Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore JA2-L2

JA2-L2

Published by Paroberto, 2020-11-13 05:13:41

Description: JA2-L2

Search

Read the Text Version

Conflito/domínio Joaquim Alice Quase desesperado, decerto inquieto... sinto-me... Estou (assim). Aguardo impaciente resposta sobre proposta indecente... e desejada... qual janela, agora, fechada. O que sinto... é vontade!!! O que sinto... é despudor. Como pode a liberdade trazer-me tamanho terror (?) Lutam ambas (as coisas) cá dentro, desejo ardente e vontade de me opor. Gastar este efeito-de-energia, consumir este vulcão para, assim, deixá-lo extinto até próxima erupção... Descontrolo... que desejo controlar, gostaria de saber como, como o posso acalmar, subjugá-lo, controlá-lo, domá-lo, amá-lo, em vez de o odiar (!) por me levar ao ato, para ele me empurrar... “ 49

.... do mais profundo de nós (os dois)Norte Não quero ser empecilho, e muito menos... cadilho.8 Quero... para alguém, ser NORTE (o que é/seria uma linda sorte). “ 50 8 Cadilho: aquilo que preocupa ou inquieta.

Confusão Joaquim Alice Na busca, na procura, o desespero, desencanto, frustração. Na avidez, a ilusão... Busca atenta... mas errada, filha da confusão. “ 51

.... do mais profundo de nós (os dois)Amiga O que mais queres... mais desejas nem t’atreves a dizer-mo... como se fosse pecado o fato de vir a sabê-lo. Sofres... não por conhecê-lo, mas porque o manténs fechado. “ 52

Não te quero Joaquim Alice Amo-te bem mais, na íntegra, ... porque não te quero (para mim). Amo-te, mantenho-te íntegra ... e livre... apenas presa por aquilo que te dou. E, se, perante tal fartura, riqueza, abundância, te sentes vazia e queres (exiges) mais... nada percebeste (é o que demonstras): TRAVA A FUNDO !!! “ 53

.... do mais profundo de nós (os dois)Noutro sítio... em qualquer lado Sem a (tua) devida e antecipada programação, não estás lá, pra receber... a imensidão que jorra da nascente do (meu) amor. Por vezes, até, nem me ouves... Outras vezes... interrompes-me a teu bel-prazer, quando (já) iniciei a falar/dizer... Outras, ainda, nada respondes à pergunta feita, deixas vácuo como resposta(s) e partes p’ro diálogo daí por diante (como se tivesses verbalizado a resposta em falta... que não o foi) (nem notas que passou a tratar-se de um... monólogo). Por vezes (sem conta), inibes (-te), nem te permites exteriorizar... Quando... pra Ti é Bom... te agrada... sentes ser belo... sentes ser perfeito... o IDEAL (o teu)... E cá fico... SÓ... ... luzes apagadas... ouvidos tapados... olhos cerrados... boca trancada e seca , mãos atadas... “ num sufoco... sem sequer dar mínima conta 54 das forças em jogo (que me ocultas... por não as revelares).

E, na impossibilidade de discernir como este caos gerir... Joaquim Alice ... e já exaurido pelo esforço que faço (constante que é!), obrigo-me a inverter a marcha...aprendo o caminho de volta... contrafeito. Embora arreliado, triste, frustrado, obrigo-me a extinguir esse caudal... o que é embaraçoso e até vergonhoso (para mim). E, assim... quando TODO o meu SER quer vir-por-fora ... e te envolver ... (com o máximo de carinho e bem querer) obrigo-me a contrariá-lo, a inverter-lhe a marcha (sem qualquer explicação/entendimento... para lhe apresentar... que faça suficiente sentido) até que o fluxo vergue, torça e acabe por virar a 180 graus para... então... aprender a olhar-pra-mim (de volta) e, a fim de me proteger, inviabilizado o DAR... procurar o RECEBER... (ir buscar alimento). ELSEWHERE... WHEREVER9... “ 55 9 ELSEWHERE... noutro lado; WHEREVER: em qualquer lado (tradução livre).

.... do mais profundo de nós (os dois)Faz como quiseres Aceito-te tal como és, aceito a tua recusa, aceito a tua opinião. Compreendo teus motivos, tuas razões, teus receios, teu cansaço, teu sufoco. Já por isso, antes, passei! Diversas foram (já) as fases... cenas repetidas no espectro em evolução... na espiral (do tempo). Conheço já os argumentos, deteto também o tipo de determinação que ostentas... (já me é familiar), vislumbro as influências (externas, tal como dantes...). Apercebo-me também das opiniões atiradas p’ra vala comum de teus julgamentos (preconceitos formados nos meandros dos teus raciocínios, ... unilateralmente), és livre, minha filha... FAZ COMO QUISERES, “ como puderes, como entenderes ... 56 a nada me oponho (do que me disseste), aceito!!!

Num exercício de condescendência, compreensão e respeito... ACEITO, Sem sequer contra-argumentar nem tentar convencer-te do contrário. Queres afastar-te?... BE MY GUEST!10 Até porque os Deuses... “dão-nos aquilo que desejamos quando nos querem castigar”. Tê-lo-ás... (o que desejas) deter-me-ei, simplesmente... deixando que o faças... como quiseres. Joaquim Alice “ 57 10 BE MY GUEST: fica à vontade; vá em frente.

.... do mais profundo de nós (os dois)Hino à vida VIVA !!! Viva a VIDA... realmente vivida ... VIVA... VIVA... V I V A!!! Crepitante: viva a vida, que crepita, estala, saltita... que é sentida, que se sente correr nas veias. Boa... possante... ativa... criativa! Diversa, diferente, com nuances, alternativa, VIVA!!! Que do passado só tira é a lição p’r’enriquecer o presente... e preparar o momento, o futuro, energética como o som da flauta, que é CUSPIDO e sai vigoroso, até fogoso!!! VIVA A VIDA... VIVIDA e sentida, que corre... num rápido excitante ... e com adrenalina... VIVIDA ASSIM !!! V I V A. “ 58

Novo ser11 Joaquim Alice Abrem-se portas... e sorrisos, mentes, olhos e abraços... Beijos se trocam e olhares, segredos, intimidades... Do grupo... (o único) estranho é o próprio, até desconhecido... surpreende-se consigo... e diz e faz e pensa e sente DIFERENTE Que se passa ? Que é isto? ... Coisa estranha... não ‘tou bem, de certeza ... Mas que bom... mas que bem... ‘tou contente, satisfeito(a)... acho que até, F-E-L-I-Z . . . Bendita a dualidade, que preciso d’entender, como sendo o “eu” passado, que estranha o NOVO SER... “ 59 11 Poema escrito perante o sucedido ao ser encerrado o Curso de Harmonização Pessoal.

.... do mais profundo de nós (os dois)O teu centro Em sinfonias imensas te vejo, ouço e sinto, bela... e, virada p’ro mar, por sobre o vale, ou frente ao jardim... és janela! E tu... que fazes? Teimas em ser “porta-dos-fundos” ... de acesso à cave, escura, sem luz, cheia de pó, mofo... Velharias que arrastas há (já) longo tempo te atrapalham e tolhem os movimentos ... peças inúteis, que estorvam e te impedem novos rebentos. SÊ !!! ...e desfrutarei, em paz, das paisagens que tens dentro, bem sabendo da diferença que isso faz quanto ao (teu) centro. “ 60

Teu sorriso Joaquim Alice (meu troféu) O valor que me atribuis me destrói, me reduz. GENTE... no “jogo-da-aparição”, ora dou-vos a ver, ora não. ... no frágil equilíbrio, ao gerir a (tua) atenção, gentil apelo, cuidadoso, não àquilo que se tornaram, aprenderam a ser... mas tão-só... ao que são. Serviço amoroso e paciente de apresentar-te vias, por-tas na frente, e esperar (sem nunca te forçar) que as vejas, que as sintas, as aceites, te transformes, transmutes e, por fim, cresças, (te) transbordes, “venhas por fora”. ... escutes a harmonia, ouças a erva que cresce, ao mesmo tempo em que ignoras o ribombar dos trovões... ... e um sorriso te nasça ... ... vindo... doutras... dimensões. “ 61

.... do mais profundo de nós (os dois)Fanfarra É a valsa a ser dançada, guiada por som... inaudível. É a marcação de passo que, imóvel, cumpres (perfeito). É o búzio... cheio de voltas, ... quando anda sempre a direito. A noite escura... negra... que é promessa de LUZ, é o grilo a cantar... violino, violoncelo... rabecão. pega em parte de si, se esfrega... nasce a canção... Queres ser tu guerreiro??? Então, não deixes que o mundo te engane. O que importa é o encontro entre ti... e o teu sentir... a justaposição. “ 62

Feira Joaquim Alice O que existe nesta feira nem todos querem comprar. Muitos nem sequer veem... Outros... condescendem... ... E poucos se dispõem a colaborar. Cada um, na condição de ser feirante forçado, sintoniza o coração... ou tem de o pôr de lado. Aqui as coisas se excluem. Só podes estar num lado (e) optar... é o teu fado. O que existe nesta feira, criação das opções, é a tua realidade que criaste... e vens criando, mesmo que nem te apercebas e julgues ser uma trama em que a vítima... és tu! “ 63

.... do mais profundo de nós (os dois)Amiga d’alma Amiga d’alma, acho-te pura. Compreensão mútua... Sentes-te diferente (pra melhor), com a tua alma ao teu lado, Recebe-me com beijo. Despede-se com beijos e um abracinho-dos-três. E durante a conversa, faz ressaltar a importância da intenção, a avidez ou mero querer do conhecimento... da amizade d’alma, chamando-lhe BOM SINAL. ... E o bom-humor é evidente ao referir-se às suas dores... Sem sofrimento, coktail as chama. “ 64

Olhos p’ra ver Joaquim Alice Ó, beleza! Inspirada é como ficas quando alimentada p’la ideia do teu melhor. Uma vez acreditada... e, p’ra que proves desse néctar, farei o que for preciso, nem que p’ra isso tenha que estar exposto ao riso. Pois, o ver-te assim... enriquecida, num brilhar estonteante: – Pare o trânsito (por favor!), estão cegos? ... passa agora o MELHOR deste ser tão interessante, belo... lindo... ... haja aí... olhos p’ra ver... “ 65

.... do mais profundo de nós (os dois)Autorreconhecimento Sempre te reconheces onde quer que estejas... ... (mesmo escondido...) Vês-te, através... ... Mesmo quando não lá estás (fisicamente), ousas... desdizes-te... sempre que possível, esgueiras-te pelas frestas do discurso (enganador e ardiloso). ... ... És... não sendo... ou pretendendo não-ser. Fazes gala... de te perderes... ... dentro de ti... Ficando longe... inatingível... Insensível! “ 66

Inverso Joaquim Alice Acendeste meu lume... ... e o incêndio propaga-se, lavra incontrolável... imparável. Quanto mais o vento sopra, mais tudo é consumido... e com maior rapidez. Preciso, talvez... aprender como amainar esses ventos... suspender (até) o tempo, tornando o espaço naquilo que é... o TODO contido no mais ínfimo ponto... ... Preciso, talvez... fechar o círculo... a união entre os extremos (opostos). Acendeste meu lume... e... vou ter de o controlar! “ 67

.... do mais profundo de nós (os dois)Pureza Pura de intenções, percorres esta vida, (mas ...) dando safanões... deixando gente ferida... Não-atenta... é como andas, agarrada ao que tens dentro... cuidas então que comandas, como se fosses tu... ... o centro. Desengana-te, querida, outros centros também são (/existem) legítimos como o teu. Apraz-te, afinal, é ser guiada... pulso forte e decidido é que te cativa... “ 68

Sorris quando Joaquim Alice Sorris ... “ quando surpreendida pelo mundo que te mostra saber o que tens dentro 69 (é bálsamo pr’a tua alma, bem no fundo...), sorris quando atingida, bem no centro. Mas tão só te autorizas a sorrir, esse breve momento passageiro... (pois) à realidade dura tens de vir armada até aos dentes... qual guerreiro. Voltas, curvas, cambalhotas... esgueiras-te, endireitas-te e entortas... de tudo és capaz p’ra te esconder... desvias a atenção, p’ra eu não te ver... E fico ali, prostrado à tua frente, muito satisfeito... e cheio de pena por ver tua beleza, tão pungente, e por ter chegado cedo a essa cena. Devo (e quero) aceitar-te, tal como estás, Nesse ponto, processo, evolução: é que as coisas não são boas nem são más, ... apenas e só... são o que são.

Revelei-te, expus-te a ti própria, contei-te como és, disse-te como foste, quis mostrar-te como podes vir a ser. .... do mais profundo de nós (os dois) Consciente do percurso e das hipóteses em frente, quedaste-te... muda e pasmada, de olhar no infinito, absorta completamente... Longe dali, em viagem, foste ao futuro... viste o passado... andaste por todo o lado... com poder sobre o tempo. Sem ligares ao espaço, saíste de ti. Foste buscar-te longe... trouxeste a criança, viste-a doutro modo, amaste-a por si ... Tomavas então consciência das cenas e quadros mentais em que ela viveu, se criou... “ ... as coisas porque passou. as razões, 70 os motivos, as situações as grandes dificuldades ...

Tudo agora com outro sentido, Joaquim Alice compreendendo essa miúda e também agora a adulta... A origem e o processo do teu ser, resultados do passado... (mas o puzzle é bem mais vasto!) “ 71

.... do mais profundo de nós (os dois)Essa agora Dou-me... inteiro... uno... todo! Abro-me (ascenso)... da Verdade, sou engodo! E o que atende ao chamariz, de súbito conclui... estar perante tudo (o) que sempre quis. “ 72

Revelação Joaquim Alice O ritmo, a cadência e o tom da tua voz são ecos do estado em que te encontras (de serenidade), sem ânsias, mas tão-só... sendo... e aceitando... Voluntariosa na ajuda em simples tarefas (caseiras) como peças de um puzzle, somente azuis (cor do céu), algo simples e sem nada d’especial, a não ser... formarem o céu limpo... da vida (do real) Agrada-me que assim te reveles doce... serena... em beleza. “ 73

.... do mais profundo de nós (os dois)Quero puxar(-te) Sou guindaste de grande lastro... Puxo(-te) pra cima... quando quedas. Nem preciso saber do teu mal p’ra que me ajudes a (te) ajudar. Puxo(-te) pra cima... na vertical... (que Tu consigas e sejas capaz). Tens que... apenas... e só... ACEITAR aquilo que exponho... intuindo o que digo... pois ‘tou SERVINDO. “ 74

Teu maná Joaquim Alice ... longe, muito longe... muito abaixo do teu potencial, sabes que te encontras... ... é que... DESAFIOS são teu maná, teu alimento, praticamente... inexistente. De momento, esgotada e farta (sentes-te), tudo converge e conspira a teu favor... para quando te fartares... de estar farta! “ 75

.... do mais profundo de nós (os dois)Tu cuidas ...tu cuidas acima de tudo de algo que apregoas como o mais íntimo cuidado (teu): ... ... ... as PESSOAS! No entanto, apesar de hasteares tão digno e alto estandarte, contas da tua vida... e torna-se, então, evidente que o hastear é pano-de-fundo que usas constantemente... Cumpres esse ritual com minúcia e com prazer, convencida, como estás, que p’ras pessoas estás a ser. Mas o pano que hasteias, tão concentrada que estás no que elas podem querer... é que te perdes... Crias um tal magnetismo que o Norte se altera “ e lá vais... rumo ao erro, 76 atentando bem na bússola, confiante da (sua) leitura, sem te dares conta, coitada, que a energia que empregas é apenas esbanjada!

Não entendes o porquê e vês, Joaquim Alice com admiração, “ as (tuas) ações desvirtuadas. Afinal, consoante vais falando, 77 vou-te vendo, perscrutando... e vejo que trazes o hábito de te esconderes (ou de não te revelares) em vez de te abrires... E essa ação que agora te escapa, nem sequer a estás a ver, mina-te... embora à socapa,12 pois te leva a concluir que os outros são ajudados ao serem “encaixotados” no que estás a concluir... Só que a conclusão é só tua... dentro de ti é que está... retiras, sem te dares conta, aquilo que o mundo quer: a liberdade de escolher, liberdade de aceitar, liberdade de ser, ou mesmo até de negar. Fazes antes que se sintam obrigados a comer o que lhes queres dar, sem os deixar escolher... Impondo-te no teu melhor... Sentem-se mal, incomodados, inferiores ao (teu) potencial... imenso, potente, até... letal! 12 À socapa: de maneira disfarçada.

.... do mais profundo de nós (os dois)Fogem, combatem-te, guerreiam-te... És veneno... vão fugir... ou afastar-te/se, maldizer-te... ... Nada conseguem ver do teu imenso, vasto, bondoso ser, porque as ondas que lhes mostras, arrebatadoras, assustam, não lhes dão descanso, nem espaço; avassalam!!! Quem te pudesse ver... no campo das intenções ... abraçava-te emocionado, junto ao peito, apertava-te, não te quereria largar: amava-te! “ 78

Desconfiada Joaquim Alice Machucada, miss, desconfiada... do que mais importa: o AMOR TRAZ FELICIDADE E LIBERDADE PARA TI. ... e só então poderás compartilhar a Vida Verdadeira com todos os outros. “ 79

.... do mais profundo de nós (os dois)Timoneiro ao viajar... no teu passado... vejo-te envolta em névoa, como alguém que anda à deriva... sujeita... sofrida, carente, ressentida (por dentro...) ...mas ostentas e mostras, ao olhar do mundo em volta, seres o timoneiro: aquele que conquista, o vitorioso guerreiro (pesado de virtudes e princípios que, em ética, navega...) do veleiro, o autêntico lobo-do-mar... ainda mais que marinheiro. E eu... estou... “ aqui... 80 parado ... ... a sentir(-te) no passado.

Supernova Joaquim Alice ... brilhas... “ rejubilas ... iluminas 81 ... vem de dentro a tua LUZ ... teus nós desatados... teus cadilhos13 cortados ... teus espinhos um a um retirados... convertida em planura... evidência, formosura... tão pura... ... criatura... em quem custa crer... ... depois de tanto tempo de te ver em afã, de te esconder(es), sem notar(es) realmente... que a distância de ti própria crescia com a perfeição do teu casulo: quanto mais inviolável, mais te perdias do contato... do conhecido... de Ti. 13 Cadilhos: franja de tapete; aquele que preocupa ou inquieta (figurado).

.... do mais profundo de nós (os dois)Concentrada por inteiro no controlo das pessoas e situações, adaptando-as às tuas recentes necessidades e novas vibrações... tua voz de comando ecoava no espaço enquanto, para mim... espantavas os “pardais”, não fossem eles notar quão vazio deixavas teu celeiro... por colheitas. É que aquilo que te traz ganho, às vezes, aceitas. Quando... na verdade, aquilo que dás... é de melhor alimento pra que cresças com vigor, com segurança e feliz... ... em PAZ. “ 82

Viagem ao interior Joaquim Alice Cospes palavras, vomitas opiniões, com aspereza... Devia ter (já) adivinhado o que te vai na cabeça... portanto, todo o (teu) agitar, de palavras sacudidas, é legitimado... Olho-te a ti ... tão esforçada (querida!)... sinto-me (perante outros) tão envergonhado... Tens de vencer!... Tuas ideias são “as melhores” e, para tal, das minhas fazes “tábua-rasa”. E, assim, vamos vivendo em paz podre... que mais não é que subserviência do oprimido, escravizado... daquele que é INFERIOR. Quisera dar-te olhos para veres, por fim... em silêncio perscrutares... o teu interior... “ 83

.... do mais profundo de nós (os dois)É no torcer da boca que me prendes (enquanto falas) És toda tu... quando me interrompes... tão linda, qual criança, ao te confessares corajosa, sim... e envergonhada, por vezes. Se te descobres em altivez... teus dedos longos te acompanham e, na graça do gesto, és sempre diva, matreira quanto baste... Te evidencias nesse maroto sorriso, que transparece, és pura, sensual e tão honesta! Com ímpetos de zanga, ... só ingênuos, imaturos, sim! Mas tão belos frutos serôdios, de árvore sadia, ainda longe de os dar constantemente! “ 84

Se tal acontece neste dia, Joaquim Alice evidência é... da forte semente que irrompe com força inexorável, te altera, transforma, quase racha ...perante o teu espanto e confusão... E divina é a graça de ver-te assim, em misto de curioso espanto... sem revolta, detida na análise dos defeitos, como se doutro ser é que falasses. “ 85

.... do mais profundo de nós (os dois)Sinto-te a vibrar Sinto-te a vibrar tendente à caçada, tendente à luta, ao jogo, ao apanhar... ... num autêntico arriscar! Bem conheço esse trajeto, percurso enviesado no caminho certeiro do prazer... sensual... aberto, oferecido, algo matreiro... do desrespeito (pessoal... quiçá, geral! )... Por momentos de euforia, adrenalina ... ofegância no devorar(-te), deita-se tudo a perder, nada de real é ganho (ainda alguém irá sofrer)... Mesmo aquele que nem isto sentir... há-de, pelo menos, concluir que, no meio, formou-se UM NADA, “ ficou vago, vazio... oco!!! 86

