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Pahlaovnrraade Mais uma aula do professor Reimoney se iniciava. – Pessoal, quero que vocês se dividam em grupos, pois a partir desta aula iniciaremos o desenvolvimento de alguns projetos. Quero que escolham juntos uma ideia empreendedora e me contem como pretendem colocá-la em prática – explicou o professor. – Temos de criar uma empresa? Nós vamos trabalhar de verdade? – quis saber Gastão. – Não. Crianças não podem trabalhar, mas podem ter ideias. Vocês vão traçar um plano, no papel, de algo que possa render dinheiro, assim como meu pai criou a plantação de tomates e o senhor Custódio criou os refrigerantes Geladinhos. Lembram dessa aula? A classe respondeu que sim e o professor continuou: – Vocês vão imaginar um produto que possa se tornar um bom empreendimento. Depois, terão de fazer um trabalho explicando como realizar esse projeto usando os sete passos que aprendemos em sala. – Mas nós só vimos três passos até agora! – disse um garoto sentado no fundão da sala. – Pois bem. Vou ensinar hoje os últimos passos – respondeu o professor. 51
Reinaldo Domingos 4° passo: Identificar oportunidades! – Durante a realização de um plano, podemos encontrar problemas e oportunidades. Por exemplo: quando o meu pai passou a vender tomates para todo mundo no bairro, chegou uma hora em que as pessoas enjoaram de ter todo dia a mesma coisa nos pratos que preparavam em suas casas. Isso gerou um problema porque as vendas de tomate estacionaram e nós paramos de ganhar dinheiro. Foi aí que meu pai passou a plantar cenoura e batata. Dessa maneira, a empresa foi crescendo e conquistando mais fregueses. Isso é saber desviar dos problemas e pensar em novas oportunidades – resumiu o professor. 5° passo: Ter força de vontade! – Quando começamos a trabalhar numa ideia, a gente deve insistir para que dê certo. Vai haver momentos bons e momentos ruins, fases melhores e piores, mas nós não podemos desistir. Essa palavra não existe no mundo do empreendedorismo. Temos de ter perseverança, ou seja, muita força e fé de que nosso projeto vai dar certo. 6° passo: Cumprir com a palavra! – Quando a gente monta um plano e trabalha para que ele se transforme num empreendimento, temos de honrar com as coisas que combinamos. Por exemplo, se o meu pai prometer para o dono do Famintus, o maior restaurante aqui da cidade, que vai entregar 200 tomates no dia 20 de agosto, ele tem de cumprir com a sua palavra, pois o homem está contando com isso para fazer seus pratos e servir aos seus fregueses que vão lá almoçar todos os dias. A nossa palavra vale ouro, ela diz quem nós somos. Se a gente não honra a palavra, as pessoas passam a não querer mais fazer acordos conosco e deixam de confiar na gente. Palavra dada é palavra sagrada. – sentenciou Reimoney. 52
O Menino do Dinheiro - Ação Entre Amigos 7° passo: Buscar o lucro – Para ser considerada bem-sucedida, uma empresa tem que dar lucro. Quando a empresa paga suas despesas e ainda assim sobra algum dinheiro, chamamos essa sobra de lucro. Se a empresa do meu pai ganhar 500 reais com a venda de tomates e usar 380 reais para pagar suas despesas, haverá uma \"sobra\" de 120 reais. Esse valor é o lucro mensal da empresa. É importante que vocês saibam que todo projeto de empreendedorismo precisa ter lucro – concluiu o professor. Quando Reimoney finalizou esses últimos ensinamentos, o sinal tocou anunciando a hora do intervalo. Todos correram para a quadra: uns loucos para jogar futebol, outros mais interessados em comprar coisas na cantina. O Menino do Dinheiro e Gastão foram jogar pingue-pongue, enquanto Vitória, cercada de meninas, exibia os novos modelos de estampa de cadernos feitos por sua mãe. De volta à sala de aula, havia chegado a hora de colocar o plano nota dez em prática. Dona Socorro distribuiu as provas aos alunos e, meia hora depois, o corajoso Gastão se levantou e deixou a folha em branco em cima da mesa da professora, virada de cabeça para baixo, de modo que ela não percebesse de pronto a ausência das respostas às questões. A sorte estava lançada, a força de vontade estava em jogo e a vida não parava de acontecer! Gastão havia dado início ao plano nota dez assumindo o risco de tirar uma nota zero. Vitória parecia ansiosa e, de longe, mandava pensamentos positivos para que tudo corresse bem. O Menino do Dinheiro também estava com o coração saltando do peito: – Aquela ação entre amigos tinha que dar certo – pensava. 53
Eemssppeeeullhh..o.o, Na semana seguinte, o Menino do Dinheiro e Vitória entraram na sala e Gastão já estava lá, à espera, pois o professor Reimoney havia pedido que os grupos de trabalho se reunissem para preencher uma tabela. A tarefa era simples. No quadro, o professor havia colocado algumas informações sobre a empresa de tomates de sua família. Ele pediu que os alunos completassem os espaços da tabela, considerando que cada caixa de tomate era vendida por 1 real. Com isso, o professor queria demonstrar como funcionava um fluxo de caixa, ou seja, o movimento de entrada e saída de dinheiro. A primeira parte do \"problema\" portanto, era calcular quanto a empresa \"recebia\" pelas vendas.
