 1922, o seu Tratado de Metapsíquica,que é um reconhecimento formal da indiscutível realidade dos fenómenosde que falámos mais acima. Se o célebre fisiologista se conserva, ainda,numa posição oposta à teoria espírita dos factos, é apenas timidamenteque combate essa explicação. Muitos sábios ilustres não tiveram taisescrúpulos, visto Crookes, Alfred Russel Wallace, Myers, Sir OliverLodge, Lombroso e tantos outros aceitarem, plenamente, a teoria espíritapara explicar os mesmos factos, que é a única que a eles se poderá adap-tar. A Sociedade Inglesa de Pesquisas Psíquicas, composta por homens deciência de primeira grandeza e de psicólogos eminentes, tem feito, desde1882, milhares de observações, tem instituído experiências inquestioná-veis e, graças à vulgarização dos processos hipnóticos, o público letradocomeça a familiarizar-se com esses casos, que revelam em nós a presençada alma humana. Não basta, porém, afirmar que o ser pensante é umarealidade; é necessário também provar que a sua individualidade sobre-vive à morte. Os espíritas responderam a essa expectativa, mostrando que as re-lações entre os vivos e os mortos realizam-se sob formas diversificadas deescrita, de tiptologia1, de vidência, de audição, etc. Eles empregam a foto-grafia, a balança, as impressões e as moldagens para estabelecer a objec-1 Nota do Tradutor – Do grego túpto, bater + logia (estudo) que significa a comunicação dos espíritos pormeio de pancadas (In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).24 | Apeiron Edições

Imortalidade e Reencarnação da Almatividade dos fantasmas, que aparecem nas sessões de materialização, e acorporeidade temporária dessas aparições é irrecusável, desde que todosaqueles documentos subsistam após os fantasmas se terem desvanecido.As objecções de fraudes, alucinações e outras foram refutadas perante asreiteradas investigações empreendidas em todo o mundo pelos sábiosmais qualificados. E, face à quantidade de provas acumuladas, pode-se,agora, afirmar que a materialidade dos factos já não é mais contestável. Temos como irrefutável que a alma humana possui uma existênciadurante a vida, que sobrevive à desagregação do corpo e que leva para oAlém as faculdades e os poderes que possuía aqui. Impõe-se, agora, saberse ela existe antes do nascimento e quais as provas que são possíveis dereunir para apoiar a teoria da preexistência. Elas são de duas espécies:  Os argumentos filosóficos;  As observações científicas. Examinemos, rapidamente, então, estes dois aspectos da questão. Acrença na pluralidade das existências foi admitida pelos espíritos maiseminentes da Antiguidade, a princípio, sob formas um tanto obscuras,mas, com o tempo, foram sendo interpretadas de modo mais compre-ensível. A partir do momento em que o Cristianismo2 repeliu tal teoria, oshomens familiarizaram-se pouco com essa ideia eminentemente racional.Veremos que há argumentos irresistíveis a seu favor, se quisermos con-ciliar as desigualdades intelectuais e morais que existem entre os ho-mens, com uma justiça imanente. Se admitirmos que a alma do homemnão vem à Terra pela primeira vez, que a sua aparição não é súbita,seremos levados a supor, remontando até à origem da Humanidade, queela passou, anteriormente, pelo reino animal, que o percorreu todo, desdea origem da vida no Globo. Veremos que as descobertas da Ciência apoi-am fortemente essa opinião, porque é possível verificar, pela filiação dosseres vivos, uma correlação progressivamente crescente entre os organis-mos materiais e as formas cada vez mais desenvolvidas das faculdadespsíquicas. É nesse momento que fazemos intervir as experiências do Espiri-tismo, buscando dar a essa teoria filosófica uma base experimental, ouseja, procurando fazê-la entrar na Ciência. Eis, ligeiramente resumidos,os pontos mais notáveis dessa demonstração.2 N. do. T. – Após o Concílio de Niceia, em 325 d.C.. Até lá, a reencarnação era crença comum entre oscristãos. 25Apeiron Edições |

Gabriel Delanne A experiência mostra-nos que a alma é inseparável de um corpo fluí-dico, chamado corpo astral. Esse invólucro contém em si todas as leis quepresidem à organização e manutenção do corpo material e, ao mesmotempo, são as que regem o funcionamento psicológico do Espírito. As manifestações dos espíritos fazem ver, objectivamente, esse poderformador e plástico, e fazem-nos supor que aquilo que sucede, momen-tânea e anormalmente, numa sessão espírita, produz-se, lenta e natural-mente, no instante do nascimento. Desde então, cada ser traz consigo opoder de desenvolvimento, e só a forma, isto é, o tipo estrutural interno eexterno é modificado pelas leis da hereditariedade, que lhe podemperturbar, mais ou menos, o funcionamento. Tentei um esboço dessa de-monstração há 30 anos, no meu livro A Evolução Anímica, e numa me-mória apresentada em 1898 ao Congresso Espiritualista de Londres. Seos factos precedentes forem exactos, deveremos encontrar na série animalos mesmos fenómenos que no ser humano e poderemos estudá-los experi-mentalmente. Exporei as provas fisiológicas e psicológicas que possuímosa esse respeito e ver-se-á que, se os documentos ainda não são em nú-mero suficiente para impor uma convicção absoluta, possuem, no en-tanto, bastante valor para obrigar-nos a tê-los em grande conta. Umaoutra série de argumentos poderá ser retirada do testemunho dos es-píritos, e terei o máximo cuidado em não esquecer essa fonte de informa-ções, fazendo as necessárias reservas sobre o valor que devemos atribuiràs afirmações dessa natureza. Existem, com efeito, divergências assaz notórias sobre este ponto,entre os espíritos que se manifestam nas diferentes partes do mundo. Osseres desencarnados dos países latinos ensinam, quase unanimemente,as vidas sucessivas; graças a eles Allan Kardec adoptou esta teoria queanteriormente se opunha. Nos países saxónios, pelo contrário, a maioriados espíritos rejeita essa hipótese. Não nos espantemos com esse desa-cordo, porque, assim no Espaço como na Terra, as opiniões sobre as gran-des leis da Natureza estão divididas, e entre os espíritos, como entre nós,não são os mais instruídos, ou os mais evoluídos, que acabam por de-monstrar o bom fundamento das suas ideias. Verifica-se, agora, que a reencarnação vem sendo admitida por gran-de número de espíritos, na Inglaterra e nos Estados Unidos, e daí con-cluirmos que essa teoria foi outrora posta de lado pelos guias espirituais,para não chocar rudemente as crenças antigas e comprometer, por isso, odesenvolvimento do espiritismo.26 | Apeiron Edições