Jardins encantados foram pilhados, Joaquim Alice alguém por lá passeou, sem cuidado nem sentir, “ de botas cardadas, sobre as flores andou, 87 E o perfume que trouxe em si, dessas flores belas, em vez de o elevar (até ao cume), causa-lhe enjoo, asco, repulsa... Também sofre ... o estupor ! Inquietas-te ...“não te dou luta”... afirmas. Nada te conto, nada me acontece, estou apático ... Não dou ... (sim!) E tu queres: LUTA!!! Queres, com humor, criar a capa com que tudo se disfarça, mesmo os “avanços” (matreiros), tudo com ótimo disfarce ... até ao ponto em que, incapazes de retroceder, já sem forças p’ra resistir, acabamos por o orgasmo atingir, após nos devorarmos (ambos) e... assim ... contarmos com outro troféu no rol das conquistas, safáris e tudo sob a capa do humor, da risada, ... de ser espirituoso, cúmplice ...

Mas que FARSA DA MERDA!!! Pois que o agente é o primeiro a ser enganado o caçador ... vira caçado. .... do mais profundo de nós (os dois) Sei isso tudo... de cor e salteado ... de olhos fechados e, até, de ouvidos tapados, te consigo cantar: a “canção do bandido” mas há tempos (já) que parei ... POR OPÇÃO ! (ouviste?) porque andava fodido... tinha todas quantas queria, mas lá no fundo sentia, afinal, não ter ninguém ... e que, num jardim sem flores, (sim... delas, nem odores...) nem sequer me tinha a mim. Mergulhara num vendaval, estouvado, endiabrado, infernal... tudo se centrava num só objetivo: o atingir, envolver e “obrigar” a presa ... à entrega oferecida, despudorada, de fausto festim... carnal. “ Quais bestas selvagens, que em fulgor e frenesim,14 88 se degladiam, batem, devoram... alimentando, com isso, o seu lado bestial. 14 Frenesim: o mesmo que frenesi.

E se há bicho astuto, Joaquim Alice ardiloso, manhoso, (sob disfarce servil, de simpatias tecido...) “ com ardis, ... e maldito ... era EU... em meu covil!!! 89 altar do sacrifício... onde tudo era consumido ... o bom, o ingênuo, o querido: o que de melhor, em seu farnel, trazia a presa... era-lhe arrancado ... FODIDO!!! exposto, esbanjado... (destruído?) Mas, curioso... de tudo isto algo ciente, em simultâneo .. por mim era sentido: que a presa... sempre havia precisado de, por aquela situação ter passado... por seu percurso a incluir... embora de passagem ...p’ra outra margem, p’ra poder evoluir... A fim de acordar, ou de dores passar, que lhe pudesse oferecer daí em diante, no futuro, um BEM MAIOR: o de saber dar valor àquilo que estivesse ao seu dispor. Funcionava eu em contrabalanço, era peça suja e feia, autêntico desamor... Era, afinal, o estrume ... que, uma vez enterrado, trazia, então, alimentado... o rebento do AMOR.

Por isso, hoje, ... ao olhar o sujo, o feio, o pestilento ... faço-o recolhido ... em silêncio, Inibo-me de críticas... vejo p’r’além... ... por saber que nem tudo o que fede é mau ... E, no silêncio do meu amor, só reside aceitação (mesmo que não compreenda ... reverencio a obra do Senhor), e o teu jogar e as tuas tentativas ... as deixas e as meias-palavras ... os olhares perscrutadores que me lanças, as insinuações mais abertas ... tudo isso eu deteto com a atenção do guerreiro, do caçador-solitário que tudo vê, .... do mais profundo de nós (os dois) espreita e mede, tudo sabe ... conhece toda a dança, mas... então, como te vai salvar? ... pois não querendo (eu) “dançar”, faço das tripas coração para te respeitar, para não te criticar, para a tua dignidade NEM BELISCAR ... e, assim, me redimir ... ... sabendo que é bem provável “ que todo este esforço... seja em vão... 90 pois... basta o não-alinhar p’ra que te sintas ferida, frustrada, e até rejeitada, quando, afinal, ... por não querer alinhar

(no “jogo”) é que dou o SINAL Joaquim Alice ... que te estou a aceitar sem máscaras, sem nada ... na (tua) versão original... aquela que, de momento, AINDA NEM CONHECES, realmente... apenas, às apalpadelas... andas... a procurar. Já eu a vi... já sei onde existe... é isso mesmo que tenho visto... quando olho para ti (através) ... em profundo silêncio, concentrado. E tu, por vezes... tens noção de que te fito... “algo-estranho” ... e tentas descortinar ... p’ra onde estarei eu a olhar... Mas, querida amiga, não to posso dizer: não irias compreender! “ 91

