Farmacogenética 8 . TESTES GENÉTICOS (SELEÇÃO, INTERPRETAÇÃO E AJUSTE FARMACOLÓGICO) Testes genéticos são exames que permitem identificar, por meio da análise do DNA, um maior risco ou propensão a determinadas doenças. Identificam as variações genéticas herdadas dos progenitores e que tipica- mente são transmitidas aos filhos. As mutações podem se manifestar na forma de doença. Deste modo os testes genéticos podem ser usados para confirmar o diagnóstico de uma doença ou de modificações que tendem a possíveis doenças. Existem diferentes métodos para a realização de exames rápidos e precisos do nosso DNA. Os métodos mais comuns são o sequenciamento (a leitura da ordem dos blocos construtores do DNA, os nucleotídeos) e a análise de deleções/duplicações (a detecção de deleções ou inserções grandes na molécula de DNA/genes). Como teste de diagnós- tico, os testes genéticos são classificados de um modo geral como sendo testes preditivos. Os testes de diagnóstico são feitos para identificar as mutações que causam os sintomas. Quando uma família é afetada, estes testes deverão ser feitos no familiar afetado, ou se não for possível, nos familiares mais próximos possíveis da pessoa afetada, o chamado paciente índice. Um teste preditivo é um exame que é realizado ainda na ausência de sintomas. No entanto, uma pessoa pode ser portadora de uma mutação e assim vir mais tarde a desenvolver sintomas. Os testes preditivos também incluem testes realizados em portadores. Este tipo de teste é relevante para pessoas assintomáticas, portadoras de uma mutação, mas com o risco da mutação vir afetar os filhos. 52
Pós-graduação Master em Ciências da Longevidade Humana 9. REFERÊNCIAS Miller, J. H. (2001). Protein Synthesis. Encyclopedia of Genetics, 1567. doi:10.1006/rwgn.2001.1040 David P.ClarkNanette J.Pazdernik. Protein Synthesis. Molecular Biology, 2013, pp. e250-e255 Gracia, Bruna Hypólito; AMBRÓSIO, Eliane Pappa; DELLA-ROSA, Valter Augusto. O polimorfismo dos genes CYP2C9 e VKORC1 e suas influencias na ação anticoagulante da varfarina, Paraná,v.9, n.2, 93-103, ago.2014. Reis, Lessens DOS. Farmacogenómica e ensaios clínicos, Lisboa, v.2, n.2, p.79-88, out. 2005. Monçores, Mônica Wanderley et al. Medicina individualizada aplicada à cardiologia,Rio de Janeiro, v.21, n.3, p. 184-193, jun.2008. Bonifaz-Pen˜a V; Contreras AV; Struchiner CJ; Roela RA; Furuya-Ma- zzotti TK, et al. (2014) Exploring the distribution of genetic markers of pharmacogenomics relevance in brazilian and Mexican populations. PLoS ONE 9(11): e112640. Poi:10.1371/journal.pone.0112640 Pessôa, Renata F; NÂCUL, Flácio E., NOÊL, François. Farmacogenética e farmacogenômica: evidências de como a genética pode influenciar a eficácia de fármacos e a busca por novos alvos farmacológicos, Rio de Janeiro, v.18, n.11/12, p.30-48, 2006. Neto, manuel j. r..Farmacodenética/farmacogenômica. 2013. 56f. Dissertação (Mestrado em ciências farmacêuticas) –Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2013. Fontana, Vanessa; PUHL, Ana Cristina; PEDRINI, Fernanda, et al. O conceito de gene está em crise. a farmacogenética e a farmacogenô- mica também?, São Carlos, v.19, n.3, p.87-96, set.2006. McInnes, Roderick R., Huntington F. Willard, and Robert Nussbaum. Thompson & Thompson Genética Médica. Elsevier Brasil, 2016. 53
Farmacogenética Silva P. Farmacologia. 8a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. Lacy CF, Armstrong LL, Goldman MP, Lance LL. Drug information handbook 2005-2006. Hudson: Lexi-Comp; 2005. Lacy CF. Lexi-Comp´s drug information handbook international: with international drug monographs 13th ed. Hudson: Lexi-Comp; 2005-2006. p. 446,500,1062. Winter ME. Basic clinical pharmacokinetics. 4th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2004. Mroziewicz, Margaret, and Rachel F. Tyndale. “Pharmacogenetics: a tool for identifying genetic factors in drug dependence and response to treatment.” Addiction science & clinical practice 5.2 (2010): 17. Lerman C, et al. The functional mu opioid receptor (OPRM1) Asn40Asp variant predicts short-term response to nicotine replacement therapy in a clinical trial. Pharmacogenomics Journal. 2004;4(3):184–192. [PubMed] [Google Scholar] Lerman C, et al. Nicotine metabolite ratio predicts efficacy of trans- dermal nicotine for smoking cessation. Clinical Pharmacology & Thera- peutics. 2006a;79(6):600–608. Lerman C, et al. Role of functional genetic variation in the dopamine D2 receptor (DRD2) in response to bupropion and nicotine replacement therapy for tobacco dependence: Results of two randomized clinical trials. Neuropsychopharmacology. 2006b;31(1):231–242. Lerman C, et al. Genetic variation in nicotine metabolism predicts the efficacy of extended-duration transdermal nicotine therapy. Clinical Pharmacology & Therapeutics. 2010;87(5):553–557. Li T, et al. Allelic association analysis of the dopamine D2, D3, 5-HT2A, and GABA(A)gamma2 receptors and serotonin transporter genes with heroin abuse in Chinese subjects. American Journal of Medical Genetics. 2002;114(3):329–335. Burns, D. K. Developing pharmacogenetic evidence throughout clinical development. Clin Pharmacol Ther, v.88, n.6, Dec, p.867-70. 2010. Ma, Q. e A. Y. Lu. Pharmacogenetics, pharmacogenomics, and individu- alized medicine. Pharmacol Rev, v.63, n.2, Jun, p.437-59. 2011. 54
Pós-graduação Master em Ciências da Longevidade Humana Gouveia, N. Farmacogenômica/farmacogenética: realidades e perspec- tivas na prática clínica. MS thesis. 2009. Donato, J. L. Avanços e aplicações da farmacogenética. Disponível em: < http://www.synchrophar.com.br/pdf/Synchrophar%20Report_ n7.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2009. Menon, Sueli Zafalon; LIMA, Andréa Cristina de; CHORILLI, Marlus; FRANCO, Yoko Oshima. Reações Adversas a Medicamentos (RAMs). Saúde em Revista. Fev. 2005. 71-79. Metzger, I. F.; Souza-Costa, D. C.; Tanus-Santos, J. E. Farmacogenética: princípios, aplicações e perspectivas. Ribeirão Preto, 39 (4): 515-21, out./ dez. 2006. Shastry, B. S. Pharmacogenetics and the concept of individualized medicine. Pharmacogenomics J. 2006;6(1):16-21. Gurwitz D, Rehavi M. Pharmacogenetics: toward personalized medicine. Harefuah. 2005 Oct; 144(10): 711-6. Meira Lima, IV, Sougey EB, Vallada Filho, HP. Farmacogenética do tratamento da depressão: busca de marcadores moleculares de boa resposta aos antidepressivos. Rev. psiquiatr. clín. 2004; 31(1): Ehret MJ. Pharmacogenomics of antidepressant medications. Journal of Pharmacy Practice. 2006; 19(6): 342-52. Lynch T, Price A. The effect of cytochrome P450 metabolism on drug response, interactions, and adverse effects. Am Farm Physician Aug; 2007 Aug 1; 76(3): 391-6. Manolopoulos VG. Pharmacogenomics and adverse drug reactions in diagnostic and clinical practice. Clin Chem Lab Med. 2007; 45(7): 801-14. BrockmöllerJ,TzvetkovMV.Pharmacogenetics:data,conceptsandtools to improve drug discovery and drug treatment. Eur J Clin Pharmacol. 2008 Feb; 64(2): 133-57. Ojopi EB. Genotipagem das enzimas CYP450. Laboratório de Neuro- ciências. Instituto de Psiquiatria – Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Maio; 2009. 55
Search