Imortalidade e Reencarnação da Alma Hoje, cada vez mais a teoria das vidas sucessivas ganha terreno. Po-de-se encontrar nas comunicações espíritas duas espécies de provas dareencarnação:  As que provêm dos espíritos que afirmam lembrar-se das suas vidas anteriores;  Aquelas em que os espíritos anunciam, de antemão, quais serão as suas reencarnações aqui, com a espe- cificação do sexo e dos caracteres particulares pelos quais poderão ser reconhecidos. Discutiremos, cuidadosamente, esses documentos e ver-se-á que mui-tos resistem a todas as críticas. Há, ainda, duas séries de provas refe-rentes às vidas sucessivas: são, por um lado, as fornecidas pelos homensque se lembram de ter vivido na Terra. Nessa matéria, uma comparaçãoentre esses fenómenos e a paramnésia3 permitir-nos-á conservar apenasos documentos inatacáveis. Seguem-se as que se deduzem da existênciados meninos prodígio. A hereditariedade psíquica é inadmissível, vistosabermos que a alma não é fabricada pelos pais. Assim, a reencarnação éa única explicação lógica das anomalias aparentes. Esses factos, tão negligenciados, até agora, pelos filósofos, têm umaimportância capital: se os quisermos examinar atentamente e daí deduziras consequências, chegaremos a uma quase certeza da teoria das vidassucessivas e compreenderemos a grandiosa evolução da alma humana,desde as formas inferiores até aos graus mais elevados da vida normal emoral. Essa doutrina tem um alcance filosófico e social de grande im-portância para o futuro da Humanidade, porque estabelece as bases deuma psicologia integral, que se adapta maravilhosamente a todas as ci-ências contemporâneas, nas suas mais altas concepções. Estudemo-la,pois, com imparcialidade, e veremos que ela não é apenas uma teoria ci-entífica, mas uma verdade imponente, irrefutável.3 N. do T. – Perturbação mental que faz esquecer a significação das palavras que se ouvem ou lêem (InDicionário Priberam da Língua Portuguesa). 27Apeiron Edições |

Gabriel Delanne - CAPÍTULO I - REVISÃO HISTÓRICA SOBRE A TEORIA DAS VIDAS SUCESSIVAS A Antiguidade da crença nas vidas sucessivas. – A Índia. – A Pérsia. –O Egipto. – A Grécia. – A Judeia. – A Escola Neoplatónica de Alexandria.– Os romanos. – Os druidas. – A Idade Média. – Nos tempos modernos:Pensadores e filósofos que admitiram essa doutrina. – Um inquérito sobreo assunto pelo Dr. Calderone. A Antiguidade da crença nas vidas sucessivas 1. A Índia A doutrina das vidas sucessivas ou reencarnação é também chamadaPalingenesia, composta de duas palavras gregas: Palin, de novo – genesis,nascimento4. O que aqui há de notável é que, desde os alvores da civi-lização, ela foi formulada na Índia, com uma precisão que o estado in-telectual dessa época longínqua não fazia prever. Com efeito, desde a mais alta Antiguidade, os povos da Ásia e daGrécia acreditavam na imortalidade da alma, e mais ainda, muitos pro-curavam saber se essa alma era criada no momento do nascimento ou seexistia antes. Recordarei, sucintamente, as opiniões dos autores que es-tudaram a questão. A Índia é muito provavelmente o berço intelectual da Humanidade eé interessante que se encontrem nos Vedas e no Bhagavad-Gitâ passa-gens como a que se segue: “A alma nunca nasce nem morre; ela não nasceu outrora nem deve renascer; sem nascimento, sem fim, eterna, antiga, não morre quando se mata o corpo. “Como poderia aquele que a sabe imperecível, eterna, sem nascimento e sem fim, matar ou fazer matar alguém?4 Para a parte histórica, consulte-se a muito bem feita obra de André Pezzani, intitulada A Pluralidadedas Existências. Veja-se, igualmente, o livro do Dr. Pascal A Evolução Humana, A Palingenesia, deCharles Bonnet e o Ensaio de Palingenesia Social, de Ballanche.28 | Apeiron Edições


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook