JA3-L3

Violino Joaquim Alice Não me contenho (nem o desejo) ... e afirmo tua beleza, forma como me livro de tão grande opressão. E tu... incrédula, no sentido da palavra, atiras-me com uma “boca”, insulto... em paga do que é nobre, digno... verdadeiro... rico... ... jamais pobre (embora humilde e sempre simples). Não... não toco (na perfeição) ... ... apenas o VIOLINO, nas orquestras extensas ... em sinfonias imensas... ... és tu que não ouves o TODO, escapa-te a harmonia. O que é um só violino ... quando o mundo inteiro lá caberia? “ 49

.... do mais profundo da (minha) emoçãoVibração Água Vapor Som Ar Intenção Querer Vontade Amor ... Etc. ... Tudo se reduz à vibração ... É tudo o mesmo ... ... ... HOLOGRAMA INFINITO. “ 50

Casulo Joaquim Alice A aversão que tu sentes “ de todas estas coisas (afinal)... 51 a aversão que evidencias tão logo te apercebes da origem... a aversão que te leva ao repúdio sistemático e te torna implacável, sem remédio, determinada ... A aversão que assim se mostra é, em toda a intensidade e rigidez ... sinal evidente d’algo que te sentes obrigada a proteger ... ameaça ao teu casulo, ameaça ao sacrifício de o tecer. És tão linda!!!!!!!!!!! Tão ingênua nesse esforço, tão valente... corajosa, heroína!!!!!!!!!!!!!!! (Tão gostosa!) Ao guardar esse tesouro com bravura e despudor, gostava eu compreendesses (co’a ajuda do amor) a riqueza da lição: ... de que te serve a arca do tesouro senão para o conter!

.... do mais profundo da (minha) emoçãoQuando a necessidade vier, tens mais é que a abrir p’ra riqueza te servir (E NÃO TU A ELA), e dela vires a desfrutar e a ser feliz (graças terás de dar!!!). É que o casulo... obra d’arte, perfeição ... um dia virá decerto... que, p’ra sua completude, se terá de desfazer... pr’á lagarta, já transformada, nascer!!! “ 52

Vazio Joaquim Alice Este vazio residente, tão vasto, açambarcador, premente... cresce a-olhos-vistos sempre que o encaras (de frente)... ... e decididamente derrotado (é como ficas)... Este vazio premente ... apenas visível... na ausência de luz... ruído de fundo... do silêncio... movimento contínuo do nada... em direção ao todo, cujo antídoto é um qualquer preenchimento entusiasta, útil, construtivo, altruísta ... pleno de BEM. “ 53

.... do mais profundo da (minha) emoçãoTrankilito Trankilito... é como estou... Neste oceano parado, não há vento nem aragem, tudo está estagnado... ... menos eu, que aqui me sinto confortavelmente instalado na posição distante d’observador separado... vejo a calma... sinto que estou parado... mas bem (!) sintonizado, centrado, consciente do meu estado... OBRIGADO. “ 54

Amigo Joaquim Alice (sintonizado) no painel em que te encontro e onde te coloco... não mais me vês a mim! Encontras lá o TU... o mal achado, o perdido, o não encontrado, o procurado. Sou, agora... o que, em dia santo, está contigo, nalgum lado... embora não o percebas, nem cuides que assim seja, o fato é que passaste a andar acompanhado... Amigo... ... (sintonizado) “ 55

.... do mais profundo da (minha) emoçãoPedra(s) Pedra angular fecho de abóbada, dizia o (verdadeiro) geômetra, é o “espaço”... por criar. Consoante a qualidade da semente e do terreno, assim colhes... novidade saudável e fresca... ou veneno. Atenta, pois, no que fazes... nos materiais a usar... pregos, tábuas e paredes, tudo (se) pode deteriorar. Atenta bem na semente, escolhe também o terreno, tréguas dando ao egoísmo p’ra que venças ... (tão) somente. Intui teu caminho... ao meditares, p’ra que venhas a sentir orgulho, honra ... exemplares, no que fizeste “parir”. Prefiro ... venhas a pensar, “ tal como é aconselhável, 56 que, afinal, a pedra angular és tu própria ... (e) incontestável!

Possa (eu) ser pedra Joaquim Alice ... de mero entulho na construção do teu ser e, em cada dia... possa ver o teu SOL ... pleno ... de (saudável) orgulho. “ 57

.... do mais profundo da (minha) emoçãoAparência Ao abrigo do templo do amor são guardadas secretas intenções meio disfarçadas... incontroláveis paixões. E o que seria verdadeiro (d’outro modo), sem que de tal te apercebas, transtorna, desvirtua e enegrece o esplendor e os benefícios de bem-querer... Então, o que existe afinal, trava, aflige e atormenta sem que ninguém saia vencedor... antes destrói, desatina e confunde... baralha, incapacita e entristece engrossa a derrota ... e o mundo fenece. E é ver-te... de olhos espantados, atônito... cheio de medos e impotente perante efeitos perversos, perante sucedâneos de um amor lindo que do engano cria perversão. “ 58

E as correntes que me lanças são enormes, Joaquim Alice possantes, pesadas ... e me afundam ... terás o teu aborto para adorar ... em vez de Amor vivo e profundo. Nesse engano te deixas embalar... num conforto aparente, mas não visto. “ 59

.... do mais profundo da (minha) emoçãoTorpor vem... e sorrateiro... esse torpor tem tanto de imperceptível como de limitador. ... deixa sempre lá longe o objetivo no horizonte apenas... para o atingir *** “ 60

Amiga Tê Joaquim Alice Artista ZEN com paleta d’arco-íris, nuances d’emoções e sentimentos, pinceladas de humor, ligações várias, neurônios a cintilar... ... são percursos que percorres livre, solta a voar, sem tempo de permeio apenas a SER-NO-ATO... no viver que estás a dar. “ 61

.... do mais profundo da (minha) emoçãoAmiga T. B. 2 Bem queria conquistar-te, mostrar(-te) teu lado melhor, pois é bom que nest’arte cantes a letra de cor. É sinal que já nasceste, te inventaste... e agora és outra. Até lá, te vejo ao longe, tão afastada... que estás, que nem me consegues ver. Estou na (tua) frente ... mas o que vês não sou EU, é meu corpo que está lá. Da vastidão de meu SER nem te apercebes, então... se soubesses a verdade, saberias que somos os dois uma UNIDADE. E, se me cobiças a energia, o bom humor, a leveza, ... bom seria t’assumisses (como tal), evitando assim o ataque, o atentado mordaz, cruel e violento com que te fazes viver numa guerra. “ 62

Teimosos pulsantes Joaquim Alice Escuta, escuta bem atentamente, e ouvirás o partir... de corações... estalos que vêm e vão, mágoas que chegam e partem, graves sons... intermitentes, usados e abusados, quais sacas de adubo (de serapilheira5). Ostentam remendos, lindas cicatrizes de estivas... a que foram sujeitos, de viagens em mares valentes. Acudam ... apreciem-nos... são ex-combatentes, teimosos, pulsantes ... Só não apreciados por imaturos e/ou ignorantes. “ 63 5 Serapilheira (pano): tecido grosseiro usado, por exemplo, para fazer sacos.

.... do mais profundo da (minha) emoçãoEquação grata ... e é tão BOM... este estado (que vivo) de FELICIDADE (sereno, tranquilo... e harmonioso) ... sabendo que... TU és... (para mim) parte diferenciadora e indutora desta “equação” (emocional) ... ESTOU-TE GRATO ... “ 64

Menina Joaquim Alice ... a nadar comigo, no Atlântico... tão linda, de ingenuidade bela, espontânea... alegre, sorri (toda), dos cabelos... à raiz. E eu vivo esse momento feliz! “ 65

.... do mais profundo da (minha) emoçãoTsavliris6 ... qual rebocador... (parado/no porto acostado) enorme... e preparado ... ESTOU! AGUARDO... Só saio do cais onde me encontro quando for “requisitado”, quando, por fim... sentires que já tiveste a tua conta: ... já sofreste em demasia. “ 66 6 Tsavliris – nome de um enorme rebocador marítimo que atende casos de emergência e salvamento no mar.

Mortes incutidas Joaquim Alice morro mortes que me inflinjo para melhor viver quantas mais melhor vivo ... para me esclarecer “ 67

.... do mais profundo da (minha) emoçãoA tua barricada Do muito que falas, do muito que dizes, do jorro de palavras... constróis, qual castor laborioso... A TUA BARRICADA. E é ver-te... isolada... no centro dessa ausência-de-silêncio, crês, então, estar a salvo, dos teus demônios (no forte que constróis em permanência), não tendo consciência que existem e que são alimentados... por essa tua construção. Afoita-te, pois, em campo aberto... faz silêncio, atreve-te a ouvir crescer a erva... e verás nascer... outro MUNDO ... e outra VIDA. “ 68

Promete-te Joaquim Alice ... SEMPRE ... Como quem lança a corda pra cima Prelúdio de guindar-se... ao alto “ 69

.... do mais profundo da (minha) emoçãoSigo em frente Neste grande vaso, por dentro, infinito... é por vezes, com atraso, onde me encontro, que repito: por vezes me sinto aproximar, sinto a energia a compor-se, sinto vibração no ar, no ato solene... de me materializar. Cumpro-me... pontualmente, reconheço-me... prontamente... Dou-me sempre as boas-vindas, que chegam bem cá de dentro. Sei que venho... certamente só o tempo me compõe, pois, se por fora não estou (ainda), já bem que sinto... e sou. Mudo de estado, por dentro, antes de tudo acontecer. Venho de longe... do centro... Estou sempre... a morrer. E se morro sem parar, aí, então, eu sorrio, pois renasço a cada instante, meu fluir é como um rio. Passo incessantemente, passo sempre, sem parar; sou igual, tanto como sou... diferente... a cada momento que passa, passo eu igualmente. Mesmo por quilhas rasgado, não guardo nenhum ferimento, sigo em frente, alimentado. “ 70

A agonia do renascer Joaquim Alice Desferido o golpe, “ cravada a flecha, eis que resistes longamente... 71 é doce, suave, benvinda de alguma forma, a agonia desta morte... ... traz-te maior gozo à vida... mas tão-só à Nova (não àquela que agora se esfuma...). É nova a sensação de ser aceite e é nisso que eu sou... o PIONEIRO... vês-me aceitar-te por inteiro ... a copiar-me é o que sentes pretender, invejas isso em mim ... e tal sempre te irrita ... constatar ter lá chegado eu primeiro! Mostro-te, assim... gratuita e desinteressadamente, aquelas partes de ti... que tu inibes, por tão guardadas ... p’r’o teu futuro CAVALEIRO.

.... do mais profundo da (minha) emoção(Ele) ... teria de ser, coitado, supra-humano, com poderes muito excepcionais p’ra ler no teu comportamento o mapa do tesouro ... do teu melhor bordado. Concretiza um pouco mais essas riquezas p’r’além de anunciado pote ... que o arco íris tem no fim. Vai mostrando o mapa, com cautela (embora)... mas, faz-te um favor... deixa saltar pistas cá p’ra fora. “ 72

A sério Joaquim Alice Tão a sério, tão... a sério... que te consegues levar. Sofres então todo o peso, “cais redondo”, ao sentir como ficas, todo teso... e que nada vale o esforço desse imenso concentrar... ... e ali ficas ... ... espantado. “ 73

.... do mais profundo da (minha) emoçãoA existência Em si é neutra a existência, a vida, o ensinamento e o caminho... Penetro a emoção com consciência, constato essa energia pura de modo a que a tensão se desfaça. Observo cada situação à medida que brota e, assim, moldo essa energia (a emoção) ao aprender a tocá-la com habilidade e suavidade... Qual necrófago astuto e ágil, ronda, por perto, a frustração, espera por ela... muito atento. O antídoto para a raiva é o amor, a compaixão e a paciência. “ 74

A tua vontade Das entranhas, bem lá do fundo do lodo, Joaquim Alice do escuro e profundo ... forças... e coisas que tais ascendem, ânsias... apetites (e) voracidade... carnais /animais que, ao nascer, tudo arrasam..., até o próprio ultrapassam. E o que era sim... passa a não, o que esperava... avança, aquilo... vira isto, e eu, ... indefeso, desisto, onde era suposto aguentar... não resisto! E então, passa o lobo a cordeiro, com mil ardis seduz, do nobre e honrado, faz (o) foleiro... é aquilo que produz... Luta consigo ... em guerras atrozes onde, por mais que se esforce, levam-no ... (quase sempre) outras vozes. E a sua intenção... torce, queda-se, fraqueja, capitula... Aquilo que faz é ceder, quando é lá de dentro que sente outro ser, que, outro-eu, em dimensão paralela se aguenta e deseja que o que faz (ali) assim seja. “ 75

.... do mais profundo da (minha) emoçãoAbre-te O que tu fazes, penso eu, todo o dia, nesse céu senão espiar (o que sentem os outros)... nesse torpor... E aguardas ansioso sempre que o vento sopra, das palavras... o gozo. Centro queres tu ser, desiludes-te por vezes (demasiadas?!) sofres no silêncio, calas a dor... Não o faças, não o sintas, ultrapassa, reage, não te batas, nem mintas, não escondas o (que quer) que sintas. “ 76

Vidreira Joaquim Alice VIDRAM-SE-ME OS OLHOS, ... porque se me vidra o SER, vidra-se-me a ALMA, e... ao isso acontecer... sou mais TODOS do que eu próprio... Sou um... NADA [...] – [...] CALEIDOSCÓPIO. “ 77

.... do mais profundo da (minha) emoçãoDar/viver A cerimónia que fazes (excessiva) com os outros fazes contigo... Inibes-te, calas-te, conténs-te, interrompes-te, bloqueias e entopes. Já pensaste: e se a chuva fizesse isso?... ... pois aceita-te!!! (sem juízos de valor) E só assim nascerá o NOVO SER (a criança ... ávida da vida) ... p’ra quem o DAR é o VIVER. Alegra-te, canta, brinca num eterno convite a que Ela venha ... e se vem (e quando vem), E N C A N T A! “ 78

Como quem... Joaquim Alice Como quem vai... mas fica; como quem tira... mas põe; como quem ri... mas chora; como quem sabe... mas ignora; como quem quer... mas recusa; como quem vê... mas passa-à-frente; como quem percebe... mas se engana; como quem segue... mas, afinal, se perde; como quem toma... mas não chega a agarrar; como quem se arrepende... mas volta-à-carga; como quem se cansa... mas insiste, permite-me... CONTINUAR neste vácuo de movimento aleatório sem sentido, me aguento de PÉ!!! (somente) e esse pouco me basta... (É MUITO!) “ 79

.... do mais profundo da (minha) emoçãoBem hajas NOVA VIDA... RENASCIDO te encontras, caro amigo. Olá, tenho imenso prazer de acompanhar, qual parteiro, o enorme esforço... deste (novo) SER. ... e, se te vejo agigantar... rumo ao melhor, e mais digno, quanto me aperfeiçoas ... amigo! ... quão melhor (eu próprio) estou a ficar, porque... ao ver o esforço, ao sentir como tu cresces, ao ouvir como estala o (que eras no) passado, ao cheirar o mundo de possibilidades que se espraiam pela frente, inspiro-me, encho-me de coragem... BEM HAJAS, AMIGO! “ 80

Clave de sol Joaquim Alice Espraia-se a mente... Alarga-se a abrangência... Tudo é aceite e absorvido em simultâneo ... tal como integrado! Cresce a consciência... para o total Flui o ser... Flui a VIDA... Flui... o fluir e nasce um esgar de sorriso, apenas adivinhado... mas... óbvio no querer... evidente no ser... crente no sentir... e no devir. “ 81

.... do mais profundo da (minha) emoçãoLucro ... lucram Todos buscam e procuram, todos querem e labutam, todos necessitam cada vez mais... Fim único do agir... Fito final do viver... [... HELLAS7... contradição!!!] Pois enquanto lucram (cuidando ganhar), estamos todos a ... PERDER. “ 82 7 Hellas: infelizmente (tradução livre).

Estado transitório de ser Ando por aí ... Joaquim Alice boiando, por vezes, à superfície de mim próprio, incapaz de me sentir... de me atingir, açoitado pelo vento... por tempestades d’emoções aleatórias, descontroladas, soltas, desamarradas. Agito-me ao vento qual farrapo desgovernado de tanto bater, sacudir, desfiado... Nesses momentos, nesses dias, resta-me agradecer e muito atento permanecer p’ra identificar o que sinto ... e sua gênese... conseguindo, mesmo assim, tirar partido, sentir prazer nesse estado... transitório ... de ser. “ 83

.... do mais profundo da (minha) emoçãoEla diz/pensa Mas que diabo d’homem este: – Atrai-me, até ao descontrolo. Seduz-me, até à entrega total. Alimenta-me, até à indigestão. Suporta-me, até eu levitar. Ajuda-me, até à minha recusa. Revela-me a mim própria, até à náusea. ... ... Mas, em relação a quem só posso dizer: desconheço-o. E a maior incógnita: aprecio-o! “ 84

Escondes-te Joaquim Alice Escondes-te na esperança de vires a ser encontrada; não chegas (bem) a amar porque queres (é) ser amada... Inibição... é o que mais há. ... Recordo-te:... – o que queres, dá!!! “ 85

.... do mais profundo da (minha) emoçãoFecho a porta atrás de mim Fecho a porta atrás de mim pra poder ficar centrado. Retiro-me... fico sozinho, assim sou acompanhado. Solto, deixo ir ... nada fica aqui comigo. Deixo as moscas zunirem, insistindo contra o vidro, (...) Começo a afinar a atenção, passo a ouvir muito mais. Elevo o sentir... a emoção e outras coisas que tais... Vou solto, vou lesto, vou parado, estou aqui ... ali ... por todo o lado. É no sentir que me sinto e cumpro ... elevado (!) “ 86

Este ser Joaquim Alice Este ser anquilosado, negativo, pessimista, vítima (de si próprio), desgastado. renasce, qual FÊNIX... desabrocha pro Universo ao mergulhar em si mesmo... quanto mais dentro... mais pra fora descobre... onde se tocam os opostos... “ 87

.... do mais profundo da (minha) emoçãoGestos e toques Gestos e toques de afeto e de bem querer desarmam... atraem... [é como luz, pra besouros] abrem almas, preenchem vazios, são bálsamo de vida... trazem prazer esperança, são LUZ na noite mais escura, calor humano na frieza das horas mal vividas, são uma chamada do PRESENTE pra quem anda (dele) ausente. “ 88

Anti-presente Joaquim Alice Temes a força e a tirania, temes a luta, a derrota, temes tamanho desejo que te dilacera, rompe... esquarteja. Recusas viver o presente!!!! (é só ...) Vive-o como um PRESENTE que te é oferecido (viver), esterilizado (isto é, não contaminado) evita o passado e o futuro... onde residem as tuas projeções/ilusões. “ 89

.... do mais profundo da (minha) emoçãoLuto do próprio ... abrindo mão ... deixando ir ... prescindindo... em total abertura ... solto, livre, alegre, mas sereno... foi como consegui passar na terra-proibida, no universo medonho e assombroso do Medo! “ 90

À-toa Entre os sons melodiosos ... esparsos, é entre eles que respiro a harmonia, a simplicidade... a bonomia, a tranquilidade do tempo quando para, do stand-still,8 com sabor a eternidade, que nos esclarece mais do que interroga, nos suaviza o pensar e nos deixa num total sentir... à-toa. Joaquim Alice “ 91 8 Stand-still: paralisação; parada; imobilização.

.... do mais profundo da (minha) emoçãoO bem ... equilibrado Tudo só funciona bem quando em dois sentidos for o fluxo: de cá para lá, e de lá para cá ... Dentro de uma margem de equilíbrio ... como se de opostos se tratasse ... ...que, no limite, se tocam... Só aparentemente as coisas funcionam quando o fluxo é desequilibrado ... é como se o processo estivesse ... ... embotado. Por isso, cuida de assegurar que os pratos da balança se equilibrem ou, pelo menos, se não venham (demasiado) a afastar. “ 92

Ó luz Joaquim Alice Ó Luz, magnífica e imensa, poderosa... e linda! aparta-me deste cerco, alivia-me a tensão tão forte e opressora que me envolve o coração. Entrego-te... Já que o alívio e a descontração, a paz e o prazer, não te consigo eu trazer. E a angústia forte que sentia passa... Cede lugar à paz do abandono, do depor das armas, da entrega... “ 93

.... do mais profundo da (minha) emoçãoThe invitation Desferido o golpe (do convite) Eis que se põe em marcha de imediato Noutra onda, vibração... nasce a vontade Visualizações irrompem (desenfreadas) O animal renasce, assume o comando, é exclusivo, Ditador! “ 94

Coiffeur9 das vibrações Joaquim Alice Parte do querer, “ escova d’emoções, 95 sentimentos... Fixador... gel... de (tenaz) vontade, Segura Persistente... (e contente). Entro na vibração, entro em combinação, gentilmente as transformo sabendo, como sei... serem aquilo que quiserem ser. E, se de responsável não passo, agradeço... fico grato... sou gratidão. E... só vivo... ao sentir-me neste minúsculo ponto cheio de espaço... 9 COIFFEUR: Cabelereiro.

.... do mais profundo da (minha) emoçãoPenteio vibrações, deixo-as sedosas, paralelas, harmoniosas, singelas, fluindo livres... e belas. “ 96

Abri-me ao incerto ... e ao vento Joaquim Alice Gostei de viver esses dias de novidade ... e soltura. Andei duvidoso de ir, andei desinteressado, pensei nem chegar a partir, sentia-me desconfiado... Mas, afinal, lá fui em decisão do momento, Deixei-me ir ... abri-me ao incerto... ... e ao vento. “ 97

.... do mais profundo da (minha) emoçãoTraz-me (sempre) traz-me (sempre). Vem comigo, Cadência, Harmoniosa... Acompanha-me. Abraça-me (forte). Sente-me (sentido), que de volta, Te abraço... eternamente (mesmo antes que me abraces). “ 98