.... do mais profundo de nós (os dois)Casta e sabedora Foste casta... Foste forte... e persistente. Acreditaste!!!! Seguiste em frente... Sozinha na tua luta, no teu esforço, embora o universo conspirasse também a teu favor... Foste casta... e sabedora! “ 92

Grave ameaça Joaquim Alice Autoconfiança ... que é isso ? Junto a ti ... é NADA. Uma inexistência... És exímia exterminadora da sua existência Tal como se, para ti, constituísse grave ameaça... Mas a quê? (desconheço!) Suporto... apenas, as respectivas consequências ... ou melhor ... tenho suportado ... Mas atenção..., em sentido!!! A TAL NÃO SOU OBRIGADO!!! “ 93

.... do mais profundo de nós (os dois)Helen (desejo materializado...) Corpo apreciado jeito amado riso de encanto fugaz presença ... passageira... ... “preso” fiquei voluntariamente... nessa cruz. Pirilampo... de tua luz, ... ao ver-te de novo incendiou-se (sempre) tal feitiço ... aos sinais que trazias ... indiferente ... e nessa (última) noite ... há “séculos” prometida, acedeste a juntares-te a essa múmia... fibrosada por tão longa espera... “ 94 fui incapaz de dançar ...

Levo-te... a ti ... Joaquim Alice ... e tu levas-me a mim. Levo-te a ti (própria), sempre que possível e, ao pressentires, ao adivinhares proximidade, reages qual ímã que do polo doutro se aproxima. Repeles(-te) o teu vir-a-ser e recusas o teu agora-ser. Apartam-se, como se de dois inimigos inconciliáveis se tratasse. Quero ser ponte, guia, amigo do coração a quem deixes ... te guie pela mão, confiante. “ 95

.... do mais profundo de nós (os dois)... mas, por vezes, a fuga ... a tua... me revela a exata medida ... da que é minha (fuga... também) e, nesse espelho... devo encontrar, não apenas o teu ser, não apenas o teu verdadeiro ser, mas ... como se por milagre, o MEU obrigado! “ 96

Referências BRENNAN, Barbara Ann. Mão de Luz: Um Guia para a Cura através do Joaquim Alice campo de Energia Humana. 23. ed. São Paulo: Pensamento Ltda. (1987) 2006. “ D’ÂNGELO, Edson; CÔRTES, Jane Jardel. Ayurveda: a Ciência da Longa Vida. São Paulo: Madras, 2018. 97 FIORAVANTI, Celina. O Pai-Nosso e os Chakras: Como ativar os centros de energia através da prece. São Paulo: Ground, 2000. FRAWLEY, David. Uma Visão Ayurvédica da Mente. A Cura da Consciência. 9. ed. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2017. GERBER, Richard. Um Guia Prático de Medicina Vibracional. São Paulo: Pensamento, 2006. HONERVOGT, Tanmaya. Guia Completo de Reiki. Um curso estruturado para alcançar a excelência profissional. Trad. E Euclides Luiz Calloni, Cleusa Margô Wosgrau. São Paulo: Pensamento, 2008. HOSAK, Mark; LÜBECK, Walter. O Grande Livro de Símbolos do Reiki: A Tradição Espiritual dos Símbolos e Mantras do Sistema Usui de Cura Natural. São Paulo: Pensamento, (2014) 2010. JOHARI, Harish. Chacras: centros de energia de transformação. Trad. Maria Epstein. São Paulo: Pensamento, 2010, p. 117. LEADBEATER, C. W. Os Chacras ou centros magnéticos vitais do ser humano. São Paulo: Pensamento, 2006. MILLER, Joan P. O Livro dos Chakras, da Energia e dos Corpos Sutis: Uma Nova Visão das Tradições Antigas e Modernas sobre os nossos Centros de Energia. São Paulo: Pensamento, 2015. p. 30. OSHO. El Libro de los Chacras. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Grupal; Arkano Books/Grupal, 2013. SHERWOOD, Keith. Terapia dos Chacras. São Paulo: Siciliano, 1988/1995. Site recomendado http://henriquetamagiacigana.wordpress.com.chakras.

Este livro foi editorado em Minion Pro e Roboto Slab. Publicado on-line pela Editora Arte & Livros em novembro de 2020.


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook