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Comércio em Revista - 193

Published by Jarrid Lima, 2016-05-10 18:50:33

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Ano XVIII • Edição 193 • Dez 2015 / Jan 2016 REFORMA da Rua Grande DÍVIDAS dos consumidores Malta Filho: a representação deve começar em janeiro na mesa de renegociação comercial sempre foi o foco Onde estão os presentes? Consumidores estão preocupados com o número e valores dos produtos este ano.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL2016 www.fecomercio-ma.com.br | (98) 3131-7171

EDITORIAL Natal mais modesto As consequentes quedas nos níveis de consumo nas principais datas comemorativas do ano, agravadas com o aumento do desemprego e da inflação, resultaram em um pessimismo generalizado no comércio ao longo de 2015. Nesse cenário, a última edição da Comércio em Revista traz como matéria de capa uma análise da intenção de con- sumo para o Natal deste ano em São Luís e em Caxias, de- monstrando que o principal período para o comércio deve atrair consumidores, porém com mais cautela em relação a quantidade e valores dos presentes. A pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Maranhão revela ainda características das compras no pe- ríodo natalino, essenciais para que os empresários se ade- quem à realidade econômica atual com estratégias de ven- das direcionadas para as necessidades dos consumidores. A entrevista desta edição é com o empresário Anto- nio Monteiro Malta Filho, presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais de São Luís, que destacou as perspectivas para o futuro, entre elas a de fazer uma gestão diferente, progressista e inovadora. Outras reportagens desta edição tratam do nível do en- dividamento das famílias em 2015, que se manteve com índices superiores em relação ao ano anterior, e as pro- postas de requalificação da Rua Grande – principal via de comércio de São Luís. O fortalecimento da representação sindical com a participação da comitiva do Maranhão no Congresso Nacional do Sicomério também se destaca en- tre os principais assuntos deste exemplar. Somado a isso, a Comércio e Revista dá continuidade ao seu novo projeto gráfico apresentado na edição ante- rior, com a integração dos temas relacionados ao Sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Maranhão demonstrando a coesão de atuação das entidades aos nossos leitores. Boa leitura!edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 3

NESTA EDIÇÃOFEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, 28SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO MARANHÃO CAPAPRESIDENTE: José Arteiro da Silva Pesquisa mostra intençãoVICEPRESIDENTES de comprar presentesVilson Estácio Maia; Marcelino Ramos Araújo; Antonio de mais baratos neste NatalSousa Freitas 22DIRETORESMauricio Aragão Feijó; Ivanilde Sampaio da Silva; Djalma ARTIGOSouza Chaves; José William Câmara Ribeiro; ManoelAntonio Souza Barbosa; Antonio Íris de Oliveira; José Ivan José Arteiro: uma análiseFerreira; Reginaldo Pacheco de Sousa; Luís Joaquim Braga sobre os empregosSobrinho; João de Lima Filho; Paulo Henrique da Silva. 06RECORTESSUPLENTES DA DIRETORIAAntonio Luiz Monteiro Malta Filho; Raimundo Edson Notas sobre economia, políti-Rodrigues de Sousa; Francisco Eraldo Rodrigues de Moura; ca e outros temasJosé dos Santos; João Borges Lira; Euclides Antonio Viêra;Antonio José Teixeira Luz; José Ribamar Ewerton Souza; Acesse as edições anteriores pelo site daÉcio Gaston de Araújo; Sebastião Cândido Soares. Federação do Comércio do Maranhão:CONSELHO FISCAL www.fecomercio-ma.com.brEmanuel Caracas Dos Santos; José Pereira de Santana;Ivaldo Miranda Campos; Nagib Câmara Ribeiro; Raimunda Os textos reproduzidos nas colunas Artigos não expressam a opinião desta publicação, sendo deHolanda da Silva; Flordilix Almeida de Amorim. total responsabilidade de seus produtores.SUPERINTENDENTE FECOMÉRCIOJoão Torres de Melo Saboia NetoDIRETORA REGIONAL SESCMaria dos Remédios Serra PereiraDIRETOR REGIONAL SENACJosé Ahirton Batista LopesCOMÉRCIO EM REVISTA É UMA PUBLICAÇÃODO SISTEMA FECOMÉRCIO/MAENDEREÇORua do Outeiro, nº 456, CentroSão Luís - MA • Cep: 65025-670CONTATOFone: (98) 3131.7171Fax: (98) [email protected]ÇÃO, REDAÇÃO E EDIÇÃOAssessoria de Comunicação Fecomércio: Max de Medeiros,Jovanna AbreuCOLABORAÇÃOAssessoria de Comunicação Sesc: Viviane Franco, LideneyRibeiro, manda Machado | Assessoria de ComunicaçãoSenac: Andrea Barros, Layza Pereira Martins, GermanaPlácidoFOTOSJoaquim Neto, Ariana Araújo, Banco de Imagens.CAPA E DIAGRAMAÇÃOCleiton Costa

08 Empresário Antonio Malta 13INADIMPLÊNCIA Filho conta sobre suas pers- pectivas para o futuro. Nível de endividamento das famílias em 2015 supera os índices registrados no ano anteriorENTREVISTA 16 HISTÓRIASesc no Maranhão completa 68 anos de rele-20 vante atuação.TALENTOS 24 PROJETOPropostas e especificações do projeto de re- qualificação da Rua Grande. Alunos do Senac participam de competições de conhecimento42 CULTURA 46FESTIVAL Aldeia Sesc Guajajara de Artes completa 10 anos de ativida-Alunos do Senac realizam Festival para des culturais no Maranhão.estimular a produção audiovisual.

RECORTESEMPREENDEDORISMO Como o objetivo de gerar oportunidades para a abertura de novos negócios e a ampliação e a inovação nas empresas, foi realizado entre os dias 18 e 21 de novembro a 8ª Feira do Empreendedor em São Luís. Considerado uma opor- tunidade de fazer novos negócios e se atualizar empresarialmente, o evento é uma iniciativa do Sebrae e acontece a cada dois anos reunindo expositores e consultores. Nesta edição, a Feira atraiu mais de 14 mil participantes, capacitou mais de 10 mil pessoas e resultou em R$ 5 milhões em negócios. SUPERMERCADOS A Associação Maranhense de Supermercados (Amasp) pro-moveu no dia 27 de novembro, no Centro de Convenções PedroNeiva de Santana, em São Luís, a 3ª Mostra de Produtos e Serviçose Workshop de Negócios em Supermercados. Aproximadamente4 mil pessoas visitaram o evento, que contou com a exposição deprodutos, equipamentos e serviços, além de palestras e cursos paraprofissionalizar e qualificar o setor.PECUÁRIA O embarque bem-sucedido de cinco mil bois vivos pelo Porto do Itaqui, fi- nalizado no final de novembro, representa mais uma oportunidade de negócios para a pecuária maranhense, que hoje conta com mais de 7,5 milhões de cabeças de gado. Apesar de ter sido realizada em caráter experimental, respondendo a uma contingência, já que o Porto da Vila do Conde, no Pará, teve as atividades suspensas, a operação já está sendo analisada pela direção do porto, pela empre- sa exportadora e pela Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, para que, em breve, possa se tornar parte do portfólio de negócios do Itaqui. ENERGIA O ano de 2015 está encerrando com o consumidor pagando amais na sua conta de energia elétrica, não somente pelo reajuste novalor da tarifa, mas também prelo acréscimo previsto no Sistema deBandeiras Tarifárias – verde, amarela e vermelha. Mas, desde que foiimplantado, em fevereiro, a bandeira vermelha prevaleceu, com umacréscimo de R$ 0,45 para cada KWh consumido.6 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

SUSTENTABILIDADE O macrozoneamento tem por objetivo orientar a formulação e O Macrozoneamento Ecológico- implementação de políticas, planos,-Econômico do Maranhão (MacroZE- programas e projetos, públicos eE-MA) foi reconhecido pelo Governo privados, de elevação da qualidadeFederal, após apresentação realizada de vida da população, levando empor representantes do Governo do Es- consideração as potencialidades, astado no final de novembro, em Brasília. vulnerabilidades, as restrições deA proposta de MacroZEE para o estado uso e a necessidade de proteção dosjá havia sido aprovada pela Assembleia recursos naturais, permitindo queLegislativa do Maranhão, em resposta a se realize o pleno desenvolvimentoencaminhamento feito pelo governador econômico de forma sustentável.Flávio Dino e tornou-se lei (nº10.316),em 17 de setembro de 2015. IMPLANTAÇÃO A Prefeitura de São Luís anunciou no início de dezembro a implan- tação do Bilhete Único no sistema de transporte coletivo da capital ma- ranhense. O serviço permite que o passageiro reembarque nos ônibus integrados sem precisar se deslocar aos terminais de integração, reali- zando o cruzamento das informações do Cartão de Transporte do usu- ário, permitindo assim o armazenamento de dados que possibilitam a integração temporal por até 90 minutos para as linhas urbanas. O início das operações está previsto ainda para o mês de dezembro. Por meio do Decreto 31.287/15, ATACADISTAo Governo do Estado do Maranhãoinstituiu o subprograma ‘Mais Ata- O incentivo constitui-se de crédito presu-cadista’ e reestruturou a tributação mido do imposto em operações promovidasdo ICMS para incentivar e desen- por atacadistas de forma que a carga tributáriavolver o setor atacadista a partir de resultante seja de 2% nas operações de saída1º de janeiro de 2016. O decreto é interna e interestaduais. A iniciativa vai possi-parte integrante do ‘Mais Empresas’, bilitar com que as empresas possam expandirprograma estadual que tem o objeti- suas operações, com vendas para outros esta-vo de fomentar e diversificar a indús- dos. Com o benefício, o Maranhão está dandotria no Maranhão. alicerce para o desenvolvimento do setor ata- cadista, propiciando competitividade nas ope- rações interestaduais. edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 7

ESTREVISTAA representação comercial sempre foi o foco O empresário Antonio Monteiro Malta Filho, presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais de São Luís, casado, pai de dois filhos, conta sobre sua trajetória profissional e as perspectivas para o futuro.Como foi o seu primeiro contato com a repre- Quais os produtos que ele representava?sentação comercial? Quando meu pai começou ele trabalhava como Eu nasci em São Luís no dia 26 de junho de 1962. representante da Brasilit e várias outras indústrias.Meu pai, Antonio Malta, era de São Luís e minha Mas ele trabalhava principalmente com materiaismãe, Maria Emília Campos Malta, era do município elétricos, foi representante da Pirelli Cabos porde São Vicente Ferrer. Meu pai sempre trabalhou no mais de 35 anos. Nós chegamos a ter 22 marcascomércio, ele era representante comercial e trabalha- representadas.va no bairro da Praia Grande. O primeiro empregodele foi num escritório de representação comercial O comércio para esse segmento elétrico já erachamado Silva & Linhares. Foi a partir da experiên- grande nessa época?cia que ele adquiriu nesse escritório que decidiu criara própria empresa no ano de 1977. Então, eu pratica- Sim, nós vendíamos principalmente para amente nasci dentro de um escritório de representa- Alumar (Consórcio de Alumínio do Maranhão)ção comercial, pois comecei a trabalhar com o meu que estava se instalando em São Luís e a Vale dopai desde os 15 anos de idade. Eu sou filho único e Rio Doce também. Além disso, haviam várias ou-estudei minha vida inteira no Colégio Marista, sem- tras empresas que se formavam em torno dessaspre dividindo o tempo entre os estudos e o trabalho duas grandes indústrias. Mas nós já tínhamos tam-no escritório do meu pai. Meu pai foi o meu maior bém outras empresas em São Luís há muitos anos,professor, meu ídolo, um exemplo de cidadão, o ho- como o Centro Elétrico. Nessa época, o comérciomem mais honesto que eu conheci. era basicamente na área do Centro, somente de- pois que foi se expandindo para o São Francisco e8 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

outros bairros. Para se ter ideia, o Centro Elétrico, E chegou a trabalhar no interior do estado ouque é atualmente a maior empresa do estado espe- só na capital?cializada em materiais elétricos, foi um dos pionei-ros a ir para o São Francisco, pois eles começaram Eu morei três anos em Imperatriz e foi um pe-na Rua Grande. ríodo áureo naquela cidade, entre os anos de 1982 a 1985. Foi um período muito importante daquelaO senhor chegou a trabalhar em outras coisas? região pela influência da explosão que foi o desen- Eu fiz faculdade de Direito, Administração e volvimento de Serra Pelada. Hoje eu posso dizer que grande parte do meu patrimônio eu construíTeologia, mas não conclui as duas últimas. Che- naquela época, sempre trabalhando como repre-guei a exercer a advocacia por algum tempo, aliás, sentante comercial.ainda exerço de vez em quando. Mas a representa-ção comercial sempre foi o foco da minha carreira O que mudou no ramo da representação co-profissional. Quando o meu pai passou a empresa mercial ao longo da sua carreira?para mim no final dos anos de 1980, eu procureidiversificar para outros segmentos empresariais. Mudou muita coisa. Antigamente o vendedorEu já herdava também da minha mãe uma fazenda, era apenas um tirador de pedidos, hoje ele preci-na qual eu investi na agropecuária. Hoje eu já pas- sa ser um consultor de vendas. O representantesei o bastão para o meu filho e mantenho poucas comercial é a primeira pessoa que vai lhe dar oatividades empresariais na área de representação crédito, ninguém conhece o cliente ainda e o re-comercial e, principalmente, no ramo imobiliário. presentante é a primeira pessoa a visita-lo. Essa in- terligação entre a indústria e o comércio através doedição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 9

representante comercial sempre vai existir, mesmo sabilidade do representante comercial. Inclusive,sob a influência da internet e das novas tecnolo- nós realizamos um movimento no Sindicato paragias, pois a gente sabe que muitos pedidos de com- conscientizar os empresários do setor atacadista epra são realizados hoje em dia através da internet. demonstrar que o custo é menor para a empresa se ela contrata um representante comercial para fazerEntão a internet é um grande auxilio no dia a essa negociação com os pequenos comércios quedia? estão espalhados pelo Maranhão. Hoje você faz o pedido on-line, mais rápido. Considerando o tamanho do Maranhão e a dis-Na época do meu pai era através do Telex , depois tância do estado com relação aos centros pro-passamos para o Fax e hoje é tudo no computador. dutores do Brasil, a logística é uma das maioresDa mesa do cliente durante a visita você já passa o dificuldades dessa profissão?pedido para a indústria on-line. Sempre foi, principalmente pela questão doAs grandes redes que atuam tanto no atacado frete. Se nós tivéssemos, por exemplo, indústriascomo no varejo também influenciaram na atu- no estado vizinho, o Pará, seria muito melhor por-ação do representante comercial? que teríamos o frete de retorno, sairia bem mais barato o frete para o Maranhão, pois o que mais Sem dúvida reduziu bastante o espaço para a encarece o frete é a questão do caminhão retornaratuação do representante, pois diminuíram tam- vazio, não há produção local que ofereça essa fre-bém o número de estabelecimentos comerciais. te de retorno. Além disso, São Luís é uma ilha, ouEm São Luís, por exemplo, chegamos a ter em seja, só vem à cidade quem realmente quer vir paratorno de 15 lojas de médio porte somente no seg- cá, não há passagem para outros lugares.mento de elétricos, e hoje é basicamente uma lojaque cobre toda a cidade através das filiais. Mas, A crise política e econômica atual vem refletin-a função do representante comercial nunca vai do no comércio local?acabar. Por mais que as grandes redes de atacadocomprem diretamente da indústria, eles precisam Sem dúvida. A Rua Grande é o melhor ter-repassar para os pequenos estabelecimentos que mômetro para medir isso. Eu caminhava outrovão vender no varejo e esse trabalho é de respon- dia pela Rua Grande e ninguém chegou a esbar-10 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Meu pai foi o meu rar em mim, pouca gente passava pela rua e maior professor, nós sabemos que aquela rua normalmente meu ídolo, um é um verdadeiro formigueiro de gente. As promoções que as lojas vêm realizando, exemplo de fortemente influenciadas pela cultura nor-cidadão, o homem te-americana, é o que tem sustentado o con-mais honesto que sumo e atraído as pessoas para realizarem compras neste final de ano. eu conheci. Como o senhor vê a carga tributária bra- sileira atual? A carga tributária é um potencial inibi- dor do empreendedorismo. Atualmente, a única coisa que a gente espera é que o Go- verno do Estado respeite o que foi acorda- do com a gestão anterior e continue cum- prindo o que já vem fazendo com relação à alíquota diferenciada para os atacadistas. Como se costuma dizer, se o governo não atrapalhar já está de bom tamanho! Aliás, o Governo do Estado atual precisa de menos reunião e mais ação, porque está na hora de agir, já se passou um ano e o que nós espe- ramos dos próximos três anos é mais ação. Como o senhor chegou ao Sindicato dos Representantes Comerciais de São Luís? Foi por intermédio do meu pai, que era sindicalista e integrava a diretoria do Sin- dicato. Com o tempo eu fui naturalmente me integrando à entidade, participando das reuniões e, consequentemente, passei a fazer parte também de algumas gestões. Quando eu me candidatei à presidência, fui eleito com 92% dos votos, o que me deixou muito orgulhoso. Nossa gestão encontrou o Sindicato com uma estrutura muito pe- quena e conseguimos transformá-lo, hoje a entidade está totalmente informatizada, possui várias parcerias e convênios, inclu- sive com o Sesc e o Senac, com o objetivo de oferecer qualificação profissional para os nossos representantes comerciais.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 11

O problema do baixo número de associativis- “Eu praticamente nascimo é uma questão para o Sindicato? dentro de um escritório Infelizmente sim, as pessoas acham que sindi- de representaçãocato é sinônimo de confusão, de briga, e é justa- comercial, pois comeceimente o contrário. O nosso sindicato é, hoje em a trabalhar com o meudia, independente político e economicamente, ou pai desde os 15 anos deseja, trabalhamos unicamente para defender osinteresses dos nossos representados. Em São Luís idade.”estão aproximadamente 4 mil representantes co-merciais e no estado todo são algo em torno de 14mil profissionais.Falta união entre a classe empresarial? Com certeza, normalmente o empresário cos-tuma dizer que não tem tempo, mas tempo é umaquestão de escolha. Eu também não tenho temposobrando, mas eu reservo uma parte do tempo domeu dia para me dedicar ao sindicato e à categoria.Se todos se unissem, o sindicato teria muito maisforça, a própria Federação do Comércio teria mui-to mais força do que já tem.A força dos empresários é tão grande que cria-ram o Sesc e o Senac. Exatamente, o Senac é maior referência na for-mação profissional do Brasil. O estudante quandoobtém um certificado de formação no Senac, elesai praticamente com uma vaga no mercado de tra-balho assegurada. Quando tomei posse na presi-dência do Sindicato, um dos primeiros convêniosque busquei concretizar foi com o Senac, com oobjetivo de oferecer qualificação profissional paraos nossos representantes comerciais.O senhor se sente satisfeito com a gestão à fren-te do Sindicato? Eu queria deixar claro que eu nunca tive a pre-tensão de ter uma administração no Sindicato me-lhor ou pior do que qualquer um dos meus ante-cessores, apenas quero fazer uma gestão diferente,progressista, inovadora, para que, quem sabe umdia, eu possa ser lembrado pelas futuras gerações.12 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

CRÉDITOAs dívidasna mesa denegociaçãoIndicadores demonstram famílias mais endividadas em 2015. Em São Luís, foirealizado evento para facilitar a renegociação de dívidas. Ao longo de 2015, o percentual de famílias en- 22,7% em novembro, mas apresentou alta na compa-dividadas e inadimplentes no Brasil se manteve com ração com o mesmo período de 2014 quando ficouíndices superiores em relação ao ano anterior. Com em 18%. De outubro a novembro, também dimi-a crise econômica e política estabelecida no país, a nuiu o percentual de famílias endividadas de 62,1%combinação entre a redução da renda real, aumento para 61%, respectivamente. No entanto, assim comodataxa dedesempregoeelevação dosjuros,deve con- ocorreu com o percentual de inadimplentes, a fatiatinuar a ampliar os efeitos do aperto monetário sobre de endividados em novembro também é superior aoa economia. De modo geral, especialistas já apontam registrado em 2014 (59,2%).que essa desaceleração econômica deve perdurar pormais algum tempo e se estender até 2016 e os brasi- Segundo o indicador, desde fevereiro não se ha-leiros veem como consequência o poder de compra via observado queda na proporção de famílias comcair e o nível de endividamento aumentar. atrasos nos pagamentos. Para a CNC, a sazonalidade deste período do ano, junto com o adiantamento de De acordo com a Pesquisa de Endividamento e parte do décimo terceiro salário, favorece a quitaçãoInadimplência do Consumidor (Peic) da Confedera- de dívidas. Apesar da moderação observada nos in-ção Nacional do Comércio (CNC), mesmo em um dicadores de consumo das famílias, o aumento docenário econômico adverso, o percentual de famílias custo do crédito, ao mesmo tempo em que ocorre re-brasileiras com dívidas ou contas em atraso, ou seja, tração do emprego e da renda real dos consumidores,aqueles considerados inadimplentes, recuou na com- mantém o nível de endividamento das famílias emparação mensal, passando de 23,1% em outubro para patamares superiores aos de 2014. A sazonalidade deedição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 13

fim de ano também favorece a redução de atrasos nos midor (Peic) da CNC, alcançou a marca de 69,1%,pagamentos. contra 67,3% verificado no mês anterior. Já o número de endividados com contas em atraso, ou seja, aque- Nesse contexto, um estudo da Associação Na- les considerados inadimplentes foi de 31,7%, reve-cional dos Executivos de Finanças Administração e lando um aumento em relação a outubro de 2015Contabilidade (Anefac) demonstrou que a parcela (31,3%) e ao mesmo período do ano passado quan-da população brasileira que reserva o 13º salário para do o nível ficou em 27,1%.quitar as dívidas aumentou para 74% em 2015. Em2014, o porcentual era de 68% e, dois anos atrás, era O cartão de crédito representa 74,7% das dívidasde 62%. Entre as principais dívidas que devem ser dos consumidores de São Luís e em segundo lugarquitadas com o salário extra, estão as de cheque espe- estão os carnês de lojas, que representam 12,9% dascial (39%), do cartão de crédito (44%), regularização dívidas. Financiamento da casa (4,9%), crédito con-do nome de negativados (4%) e dívidas com presta- signado (4,8%) e financiamento de carro (4,6%),ções do comércio em atraso (4%). também representam as dívidas atuais dos consumi- dores.Índice local O número de consumidores endividados em São Em relação ao tempo em que as contas dos consu- midores ludovicenses estão em atraso, a média ficouLuís no mês de novembro de 2015, segundo a Pes- em 52,2 dias e o tempo médio de comprometimentoquisa de Endividamento e Inadimplência do Consu- com as dívidas é de 4,7 meses. Considerando o total da renda familiar dos consumidores, a média de com- A Pesquisa de Endividamento e Inadimplên- prometimento com as dívidas é de 29,6% da renda. cia do Consumidor (Peic) orienta os empre- sários do comércio de bens, serviços e turis- Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços mo que utilizam o crédito como ferramenta e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio- estratégica, uma vez que permite o acompa- -MA), questões estruturais do mercado de trabalho nhamento do perfil de endividamento do e desequilíbrios macroeconômicos vêm mantendo a consumidor, com informações sobre o nível taxa de desemprego em patamares altos, o que con- de comprometimento da renda do consumi- sequentemente aumenta o índice de inadimplência. dor com dívidas, contas e dívidas em atraso, “Soma-se a isso, o fato do poder de compra dos con- e sua percepção em relação à capacidade de sumidores está cada vez mais fragilizado pela corro- pagamento. A Peic é apurada mensalmente são da inflação crescente e aumentos de juros, prin- pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados cipalmente do cartão de crédito e cheque especial, o são coletados em todas as capitais dos Esta- que tem feito com que as pessoas se aprofundem no dos e no Distrito Federal, com cerca de 18 endividamento”, alertou o presidente da Fecomércio- mil consumidores. -MA, José Arteiro da Silva. Negociação Com o objetivo de ampliar e assegurar ao cida- dão na situação de inadimplente a oportunidade de saldar débitos dentro de sua capacidade de pagamen- to, resgatando a condição de consumidor sem restri- ções, foi realizado nos dias 30 de novembro a 04 de dezembro, o I Balcão de Renegociação de Dívidas em São Luís. Promovido pelo Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça do Maranhão, o evento reuniu14 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Negociação diversas empresas da capital maranhense e contou com a parceria da Federação do Comércio do Mara-Nos dois primeiros dias de realização do nhão, que com estande no local, apresentou serviços e orientação em prol da representação empresarial.evento, aproximadamente 900 clientes “Ações como essa são extremamente positivas emrenegociaram débitos. Só no primeiro meio ao atual cenário de inadimplência estabelecido. O Balcão de Renegociação visa facilitar a resoluçãodia, mais de R$ 300 mil em dívidas fo- de conflito dos consumidores, por isso a Federação do Comércio do Maranhão não poderia deixar deram negociados entre aproximadamente apoiar e participar desse evento que impulsionará a economia local, com consumidores quitando as suas30 empresas. dívidas antigas e recuperando o crédito”, explicou José Arteiro. A ação integrou o programa “Consumidor Adim- plente – Cidadão com Plenos Direitos”, idealizado pelo presidente do Núcleo de Conciliação do Tri- bunal de Justiça, desembargador José Luiz Almeida, e pelo coordenador, juiz Alexandre Abreu. Para Ale- xandre Abreu, o grande volume de negociação, não só no balcão, mas pelas empresas de forma geral, re- vela que o cidadão está buscando resolver suas ques- tões como sujeito ativo da conciliação. “O Judiciário passa a ser fomentador dessa cultura de conciliação. O nosso objetivo é facilitar o consumidor a resolver seu conflito sem precisar levar ao Poder Judiciário”, explicou.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 15

HISTÓRIA 1946 1949Sesc, contribuindo com o desen-volvimento social do Brasil Completando 70 anos de trabalho em 2016, o diversos estados brasileiros.Sesc se consolida como instituição de referência na O Sesc iniciou suas atividades nas áreas educação,área social ampliando o leque de serviços oferecidose interiorizando suas ações de saúde, lazer, cultura, recreação, cultura e saúde em 1951, definindo as duasassistência e educação. Contribuindo para o desen- primeiras como prioridade na Convenção Nacionalvolvimento e bem estar social ao longo de sua histó- dos Técnicos do Sesc, realizada em São Paulo. Entreria, a instituição construiu uma sólida estrutura com 1952 e 1957 ampliou e modernizou seus serviços,centros de atividades, unidades móveis, meios de construindo uma rede de Centros de Atividades,hospedagem, sedes educacionais e consultórios des- além de restaurantes, bibliotecas fixas e móveis, estestinados a comerciários, conveniados e comunidade últimos uma novidade na época.em geral. O lazer, essencial para a satisfação, equilíbrio e O Sesc foi criado em 13 de setembro de 1946 por qualidade de vida do trabalhador conquistou espaçomeio da Carta da Paz Social. O documento foi pro- no quadro de atividades do Sesc em meados de 1974.duzido por empresários como o gaúcho João Daudt Após o regime militar, a instituição investiu em açõesd’Oliveira, primeiro presidente do Conselho Nacio- culturais, desenvolvendo diversos projetos dedicadosnal do Comércio, em favor da justiça social. ao teatro, cinema, artes plásticas, música e literatura. Por meio dessa política, a cultura no Sesc assumiu a A primeira unidade foi instituída no Rio de Janei- responsabilidade de utilizar as diversas linguagensro, oferecendo serviços como assistência à materni- como instrumento de transformação, mas tambémdade, infância e combate à tuberculose com o objeti- de preservação das tradições regionais.vo de diminuir os índices de mortalidade. Entre 1947e 1949 surgiram as primeiras unidades executivas em O Sesc é uma instituição compromissada com a qualidade de vida da pessoa na terceira idade, seg-16 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

1947 19521957 19741983 1999 mento que cresce a cada dia com o natural envelhecimento 2003 2005 da população, e ao longo de 40 anos o Trabalho Social com 2008 Idosos (TSI) tornou-se uma referência, com atuação reco- nhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da promoção de atividades de integração e socializa- ção em todo o país. Em 1983 o Sesc deu início aos projetos nacionais nas cinco áreas de atuação, alcançando pessoas de diferentes idades e contextos sócio-políticos-econômicos por meio de projetos como o Brincando nas Férias e o Sesc Ciência. Na década de 90, os campos da cultura e saúde são eleitos como prioritários e as regiões mais carentes do país são es- colhidas para a implantação de novas unidades. Na área da saúde, foi implantado em 1999 o projeto OdontoSesc na cidade de Esperança, Paraíba. A unidade móvel de assistência odontológica realiza o atendimento gratuito e campanhas educativo-preventivas em municí- pios que ainda não disponham de Unidades Sesc, oferecen- do principalmente o tratamento de cárie, extração, limpeza e aplicação de flúor. Atualmente já são mais de 50 unidades edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 17

espalhadas pelo Brasil, atendendo localidades com escas- sez de serviços odontológicos. Visando atender indivíduos e grupos vulneráveis à in- segurança alimentar e nutricional, o projeto Mesa Brasil Sesc, uma Rede Nacional de Solidariedade contra a Fome e o Desperdício de Alimentos, deu início em 2003 às ações educativas e de distribuição de alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, próprios para o con- sumo, viabilizando a complementação de milhares de re- feições de crianças, jovens e idosos. O BiblioSesc iniciou suas atividades em 2005 compos- to por unidades móveis que carregam 3 mil livros a todos os cantos do país. Clássicos da literatura, aventuras, ficções e histórias reais chegam às mãos de milhares de leitores e fazem parte da maior rede de bibliotecas móveis do Brasil. Desenvolvendo um trabalho multifacetário e paralelo, a educação é o alicerce comum a todas as atividades: saú- de, cultura, lazer e assistência social. Nesse sentido, o Sesc realiza inúmeras atividades educacionais, destinadas a to- das as idades, como instrumento de transformação social e cidadania. Em 2008, o Sesc encerra a década com a construção da Escola Sesc de Ensino Médio. Em fevereiro, a escola abriu suas portas para adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos, que fizeram parte de uma experiência inovadora no cenário da educação no Brasil: ensino médio em tempo integral, em escola-residência. O objetivo do projeto é for- mar jovens que apresentem formação em diferentes áreas do conhecimento, tendo como pilares o domínio da lín- gua inglesa, novas tecnologias e a qualificação profissional. Às vésperas de completar 70 anos, o Sesc apresenta atualmente mais de 500 unidades fixas e móveis e dá con- tinuidade à busca pelo aprimoramento de suas ações e am- pliação dos serviços e parcerias. Sesc no Maranhão No dia 20 de novembro, o Sesc no Maranhão comple- tou 68 anos de relevante atuação. Norteado pelas diretrizes e princípios que regem o trabalho da instituição em todo o país, a cada novo serviço oferecido pelo Regional, ação empreendida e espaço criado consolida-se como agente sociocultural para o desenvolvimento do estado, o que se tornou a sua marca registrada.18 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

DIGITALCertificação ASCOM | CCM - Fecomércio MAMais agilidade no seu dia 2T@@RRHM@STQ@MNR LDHNRDKDSQNMHBNR BNLRDFTQ@MB@ & 1 -3(#e-CPF e-CNPJ NF-e NFC-e CT-e (98) 3131 7168 (98) 99603 5575 www.fecomercio-ma.com.br

CAPACITAÇÃOTalentos na Olimpíada doConhecimento O Senac participou de mais uma edição da instrutores do Senac: Lígia França, Thainara RosaIndústria de Talentos, promovida pelo Sistema e Júnior Lisboa (Cozinha), e Aldo Martins, EdsonFiema, com o objetivo estimular a educação pro- Pereira e Luís Nogueira (Serviço de Restaurante).fissionalizante na indústria. O evento aconteceuno Centro de Convenções do Sebrae e sediou a Durante as provas, a equipe avaliou quesitosrealização do 9º Encontro Maranhense de Estágio, como sabor, temperatura, texturas, técnicas desen-Etapa Estadual da Olimpíada do Conhecimento volvidas nos cortes e cozimentos e apresentaçãoSenai Senac, Etapa Estadual Inova Senai, Grand dos pratos.Prix de Inovação, Espaço Sesi – Cultura e Robó-tica e 2ª Feira de Profissões para Indústria, que Já na Ocupação de “Serviço de Restaurante”,acontecem simultaneamente. os critérios avaliados foram relacionados às habi- lidades sociais, conhecimentos técnicos, atitudes Presente na 2ª Feira de Profissões e competin- e valores, postura e simpatia, dentre outros. Osdo na Etapa Estadual da Olimpíada do Conheci- competidores Mateus Lobato, Victor Frazão e Fe-mento, o Senac conquistou a atenção do público lipe Duarte são egressos do curso de Garçom ofe-visitante através de orientações na escolha da car- recido pelo Programa Senac de Gratuidade e de-reira profissional. Na Etapa Estadual da Olimpíada monstraram o que aprenderam em sala de aula nosdo Conhecimento, o Senac participou das ocupa- módulos de Serviço de Bar, Serviço de Banquete,ções de “Serviço de Restaurante” e “Cozinha”, com Casual e Tarefas Individuais.03 competidores em cada ocupação. Os alunosdesenvolveram técnicas e competências através de A cerimônia de encerramento da Olimpíada doquatro módulos que são avaliados pela equipe de Conhecimento contou com a presença do Diretor Regional do Senac, Ahirton Lopes, e também reu- niu familiares, instrutores, alunos e colaboradores.20 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

A competição expõe o talento de jovens estudantes daeducação profissional e é uma das principais vitrinesdo país, no Maranhão 18 ocupações foram congratula-das, sendo 16 voltadas para o setor da indústria e duasvoltadas para o comércio. O medalhista da ocupação Serviço de Restaurante,Mateus Lobato, recebeu a notícia ao lado dos colegas einstrutores do Senac, que parabenizaram o jovem pelaconquista. “Meu sonho é poder ajudar minha mãe a teruma casa própria e essa medalha é apenas um passopara minha carreira profissional, pois minha autoesti-ma cresceu muito e a vontade de estudar mais ainda”,declarou o jovem aluno. “Tenho fé que vou me sairbem na etapa nacional e trazer uma medalha para oMaranhão”, completou. Na ocupação de Cozinha, o competidor Igor Hen-rique conquistou a vaga para a etapa nacional da Olim-píada do Conhecimento e saiu da solenidade com amedalha de ouro e o troféu de reconhecimento pelaobtenção da maior nota nas duas ocupações do Senac.Vale ressaltar que todos os competidores são egressosdos cursos de Cozinha e Garçom, oferecidos pelo Pro-grama Senac de Gratuidade, que oportuniza vagas emcursos gratuitos a pessoas de baixa renda. Ao todo, 44alunos participaram da Etapa Regional da Olimpíadado Conhecimento.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 21

ARTIGO Uma análise sobre os empregos José Arteiro da Silva Presidente do Sistema Fecomércio -MA O Natal vai se aproximando com perspectivas números positivos no mês foram o comércio, comde crescimento mais modesto para as vendas no a criação de 322 novos postos de emprego e acomércio em relação aos últimos anos. Como já agropecuária com 26 novas vagas. No acumuladoprevíamos na Federação do Comércio do Ma- de janeiro a dezembro, o mercado de trabalho ma-ranhão, os empresários do comércio preferiram ranhense amarga a redução de 5.870 vagas comadiar ao máximo possível as contratações tempo- carteira assinada.rárias neste ano de 2015. O Índice de Confiançado Empresário do Comércio (ICEC), pesquisa re- Levando em consideração somente a capitalalizada pela Confederação Nacional do Comércio do estado, em outubro o mercado de trabalho lu-(CNC) com o objetivo de produzir um indicador dovicense registrou a eliminação de 1.753 vagas,com capacidade de medir a percepção que os em- sendo que o comércio reduziu 84 postos, fatopresários do comércio têm sobre o nível atual e incomum para abrir o último trimestre do anofuturo de propensão a investir em curto e médio quando o comércio tradicionalmente inicia o pe-prazo, já apontava em novembro que 46,5% das ríodo de contratações temporárias para atender oempresas em São Luís não tinham interesse em aumento da demanda do consumo. Nessa pers-realizar contratações de novos funcionários ou es- pectiva, os municípios responsáveis por impedirtavam planejando demitir. que o estado registrasse uma variação negativa no crescimento dos postos de trabalho no comércio Em outubro, segundo os dados do Cadastro em outubro foram Balsas (+122 vagas), TimonGeral de Empregados e Desempregados (Ca- (+61 vagas), Pinheiro (+33 vagas), Bacabal (+30ged), foram eliminados 2.311 postos de trabalho vagas) e Imperatriz (+30 vagas).formais no Maranhão, equivalente à redução de0,47% em relação ao número de empregos com Com o mercado de trabalho comprometido,carteira assinada do mês anterior. Esse resultado tem-se consequentemente um aumento do nívelse deu principalmente pelo recuo dos empregos de desemprego. De acordo com a Pesquisa Nacio-formais no setor da Indústria de Transformação nal por Amostra de Domicílios Contínua (PNADmaranhense, que eliminou 1.879 postos de traba- Contínua) no terceiro trimestre deste ano, de ju-lho no período. Os únicos setores que registraram lho a setembro, a taxa de desocupação no Mara- nhão chegou a 8,4%. Em São Luís, a taxa de de-22 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

No acumulado de 2002. Já no acumulado dos últimos doze meses, a inflação já ultrapassa a barreira dos dois dígitos janeiro a dezembro, o e chega a 10,48%. De acordo com o IBGE, a alta mais significativa no mês de novembro foi atri- mercado de trabalho buída aos alimentos e bebidas, que registraram alta de 1,83% na comparação mensal. maranhense amarga a De modo geral, esse cenário de empregosredução de 5.870 vagas. em queda, consumo em desaquecimento e in- flação elevada resultou no fechamento de mui-socupação já chega a 14,7%, o que representa um tos estabelecimentos comerciais no país nosavanço de 5,6 pontos percentuais em relação ao últimos meses. Um estudo realizado pela CNCmesmo período do ano passado. Ainda de acordo com base nos dados do Caged indica recuo decom a PNAD, o rendimento médio real habitual 9,1% no número de estabelecimentos comerciaisdo trabalhador ludovicense é de R$ 1.519, consi- com vínculo empregatício no país no acumula-derado o menor rendimento entre todas as capi- do dos últimos doze meses até outubro quandotais brasileiras. comparado ao mesmo período do ano anterior. Segundo o estudo, todos os dez segmentos do Esses números relacionados ao emprego tra- varejo registraram quedas no número de lojas,duzem um cenário pessimista que ronda todo o com destaque para os segmentos mais depen-país. De acordo com a Pesquisa Mensal do Co- dentes das condições de crédito tais como in-mércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geo- formática e comunicação (-14,4%), materiais degrafia e Estatística (IBGE), o volume de vendas construção (-14,3%), veículos e peças (-11,9%)do varejo ampliado registra queda de 6,0% nos e móveis e eletrodomésticos (-11,7%). O estudoúltimos doze meses encerrados em setembro na da CNC demonstra que em termos absolutos, ocomparação com o mesmo período do ano pas- varejo brasileiro perdeu 64,5 mil estabelecimen-sado. Com isso, a Confederação Nacional do Co- tos comerciais na média dos últimos doze meses.mércio (CNC) já prevê que o comércio deverá O setor de hiper e supermercados, responsávelencerrar este ano com queda superior a 7,0%. por 32,6% das lojas em operação, eliminou 15,5 mil pontos de vendas. Em seguida vieram os seg- Outro fator que vem deteriorando as condi- mentos de vestuário (-9,7 mil) e de materiais deções de consumo das famílias e, consequentemen- construção (-9,5 mil).te reduzindo a oferta de empregos no comércio,é a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Por tudo isso, os desafios para as empresas eAmplo (IPCA), que mede a inflação oficial do trabalhadores brasileiros serão vários neste finalpaís, avançou em 1,01% em novembro, conforme de ano e devem se prolongar até o ano que vem,divulgou o IBGE. Essa já é considerada a maior influenciados pela crise política e desconfiançataxa para um mês de novembro desde o ano de das empresas em realizarem novos investimen-2002, quando inflação avançou 3,02%. No acu- tos. No entanto, nossa expectativa é que a cri-mulado do ano, de janeiro a novembro, a inflação se passe depressa e o comércio possa voltar aé de 9,62%, que também é o maior índice desde respirar com o vigor que lhe é necessário para continuar ampliando a oferta de empregos, ge- rando renda para a população e fazendo com que o Brasil retome o caminho do crescimento econômico.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 23

COMÉRCIOReforma da Rua GrandeAudiência Pública discute propostas e especificações do projeto de requalifi-cação urbana da principal via de comércio de São Luís. Estimativas indicam que cerca de 80 mil pesso- clientes, que cada vez mais buscam os shoppingsas passem diariamente pela Rua Grande, chegan- como alternativa para as compras. Entre os proble-do a picos de 150 mil pessoas por dia durante os mas, são apontados principalmente a iluminaçãoperíodos próximos às datas comemorativas como pública deficiente, insegurança, dificuldade nao Natal. Ao todo, a rua possui mais de 120 lojas mobilidade das pessoas em função da pavimenta-formalmente estabelecidas que vendem os mais ção irregular e a permanente disputa entre lojistasdiferentes produtos, desde tecidos, calçados, itens e vendedores ambulantes.de vestuário, brinquedos, joias, eletrodomésticos,móveis ou utilidades domésticas em geral. Soma- Dessa forma, com o objetivo de sanar parte-se a esse comércio lojistas mais 200 bancas de desses problemas e, principalmente, valorizar ovendedores informais distribuídos ao longo de patrimônio arquitetônico colonial presente na Ruatoda a rua e outros 120 ambulantes que também Grande, a Superintendência Regional do Institu-montam suas barracas nas ruas transversais à Rua to de Patrimônio Histórico e Artístico NacionalGrande. Assim forma-se o maior polo de comércio (Iphan) pretende realizar uma requalificação urba-do estado que movimenta milhões de reais. na na área. No dia 15 de outubro foi realizada uma audiência pública no auditório da Câmara de Di- Apesar desse potencial econômico, alguns rigentes Lojistas de São Luís na qual participaramproblemas enfrentados diariamente por consumi- representantes do Iphan, Prefeitura Municipal,dores, comerciários e empresários da região vêm Companhia Energética do Maranhão (Cemar)prejudicando o andamento dos lucros e afastando entidades empresariais e vendedores ambulantes24 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

para debater os detalhes do projeto. novos modelos de iluminação e bancos concen- Na ocasião, a então superintendente regional trados de apenas um lado da via; lixeiras subter- râneas concentradas nas proximidades de quatrodo Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa, juntamente ruas transversais à Rua Grande; e mudanças noscom representantes da Secretaria Municipal de sentidos de tráfego de veículos em algumas ruasTrânsito e Transportes e Secretaria Municipal de como a Rua da Paz.Urbanismo e Habitação, realizaram a exposiçãodas intervenções que serão executadas na Rua Durante a discussão com os empresários naGrande, do cronograma e da dinâmica de realiza- Audiência Pública foi definido que o início dasção das obras, que devem durar por aproximada- obras do projeto de requalificação urbana da Ruamente um ano e meio. Grande, inicialmente previstas para iniciar em ou- tubro deste ano, deverão ser iniciadas somente em Visão atual da Rua Grande janeiro de 2016 com o objetivo de não prejudicar as vendas no período natalino. A superintendente do Iphan explicou que as obras, que deverão du- rar até um ano e meio, serão executadas quadra a quadra da rua com objetivo de causar o mínimo de transtornos aos empresários da região. Nesse sentido, outro ponto destacado pelos empresários foi a necessidade de se ter acesso antecipado ao cronograma de execução da obra em cada quadra, visando dar tempo de cada lojista se planejar para o período em que as obras estiverem acontecendo em sua porta. Depois da supressão da fiação aéreaRequalificação Entre as melhorias estão previstas a supressãoda fiação aérea que passará a ser totalmente sub-terrânea, incluindo cabos de energia, telefone e in-ternet; nivelamento da rua e da calçada com pisoúnico em granito para facilitar a mobilidade daspessoas; desenvolvimento de uma linha centralde drenagem para escoamento da água da chuva;edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 25

CONGRESSOForça à representação sindical Presidentes de sindicatos patronais maranhenses participaram do Congresso Nacional do Sicomércio no Rio de Janeiro A importância da segurança jurídica e de uma trabalhistas, a produtividade, a terceirização, alegislação adequada para que as empresas possam modernização das relações de trabalho, negocia-voltar a investir foram os destaques dos debates ção coletiva e o novo Código Comercial.durante o Congresso Nacional do Sistema Confe-derativo da Representação Sindical do Comércio “Com a discussão de temas atuais sobre o setor(Sicomércio), que aconteceu entre os dias 28 e 30 do comércio de bens, serviços e turismo, o eventode outubro no Hotel Windsor Barra, no Rio de Ja- se constitui de forma essencial para que o sindica-neiro. Para participar das discussões, uma comitiva lismo patronal busque por estratégias para o de-de 12 presidentes sindicais ligados à Federação do senvolvimento do Brasil nesse atual cenário de de-Comércio do Maranhão esteve presente ao evento. saceleração econômica. Significa o fortalecimento com base em ações propositivas e qualificadas”, Realizado pela Confederação Nacional do Co- destacou o vice-presidente da Fecomércio-MA emércio (CNC), o Congresso é considerado uma presidente do Sindicato do Comércio Atacadistagrande oportunidade de intercâmbio de ideias de Drogas e Medicamentos, Marcelino Ramose práticas entre as entidades sindicais do comér- Araújo.cio brasileiro. Com o tema “Atuação Sindical”, oencontro reuniu representantes de 27 federações Palestrasestaduais, sete nacionais e cerca de mil sindicatos Na abertura do evento, o presidente da CNC,patronais para discutir questões como os custos Antônio Oliveira Santos, destacou a importância26 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

do Congresso. “O Sicomércio visa fortalecer por Pastore, os líderes sindicais patronais não podemmeio de um fórum com foco diretamente voltado à desperdiçar as oportunidades que o atual cenárioatuação dos sindicatos, das federações e da Confe- oferece para a promoção das mudanças trabalhis-deração, alinhando conhecimento e promovendo tas e previdenciárias de que o Brasil precisa. “His-debates para que tenhamos como resultado uma toricamente, as mudanças nesses setores ocorremsó voz: a Voz do Comércio”, disse Oliveira Santos. nas crises, e não nos momentos de normalidade. Assim, se temos no momento problemas, temos A programação contou com a presença do mi- também oportunidades para mudar”, disse Pasto-nistro Marco Aurélio Mendes de Mello, do Supre- re.mo Tribunal Federal (STF), que abordou diversosaspectos da sociedade e do Estado brasileiros, Em relação aos efeitos que os encargos geramalém de criticar a carga tributária como gravosa na produtividade das empresas, o professor da Fa-para a economia nacional. culdade de Economia, Administração e Contabili- dade da USP, Hélio Zylberstajn, explicou que a le- O custo da rotatividade para os negócios tam- gislação trabalhista acaba encarecendo o trabalhobém foi um dos assuntos abordados no Congresso e dificultando a geração de emprego, mas ainda édo Sicomércio. Na ocasião, o mestre em Finanças e possível perseguir um crescimento na produtivi-Controle Geral pelo Coppead da UFRJ e membro dade, via remuneração por desempenho e nego-do Conselho de Relações do Trabalho da Confe- ciação coletiva, apontados como alternativas peloderação Nacional da Indústria (CNI), Fernan- especialista.do Teixeira, destacou que entender o modelo donegócio é importante para ser assertivo ao tentaralterar a rotatividade e afirmou que a gestão da ro-tatividade passa por uma agenda de recursos hu-manos que busca investimentos em quatro pilaresbásicos: treinamento e desenvolvimento, ambien-te de trabalho (liderança), carreira (oportunidadee crescimento profissional) e remuneração variávelconforme o desempenho. Para um dos mais respeitados especialistasna área de relações do trabalho, o professor Joséedição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 27

CAPANatal das lembrancinhasApesar do consumidor estar disposto a ir às compras, pesquisa mostra que aintenção é comprar presentes mais baratos. Os números da economia brasileira não são bons Segundo a CNC, a perspectiva atual é de queda dee o consumidor parece que vem sentindo o impacto 4% nas vendas do varejo restrito e retração de 7,6%negativo desse cenário diretamente no bolso. Após no varejo ampliado, aquele que inclui os setores deconsequentes quedas nos níveis de consumo nas automóveis e materiais de construção.principais datas comemorativas do ano, que tradi-cionalmente serviam como alavancas de impulsão Especificamente para o período natalino, a ex-para o comércio em momentos de crise, este ano pectativa da CNC é de que as vendas registrem suaa desconfiança com relação principalmente à esta- primeira queda em 11 anos, levando o varejo a ofere-bilidade no emprego e à deterioração do poder de cer menos vagas temporárias voltadas para essa datacompra das famílias pela inflação crescente resulta- comemorativa em 2015. Considerando-se os jurosram em um pessimismo generalizado no comércio ao consumidor em níveis recordes e a confiança dase fracos desempenhos de vendas ao longo de 2015. famílias registrando seguidamente pisos históricos mensais, a Confederação Nacional do Comércio re- Com base nos dados da Pesquisa Mensal do Co- visou de -4,1% para -4,8% sua estimativa de variaçãomércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de do volume de vendas natalinas em 2015.Geografia e Estatística (IBGE), a Confederação Na-cional do Comércio (CNC) já revisou para baixo as No estudo lançado pela Confederação, à exceçãoexpectativas de fechamento das vendas no acumu- dos segmentos de farmácias e perfumarias (+1,0%)lado deste ano no varejo brasileiro por nove vezes. e de artigos de uso pessoal e doméstico (+2,8%), todos os demais segmentos apontam para um re-28 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

sultado negativo na principal data comemorativa do período em que as pessoas tradicionalmente prefe-varejo brasileiro. As maiores perdas deverão ocorrer rem comemorar em casa trocando presentes comnos ramos de móveis e eletrodomésticos (-17,6%) e a família, os consumidores demonstraram tambémde livrarias e papelarias (-15,1%). Ainda na análise muita cautela com relação aos gastos. Em São Luís,da entidade, mesmo diante da perspectiva de queda a média de gastos pretendidos pelos consumidoresatingindo seis dos oito principais segmentos do va- para as compras, incluindo os presentes e a come-rejo em relação ao Natal de 2014, a data deverá mo- moração, ficou este ano em R$ 356, enquanto a mé-vimentar R$ 31,76 bilhões neste ano. dia por produto ficou em R$ 137. Na comparação com o ano passado, o valor médio geral das compras “Mesmo com o cenário nada animador, é im- manteve-se estável (desconsiderando a inflação acu-portante que os empresários se adequem à reali- mulada no período) e o valor médio por produto/dade econômica atual com estratégias de vendasdirecionadas para as necessidades presente registrou um recuo dedos consumidores, para que as- 26,3%. Já em Caxias, a média desim, possam fechar o ano com re- gastos para as compras ficou emsultados mais positivos do que os R$ 217 e a média por produto fi-registrados até agora”, avalia o pre- cou em R$ 88. Em relação a 2014,sidente da Fecomércio-MA, José o valor médio geral das comprasArteiro da Silva. obteve uma redução de 19,6% e o valor médio por produto/presen-Natal no Maranhão te também registrou um recuo de A Federação do Comércio 35,8%.de Bens, Serviços e Turismo do Uma das explicações para essaEstado do Maranhão (Fecomér- redução na perspectiva de gastoscio-MA) realizou pesquisas de dos consumidores é a percepçãointenção de consumo para o Natal das pessoas de que a sua rendaem São Luís e Caxias. Na capital real vem sendo consumida pelomaranhense, o levantamento rea- avanço das taxas inflacionárias – olizado em parceria com a Câmara índice de preços ao consumidorde Dirigentes Lojistas de São Luís amplo medido pelo IPCA acumu-(CDL) apontou que 79,1% dos consumidores ludo- lado nos últimos 12 meses é de 9,93%, além da taxavicenses pretendem comprar algum produto para Selic (taxa básica de juros) fixada em 14,25% e quepresentear neste final de ano. Na comparação com reduz o crédito demandado no mercado. Nesse sen-o mesmo período do ano passado, o índice de in- tido, o trabalhador que não teve aumento de saláriotenção de compras registrou crescimento de 8,36%. nos últimos doze meses está com pelo menos 10%Já em Caxias, o estudo realizado em parceria com a menos de poder de compra em relação ao mesmoo Sindicato do Comércio Lojistas de Caxias (Sin- período do ano passado.dilojas) e Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias Outro fator que vem influenciando negativa-(CDL) demonstrou que 75,5% dos consumidores mente o espírito natalino dos consumidores é a in-caxienses pretendem comprar presentes natalinos, o segurança com relação ao emprego atual, em funçãoque representa crescimento de 0,13% sobre o índice do desaquecimento da economia as empresas estãoregistrado em 2014. ampliando os cortes de custo e reduzindo os quadros de funcionários. Com isso, muitos trabalhadores es- Apesar do avanço das intenções de compras, tão preferindo usar o 13º salário, por exemplo, para omotivado principalmente pelo apelo emocional doedição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 29

pagamento de dívidas antigas ou guardar uma parte com menos de 20 anos, com 71,3%. Na análise porpara as dívidas do início do ano do que gastar com grau de instrução, a pesquisa apontou que aquelesos presentes de final de ano. No Maranhão, segundo com ensino superior são os mais predispostos aoo levantamento do Departamento Intersindical de consumo, com 86,1% de intenção de compras, se-Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o guido das pessoas com ensino fundamental (77,1%)benefício do salário extra injetará R$ 2,36 bilhões na e ensino médio (73,8%). Quanto à renda, as famíliaseconomia do estado este ano, o que representa um que recebem mais de seis salários mínimos demons-aumento de 8,12% sobre o montante pago em 2014. traram 95,3% de intenção de compras, caindo para 89,7% entre os que recebem de três a seis salários De acordo com uma pesquisa encomendada mínimos e alcançando 65,4% entre os entrevistadospela Federação das Indústrias do Estado de São com renda familiar inferior a três salários mínimos.Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estadode São Paulo (Ciesp) com pessoas que recebem 13º O número de presentes pretendidos pelos con-salário, 46% dos entrevistados afirmaram que o des- sumidores que vão às compras manteve-se estáveltino para o dinheiro extra será o pagamento de dívi- com ligeira tendência de queda. Aqueles que preten-das. Já a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito dem comprar apenas um produto somaram 41,4%(SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Diri- (retração anual de 0,24%), dois produtos foram degentes Lojistas (CNDL) mostra que quase um terço 32,0% (retração anual de 7,2%) e três produtos al-dos consumidores que recebem o dinheiro extra no cançaram 15,5% (retração anual de 2,5%). A maiorfinal do ano irão economizar ou investir. Entre osque não pretendem gastar tudo no Natal, 30% têm Pretendem comprar algum produto (São Luís)como objetivo quitar as dívidas. Sim Não Para o presidente da CDL São Luís, Fábio Ri-beiro, mesmo com todos os desafios a serem en- 81,Homensfrentados neste final de ano, os empresários devem 4%permanecer acreditando no potencial de vendas doNatal. “Não devemos alimentar o pensamento de 77,Mulheresque o final de ano será de péssimo desempenho para 2%o comércio, afinal o Natal é uma data aguardada portodos, e o lojista sabe que por mais difícil que seja oano, dezembro é sempre um mês de recuperação deperdas”, avalia.São Luís A pesquisa de intenção de consumo para o Natalem São Luís, realizada pela Fecomércio-MA e CDL,mostrou que no corte por gênero, os homens, com81,4% de intenção de consumo, estão ligeiramentemais predispostos ao consumo do que as mulheres,que somaram 77,2% de intenção de consumo. Na vi-sualização por faixa etária, os consumidores com ida-de entre 21 a 35 anos destacaram-se com 81,3% deintenção de consumo, seguido de perto das pessoascom mais de 36 anos, com 81,2%, e por fim aqueles30 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

41,4% de produtos principais registraram queda nas inten- ções de consumo na comparação anual. Os artigos dos ludovisenses pretendem de vestuário recuaram 7,9%, os brinquedos dimi- comprar apenas um produto nuíram 4,4%, os calçados caíram 19,1% e os itens de perfumaria e cosméticos registraram queda dequeda na intenção de compras foi verificada entre os 31,3%.consumidores dispostos a comprar quatro produtos,que este ano foi indicado por 4,7% dos entrevista- A forma de pagamento que mais se destacoudos, resultando em uma queda de 42,0% na predis- no levantamento deste ano foi o cartão de crédito,posição de comprar tantos presentes neste Natal em que alcançou 50,4% das indicações dos consumi-comparação ao ano passado. dores, o que representa um avanço de 15,3% sobre a preferência registrada no ano passado por essa Em relação aos produtos que serão comprados, modalidade de pagamento. O uso do dinheiro paraa pesquisa indicou que as preferências dos consu- realizar as compras à vista ficou na segunda coloca-midores este ano estão concentradas entre os ar- ção em 2015, com 43,4% da preferência, revelandotigos de vestuário (61,9%), brinquedos (34,4%), uma queda de 32,7% sobre a escolha de 2014. Ocalçados (23,3%) e itens de perfumaria e cosmé- pagamento com cartão de débito ficou na terceiraticos (15,6%). Outros produtos que também fo- posição com 19,3% e o crediário ou carnês de lojasram citados em 2015, mas obtiveram menor peso pontuou apenas 0,1%.na preferência dos consumidores, foram joias erelógios (6,4%), aparelhos de celular e smartpho- A preferência pelo uso do cartão de crédito éne (4,3%), artigos de cama, mesa e banho (2,8%), maior entre os consumidores com renda familiareletrodomésticos da linha branca como geladeira, mensal superior a seis salários mínimos, com 61,6%fogão e microondas (1,9%), livros (1,8%), artigos de indicação por essa modalidade de pagamento, re-esportivos (1,4%), bebidas como whisky, vinho ou cuando para 49,5% entre aqueles com renda de trêschampanhe (1,4%), bicicleta (1,3%), tablet (1,3%), a seis salários e chegando a 47,1% entre as pessoasviagem (1,1%), chocolates (1,0%) e computadores com renda inferior a três salários. No caminho inver-ou notebooks (1,0%). so, a preferência pelo pagamento à vista com dinhei- ro é maior entre os consumidores com renda inferior Embora se mantenham no topo da lista de pre- a três salários, com 56,0% da escolha por essa formaferência dos consumidores ludovicenses, o quarteto de pagamento, caindo para 37,0% entre aqueles com renda de três a seis salários e chegando a 30,7% para os recebem acima de seis salários. Para os locais onde deverão realizar as compras, 59,4% dos consumidores ludovicenses indicaram as lojas de shopping e em segundo lugar as lojas na Rua Grande e Centro Comercial que foram indi- cados por 29,6% das pessoas. Este ano, as lojas do shopping subiram 11,9% na escolha enquanto as lojas do Centro recuaram 38,2% na decisão dos con- sumidores. Outros locais que também apareceram na lista foram as lojas de bairro e galerias (12,2%), supermercados (5,6%), internet (1,1%), lojas de departamento (1,1%), catálogo (0,5%) e comércio informal (0,3%).edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 31

As lojas de shopping se destacam principal- 25,8%mente entre os consumidores mais jovens, sendoque entre aqueles com idade até 20 anos a pre- dos caxienses pretendemferência por esses locais é de 73,3%, caindo para65,6% entre aqueles com idade de 21 a 35 anos e comprar apenas um produtochegando a 50,8% para aqueles com idade maiorque 36 anos. Já na escolha pelas lojas do Centro Produtos mais procurados (Caxias)Comercial, a relação é diretamente inversa, uma Vestuário Brinquedos Calçadosvez que entre os consumidores com idade inferiora 20 anos a preferência por esse tipo de comércio é 68,6% 50,6% 19,5%de apenas 21,5%, subindo para 24,2% entre aque-les com idade de 21 a 35 anos e alcançando 35,6% Outros Perfumaria Chocolatedas escolhas das pessoas com idade superior a 36anos. 14,2% 6,0% 3,7%Caxias Celular Som/Tv Mesa/cama No município de Caxias, a pesquisa realizada 3,4% 3,1% 2,7%pela Fecomércio-MA em parceria com o Sindilo-jas e CDL também revelou queda na intenção dosconsumidores comprarem vários produtos parapresentear este ano. Ou seja, aqueles que preten-dem comprar apenas um produto somaram 25,8%(retração anual de 40,7%), dois produtos foramde 26,6% (retração anual de 6,0%), três produtosalcançaram 15,5% (retração anual de 4,3%) e atéquatro produtos foram de 11,3% (retração anualde 5,8%). Em relação aos produtos que serão compra-dos, a pesquisa indicou que as preferências dosconsumidores este ano estão concentradas en-tre os artigos de vestuário (68,6%), brinquedos(50,6%) e calçados (19,5%). Outros produtosque também foram citados em 2015, mas obti-veram menor peso na preferência dos consumi-dores, foram perfumaria e cosméticos (6,0%),chocolates (3,7%), aparelhos de celular e smar-tphone (3,4%), aparelho de som e imagem comotelevisão e DVD (3,1%), artigos de cama, mesae banho (2,7%), livros (1,7%), eletrodomésticosda linha branca como geladeira, fogão e micro--ondas (1,2%), bicicleta (1,2%), joias e relógios(1,1%), cesta natalina (1,0%) e artigos esporti-vos (1,0%).32 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Na comparação com o ano passado, os artigos tenção de adquirir calçados cai para apenas 9,7%. de vestuário foram os produtos que experimen- Na visualização por faixa de renda, a pesquisa taram o maior crescimento na preferência dos consumidores caxienses, com avanço de 88,5% demonstra que os artigos de vestuário ganham na predisposição de consumo, enquanto os brin- peso maior entre os consumidores com renda in- quedos, que ocupavam a primeira posição no ano ferior a três salários mínimos, com 69,7% de indi- passado, caíram 11,1% na intenção de consumo e cação, caindo para 55,8% da preferência entre as ficaram na segunda colocação neste ano. pessoas com renda entre três a seis salários míni- mos e passando a 48,6% entre aqueles com renda Na análise por faixa etária, percebe-se que os superior a seis salários mínimos. Já os brinquedos artigos de vestuário são a preferência em todas as têm menor preferência entre os consumidores idades, mas os brinquedos se destacam principal- com renda inferior a três salários (49,4%), subin- mente entre os consumidores com até 20 anos do a 55,2% da escolha entre aqueles com renda onde totalizou 54,7% das escolhas, enquanto en- de três a seis salários e chegando a 75,7% entre os tre aqueles com mais de 36 anos esses produtos consumidores com renda superior a seis salários. somaram apenas 39,6% da preferência. Os calça- dos também se destacam entre as pessoas com A forma de pagamento que mais se destacou até 20 anos (22,1%) e de 21 a 35 anos (22,1%), já no levantamento deste ano em Caxias continuou entre os consumidores com mais de 36 anos a in- sendo a modalidade à vista com dinheiro, que al- cançou 49,7% das indicações dos consumidores,São Luís R$ 356 R$ 137 no entanto, registrou um recuo de 18,8% sobre a preferência registrada no ano passado. O uso do Média do valor Média do valor cartão de crédito que ficou na segunda colocação, geral da compra por presente com 45,5% da preferência, revelou um crescimen- to de 45,8% sobre a escolha de 2014. O pagamentoCaxias R$ 217 R$ 88 com uso do crediário ou carnês de lojas ficou na terceira posição com 13,1% e o cartão de débito Média do valor Média do valor pontuou apenas 4,8%. geral da compra por presente Para os locais onde deverão realizar as com- pras, 82,6% dos consumidores caxienses indica- ram as lojas no Centro, Calçadão e adjacências. Em segundo lugar apareceram os supermercados, que foram indicados por 12,5% das pessoas. Ou- tros locais que também apareceram na lista foram o comércio informal ou camelôs (7,1%), lojas de rua e de bairro (7,0%), comércio em Teresina-PI (3,5%), internet (3,2%) e catálogos (1,1%). O co- mércio em Teresina, que ocupava a segunda colo- cação no ano passado, experimentou uma queda de 63,2% na preferência dos consumidores. Atu- almente, as lojas localizadas na cidade vizinha Te- resina ganham mais peso na escolha dos consumi- dores com idade superior a 36 anos (5,6%), com ensino superior (6,1%) e renda familiar mensal superior a seis salários mínimos (24,3%). edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 33

ARTIGO Algumas inovações e destaques do CPC 2015 Antonio de Sousa Freitas Advogado e Vice-Presidente do Sistema Fecomércio -MA Em outra oportunidade neste informativo pu- As mudanças de maior relevância do novo Códi-bliquei um artigo cuja matéria recebeu o título de go de Processo Civil de 2015 visam estabelecer uma“A evolução histórica das Leis Processuais Civis sintonia mais estreita com a Constituição da Repú-brasileiras”. Naquela ocasião, afirmava que o pri- blica e garantir maior segurança jurídica, principal-meiro Código de Processo Civil com vigência na- mente, no que diz respeito à perfeita obediência aocional foi o CPC de 1939, instituído na era Vargas, Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa, con-que vigorou até 10 de janeiro de 1973. A partir daí forme o inciso LV, Artigo 5º, da Carta Magna.entrou em vigor o CPC de 1973. Por outro lado, sabe-se que o Código Processual Em 16 de março de 2015 foi aprovado o novo Civil de 1973 foi inspirado nos padrões mais moder-Código de Processo Civil pela Lei nº. 13.105, publi- nos do direito processual civil europeu e, durantecada no DOU de 17 de março de 2015, com vocatio mais de quatro décadas, tem passado por relevanteslegis de um ano. O principal desiderato desta matéria alterações na sua estrutura, a exemplo da inclusão doé mostrar aos leitores algumas mudanças e destaques Instituto da Tutela Antecipada em 1995, e, também,trazidos pelo novo Código de Processual Civil que outras alterações no regime do recurso do agravo.entrará em vigor no dia 17 de março de 2016. Ademais, além dessas mudanças acima ci- A princípio é interessante destacar que um siste- tadas, trago à baila, a entrada em vigor das Leisma processual que não garanta ao cidadão o reconhe- 11.232/2005 e 11.382/2006 que vieram garantircimento, nem tampouco, a realização de seus direitos maior efetividade e celeridade no cumprimento dasameaçados ou violados, jamais se ajustará às garantias normas processuais as quais modificaram em gran-constitucionais de um verdadeiro Estado Democráti- de parte os anteriores processos de conhecimento eco de Direito, como é o nosso, que começou a funcio- de execução, tornando os dois Institutos, tanto o denar com a Constituição cidadã de 1988. cognição quanto o de execução, em um sistema sin- cronizado, o qual a partir de 2006 vem contribuindo Ao descrever as principais alterações do novo com maior rapidez e efetividade na prestação juris-CPC, torna-se impossível, num pequeno artigo, ten- dicional.tar comentar sobre todas as mudanças ocorridas.Prefiro citar algumas mais relevantes, principalmente, Outro destaque bem acentuado trazido peloàquelas que vêm contribuir com um processo mais novo Código de Processo Civil é a divisão em duascélere, mais justo e menos complexo, que seja capaz partes: a Parte Geral e Especial, sendo que a Geral éde atender às necessidades do cidadão. composta de seis livros e a Especial de três e, ainda, o34 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

livro complementar denominado Livro das Disposi- A ação de prestação de contas passou a ser de-ções Finais Transitórias. nominada de “Ação de Exigir Contas” e também outras ações como a monitória, as possessórias, Destarte, vale observar que embora tenha havido partilha e inventário, etc.um substancial avanço nas leis processuais brasileiras,ainda assim, estamos longe de alcançarmos os limites O código de 2015 traz como novidade a or-da perfeição. Como dizia o nosso conterrâneo Gra- dem cronológica nos julgamentos, a mediação eça Aranha ao descrever sobre a Língua Portuguesa: a conciliação, a desconsideração da personalidade“A perfeição é o sinal do começo da decadência e da jurídica, o acordo procedimental, o saneamentomorte. Na arte, na literatura como na natureza, a ob- compartilhado, a eficácia vinculante das decisõesservação nos demonstra a verdade desta lei da evolu- proferidas pelos tribunais superiores, o incidenteção universal”. Refletindo sobre este pensamento do de assunção de competência e outras.nobre escritor maranhense posso concluir que com aciência do direito não poderá jamais ser diferente, até Dentre as alterações quero destacar a forma deporque haverá sempre necessidade de novas altera- contagem dos prazos processuais que a partir da vi-ções em razão do Princípio da Dinâmica Processual gência do novo Código somente poderão ser con-e das constantes mudanças que ocorrem com os va- tados em dias úteis, isto é, dias que haja expedientelores e costumes da sociedade. Vez que os atos huma- forense regular. Neste aspecto destaco a unificaçãonos jamais alcançarão o atributo divino da perfeição, de quase todos os prazos de contagem que serão depois o mesmo é inerente, unicamente, ao Criador de quinze dias. Os prazos menores aumentarão paratodas as coisas. quinze dias, a exemplo do Agravo de Instrumento, a Réplica e a Ação para emendar a Inicial, que atual- Adentrando, um pouco mais sobre as novas al- mente são de dez dias e passarão a ser de quinze dias.terações trazidas pelo Codex-2015, destaco aqui as Outros prazos maiores serão reduzidos, como, porsupressões que atingiram os recursos do agravo re- exemplo, a Ação para contestar a Demarcatória e atido e dos embargos infringentes e, ainda, as caute- Ação de Divisão Terras, que de vinte passarão paralares nominadas, embora constem do novo código quinze dias com a vigência do novo Codex, com ex-as cautelares probatórias de natureza estritamente ceção do prazo para Embargos de Declaração queprocessual. será mantido em cinco dias úteis. Outra alteração importante foi a que ocorreu Embora tenham ocorrido inúmeras outras alte-com a nomeação à autoria que deixou de ser inter- rações importantes, deixo de destacar neste infor-venção de terceiro e passou a ser resposta apenas mativo em função de espaço. Por isto rogo a devidado réu e o Instituto da Oposição que se transfor- compreensão do leitor para eventuais imprecisõesmou em procedimento especial. O procedimento ou incorreções. Todavia cito mais dois destaquessumário desapareceu e o ordinário passa a existir que entendo ser interessantes: a inclusão da Cláu-como o único procedimento. sula Geral de Negócios Processuais e a inclusão da Tutela de Evidência que, embora seja uma das espé- Como se sabe muitos institutos jurídicos foram cies de Tutela Antecipada, porém não depende daalterados com várias espécies de modificações, comprovação de perigo, dano ou risco ao resultado,a exemplo: o litisconsórcio, o procedimento co- como as demais tutelas que exigem os requisitos domum, a competência, os prazos, a teoria geral dos fumus boni Iuri e do periculum in mora, mas simrecursos, os recursos em espécie, o cumprimento de algum tipo de evidência que venha comprovar ode sentença, o processo de execução, a tutela pro- abuso do direito ou manifesto propósito protelató-visória, de urgência e cautelar, as defesas do exe- rio da parte, bem como os demais requisitos conti-cutado, os honorários advocatícios, as ações de dos nos incisos do art. 311 do Novo Código.consignação e pagamento.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 35

LAZERSesc reúne lazer e cultura empasseio ciclístico em São Luíse Rosário Ciclistas de todas as idades mudaram o ce- Luís. A ação contou com apoionário das ruas de São Luís e Rosário nos dias do departamento de trânsito8 e 14 de novembro, respectivamente. O Proje- da Prefeitura. O roteiro come-to Clico Sesc - Viver Mais a Cidade promovido çou pela Rua do Sol onde sepela primeira vez em ambas as cidades reuniu encontra parte do patrimôniosaúde, combate ao sedentarismo, melhoria da arquitetônico de São Luís, comqualidade de vida, desenvolvimento do espírito destaque para o prédio do Sescsolidário e participação da família em um even- Saúde que data de 1888 com azulejos coloniaisto recreativo e cultural. verdes e a casa dos irmãos Azevedo, onde Aluí- zio escreveu “O Mulato”. Na capital maranhense, a concentração ocor-reu em frente à Biblioteca Benedito Leite, em No final da rua os ciclistas fizeram uma pa-uma tenda montada para distribuição dos kits rada em frente ao Teatro Arthur Azevedo paracontendo sacola, camiseta, boné, além de ofe- receberem água e ouvirem um pouco maisrecer atendimento do Sesc Saúde para aferição das curiosas histórias de São Luís. Reto-de pressão arterial, teste de glicemia, orientação madas as energias, os ciclistas seguiramsobre prevenção e diagnóstico precoce de cân- pela Praça João Lisboa. Descendo pelacer de próstata. Rua Magalhães de Almeida, os ciclis- tas conheceram o Mercado Central e Após um alongamento, o grupo saiu guiado seguiram pela Praia Grande onde sepelo trio elétrico pelos pontos turísticos de São36 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

encontra o primeiro bairro da cidade. Subindo O grupo seguiu a caminho das ruínas do Fortepela Avenida Maranhense os ciclistas contem- de Vera Cruz, criado em 1620, por Bento Macielplaram a beleza das construções na Praça Dom Parente à margem do Rio Itapecuru.Pedro II, como a Igreja Nossa Senhora da Vitó-ria, mais conhecida como Igreja da Sé, em estilo Entre versos e prosas, os rosarienses con-neoclássico. tinuaram o Passeio até o destino final, a igreja Matriz de Rosário. Ao fim do percurso, o públi- O cortejo seguiu pela Rua de Santana até o co participou do sorteio de bicicletas e livros eretorno para o Sesc Deodoro. O percurso de 5,7 da entrega de kits energéticos.quilômetros encerrou com distribuição de kits energéticos e sorteio de acessórios de bicicle- ta.O Projeto Ciclo Sesc Viver Mais a Cidade é uma ini- ciativa do Departamento Nacio- nal do Sesc com o objetivo de atrair novos adeptos a mo- dalidade por meio de uma forma saudável e diverti- da. Na cidade de Rosário, a concentração aconteceu no Estádio de Futebol Serejão. O evento contou com a presença da Diretora de Finanças do Sesc, Darlise Ra- mos, o Técnico de Lazer, Júnior Mark e da Coordenadora de Assistência e Saúde, Patrícia Ribeiro. A equipe de educa- dores físicos da Prefeitura de Rosário preparou o público com um alonga- mento antes do passeio pela cidade. Cerca de 700 ro- sarienses se reuniram com suas bicicletas em destino a Estação Ferroviária São Lu- ís-Teresina, monu- mento construído em 1919 e ligava a cidade de Caxias a Cajazeiras.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 37

FEIRAS Dia Municipal dos Feirantes Sindifeirantes realiza confraternização em reconhecimento ao trabalho da categoria em 2015 A primeira semana de novembro foi marcada por comemorações realizadas pelo Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes de São Luís (Sindifeirantes) em homenagem ao Dia Municipal do Feirante e do tradicional festejo ao Santo Padroeiro São José das Laranjeiras. Com relevantes projetos ao longo de 2015, o sindicato en- cerra um ano intenso de luta pela melho- ria da qualidade de vida e de trabalho em prol da categoria com base na prevenção e orientação. Após extensa programação que contou com missas, romaria, torneio de futebol e apresentações culturais, foi realizado no dia 8 de novembro no Limoeiro Eventos, o encerramento das atividades com a festa38 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

dançante de confraternização entre os profissionais que trabalham nas feiras livres e merca-os de São Luís, além da entrega de premiações do torneio de futebol. “Estamos encerrando o ciclo 2015 unindo a categoria e mantendo os laços de respeitoe fraternidade entre os feirantes de São Luís. Foi um ano de luta onde priorizamos a buscapor condições dignas de saúde e trabalho, visando facilitar o acesso dos feirantes às infor-mações acerca de métodos de vida saudável. Além disso, tivemos a oportunidades de exporjunto ao poder público, as principais demandas do setor para que se concretize em 2016novas perspectivas que venham a dinamizar as feiras e mercados da capital”, destacou apresidente do Sindifeirantes, Ivanilde Sampaio.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 39

CONCURSOSesc realiza o 8º Concurso de ReceitasCulinárias do Mesa Brasil Comida sustentável, saborosa, atrativa e acessível. Na degustação das receitas concorrentes re-O concurso de Receitas Culinárias do Mesa Brasil alizada pela comissão julgadora, a abóbora foi aSesc incentiva a criação de receitas que agreguem to- grande anfitriã da 8ª edição. As seis receitas con-das essas características, mas também apresentem in- correntes foram: Torta da casca de abóbora, pro-gredientes nutritivos e pouco utilizados como talos, duzida pelo Clube de Mães Santa Luzia, Opçãofolhas, cascas, sementes ou sobras de preparações. Maranhense do Jardim de Infância Tico e Teco,Em sua 8ª edição, seis receitas de instituições sociais Arroz de Cascas de Abóbora e Cenoura criadocadastradas ao Programa Mesa Brasil Sesc participa- pela Associação de Mulheres da Vila São Luís,ram do Concurso. A vencedora foi a Torta de Casca Quibe de Sementes de Abóbora da Comunidadede Abóbora, do Clube de Mães Santa Luzia. Espírita Francisco de Assis, Mousse da Casca de Bacuri produzido pelo Projeto Social Madre Rosa Abrindo o evento, a Turma da Educação Infan- e a Sopa Nutritiva criada pela Comunidade Espíri-til II da Escola Comunitária Vila Palmeira cantaram ta Francisco de Assis.a violência contra a criança. Atendendo 102 alunoscom idade entre 2 e 5 anos, o Programa Mesa Brasil As três receitas vencedoras foram Torta deSesc é o seu maior parceiro. Casca de Abóbora, Quibe de Sementes de Abóbo- ra e Arroz com Casca de Bata e Cenoura, respecti- Em seguida, os convidados também puderam vamente. As premiações foram uma viagem paraapreciar o teatro de fantoche, método lúdico uti- a cidade de Morros promovida pelo Turismo So-lizado pelas nutricionistas do Mesa Brasil para cial do Sesc (1ª colocação), duas diárias do Hotelensinar às crianças das instituições cadastradas ao Sesc Olho D’Água (2ª colocação) e um tratamentoPrograma a importância da alimentação saudável e odontológico no Sesc Saúde (3ª colocação).do aproveitamento integral dos alimentos.40 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

SAÚDESaúde do homem e da mulherem foco Por mais um ano, o Senac no Maranhão movi- dade em geral. “Essa caminhada tem um só sentido:mentou a Avenida Litorânea com a tradicional ca- a conscientização da população de que existe algominhada em alusão à Campanha Novembro Azul. chamado câncer de próstata e nós não queremosNesta edição da atividade, o diferencial foi a união de que nenhum cidadão maranhense seja agravadoduas importantes campanhas que alertam para a saú- com essa doença”, destacou o presidente.de do homem e da mulher: Novembro Azul e Outu-bro Rosa. A caminhada reuniu mais de 250 pessoas. A caminhada representou ainda um momento de divulgação da imagem institucional do Senac e O Presidente do Sistema Fecomércio/MA, José reforçou sua contribuição social como InstituiçãoArteiro da Silva, e o Diretor Regional do Senac, que oferece cursos de qualificação profissional naAhirton Lopes, participaram da ação ao lado de ser- área da saúde.vidores, instrutores, alunos, familiares e a comuni- Para o Diretor Regional, Ahirton Lopes, a ini- ciativa do Senac é pequena diante de tantas outras ações que devem ser realizadas para conscientizar sobre a saúde do homem e da mulher. “Estamos fazendo a nossa parte, sabemos que é pouco, mas contribui”, pontuou. O analista de sistemas do Senac, Plínio Leite, acredita que o diagnóstico precoce é a melhor for- ma de combater o câncer. “O importante é fazer sempre os exames, sempre fazer os preventivos, para que possamos estar sempre com a saúde em dia”, concluiu.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 41

CINEMA 00:25Criatividade na tela Com o objetivo de estimular a produção cinematográfica (direção, roteiro, fotografia).audiovisual, o I Festival de Vídeo de Bolso foi Lúcio Silva, estudante do curso Técnicodesenvolvido com a temática ‘Liberdade de Ex-pressão’ pelos alunos do curso de Técnico em em Produção de Áudio e Vídeo, e idealizadorProdução de Áudio e Vídeo do Senac, junta- do projeto, explica que levou a proposta para amente com o instrutor e radialista Robson Jú- turma e para o instrutor, que receberam a ideianior. Houve abertura para inscrições de vídeos com muito entusiasmo. “O objetivo maior é fo-e uma premiação no auditório da Instituição. mentar a produção de baixo custo, com ênfaseAo todo, 26 vídeos foram inscritos que concor- na questão de que todos tem uma câmera hojereram a prêmios como ingressos para shows e em dia, então todos podem ser cineastas”, disse.headfones. Segundo Lúcio, a turma pretende realizar o fes- tival a cada semestre e abrir inscrições para que “Você já filmou alguma coisa inusitada o público externo também possa participar.hoje?”. Essa foi a chamada para as inscrições nascategorias Documentário (registro da realida- A premiaçãode) e Experimental (livre). As turmas participa- O julgamento e a entrega dos prêmios ocor-ram da competição e desenvolveram produçõeslevando em consideração os critérios de ava- reram após a exibição de todas as 26 produçõesliação: originalidade, criatividade, qualidades para o público e avaliação da banca, formada portécnica e artística e características da linguagem Érica da Cunha (Estudante do curso Técnico de Segurança do Trabalho), Tainara Serra (De-42 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

signer), Gilberto Mineiro ( Jornalista) e Gley- como trilha sonora de um olhar social sobre ason Azevedo ( Jornalista e documentarista). O periferia, intitulado “Cantiga de Roda”, gravadoevento contou com o apoio da Radical Surf, Rá- também com celular. O autor recebeu um head-dio Difusora FM, Extra e Super Calçados. fone e brindes da Radical Surf. O primeiro colocado foi o filme “João e Ma- O terceiro colocado, “Sementes”, foi sele-ria”, produzido com um celular e que fala sobre cionado por meio de júri popular. “Meu vídeouma mulher que tira proveito de um homem, é uma ficção que fala de como um gesto de hu-através de dinheiro. O aluno e autor do vídeo re- mildade pode reconciliar as pessoas, eles são se-cebeu como premiação entradas para um show mentes da alma”, explicou Gomes, autor do ví-cultural e um headfone. deo. O material foi produzido por meio de uma câmera fotográfica e o prêmio também foi um A segunda colocação foi para um vídeo que headfone e brindes da Radical Surf.exibe cantigas de roda que embalam a infância00:45 00:15edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 43

LITERATURALiteratura no parque Os alunos do Programa de Aprendizagem do Se- tação de músicas populares que atraíram muitos jo-nac realizaram uma série de atividades relacionadas vens e frequentadores do local. Em seguida, o escritorà literatura no Parque do Bom Menino em São Luís. José Neres, membro da Academia Maranhense deO Dia Nacional da Leitura (12 de outubro) motivou Letras incentivou o público a estreitar os laços coma equipe do Senac a levar para um grande público a literatura. “Eventos literários são excelentes opor-atividades como teatro de fantoches, performances, tunidades para fazer com que pessoas que não têmsarau literário, declamação itinerante, dramatização, proximidade com livros, passem a ter”, referindo-sepainel fotográfico, leitura cênica, entrevistas, disputa ao I Parque Literário da Aprendizagem.de peleja, feira de livros, apresentação musical, jogoseducativos e roda de conversas. Para os aprendizes não foi diferente. O aluno Ri- cardo Figueiredo acrescentou que a feira consegue le- A abertura do evento contou com a participação var também conhecimento sobre autores internacio-da Banda de Música do Bom Menino, com a apresen- nais e nacionais à medida que os apresenta, de forma oral ou visual, em murais e rodas de conversas. “A pre- sença de muito conteúdo sobre autores maranhenses em nosso projeto é uma forma de difundir cada vez mais a literatura do Estado”, comentou. A literatura se mostra uma das maneiras mais rá- pidas para aperfeiçoar e valorizar o profissional atra- vés das linguagens artística, literária e histórica. “Des- sa maneira, é firmado o compromisso da Instituição de garantir a qualidade da educação profissional, aliada ao incentivo para a participação em atividades produtivas”, ressaltou a coordenadora do Programa de Aprendizagem do Senac, Jacksiane Mendonça.44 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

HOMENAGEMHomenagem Musical A Ordem dos Músicos do Brasil – Conselho CarreiraRegional de São Paulo homenageou com um José Alves de Souza, mais conhecido pelodiploma em reconhecimento ao trabalho, enal-tecendo a Arte e a Cultura Brasileira, o músico nome artístico de Sílvio Moreno, é pianista noe pianista do Restaurante Senac, Sílvio Moreno, Restaurante Senac há sete anos e encanta os clien-durante solenidade no salão nobre da Câmara tes sempre no horário do almoço, de segunda ados Vereadores em São Paulo. O evento reuniu sábado, e nas noites de sexta-feira. No repertório,aproximadamente 200 pessoas entre músicos, clássicos da música nacional e internacional comopolíticos e artistas. Samba de Verão, I Left My Heart In San Francisco e Garota de Ipanema. Músico há 66 anos, o Ma- A iniciativa de homenagear o Maestro Sílvio estro Sílvio domina as notas musicais em instru-Moreno surgiu do vereador Toninho Paiva (PR), mentos como piano, violão, guitarra, cavaquinho,que também indicou outros doze músicos para bandolim e contrabaixo. Durante sua trajetória,receber a honraria. “Pra mim foi muito gratifi- já trabalhou com músicos como Caubi Peixoto,cante, pois meus méritos de ser músico e profes- Maysa Matarazzo, Elisete Cardoso, Maestro Cipó,sor foram reconhecidos, além disso, é um prazer e dezenas de outros artistas de renome nacional.ser um dos fundadores da Ordem dos Músicosdo Brasil”, declarou Sílvio, único maranhense areceber o Diploma da OMB. Na ocasião, também foram homenageadosos músicos Roberto Luna, Osvaldinho da Cuí-ca, Expedito Moura, cantora Martinha, João deAlmeida e Silva, Maria Cristina Barbato, GersonFerreira Tajes, Walter Mana, Maestro RicardoRossetto Mielli, Maestro Adylson Godoy, Violo-nista Robson Miguel e a cantora Adriana Farias.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 45

CULTURAAldeia Sesc Guajajara de Artes completa10 anos de intensa programação culturalno Maranhão São 10 anos nas praças, ruas, teatros e cinema. Em Meu Boi da Floresta/MA; “Cortejo de Ninfas”, douma década, a Aldeia Sesc Guajajara de Artes se fir- BemDito Coletivo/MA; “Maratuque chegou!”, domou no calendário cultural do Maranhão, trazendo Maratuque Upaon-Açú/MA; “Cortejo Manto dediversidade e oferecendo vivências, que possibilitam São Benedito”, do Tambor de Crioula Manto de Sãoaos mais variados públicos o acesso à produções con- Benedito/MA e Cortejo Circense “O Circo tá natemporâneas locais e de âmbito nacional, ampliando rua”/MA mudou a rotina do centro de São Luís dao repertório cultural individual e coletivo. Em 2015, Praça Deodoro até a Praça Nauro Machado, ondeo Projeto comemorou sua trajetória oferecendo en- shows musicais fecharam a noite.tretenimento e formação à população no período de25 de novembro, estendendo sua programação até Com uma programação diversificada para todaso dia 3 de dezembro, com 12 horas de programação as idades, nesta edição a Aldeia Sesc trouxe para Sãoininterrupta regada a música, circo, dança, interven- Luís um espetáculo inédito voltado para crianças deções, teatro e artes plásticas. 0 a 3 anos, intitulado “Cuco - A linguagem dos bebês no teatro. Inspirado no universo da primeira infância, O tradicional cortejo artístico abriu a programa- o espetáculo propôs um diálogo com a linguagemção oficial de comemoração de 10 anos. A concen- dos bebês, colocando-os como protagonistas do pro-tração ocorreu no Sesc Deodoro, de onde a comitiva cesso de criação, mesmo quando na condição de es-formada pelos grupos: “Bando de Bobo”, da Cia. do pectadores junto a seus pais.Imaginário/MA; Bloco Officina Affro/MA; “Cor-tejo Cultural do Cacuriá de Dona Teté”, do LABO- Para os apreciadores da arte literária a progra-RARTE/MA; “Cortejo de Cazumbás”, do Bumba mação incluiu contações de histórias para alunos de escolas municipais parceiras do BiblioSesc e para46 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

crianças atendidas pelos projetos do Sesc Comu- Sobre a aldeianidade da Raposa; sarau literário e lançamentoda Revista Palavra. A Aldeia Sesc Guajajara de Artes é um projeto de continuidade no país. Integrante da Rede Sesc Na sétima arte o evento trouxe a Mostra Iti- de Intercâmbio e Difusão das Artes Cênicas, onerante do Festival Internacional “Nueva Mira- projeto caracteriza-se pela potência do confrontoda”, uma maratona de curtas-metragens para o com o outro e o novo nas linguagens música, tea-público infanto-juvenil com exibições das 15 às tro, dança, literatura, artes visuais, cinema e circo.19h no Cine Praia Grande. Essa reunião de elementos e características expri- me o espírito que norteia o evento, marcado tanto As ações formativas tiveram espaço de des- pela expressividade da cultura popular, afro-brasi-taque na Aldeia, com palestras, cursos, oficinas e leira e indígena, quanto pela arte contemporânea.workshop. Outro ponto forte na programação de Apresentando-se em formato de “Aldeia Cultu-10 anos foi a parceria com eventos consolidados ral”, concentra uma programação artística-cul-na capital como o Eitapiquena Arteira (EPA), tural para públicos variados. Em sua 10ª edição,Sebo no Chão, Cine Ocupação e Festa do Mo- promovida no período de 25 de novembro a 3 dequeado, compondo a agenda do Caia na Rede. dezembro nos municípios de São Luís e Raposa, a Aldeia Sesc Guajajara de Artes evidencia sua vo- No encerramento do projeto, dia 3 de de- cação multiculturalista por meio de uma ampla ezembro, aconteceu o OVER12, com 12 horas rica programação fortemente marcada pelo diálo-ininterruptas de programação cultural. Espetácu- go com os coletivos e redes culturais.los teatrais, performances, discotecagem, além deshows musicais integraram a programação queencerrou ao som da cantora, compositora e atrizKarina Buhr, apresentando seu show Selvática, ascomposições do novo trabalho abordam a temá-tica feminista, como em Eu Sou Uma Monstro.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 47

SINDICATO Confraternização do Seac-MA Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Maranhão re- alizou encontro com associados. Realizando um balanço das atividades pro- movidas ao longo do ano de 2015, o presiden- te do Sindicato das Empresas de Asseio e Con- servação do Estado do Maranhão (Seac-MA), José William Câmara Ribeiro, recebeu asso- ciados, empresários e parceiros durante um almoço de confraternização realizado no dia 4 de dezembro na Churrascaria Sal & Brasa. Dezenas de pessoas prestigiaram o evento que serviu como um momento também de conver- sa e troca de experiências entre os empresários do segmento de asseio e conservação. Para o presidente do Seac-MA, o ano foi bastante produtivo apesar da crise econômica. “O ano de 2015, no geral, foi positivo para o nosso Sindicato, pois conseguimos avançar na gestão sindical, otimizar nossas atividades48 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

e ampliar a representação perante asempresas do nosso segmento empre-sarial. A crise econômica e o momen-to de transição do governo na esferaestadual foram algumas questões queos empresários tiveram que se adap-tar, mas podemos dizer que foi umano de novas oportunidades”, avaliaWilliam Câmara.Institucional O Sindicato das Empresas deAsseio e Conservação do Estado doMaranhão foi fundado em São Luísno dia 28 de agosto de 1975 e obte-ve o reconhecimento do Ministériodo Trabalho por meio da expediçãoda Carta Sindical no dia 26 de no-vembro de 1978. A entidade tempor objetivo representar, no âmbitodo Estado do Maranhão, os direitose interesses da Empresas de Asseio eConservação, na forma do estabele-cido na Constituição Federal, art. 8°Inciso III. O Seac-MA é uma institui-ção sem fins lucrativos que tem a vi-são de promover o desenvolvimentoeconômico-social, através de açõesefetivas, envolvendo a classe empre-sarial, voltada para a materializaçãode um projeto amplo que possibilitea consolidação do segmento na so-ciedade brasileira, como uma catego-ria empresarial comprometida com odesenvolvimento do país.edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016 Comércio em Revista 49

SINDICATOCelebrando conquistas em 2015Sircosum realiza confraternização para agradecer e comemorar os principaisavanços durante o ano Em reconhecimento ao trabalho realizado ao da região de Imperatriz, com amplo estacionamento,longo de 2015, o presidente do Sindicato dos Repre- auditório com excelente infraestrutura e diversificadasentantes Comerciais do Sul do Estado (Sircosum), cartela de serviços oferecidos pelas instituições pre-Reginaldo Pacheco, reuniu seus associados, colabo- sentes.radores, familiares e clientes para a tradicional con-fraternização de final de ano. Realizado no dia 28 de “Visando facilitar o acesso dos associados aosnovembro na Loja Maçônica Lauro Tupinambá, em serviços prestados pelo sindicato, o ano foi marcadoImperatriz-MA, o momento foi marcado por agra- pela mudança da nossa sede para as instalações dodecimentos às conquistas alcançadas durante todo Palácio do Comércio, onde já estão entidades empre-o ano, com projeções de resultados ainda melhores sariais como a Associação Comercial e Industrial depara 2016. Imperatriz, a Câmara de Dirigentes Lojistas e o Sin- dicato do Comércio Varejista. Então é um momento Para o presidente Reginaldo Pacheco, um dos de agradecer as conquistas alcanças prezando pelaprincipais avanços da entidade em 2015, foi a mudan- integração e pelo reconhecimento da importânciaça da sede do Sircosum para o Palácio do Comércio, dos que trabalham em prol do nosso setor”, explicouempreendimento de referência para o empresariado Reginaldo Pacheco.50 Comércio em Revista Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA


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