A Voz deJORNAL DEFENSOR DOS INTERESSES DA VILA DE PAÇO DE ARCOS E DAS LOCALIDADES CIRCUNDANTESFUNDADO EM 1979 POR ARMANDO GARCIA, JOAQUIM COUTINHO E VÍTOR FARIA Diretor: José Serrão de Faria | Bimestral | N.º 12, Agosto de 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA
ESTATUTO EDITORIAL FICHA TÉCNICA1 – A VPA é um jornal bimestral de PROPRIEDADE: Associação Cultural “Ainformação geral na área da cultura e Voz de Paço de Arcos”da língua portuguesa, em particular na SEDE: Rua 1º de Maio, 6-A, 2.º Dto. 2770-defesa dos interesses dos habitantes da 140 Paço de Arcosvila de Paço de Arcos e das localidades E-mail: [email protected]. N.I.F.- 513600493 | E.R.C. nº 126726 DIRECTOR: José Serrão de Faria2 – A VPA pretende valorizar todas DIRECTOR-ADJUNTO: José Manuelas formas de criação e os próprios Marreirocriadores, divulgando as suas obras. SUBDIRECTOR: Maria Aguiar EDITOR: José Lança-Coelho 3 – A VPA defende todas as liberdades, [email protected] particular as de informação, COLABORADORES: António M. dosexpressão e criação. Ao mesmo tempo, Santos; Clara Patachão; Edgardo Xavier;afirma-se independente de quaisquer Fátima Pinheiro; Felismina Mealha; Fili-forças económicas e políticas, grupos, pe Coelho; João Pequito; João P. Sant’an-lóbis, orientações, e pretende contribuir na; José Lança-Coelho; José L. Silva; Josépara uma visão humanista do mundo, Marreiro; José Gago; Lena B. ; Luís Álva-para a capacidade de diálogo e o espírito res; Maria Aguiar; M.G.; Mario Matta ecrítico dos seus leitores. Silva; Paula Ferraz; Quilhosa Balsas; San- tos Zoio e Serrão de Faria4 – A VPA recusa quaisquer formas Fotografia: Santos Zoio, Tozé Almeidade elitismo e visa compatibilizar a Rodriguesqualidade com a divulgação, para levar a Capa: Aguarela de Serrão de Fariainformação e a cultura ao maior número Paginação: Andreia Pereirapossível de pessoas. Impressão: www.artipol.net Tiragem: 2000 exemplares. Facebook: www.facebook.com/avozdepacodearcos Redacção e Administração: Sede Publicidade: [email protected] Tel.: 919 071 841 (José Marreiro) Depósito Legal: 61244/92 Retrato de Maestro César Batalha Aguarela de Serrão de Faria2 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
EDITORIAL Dois anos de- mento de Igrejas Caeiro que, ao falecer, pois, aqui entre outras coisas, deixou o seu pa- estamos na trimónio a duas fundações, a Sarah Bei- continuação desta rão/António Costa Carvalho, em Tábua, aventura, que foi e a Marquês de Pombal, em Oeiras. A ressuscitar A Voz de esta última, deixou também a sua pró- Paço de Arcos. pria habitação e o recheio da mesma, Temos cerca de destinada a atividades de apoio à cul- 150 sócios, incluin- tura e solidariedade, pelo que desde já, do alguns, que in- incentivamos os seus amigos e institui- felizmente, já não ções a associarem-se a esta celebração.estão entre nós, como Joaquim Cou- Fazendo um rápido balanço destes doistinho, sócio fundador, nº1, e o grande anos de actividade da Associação Cul-capitão Mário Wilson, sócio nº 135, bem tural “A Voz de Paço de Arcos”, desta-como outros que, apesar da sua idade caríamos para além do lançamento devendem saúde como, Eunice Muñoz, doze números do nosso jornal, doissócio nº 100 e, Ruy de Carvalho, sócio salões de Artes Plásticas e uma visita ànº 150 que, juntamente com os nossos Casa Museu Fernando Namora.anunciantes, vão assegurando a conti- Na hora de comemorarmos o segundonuidade do jornal. Como meta, temos a ano de existência, prometemos fazerambição de chegar aos 200 associados, mais e melhor, para o que contamosaté ao fim deste ano de 2017. com o valioso apoio de todos.Contamos com todos para atingirmoseste grande objectivo. José Lança-CoelhoPara o ano, dia 8 de Agosto, vamos cele- (escreve de acordo combrar o centésimo aniversário do nasci- a antiga ortografia)Errata Silvino ValenteNo nº.11 da 3ª. série , de Abril/17, na pági- Écom pesar que lam-na 17, referimos, erradamente, que o pos- entamos a sessaçãoto de combustíveis do Largo Alves Redol do fiel e precioso colab-em Caxias, era explorado em sociedade orador Silvino Valente,entre o Sr.José Ribeiro de Magalhães e o no Jornal “A Voz deSr Cor Amilcar Carvalho. . Paço de Arcos” ao longo de mais de 20 anos. Ora acontece que esta sociedade exis-tia mas para explorar outro posto seme-lhante localizado na Damaia. Pedimos desculpa aos nossos leitores, eao Sr. Mário José Magalhães, pelos incó-modos que este nosso erro involuntáriopossa ter causado.Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 3
POESIA(no segundo aniversário da nova série d’A Voz de Paço de Arcos)Parabéns à Voz!(Re)Nasceste há dois anos.E desde então quantas palavras játe preencheram de Vida- esta nova Vida que te dãoos que amam a Vila e em ti a dizem,a espelham,a examinam,a melhoram?!Cada número é um ato de Amor (Re)Nasceste há dois anos- e nele as palavras e tens – todos sabemos – outras vidas.enleiam-se em ti E nesta encarnação,e o teu corpo estremece, como nas outras,ávido de novas, vibras por esta Terra,sedento de imagens, olhas por nós…apto a eternizar na alvura das páginasque o enformam (Por mais vidas que tenhas estarei sempreos pensamentos, aqui,os gestos,os momentos dentro de ti,que os que te dão Vida a fundir a minha à tua Voz.)nelas copiosamente depositam! António Manuel dos Santos4 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
ARTIGO DE CAPAÀ Conversa Com… Maestro César BatalhaVoz de Paço de Arcos: De vastís- M.C.B.: Também simo currículo o Maestro, que achava pouco apenas com 8 anos, já fazia par- atraente o solfejo,te do “Grupo dos Pequenos Cantores contudo, reconheçode Oeiras”, pelo que deduzo, que foi que era importan-certamente influenciado pelos pais… tíssimo, no contex-Maestro César Batalha : De certa for- to dos métodos dema, foi mais pela vontade de minha aprendizagem daMãe, pois o meu Pai, apesar de ter sido época. Quanto aosmúsico, achava que não deveria optar instrumentos, fui um pouco influencia-por essa carreira! do pelo maestro Freire Garcia, que era organista e o director musical dos “Pe-V.P.A. : Lembra-se certamente da quenos Cantores”.sensação experimentada, quando re-presentou o País, no Congresso Inter- V.P.A. : Muito pouco vulgar e, talvez,nacional dos “Petits Chanteurs” em inédito é ter sido nomeado organistaLourdes (França) ? titular da Igreja Matriz de Oeiras e jáM.C.B. : Foi um des- compor, fundar e dirigirlumbramento para O Coro de Santo Amaromim, estar naquele de Oeiras! Todas estasambiente e rodea- funções, em 1960! O quedo por mais de 6 mil quer dizer, aos 15 anos depequenos cantores! idade! Quer comentar?Recordo-me que in- M.C.B. : O ter sido no-terpretámos, entre meado organista titular,outras, uma peça de foi, talvez pela saída doBach “O Coral final da Professor já referido, quePaixão Segundo São achou que eu teria capa-João“. cidade e conhecimentos suficientes para o desem-V.P.A. : A aprendi- penho do mesmo! Nessezagem do Solfejo e ano, tive um verão com-da Teoria Musical, plicado! Muitas horas denão eram muito ma- trabalho e estudo comçadoras para um ra- ensaios, para dominarpazinho de 12 anos? a técnica do órgão, bem(Estou a dizer isto, Maestro César Batalha diferente da do piano!por experiência própria! Claro, que as Quanto ao coro, dirigia um na Igreja quebases são importantíssmas, inclusive, era litúrgico, mas os elementos que os in-para a escolha do instrumento) e que tegravam, eram praticamente os mesmosno seu caso, foram as teclas: piano e (cerca de 30 coralistas) e assim se deu iní-órgão, não foram? cio ao Coro de Santo Amaro de Oeiras.Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 5
ARTIGO DE CAPAV.P.A. : Desde a direcção de coros, à C-V. Abreviadocomposição diversa, quer para peças deteatro, infantis, programas de poesia e • 1981 - Medalha de Mérito Artístico daoutros de cariz musical, qual ou quais os Câmara Municipal de Oeiras.seus preferidos?M.C.B.: Todos são diferentes, mas a criati- • 1984 - Prémio de Popularidade da Casa davidade e o prazer de os conceber são unâ- Imprensa.nimes, desde que o público os reconheça eaplauda. • 1991 - Autor do Hino de Oeiras, cuja 1ªV.P.A. : E sobre o coro infantil? Como lhe audição, na Presença do Presid. da Repú-surgiu essa ideia? blicaM.C.B. : Bem, na verdade a ideia não foitotalmente minha, mas sim da minha mu- • Medalha de Agradecimento da Cruzlher, achando que aqui no Concelho seria Vermelha Portuguesa.bem aceite e… concordei de imediato, sóque não pensámos que os pais das crianças • 1993 - Diploma de Excelência Profissionaladerissem tão bem! Chegou a ter entre os do Rotary Club de Oeiras.60/70 elementos. A gravação dos c.d. coma música infantil “Eu vi um sapo” e a outra • 1997 - Apresentou em 1ª audição a sua“A todos um Bom Natal” foram um êxito! Missa Solene, na Cerimónia realizada naÀ primeira foi atribuído o 1º Prémio, no Sé Patriarcal de Lisboa, quando da impo-Sequim de Ouro, o certame internacional, sição de insígnias aos novos Cavaleiros daem Bolonha, a favor da UNICEF. A músi- Ordem de Malta.ca é de minha autoria e a letra de Lúcia deCarvalho, nome com que a minha mulher • 1998 - Dirigiu o Coro de Santo Amaro deassina as suas obras poéticas. Oeiras, nas cerimónias do 10 de Junho, naV.P.A.: Sem o querer maçar, gostaria de EXPO 98, a pedido do então Presidentesatisfazer a minha curiosidade, em rela- da República Dr. Jorge Sampaio.ção, a um prato “Vista Alegre” que pos-suo e que foi lançado para comemorar • 2000 - Inauguração do seu busto no cen-os 25 anos do tro de Oeiras, homenagem da Autarquia.coro. Sabequem o con- • 2003 - Participação nas festividades decebeu? Inauguração do Parque dos Poetas.M.C.B.: Sim,sim, com to- • 2009 - A pedido do Dr. Jaime Gama, en-do o gosto ! tão Presid. da Assembleia da República,Foi o Pintor Fernando Tavares, na época colabora nas festividades comemorativas(1985) desenhador da Câmara Municipal do XXXV Aniversário do 25 de Abril.de Oeiras.Muito tenho que agradecer-lhe, em meu • 2010 - Inauguração da Placa Toponímicanome e no de “A Voz de Paço de Arcos”. Rua do Coro de Santo Amaro de Oeiras, atribuída pela Junta de Freguesia de Oei- Maria Aguiar ras e S. Julião da Barra. • Durante todos estes anos, dirigiu vários coros, entre eles o Coro do Banco de Portugal, tendo participado igualmente como regente de várias Bandas Musicais e escrito partituras para peças de Teatro, poesia e etc.6 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
CAMINHOSDa Junção do Bem até ao monumentoa Gomes Freire de AndradeOnosso caminho começa no Iniciamos o Edifício da Associação Jun- nosso caminho ção do Bem, junto à estrada de descendo a anti-Oeiras, que acompanha, neste troço, o ga Rua da Costa,muro da Quinta de Cima, e logo a se- que está ladeadaguir ao Bairro Camarário, Bairro do por terrenos dasPombal por ficar defronte do pombal antigas quintaspombalino que fica no interior da refe- e que aguardam,rida Quinta de Cima. certamente, a oportunidade de Neste edifício, que foi construído por serem urbaniza-António Malheiros, dono da cadeia de dos dada a sualojas Val do Rio, para colónia de férias boa localizaçãode jovens com poucos recursos econó- junto ao centromicos, funciona atualmente a Escola da Vila. NumProfissional Val do Rio, que ministra nestes terrenoscursos técnicos de grande importância está a funcionarpara a formação de centenas de jovens um grande par-em áreas de grande empregabilidade. que de estacio- namento da San- Ao seu lado temos outro edifício, ta Casa da Misericórdia de Oeiras.também antigo, e igualmente ao servi-ço da população, onde estão instalados Já a chegarmos ao fim desta íngremeos Serviços Administrativos da Santa artéria temos o núcleo habitacionalCasa da Misericórdia de Oeiras. mais antigo de Rua da Costa Oeiras, onde recentemente a CMO recu- perou algumas casas para ha- bitação de jo- vens, ao lado de outras cujos proprietários também têm vindo a recu- perar. Esta rua en- tronca naque- la que é tida como a mais antiga de Oei-Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 7
CAMINHOSras, que é a Rua das Alcássimas, onde Largo do Avião Lusitânia, onde estáreside numa bela casa, de dois pisos o implantado o busto do Maestro Césarnosso homenageado da capa, o grande Batalha, homenagem da CMO pelosoeirense, Maestro César Batalha, que altos serviços por si prestados ao Con-durante muitos anos dirigiu, com a celho de Oeiras e à Cultura Portuguesa.ajuda de sua mulher D. Ema Batalha, oCoro de Stª. Amaro de Oeiras, que nes- Neste bonito largo, encruzilhada dose período granjeou grande prestígio trânsito que atravessa a Vila, e ante-nacional e internacional. câmara, para quem se dirige à CMO, estão instaladas lojas comerciais, o antigo edifício da Câmara, que hoje al- berga Serviços de Comunicação, o jar- dim com o chafariz e o pelourinho. Em Rua das Alcássimas Busto do Maestro César Batalha Também esta antiga rua está a rece-ber novos projetos, que aos poucos avão modernizando, sem perder o seucunho de época que está bem patentenalgumas construções que têm sidorecuperadas, mas mantendo as suasprincipais características arquitetóni-cas iniciais. Continuando a descer chegamos ao8 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
Pelourinho lado da ponte que atravessa o Rio de Oeiras, onde, após o arco do aqueduto,frente o bonito edifício onde está ins- vislumbramos à direita, a Quinta detalada a sede da Delegação de Oeiras Cima, onde uma eguada se alimentada Liga dos Combatentes Portugueses. nos seus pastos verdejantes. Mais aci- ma, bem no interior da quinta, uma ex- Prosseguimos pela estrada conhe- traordinária obra, a Casa da Pesca, quecida pelo Sobe e Desce, dado o ondu- está vedada ao público por estar em grave estado de ruina, nomeadamente Arco do Aqueduto (Sobe e Desce) os edifícios contíguos ao lago e estru- turas de apoio, cujos tetos estão a cair. Os azulejos decorativos são de grande valor cultural. Têm havido várias iniciativas pressio- nando o Ministério da Agricultura para que encontre uma solução que ponha cobro a este estado de coisas mas con- tinuamos a não ter notícias positivas sobre este caso tão importante para a cultura do concelho e do país. Que em breve possa ser encontrada a tão alme- jada recuperação deste rico patrimó- nio são os anseios dos oeirenses. No lado esquerdo da via temos o rio, e onde outrora foi a vacaria do Sr. Firmi- no, surge-nos agora um bonito jardim parque de estaciona- mento, as entradas para a Adega e para o Lagar de azeite, es- truturas que estão ao serviço da cultura. Após o portão da Estação Agronómi- ca – Inst. Nacional de Investigação Agrá- ria e Veterinária, I.P. viramos à esquerda para a Rua Salvador Allende, onde o edifí- cio do Centro de Saú- de (Unidade de Saú- de Familiar S. Julião) presta os seus servi-Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 9
CAMINHOS Casa de Pesca ras está instala- da a esquadraços à população. Esta artéria segue em da PSP, e nolinha reta, ladeada de belas moradias largo seguintedos anos 40/50 do séc. passado e vai temos o acessoacabar junto à estação do caminho de à nova estação,ferro da REFER. subterrânea, o terminal de ca- No antigo edifício da Estação de Oei- mionagem, e a praça de táxis. Aqui estão localizados al- guns serviços de interesse público, como consultórios médicos, labo- ratório de aná- lises, imagiologia, farmácia, restauran- tes e outros comércios. Em frente deparamo-nos com o Jar- dim de Oeiras, com as suas frondosas, e muito antigas, árvores que rodeiam um terreno aberto onde se realizam10 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
as Festas da Vila e outros certames de cultura e lazer. Descendo descobrimos junto ao por- tão um recente parque destinado ao lazer e treino de cães, o que denota o interesse cada vez maior da CMO, a par de muitas outras instituições e so- bretudo a generalidade dos cidadãos, em proporcionar melhores condições de vida aos animais, o que é ao mesmo tempo, uma melhoria de vida para os cidadãos.Rio de OeirasInst. Nac. Investigação Agrária e Veterinária, I.P. Unidade de Saúde Familiar S. Julião No interior deste jardim, ladeado por frondosas e antigas árvores, uma estufa fria, e um ginásio, onde até 1967 havia um picadeiro que foi destruido pelas cheias, morreram então muitos cavalos. Temos o recinto onde se rea- lizam as Festas do Concelho, e outros certames culturais e de lazer durante todo o ano. As boas sombras, e a exis- tência de mesas e assadores, permitemJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 11
CAMINHOS a nosso ver, a sua manutenção como exemplo da sua época. Retomamos o nosso caminho pela rua S. Pedro do Areeiro, que ladeada de belas moradias, nos leva até junto da Estrada Marginal, mas antes temos de referir que ao nosso lado direito, temos Ponte (Caminho de Ferro)que a população o utilize para os seusconvívios, especialmente no verão. Por cima surge-nos imponente a pon-te do caminho de ferro, estrutura queé um bom exemplo da engenharia doferro da escola do célebre eng. Eiffel. O Antigo Tribunal Judicial Jardim de Oeiras (Recinto das festas da Vila) Prédio recuperado para Alojamento Localdesenho atual já não é o original poisaquando duma obra de manutenção erecuperação foi alterado. Porquê? Nãosabemos mas teria sido interessante,12 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
o edifício do antigo Tribunal Judicial, Pintor e Escultor Luis Vieira-Baptistahá muito desativado (após construçãodo atual edifício que concentrou to- guimos o nosso caminho, previamen-dos os serviços do Ministério da Jus- te definido, pelo que voltamos à direi-tiça de Oeiras). Este bonito Palacete,com grande jardim e instalações afins, ta, na rotunda, paraaguarda por um projeto, que terá de a Rua Aljubarrota.ser de grande qualidade dadas as suas No lado esquerdocaraterísticas, e boa localização. Faze- surge-nos uma matamos votos que não demore para evitar frondosa, atrás daa sua total degradação. qual está implanta- da a urbanização do No lado esquerdo, na rua Cidade do Alto da Barra, cons-Mindelo um conjunto de moradias tituída por prédiosgeminadas substituíram uma vivenda de habitação de boaexistente e no gaveto, novas constru- qualidade, e bemções surgiram recuperando o seu ritmo servida de serviçosde construção após a queda verificada através da implan-com a crise financeira provocada pela tação dum bem di-crise do imobiliário. mensionado Centro Comercial, com su- Estamos em frente ao Rio Tejo, per- permercado e lojasto do mar. Daqui avistamos o Farol do dos ramos mais soli-Bugio, o Forte do Areeiro, o monumen-to “Nau” de autoria do nosso associa-do Luis Vieira-Baptista, a praia de Stº.Amaro e o túnel de acesso ao Inatel. Resistindo ao apelo da paisagem se- “Nau” autoria de Luis Vieira-BaptistaJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 13
CAMINHOSAuditório César Batalhacitados pela população e escritórios de encontra o Auditório César Batalha,serviços diversos onde hoje dia 8/9/2017, nos encontra- mos a homenagear o nosso grande É neste edifício de boa traça, que se Maestro que lhe Galerias Alto da Barra dá o nome. Em boa hora a CMO decidiu ser esta uma manei- ra de reconhecer, e imortalizar, o mérito do seu labor ao serviço do Coro de Stº. Amaro de Oeiras. É neste Auditório que o Coro conti- nua a trabalhar, a formar músi- cos e cantores, e a divulgar a mú- sica portugue-14 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
sa, e também de outras origens, já que se trata duma linguagem univer- sal, que serve de elo de ligação entre os povos e as culturas. Em frente ao C. Com. temos um muro que cerca as instalações da Nato, de que não falare- mos por agora. Dentro do terreno cercado onde se encontram estas ins- Maestro César Batalha 15Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
CAMINHOS Monumento de Gomes Freire de Andrade Texto de José Marreiro, Aguarelas e Desenhostalações está um monumento a GomesFreire de Andrade, de que nos vamos de Serrão de Faria, Fotografias de Toséocupar em breve. Almeida Por agora ficamos por aqui, já vailonga a nossa viagem por Oeiras/Altoda Barra. Para nós valeu a pena, faze-mos votos que para si caro leitor tam-bém tenha sido proveitosa esta nossapequena aventura. Até á próxima.16 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
HOMENAGEMCésar Batalha, Maestro e Compositor“Há coisas que não se questionam, acontecem. E o que vai acontecen- quer aos seus do, por vezes, transcende-nos.” Coros, quer a As palavras que aqui ficam foram escri- variados tra- tas por César Batalha a propósito da co- balhos para o Teatro, dememoração dos trinta anos de existên- que me aprazcia do Coro de Santo Amaro de Oeiras salientar apor ele fundado e dirigido. peça “AntesSeguiram-se mais vinte anos dedicados de Começar”,à sua actividade naquele Coro, ao Coro de AlmadaInfantil, ao Com-Clave e ao Contrapon- N e g r e i r o s ,to, que também fundou e dirigiu. Tudo e n c e n a d aisto sem esquecer a escrita de inúme- por Sinde Filipe.ras composições musicais destinadas Escreveu ainda toda a música para as peças “As Ciganas” e “A Farsa de Inês Pereira” de Gil Vicente, representadas pelo Teatro Experimental de Cascais. Dá-me especial prazer evocar também, dado que nela eu próprio participei in- tegrado num naipe do CSAO, a Cerimó- nia de Imposição de Insígnias aos novos Cavaleiros da Ordem de Malta, realiza- da em 1997 na Sé Patriarcal de Lisboa onde foi cantada em 1.ª Audição a sua Missa Solene. Foram também inúmeros os convites que recebeu de entidades oficiais, de que há a referir, em 1992 o Ministro da Agricultura, em 1996 o Presidente Mário Soares e, em 1998, a propósito da Expo” o Presidente Jorge Sampaio. Neste acon- tecimento o CSAO cantou, em primeira audição, a peça Astrolábio, compostaJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 17
HOMENAGEMpara um poema de Manuel Alegre. ta biografia do Homem que tenho vindoNão cabe no curto espaço que um a referir. Uma homenagem equivalentejornal permite toda a actividade ao busto que, em dado tempo a Câmaradesenvolvida pelo Coro de Santo Municipal de Oeiras mandou executar eAmaro de Oeiras com o seu maes- se patenteia numa das ruas da vila.tro. O que posso testemunhar é Não há muito tempo tive ocasião deo entusiasmo da assistência aos bater à porta do maestro para uma visitaconcertos de que eu próprio par- indispensável à execução deste trabalho.ticipei e cujo ecletismo os caracte- Foi amigável a troca de palavras entrerizava. No reportório havia música o maestro, a Sra. D. Ema, sua mulher ede Beethoven, de Haiden, ou de grande apoio, e eu próprio, tendo resul-Bach, por exemplo, mas também tado dessa breve conversa a visita a umapeças ao gosto comum, tais como singular cave da casa: ali existe complexaas simples canções populares e até rede de caminhos de ferro com os com-o fado, todas elas com os arranjos boios em miniatura, “brinquedos” quecorais da autoria do Maestro. desde tenra idade têm servido a CésarLembro-me por exemplo de que em Batalha para de uma forma lúdica sedada altura, acabando de cantar em certa abstrair das responsabilidades da vida.igreja de Lisboa cujo nome agora não me João Pequitoocorre, vislumbrei, numa das primeirasfilas a figura do grande Fernando Lo-pes-Graça aplaudindo, de mistura comtodo o público, o Coro de Santo Amarode Oeiras, dirigido como de costume porCésar Batalha.Cabe também referir que não é de tododespicienda a expressão gestual domaestro, tão bem expressa no retrato queo director deste jornal, Serrão de Faria,executou, para servir de capa ao númeroque agora aqui está patenteado.Um dia, que não desejo longínquo,há-de acontecer que alguém se lembreescrever e editar em livro uma comple-18 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
CONTOSCafé Duplo bidas brancas, que, desta cor, só tinham as manchas que deixavam infinitamente noPor uma tarde soalheira de Verão, fígado dos muitos que as emborcavam. entraram na tasca do Ti Alberto da Abóbora, dois casais que, pelos seus Os quatro forasteiros aproximaram-semodos, se via logo que era dessa gente de do alvo balcão marmoreado com laivosLisboa, que andavam ‘encigueirados’ a acinzentados aqui e ali, e o homem, quecomprar montes alentejanos que era uma parecia o mais velho do grupo, disse res-coisa mesmo parva. peitosamente: Ti Alberto da Abóbora tinha uma casa - Boa tarde, são três bicas e um caféde comércio – a “Progresso” - aberta na al- duplo.deia, havia mais de trinta anos, que, comoele próprio dizia, tanto vendia ‘pozes’ para - Muito bem – respondeu Ti Albertopôr na batata nova não deixando formar a da Abóbora, sem mostrar a atrapalha-terrível borboleta que a consumia, copos ção que, de imediato, o invadiu, logo quede vinho branco aos cabeludos e porcos ouviu o último dos pedidos.‘alemões’ que apareceram e tomaramconta das terras da planície, ‘caféses’ aos «Café duplo?, mas que raio seria aqui-‘espanholes’ que tinham vindo encher os lo que o lisboeta se lembrara de pedir?terrenos com oliveiras anãs, ‘buidas’ al- Nunca ouvira semelhante nome, na trin-coólicas aos bêbedos locais, como ferra- tena de anos que já levava à frente da tascaduras para calçar as bestas, antes de elas “Progresso”. Modernices, com certeza, dasaírem para o campo nos seus trabalhos esparvoada capital, pensou, ao mesmohabituais. tempo que, para não dar parte fraca, co- meçou a tirar das entranhas da ‘mánica’ Fizesse a impiedosa chuva ouvir-se com a habitual e quotidiana trilogia de bicas,estrondo no telhado de zinco da baiuca, esperando, sempre, um milagre que o sal-ou o inclemente sol abrasasse o topo da vasse de ter de revelar a sua ignorância.”tasca revestido a canas de bambu, Ti Al-berto da Abóbora envergava sempre, den- Quando as três bicas chegaram ao bal-tro de casa, como já se percebeu, aquele cão, os lisboetas que as tinham encomen-boné puxado para a frente, que lhe tapava dado, não as querendo tomar, por umaa cara trigueira curtida pelas contrarieda- questão de educação, sem o pedido dodes da vida, e lhe acompanhava as negras seu quarto companheiro estar satisfeito –e largas suíças que lhe desciam rosto abai- o tal do café duplo -, cravaram os olhos noxo, terminando em bico e confundindo- dono da casa, esperando que este se des-se com o espesso bigode que se formara pachasse, para que todos, em conjunto,sobre o grosso lábio. pudessem saborear as suas escolhas. Quando os presumíveis lisboetas entra- Nesse momento, Ti Alberto da Abóboraram, reinava uma fase de acalmia junto ao entrou em pânico. Pegou numa chávenabalcão, onde as pequenas garrafas de cer- de bica, levou-a até à boca da máquina,veja, – as ‘minis’ –, como as designavam os mas, hesitava sem saber se havia ou nãohabitantes da aldeia, rivalizavam com as de tirar o desconhecido café duplo parachávenas de café e os pequenos e bojudos aquele recipiente. Entretanto, ao baixarbalões, onde se deitavam as chamadas be- a cabeça, colocando-a junto ao tubo por onde saía habitualmente o café, o seuJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 19
CONTOSboné traiu-o e, caiu-lhe da cabeça. Não lisboeta que pedira uma das três bicas.querendo mostrar a calva que já se adivi- Este, estendeu a mão, apontando umanhava, com a mão desocupada, endireitou chávena que era o dobro daquela em queaquela peça de vestuário imprescindível à se serve a costumeira bica e disse, desven-sua personalidade. Porém, o companhei- dando o tenebroso e intricado mistérioro de tantos anos não se solidarizou com que acabrunhava o dono da baiuca:ele, e, fez menção de se atirar, de novo,para o chão. Mais uma vez, a mão livre - Um café duplo é servido nessa cháve-de Ti Alberto da Abóbora empurrou o na.boné para o local de onde nunca deveriater saído, agora perlado de bagas de suor Como se tivesse ouvido um recado ce-que se haviam formado na calva lustrosa lestial, Ti Alberto da Abóbora sorriu e,da personagem, devido ao embaraço em como bom alentejano que era, que nuncaque se encontrava, diante dos olhos dos se dava por vencido e era sempre o me-lisboetas que o trespassavam como efica- lhor do mundo, respondeu ao lisboeta:zes navalhas de cortar pão e toucinho, tra-balhando nas mãos de assalariados rurais - Eu sei, estava só a ver se vocemecêsque iludiam a milenária fome alentejana, também sabiam!sentados num ‘pialito’ de desespero. Ufano e contente por ter vencido mais E foi neste momento de aflição que, esta prova e enganado os lisboetas que,o anjo dos taberneiros – sim, porque tal julgava, o queriam tramar com a sua ig-como todas as profissões, também estes norância, Ti Alberto da Abóbora tirou otêm o seu protector - fez a sua aparição, café duplo para a chávena, pô-la sobrerealizando o pretendido e há tanto tempo um pires, e claro, como já estava dentro daaguardado milagre pelo dono da tasca. verdade e era inteligente, não deixou de o servir com… duas colheres e dois pacotes Mais miraculoso ainda, foi o facto do de açúcar!instrumento do milagre, sem dúvida, co-mandado pelo anjo dos tasqueiros, ser o Monte do Carrascal, Alentejo, 25 de Se- tembro de 2011 José Lança-CoelhoApresentação do Jornal 11Realizou-se na sede dos Unidos Caxienses a apresentação do Jornal nº 11 com EsmeraldaAmoedo e amigos.20 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
Camilo e o armário do Padre MalagridaNos longinquos anos quarenta, ini- da localização e do preço que queria , etc. ciei as minhas leituras de adoles- etc. Aos meus pais, agradou-lhes de ime- cente, com os romances de Camilo diato. Era mesmo daquilo que precisavam!Castelo Branco. O celebérrimo “ Amor de Contudo, o meu pai, fez uma contra-pro-Perdição , Agulha em Palheiro, O Morga- posta, que consistia, no seguinte: Compro-do de Fafe e tantos outros ! Vem isto a pro- metia-se ao pagamento da renda mensalpósito, do romance histórico “O JUDEU” exigida, se as obras de que a loja carecia,que finalizei há pouco e cujo personagem tais como pinturas e a instalação de outracentral é, o também escritor António José casa de banho com duche, ficassem a seuda Silva. O rigor com que a sua biografia cargo. Entretanto, o senhorio ia enumeran-é descrita, transporta-nos aos crimes pra- do o mobiliário que deixava ficar, até queticados pela Igreja. A Inquisição e o Santo referiu como se fosse “a joia da coroa”, oOfício. Durante a narrativa o autor, cita armário das 4 portas do Padre Malagrida,uma ou duas vezes o Padre Malagrida, do tempo do rei D.João V, feito em madeirasem lhe dar grande destaque, mas quase dos “Brazis”! A minha mãe sorriu e vocife-no final, ficamos a saber que foi uma das rou: Trastes, trastes!. Ficou então aprazadoúltimas vítimas queimadas pela Sagrada pelas duas partes, que no dia seguinte, da-Inquisição. riam a resposta final, já que ( o travesseiro,Passados que são, mais de 40 anos, desde era bom conselheiro ). Para finalizar, acres-que ouvi aquele nome pela primeira vez, centarei apenas, que chegaram a acordo,relembrei o seguinte episódio: Os meus prevalecendo o que o meu pai propusera.pais iniciaram a sua vida comercial, com Afinal, ele é que era o dono e tinha a suauma pequena indústria de confecção de equipa de operários de obras montada. Oroupa (1934/35) que felizmente estava a prazo para as mesmas, seria dum mês, atéprogredir, necessitando portanto de mais à realização do contrato de arrendamento,espaço para a sua expansão. Alguém, lhes deixando o futuro inquilino, igualmentecomunicara que estava para trespasse uma uma caução, como garantia; ficando assimloja, cuja área, devia ser a ideal, para instalar selado com um aperto de mão! (Naquelea oficina. Lembro-me que fui com eles ver tempo, era assim!!! ). Eu, como miuda deo local, situando-se o mesmo, nas Janelas 6 anos, estava radiante! Ali, poderia andarVerdes, em frente do Museu de Arte Anti- de tricículo qundo me apetecesse, poisga. O proprietário, abriu a enorme porta de não tínhamos vizinhos a quem incomodarferro ondulado e falando sobre a vantagem e o chão era todo em mosaicos! TambémJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 21
CONTOSrecordo, de a mãe dizer, que era uma boa apenas a colocação do contador eléctricoaltura para as férias do pessoal e para a e que as chaves da loja estavam em podernossa habitual ida para Sesimbra. Daí a da inquilina do 1º andar, pois não sabia auma semana ía começar o mês de Agosto. hora a que chegaríamos. Na verdade, nemNa época não tínhamos carro, não haviam nós sabíamos o que nos estava reservado!as pontes e a deslocação estava sujeita aos A camioneta da carreira que nos traria decacilheiros na travessia do rio, até Cacilhas regresso às seis horas da tarde, a meio doe depois até à praia,às camionetas de car- percurso teve um furo e… (nessa época erareira. O meu pai, havia combinado com o vulgar) quando chegámos ao Terreiro dosenhorio, que tinha preferência na pintu- Paço, pouco faltava para as nove da noite.ra das paredes em cores claras e noutros Fomos para casa de táxi, mas já era tardepormenores, pois não podia deslocar-se a para ir ver a loja! Ainda para mais, não tí-Lisboa com a frequência que desejaria… nhamos jantado! Telefonou então o Pai,- Sim senhor, podia estar descansado que para o Sr. Lopes, contando o que sucederao seu mestre de obras era de confiança e e combinaram o encontro para a manhãmuito competente! A partir daquele dia, do dia seguinte. Que pena, eu não ter idoas conversas dos meus pais giravam sem- com eles! Quando acordei,a empregadapre à volta desse assunto e do compromis- disse-me, que já tinham saído há mais deso que tinham assumido com o Sr. Lopes. duas horas! Ouvi tantas vezes falar nisto,Foi assim, que começaram a referir-se-lhe, que é, como se lá tivesse estado e assistidoquando trocaram os cartões de visita. Já ao que se passou... A porta ondulada, esta-em férias, o pai telefonara-lhe, dando o te- va aberta e o sol iluminava o interior!lefone do restaurante, onde era habitual Gostaram os Pais do aspecto que a lojajantarmos para qualquer eventualidade apresentava. Da cor da tinta aplicada, dasque pudesse surgir. Os dias íam passando louças das casas de banho, etc. etc. O se-rápidos e mais do que uma vez, entraram nhorio, porém, não se cansava de dizerem contacto. Foi numa dessas ocasiões que tinha uma grande surpresa! E que sur-que o senhorio perguntou se achava bem presa! Quando chegaram á última divisão,que as pinturas incidissem em tons de que era considerada a cozinha, depararamverde… Não, por razões clubísticas, mas com o “ Armário das 4 portas do Padrepor idealogia, até era uma cor que o pai Malagrida “ feito com o mogno dos Bra-apreciava, por ser “esperantista”. Dois dias, zis, também pintado , de verde, mas aindaantes das férias acabarem, o Sr. Lopes te- mais berrante que o das paredes!!!lefonou à hora do jantar, comunicando,que as obras estavam terminadas, faltando Maria Aguiar22 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
Mini biografia de: CAMILO CASTELO BRANCONascido em Lisboa, no ano de 1825, viveu escritor nacional,a maior parte da sua atribulada vida no à parte Luís denorte do País. Foi um dos mais prolíferos Camões, teve naescritoresportugueses,abrangendotodos vida Cultural Por-os géneros literários, sobressaíndo da sua tuguesa, quer emvasta obra, o romance. De temperamento termos de apreçoimpetuoso, acabou com a própria vida em e estudo, quer em1890. Pouco tempo, antes do suicídio, foi termos populares,agraciado com o título de Visconde Cor- que o glorificam,reia Botelho. como um génioDo estudioso Camiliano “J. do Prado sentimental Lusi-Coelho”, trancrevemos : “Nenhum outro tano.”Mini - Biografia do PADRE GABRIEL MALAGRIDANascido em Itália em o passamento do mo-1689 e, já então em Lis- narca, o Marquês deboa no ano de 1733, Pombal, escolheu-oparte para o Maranhão para vítima do seu ódio( Brasil ), como missio- aos Jesuítas, fazendo-onário. Apesar das suas condenar como herege,virtudes de visionário pela escrita dum livroe escritor, tinha um sobre a Mãe de Jesus.temperamento exalta- Foi garrotado e quei-do. Foi ele que assisriu, mado pelo Santo Ofí-aos últimos momentos cio, em Lisboa no anodo rei D. João V. Após de 1761.Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 23
ASSEMBLEIA GERAL24 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
CULTURAJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 25
EMPRESAS - Casa JoãoÀ Conversa com...Maria Helena e João Nicolau SantosEm primeiro lugar, quero agra- generalidade da camada etária desta decer-lhes em nome de “A Voz senhora! Deve ter sido muito difícil, de Paço de Arcos” a disponibi- sobreviver, à tão falada “crise”? (en-lidade, para darmos a conhecer aos tretanto a esposa, já tinha chamadoleitores, o percurso de vida que têm um táxi para a fiel cliente ir ao Oei-feito e que é um exemplo de tenaci- ras Parque e de imediato, em jeito dedade, honestidade e perseverança. pergunta, interpelou-me:Voz de Paço de Ar-cos - Há quanto M.H. - Se foi difícil! E continua a sê-tempo estão aqui -lo, pois a instalação dos Centros Co-estabelecidos? merciais acabou com a maior parteD. Maria Helena do pequeno comércio em várias áreas.- Desde 1958: mas, Também tivemos obras, aqui na rua,não neste espaço.Primitivamente, foino prédio aqui dafrente; onde estáaquela montra dafarmácia; local queo meu marido to-mou de trespasseao Sr. Abreu (en-trou uma cliente e anossa conversa, foiinterrompida).V. P. A. – Notando a atenção que lhefoi dispensada, apercebi-me, que erauma senhora de idade avançada e co-mentei com o marido. – Deduzo, que amaioria dos fregueses, devem ser, ,na26 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
durante largos meses, com a agravante namorado não lhe agradava a ideia dede não haver estacionamento. eu me empregar e a minha Mãe, par-V.P.A. - Não nasceram aqui na Vila, tilhando a mesma opinião, achou quepois não? Como é que se conheceram? estava na altura de me ensinar o queJ.N. - As nossas Famílias viviam no eram os trabalhos domésticos e casá-Cacém, éramos quase vizinhos e os mo-nos em 1962, na Conservatória donossos Pais colegas de trabalho, am- Registo Civil de Oeiras, sendo o tradi-bos eram ferroviários e na época toda cional copo de água na Casa Bonvalot:a gente nas terras pequenas se conhe- na época, uma das melhores pastela-cia. Eu, sou mais velho, do que a minha rias do Concelho, cujo dono era o Sr.mulher 8 anos e na adolescência, eu já Pinhanços. Mais tarde ficaria conheci-tinha 20 anos e ela , era uma miúda, da por Casa dos Cacetes e está agoraao pé de mim (foi agora a vez da Maria no estado que se vê !Helena, o interromper…)! J. N. - E eu, quando fiz a Primária, por-M. H. - Até foi engraçada, a maneira que tinha a mania da mecânica, matri-como nós começámos a namoriscar! culei-me na Escola Industrial Macha-Ou melhor, como nos apercebemos do de Castro. Contudo, os meus planosque…foi no casamento duns amigos saíram furados, porque um amigo docomuns. meu pai, entretanto arranjou-me umV. P. A. - E namoraram alguns anos, emprego, (parece-me que estou a ou-até darem o nó? Foram só 6 anos! (An- vi-lo dizer) : - Ó João, amanhã, já vaistigamente era assim!) “Risos”!!! trabalhar para uma fancaria, na Calça-M. H. - Após a chamada instrução pri- da do Combro, perto da tua escola. Eu,mária, os meus Pais, matricularam-me não fiz perguntas, mas aquela palavra,na Esc. Secundária Pedro Santarém, desconhecida para mim, cheirava-meonde fiz o Primeiro Ciclo (hoje, 5º e 6º a facas de metal… Calcule a decepção,anos), que me deu acesso ao Curso Su- quando entrei como marçano, paraperior de Secretariado da Escola Lusi- uma loja de tecidos e roupas (risadatânia Feminina, onde tirei dactilografia geral)! Até hoje, tem sido sempre come estenografia , entre outras. Quando se o que tenho lidado.terminava o Curso, a própria escola ar- V.P.A. - Mas, lembro-me sempre deranjáva-nos logo emprego, mas, o meu ver aqui na loja máquinas de costu-Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 27
EMPRESAS - Casa Joãora da Singer! Era assim, como se fosse “net”, está sempre saudosa.um representante, não? V. P. A. - Tem algum episódio queJ. N. - Mais, ou menos… Hoje em dia, as queira recordar?pessoas têm mais necessidade de man- M.H. - Por acaso até tenho: Um encon-dar reparar as máquinas usadas. As ra- tro inesperado que aconteceu há anosparigas, que querem aprender costura, e me deixou bastante feliz! Como vê,ficam com as máquinas das mães ou já estou emocionada… Um dia, estavadas avós. aqui atrás do balcão, quando vi entrarV.P.A. - Fazendo contas por alto, já ce- por aquela porta uma senhora, quelebraram as Bodas de Ouro… Estou logo reconheci, apesar de terem pas-certa? sado largos anos. A dita Senhora, ha-M.H. e J. N. - Quase em uníssono, res- via sido minha professora de Desenhoponderam felizes. Foi um presente do no Preparatório. Era a Srª. Dr.ª Marianosso filho, que vive no México, em Helena Correia, esposa do EscultorCancun, que teve a ideia e custeou Joaquim Correia. Claro, que a Profes-tudo, o que esta viagem implicou. sora não me reconheceu, mas eu nãoV.P.A. - É verdade, agora estou a lem- pude deixar de lhe dizer quanto gos-brar-me, que tinham um casal; uma tava das aulas e da pessoa que as mi-menina e um rapaz que salvo erro, se nistrava! Foi através duma fotografiachama João, não é? de grupo de alunas e Professores, queM. H. - Exactamente! E graças a Deus depois lhe mostrei, que me identificou.são muito bons filhos! Todos os dias, o Até hoje, continua a visitar-nos, acom-João telefona para saber de nós e dar- panhada das filhas, comovendo-menos também notícias da Família , que sempre com a simpatia que lhe é pe-ele entretanto criou. Já nos presen- culiar!teou com 3 netinhos. Da nossa filha, V. P.A. - E assim chegámos ao fim des-também temos um neto, o João Luís, te bate-papo, que agradeço e que dumque já fez 25 anos. A Maria de Fátima modo geral, possa servir de exemplo eé igualmente muito carinhosa, estan- de reconhecimento.do sempre atenta a que nada nos falte!Tem uma adoração enorme pelo irmão Maria Aguiare apesar de falarem todos os dias pela28 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
A VELHICE E A SUA DIGNIDADE*O que é ser feliz?Afelicidade deve ser o mote para toriamente” estar o tempo todo com um governantes e dirigentes nas suas sorriso rasgado em rosto aberto. Todos tomadas de decisão. temos angústias, medos, ansiedades sen-É de facto um conceito muito abstracto. O timentos negativos, que devemos saberque quer dizer felicidade? contornar de modo a não influenciar emCriou-se o conceito, sob o ponto de vista demasia no nosso astral.material, isto é, capacidade de adquirir Na minha opinião, o segredo da felicida-bens inimagináveis, aos comuns dos mor- de está na maturidade. É aprender a acei-tais. tar o que a vida nos apresenta, é ter equilí-As constantes crises vieram provar o con- brio emocional para lidar com as diversastrário. A massa crítica veio impor restri- situações do dia a dia.ções à ostentação e esbanjamento da Sem as emoções diárias, deixaremos desociedade, ao ponto de ser indigno a exi- viver experiências novas, e a nossa vidabição desnecessária de sinais exteriores entrará na zona de conforto e possivel-de riqueza. mente ficará sem sabor. A exemplo de umOs tempos mudaram. Diariamente, fa- filme ou um evento monótono que nãola-se de défice orçamental, dos “ratings” provoca emoção nenhuma… nem as boasmanipulados, ao ponto de deixarem falir de se sentir, e nem as mais difíceis. Nes-Bancos e Empresas, prejudicando uma se caso, se alguém te perguntar se é umagrande parte da felicidade de todos nós, pessoa feliz, é possível que respondamosporque somos as principais vítimas. “ que não”...Apesar de não podermos viver dissocia- Quando nos perguntam se estamos feli-dos do dinheiro, vamos “descobrindo” zes, a nossa resposta deverá levar em con-outras alternativas em busca da felicida- ta, a nossa vida no geral e não aquele diade, os chamados valores essências para a específico.condição humana, como sejam a família, E o meu caro leitor é feliz?a cultura, o convívio, o entretenimento,etc… *Luís ÁlvaresAs empresas com visão do futuro vãoapostando na parte da saúde e lúdicados seus colaboradores, porque há cons-ciência plena que a produtividade é con-sequência de um corpo são numa mentesã desempenhando assim as tarefas comgosto e prazer constituindo meio cami-nho andado para a felicidade.Pretendemos uma sociedade feliz, riso-nha e alegre, ao invés da exploração e mo-notonia “cinzentista”, que nos foram im-postas nos primórdios do século passado.Ser uma pessoa feliz não implica “obriga-Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 29
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO CONCELHO DE OEIRASHá 157 anos uma tourada em Paço de ArcosF oi a 10 de Setembro de 1860, no Ponte. reinado de D. Pedro V, faz agora Quanto ao elenco da tourada, diga-se em 2017, 157 anos que se realizou que ele comportou como cavaleiros ouma memorável tourada em Paço de conde de Vimioso e o conde da Vidi-Arcos, terra com tradições tauromá- gueira; como toureiros a pé o escritor,quicas. hoje esquecido, D. Tomás de Melo,Por esta época, Cascais ainda não ti- Francisco Ottolini, e o rico burguêsnha o estatuto que veio a adquirir de Henrique Burnay, que mais tarde re-terra aristocrática, pertencendo essetítulo a Paço de Arcos que, com a ex-celência da sua terra aliada à maravi-lhosa praia de que ainda hoje disfru-ta, albergava o sumo da aristocracia eda alta burguesia nacionais.Com esta distinta frequência, decidi-ram alguns dos jovens da época, or-ganizar uma corrida de touros, quecumpriu «quase» todos os preceitosda tourada à antiga portuguesa, e digoquase, porque não foi cumprida umaregra fundamental da tauromaquianacional que, ainda actualmente é ob-servada. Não revelo já do que se trata,para não tirar o interesse à história.Mas quando digo que «quase» todosos preceitos foram cumpridos, cha-mo a atenção para o certame ter tidoa presença do «neto», o homem todovestido de negro que conduz a corridaà antiga portuguesa, e que no presen-te caso foi desempenhado por Manuel30 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
ceberia o título de conde de Burnay; e, com os nossos dias, talvez que o entu-como forcados, Miguel de Sá Noguei- siasmo então verificado, se possa com-ra, oficial de cavalaria do exército ita- parar com as lides de touros de morteliano, João Galache, João Ferrão e D. verificadas em alguns pontos do país,Manuel Nisa. nomeadamente, em Barrancos.Vamos então desvendar, por que disse- O citado D. Tomás de Melo, no seumos que nem todas as regras da corri- livro de 1904, Contos e Casos, refereda foram cumpridas. Desde o reinado que a juvenil imprudência lhe trouxede D. Pedro II que está legislado que, muito medo, escrevendo que «me dis-os touros não podem ser corridos em tingui pelo bem que fugia, quando opontas, isto é, desembolados. Ora, na touro, a trinta metros de distância, metourada a que nos reportamos, ocorri- fixava com seu olhar faiscante e amea-da em Paço de Arcos, há 157 anos, hou- çador» (pág. 20).ve um touro que não tinha as hastes José Lança-Coelhoemboladas e foi corrido assim, poden-do perfurar um dos jovens e irrespon-sáveis intervenientes. A assistênciarejubilou com o facto agora narradoe, querendo estabelecer um paraleloJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 31
TOPONÍMIARuas de CaxiasNa Rua Calvete de Magalhães . no gos com exercício no Paço”; “Formação sentido Caxias/Paço de Arcos, do federalismo no Brasil”; “Memórias encontramos do lado esquerdo contendo a biografia do Vice Almiranteesta praceta, depois da Rotunda Baden Luiz da Motta Feo Torres, história dosPawell. governadores e capitães generais de An-João Carlos Feo Cardoso Castelo Bran- gola e a descrição geográfica e políticaco e Torres, nasceu a l de Outubro de dos reinos de Angola e Benguela”; “Me-1798 e faleceu a 11 de Janeiro de 1868. mórias”, oferecidas a S. M. o Senhor D.Era filho de Luiz da Mota Feo e de D. João VI; “Memórias histórico-genealó-Leocadia Thereza Possidónia de Lima e gicas dos duques portugueses do séculoMello Falcão Van-Zeller. XIX”.Militar com a patente de Tenente-Coro- Muitos textos foram escritos para a Aca-nel, foi Fidalgo da Casa Real, sócio da demia Real das Sciências de Lisboa.Academia Real das Sciencias de Lisboae Comendador da Ordem de Avis.Foi casado com D. Maria do Carmo deBaena Falcão Van-Zeller Henriques deNoronha e Pai de D. Maria da PiedadeMicaela da Mota Feo Henriques de Cas-telo-Branco.A sua obra como escritor é vasta e nocampo histórico.Os seus principais trabalhos são: “Com-pilação das Famílias dos Titulares dePortugal, dos Pares do Reino e dos fidal-32 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
ACONTECEConcerto de Guitarra em diálogoMais uma vez, tivemos o privilégio, de 1960 a qual se mantém até este preciso de assistir a um excelente concer- momento aquando da minha longa esta- to de guitarra ( Clássica), Executa- dia em S. Paulo, Brasil, onde estudei medo pelo genial guitarrista (brasileiro) - Ant. diplomei e aperfeiçoei, leccionei e, ondeCarlos Barbosa Lima, realizado, aqui junto iniciei a minha carreira artística interna-de nós no dia: 31 / 07 / 2017 ás 18:00 Horas cional como guitarrista concertista e com-- Na Igreja, do Convento da Cartuxa em positorCaxias. Juntamente, com Carlos Barbosa LimaConcerto este que teve a colaboração do realizamos importantes eventos guitarrís-guitarrista, compositor, e *Artista Múltiplo ticos e musicais de grande relevo nacionalJosé Lopes e Silva* ! Com, uma abertura e internacional inclusive em Portugal e noritualizante, tocando búzio, e declaman- Brasil.do o Poema * LA de FEDERICO GARCIA Importantes, efemérides para comemo-LORCA. rarmos juntos nestes, dois próximos, anos Concerto em diálogo apresentado e con- (2017 e 2018).duzido pelo Dr. João Maria de Freitas 60 anos de carreira artística de AntónioBranco e pelo guitarrista Carlos Barbosa Carlos Barbosa Lima e também os 60 anosLima. de carreira, artística e pedagógica.Belíssimo, programa musical, multiface- Também os 50 anos de actividade criativatado com vários géneros de estéticas e de como compositor de José Lopes e silva.estilos musicais, de importantes compo-sitores brasileiros europeus cubanos, sul José Lopes e Silvaamericanos, mexicanos e norte america-nos. Muitas das obras musicais, eram ar-ranjos musicais inéditos e realizados pelopróprio guitarrista Carlos Barbosa Lima.Praticamente, todo este programa, deobras apresentadas, estão editadas e gra-vadas internacionalmente. Muitas delastambém estão gravadas na internet e nosmeios audiovisuais internacionais. A minha \"amizade\" com A. Carlos Barbo-sa Lima remonta ao principio da décadaJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 33
ACONTECECafé em segurançaTeve lugar no passado dia 15 de vertente da prevenção, com recomen- Julho, no Salão Nobre dos Bom- dações de comportamentos a adoptar beiros Voluntários de Oeiras, o para evitar situações de risco e indica-segundo Café em Segurança, uma ini- ções de procedimentos a observar nasciativa da Rede de Cidadania de Oeiras múltiplas situações de risco relaciona-(RCO), em parceria com a Divisão da das com as ausências das residênciasPSP de Oeiras, cuja missão consiste em no período de férias, as viagens, as fé-alertar os cidadãos oeirenses, em espe- rias na praia e no campo e as grandescial os mais velhos, para as questões da concentrações de pessoas, designada-segurança no dia-a-dia. mente, nos concertos e discotecas. ONesta segunda sessão desta iniciativa Subcomissário deu ainda a conhecerestiveram presentes algumas dezenas os diversos programas disponibiliza-de cidadãos que participaram activa- dos nesta área pela PSP, nomeadamen-mente colocando questões e sugestões te, “Polícia Sempre Presente”, “Portu-que muito contribuíram para uma ses- gal Safe Place”, “Estou Aqui Crianças”são viva e esclarecedora. e “Estou Aqui Adultos”.Na parte inicial foi desenvol-vida uma dinâmica de que-bra-gelo onde a partir de pa-lavras-chave escolhidas porcada um dos participantes,os dinamizadores da sessãoexplicaram os objetivos doprojecto Café em Segurança.O tema deste Café em Se-gurança, “Vá de Férias emSegurança”, foi apresentadopelo Comandante da Esqua-dra da PSP de Oeiras, Sub-comissário Paulo Mendes.A exposição do tema incidiufundamentalmente sobre a34 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
Após um momento de convívio entre zação de diálogos de Se-os participantes, à volta de um café e gurança, nas mais diver-uma fatia de bolo, houve ainda tempo sas vertentes – roubos,para os participantes colocarem ques- assaltos, fraudes, violên-tões, emitirem opiniões e, nalguns ca- cia doméstica, acidentessos, relatarem as suas próprias expe- e incêndios domésticos,riências. catástrofes – e na maisAs sessões do Café em Segurança terão variadas circunstâncias,uma periodicidade mensal e pretende- – em casa, na rua, em fé-se que venham a decorrer em diversos rias, em viagem, na inter-locais das diferentes freguesias do con- net - numa visão alargadacelho de Oeiras. com técnicos de diversasO Café em Segurança é um local de áreas. A missão do Caféencontro de cidadãos, em ambiente de em Segurança consistecafé, para partilha de experiências, en- em sensibilizar as comu-sinamentos e suporte de proximidade nidades para a problemá-totalmente virado para a prevenção, tica da segurança, reduzirque tem como foco principal a reali- a insegurança e o isolamento social em que muitos idosos se encontram, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida e aumentando a sua participação social, na perspetiva da construção de uma cidadania que se quer plena. As próximas sessões do Café em Segu- rança serão divulgadas no site da RCO https://www.redecidadaniaoeiras.org/ e na página do facebook https://www. facebook.com/groups/ rede.cidadania.oeiras/ . A Rede de Cidadania de OeirasJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 35
LEITURA DE FÉRIASCamilo Castelo Branco - Coisas EspantosasOpersonagem principal morre camiliano Alexandre Cabral aborda no antes do fim da narrativa, o que prefácio deste livro, assunto que segun- me leva a fazer uma compa- do ele, ainda não foi suficientementeração entre a literatura produzida por estudado, e que se traduz na influên-Camilo, e a sua própria biografia que é cia do «brasileiro» na obra de Camilo;feita destes acontecimento, como aliás e, por outo lado, o papel negativo que as ordens religiosas, nomeadamente,se pode constatar no livro: “Camilo frades e padres exercem no intelectoo Romance da sua vida e da sua do povo, transmitindo-lhes crendicesobra” - Da autoria de Gentil Marques.É focado o facto de não ter tido mãe (faz que nada têm que ver com a verdadeiralembrar o que Pessoa disse a Sá-Carnei- mensagem de Cristo. Aliás, isso é umaro, também órfão de mãe, quando este constante na obra dedicada ao escritorlhe anunciou que se ia matar em Paris),do pai ter falecido com ele ainda crian- António José da Silva, e intitulada: “Oça, o que o levou para casa de uma tia Judeu” - onde os tenebrosos crimes da horrenda Inquisição são escalpelizadosno Norte de Portugal, que reprimia a em toda a sua amplitude e dimensão.criança em todos os aspectos. Todos os Neste livro, o eldorado do Brasil é subs-mortos de Camilo, moldaram a sua obra tituído pela Holanda, onde existe umanarrativa, daí que, ele nos apresente um ampla e poderosa, em termos económi-universo, em que ninguém pode dizer cos, comunidade judaica que, auxiliaque está bem, pois, de um momento todos os seus irmãos exilados, melhor,para o outro, o pior que tem a vida cai fugidos, ao furor mentecapto católicoem cima de qualquer ser humano. -inquisitorial.É o que se passa com Tomás de Aquino, Também em O Judeu, e isso é um factopersonagem principal de: “A Bruxa histórico, e por isso inalterável, o perso-Do Monte Córdova” - Grande luta- nagem principal, António José da Silva,dor, ao lado dos liberais, pela liberdade, morre. Porém, desta vez, o seu passa-contra os miguelistas, e quando o leitor mento é provocado, não por uma doen-espera que ele venha a organizar a sua ça ou uma bala, mas pela intolerânciaexistência, morre trespassado por uma da fogueira de um auto-de-fé inquisito-bala miguelista. Será o seu filho que, rial. O que Camilo nos quer transmitirocupará esse lugar de felicidade que, é a grande verdade de que, na vida, - enormalmente, se espera de uma narra- ele tem essa experiência bem arreigadativa, voltando rico e brasonado do Bra- à sua vivência -, por mais que esta corrasil, salvando a pobre mãe dos flagelos bem, nada está assegurado eternamen-espirituais que lhe são impostos por um te e, de um momento para o outro, tudofrade arrábido. se desmorona. É o mito de Sísifo emAbra-se aqui um parêntesis para focar toda a sua dimensão, de que padece adois temas que sobressaem deste pará- vida humana.grafo anterior. Por um lado, e como o João Paulo Sant’anna36 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
POESIA Sede...Anti-mensagem O Passarito... inseguro... a saltitar veio para bebericar...Henrique porque trocaste a vida Olhou para os lados nervoso e, aflito...Do teu irmão Fernando conseguiu molhar o bico!Por Tânger? Mas... pressentiu movimentoGostavas que ele te fizesse o mesmo? E nesse preciso momentoAfastar-te: dos teus queridos mainheiros já nem a água provou!E cartógrafos, com quem estudavas Rapidamente, voou...O mar assassino, e as terras a seremDescobertas? Dos teus barcos negreiros Acho que o medo foi tão forteOnde fazias o transporte dos escravos que sem pensar na sua sortePara paragens desconhecidas e insalubres, e sem fazer qualquer ruído(Como a ética da época preconizava) voou para os ramos da sebe...À custa de quem ganhavas o vil metal e ali ficou escondidoQue juntavas ao que recebias pela Se calhar, continua com sede!Prerrogativa de seres filho de reis? Mas um outro apareceuQuem tinha razão eram os teus irmãos e, sem qualquer receio, bebeuDuarte e Pedro, que queriam trocar a e um outro depois surgiuPraça pelo jovem Fernando, a quem e mais outro... e outro ainda...Passaram a chamar «Infante Santo», e nenhum mais fugiu...Depois de o teres assassinado, molhavam-se... espalhavam águaE para quê? Para os Árabes mudarem esvoaçavam... brincavam... cantavam...As rotas comerciais que rumavam ali não havia mágoa!A Tânger? A festa era contagiante...José Lança-Coelho e o Passarito com sede saíu dos ramos da sebe e veio para o grupo, confiante! Tinha desaparecido o medo! e já brincava radiante... Misturou-se na alegria naquele grupo... naquela dança! Era alegre a sinfonia... Era um hino à esperança! Lena B.Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 37
POESIA à luz de cada outro ser. Quem sou?Quem sou eu? A incógnita feita álgebra, os números feitos luz,Quem sou eu? as palavras feitas livro,Ser deambulante, oblíquo, a pedra feita construção,expressão simples de sofrer, o insólito feito verdade,reinvenção de mim, as cores pinceladas em odores,na alegria-dor de sentir os sabores feitos saudades.viva em mima realidade firme e efémera das coisas. Sou…Quem sou? E isso basta-me.o sonho e a desventura,o ocaso e o deslumbramento do nascer, Paula Ferraza sombra-luz do meu passado,o reflexo espontâneo do meu viver.Quem sou eu?As amizades incontidase inauguradas na incertezaviva de estar,o calor das mãospresas nas entrelinhas da vida.O livro aberto sobre a mesa,a esperança que renasceem cada florescer.Quem sou eu?O sonho feito gente,as garras feitas doces,a fraqueza feita luta,o sorriso leve doado38 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
Em MimEsconde-te aqui.Usa o meu corpo, o sangue,a paisagem que trago de um mar antigoem que todos os barcosme levam a um cais de esperança.Mistura-te a mim para que nunca mais saibaque corpo é o meu,de quem são as palavras da nossa sede.E Tu Dorme Eduardo Seco – Este fotófrafo e artista plástico espanhol vive e trabalha em Madrid de onde éAssim, nudez inteira, adormecida natural. Assina fotografias que são referência dae ao longe o ninguém das aves e das pedras, vanguarda mundial privilegiando as porções abs-do azul profundo, tratas do olhar comum. Seguidor das teorias deo resto do mundo distante. Roland Barthes (1915-Sou eu brisa, a doçura do vento a afagar-te a 1980) bebeu na obrapele, “La Cámara Lúcida”eu o olhar que exclui a terra para ver-te as principais noções defragilidade, composição, cor, ilumi-outra cidade, gosto de sol. nação e texturas queE voo como um condor, altero a rota e a estribam o trabalhoaltura, que desenvolve. Autorraso-te para sentir mais perto, do livro “ La Miradaasa silenciosa, ainda suavidade. Subjetiva” EduardoE tu dormes. Seco, que racionalizaAusente nada sabes de mim que sou olhar e com todo o rigor osbrisa, seus registos, transcen-voo de condor, azul e espuma, ainda de a estreiteza técnicadistância, para nos dar o magní-vontade de te levar por onde nenhum sonho fico olhar poético pelote afaste do meu peito, da minha boca, qual a matéria se reve-de todo o corpo, este barro onde marco la e exalta. Magníficosensual e subtil, conduz o nosso olhar para a intimidadeo prazer forte da sede. das coisas que mostra levando-nos à vivência daEdgardo Xavier. imagem em si mesma e à metáfora que partindoPublicado, RDL, 2017. dela nos eleva o espírito para a gnose da sua arte superior. Edgardo Xavier, critico de arte A. I. C. A. PortugalJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 39
POESIA A Joaquim CoutinhoO que é ser Criança o jornal (local)Ser criança é ter algo de diferente era a sua guitarra…É ser maior do que quem -cada ediçãoSe pensa o maior.Adultos para quê? Um Fado !Pais? Avós? E tios? (que distribuíaPessoas que estão cá para nós… com garra)Então, professores, para quê? -peloProfessores são saber, cultura, Povoado!Ensinamento e paixão… Santos Zoio.Paixão, por quê? Pela sua profissão…Se não fosse o lápis, Vou contar-te um segredoA caneta e a borrachaO mundo estagnava. Quando eu era pequenina,Estes são como os nossos pais, na aldeia onde eu morava,Sem eles não existiríamos, acordava quando o Sol,E não, podíamos seguir em frente mal trepava o Horizonte,Se sem eles quisermos viver. e com ele me encantava!Ser criança é ser livre, Via-o distribuir seus raiosÉ voar sem fronteiras, sobre a terra quente, ou fria…É ter por quem nos guia lealdade, Via-o secar as fontesÉ aceitar o mundo tal como é, e dourar nas planíciesÉ acreditar que na pequenez as searas ondulantes!Está um homem em flor. Ao fim do dia… Escondia-se, lentamente,Filipa Coelho pintando de cores Divinas14 anos uma tela, a Ocidente! Diversa em cada dia… Em cada dia, diferente… por cima do mesmo Monte! De maneira que eu guardei, na alma, uma infinitude de telas de cores diversas, de cores e formas diferentes, que exponho em cada dia, quando as saudades me levam até à infância distante! Felismina Mealha40 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
Big_bang Porta do CoraçãoUm dia vou quebrar um Arco-Íris, O coraçãoDeixa-lo desfeito em mil pedaços! É uma porta aberta,Quando essa onda cósmica sentires, Vai abrindoVem depressa refugiar-te em meus braços! E fechandoEles serão um abrigo seguro, Como as paixõesContra a dor disfarçada de mil cores! Vão passando.Aqui o sonho não terá futuro, E tu sabes!Mas terá a luz dos grandes amores! Sem ti nada tem sentido!Serão instantes, apenas instantes, Só o brilho do teu olharO que durará essa explosão, E o teu lindo sorrisoQue fará de nós eternos amantes!... Me fazem amar...Nada deterá a nossa energia, Me inspira,Pelo Universo em expansão… Me fazes descobrirCom a força desse primeiro dia!... Segredos da alma...José Martins Gago Clara PatachãoA Raposa Matilde Outros AniversáriosA linda Raposa Matilde, Das memórias da infânciachegou ao cabeço do monte mal o eco recordamose estancou… o que aflora à distânciaTudo que era verde, viçoso, é só, o Dia dos Anosacabou, Na adolescência, já fazuma paisagem cinzenta, do calendário, seu guiadestruída pelo fogo quão lento e vagaroso,ela constatou, não chega mais, o tal Dia!nem pinheiros e gravetos E...pronta, pra ser mulher,sobejou, pelo pulsar do coração,até o salgueiro junto à fonte, sonhando mil fantasiastorrou. não sustem a correria, ama até à exaustãoEntão… Agora, são as pausas, mais velozes!uma lágrima nos seus olhos, já não há contemplação!t ombou. e resolver, não fazê-los...Quilhosa Balsas Só parando o coração!!! Maria AguiarJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 41
POESIA Folguedos da mocidadeÚnico no mundo Depois de olhares cruzados -no Parque dos Poetas Ele e ela, em correria -no Templo da POESIA Mostraram sua euforia as janelas Com seus amores encontrados. estão Abertas Andava tudo num virote (para a FANTASIA !) E os passarinhos cantavamALI Dando as mãos eles caminhavam as janelas Buscando na cantiga o mote. são POEMAS ! a LUZ tem Ele de jeitinho destemido Mágicas Palavras Alegre neste embalar Assobiou para animar Inscritas ! Primaveril, atrevido.ALI Moços novos, folgazões não há Sem mostrarem seu recato sacerdotes Sete foles como num gato nem rituais… Desconhecendo as paixões. (nem há esquemas…) Vinham correndo da escolae o Silêncio Ela tão esguia e formosa Ele empunhando uma rosa LÊ Mochila em vez de sacola. (as ditas…)Santos Zoio. Divertidos, bem animados Num galanteio sem fim Mas que sou eu? Aninharam-se no jardim Com beijos repenicados. Criar emoções, verdade sentimento, Cinzas que se perdem Vê-los assim, que saudade No mais frágil movimento… Dos tempos que já lá vão Sonhar poemas, lança-los ao vento, Quando os pulos do coração Ser oração, magia de um momento… Davam azos à mocidade. Tudo é pó que se mistura, e se perde Nas rimas dos meus versos. Mário Matta e Silva Lágrima, riso, verdade ou mentira Mas que sou eu? Serei poema? Serei verdade? Ou serei apenas Átomo que se dispersa no caminho da eternidade?.... M.G.42 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
HOMENAGEM A MICO DA CÂMARA PEREIRAJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 43
BREVES À SOLTA Obras no Jardim de Paço de Arcos OJardim foi remodelado com novos canteiros, novas plantas e sobretudo novos caminhos e novo asfalto. As mod- ificações agradam, mas um pormenor le- vanta alguma preocupação. O enfeite em pedra solta, agora muito em voga, é boni- to mas será seguro? Não é de prever prob- lemas, se as ditas pedras forem usadas para fins não recomendados e que provo- quem estragos? Espero que nada de grave aconteça. (Fotos: Santos Zoio)ChafarizAlerta-se ainda a C.M.O. para proce- der à reposição dos pilares partidosdo chafariz do Espargal, por todos os mo-tivos e, sobretudo, porque se trata de ummonumento do património histórico-cul-tural do concelho de Oeiras. Templo da Poesia Desde Junho que o Parque dos Poe- tas tem vindo a apresentar um pro- grama variado de eventos culturais. Ain-44 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
da vai ser possível assistir emSetembro, ao espetáculo deJoão Lúcio e Miguel Mene-zes, dia 16 de Setembro e nodia 30 o Projecto 101, de Biru(raper, poeta e beatmaker) &Rui Miguel Abreu (Críticode música e radialista).14º Salão da VilaFoi inaugurada no dia 26 de Agos- to, o 14º Salão da Vila com a presen-ça do Vice Presidente da Câmara Car-los Morgado, o Presidente da UnioeirasEng. Neno, a Presidente da Associaçãode Paço de Artes e representantes de ou-tras Instituições.A exposição terminouno dia 3 de Setembro.Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 45
BREVES À SOLTAFestas de Paço de ArcosAtradicional peregrinação com per- curso marítimo e benção dos barcosBanda Line rius, respe- tivamente,Oprograma das Festas de Paço de Ar- sendo que cos incluiu, este ano (29/8), a parti- todos os ele- cipação desta nova banda formada, mentos têmem Janeiro do corrente ano, que toca músi- participaçãoca rock, predominantemente originais em nos arranjosinglês. dos temas.As suas influências musicais são várias Os seus te-como, por exemplo: Led Zeppelin, Deep, mas falamPurple e Pink Floyd entre outros. A sua so- sobre esta-noridade é o resultado da junção da expe- dos da alma e estados de riência mu- espírito - fé, esperança, medos e descren- sical de cada ças. Em palco cuidam para que a parte elemento da cénica/estética estejam presentes. banda, em A banda é constituida por Glória Pretorius diversos esti- na voz; na guitarra - Luis O`Neil; na viola los. baixo - Zé Morais; na bateria - Li e nas te- A composi- clas - David Colaço. ção dos te- José Marreiro ( adaptação do texto ) mas/letras é basicamen- te assente nacombinação Luis O’Neil e Glória Preto-46 Jornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017
RECEITASBolo BorrachãoIngredientes:2 colheres sopa de manteiga1 chávena de açúcar1 chávena bem cheia de farinha2 colheres de chá de fermento2 ovos inteiros3 gemas1 cálice de vinho do Porto1/2 cálice de whiskyPreparação:Batem-se a manteiga com o açúcar, juntam-se osvinhos, os ovos um a um, a farinha e o fermento paraenvolver.Vai a cozer em forno não muito quente.Depois de cozido rega-se com a seguinte calda:1 chávena de água1 chávena de açúcarQuando o açúcar estiver derretido, junta-se 1 cálicede vinho do Porto e 1 de whiskyReceita enviada por Fátima PinheiroJornal A Voz de Paço de Arcos | 3ª Série | N.º 12 agosto 2017 47
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