Joaquim Alice ... do mais profundo da (nossa) essência Vilca Marlene Merízio Organização, Introdução e Notas ARTE & LIVROS
... do mais profundo da (nossa) essência
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JOAQUIM ALICE ... do mais profundo da (nossa) essência Livro SETE – Violeta Chacra Coronário – Sahasrara Vilca Marlene Merízio Organização, Introdução e Notas ARTE & LIVROS
© 2020 Editora Arte & Livros Projeto gráfico, capa e editoração: pamalero artes Revisão: Vilca Marlene Merízio Ficha catalográfica A398d Alice, Joaquim ... Do mais profundo da nossa essência : Livro Sete – VioletaChacraCoronário–Sahasrara[Recursoeletrônico on-line] / Joaquim Alice; Vilca Marlene Merízio, organi- zação, introdução e notas. – Florianópolis : Arte & Livros, 2020. 80 p. Inclui referências ISBN: 978-65-88719-06-0 (e-book) 1. Poemas. 2. Poesia portuguesa – História e crítica. 3. Filosofia. I. Merízio, Vilca Marlene. II. Título. CDU: 869.0-1 Ficha Catalográfica elaborada por Onélia Silva Guimarães CRB-14/071 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, arquivada ou transmitida por qualquer meio ou forma sem prévia permissão por escrito dos autores. Impresso no Brasil
Sumário Introdução ao Livro SETE ... do mais profundo da (nossa) essência | 7 Poemas | 13 15 | O equilíbrio dos opostos Êxtase | 44 16 | Não sou Deus Estou entregue | 45 Deuses ou Demônios | 46 17 | Somos/temos um corpo Gratidão, Senhor! | 47 20 | Pai nosso Grato... até à divindade | 49 21 | Essência Metamorfose(s) | 50 Sombra | 51 22 | Lembro-vos a paz Voo divino | 52 24 | O meu maná Santidade | 54 U n i d a d e | 55 25 | A verdadeira vida Traçado | 56 26 | Ave, Maria Canto do canto | 57 Santo graal | 58 27 | O silêncio do sagrado Santuário | 59 28 | Mimetismo quântico Só | 60 Apanhado | 61 29 | Oração Aquém do infinito | 62 30 | De braços abertos Assim farei... | 63 Travagem-a-fundo | 65 31 | Escuridão A busca | 67 32 | Eus diversos Carnavais | 69 Como pude | 70 33 | Oh, Deus! Cru-ser | 71 34 | Bênção De férias com Deus | 72 36 | Meditando acompanhado 37 | Dos céus 38 | Pai – novo olhar 40 | Encantado 41 | Entrar em mim 42 | Amadeus 43 | Bisontes
73 | Devagar Ó, meu Deus! | 77 74 | No topo Aurora boreal | 79 75 | Agraciado Ao amor | 80 76 | Obrigado pela paz
Introdução ao Livro SETE ... do mais profundo da (nossa) essência E... Deus É... Só... no silêncio (do Seu amor) J.A. ... do mais profundo da (nossa) essência é o último Joaquim Alice livro do Terciário Superior. Ele trata dos caminhos abertos pela espiritualidade quando a unificação da consciência se realiza e tem suas características confirmadas pelos aspectos dimensionais do 7o Chacra. 7 Tendo como princípio fundamental o Ser Espiritualizado e como elemento primordial o Cosmos, o 7o Chacra ou Chacra da Coroa – Sahasrara, em sânscrito –, localiza-se acima do topo da cabeça, no plexo cerebral. Embora não esteja ligado a nenhum plexo do corpo físico, sua glândula de relação é a pineal, influenciando no desenvolvimento do sistema cerebrospinal humano.1 O cérebro e o cabelo são as partes do corpo físico que lhe estão relacionadas mais especificamente. Seus sons seminais vão de AH a KSHA, incluindo vogais e consoantes da língua sânscrita. A divindade a ele relacionada é o deus interior de cada pessoa, o EU Superior individual. 1 GERBER, Richard. 2006, p. 61.
.... do mais profundo da (nossa) essênciaNa sua função essencial, permite-nos entrar em contato com o divino e com todas as faces da espiritualidade em total integração com o ser físico, emocional, mental e espiritual. Seus sentidos são a bem-aventurança e a glória divina. Leadbeater2 explica que este chacra tem uma característica que o diferencia dos demais, “uma espécie de torvelinho central de um branco fulgurante, com núcleo da cor do ouro”.3 Mesmo assim, é normalmente representado pelas mil pétalas da flor de lótus, por onde flui a energia pura, cuja predominância recai no raio violeta, cujo “plano de radiação é luz, é fogo, ou visão em sua essência mais refinada”. Quem tem foco neste chacra é um ser “brilhante, iluminado, com uma aura continuamente radiante”.4 Quando o ser humano se reconhece como dignatário dessa luz divina e “se mostra magnânimo com tudo que o rodeia”, este chacra, de receptor, passa a emanar um radiante foco de energia, “como uma verdadeira coroa de glória”,5 visível a todos os clarividentes. Na tradição cristã, os santos comumente têm essa aura representada por uma coroa fulgurante. A ideia da divindade está relacionada diretamente com este sétimo chacra, assim como o senso de busca do nosso propósito particular de vida. Ele é o centro de energia que nos coneta e identifica com a essência pura que nos preenche, dignifica e fortalece, desde o nosso mais profundo âmago existencial, com a satisfação da sede pela intimidade com Deus. Neste chacra, ocorre também a união entre a personalidade consciente que em nós reverbera e a nossa alma. Mesmo sem perceber, o homem é levado na direção dessa busca divina. 8 2 LEADBEATER, C. W. 2006, p. 38. 3 Esse vórtice subsidiário é menos ativo e tem doze ondulações próprias”. Idem, ibidem. 4 JOHARI, Harish. 2010, p. 174-175. 5 LEADBEATER, op. cit., p. 38.
Assim, na certeza de que somos constituídos de “material Joaquim Alice estelar”, está incluída a parte da essência divina que nos compõe. “Em termos energéticos, toda a matéria e todos os seres que constituem o universo estão ‘holograficamente conectados’ a Deus, quer esse relacionamento divino seja ou não reconhecido 9 conscientemente”, explica Gerber.6 Se bloquearmos esse desejo natural de divindade, estaremos desequilibrando o sétimo chacra e todos os demais que abastecem energicamente nossos corpos. Joaquim Alice corrobora com esse pensamento, em especial, nos poemas deste Livro Sete: Assomo à dimensão (algo estranha), na qual ... dou por mim em ressonância harmoniosa com os contrários... ao fazê-los existir (no momento) em simultâneo, deste modo atingindo o DIVINO, livre e solto ponto-da-criação. A humanidade caminha para tal realização, embora a maioria ainda tropece nos seus intentos de bem-aventurança e, mil vezes, tenha de recomeçar. Mas toda tentativa de recomeço é válida. E, quando o ser humano quase cai – e não cai porque já está no domínio da paz requerida pela quinta dimensão – é com mais força que ele se eleva à sétima dimensão onde a transcendência se realiza. E isso tudo pode-se sentir e ver acontecer pela poesia do próximo livro, o Livro OITO, desta coleção, porque Deus É... Só... no silêncio... (do Seu amor)..., como poetiza Joaquim Alice. O amor engloba a compaixão para com todos os seres, 6 GERBER, op. cit., p. 85.
.... do mais profundo da (nossa) essênciauma empatia e compreensão dos outros, contudo, a liberdade individual é respeitada, para que a pessoa, tendo vida própria, siga seu próprio caminho, sinta e cure a sua própria dor e aprenda lições por conta própria. O máximo que se pode fazer é mostrar o caminho para a felicidade, sugerindo soluções. Em Joaquim Alice, isso está patente, e está extremamente claro no Livro SEIS, onde deixa visível que se é um com o outro, mas o outro tem direito de crescer, sofrer e evoluir por conta própria, mantendo o seu equilíbrio e dançando ao som de sua própria essência. Tolerância pacífica e aceitação de tudo e de todos, experiência de extensão atemporal de si mesmo, dos seus muitos EUs que se unem numa integração completa. Subir e descer para atender a todos os aspectos de si mesmo são exercícios que demonstram a dinâmica entre o humano e o divino na mesma pessoa (mais uma vez, lembrando o Homem de Corfu7). Essa alternância que pode oscilar dependendo da circunstância, desde a mais alta divindade (compaixão, graça, harmonia, tolerância, perdão, paz e amor incondicional) até a convivência entre os demais mortais, nos momentos de medo, perda, solidão, egoísmo e raiva. Ainda somos humanos e as recaídas são previsíveis (E, por que não, devem ser bem-vindas por serem sinal do caminhar no sentido de evolução). Por fim, deixar claro que a Sétima Dimensão é a dimensão do universo absoluto. Nela, a consciência individual se dissolve e pode-se contemplar tudo tal como é e deveria ser: UM SÓ. Mas nem todos somos ainda capazes de alçar à Consciência Plena. A impermanência (ainda) prevalece. E nosso esforço 10 sempre é digno se a ele dermos continuidade e força. 7 Referência à obra de Lúcia Simas, Lisboa: Chiado, 2016.
De qualquer forma, ainda é importante observar a Joaquim Alice comparação da trajetória do eu poético de Joaquim Alice na sua caminhada em direção à espiritualidade transcendental. Quando se pensa em chacra básico ou mesmo nos outros que formam o quaternário inferior, tem-se a nítida impressão de que o autor focaliza qualidades, ações e temperamentos das vozes atuantes para as racionalidades comuns da terceira dimensão: aquela em que o tempo e espaço ainda são fundamentais. No Terciário Superior, com as energias sutis agindo, e a vontade de pairar com o espírito aberto e livre sobre panoramas de tranquilidade e harmonia, eis que o homem se revela para, como centelha divina, aproximar-se das demais dimensões que lhe competem segundo suas próprias ações, sentimentos e pensamentos. Que vivamos a Vida e saibamos aproveitá-la com esmero e sabedoria, bem assim como nos abrem vista e coração os poemas deste Livro Sete, dedicado ao deus interno de cada um, o deus que somos. Florianópolis, 7 de outubro de 2019. Vilca Marlene Merízio 11
Poemas Está afinado para o equilíbrio dos opostos... E não só consegue ver exatamente o ponto de equilíbrio... como também o atinge quando age. Porque o amor é assim! Certeiro! Forte! Corajoso! Altruísta! Libertador! Divino! Sagrado!
O equilíbrio dos opostos E... Deus É... Só... no silêncio Joaquim Alice (do Seu amor) ... e vê através... descortina a natureza das coisas por detrás do que elas são. Maravilha-se com elas, vê bondade onde há maldade, vê amor onde existe ódio, vê simpatia onde há rispidez vê a paz onde está a guerra, vê a vida na morte... Está afinado para o equilíbrio dos opostos... E não só consegue ver exatamente o ponto de equilíbrio... como também o atinge quando age. Porque o amor é assim! Certeiro! Forte! Corajoso! Altruísta! Libertador! Divino! Sagrado! 15
.... do mais profundo da (nossa) essênciaNão sou Deus Não sou Deus, mas sou caminho, senda, vereda... Não sou Deus, mas sou atalho sem a frescura da seda; antes (sou) mero retalho que, embora pouco, curto e rude, faz-te melhor d’agasalho, pois enganos não suscito, antes verdades apresento. Como um apito t’alerto... queiras tu ouvir o grito, escuta-o com atenção para nele sentires (o) amor que só tens é d’aceitar. Te eleva, joga e sente como se num repente sentisses Deus a (te) amar. 16
Somos/temos um corpo Joaquim Alice Somos um corpo que tem apenas à sua volta um campo energético tal que está permanentemente em contato com todas as restantes energias existentes. Sentindo-o ou não... somos permanentemente “afetados” (sujeitos à influência) pelos fluxos de energias que nos perpassam e dos quais (em muitos casos, quiçá, na sua grande maioria) nem estamos (nunca sequer) conscientes. É algo que espanta, consciencializar essa realidade ... mas acredito que assim se verifique. É que admiti-lo remete-nos de imediato para um muito-pouco lisonjeiro papel de meros figurantes no fantástico filme da VIDA, da existência mega-(mais)-vasta da realidade. 17
Meros “vermes”, cegos de nascença... que, no entanto, desenvolvem toda uma simples “vidinha” de nascimento, desenvolvimento e morte (comezinhos)... num contexto de infinitas possibilidades... cujo âmbito escapa à pequenez do que as palavras conseguem compreender/representar. E os iniciados apenas assomam à porta... (nem chegando sequer a entrar) e, mesmo daí, já descortinam uma vasta gama de possibilidades, dimensões, etc. .... do mais profundo da (nossa) essência Por outro lado, isso lhes permite ultrapassar os limites do horizonte que enxergam dessa posição... através da inspiração de que, já daí, desfrutam. E paro... olho-te, atento... embora de tudo desligado, como que a ouvir, a ler, a sentir, a saborear o VERBO da tua nova “realidade”... da qual adivinho já fazer parte... e de que somos um só... único... com possibilidades de entendimento espontâneo, 18 em tempo real...
E aí fico, não apenas calado (não!), Joaquim Alice mas num estrondoso silêncio; profundíssimo, vastíssimo, 19 no qual me sinto como que diluir ... abrindo-me à minha própria desintegração (liberdade suprema) num gesto gracioso, meigo, virtuoso... (jamais virtual), que me alimenta mais do que consome ... mas no qual me cumpro por inteiro... e aí fico... perante a divindade ... que sou eu (também), num tal silêncio... reverente, frágil ... tão singelo... enriquecido pelo tesouro fugaz da noção d’eternidade... e o presente, então “palpável” que é (para o espírito), adquire a natureza do momento-elástico, que, ao passar, permanece (embora passe). ... sim, nessa dimensão... te dás conta da leveza, da pureza, do amor que então vivencias... ... de que se faz o teu verdadeiro EU ... aquele que partilha e participa “da”, e “na” Divindade.
.... do mais profundo da (nossa) essênciaPai nosso Que estais conosco, santificado seja o nosso nome, ascenda eu ao Vosso reino, seja feita a melhor vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia hoje te agradeço novamente. Perdoo todas as ofensas, todas as que me fizeram como as que eu próprio fiz. E, superando as tentações, opte sempre pelo supremo bem. Amém. 20
Essência Joaquim Alice Quero fundir-me com a essência Entro por mim adentro... resoluto... decidido... assertivo... concentrado... Até ao mais íntimo de mim Até ao cerne da questão Até lá... onde nada há por detrás, fundo-me com a essência... Sou tudo e todos e eu próprio em particular ... quase na totalidade (do que me é possível...) Fundi-me com a essência Já não estou... Apenas... Sou... ESSÊNCIA. 21
.... do mais profundo da (nossa) essênciaLembro-vos a paz (alegria e gozo) A PAZ do guerreiro, que é doce... e bela, esforçada... mas tranquila (a do dever... que se cumpre...), pois lhe vem do esforço despendido, da luta, de não estar no contra, mas sempre a favor... da infinitude de sua aceitação, do só-ter-olhos-para-o-BEM... tudo filtrando pelo amor. Luta em guerras imensas, luta... entre multidões, mas reconhece que está só. Por companhia ... apenas tem (o) seu FERVOR, sua FÉ, sua VERDADE, seu ESFORÇO, ... o AMOR, 22 E é REI, e é afortunado; é perfeito... ÚNICO ...
Nem pode estar acompanhado, Joaquim Alice pois que o caminho da verdade, só é real, só é o certo, o verdadeiro, quando não tem qualquer trilho, ... e tem de ser desbravado... e nem sabes bem por onde vai ... mas sabes e sentes ser o certeiro. e de tudo o que digo, ocorre-te ser poço vazio... o conteúdo te escapa, pois é esse (mesmo) o caminho ... que te aguarda... sempre pronto a receber-te logo que o sintonizes, logo que te aventures, sem em ti sequer pensares, só precisas de te entregar, pois o conteúdo está lá, sempre esteve... e estará... com a mesma vibração... Basta aquietares a mente e abrires... o coração. 23
.... do mais profundo da (nossa) essênciaO meu maná Aguardo venha de fora algo (de extremamente) importante; aguardo sempre... a toda a hora esse messias distante. Mas sei, ... disso estou certo... que só de dentro virá. Anda aqui... bem por perto ... o meu maná. 24
A verdadeira vida Joaquim Alice não conheci... (durante tanto tempo ... tantos e tantos anos), até ser capaz de esquecer a que tinha!!! ... tomar fôlego, soltar amarras, ... respirar profundamente trazer-me ao (eterno) momento-presente ... e ... sorrir (ao de leve). 25
.... do mais profundo da (nossa) essênciaAve, Maria que me enches de graça, o senhor é conosco, benditos somos entre todos, bendito é o fruto divino da nossa mente (Deus). Santa Maria, Mãe querida, roguemos por todos, oremos agora e sempre pelo melhor. Amém. 26
O silêncio do sagrado Joaquim Alice O silêncio do sagrado sentes (ou podes sentir) no que quer que seja, qual marca d´água ou selo branco (visível pro invisual... e invisível p’r’o que olha, apenas) e, se fores cauteloso... deixas-te contaminar, entras noutra dimensão, esticas o teu vibrar... Transformas o movimento que passa a ondulação, voltas a esticar e, cada vez mais esparsa, diminuis a amplitude, amainando, sossegando, reduzindo... apenas aumentando... a quietude. 27
.... do mais profundo da (nossa) essênciaMimetismo quântico (ponto da creação) silêncio e vazio criados ... ... sossegado o fluxo ... ... do pensamento ... quieto ... elevo, neste estado, o meu vibrar ... minha atenção, mas prescindo de a concentrar, antes ... deixo-a fluir ... apenas há evolução quando deixo de agarrar ... ... de conter, de tentar que tudo encaixe. Deixo, antes, que, eu mesmo, ... seja, por tudo, pensado! Assomo à dimensão (algo estranha), na qual ... dou por mim em ressonância harmoniosa com os contrários... ao fazê-los existir (no momento) em simultâneo. 28 Deste modo, atingindo o DIVINO, livre e solto... ponto-da-criação.
Oração Joaquim Alice Com o pensamento t’assemelhas ao Criador (seja qual for) onipresente, onisciente, onipotente. Até de dimensão podes mudar. Tempo e espaço já ERAM!!!... ... e lá vais Tu... qual divindade... certeiro... seguro... forte e possante ... imparável, insensível a dificuldades e reveses ... ... que o não são (afinal), porque Deus está contigo e te dá forças e te ajuda: a perfeição está no pensamento. Inebria-te, eleva-te, deixa-te voar, partir, soltar... Sê livre, sê DEUS. 29
.... do mais profundo da (nossa) essênciaDe braços abertos (A viajar de avião) Cá vou... em plena metamorfose (paterna), entregue ao destino em plena liberdade, em transformação. Olho de cima... este mar-de-nuvens, calmo, tranquilo e sereno. Contemplo um céu lavado, lavo-me também. Purifico-me. 30
Escuridão Joaquim Alice Na loucura daquilo que é incerto me ponho, incauto, a viajar. Percorro esse caminho como um louco... Está-se, em cada momento... a criar. Tudo aceito... se em tudo aprecio (muito) a perfeição. Grato é como fico, grato é como estou... por toda a magia ... que apenas consigo intuir, pois nada vejo. Luz ... só a tenho bem cá dentro, e por fora: ESCURIDÃO. É no aceitar pleno desta cegueira, e no crer na (im)perfeição, que germina toda a força bem no/do centro do meu coração. Ao ver p’ra dentro, com tal nitidez... guio-me, por fora... como uma criança (que) sempre o fez. 31
.... do mais profundo da (nossa) essênciaEus diversos (de mansinho) EUS DIVERSOS... E outros eus... que são tus... Vêm até mim... de mansinho Sintonizo... cada um reconheço-me... neles todos fazem parte do Todo... decomposto e, quando os sou... em simultâneo ... ... Revela-se Deus... Igualmente... de mansinho 32
Oh, Deus! Joaquim Alice oh, DEUS, obrigado!!! Obrigado por estas manhãs magníficas, por esta luz do sol, este céu azul, lavado ... o ar fresco, mas suave, ... a calma no ar, a perfeição. Agradeço este MOMENTO, o qual vivo... intenso, forte. Obrigado pela bênção desta luz espetacular que a tudo ilumina, dá cor e vida... e sobre o mar calmo, parado ... forma um tampo liso. brilhante, estanhado. Agradeço a bênção do calor do sol, que dá vida, aconchego, conforto, OBRIGADO ... 33
.... do mais profundo da (nossa) essênciaBênção Apenas existe um modo, uma via, uma maneira de me ajudar a mim mesmo... E, esse modo, via, maneira... por incrível que possa parecer, é indiretamente!!!, é “através”!!! (sempre!!!) Concluí que só ajudando os OUTROS... é que me ajudo a mim. E atenção... essa ajuda aos outros (para que o esquema funcione) tem de ser livre e libertadora, desinteressada totalmente... até mesmo da intenção de me ajudar a mim próprio. A intenção pode estar na origem/gênese do processo/estado de espírito... mas daí (desse estado embrionário) não pode passar/sobreviver. 34
Não pode estar sequer consciente Joaquim Alice durante o desenrolar do processo (criativo?). A atenção tem de estar por completo absorvida no “outro”... com o outro, pelo outro. Agradeço a BÊNÇÃO... 35
.... do mais profundo da (nossa) essênciaMeditando acompanhado ... em meditação suave, passo (eu) a ser a chave, ... acedo à totalidade... Integro, ou sou, qualquer coisa... tudo tem sua importância ... Sou então (essa) habilidade, ou mesmo realidade. Em mim... aceito qualquer instância. Vejo operar ligações... dou por mim ... e já estão feitas e, quando consigo planar, aceito e sou as próprias interações, ... bolos feitos sem receitas sem mesmo, sequer, pensar. Estou ali... vibro suave... tão suave e aveludado que sinto abranger dimensões justapostas, conetadas, ... uma só (!) 36 em todas... os mesmos padrões. ... é DEUS que dorme a meu lado.
Dos céus Joaquim Alice tornado pobre de espírito... eis que assomas à porta, mesmo sem disso dar conta, no reino dos céus. 37
.... do mais profundo da (nossa) essênciaPai – novo olhar Quisera eu ter sido, então, capaz de ler o amor... nas entrelinhas. Quisera eu ter sabido interpretar aquilo que, então, nem fui capaz. Quisera eu, então, ter-te querido com a força de quando era rapaz. Quisera eu não ter sofrido (tanto) na ignorância ingênua de rapaz. Agora... ... moldado pelos anos... qual calhau rolado à beira-mar, depois de várias vidas e vivências após sofrer ... já ... sem sofreguidão, com a calma da idade já grisalha, me atrevo a olhar ... esse jargão. Mas este Novo Olhar que me transforma é olhar que não faz guerra ... é (antes) olhar 38 com amor, aquele com origem no perdão.
Reconciliado estou e agradecido Joaquim Alice por ter vivido até este momento rico, terno, doce, eterno, lento... E agora, que já perdoei, agora, que é tempo de amar (finalmente), posso, enfim, partir em paz, liberto, solto, amado, acompanhado ... pois te guardo aqui dentro com respeito, e me levas também em teu carinho, ... ambos de coração nobre e honrado, ... divino ... 39
.... do mais profundo da (nossa) essênciaEncantado e... o subir à montanha, no meu silêncio, em fogo lento criado... eis que me traz os CÉUS... Vejo, sinto, cheiro... sou diferente, ESTOU ENCANTADO! 40
Entrar em mim Joaquim Alice ... quando entro bem cá dentro... no terreno que é sagrado, meu corpo fica parado. Recolhendo-me, por fora e por dentro, acabo com a ignorância, dou o salto... e, nessa hora, fico pleno... ... em abundância. 41
.... do mais profundo da (nossa) essênciaAmadeus Caro amigo Wolfgang, companheiro de viagem, vejo-te ainda a compor, embora na outra margem. É que, ainda aqui estando... sorrias, enquanto... cego pro som... criavas melodias. Vastos eram... recursos teus... atingiste o centro... AMA(A) DEUS. 42
Bisontes Joaquim Alice p’ra cuidar do que é MELHOR, a total evolução, pois só quando te ajudo, me ajudo a mim também e, se caio em tentação, buscando só o meu próprio evoluir... aí, caio na ratoeira, qual roedor, grudado ao queijo, afasto-me do porvir, passo a fazer asneira, nem sequer mereço um beijo, tenho é d’alargar horizontes, treinar-me neste exercício, p’ra me manter sempre vasto, forte e livre... como são os bisontes. 43
.... do mais profundo da (nossa) essênciaÊxtase ... concebo, sem esforço, a UNIDADE, ... mesmo daquilo que denominamos contraditório basta que me liberte de mim e de tudo ... basta que SEJA ... (simplesmente) TUDO! Fusão do sujeito/objeto numa liga unificante... êxtase! 44
Estou entregue Joaquim Alice Por detrás da bruma, estou certo, o sol brilha... Intenso... por detrás das escuras nuvens, carregadas como estão, a luz brilha, ... clara... e o ar é leve; bastará, então, que me detenha e, centrado neste ponto, a faça levedar... em momento breve e a fé... me deixe tonto. 45
.... do mais profundo da (nossa) essênciaDeuses ou Demônios Das virtudes e dos defeitos, em conflito, sai vencedor o(a) mais alimentado(a). Atenta, pois, ... ao que fazes! 46
Gratidão, Senhor! Joaquim Alice Gratidão é o que sinto... Senhor, pela força e coragem de estar atento e, assim conseguir ver 47 o que se encontra escondido, velado, por detrás ... de qualquer momento. Na busca incessante, em prazer mantida do que quer que seja “BEM”, jamais ao “resto” dando guarida. Grato estou por ser ATENTO e, no feio e maldoso conseguir descortinar o que tu tens de bondoso (mesmo sem acreditar). Vejo-te, então, surpreendido... sempre que lá chegas, de-mão-dada e, onde o mal era sentido, a TUA versão mais divina reconheces... ter encontrado. Deténs-te, paras, bloqueias surpreendido que estás com teu ser que agora(te) parece outro... NOVO!
.... do mais profundo da (nossa) essênciaComeças a perceber que aquilo a que dás atenção, onde centras o olhar, CRESCE ... é criação! ... Do que andaste a plantar, descortinas como é simples, embora fácil não seja, guiares-te... 48
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