Reinaldo Domingos DATA DESCRICAO ENTRADA 1/agosto t5voe0mn0dacitadeiaxssas de R$ 500,00 10/agosto 6vtoe0mn0dacitadeiaxssas de R$ 600,00 20/agosto v9toe0mn0dacitadeiaxssas de R$ 900,00 25/agosto vt5oe0mn0dacitadeiaxssas de R$ 500,00 29/agosto v1toe0mn0dacitadeiaxssas de R$ 100,00 Total R$ 2.600,00 Em seguida, o professor colocou no quadro as despesas que a empresa tinha e pediu que os alunos calculassem o seu lucro mensal. 56
O Menino do Dinheiro - Ação Entre Amigos DATA DESCRICAO ENTRADA SAIDA RESULTADO R$ 500,00 R$ 0,00 R$ 500,00 1/agosto t5voe0mn0dacitadeiaxssas de 10/agosto 6vtoe0mn0dacitadeiaxssas de R$ 600,00 R$ 0,00 R$ 1.100,00 16/agosto oCmopamtlaepnrirtaaiol dpeara 20/agosto 9vtoe0mn0dacitadeiaxssas de R$ 0,00 R$ 600,00 R$ 500,00 25/agosto v5toe0mn0dacitadeiaxssas de 28/agosto eGabaeasntstotreeccgoimamsento R$ 900,00 R$ 0,00 R$ 1.400,00 29/agosto 1tvoe0mn0dacitadeiaxssas de 30/agosto Pfuangcaimoneanrtioosde R$ 500,00 R$ 0,00 R$ 1.900,00 Total R$ 0,00 R$ 800,00 R$ 1.100,00 R$ 100,00 R$ 0,00 R$ 1.200,00 R$ 0,00 R$ 1.500,00 R$ - 300,00 R$ - 300,00 A surpresa dos alunos veio quando, ao fazer os cálculos, descobriram que o resultado final mostrava que a saída (despesa) era maior que a entrada (receita). Logo no primeiro cálculo, Vitória levantou a mão e perguntou: – Professor, o que acontece quando a conta dá negativa, quando a empresa gasta mais do que ganha? 57
Reinaldo Domingos – Nesse caso, a empresa tem prejuízo em vez de lucro – ensinou o professor. – E o que acontece quando a empresa tem prejuízo? – quis saber a menina das covinhas. – Ela fica sem dinheiro para pagar os funcionários, para comprar mais material, entre outras coisas – respondeu Reimoney. – Explique melhor, professor – pediu a garota demonstrando bastante interesse no assunto. – Quando um projeto de empreendimento dá prejuízo, a empresa tem de trabalhar em dobro para conseguir recuperar o dinheiro perdido – esclareceu o professor. Vitória ficou pensativa. Aquele estava sendo um dia de muitas informações. Rapidamente, pegou um papel e rascunhou algo que não saía de sua cabeça: Data Descrição Recebi Gastei Sobrou 5/janeiro Pvorveôsente do 10/janeiro NdPaartetasilaenaAtternadaseado R$ 5,00 R$ 0,00 R$ 5,00 m2doáaugnriaéciodssos R$ 10,00 15/janeiro R$ 15,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4,00 R$ 11,00 18/janeiro cp2oedlporurilinsdheaaisrsas de R$ 0,00 R$ 3,00 R$ 8,00 22/janeiro Cphéadveeicroienlhhoo de R$ 0,00 R$ 1,50 R$ 6,50 25/janeiro dcLháeepmiirsoinrchaoonmgo R$ 0,00 R$ 2,00 R$ 4,50 28/janeiro Ppsaaarpraatdobesoneca R$ 0,00 R$ 5,00 R$ -0,50 58
O Menino do Dinheiro - Ação Entre Amigos Quanto mais escrevia, mais se assustava com o que via. Uma expressão de preocupação pairava sobre seu rosto e as pequenas covinhas que antes reluziam, agora pareciam tomar um chá de sumiço. Lembrou-se do chaveirinho de pé de coelho que havia comprado numa feirinha há alguns meses. Já nem sabia mais onde estava guardado. Aos poucos, Vitória foi percebendo que gastava seu dinheiro ganho com coisas das quais não precisava. Vendo a menina tão quietinha rabiscando em seus papéis, o Menino do Dinheiro se aproximou para ver o que tanto a distraía da aula. Vitória rapidamente fechou o caderno e disse para ele deixar de ser curioso. Na verdade, ela estava com vergonha de mostrar ao amigo o quanto vinha cuidando mal do seu dinheiro. Rascunhou somente o mês de janeiro, em que estava de férias. Ainda faltava traçar o caminho que o seu dinheiro havia feito nos outros meses até chegar ao momento atual. Mas, pela tabela, logo percebeu de cara que não estava sendo nada esperta. Se quisesse um dia ser a Menina do Dinheiro, teria de resistir bravamente ao impulso de comprar coisas que nem eram tão importantes, como pulseiras, colares, canetinhas coloridas, anéis da sorte e mais um monte de bugigangas que via nas vitrines das lojas por onde passava. Foi como se, de repente, aquela folha de caderno com os seus gastos anotados se transformasse num espelho igual ao que ela tinha em seu quarto. Pela primeira vez ela percebeu que os números também podem nos mostrar quem somos nós. Naquele momento, ela era uma menina que gastava mais do que devia e precisava definitivamente mudar aquela imagem. No fim da aulas, os três amigos combinaram de se reunir na biblioteca da escola para tentar montar a tabela da empresa de cadernos de dona Eficácia, que era o projeto de trabalho que apresentariam no fim do semestre. O encontro ficou marcado para dali a alguns dias. 59
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O Menino do Dinheiro - Ação Entre Amigos éDpeasrisatoirs fracos Alguns dias depois, o Menino do Dinheiro, Vitória e Gastão se encontraram novamente na biblioteca da escola para trabalhar no projeto de empreendedorismo. Já com os livros e cadernos abertos, os três iniciaram os estudos revendo a tabela da empresa de tomates preenchida durante a aula. Gastão, tirando da mochila uma folha de papel, contou aos colegas que havia conversado com seu pai na noite anterior e que, juntos, preencheram uma outra tabela, usando como modelo a empresa Geladinhos. O Menino do Dinheiro e a doce Vitória olhavam curiosos as anotações do amigo, enquanto ele ia explicando pelos números da tabela como funcionava a grande empresa de refrigerantes e sorvetes de sua família. 61
Reinaldo Domingos Data Descrição Entrada Saída Resultado 1/fevereiro 5.000 R$ 10.000,00 5/fevereiro refrigerantes R$ 10.000,00 R$ 0,00 10/fevereiro vendidos R$ 0,00 R$ 2.500,00 R$ 7.500,00 15/fevereiro 10.000 frutas compradas R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 12.500,00 5.000 sorvetes vendidos R$ 0,00 R$ 8.000,00 R$ 4.500,00 Pagamentos dos funcionários da empresa A tabela era simples, mas dava para perceber que, no fim das contas, sobrava bastante dinheiro para o pai do Gastão e sua família realizarem seus sonhos. Enquanto pensava nisso, Vitória se sentia triste pelo amigo, pois sabia que por mais dinheiro que a família do Gastão tivesse, o menino não podia comprar o seu maior sonho porque aquilo com que ele mais sonhava não era vendido em nenhuma loja: um irmãozinho. Vitória só despertou desses pensamentos, quando se deu conta de que os colegas a chamavam para preencher uma outra tabela, dessa vez, com os dados sobre o empreendimento dos cadernos artesanais de sua mãe. Ao fim das tarefas, os três guardaram o material em suas mochilas e foram para a cantina almoçar. Durante a refeição, Vitória contava piadas e os dois garotos davam risada e se divertiam com a menina das covinhas. No início da tarde, entraram na sala de aula e logo foram chamados pelo professor Reimoney para apresentar os primeiros avanços no trabalho de empreendedorismo: – Nosso grupo esteve anotando o andamento da entrada e da saída do dinheiro da empresa de cadernos da minha mãe. Trouxemos a tabela do mês de março para mostrar que, aparentemente, as coisas vão muito bem, pois ela ganha mais do que gasta – iniciou a menina. 62
O Menino do Dinheiro - Ação Entre Amigos A garota tirou do bolso seu bloco de notas e contou para a turma, com suas próprias palavras, qual era o caminho do dinheiro da pequena empresa de dona Eficácia. Data Descrição Entrada Saída Resultado 10/março v40encdaiddoesrnos R$ 400,00 R$ 0,00 R$ 400,00 12/março mCbpoiaanmrtcbepearlrinaaetled:c,oela R$ 0,00 R$ 20,00 R$ 380,00 mCtalieognsamuhotelauphrr,raiaaaled:e R$ 0,00 R$ 18,00 R$ 362,00 R$ 100,00 R$ 0,00 R$ 462,00 1v0endcaiddoesrnos 15/março 25/março Reimoney, aproveitando a apresentação de Vitória, lembrou aos alunos que, quando uma empresa ganha mais do que gasta, é sinal de que está tendo lucros. – No caso da tabela do grupo dos meninos, o lucro foi de 462 reais – mostrou o professor. – Sim! Vendendo os 50 cadernos, ela conseguiu pagar o material e ainda sobrou um extra – completou o Menino do Dinheiro. – Mas o que a mãe da Vitória deve fazer com esse extra? – quis saber Mariana, a garota mais CDF da turma. – Aí é que está o ponto. Você fez uma ótima pergunta, Mariana. Como vimos no sétimo passo do empreendedorismo, esse extra se chama lucro. Ele não pode ser gasto, a não ser em algo que vá melhorar a empresa. Dona Eficácia deve cuidar desse lucro para que ele possa aumentar de tamanho. Mas, esse é um assunto que aprenderemos com profundidade no semestre que vem, quando falaremos de sustentabilidade financeira. Ao toque do sinal, os alunos foram para a quadra pois teriam aula de Educação Física. A menina das covinhas não parava de tagarelar sobre esse negócio de lucro, 63
Reinaldo Domingos que eles haviam acabado de aprender. Ela pensava que a venda dos cadernos de sua mãe já estava dando lucro e que isso ajudaria na tal sustentabilidade financeira de seu empreendimento. Por outro lado, se sentia desconfortável ao pensar que ela, pessoalmente, não podia dizer o mesmo, porque continuava gastando mais do que recebia. Tanto que seu cofrinho permanecia quase vazio. Papo vai, papo vem, eis que, de repente, Gastão levou um susto e quase se entalou com a comida ao ver seu pai atravessando o pátio e entrando na sala dos professores. O plano nota dez parecia funcionar e o coração do garoto batia rápido, cheio de expectativas. Pensava que dali alguns anos, quem sabe, teria uma chance de ver crescer a sua família com a chegada de um irmãozinho. Ao final da aula de Arte, a professora Constância liberou a turma meia hora mais cedo, pois todos já haviam concluído a tarefa de classe. Cada um tomou o rumo de sua casa. No caminho, o Menino do Dinheiro se divertia imaginando como seria ensinar seu irmãozinho a jogar futebol e andar de bicicleta. Vitória, por sua vez, pensava nas anotações que havia feito. Tinha traçado o seu diagnóstico e havia descoberto que não vinha tratando do seu dinheiro como deveria. Mas estava decidida a virar o jogo e se tornar uma menina mais consciente e equilibrada. Esse era o seu maior sonho no momento. Enquanto isso, Gastão torcia para que a bronca de seu pai não fosse muito pesada e para que aquele mirabolante plano nota dez realmente desse certo. Cada um deles carregava no peito a esperança de que seus desejos se realizassem e, como dizia no quarto passo das lições de empreendedorismo, tinham muita força de vontade. Haviam aprendido na aula do professor Reimoney que na vida há momentos bons e ruins, mas que não podemos desistir, pois essa palavra nem existe no mundo do empreendedorismo. Ela também não existia no mundo dos heróis nota dez. “Desistir é para os fracos” – pensavam os três enquanto caminhavam em direção às suas casas. 64
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Choamraal da O Menino do Dinheiro e a menina das covinhas aguardavam ansiosos, no pátio da escola, a chegada de Gastão, pois queriam saber como havia sido a conversa do senhor Custódio com a dona Socorro. O pequeno Gastão se aproximou dos amigos e finalmente matou a curiosidade de ambos: – Galera, foi melhor do que eu pensava. Quer dizer, o meu pai estava muito bravo quando eu cheguei, mas depois foi se acalmando. Quanto mais ele reclamava de mim, mais eu murchava na frente dele aí eu acho que ele ficou com pena. Quando tive a minha vez de falar, expliquei que a matéria era complicada e que eu estava com dificuldades de entender o assunto já fazia algum tempo. No fim das contas, eu vou ficar um mês sem videogame e sem TV, mas vocês nem vão acreditar... – contou fazendo suspense. – O quê? Fala logo! – pedia a menina das covinhas impaciente. – Meu pai contratou a professora Socorro para me dar aulas particulares três vezes por semana, ou seja, ela vai começar a frequentar a minha casa – comemorava o menino. – É o sucesso do plano nota dez! – festejava Vitória. – Caramba, nosso plano saiu melhor que a encomenda – completou o Menino do Dinheiro. 67
Reinaldo Domingos – O ruim é que vou ter de estudar mais ainda, comentou o garoto. Os três caíram na gargalhada. Estavam felizes com os acontecimentos. Tudo entrava nos eixos e os sonhos pareciam mais próximos de cada um deles. Naquele dia, durante a aula, o professor Reimoney fez o fechamento da matéria do semestre com uma chamada oral valendo nota. Ele queria ter certeza de que os alunos tinham incorporado realmente os sete passos do empreendedorismo. – Gabriel, qual é o primeiro passo do empreendedorismo? – perguntou ao garoto que sentava próximo à janela da sala. – Gostar do que faz, professor. Esse é o primeiro passo – respondeu o menino. – Eu quero um exemplo – pediu Reimoney desafiando o jovem rapaz. – Um bom exemplo que posso dar é o do meu tio Pablo. Ele, desde pequeno, era apaixonado por carros e agora é dono de uma loja de automóveis. – Muito bem, Gabriel. Você acaba de ganhar meio ponto na média semestral – parabenizou o mestre. Continuando com a chamada, Reimoney apontou para Gastão: – Gastão, explique para a turma do que se trata o segundo passo do empreende- dorismo. – É o passo das listas – titubeou o garoto. – Como assim? – estranhou o professor. – É a regra que ensina a gente a fazer uma lista de tarefas para realizar o nosso plano que é o nosso empreendimento – completou Gastão. – Dê um exemplo – pediu Reimoney. – Bom, na empresa Geladinhos, que é da minha família, temos de listar por quanto vendemos o nosso refrigerante e pra quem, onde comprar frutas mais baratas para o preparo das bebidas, quanto gastamos e quanto ganhamos... Essas coisas – explicou o menino. – Sim, foi um bom exemplo – concluiu o mestre. – Ah, lembrei. Planejar e organizar são as palavras que definem o segundo passo, professor – explicou melhor o garoto. Gastão também ganhou meio ponto extra e Reimoney escolheu a pequena Manuela para ensinar aos colegas sobre o terceiro passo. – Saber se relacionar com as pessoas, professor – respondeu a garota. 68
– Fale mais, querida – pediu o Reimoney. – Temos de manter boas relações com as pessoas, pois elas podem ser nossas colaboradoras, comprando o nosso produto ou nos ajudando em algo no nosso empreendimento – concluiu a menina. – Muito bem, Manu! – parabenizou o professor. 69
Reinaldo Domingos – Agora eu vou pedir ao Menino do Dinheiro que explique para a turma sobre o quarto passo do empreendedorismo – continuou o professor. – Ah, essa é fácil. O quarto passo é sobre criar oportunidades e identificar problemas. O pai do Gastão, por exemplo, começou a empresa dele fazendo sorvetes. Depois passou a vender também refrigerantes e inventou mais sabores extraídos das frutas. Tudo isso para criar oportunidades para o seu negócio – respondeu o Menino. – Muito bem. Vejo que vocês estão bastante envolvidos com o tema do empreendimento – constatou o professor admirado. – É, nós estamos envolvidos com muitas coisas – disse o Menino sorrindo – e suas aulas têm sido muito importantes para os nossos planos – complementou o Menino do Dinheiro, deixando Reimoney satisfeito. – Gosto quando vejo meus alunos assim animados. Você tem algo mais a acrescentar? – quis saber o professor. – Esses dias eu reparei que a minha mãe também parece ser uma empreendedora, professor. Todos os dias ela sai para vender cosméticos de porta em porta e já tem muitas clientes antigas e fiéis. Ela compra cremes de beleza mais baratos direto da fábrica e revende a um preço maior. Eu acho que ela tem um bom lucro – contou o Menino do Dinheiro. – Isso é ótimo. Sua mãe também é uma empreendedora, com toda certeza – atestou Reimoney. O professor então solicitou a Mariana, que estava sentada na primeira fila, que falasse sobre o quinto passo. – Força de vontade para fazer com que a empresa da gente dê certo. Não podemos desistir nunca do que queremos e temos de acreditar e perseverar para que nosso plano funcione – respondeu a menina. – Muito bem, Mariana. Ponto pra você – aprovou Reimoney. Pouco antes de tocar o sinal, Saulo, o menino mais alto da turma, ganhou também meio ponto ao descrever o sexto passo do empreendedorismo para a sala: – Palavra de honra, professor. Cumprir com as coisas prometidas na data certa, do jeitinho que foi combinado – concluiu. Nesse momento, a pequena Vitória levantou o dedo para falar do sétimo passo que era o seu preferido: 70
O Menino do Dinheiro - Ação Entre Amigos – O lucro acontece quando fazemos direitinho os seis primeiros passos. Ele é o que sobra depois que pagamos nossas despesas – disse a menina. – Excelente, Vitória! – elogiou o professor. Aproveitando a oportunidade, Vitória mostrou ao professor suas antigas anotações com os gastos que teve no mês de janeiro e pediu que ele visse sua nova tabela que continha os gastos e o caminho do dinheiro de sua mesada atual. Data Descrição Entrada Saída Resultado 5/abril 6/abril mMaesmaãdea da R$ 40,00 R$ 0,00 R$ 40,00 12/abril Dccooilfnorhcienaihdrooo no R$ 0,00 R$ 20,00 R$ 20,00 18/abril tPPiaráesSsceiomnatoednadee R$ 20,00 R$ 0,00 R$ 40,00 fBaadraaslho de R$ 0,00 R$ 10,00 R$ 30,00 25/abril Cinema R$ 0,00 R$ 6,00 R$ 24,00 Nesse momento, Reimoney explicou para a turma que o dinheiro colocado no cofrinho da menina não poderia ser considerado um gasto, mas, sim, um investimento para a realização de um sonho. Todos bateram palma, assobiaram, fizeram festa. Vitória ficou ruborizada, mas sorria deixando suas covinhas à mostra. Seus colegas brincavam dizendo que tinham agora na sala não só o Menino do Dinheiro, mas também a Menina do Dinheiro. E, assim, o professor Reimoney deu a chamada oral por encerrada constatando que todos tinham aprendido a essência do empreendedorismo, e mais, pareciam gostar muito daqueles ensinamentos. 71
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Ascmomiuseanlhsdodoroes O final do semestre estava chegando e tudo corria bem para os três amigos. Vitória andava cada vez mais animada com o sucesso dos cadernos de sua mãe. Gastão também tinha motivos de sobra para comemorar, pois o senhor Custódio e a dona Socorro haviam engrenado um namoro que dava gosto de ver. O plano nota dez tinha rendido a ele alguns castigos e uma nota baixa, mas, em contrapartida, abriu caminho para que, futuramente, ele tivesse a chance de curtir a chegada de um irmãozinho. O Menino do Dinheiro é que andava ansioso. A barriga de sua mãe já estava enorme e nada do bebê nascer. Ele tinha iniciado aulas de caratê e não via a hora de poder ensinar alguns golpes para o seu irmãozinho. Aliás, não era só isso. O garoto passava dias e dias anotando no caderno tudo o que pretendia mostrar e explicar ao seu irmão assim que ele viesse ao mundo. – Calma, Menino do Dinheiro. Agora falta pouco – comentou Vitória. – Eu sei, mas é que eu já esperei tanto. Fico imaginando como vai ser a carinha dele e que cor de chuteiras vai escolher usar para batermos uma bola juntos. Eu fiz uma lista enorme das melhores coisas do mundo que quero curtir com meu irmãozinho – explicou ele aos amigos. – Uma lista com as melhores coisas do mundo? Que máximo! – comentou a menina das covinhas. 73
Reinaldo Domingos – Por que a gente não arma um plano nota dez pra esse bebê nascer logo? – perguntou Gastão sorrindo. – Péssima ideia, cara. Eu estou ansioso, mas isso não é caso para plano nota dez – respondeu o Menino do Dinheiro. – Eu também acho. O plano para o seu problema é ter paciência mesmo – constatou a menina das covinhas. – Planos nota dez são para problemas sem jeito, como era o seu, Gastão – concluiu o Menino do Dinheiro. – Falando nisso, eu nem contei pra vocês o que fiz! – O quê? – quis saber Vitória. – Ontem estávamos todos jantando lá em casa: eu, a professora Socorro e meu pai. Papo vai, papo vem, eu acabei revelando a eles o nosso plano para aproximá-los. E sabe o que é mais surpreendente? – Conta logo! – disse o Menino do Dinheiro com ansiedade na voz. – Eles me disseram que já desconfiavam e nas aulas particulares a dona Socorro notou que eu já sabia muita coisa dos assuntos da prova. – Nossa! Realmente surpreendente! E por que você resolveu contar a eles, Gastão? – Ah, sei lá, agora que estamos felizes e somos uma família unida, eu acho que não devo mais esconder nada deles – encerrou Gastão. Interrompendo a conversa, a coordenadora da escola se aproximou das crianças para informar que o pai do Menino do Dinheiro havia telefonado avisando que dona Previdência estava indo para a maternidade. O Menino do Dinheiro acendeu os faróis de seus olhos que brilhavam como faíscas fosforescentes. Nesse momento, dona Constância, que passava por ali, se ofereceu para levar o garoto até o hospital. Os dois saíram desembestados deixando Vitória e Gastão para trás. – Nossa, que legal, teremos um molequinho pra participar dos nossos próximos planos – comentou Gastão. – Vai ser demais. E daqui a alguns anos, teremos na turma o seu irmãozinho também – finalizou Vitória. 74
No fim do dia, a Menina do Dinheiro chegou em casa e foi correndo conversar com seu espelho. Tanta coisa passava por sua cabeça: diagnosticar, sonhar, orçar, poupar, planejar, organizar, manter bom relacionamento com as pessoas, ter força de vontade, cumprir com a palavra dada, identificar os problemas, criar novas oportunidades, ter lucro, encontrar um lugar no mundo... – O que será que o Menino do Dinheiro escreveu naquela lista dele? – sussurrou como se soprasse as palavras no ouvido do espelho, seu fiel amigo de todas as horas. Vitória permaneceu quieta por algum tempo. Talvez estivesse esperando alguma resposta do silencioso espelho ou, quem sabe, apenas imaginando que itens colocaria num papel se tivesse de listar quais seriam, para ela, as melhores coisas do mundo. 75
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Lágrimas de alegria Alguns dias se passaram sem que o Menino do Dinheiro aparecesse na escola. O que se sabia era que sua mãe havia dado à luz, passava bem e que ele havia tirado uma folga das aulas para curtir a chegada do bebê e ajudar seu pai em casa. No entanto, naquela tarde, os três amigos tinham o trabalho de empreende- dorismo para apresentar. O professor já estava na sala e aguardava o resto da turma para iniciar as atividades. Gastão e Vitória se olhavam desconfiados, pois, apesar de terem estudado e preparado aquilo o semestre inteiro, sem o Menino do Dinheiro o time não estava completo. Para alívio geral, o Menino chegou bem na hora em que o professor Reimoney chamou o grupo Recriarte, nome dado à pequena empresa de dona Eficácia e que intitulava também o trabalho dos três. 77
Reinaldo Domingos Vitória falou sobre o surgimento do primeiro caderno artesanal, que foi criado para seu próprio uso quando se acidentou e danificou seu material escolar, no início do ano. Gastão explicou como dona Eficácia montava os cadernos usando papelão, barbante, folhas de papel, cola, linha e agulha. O Menino do Dinheiro mostrou para a turma e para o professor as tabelas iniciais da pequena empresa Recriarte e as mais recentes, que apontavam um rápido crescimento conseguido por meio dos sete passos do empreendedorismo. – Professor, o que garante que a empresa da mãe da Vitória vai dar certo no futuro? Daqui a cinco ou dez anos será que ainda vai ter gente querendo comprar cadernos? – perguntou um dos alunos. – Gabriel, essa é uma boa pergunta. Nós vamos estudar esse assunto mais pra frente, nas aulas de sustentabilidade. O que você quer saber é como tornar um projeto de empreendimento sustentável e duradouro. É mesmo um grande desafio, mas isso é tema para o próximo semestre. O grupo de trabalho do Menino do Dinheiro ganhou aplausos da turma e do professor Reimoney. Os três amigos sorriam de felicidade diante dos colegas e tudo parecia uma grande festa. De repente, perceberam que os olhos do professor estavam cheios de lágrimas. Os alunos foram diminuindo a euforia e as batidas de palma até que todos ficaram em silêncio aguardando as palavras de Reimoney. – Turma, eu queria dizer que o maior orgulho de um professor é ver os seus alunos aprendendo as lições em sala de aula e levando elas adiante, para a vida. No ano passado, eu ensinei ao Menino do Dinheiro a Metodologia DSOP e sei que ele repassou para muitos de vocês e para o pai dele, melhorando assim a qualidade de vida de toda a família do senhor Desprevenido – contou Reimoney. – Hoje, eu fiquei emocionado ao ver que a Vitória também adotou os passos da Metodologia e está mais atenta ao seu dinheiro, fazendo anotações de suas despesas para controlar seus gastos. A Manuela e o Saulo estão poupando parte de suas mesadas num cofrinho para realizar seus sonhos. E não são só eles. Sei que muitos aqui também estão olhando de maneira diferente para suas vidas financeiras. Por isso, 78
eu quero agradecer a vocês todos, meus alunos, por manterem vivo o meu sonho que é o de ensinar aos que desejam aprender – finalizou. Os alunos correram em direção ao professor dando um abraço coletivo. Palmas, gritos de euforia e sorrisos empolgados se espalhavam pelos quatro cantos da sala de aula. O professor ficou satisfeito ao perceber que seu plano de ensino tinha dado certo. Ele sonhava com o dia em que todas as crianças do mundo tivessem a chance de aprender coisas assim na escola, conteúdos que as ajudassem de verdade a tornar suas vidas mais tranquilas e felizes. Enquanto isso, o Menino do Dinheiro, a pequena Vitória e o valente Gastão festejavam o sucesso do trabalho, nem tinham dúvida de que haviam tirado nota dez, embora, diante de tudo o que haviam escutado ali, isso agora fosse o menos importante. – Menino do Dinheiro, se eu tivesse que fazer uma lista com as melhores coisas do mundo eu acho que colocaria o professor Reimoney e os quatro passos da Metodologia DSOP nela – disse Vitória, em meio à bagunça e gritaria dos colegas. – E você acha que eu não coloquei isso na minha? – respondeu o Menino do Dinheiro. Os dois se olharam. Ela sorriu dando de presente para ele a visão de suas lindas covinhas, enquanto ele retribuía o gesto com um carinhoso abraço. 79
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Especial de um jeito diferente Algumas semanas depois, o clima no pátio da escola já era de final de semestre. O Menino do Dinheiro e Gastão, um pouco desanimados, mascavam chiclete e jogavam conversa fora quando Vitória chegou toda esbaforida. – Vocês viram a professora Socorro por aí? – Não – murmurou Gastão. – Nossa, o que há com vocês? Que caras de quem comeu e não gostou – comentou a menina. – Nada demais – respondeu o Menino. – É. Nada demais – repetiu o amigo. – Ai, gente, fala logo. Que desânimo é esse? A gente só tem motivos pra comemorar! O que há com vocês? – insistiu a menina. – Ah, meu pai agora só pensa na dona Socorro e ela está virando uma madrasta mala, dessas que fica mandando a gente escovar os dentes, cortar as unhas, lavar a mão antes de sentar na mesa...Essas coisas chatas – lamentou Gastão. – Eu passei o ano inteiro esperando a minha mãe ter um bebê porque eu queria ensinar caratê, futebol, carrinho de rolimã, tudo pra ele... E, agora, o que tenho em casa é uma menina amarela, enjoada, chorona, sem graça, que provavelmente só vai gostar de boneca, meia-calça, balé e roupinhas cor-de-rosa. Já pensou, eu vou ter de ficar cuidando de uma menininha de maria-chiquinha? Que mico! – disparou o Menino do Dinheiro. 81
Reinaldo Domingos – Gente, como vocês dois estão ranzinzas! Vamos levantar esse astral, meninos! – sentenciou Vitória. – Gastão, deixa eu te falar uma coisa, querido: essa figura que manda a gente escovar os dentes e coisa e tal é chamada de “mãe”. Bem-vindo ao nosso mundo! E saiba que cortar as unhas e lavar as mãos é muito importante para a saúde de qualquer um, isso é básico! Aliás, você não fazia isso antes? Francamente, hein! – disse a menina sorrindo ironicamente. – E você, Menino do Dinheiro, já é hora de rever seus conceitos sobre as meninas, pois nem todas curtem usar maria-chiquinha. Trate de refazer sua lista das melhores coisas do mundo para que possa apresentar à sua irmãzinha coisas mais interessantes do que uma chuteira ou um quimono, porque, vamos combinar, esse negócio todo é muito fora de moda – disse Vitória gesticulando na frente do amigo. – Então, é isso! Xô, baixo astral! Quero ver um sorrisão agora na cara dos dois – finalizou a garota. O Menino do Dinheiro e Gastão levantaram a cabeça e olharam para Vitória admirados. Um silêncio se fez por alguns instantes até que os três caíram na risada. – Vitória, você é mesmo uma menina muito especial. Espero que minha irmãzinha seja assim quando crescer – comentou o Menino do Dinheiro. – Eu sou especial mesmo não jogando futebol e nem lutando caratê? – perguntou a garota. – Sim! Você sabe ser especial de um jeito diferente. Sabe, se eu fosse fazer a minha lista das melhores coisas do mundo hoje, eu colocaria o seu nome nela – disse o Menino um pouco tímido. – E você acha que eu já não coloquei o seu nome na minha? – respondeu ela radiante. Nessa hora, dona Socorro passou do outro lado da quadra e Vitória saiu correndo para encontrá-la. A menina das covinhas tinha algo importante para entregar à sua professora. Era uma redação escrita numa folha de caderno. Dona Socorro guardou na bolsa e, ao chegar em casa, começou a ler. Enquanto seus olhos percorriam as frases escritas pela aluna, vários pensamentos passavam por sua cabeça e, contente, percebeu que aquela menina era mesmo uma vitoriosa. 82
O Menino do Dinheiro - Ação Entre Amigos Querida professora, No começo do ano, eu não sabia ainda quem eu era e escrevi uma redação para a senhora sobre isso, com poucas linhas preenchidas. Hoje, estou lhe entregando esta nova redação, pois muitas coisas aconteceram durante o semestre e agora já posso dizer que sou uma menina cheia de ideias na cabeça, que gosta de enfrentar os desafios que a vida nos propõe e que tem os melhores amigos do mundo. Esse ano eu aprendi tanta coisa que nem sei como é que isso tudo pode caber dentro da minha cabeça. Descobri que os sonhos se dividem em dois grupos: aqueles que podemos comprar ( uma bicicleta, um livro, uma viagem) e aqueles que temos de conquistar (a migos, família, sorrisos, abraços coletivos, lágrimas de alegria, elogios sinceros). Depois que eu entendi isso, ficou bem mais fácil viver. Eu acredito que os sonhos viram realidade quando a gente se esforça para que isso aconteça e acho que desistir é para os fracos. Meu pai sempre me diz que eu tenho de encontrar o meu lugar no mundo e eu faço isso todos os dias, nas aulas da escola e no empreendimento da minha mãe. O meu melhor amigo, Reinaldinho, me ensinou uma fórmula mágica que me ajudou a cuidar melhor do meu dinheiro. Essa fórmula se chama DSOP que significa: diagnosticar, sonhar, orçar e poupar. Foi por meio dela que acabei me tornando mais conhecida como a Menina do Dinheiro. De vez em quando, eu converso com o meu espelho e ele me mostra quem sou. Fico feliz com o que vejo e, hoje, posso dizer que vinte linhas são pouco espaço para preencher com tudo o que eu gostaria de dizer sobre mim. 83
Autor Reinaldo Domingos www.reinaldodomingos.com.br Reinaldo Domingos é doutor e mestre pela Florida Christian University com a tese sobre Metodologia DSOP. Educador e terapeuta financeiro, é autor do best-seller Terapia Financeira e dos livros Mesada não é só dinheiro; Livre-se das Dívidas; Eu Mereço ter Dinheiro; Papo Empreendedor; Sabedoria Financeira; Diário dos Sonhos; O Menino do Dinheiro – Sonhos de Família; O Menino do Dinheiro – Vai à Escola; O Menino do Dinheiro – Ação entre Amigos; O Menino do Dinheiro – Num Mundo Sustentável; O Menino do Dinheiro – Pequeno Cidadão; O Menino do Dinheiro – Tempo de Mudanças; O Menino e o Dinheiro; O Menino, o Dinheiro e os Três Cofrinhos; O Menino, o Dinheiro e a Formigarra; O Menino do Dinheiro em Cordel; Ter Dinheiro Não tem Segredo; Coleção Dinheiro Sem Segredo (12 volumes); ABCD da Educação Financeira; Apostilas – Educação Financeira para Jovens Aprendizes; Curso DSOP de Educação Financeira e Educação Financeira para Empreendedores; e Apontamentos de Despesas. É ainda autor de 2 Coleções Didáticas de Educação Financeira (15 volumes do aluno e 15 volumes do professor cada). É, também, autor do mais novo lançamento da Editora DSOP, a Coleção dos Sonhos para Educação Financeira, que contempla um livro para o Maternal e três para o Ensino Infantil; seis livros para o Ensino Fundamental 1 (para o primeiro ano há uma versão para a criança alfabetizada e outra para a criança que está em fase de alfabetização); e quatro livros para o Ensino Fundamental 2, além de um livro do professor para cada ano. Em2008,criouoprimeiroprogramadeeducaçãofinanceiraparaempresas,idealizou a primeira Coleção Didática de Educação Financeira para o Ensino Básico do país, já adotada por diversas escolas, privadas e públicas. Em 2010, criou o primeiro curso de pós-graduação em educação financeira - Metodologia DSOP. Em 2012, criou o primeiroprogramadeeducaçãofinanceiraparajovensaprendizeseem2013ampliou paraeducaçãodejovenseadultos(EJA).Em2014,criouoprimeirocursodeeducação financeira para empreendedores. No mesmo ano iniciou o curso de pós-graduação EADemeducaçãofinanceira-MetodologiaDSOPeimplantouadisciplinadeeducação financeira nos cursos de graduações em licenciatura e pedagogia e também os cursos de extensão universitária em educação financeira e educação financeira para empreendedores. Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise de Sistemas, mestre (com a tese sobre o livro Mesada não é só dinheiro) e doutor (com a tese sobre a ColeçãodosSonhos)emCiênciadeAdministraçãoeNegóciospelaFlóridaChristian University,ReinaldofundouaConfirpConsultoriaContábilefoigovernadordoRotary International Distrito 4610, na gestão 2009-2010. Atualmente é presidente da do GrupoDSOP.Éidealizador,fundadorepresidentedaAbefin–AssociaçãoBrasileira de Educadores Financeiros. É também o diretor da primeira pós-graduação em educaçãofinanceira(presencialeEAD)noBrasil.ReinaldoémentordaMetodologia DSOP, que embasa todos os programas de educação financeira.
© Anthony Caronia A série O Menino do Dinheiro é composta por histórias para todas as idades, que resgatam a pureza infantil enquanto fortalecem a maturidade adulta, delineando uma lição de vida em que pais e filhos aprendem e ensinam mutuamente a lidar com o dinheiro, alimentando os sonhos e a felicidade humana. A coleção de livros paradidáticos O Menino do Dinheiro, adotada por centenas de escolas no país, é composta de cinco volumes: O Menino do Dinheiro – Sonhos de Família; O Menino do Dinheiro – Vai à Escola; O Menino do Dinheiro – Ação Entre Amigos; O Menino do Dinheiro – Num Mundo Sustentável e O Menino do Dinheiro – Pequeno Cidadão. www.dsop.com.br
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