Especial Ano X • Edição 44 • Maio 2007 • R$ 9,00 Compra e uso de saneantes fora dos padrões sanitários higiexpo 2007 Evento cada vez mais rico em novidades Meio Ambiente Relacione-se com o meio ambiente e o transforme em uma vantagem competitiva
espaço abralimp página 06 higipress DEZEMBRO 2006 higiexpo página 08 HIGICON página 12 lavagem de mãos página 14 saneantes página 20 meio ambiente página 24 gerenciamento do lixo página 34 quality control página 38 expediente Abralimp - Associação Brasileira do Av. MARECHAL EURICO GASPAR DUTRA, 899 - Cep 02239-010 - São Paulo - SP Mercado Institucional de Limpeza Tel.: (11) 6959-9008 - FAX: (11) 6959-9167 - [email protected] R. Henrique Monteiro, 234, 3º andar - 05423-020 - São Paulo - SP - Tel.: 11 3816-4877 Diretor de Projetos Especiais Gilberto Figueira Fax: 3816-2983 - [email protected] - www.abralimp.org.br Diretora Financeira Cleide Antunes Presidente Ricardo Monteiro da Silva gerENTE ComERCIAL Sandra M. F. Elias Vice-Presidente Ernesto Brezzi Jornalista Responsável Cinira Boranga Diretor Financeiro Pedro Salla Ramos Filho Revisão Luci Kasai Diretor de Relações Institucionais João Gustavo H. Filho Projeto Gráfico e Diagramação Diagrama Estúdio - www.diagramaestudio.com.br DIRETOR DE MARKETING, feira e evento RICARDO sant’anna ALVES Impressão: hr gráfica DIRETORia uniabralimp Roberto donato / angelo sergio morena Tiragem: 13 mil exemplares auditorados pelo índice de anunciantes BST 10-11 Karcher 17 Plataforma 05 Start Química 10-11 Certec 31 Leone 09 Power Cleaning 21 Tennant 10-11 Abralimp 15 Econ Loc Lav 29 Provitec 10-11 TTS Febrac 10-11 Maxi Service 10-11 Quiminac 10-11 Vairo 29 Audax 25 Jani King 35 Millenium 27 Rubbermaid 02 WT 10-11 Johnson Oderich 23 Sociedade Alfa 52 10-11 Becker 13 10-11 10-11-51 Betalimp 10-11 Briosol 07
editorial Por um mundo mais limpo e saudável Asaudável “onda verde” que vem tomando conta das empresas no Brasil e ocupando o noticiário do mundo ganhou ainda mais força no setor da economia que mais diretamente interage com o meio ambiente: a limpeza profissional. Prova disso é a escolha da responsabilidade ambiental como tema principal da 18ª Higiexpo – Feira de Produtos e Serviços para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental – e 19º Higicon – Congresso Interna- cional do Mercado Institucional de Limpeza –, que acontecem simultaneamente no Expo Center Norte, de 7 a 9 de agosto, promovidos pela Associação Brasileira do Mercado Institucional de Limpeza (Abralimp). O tema Meio Ambiente fará parte também desta e das próximas edições da revista Higipress dadas as dimensões que a questão vem assumindo nas discussões do setor. De acordo com a Abra- limp, os representantes da cadeia – fabricantes de máquinas e equipamentos, produtos químicos, prestadoras de serviço, distribuidores e usuários – já vêm dando sua contribuição para preservação do meio ambiente e o mercado, cada vez mais, valoriza essa preocupação. A Abralimp, como outras entidades de classe envolvidas com o segmento de limpeza, participa ativamente do debate e construção da arquitetura que irá abrigar toda a indústria da limpeza aten- dendo o chamado do “planeta para o desenvolvimento humano sustentável”. Nas páginas seguin- tes, os leitores terão acesso a informações sobre reutilização da água, gerenciamento de resíduos, cuidados na compra e uso de saneantes e tantas outras técnicas e soluções que proporcionam uma perfeita relação entre limpeza, saúde e meio ambiente. Em 2007, a Abralimp comemorou ainda a conquista de um antigo sonho: a de ter uma sede pró- pria. A compra do imóvel, aprovada na gestão anterior de João Gustavo Haenel Filho, e a mudança da sede no início do ano para a Avenida Nove de Julho, com certeza mostram que a Abralimp reforça sua disposição em melhor atender seus associados. Aguardamos sua visita às novas instalações bem como à Higiexpo e ao Higicon. Vocês verão mais detalhes sobre estes grandes eventos nesta edição. Boa Leitura ! Ricardo Monteiro da Silva Presidente da Abralimp
espaço abralimp Febrac comemora 25 anos com reunião em Curitiba No dia 18 de maio, no Es- fotógrafos nos convidados, que foram Ao final, como lembrança da co- tação Embratel Conven- recepcionados pelo presidente da Fe- memoração dos 25 anos da Febrac, tion Center, na capital brac e pelo anfitrião Adonai Aires os convidados receberam um DVD, paranaense, os empresários do setor de de Arruda, presidente do Seac/PR - com fotos, imagens da festa e o hino asseio e conservação comemoraram o Sindicato das Empresas de Asseio e da Febrac cantado, produzido pela 25º aniversário do Febrac - Federação Conservação no Estado do Paraná. advogada Dra. Celita Oliveira Sousa Nacional das Empresas Prestadoras e Adonai Arruda. de Serviços de Limpeza e Conserva- Os convidados puderam conversar ção. Ricardo Monteiro, presidente da com outros empresários, ao som da Abralimp, marcou presença no evento banda Dhechamp, além de conferir que reuniu cerca de 300 profissionais em um telão um pouco da história da do setor, amigos e parceiros. Febrac, que hoje soma 27 Sindicatos Na ocasião, o presidente da entidade, Estaduais Associados, representando Laércio Oliveira, ressaltou que a fes- juntos cerca de 1,5 milhão de traba- ta, além de comemorar a vitalidade de lhadores e são as maiores contratan- uma instituição classista, acontece num tes de mão-de-obra feminina de baixa momento cujo significado transcende a escolaridade. esfera profissional. “A criação da Fede- ração constituiu-se na força motriz para um novo exercício de relacionamento entre os que militam no setor”. De acordo com Oliveira, o salão do Estação Embratel Convention Center se igualava ao Oscar, com direito a tapete vermelho e foco dos
Abralimp está com nova sede Após comemorar seus 20 estão ‘Higienização hospitalar’, ‘Li- higipress março 2007 anos de existência, a derança – gerenciamento de equi- Abralimp agora está com pes’, ‘Limpeza de carpetes’, ‘Técnicas nova sede. O conjunto localizado em de limpeza’ e ‘Tratamento de pisos’. uma área nobre da Av. Nove de Julho 5593 cj 22 e 23 possui mais de 160 Em apenas três meses, com profes- m², onde foram locados a área admi- sor e cursos reformulados, a Uniabra- nistrativa da Associação, Higiexpo, limp melhora ainda mais asua exce- Higicon, Banco de Dados, as salas de lência no que diz respeito à formação Diretoria e Conselho. do mercado institucional de limpeza. Com a aquisição, a Abralimp passa “Nesta nova fase já formamos 250 a ter um lastro econômico tanto para alunos”, revela o coordenador de seus funciozários quanto para seus as- treinamento Luis Enrique C. Llanca- sociados. A Uniabralimp ainda está fil. Segundo ele, alguns cursos, como localizada em Pinheiros, porém a Di- ‘Técnicas de limpeza’, já estão com retoria está empenhada em reunir toda inscrições esgotadas. a estrutura em um único endereço. Anote: a Abralimp também mudou As empresas que desejarem parti- o número de telefone, que é (11) 3079- cipar poderão adquirir cotas anuais, 2003. O antigo (3816-4877) permane- que darão direito a 144 horas/aula, cerá como contato da escola. que representam a realização do cur- so completo (36 horas/aula) para 4 Uniabralimp continua funcionários. Essas horas poderão com programação de ser utilizadas também em cursos In cursos Company ou exclusivos. Os treinamentos promovidos no O investimento anual por cota Uniabralimp são desenvolvidos com será de R$ 1.440,00, dividido em 12 método construtivista e ferramentas parcelas iguais de R$ 120,00. Para de PNL - Programação Neuro-Lingü- todos os associados da Abralimp e ística, garantindo aos treinandos um outras entidades apoiadoras, o va- processo de aprendizagem e recicla- lor terá um desconto de 50%, ou gem rápido e eficaz. Entre os cursos seja, o valor da cota anual será de R$ 720,00 divididos em 12 parcelas iguais de R$ 60,00. Tabela Programação Junho Serviço: Telefone: (11) 3816-4877 - [email protected]
higiexpo Evento cada vez mais rico em novidades para o setor Toda a cadeia produtiva já reserva espaço na agenda para “O setor é muito dinâmico a Higiexpo – Feira de Produtos e Serviços para Higie- e novas soluções em ne, Limpeza e Conservação Ambiental. Neste ano, em sua 18ª edição, a Feira promete trazer boas novidades, com a limpeza e conservação participação de 70 expositores e a visita de mais de 10 mil pes- para o mercado soas. A busca por novas tecnologias para suas empresas é um dos principais motivos que leva inúmeros profissionais ao evento para profissional surgem a conferir de perto a grande vitrine que é a Higiexpo. A realização cada dia. Ainda assim, vai de 7 a 9 de agosto, no Pavilhão Verde do Expo Center Norte, vemos usuários utilizando na capital paulista. o velho rodo e pano ao Empresas de serviços de limpeza, distribuidores e usuários en- contrarão – numa área de 4 mil m² - expositores divididos entre invés do mop”. fabricantes de produtos químicos como saneantes, detergentes, ceras e outros, máquinas e equipamentos como autolavadoras, varredeiras e aspiradores, acessórios como mops, rodos, dispensers
Responsabilidade e dosadores, papéis sanitários, uniforme e distribuidores. higipress março 2007 social na Higiexpo O evento promovido pela Abralimp, na visão do pre- 2007 (Reciclagem é responsabilidade social) sidente da entidade, Ricardo Monteiro da Silva, mostra que “o setor de limpeza de ambientes profissionais está A limpeza da Higiexpo 2007 será coordenada em pleno crescimento”. A Movimat – Salão da Logística, pela Uniabralimp – Unidade Nacional de Formação feira promovida pelo IMAM e que ocupará o pavilhão Profissional, que contratará os alunos que foram ca- paralelo ao da Higiexpo, reunirá todos os produtos e ser- pacitados nas unidades parceiras Fundação Cafu e viços relacionados à logística e movimentação de mer- Instituto André Franco Vive. Os contratados para cadorias, sendo que os visitantes dos dois eventos terão trabalhar na limpeza do evento estarão devidamente livre acesso às duas feiras cadastrando-se apenas uma vez. uniformizados e usarão produtos e equipamentos do- Visitantes e expositores ganharão com essa sinergia em ados pelas empresas associadas. Dessa forma, a Abra- que o visitante aproveitará melhor o tempo sem precisar limp coloca mais uma vez em prática a sua respon- de grandes deslocamentos e os expositores receberão mi- sabilidade social. Além disso, todo o lixo produzido lhares de visitantes da outra feira. no evento será reciclado. Para o presidente da Abralimp, o evento é um ambien- te propício para a geração de negócios e relacionamentos importantes. “Muitas inovações serão apresentadas e es- tar atualizado pode significar redução de custos e maior eficiência para o usuário desses serviços”, analisa. “O se- tor é muito dinâmico e novas soluções em limpeza e con- servação para o mercado profissional surgem a cada dia.
higiexpo Ainda assim, vemos usuários utilizan- Retrospectiva Higiexpo 2006 do o velho rodo e pano ao invés do mop. O mercado corporativo tem necessidades específicas e apenas as Visitantes por Edição empresas ligadas ao setor podem su- prí-las adequadamente”, reitera. Já confirmaram presença empre- Decisão de Compra sas como 3M, ABRAFAC, ABRAS- Aumento na qualidade do públi- SE, ABTCP/ ABNT, Adhetech, co visitante. 80% participa do pro- AFIDAMP, APRAG, Artlav, Audax cesso de decisão, 30% aprova, 18% Química, Becker, BWT, Cera Ingleza, compra, 32% recomenda. Condor, CRQ-IV, Ecoquímica, Electro- lux, Emec, FEBRAC, Hope, Hydro Syste- ms, Indaial, Jacto Cleaning, JohnsonDiversey, Kärcher, Leone, Limppano, Loc Lav, Millenium, Monicar, New Turtle, Ober, Painel de Compras Municipais, Paraná Papéis, Plati, Plax, Portal Gru- po Mídia, Power Cleaning, Premisse, Rava, Renova Papéis, Seko, Sociedade Alfa, Soteco, Start Química, Terrale, Tomki/ Rubbermaid, Tron Controles Elétri- cos e Vassouras Odim. Além de estrangeiras como a Ramo de Atividade americana Alwin e a alemã Vileda. Serviço 18ª Higiexpo - Feira de Produtos e Serviços para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental. 19º Higicon - Congresso Internacional do Mercado Institucional de Limpeza. Datas: 07, 08 e 09 de agosto de 2007. Local: Pavilhão Verde – Expo Center Norte Site: www.higiexpo.com.br. 10
higicon Higicom – união do segmento de limpeza na produção de resultados Com temas fortes e muito mudanças na terceirização que in- que atua há 20 anos com mercado relevantes, a 19ª edição terferem no negócio da prestação de editorial, responsável pela publica- do Higicon – Congresso serviços’. Celita é autora de diversos ção da revista Infra, integra o Grupo Internacional do Mercado Institu- livros jurídicos nas áreas de Direito de Profissionais Administradores de cional de Limpeza, evento promo- Previdenciário e do Trabalho. Serviços – Grupas e sócia fundadora vido pela Abrapalimp – Associação e presidente do Conselho Delibera- Brasileira do Mercado Institucional Intitulada ‘O pregão eletrônico e as tivo da Associação Brasileira de Fa- de Limpeza e a Febrac – Federação empresas de limpeza e conservação’, cilities – Abrafac. Nesta palestra, ela Nacional das Empresas Prestadoras a palestra do Dr. Rubens Portugal Ba- vai compartilhar sua experiência no de Serviços de Limpeza e Conser- celar é a primeira do dia 8 de agosto. segmento de facilities com o público, vação, pretende identificar novas O profissional é atualmente subsecre- bem como trazer à tona novas ten- oportunidades de negócios e ajudar tário de Planejamento, Orçamento e dências de contratação de serviços e os gestores e empreendedores de Administração do Ministério do Tu- exposição de cases. O mercado está toda a cadeia produtiva de limpeza rismo e presidente da Ordem dos Pre- cobrando mais por serviços integra- a compreender melhor os possíveis goeiros no Brasil. Ele atua nas áreas dos e sob responsabilidade de um úni- riscos de suas ações. Veja, a seguir, de administração de material, licita- co agente fornecedor. Essa questão é quem participa do evento: ções e patrimônio há 31 anos, sendo o pano de fundo da apresentação de A programação começa com a o primeiro pregoeiro do Brasil pela Léa que também apresentará um pa- apresentação do superintendente mé- Anatel, Ministério do Planejamento, norama das oportunidades de mer- dico de acreditação do IQG (Institu- Orçamento e Gestão e Escola Nacio- cados para as empresas do segmento to Qualisa de Gestão), Rubens José nal de Administração – ENAP. institucional de limpeza. Covello. Com o tema ‘Certificação e acreditação dos serviços de higiene Para falar das ‘Oportunidades e A apresentação do dia 9 é aberta e limpeza hospitalar: um modelo de desafios – empresas de prestação com ‘Atitudes sustentáveis melhoram processo a ser considerado’, Covello de serviços de limpeza ou de multi- performance e resultado nos negócios vai explanar sobre a cartilha da ONA serviços’, as entidades promotoras no mercado institucional de limpeza – Organização Nacional de Acredita- convidaram Léa Lobo, profissional ção, voltada para a melhoria contí- nua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial, mas fundamental na uniformização qualitativa nos proces- sos de operação e gestão dos serviços hospitalares. Em seguida, os participantes assis- tirão a uma palestra única. Será a vez da advogada Celita Oliveira Souza, assessora jurídica da Febrac e direto- ra da Ope Legis Consultoria Jurídi- ca, que abordará o tema ‘Legislação: 12
e conservação’, com apresentação de em campanhas publicitárias, desen- do qual é membro do Conselho. De higipress março 2007 Hélio Mattar, diretor-presidente do volvimento de pesquisas e elaboração 2000 a 2003, foi Diretor-Presidente Instituto Akatu, uma ONG criada de instrumentos de avaliação e infor- da Fundação Abrinq pelos Direitos para educar e mobilizar a sociedade mação sobre o consumo consciente. da Criança e do Adolescente. para o consumo consciente. A pala- vra “Akatu” vem do tupi e significa, Mattar é formado em Engenharia Finaliza o Higicom a explanação ao mesmo tempo, “semente boa” e de Produção pela Escola Politécnica de Roberto Santiago, deputado pelo “mundo melhor”, que traz a idéia de da USP e obteve os títulos de Mes- Partido Verde e presidente da Fema- que um mundo melhor está contido tre e PhD em Engenharia Industrial co - Federação dos Trabalhadores em nas ações de cada indivíduo. pela Universidade de Stanford. Tra- Serviços, Asseio, Conservação Am- balhou como executivo durante 22 biental Urbana e Áreas Verdes do Com a missão de conscientizar e anos em empresas nacionais e multi- Estado de São Paulo. Santiago falará mobilizar o cidadão brasileiro para nacionais, assim como em seus pró- aos participantes sobre o ‘Reflexo da o seu papel protagonista enquanto prios negócios. Também foi secretá- carga tributária no emprego formal’. consumidor na construção da susten- rio de Desenvolvimento da Produção tabilidade da vida no planeta, o Aka- do Ministério do Desenvolvimento, Inscrições tu trabalha em várias frentes como Indústria e Comércio Exterior. Foi As inscrições podem ser efetua- desenvolvimento de atividades em um dos fundadores do Pensamen- comunidades, divulgação de concei- to Nacional das Bases Empresariais das através do site do evento www. tos e de informações na internet, em (PNBE) e do Instituto Ethos de Em- higicon.com.br ou telefone (11) publicações, na mídia informativa e presas e Responsabilidade Social, 3079-2003, ramal 14, na secretaria da Abralimp. 13
lavagem de mãos Prática de lavagem das mãos em pauta “A doença vai embora junto com a sujeira Verme, bactéria, mando embora embaixo da torneira” Arnaldo Antunes – Lavar as mãos 14
Lavar as mãos em ambientes objetos, o que seria uma tarefa bem tem sido uma alternativa à lavagem higipress março 2007 institucionais é uma das ati- mais difícil se produzissem óleo. As das mãos e inúmeros estudos têm vidades mais democráticas e palmas não possuem o chamado hi- comprovado que é mais eficiente na abrangentes do setor de limpeza pro- dratante natural, formado pela par- remoção da flora, quando comparada fissional. Por este motivo, se obser- ceria entre suor e sebo. Este nível re- com a lavagem de sabão comum. vado de uma perspectiva mais ampla duzido de hidratação é agravado pelo e atual, é uma atividade necessária atrito constante dos objetos com a Como lavar as mãos com impactos importantes para a camada córnea, a mais superficial da Na higienização, deve-se friccionar saúde, o meio ambiente, e também, pele, podendo deixar as mãos ásperas em questões econômicas. e grossas. as mãos, o dorso, entre os dedos, as Mãos sofrem com as agressões de pontas dos dedos, o polegar e as pon- produtos químicos, poeira e raios so- Já a pele do dorso das mãos, ape- tas dos dedos nas palmas das mãos. lares, que provocam o ressecamento, sar de possuir glândulas sebáceas e A aplicação de soluções à base de a aspereza e o envelhecimento pre- sudoríparas, sofre com a lavagem álcool ficou conhecida, durante mui- coce da pele. Imagine as mãos dos constante, principalmente se reali- to tempo, apenas como uma opção profissionais de limpeza que estão zada com agentes detergentes e água a ser utilizada quando não houvesse sempre em contato com uma série quente. Estes fatores contribuem disponibilidade de pia com água cor- de produtos e devem tem cuidado re- para deixar a pele desprovida da hi- rente para lavá-las. Lavar as mãos dobrado. De acordo com a ANVISA dratação natural e com tendência ao com água e sabão comum promove - Agencia Nacional de Vigilância ressecamento, favorecendo ainda o a remoção mecânica de sujidades Sanitária, a lavagem das mãos remo- aparecimento de irritações e infec- presentes na pele, sem um efeito di- ve a sujidade e alguns microorganis- ções por fungos e bactérias. reto na redução de microrganismos. mos transitórios, sendo que para uma Já com sabão anti-séptico, além de higienização mais eficaz é necessário Hidratar promover arrastamento de sujidades utilizar substâncias anti-sépticas que A falta de treinamento e informa- e de microrganismos, acentua a redu- eliminam microorganismos resisten- ção na carga microbiana por sua ação tes. Para o ramo de limpeza, todos os ção pode ser um agravante, por isso letal sobre a microbiota residente. processos de higiene são fundamen- deve ficar atento aos produtos espe- A higienização das mãos sem a água, tais, afinal prestar serviços para os cíficos para as mãos, que contribuem obtida pela fricção de soluções alco- ramos hospitalar, escolar, clínicas e para manter a hidratação necessária ólicas na pele, possui grande eficácia outras locais que devem primar por para que elas estejam saudáveis e sem na redução da carga microbiana, mas zero de sujidade não é brincadeira. aspereza. A loção hidratante deve ser não promove arrastamento de sujida- Pois é, a pele das palmas apresen- aplicada várias vezes ao dia e massa- de. Por isso, é essencial lavar as mãos ta glândulas sudoríparas em abun- geada em toda mão, unhas e cutí- para retirar sujidade. Em outros casos, dância, mas não possui glândulas culas. Quando as mãos são lavadas pode-se apenas proceder à higieniza- sebáceas. Isto porque as mãos foram mais de 25 vezes por dia, pode haver ção com soluções à base de álcool e, “projetadas” pela natureza para pegar ressecamento da pele, favorecendo a se as mãos apresentarem sujidade vi- proliferação de microorganismos. sível ou umidade, é necessário lavá- las, pois neste caso apenas a aplica- A aplicação de soluções alcoólicas ção do álcool não será suficiente. O álcool é essencialmente a primeira Dicas escolha para a higienização das mãos. Entretanto, há um desconhecimento • Prover os trabalhadores de produtos compatíveis com a necessidade praticamente generalizado de que de remoção da sujidade provocada no trabalho, permitindo que todo o esse produto, para ser utilizado na trabalhador tenha uma pele saudável; pele, precisa ter uma pureza química e de formulação que são garantidas • Disponibilizar um sistema higiênico, isento de contaminação, e que pelo seu registro no Ministério da seja um estímulo para todos aqueles que o utilizem; Saúde. De acordo com a legislação atual, produtos à base de álcool têm • Tudo indica que o conforto é uma variável importante no incentivo, sido registrados como medicamento, se as pessoas tiverem uma boa sensação após lavar as mãos, farão isto com mais freqüência; 15 • Mãos limpas são uma barreira às infecções causadas por vírus, como gripe, resfriado, conjuntivite e até mesmo infecções hospitalares.
lavagem de mãos Passo a passo encorajamos às pessoas que lavem Algumas das principais referências bibliográficas, que podem ser consul- suas mãos antes de deixar a área. Seria tadas no manual da Abralimp, indicam o seguinte: completamente contrário ao objetivo 1. Molhe as mãos com água; se o pessoal deixasse de lavar as mãos 2. Acione o dispensador de sabonetes e esfregue entre os dedos, nas costas porque não gosta do dispositivo para secar as mãos disponível. Como um das mãos e sob as unhas. mecanismo usado de forma geral sim- 3. Lave por, pelo menos, 20 segundos; plesmente como um dispositivo para 4. Seque as mãos. Use folhas de papel descartáveis ou secador de mãos secar as mãos, não há grandes proble- mas do ponto de vista clínico. Porém, elétrico. do ponto de vista propriamente clíni- 5. Use uma toalha de papel quando fechar a torneira. co, há questões relevantes. Há estudos clínicos que analisaram esse tema. cosmético, ou saneante, de acordo tes (em ambientes hospitalares, usar O ar quente cria um ambiente que com a finalidade a que se destina. Os compressas esterilizadas no preparo promove a proliferação do crescimen- dois primeiros registros são concedi- cirúrgico); secagem com ar quente: to de bactérias, sempre presentes em dos a produtos indicados para o uso apesar de menor número de micro- toaletes. Em toaletes muito freqüenta- em pessoas. Já o álcool saneante deve organismos, o processo é ruidoso e dos, os secadores a ar quente podem ser utilizado apenas para a limpeza demorado, além de levantar sujeira também criar um fluxo do ar circulan- do ambiente hospitalar, sendo proi- do piso; toalha de papel: a qualidade te, puxando o ar de um lado e expe- bida sua aplicação em seres vivos, é importante para que não solte par- lindo-o no outro lado. Em um estudo, pois para esse produto, os requisitos tículas. O papel pode ser reciclado pastilhas de vapor coloridas foram co- de qualidade e de pureza exigidos apenas se garantida a ausência de mi- locadas em tigelas em toaletes e os se- são suficientes para a aplicação em croorganismos pelo processo de tra- cadores foram usados constantemen- superfícies inanimadas, mas não o tamento; cuidar o local de colocação te. Percebeu-se que o vapor saía da tornam confiável ou seguro para ser do suporte; a limpeza do suporte de tigela, seguia em direção ao secador e aplicado na pele. toalha também deve ser sistemática. depois para o outro lado do ambiente. No entando, o ato de secar as mãos Em outro estudo, as mãos foram ana- Secagem vai além disso. lisadas para verificar a contagem de Os princípios básicos começam bactérias antes de lavá-las, ao usar De acordo com Tom Brady, em o secador a ar quente, e novamen- com: usar toalhas de tecido de roti- “The Right Impression”, o dilema te ao término do processo. A con- na onde há atendimento a pacien- papel versus secadores a ar quente tagem final foi superior à contagem é uma antiga queda de braços. “Não antes do processo de lavar as mãos. há dúvida de que os secadores a ar Para Brady há poucas dúvidas de que quente são consideravelmente mais toalhas de papel descartáveis e de boa baratos de operar do que as toalhas qualidade são a melhor solução e muito de papel manuais, mas essa certeza mais preferidas pelos usuários, mas isso traz outras questões em seu encalço”, tem seu custo. Assim chegamos àquela relata. Ele revela que os secadores a antiga questão - orçamento ou quali- ar quente não são populares e são vis- dade. Os mesmos argumentos podem tos pelos usuários como lentos, enfa- ser aplicados ao sabão líquido para as donhos e, sem que se passe o período mãos. “A resposta é constante. Obte- de tempo necessário diante deles, mos aquilo pelo que pagamos”, finaliza. insatisfatórios. Maçanetas de portas Em resposta ao artigo de secagem úmidas costumam ser uma indicação de mãos John Curzon, gerente geral de impaciência do usuário. da Airdri Ltd e membro fundador da BWAHDA - British Warm Air A própria natureza das toaletes e Hand Driers Association, mencio- de sua função representa um fator de nou dados de um relatório elabora- risco microbiológico, e é por isso que 16
do no início dos anos 1990 pela Universidade higipress anuário abralimp 2006 de Westminster, que foi ignorado e condenado por muitos microbiólogos profissionais como totalmente tendencioso e factualmente im- preciso, os secadores de mãos aumentam o nú- mero de bactérias em suas mãos em até 200%. Assim, no pior caso, esse número varia entre 10 a 20. Porém, toque a maçaneta da porta ao sair da toalete e você retornará novamente à contagem de 10.000. Para colocar esses nú- meros em contexto, para que contraia qual- quer infecção, seria necessário que uma pessoa ingerisse literalmente 1.000.000 de bactérias do tipo errado - algumas das bactérias identifi- cadas no relatório da Universidade de West- minster são consideradas boas para você... O estudo mais recente e independente na área de higiene foi realizado pela clínica MAYO nos EUA, comparando as toalhas de papel com os secadores de mãos, com o linho e com deixar as mãos simplesmente secar ao ar livre. Suas conclusões foram de que não houve diferenças significativas entre qualquer um dos métodos considerados. “Ao considerar como funciona um secador, não surpreende que nós como fa- bricantes lutemos para entender algumas dessas críticas sem fundamento. O ar que é expelido sobre suas mãos passa antes por um dispositivo de aquecimento (similar a um aquecedor elé- trico ou secador de cabelo). Isso efetivamente esteriliza o ar imediatamente antes que entre em contato com as mãos”, explicou Curzon. A Airdri encomendou uma avaliação dinâmica sobre o ciclo de vida comparando toalhas de pa- pel com secadores, da produção ao descarte. O relatório, realizado pela ERM (respeitada enti- dade de pesquisas ambientais), concluiu que as toalhas de papel são responsáveis por quase três vezes o equivalente às emissões de CO2 (gás do efeito estufa) do que os secadores. “Por quê?” Por vários motivos, mas os três mais óbvios são... é necessário mais energia para fazer uma toalha de papel do que um secador usa para secar suas mãos. Os secadores são afixados à parede no iní- 17
lavagem de mãos cio de sua vida útil, e AsLpeacvtaorsaesimmpãaocstos de pessoas, in- removidos no final”. centivando as As toalhas de papel Saúde Ambiental pessoas a utiliza- têm de ser entre- rem uma menor gues e coletadas em individual: proteção da própria saúde consumo de água na lavagem quantidade de intervalos regulares, proteção da pele consumo de água na produção de químicos água e sabone- requerendo assim auto-estima consumo de energia na produção de químicos te; transporte e conse- consumo de água na produção de papel toalha Adotar sabo- quentemente geran- coletivo: meio eficaz de evitar contaminação e consumo de energia na produção de papel toalha netes com me- do CO2. A maior propagação de micro-organismos consumo de energia na secagem das mãos (secador) nor formação contribuição de to- descarte de produtos químicos na natureza de espuma po- Econômico descarte de papel toalha descarte de embalagens • Custo da lavagem per capta Custo do tratamento de doenças (causadas pela não-lavagem) Custo do absenteísmo dem facilitar a lavagem, reduzir o consumo de água e a poluição gerada por esta atividade • Atenção especial deve ser dada à qualidade do sabonote e do seu dispenser já que é a combinação dos dois, além da maneira de se lavar, que dará máxima eficiên- cia ao processo. • Consumir o mínimo de embala- gens e exigirem embalagens reci- produtividade das empresas, no apro- cláveis. das tem a ver com o método de descar- veitamento escolar, na eficácia do tra- Como será a lavagem te. Uma vez usadas, as toalhas de papel tamento dos pacientes nos hospitais, das mãos no futuro? não podem ser recicladas já que são no orçamento de saúde das secretárias resíduos humanos contaminados. Elas e ministério da saúde (pago pelo con- Façamos um exercício de futurologia e acabam se tornando parte dos lixões ou tribuinte) da maior relevância. imaginemos como será o singelo hábito de lavar as mãos em 2050. Podemos ima- sendo incineradas. A resposta típica é Meio ambiente ginar que, lá no futuro, os computadores o lixão, que passa a ser agora uma ques- Ainda é muito com complexo e controlarão todos os dispositivos para li- tão mais significativa do que a simples berar produtos, água (se for necessária), reciclagem. Uma vez jogadas no lixão, prematuro afirmar categoricamen- as louças e metais sanitários e as nossas as toalhas de papel geram metano que, te qual é o melhor produto/, qual é mãos serão totalmente limpas, higieni- quando convertido ao equivalente em a melhor embalagem, qual a melhor zadas e secas com a máxima eficácia e emissões de CO2. maneira se secar as mãos do ponto sem o menor desgaste da pele, os produ- de vista do meio ambiente. A larga- tos usados na lavagem e na secagem das Economia da para se obter estas respostas já foi mãos será mínimo, e será alimento para Alguns estudos privados de empre- dada enquanto isso, temos a obrigação as plantas e peixes dos rios quais passam de pelo menos aplicar os conceitos nas cidades. A água será reutilizada e sas americanas e européias revelam a de eco-eficiência, fartamente usados quase nenhuma energia será gasta. relação entre programas de lavagens pelas empresas nos seus programas de das mãos em escolas e absenteísmo consumo de energia, água e geração O primeiro desafio a ser vencido é por motivo de queixa de saúde. Pode- de lixo. É possível reduzir o impacto que, de fato o saudável hábito de lavar se perfeitamente extrapolar esta idéia ambiental considerando algumas coi- as mãos se torne um hábito de todos para qualquer ambiente coletivo/insti- sas como por exemplo: os habitantes do planeta. Até porque tucional, público ou privado). • É possível reduzir o impacto am- sinais sonoros, emitidos pelos dispen- sadores, denunciarão, ou melhor, lem- Portanto, embora falte-nos uma biental gerado pela lavagem das brarão àqueles usuários sem a devida pesquisa/estatística definitiva nesta mãos, diariamente por milhões “atenção” com a higiene pessoal. questão, lavar as mãos tem impacto na 18
saneantes Compra e uso de saneantes fora dos padrões sanitários Saneantes são todos os P rodutos fundamentais no Desenvolvimento e produtos utilizados na processo de limpeza, os fabricação saneantes passam por um limpeza e conservação rígido controle de estabilidade, que As substâncias ativas e os compo- de ambientes como depende de fatores ambientais como nentes utilizados na fabricação dos casas, escritórios, temperatura, umidade e luz, e de produtos saneantes são controla- outros inerentes ao produto como dos também se considerando a sua hospitais, indústrias etc. propriedades físicas e químicas de concentração em um ambiente e as Além do resultado visual substâncias ativas e dos demais misturas de que participam. Estas componentes da formulação, forma substâncias e componentes são con- proporcionado pela de apresentação, tipo e proprieda- trolados quanto a sua nocividade à remoção da sujeira, os des dos materiais de embalagens. saúde dos ocupantes dos ambientes saneantes são importantes Eles têm que ser testados quanto à assim como dos utilizadores dos pro- estabilidade nas várias formas de dutos saneantes. porque eliminam os apresentação de comercialização, microorganismos como superbases, concentrados ou pron- Existem matérias-primas e compo- to uso e do tipo e propriedades das nentes que foram utilizados no passa- germes e bactérias, embalagens. Atenta a essa afirmati- do e hoje estão banidos das fórmulas nocivos à saúde. va, as empresas de todo mercado de dos fabricantes idôneos, dado que limpeza primam pelas boas práticas estes materiais causam dano à saúde 20 de fabricação. ou ao meio ambiente. Estes produtos proibidos nas formulações são muitas vezes uma ameaça à vida (produtos
Informações obrigatórias higipress março 2007 cancerígenos), como os Compos- 1 Nome comercial do produto. tos Orgânicos Voláteis (VOCs) que 2 Finalidade de uso quando não estiver explícita no nome comercial do produto. causam incômodos como dores de 3 Conteúdo líquido. cabeça, fadiga, irritação na pele, nos 4 Identificação da empresa titular do produto. olhos, nariz e garganta e sensação de 5 Incompatibilidades com algum material, quando for o caso. mal-estar geral, além do estresse ad- 6 As frases: vindo destes incômodos. 6.1 “Mantenha fora do alcance de crianças”. 6.2 “Leia atentamente o rótulo antes de usar o produto”. Queixas de saúde trazem como 6.3 “Em caso de contato com os olhos, lave imediatamente com água em conseqüência reduzida produti- abundância”. vidade, perda de tempo e de tra- 6.4 “Em caso de contato com a pele, lave imediatamente com água em balho, influindo negativamente abundância”, quando corresponda. na qualidade de vida das pessoas. 6.5 “Em caso de ingestão, não provoque vômito e consulte imediatamente Visto sob o foco econômico, essas o Centro de Intoxicações ou o médico levando o rótulo do produto”. conseqüências acarretam perdas de 7 Componentes ativos e aqueles de importância toxicológica devem ser alto valor monetário. A contami- indicados por seu nome químico genérico, o resto, por suas funções na nação do meio ambiente externo formulação. também é uma realidade do canal 8 Devem constar as instruções de uso e doses para o uso adequado do produto. fabricante informal, com a incon- 9 Precauções segundo o tipo e destino de uso do produto. seqüente e irresponsável poluição 10 Número de lote ou partida. do ar, solo, lençóis freáticos e água 11 Para produtos de uso profissional deve ser incluída a frase “Restrito ao de uso industrial. uso profissional”, ficando proibida outra indicação sobre seu uso simultâ- neo no domicílio. 12 Todas as frases e símbolos de inserção obrigatória devem figurar com caracteres claros, bem visíveis, indeléveis nas condições normais de uso e facilmente legíveis pelo consumidor. 13 A informação obrigatória não pode estar escrita sobre partes removíveis para o uso, como tampas, travas de segurança e outras, que se inutilizem ao abrir a embalagem. Segundo o tipo de produto e a finalidade de emprego acrescentar: 1 Produtos à base de tensoativos sintéticos que contenham enzimas, al- calinizantes ou branqueadores: “Evite o contato prolongado com a pele. Depois de utilizar este produto, lave e seque as mãos”. 2 Produtos à base de hidrocarbonetos: “Mantenha longe do fogo e de su- perfícies aquecidas”; “Cuidado! Perigosa sua ingestão”; “Não inale”; “Man- tenha o recipiente hermeticamente fechado em lugar ventilado”. 3 Produtos à base de amoníaco: “Cuidado, irritante para os olhos e pele”; “Não misture com produtos à base de cloro”. 4 Produtos em aerossol: “Não perfure a embalagem vazia”; “Mantenha lon- ge do fogo e de superfícies aquecidas”; “Não jogue no fogo ou incinerador”; “Não exponha à temperatura superior a 50°C.” 5 Produtos inflamáveis: “Cuidado, inflamável! Mantenha longe do fogo e de superfícies aquecidas”. 6 Produtos cáusticos e corrosivos: “Perigo! Causa queimaduras graves. Con- tém produto fortemente alcalino/ácido” (mencionar o nome). Figura de Cáustico/Corrosivo.“Cuidado! Perigosa sua ingestão”; “Use equipamento de proteção adequada” (citar segundo o tipo de produto: óculos protetores, luvas, botas, etc). “Não aplique sobre superfícies aquecidas”. 7 Produtos à base de glicóis (etilenoglicol, dietilenoglicol e butilglicol): “Cuidado! Perigosa sua ingestão”; “Evite a inalação e o conta- to com o produto.” 21
saneantes Controle dos saber que os produtos não fazem o compra de produtos saneantes clan- produtos saneantes que prometem, podem comprometer destinos. Quem compra está sendo a saúde e que, grande parcela, só pos- enganado, pois paga pouco para ad- Para que todo e qualquer produto sui cor e cheiro agradável. quirir um produto que não limpa de saneante possa ser comercializado, a forma correta ou não mata os germes. Anvisa - Agência Nacional de Vigi- Não há nenhuma vantagem na lância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde responsável pelo desenvol- vimento e aplicação das regras para fabricação e comércio de saneantes e fiscalização das empresas, exige que elas desenvolvam produtos seguros que dêem bons resultados na ação a que se propõem e com rigoroso con- trole de qualidade, obrigando a to- dos os fabricantes idôneos seguirem normas legais e técnicas, bem como obter autorização do Ministério da Saúde para cada produto saneante colocado à venda. A vigilância sanitária é um traba- lho realizado por governo e cidadãos, com o objetivo de evitar a fabricação, a venda e o uso de alimentos, medi- camentos, cosméticos, saneantes e produtos para saúde adulterados. Controla e impede a entrada no país destes produtos adulterados e impede sua utilização em prestação de servi- ços, pois causa risco à saúde. Saneantes clandestinos Na definição da Anvisa, são aque- les que estão à venda sem permissão do Ministério da Saúde, não têm qualquer avaliação de que dão bons resultados e que são seguros ao serem usados, manuseados ou armazenados. Na maioria das vezes, não têm ação contra germes e/ou não limpam as superfícies, porque suas formulações não possuem os ingredientes próprios para isto, ou ainda mesmo quando os contêm, não estão em quantidades suficientes. Os produtos clandestinos são vendidos por ambulantes, empresas fabricantes inidôneas e por seus re- vendedores e lojas. O consumidor é atraído por preços mais baixos sem 22
Denuncie produtos lagem junto ao nome do produto. Por exemplo, detergente, desinfetante, clandestinos removedor de ceras, etc. Todos os higipress março 2007 É muito importante a ajuda da comunidade em reconhecer os produtos rótulos devem conter nome do fabri- clandestinos. Avise a Vigilância Sanitária de sua cidade ou Estado. Li- cante ou importador, com endereço gue para o Disque Denúncia do Ministério da Saúde, pelo telefone 0800- completo, telefone e também o nome 611997 ou entre em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sani- do técnico responsável pelo produto, tária –ANVISA/MS pelos seguintes meios: a frase “Produto notificado na An- visa/MS” ou número do registro no ANVISA/MS – Ouvidoria Ministério da Saúde, a frase “Antes SEPN 515, Bloco B, Edifício Ômega, 1º Subsolo – Brasília (DF) CEP de usar, leia as instruções do rótulo”, 70.770-502 para que você saiba como usá-lo, o Telefone: (61) 448-1235 / 448-1464 Fax: (61) 448-1144 aviso sobre os perigos e informações No site da Anvisa: preencher o formulário do anvis@tende no endereço: de primeiros socorros, o número de www.anvisa.gov.br/ouvidoria/ ou através dos e-mails saneantes@anvisa. telefone do Serviço de Atendimento gov.br e inspeçã[email protected]. ao Consumidor (SAC). Caso este- ja escrito no rótulo “PROIBIDA A O que é pior, esse produto pode cau- Todo o produto deve ter rótulo com VENDA DIRETA AO PÚBLICO” sar problemas graves de saúde às pes- informação clara sobre sua utilização, ou “USO PROFISSIONAL” este soas expostas ao ambiente. indicado na parte da frente da emba- produto somente poderá ser utilizado por profissional habilitado. 23
saneantes Conselhos úteis Manter critérios de qualificação de fornecedores levando em considera- Anvisa promove ção as ações ambientais por estes realizados. Observar quando da aplicação seminário sobre e/ou manipulação de detergentes e seus congêneres, no que se refere ao produtos saneantes prescrito do artigo 44, da lei nº 6.360 de 23 de setembro de 1976, e do artigo nº 67, do decreto nº 79.094 de 5 de janeiro de 1977 e o prescrito na Empresas do setor regulado de sane- Resolução Normativa de nº 1 de 25 de outubro de 1978 conforme abaixo: antes podem reciclar seus conhecimen- tos com os seminários promovidos pela •Anexo I – Lista das substâncias permitidas na Elaboração de Deter- ANVISA. O mais recente contava em gentes e demais Produtos destinados à aplicação em objetos inanimados sua programação com a apresentação e ambientes; Anexo II – Lista das substâncias permitidas somente para sobre as resoluções RDC13/2007 para entrarem nas composições detergentes profissionais; produtos de limpeza e 14/2007, produ- tos com ação antimicrobiana. Todas •Não utilizar na fabricação os corantes relacionados no anexo I da por- as informações estão no site, mas a taria nº 9 de 10 de abril de 1987; Higipress mostra quais dados devem constar no rótulo, como informação •Não utilizar na prestação de serviços, conforme Resolução ANVISA verdadeira e suficiente de seus usos e RE nº 913 de 25 de junho de 2001, de saneantes domissanitários de Risco características essenciais. Podem ser I, listados pelo art. 5º da resolução 336 de 30 de julho de 1999; utilizadas expressões que ressaltem al- gum benefício adicional relacionados •Não utilizar saneantes fortemente alcalinos apresentados sob forma de com a saúde, sempre que justificadas líquido premido (aerosol), ou líquido para pulverização, tais como produtos tecnicamente. para limpeza de fornos e desincrustação de gorduras, conforme portaria DI- SAD –Divisão Nacional de Vigilância Sanitária nº 8 de 10 de abril de 1987; Primeiros Socorros Caso alguma pessoa venha a beber ou •Observar a rotulagem quanto aos produtos desinfetantes, conforme re- solução RDC nº 174 de 8 de julho de 2003 e os anexos 4 e 5 da Portaria ingerir o produto, nunca provoque o vô- 321/MS/SNVS, de 08 de agosto de 1997 RCD 13/2007 e RCD 14/2007; mito. O mais correto a ser feito é levá-la ao serviço de saúde mais próximo, mu- •Utilizar saneantes domissanitários que possuam substâncias tensoativas nido do rótulo que contém o numero do aniônicas biodegradáveis, conforme disposição da Portaria nº 874 de 05 de SAC para emergências e da FISPQ. novembro de 1988, que aprova o Regulamento Técnico sobre Biodegradabi- lidade dos Tensoativos Aniônicos para produtos Saneantes Domissanitários; Nunca dê nada para a pessoa beber ou comer sem orientação. •Quando da utilização de álcool, deverá ser observada a Resolução RDC nº 46 de 20 de fevereiro de 2002, que aprova o Regulamento Técnico para Se o produto entrou em contato o álcool etílico hidratado em todas as graduações e álcool etílico anidro; com os olhos ou com a pele, lave o local atingido imediatamente com •Quanto à utilização de produtos que contenham Benzeno, observar a muita água limpa. Em seguida, envie Resolução – RDC nº 252 de 16 de setembro de 2003. Vale notar que a ao serviço de saúde. IARC – International Agency Research on Cancer listou o benzeno na lista suspeita de causar câncer e é desejável reduzir a exposição de pessoas; •Solicitar do fabricante, sempre que possível, cópia do certificado de registro (frente e verso) expedido pela Divisão de Produtos (DIPROD) e/ ou Divisão de Produtos Saneantes Domissanitários (DISAD) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. •Na manipulação de produtos químicos utilize os EPIs, evitando o con- tato direto com eles; •Mantenha um arquivo das FISPQs dos produtos em estoque. Elas serão úteis na organização dos estoques conforme lei e imprescindíveis em caso de acidentes. •Nunca misture produtos sem autorização expressa para isto. Saiba que existe um enorme número de acidentes no mundo por causa deste procedi- mento sem o devido conhecimento. •Produtos inflamáveis quase não são mais utilizados como saneantes. No caso de existir algum em sua área de atuação, procure informações técnicas sobre as condições de estocagem e uso. Manipulado e estocado de forma não apropriada é um convite a acidentes de alta gravidade, além de ilegal. 24
Atraentes, porém Informações Tóxico-Farmacológicas higipress março 2007 perigosos administrado pela Fundação Oswal- Em caso de inalação indesejada do Cruz do Ministério da Saúde. ou tóxica, a primeira providência é Os produtos saneantes clandestinos a remoção para local bem arejado, possuem cores muito vivas e bastante De 1998 a 2003, foram registrados no seguida do envio da pessoa ao servi- atrativas, principalmente para crian- SINITOX 344.760 casos de intoxica- ço de saúde. ças, e muitas vezes estão acondiciona- ção. Deste total 56.652 (16,4%) foram dos em embalagens reaproveitadas de causados por saneantes domésticos. Pro- refrigerantes, sucos ou outras bebidas. dutos domésticos como água sanitária Esse comércio ilegal e de risco possui e desinfetante foram responsáveis por participações altíssimas de vendas, 15,9% dos óbitos atribuídos por alguma chegando a representar, por exemplo, forma de intoxicação. Os dados mais 42% do mercado de águas sanitárias, alarmantes envolvem crianças entre 01 30% na linha de desinfetantes e 16% e 04 anos de idade e chegam ao período dos detergentes líquidos. Os números analisado a 22.730 casos ou, em média, são do Centro de Controle de Into- 4500 casos por ano. xicações da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Um outro levantamento realizado em 2001 pela Fundação Instituto de São inúmeros os casos domésticos Pesquisas Econômicas (FIPE-USP) e profissionais de intoxicação por sa- mostrou que 42% das águas sanitárias, neantes. Os mais atualizados são os 36% dos desinfetantes e 15% dos ama- do SINITOX – Sistema Nacional de ciantes vendidos no país eram ilegais. 25
MEIO AMBIENTE Especial Limpeza, Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano Relacione-se com o meio ambiente e o transforme em uma vantagem competitiva Nesta edição, a Higipress traz a primeira de uma série de matérias sobre um assunto extremamente complexo, o meio ambiente. O intuito é despertar a reflexão e a consciência para que surjam pro- gressos oriundos da cadeia em prol do equilíbrio do meio ambiente, um valio- so bem que é de todos. Os profissionais da limpeza podem ajudar a minimizar o impacto causado por alguns produtos no meio ambiente, contribuindo para a saúde do planeta, identificando oportunidades de negócios e aprendendo a se relacionar com o meio. 26
Ambientes limpos Nos ambientes internos, o resul- higipress março 2007 Limpeza é o ato de localizar um po- tado da limpeza é geralmente inter- luente, identificar o tipo, conter, re- pretado pelo que é visto pelos olhos mover e descartar de forma apropria- ou sentido pelo olfato. A ciência e da. Além disso, o desenvolvimento os estudos detalhados do ambiente de serviços e fabricação de produtos podem provar não ser possível que de limpeza também se deve evitar os profissionais se limitem a isso. a produção de poluentes. Como Na sociedade moderna, a maioria é comum passar muito tempo em das pessoas passa menos de 10% do ambientes internos, é natural que a tempo em ambientes externos, razão maior parte da exposição a poluentes pela qual se deve identificar avaliar e ocorra exatamente nestes ambien- gerenciar os poluentes internos, sua tes, como casas, fábricas, edifícios de relação com o meio ambiente exter- escritórios, supermercados, hotéis, no e a exposição das pessoas a estes hospitais, trens e aviões. Mesmo as- poluentes na maior parte do tempo. sim, as pessoas podem ser expostas a diversos poluentes preocupantes. Os poluentes existem internamen- O homem civilizado deve ter em te por várias razões. Os externos po- mente que sua ação nunca deverá al- dem se infiltrar sendo soprados pelo terar o equilíbrio do meio ambiente, vento, trazidos pelos pés ou condu- que se divide em externo, o natural, zidos para dentro por produtos ou interno, o construído pelos seres hu- objetos. Muitas atividades internas manos, chamados muitas vezes de produzem poluentes e estes podem micro ambientes ou meio ambiente fazer parte dos processos produtivos construído. O importante é que os daquela atividade (dos processos de dois estejam sempre limpos. A qua- limpeza também) e que utilizem pro- lidade do meio ambiente interno é dutos nocivos em condições ambien- criada inicialmente através das tec- tais criadas por nós. nologias empregadas na construção predial, seguida pelo gerenciamento Diferentes fontes de poluentes ambiental do objeto de produção da- podem gerar uma larga variação das quele local e depois mantida e me- suas concentrações durante o tempo. lhorada esta qualidade por atividades Os riscos destes poluentes variam de limpeza e conservação com o uso dependendo de quão perigosas são de tecnologias e processos apropria- as fontes, o tempo de exposição e a dos e bem geridos. resposta do organismo de cada indi- Nunca ficou tão claro como pre- víduo. servar o meio ambiente é essencial. É hora de começar ou continuar a Em ambientes internos, as doses e ter ações que amparem o meio am- os tempos de exposição são críticos, biente com a mesma energia que se visto que os espaços físicos fecha- cuida da própria saúde. As indústrias dos não permitem que os poluentes da limpeza assumem que a condição se difundam e dispersem pelo ar at- e a qualidade de qualquer meio am- mosférico. Ao contrário, os poluen- biente pode ser mantida e melhorada tes ficam presos dentro do ambiente através do gerenciamento que, feito construído e se acumulam, tornan- de forma adequada, vai melhorar do-se concentrados e em alguns ca- a qualidade de vida, enquanto um sos fortalecidos pelas condições do meio ambiente mal gerenciado causa local. No caso dos biocontaminan- dano a ela. tes, especialmente, podem crescer e prosperar. Já com a umidade e sujeira excessivas ou incontroladas podem resultar numa biocontaminação. 27
MEIO AMBIENTE As atividades de limpeza e conser- cação das tecnologias disponibiliza- rem uso de processos e procedimen- vação se desenvolvem em qualquer das, como estão atuando para tornar tos preocupando-se com a saúde e o segmento a partir de uma análise ciente e conscientizado o contratan- meio ambiente será o primeiro passo situacional dos locais, identificando te de serviços de limpeza, sobre este para um bom relacionamento com a fontes de sujidade (poluentes), as tipo de envolvimento e quais são os natureza. A Abralimp, com outras superfícies e objetos onde elas se alo- normativos e projetos nas secretarias entidades de classe envolvidas com jam e os processos de contenção, re- de governo que afetam o setor com o segmento de limpeza, participa moção e descarte de forma apropria- a óptica do meio ambiente. Os pro- ativamente do debate e construção da destes poluentes. Cada atividade fissionais da limpeza e conservação da arquitetura que irá abrigar toda de limpeza envolve um processo que precisam estar atentos a estes inter- a indústria da limpeza atendendo o utiliza produtos químicos, equipa- câmbios, já que fazem ações cidadãs chamado do “planeta para o desen- mentos, acessórios e mão de obra. e em breve poderão tornar-se nichos volvimento humano sustentável”. Com a utilização destes processos, de negócios. existem os procedimentos de realiza- “A humanidade se encontra em um ção das tarefas. Segmento de limpeza momento de definição histórica. De- As atividades de limpeza e conser- frontamo-nos com a perpetuação das Para conhecer o estado da arte da disparidades existentes entre nações limpeza com o meio ambiente, é pre- vação se desenvolvem em qualquer e no interior delas, o agravamento ciso pesquisar como os projetos dos segmento a partir de uma análise da pobreza, da fome, das doenças fabricantes de produtos químicos, situacional dos locais, identifican- e do analfabetismo, e com a dete- equipamentos e acessórios estão de- do fontes de sujidade (poluentes), rioração contínua dos ecossistemas senvolvendo seus produtos de acordo as superfícies e objetos onde se alo- de que depende o nosso bem-estar. com as políticas de meio ambiente jam estas sujidades e os processos de Não obstante, e caso se integrem às interno e externo, como os presta- contenção, remoção e descarte de preocupações relativas ao meio am- dores de serviço estão aplicando os forma apropriada destes poluentes. biente e desenvolvimento, e a elas critérios seletivos na homologação Cada atividade de limpeza envolve se dedique mais atenção, será possí- de fornecedores envolvidos com um processo que utiliza produtos vel satisfazer as necessidades básicas, meio ambiente, na conscientização químicos, equipamentos, acessórios elevar o nível de vida de todos, obter e treinamento dos agentes de apli- e mão-de-obra. ecossistemas melhor protegidos e ge- renciados, e construir um futuro mais 28 Se as empresas, fabricantes, presta- próspero e seguro. São metas que dores de serviços e revendedores fize- nação alguma pode atingir sozinha; juntos porém, podemos”, conforme relata o capitulo 1 da declaração da Agenda 21, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e De- senvolvimento. “É necessário estabelecer, à luz das condições específicas de cada país, reformas das políticas econô- micas que promovam o planeja- mento e a utilização eficientes dos recursos para o desenvolvimento sustentável, por meio de políticas tecnológicas, econômicas e sociais saudáveis, que fomentem a ativida- de empresarial e a incorporação dos custos sociais e ambientais à deter- minação do preço dos recursos e que eliminem as fontes de distorção na esfera do comércio e dos inves-
timentos”, discorre o mesmo texto atitudes de maior eficiência e cui- nos têm acesso a uma rede coletora da Agenda 21. dado no uso de águas. de esgotos. Finalmente outro dado de alta relevância: as fontes oficiais Escassez de Água de No Brasil confirmam que 65% das internações boa qualidade No Brasil, as estatísticas sobre hospitalares, para crianças de até 10 anos, decorrem de doenças causadas O aumento da demanda por água acesso aos serviços de água e sanea- pela falta de saneamento (diarréias, de boa qualidade está claro, princi- mento são alarmantes. Cerca de 70 desidratação, cólera, hepatite e den- palmente nas grandes metrópoles. milhões de brasileiros não têm acesso gue). Apesar desse trágico cenário, Isso se deve ao crescimento popu- à água encanada, 80 milhões não dis- a privatização da gestão e acesso aos lacional e à necessidade de mais põem de coleta de lixo, 90 milhões serviços relacionados a águas não alimentos e do desenvolvimento estão sem esgoto sanitário e menos é vista como panacéia para esses e industrial. Vários países têm seguido de 10% do esgoto coletado recebe outros males do país. Ao contrário, a recomendação da ONU de que a tratamento. Além disso, somente a privatização começa a ser alvo de “extração de água da Natureza” para 58% dos municípios do país têm água polêmica, que tende a acirrar-se. uso nas diversas atividades humanas tratada e 52,5% dos domicílios urba- deve considerar o custo de protegê- 29 la e os custos dos serviços humanos higipress março 2007 voltados diretamente à manutenção e melhoria da qualidade dos ambien- tes de onde extraímos as águas. A água utilizada pelas pessoas seja para consumo próprio (alimentação, higiene pessoal e doméstica, recrea- ção) ou para fins econômicos e so- ciais (irrigação, transporte fluvial, lavagem de áreas e prédios públicos, produção industrial, etc.) existem na natureza de forma muito limitada e dependem, para sua renovação, da conservação dos processos e atribu- tos ecológicos, tais como o ciclo hi- drológico, o equilíbrio climático, a manutenção de áreas florestais. Para garantir a qualidade - que a água não seja nociva e tóxica aos seres humanos e demais se- res envolvidos em tais processos ecológicos - é preciso que as pes- soas, empresas, governo e demais instituições da sociedade tomem consciência e se organizem para atividades como a diminuição, e se possível, eliminação do uso de poluentes, diminuição do desper- dício de águas, com métodos mais eficientes de seu uso na agricultu- ra, indústria, residências, com o aumento da coleta e tratamento de esgotos, com a ampliação da conscientização social e adoção de
MEIO AMBIENTE Por outro lado, embora o Brasil seja se invertem. Na região costeira do corpos receptores (poluentes orgâ- um país que, comparado a outros, nordeste oriental tem-se 3% da área, nicos, biodegradáveis, nutrientes e tem abundância de recursos hídricos, 12,7% da população e apenas 0,5% bactérias), de nutrientes (nitrogênio, esses não se distribuem de manei- da água. Na parte costeira do sudeste fósforo) e pesticidas pelo uso agríco- ra uniforme no território, gerando tem-se 2,7% da área, 15,1% da popu- la e pelos metais pesados, poluentes diferentes potencialidades para seu lação e apenas 2% da água. inorgânicos e poluentes orgânicos uso ou provocando escassez relativa persistentes pela atividade indus- que limita, em parte, as atividades Com relação às demandas de água, trial. humanas. De fato, o Plano Nacional observa-se que a região hidrográfica de Recursos Hídricos, cuja minuta do Paraná, com apenas 10,3% do ter- O subsolo de áreas com rochas foi preparada no Governo Fernando ritório, representa 27,1% das deman- porosas guarda imensos reservató- Henrique Cardoso (1998-2002) e das do país. As regiões costeiras (17% rios de água, conhecidos como aqü- que esteve em debate no Conselho do território e 43% das demandas) e íferos. Essa água subterrânea repre- Nacional de Recursos Hídricos no do São Francisco (8% do território e senta a única fonte de água potável ano de 2003, indicou que há grandes 9,3% das demandas) detêm aproxi- para quase um quarto da população disparidades regionais em termos da madamente 80% da demanda total mundial. Mas, em muitos lugares o disponibilidade hídrica superficial, em apenas 36% do território, onde se ritmo de consumo é maior do que o quando se consideram as variáveis de encontra apenas 18% da disponibili- de reposição. Calcula-se a exaustão área, população e vazão média. En- dade hídrica superficial do país. anual dos aqüíferos em 160 bilhões quanto a região do Amazonas detém de metros cúbicos ou 160 bilhões 68% dos recursos hídricos superfi- Primeiro passo para de toneladas. Os lençóis freáticos ciais em uma área equivalente a 44% a conscientização: o estão hoje caindo nas principais re- do território nacional, ocupada por reuso giões produtoras de alimentos como apenas 4,5% da população brasilei- a planície norte da China, o Punjab ra, em outras regiões tais proporções A água pode sofrer alterações por na Índia e o sul das Great Plains dos diversos meios como introdução de Estados Unidos, que faz do país o esgoto doméstico diretamente nos 30
maior exportador mundial de grãos. As águas reusáveis servem para Japão, Tigres Asiáticos, Hong Kong, higipress março 2007 A qualidade da água do subsolo pode irrigação paisagística, de campos Malásia, Índia e o Semi-Árido do ser alterada quando há infiltração de para cultivos (plantio de forrageiras, Nordeste do Brasil. poluentes provenientes dos esgotos e plantas fibrosas e de grãos, plantas resíduos domésticos descartados em alimentícias, viveiros de plantas or- Gestão de efluentes aterros sem controle, da agricultura namentais, proteção contra geadas), líquidos nas empresas e da atividade industrial (incluindo lavagem de ruas e prédios, resfria- as áreas de armazenamento de mate- mento de equipamentos, geração de A gestão de efluentes líquidos se riais) através do processo de lixivia- energia e descarga de vasos sanitá- tornou uma questão de sobrevivên- ção do solo. rios. cia, já que objetiva preservar a qua- lidade dos corpos receptores. Essa Para que o uso da água seja susten- Utilização das Águas gestão pode ser efetuada através da tável, é necessário reduzir, reutilizar de Chuvas minimização na geração de efluen- ou reciclar e utilizar a água da chuva. tes, do reuso de águas residuárias e Claro, todo esse processo não será Uma pesquisa da Universidade da do tratamento de efluentes antes da tarefa fácil. Reduzir significa corrigir Malásia deixou claro que após o iní- emissão em corpos receptores. No pontos de vazamentos nas tubula- cio da chuva, somente as primeiras Brasil, com o objetivo de proibir o ções, nas torneiras que pingam (uma águas carreiam ácidos, microorganis- lançamento de poluentes em níveis torneira gotejando chega a um des- mos, e outros poluentes atmosféri- nocivos ou perigosos para os seres perdício de 46 litros por dia. Isto é, cos, sendo que normalmente pouco humanos e outras formas de vida 1.380 litros por mês. Ou seja, mais de tempo depois ela já adquire caracte- e assegurar os usos preponderantes um metro cúbico por mês) e, ainda, rísticas de água destilada, que pode dos corpos hídricos (abastecimento, utilizar equipamentos tecnológicos, ser coletada em reservatórios fecha- pesca, recreação, navegação, etc), os como os que acionam torneiras por dos. No telhado do aeroporto de efluentes líquidos industriais e do- sensores, que dão descargas contro- Frankfurt são coletados 16 milhões mésticos só podem ser lançados em ladas, bem como aeradores de tor- de litros de água da chuva, os quais corpos de água, dentro de padrões de neiras, equipamentos de limpeza que são utilizados para limpeza, jardina- emissão especificados em legislação. usam tecnologias de baixo consumo gem e vasos sanitários. Utilizam essa para atividades em que outras tecno- metodologia os Estados Unidos, em Além da legislação no âmbito logias consomem muita. estados como Texas, Havaí, Ilhas federal (Resolução Federal CO- Virgens Americanas. No Oriente, NAMA n0 357 de 2005), alguns O reuso da água consiste no pro- Estados possuem leis específicas cesso pelo qual ela á tratada ou não, é reutilizada para o mesmo ou outro 31 fim. Essa reutilização pode ser dire- ta ou indireta, decorrente de ações planejadas ou não. O reuso indireto planejado ocorre quando os efluen- tes, depois de tratados, são descarre- gados de forma planejada nos corpos de águas superficiais ou subterrâneas, para serem utilizadas a jusante de maneira controlada, no atendimento de algum uso benéfico. Já o reuso di- reto, planejado ou reciclagem, ocorre quando os efluentes, depois de trata- dos, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do reuso, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso com maior ocorrência, destinando-se a uso em indústria ou irrigação.
MEIO AMBIENTE que tratam do lançamento de qualquer atividade geradora de O reuso de águas residuárias é ou- tro aspecto importante na gestão de efluentes de forma direta ou indi- efluentes precisa assegurar-se por efluentes líquidos, já que incorre na minimização da produção de efluen- reta em corpos hídricos de água. meio de análises físico-químicas tes, contribui para o uso racional e eficiente da água e torna a atividade No Estado de São Paulo, o decre- e biológicas de que os efluentes mais competitiva, pois agrega mais seriedade à empresa, melhorando sua to n° 8.468 de 1976 que dispõe gerados estão dentro dos padrões imagem para os consumidores. sobre a prevenção e o controle especificados pela legislação antes De acordo com Janaína Mattos Barrientos, química, biotecnóloga, da poluição no meio ambiente, do seu lançamento nos corpos re- com mestrado em engenharia am- biental e higiene e saúde pública determina padrões não somente ceptores. pela USP, é necessário ressaltar que o Brasil, a exemplo de outros paí- para o lançamento de efluentes Caso o efluente gerado se encon- ses como a França e a Alemanha, vêm adotando um modelo de taxa- diretamente em corpos receptores tre fora desses padrões, deverão ser ção sobre o uso da água desde 2003, implantado como projeto piloto na como também para o lançamen- investidos recursos para efetuar ações Bacia do Rio Paraíba do Sul, onde o usuário, além do pagamento das tari- to em sistemas de esgoto provi- de tratamento, a fim de enquadrá-los fas de água e esgotos, paga uma taxa por m3 de água captada. dos de tratamento. Desta forma, dentro dos padrões de lançamento. “Atualmente, o mercado conta Em contrapartida, como geral- com tecnologias (sistemas de fil- tragem como a osmose-membrana, Consciência e a ação mente os custos de tratamento carvão ativado, tratamento químico são elevados para se obter um efluente tratado com caracterís- Unir as entidades e empresários do ticas de qualidade semelhantes setor no Brasil, na elaboração de uma aos da água que foi utilizada, a ges- agenda sobre meio ambiente, desen- tão de efluentes líquidos prioriza a volvimento e a indústria da limpeza. minimização na geração, o que pode (a) Desenvolver o papel de entida- ser obtido através da substituição de des da cadeia produtiva, esforçando- componentes convencionais por ou- se para atingir os objetivos por meio tros mais eficientes, como descargas de foros multilaterais, envolvendo a e torneiras inteligentes, alteração de fabricação, comércio e serviços, in- processos, mecanização dos procedi- tegrando também governo, universi- mentos de limpeza. dades e demais desenvolvedores de políticas e de tecnologias pertinentes. (b) Fazer com que as políticas de fabricação, comércio e serviços e as políticas de meio ambiente passem a reforçar-se reciprocamente, favore- cendo o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento humano. (c) Estimular a produtividade e a competitividade sempre em níveis internacionais, desempenhando um papel construtivo, na condução da indústria da limpeza e conservação, de forma a lidar de maneira orienta- da com as questões relativas ao meio ambiente e desenvolvimento humano. (d) Divulgar e disponibilizar, tra- tados, convenções, acordos, decla- rações, leis, atos e protocolos de natureza variada, mas relativa a meio ambiente e desenvolvimento humano e com interface com a cadeia produti- va de limpeza e conservação. 32
ozônio, etc) e equipamentos bastan- estas definições são estabelecidas por inviabilização, pelo menos em te desenvolvidos para o tratamen- to de efluentes, capazes de fornecer entidades independentes ou por gru- muitos casos, do desenvolvimen- água com vários graus de pureza. As opções levam em conta que tecno- pos de assessoramento técnico. Para to dos critérios de atribuição dos logia foi utilizada para o tratamento dos efluentes, as características físi- cada categoria definida, é efetuada selos. co-químicas e biológicas do efluente gerado, de aspectos econômicos e dos alguma análise de ciclo de vida, a padrões desejados para a água trata- da, que poderão variar dependendo qual pode variar em termos de pro- do uso que será dado”. fundidade, em função A despeito das definições subs- tancialmente detalhadas e comple- da complexidade do Uso na Rotulagem Ambiental xas, pode-se simplificar a relação produto ou dos pro- anterior destacando que os tipos I são os clássicos selos verdes, os II cessos envolvidos. A Rotulagem Ambiental é um me- higipress março 2007 são as declarações efetuadas pelos Os parâmetros diferenciadores canismo de comunicação com o mer- próprios fornecedores, normal- cado sobre os aspectos ambientais do mente os próprios fabricantes, e (uso de energia, toxicidade etc.) se- produto ou serviço com o objetivo de os do tipo III ainda estão rão utilizados para definir os critérios diferenciá-lo de outros. Ela pode se em desenvolvimen- de atribuição do rótulo ecológico. materializar por meio de símbolos, to, mas consistem Definidos os critérios, as empresas marcas, textos ou gráficos. Em virtude essencialmente interessadas em participar submetem da proliferação de rótulos e selos am- no estabele- os seus produtos para a realização de bientais no mercado e da necessidade cimento de ensaios e verificações de modo a se de se estabelecerem padrões e regras categorias assegurar à conformidade do pro- para o seu uso adequado, a Organi- de parâme- duto aos critérios. Se aprovados, as zação Internacional de Normalização tros, a par- (ISO) desenvolveu normas para a rotu- tir de uma empresas pagam os custos da lagem ambiental. Como passo inicial, avaliação licença do uso do rótu- estabeleceu uma classificação para os do ciclo de lo do programa por diversos tipos de rotulagem: vida, e na um período defi- divulgação nido. Tipo I – Programas de terceira- dos dados quan- Rótulo parte, baseados em múltiplos crité- titativos para esses Ecológi- rios, voluntários, que atribuem uma parâmetros para cada co: o uso licença autorizando o uso de rótulos produto, dados esses verifica- do Rótulo ambientais em produtos para indicar dos por uma terceira parte. Ecológico a preferibilidade ambiental global de é restrito um produto dentre uma categoria de A ISO desenvolveu normas para aos produtos produtos baseada em considerações os tipos I e II e está desenvolvendo aprovados e o de ciclo de vida; para o tipo III. Como se pode perce- seu uso normal- ber, o conceito de ciclo de vida é um mente é acompa- Tipo II – Autodeclarações ambien- dos pontos centrais da concepção da nhado pela entidade tais informativas; maioria das iniciativas de rotulagem ambiental. Os Programas de Rótu- que gerencia o programa. Tipo III – Programas voluntários los Ambientais do tipo I envolvem a Ao implementar a aborda- que fornecem dados ambientais quan- definição de categorias de produtos e gem do ciclo de vida no estabe- tificados de um produto, sobre catego- critérios para a atribuição dos rótulos lecimento dos critérios dos rótu- rias pré-estabelecidas de parâmetros, para estas categorias. Normalmente, los ambientais do tipo I, o uso da estabelecidos por uma terceira-parte avaliação apresenta algumas difi- qualificada e baseada numa avaliação culdades e limitações. Estas estão de ciclo de vida, e verificada por essa relacionadas à grande extensão ou outra terceira-parte qualificada. dos estudos, ao seu alto custo, à necessidade de obtenção de da- Tipo IV – Rótulos ambientais mono dos nem sempre disponíveis e em criteriosos, atribuídos por uma tercei- longo prazo para que resultados ra-parte, referem-se apenas a um as- sejam alcançados. As dificulda- pecto ambiental, sem serem baseados des mencionadas resultariam na em considerações de ciclo de vida. 33
Gerenciamento do Lixo Gerenciamento de Resíduos – trate seu lixo e preserve o meio ambiente As implicações ambien- disposição estão se esgotando rapi- manuseio e disposição final, em con- tais têm tirado o sono de damente e assim, se faz necessária formidade com a legislação vigente muitos empresários nos a utilização de novas tecnologias e do estado. Apesar de centralizar-se últimos anos. O Protocolo de Kyoto produtos para amenizar o problema em necessidades regionais, o plano e os créditos de carbono parecem per- e encontrar soluções eficazes. serve como bom exemplo para uma seguir a consciência dos empreende- ação governamental que pretende dores. Mas mais preocupante do que O Sistema Estadual de Informa- dotar os empreendimentos privados tudo isso ainda é o medo constante ções Ambientais da Bahia – SEIA de consciência e subsídios para o li- da carência de água ou até mesmo do tomou a dianteira e desenvolveu cenciamento ambiental, que é preo- antigo conhecido buraco na camada uma série de instruções para a ela- cupação de âmbito nacional. de ozônio e seu decorrente câncer de boração de um Plano de Gerencia- pele, que atinge a cada um de nós em mento de Resíduos Sólidos. O termo Aqui o empreendedor encontra uma esfera bastante particular. Entre- visa minimizar a geração de resíduos informações relevantes para traba- tanto, em uma realidade tão comple- na fonte, adequar a segregação na lhar com resíduos dentro das leis xa, não seria possível adequar todas origem, controlar e reduzir riscos ao atuais e também descobre novas essas preocupações a ações diárias, meio ambiente e assegurar o correto maneiras de tratar resíduos sólidos. efetivas e até mesmo lucrativas? Uma Para tanto, se faz necessário conhe- opção tangível e de fácil alcance de cer primeiramente o que são esses qualquer empresário reside em algo resíduos, para então compreender que normalmente procuramos de qual é a melhor maneira de lidar maneira rápida nos desprender: o lixo com o lixo, procurando saídas eco- pode se tornar uma rentável fonte de nomicamente rentáveis. renda para o setor industrial. Um dos mais graves problemas O que é lixo ambientais dos tempos modernos, Segundo o dicionário, lixo, ou principalmente em grandes centros urbanos, o lixo atinge o exorbitan- resíduo, é qualquer material consi- te número de 14 milhões de quilos derado inútil, supérfluo, repugnante coletados diariamente na cidade ou sem valor, gerado pela atividade de São Paulo. Os locais para sua humana, e que precisa ser elimi- nada. São resíduos sólidos produ- zidos e descartados, individual ou 34
coletivamente, pela ação humana, para isso soluções técnica e economi- É a classificação e o nível de pe- higipress janeiro 2007 animal ou por fenômenos naturais, camente inviáveis em face a melhor riculosidade que define o gerencia- nocivos à saúde, ao meio ambiente tecnologia disponível. mento dos resíduos sólidos por parte e ao bem-estar da população. Lixo, do empresário. A forma de manuseio, na linguagem técnica, é sinônimo de Como são armanezamento, coleta, transporte resíduos sólidos e é representado por classificados os e alternativas para disposição final materiais descartados pelas ativida- resíduos sólidos dependem do tipo de lixo produzi- des humanas. do pela sua empresa. Os custos no Segundo a ABNT, os resíduos sólidos gerenciamento de resíduos perigosos O que são resíduos são classificados da seguinte forma: são maiores do que os relacionados sólidos aos resíduos não-perigosos. Resíduos Classe I – Perigosos: De acordo com a Associação Brasi- apresentam periculosidade em fun- Como gerenciar leira de Normas Técnicas (ABNT), ção de suas características de infla- resíduos sólidos são considerados resíduos sólidos mabilidade, corrosividade, reativida- (redução na fonte) todos os resíduos que se apresen- de, toxicidade e patogenicidade; tam no estado sólido e semi-sólido, 1. Minimização de geração de re- resultantes de atividades de origem Resíduos Classe II – Não-peri- síduos: alternativa eficaz, a redução industrial, doméstica, hospitalar, gosos implica na adoção de técnicas, de comercial, agrícola, de serviços e de modificações dentro do processo ge- varrição. Ficam incluídos nessa defi- o Classe II A – Não-inertes: po- rador de resíduos que possam resultar nição os lodos provenientes de siste- dem ter propriedades como biode- na minimização do volume, assim mas de tratamento de água, aqueles gradabilidade, combustibilidade e como periculosidade dos resíduos. Em gerados em equipamentos e instala- solubilidade em água; alguns casos, alternativas para maté- ções de controle de poluição, bem rias-primas, automatização e adoção como determinados líquidos cujas o Classe II B – Inertes: quando de novas tecnologias aliadas a trei- particularidades tornem inviável o submetidos ao contato com água, à namento de pessoal são práticas re- seu lançamento na rede pública de temperatura ambiente, não apresen- comendáveis. A segregação também esgotos ou corpos d’água ou exijam tam nenhum de seus constituintes pode ser uma peça fundamental nesse solubilizados a concentrações supe- riores aos de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. 35
Gerenciamento do Lixo momento. Ela consiste na operação tos, deve obedecer critérios técnicos devendo responder e arcar com os de separação dos resíduos por classe, que conduzam à minimização do risco custos para a reparação dos danos identificando-os no momento de sua à saúde pública e à qualidade do meio causados pela disposição inadequada geração, buscando formas de acondi- ambiente. Já o seu tratamento depen- de seus resíduos. A legislação res- cioná-los adequadamente e a melhor de do conjunto de unidades, processos ponsável pelo controle dos resíduos alternativa de armazenamento tempo- e procedimentos que alteram as carac- sólidos provenientes das atividades rário e destinação final. A segregação terísticas físicas, físico-químicas, quí- industriais é o Inventário Nacional dos resíduos tem como finalidade evi- micas ou biológicas dos resíduos. de Resíduos Sólidos Industriais es- tar a mistura daqueles incompatíveis, tabelecidos pela resolução do Cona- visando garantir a possibilidade de O seu sistema de destinação final ma 313/20. Ele dita a obrigação por reutilização, reciclagem e a segurança está aliado a um conjunto de instala- parte das indústrias de apresentar no manuseio. A mistura de resíduos ções, processos e procedimentos que periodicamente informações sobre incompatíveis pode causar geração de visam à destinação ambientalmente geração, características, armazena- calor, fogo ou explosão, geração de fu- adequada dos resíduos em consonân- mento, transporte e disposição de mos e gases tóxicos, geração de gases cia com as exigências ambientais. A todos os resíduos sólidos gerados para inflamáveis, solubilização de substân- disposição final dos resíduos deve- o órgão estadual de meio ambiente. cias tóxicas, dentre outros. rá s e r Para o Estado de São Paulo, a lei 12.300/2006, que trata da Política 2. Reutilização de materiais: o rea- rea- lizada proveitamento de materiais é uma Estadual de Resíduos Sólidos, ins- ação simples e extremamente de acordo com as características e tituiu a declaração obrigatória eficaz. Depende apenas da anual a respeito dos resíduos reorganização e encaminha- classificação, podendo ser objeto de sólidos. mento de materiais dentro Os resíduos sólidos gera- da empresa. tratamento (reprocessamento, reci- dos pelos serviços de saúde também são objeto de con- 3. Reciclagem: a re- clagem, descontaminação, incorpo- trole específico estabeleci- ciclagem exige a trans- do por meio da resolução formação de produtos ração, co-processamento, rerrefino, Conama 358/05. Esta re- já usados que, através de solução aplica-se a todos os valor agregado, podem incineração) ou disposição em ater- serviços relacionados com o ser novamente comercia- atendimento à saúde humana lizados. Esse processo im- ros sanitários ou industriais. ou animal, inclusive os serviços plica na coleta seletiva, que consiste na segregação de tudo Gerenciamento de de assistência domiciliar e de traba- o que pode ser reaproveitado. A resíduos lho de campo, laboratórios analíticos implantação de programas de coleta de produtos para saúde, necrotérios, seletiva de lixo não só contribui para Os geradores de resíduos são legal- funerárias e serviços onde se realizem a redução da poluição causada pelo mente responsáveis por eles durante atividades de embalsamamento (ta- lixo, como também proporciona eco- todo o seu ciclo de vida, desde a sua natopraxia e somatoconservação), nomia de recursos naturais. geração até a sua disposição final, serviços de medicina legal, drogarias e farmácias inclusive as de manipu- Resíduos não lação, estabelecimentos de ensino e reaproveitáveis – o que pesquisa na área de saúde, centros de fazer com eles controle de zoonoses, distribuidores de produtos farmacêuticos, impor- No caso dos resíduos que não são tadores, distribuidores e produtores passíveis de reciclagem ou reutiliza- de materiais e controles para diag- ção, são necessárias operações adequa- nóstico in vitro, unidades móveis das de manuseio, acondicionamento, de atendimento à saúde, serviços de transporte e disposição final. De acor- acupuntura, serviços de tatuagem, do com a SEIA, o manejo dos resíduos entre outros similares. no âmbito interno dos estabelecimen- 36
Com o objetivo de garantir uma e cidade, a lista compreende o valor vidro novo. E a grande vantagem do higipress janeiro 2007 destinação adequada dos resíduos ge- do papelão, papel branco, latas de vidro é que ele pode ser reciclado in- rados e diminuir os riscos de respon- aço, alumínio, vidro incolor, vidro finitas vezes. sabilização legal por danos causados colorido, plástico rígido, PET, plás- pela disposição inadequada de resí- tico filme e longa vida. - Economia de energia e matérias- duos sólidos, a avaliação e qualifica- primas. Menos poluição do ar, da ção dos fornecedores de serviços de Muitas são as empresas em expan- água e do solo. transporte, tratamento e disposição são que se especializam no assunto. final vêm sendo utilizadas pelas orga- Novos cursos são criados anualmente - Melhora da limpeza da cidade, nizações como uma ferramenta den- levando em consideração essa nova pois o morador que adquire o hábito tro do gerenciamento de resíduos. tendência de mercado. Um bom de separar o lixo, dificilmente o joga exemplo é o próprio Senac. nas vias públicas. A avaliação de fornecedores de servi- ços relacionados aos resíduos é normal- O gerenciamento de lixo é um ca- - Gera renda pela comercialização mente realizada por meio de auditorias minho ecologicamente correto que dos recicláveis. Diminui o desperdício. específicas, onde são analisados docu- também encontra espaço na respon- mentos e condições de infra-estrutura. O sabilidade social. Colaborando para - Gera empregos para os usuários objetivo dessas auditorias é de verificar a coleta seletiva e reciclagem, o em- dos programas sociais e de saúde da se o fornecedor está devidamente licen- presário imediatamente auxilia na prefeitura. ciado e possui as condições necessárias criação de empregos e indústrias sus- para a realização do tipo de serviço ofe- tentáveis. Talvez o dicionário nunca - Dá oportunidade aos cidadãos de recido, se foram implementadas medidas tenha estado tão enganado, e o lixo preservarem a natureza de uma forma de controle para as emissões gasosas e de tão NÃO-inútil, supérfluo, repug- concreta, tendo mais responsabilida- efluentes líquidos, se existe um programa nante ou, principalmente, sem valor. de com o lixo que geram. de monitoramento da qualidade do solo e dos recursos hídricos, etc. Benefícios da Como separar o lixo para a cole- reciclagem ta (colocar símbolos na abertura) Do lixo à renda Plásticos: lave-os bem para que não Além de todas as práticas já sa- - Cada 50 quilos de papel usado, fiquem restos de produto, principal- transformado em papel novo, evita mente no caso de detergentes e xam- lientadas para a diminuição de cus- que uma árvore seja cortada. Pense pus, que podem dificultar a triagem e tos através do reaproveitamento e na quantidade de papel que você já o aproveitamento do material; minimização de resíduos, a venda de jogou fora até hoje e imagine quan- materiais recicláveis pode também tas árvores você poderia ter ajudado • Vidros: lave-os bem e retire as resultar em uma quantia economica- a preservar. tampas; mente interessante. O site do CEM- PRE – Compromisso Empresarial - Cada 50 quilos de alumínio usado • Metais: latas de refrigeran- para Reciclagem possui uma lista de e reciclado evita que sejam extraídos tes, cervejas e enlatados de- preços por tonelada em real para ma- do solo cerca de 5.000 quilos de mi- vem ser amassadas ou prensadas terial reciclável. Separada por estado nério, a bauxita. para facilitar o armazenamento; Papéis: podem ser guardados direta- - Com um quilo de vidro quebra- mente em sacos plásticos. do, faz-se exatamente um quilo de Serviço Tempo de decomposição dos resíduos na natureza SEIA - Sistema Estadual de Informa- ções Ambientais da Bahia: www.seia. Jornal - 2 a 6 semanas ba.gov.br Semasa – Saneamento Ambiental Embalagem de Papel - 1 a 4 meses Santo André São Paulo - www.sema- sa.com.br Casca de Frutas - 3 meses ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas: www.abnt.org.br Ponta de cigarro - 3 meses CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem: www.cempre.org.br Chiclete - 5 anos LIMPURB - Departamento de Lim- peza Urbana: www.limpurb.sp.gov.br Lata de Alumínio - 100 a 500 anos Instituto GEA – Ética e Meio Am- biente: www.institutogea.org.br Tampa de Garrafa - 100 a 500 anos 37 Pilha - 100 a 500 anos Saco/Copo de Plástico - 200 a 400 anos Garrafa, Frasco de Vidro ou Plástico - Tempo Indeterminado Tudo O Que É Jogado Nas Ruas Um Dia Vai Para Os Rios E Para O Mar.
quality control Controle de Qualidade uma chave para o crescimento Sua empresa possui um excelente controle de qualidade? Deveria... por: Kirk Saiger Seus clientes estão constantemente avaliando sua capacidade. 38
No sentido mais amplo, a qualidade é um grau de •Estabelecer mensurações válidas e confiáveis para o de- higipress março 2007 excelência, na medida em que algo é correto sempenho dos serviços; para sua finalidade. Na gestão de qualidade, a qualidade é definida como a totalidade de características •Medir a satisfação do cliente e outros fatores de desem- de um produto ou serviço que traduzem sua capacidade penho. de satisfazer as necessidades declaradas ou implícitas. A qualidade também está rapidamente incluindo a natureza Medidas da qualidade de serviços ou grau de impacto que uma empresa tem sobre seus prin- Os processos utilizados nos diferentes locais de presta- cipais atores, o meio ambiente e a sociedade. A gestão da qualidade total é uma maneira de pensar ção de serviços podem ser tão individualizados que pare- sobre objetivos, organização, processos e pessoas, cem desafiar a sistematização e a mensuração. para garantir que as coisas certas sejam feitas de forma correta logo na Mas realmente há algumas idéias e temas comuns e uma primeira vez. Esse processo pesquisa pode classificar o modo como os consumido- de pensamento pode mu- dar atitudes, compor- res percebem a qualidade dos serviços. tamentos, e assim, Essa pesquisa aborda10 dimensões melhorar os resul- comuns: tados. 1. Tangíveis — aparência Isso soa muito física bem no papel O modo como você em termos de se apresenta e se com- definição, mas porta no ambiente o que isso tem de seu cliente é um a ver com o fator fundamental. trabalho de Você tem somente limpeza e res- 10 segundos para tauração? deixar a primeira impressão, 10 mi- Por que nutos para perder qualidade um cliente e 10 de serviço? anos para recon- quistá-lo. Como sua A indústria de ser- empresa conseguirá viços enfrenta um desa- crescer quando isso fio especial que é atender às ocorrer? necessidades de seus clientes e A maneira como você e continuar a ser, ao mesmo tempo, eco- seus funcionários se apresen- nomicamente competitivas. tam em termos de limpeza, con- Embora os processos automatizados possam ter algum tato visual, e código de vestir é apenas impacto, a indústria de serviços ainda fazem uso intensivo uma pequena parte — mas tem um grande de mão-de-obra e não há nenhum substituto ainda para impacto sobre seus negócios — da qualidade que você uma interação pessoal de alta qualidade entre funcioná- está exibindo. rios de serviços e clientes. Outras questões incluem a condição de seus veículos. Eles estão em bom estado e limpos? Nada de ferrugem ou A vantagem competitiva pertence àquelas empresas peças gastas, enquanto que a parte interna está em boa que proporcionam com sucesso maior valor agregado para ordem? Seus equipamentos estão em bom estado e bri- os clientes através do uso mais eficiente de tecnologias lhando para que você possa mostrar que é um prestador disponíveis e de gestão de pessoal. de serviços de qualidade? 2. Confiabilidade — desempenho conforme o prome- Elas devem: tido •Compreender e melhorar os processos operacionais; Você está usando agentes de limpeza de qualidade? •Identificar problemas de forma rápida e sistemática; Seus equipamentos funcionam com o ótimo de desem- penho? Se não, seu desempenho conforme o prometido 39
quality control talvez não atenda ao padrão de necessidades de seus con- tes conseguem perceber isso. As pessoas conseguem perce- sumidores e sua confiabilidade será questionada. ber o amor que você tem pelo seu trabalho ligado à limpe- za. Quando uma pessoa ligar, anote seu nome na primeira 3.Reatividade vez, e sempre chame-a(o) por Sr., Sra., Srta., etc. Sua empresa está mantendo o número de funcionários em quantidade e nos horários conforme o programado? É uma forma respeitosa de tratar o cliente e demons- Você está respondendo às necessidades do cliente? Se es- tra verbalmente que você considera uma honra trabalhar tiver atrasado para uma reunião 15 minutos ou mais, faça para eles. um favor a si mesmo: ligue para o cliente e lhe informe que está a caminho. É uma cortesia básica e comum. Antes de entrar no local de trabalho de uma pessoa, O tempo é valioso, assim não desperdice o seu tempo você limpa os pés no capacho, Você utiliza os EPI´s reco- ou de seu cliente. Na área de restauração, é fundamental mendados para o local? Você cumprimenta a pessoa com que você seja altamente reativo em relação a um cliente a mão e apresenta a si mesmo e ao seu técnico? As pessoas que tenha passado recentemente por um incêndio ou pro- notam essas coisas. blema com vazamento de água. 4. Competência 6. Credibilidade Com as várias escolas e seminários de treinamento, e As perguntas que seu cliente pode vir a fazer ou pelo congressos, conscientes que saber é poder todos deveriam menos ter alguma dúvida relativa ao seu funcionário rela- adquirir o máximo possível de conhecimentos. tiva ao seu funcionário: quanto tempo você atua na área Freqüentar escolas, fazer provas de certificação, e se de limpeza? Você possui alguma certificação? Quais esco- tornar certificado em todas as áreas do setor de limpeza las freqüentou? Seus outros clientes ficaram felizes com e restauração, assim como ter as informações técnicas, seu trabalho? Você tem seguro? Você roubará algo de ajudará a mantê-lo longe de confusões e fará com que te- mim se eu não mantiver os olhos sobre você? nha um desempenho constante, conforme o prometido. Há muitas variáveis, mas as pessoas gastaram uma quan- As pessoas gostam de ser agradadas no agitado mundo de tia considerável de dinheiro com seus objetos cortinas e nossos dias. Proporcionar conhecimentos técnicos é uma tapeçarias, e elas não querem que uma pessoa incapacita- maneira de fazer isso. da e com pouca experiência tente limpar seus caros obje- 5. Cortesia tos, ou tente mitigar um incêndio ou vazamento de água Sempre atenda o telefone com um sorriso — seus clien- com produtos comuns para limpeza doméstica. 7. Segurança Quem está realizando o trabalho? Sua empresa usa sub 40
empreiteiros? Você faz verificações dos antecedentes de 10. Compreenda as necessidades do cliente higipress janeiro 2007 seus funcionários? Você deverá obter essas informações Mantenha contato freqüente com o cliente — isso é de tempos em tempos, para estar preparado para respon- importante para o controle de qualidade. Certifique-se de dê-las de forma honesta. que estão felizes com os resultados, aborde cada questão importante, e trate cada comentário como algo valioso. As pessoas precisam saber quem estará realizando o tra- A única maneira de se tornar melhor é saber lidar com balho em seus locais de trabalho. É muito comum ouvir os bons e os maus aspectos do seu trabalho. Se alguma estórias de horror de pessoas que perderam bens valiosos coisa deu errado, lide imediatamente com isso para que — e a quem elas culpam? Você sabe qual é a resposta. possa conquistar mais elogios para sua empresa. Sinais percebidos que geram melhor qualidade 8. Acesso — facilidade para fazer negócios Muitas empresas que sofrem problemas financeiros pos- Você tem uma pessoa para atender o telefone, ou você suem sinais de aviso fáceis de ver. Pode ser um telefone que usa um serviço de mensagens de voz? Você tem uma pá- não está tocando ou pode ser uma empresa que percebe que gina de Internet? Você tem um escritório ou trabalha a seus concorrentes estão fazendo a limpeza em locais que partir da própria casa? costumavam ser anteriormente seus “clientes regulares”. Você pode marcar reuniões/visitas por e-mail, fax ou Pode ser que você esteja recebendo muitas consultas fone? Torne as coisas o mais conveniente possível e ficará por telefone de “caçadores de bons preços” e que estão surpreso com a quantidade de coisas que conseguirá fazer procurando uma empresa mais barata. Isso significa que em um único dia. seu programa de referências não está funcionando ade- As pessoas adoram falar com uma recepcionista ou se- quadamente. cretaria bem informada. Faça com que seus funcionários Vamos supor que você esteja anunciando com freqüên- administrativos participem de seminários. cia e a mensagem que envia para seus clientes seja — so- 9. Comunicação — manter o cliente informado mente em sua opinião — positiva. Você está deixando dicas de limpeza e vasilhames de O problema pode estar em seu departamento de “con- produtos para o cliente utilizar? Que tal um pequeno car- trole de qualidade”. tão com comentários para que o cliente possa entrar em Os sinais de aviso disponíveis são na verdade uma opor- contato se sentir necessidade? tunidade para você. Estar atento às necessidades do cliente faz com que você Com tantas informações disponíveis, você poderá im- pareça ser opção correta de limpeza para eles. Através dis- plementar um programa de garantia de qualidade para sua to que o cliente fideliza. empresa e obter um tremendo crescimento. Inicie com um ‘manual de operações’ Faça com que as políticas e procedimentos de sua em- presa estejam incluídas em um “manual de operações”. Todos precisarão lê-lo e assiná-lo. Esse manual deve também cobrir as responsabilidades de cada um e demonstrar o quão vitais estes dados são para atividades de empresa. O manual de operações, para seu pessoal de apoio no escritório, precisa estabelecer como devem atender o telefone, quais conselhos devem dar e as atitudes que se espera obter do pessoal do escritório. O manual de ope- rações, para seus técnicos, precisa cobrir tudo — desde entrar no veículo da empresa, até que o tragam de volta para o escritório. Esse manual é o início de seu programa de garantia de qualidade. Conforme o tempo passa, você poderá elimi- nar, alterar, e acrescentar elementos ao programa. O principal objetivo aqui é ter políticas para suas ações e procedimentos para sua empresa de limpeza e restauração. Sem isso, você estará no mínimo caminhando às cegas. 41
lista de associados Lista de Associados Distribuidor TERRALE COM. E IMP. DE EQUIP. DE JOHNSON & JOHNSON COMÉRCIO E BRASANITAS EMPRESA BRASILEIRA DE MURALHA SERVIÇOS S/C LTDA. LIMPEZA LTDA. DISTRIBUIÇÃO LTDA. SANEAMENTO COM. LTDA AMADE COMERCIAL LTDA N.N. SERV. EM ALIMENTAÇÃO, HIGIENE E UBAPELCOMERCIO REPRESENTAÇÕES LTDA. JOHNSONDIVERSEY BRASIL BST BUREAU SERVIÇOS TÉCNICOS JARDINAGEM S/C LTDA. BASE LOG DISTRIB PRODUTOS DE S/C LTDA LIMPEZA LTDA VICK CLEANING SERVIÇOS KALYKIM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. O.O. LIMA EMPRESA LIMPADORA LTDA. PROFISSIONAIS DE LIMPEZA LTDA. CLEAN MALL SERVIÇOS LTDA BRASLIMPO COMERCIAL LTDA KARCHER INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. OPCIONAL SERVIÇOS DE LIMPEZA E WT COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES CLEANIC COMÉRCIO E SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO E PORTARIA LTDA. CLEANING SOLUTIONS COM PROD HIG LTDA. LARKIN BRASIL LTDA. HIGIENIZAÇÃO LTDA PESSOAL E PROFISS LTDA PERES & DONATO SERVIÇOS LTDA (nome YT BORTHOLIN COM E DISTRIB LTDA LIMA & PERGHER IND. COM. E CLEAN-UP AUTOMAÇÃO EM SISTEMAS DE fantasia: Inservice) COLUMBIA COMERCIAL PAULISTA REPRESENTAÇÕES LTDA. (nome fantasia: LIMPEZA LTDA Fabricante Start Quimica) PEROL COMERCIAL E INDUSTRIAL LTDA. COMERCIAL PANCAS COM. ATAC. VAREJ. CONSERBRÁS CONSERVADORA MAT.LIMP.UTILIDADES DOMÉSTICAS LTDA 3M DO BRASIL LTDA LIMPPANO S/A BRASILEIRA LTDA PINHA COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE EPP Nome Fantasia: CLP SERVIÇOS LTDA. ADHETECH QUÍMICA INDÚSTRIA E MAKROQUIMICA PRODUTOS QUIMICOS COSTA & ZAMPIERI S/C LTDA COMERCIAL SEARA LTDA ME COMÉRCIO LTDA LTDA. PREDIAL HIGIENIZAÇÃO LIMPEZA E CSG COMERCIO DE PROD. LIMPEZA E SERVIÇOS LTDA CONSENSO COMÉRCIO E ALSCO TOALHEIRO BRASIL LTDA MÁQUINAS AGRÍCOLAS JACTO S/A. (nome SERVIÇOS LTDA. REPRESENTAÇÕES LTDA fantasia: Jacto Cleaning) PREMIER BRASIL SERVIÇOS DE SUP. PARA ALWIN MANUFACTURING CO. INC. DALKIA BRASIL S/A INDÚSTRIAS LTDA. CWB COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE MARCELO SCALFO PLÁSTICOS EPP EMBALAGENS LTDA. ARTLAV INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA DIKMA SERVIÇOS GERAIS LTDA. PRIMOREX CONSERVAÇÃO E MAXCLEAN PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA. MANUTENÇÃO PREDIAL LTDA. D.P.C. COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES AUDAX QUÍMICA INDUSTRIAL E DINÂMICA ADMINISTRAÇÃO, SERVIÇOS E LTDA COMERCIAL LTDA MONICAR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE OBRAS LTDA. PRÓSPER DO BRASIL SERVIÇOS LTDA. MÁQUINAS LTDA. DINA-TOK PRODUTOS PARA LIMPEZA BELL TYPE INDUSTRIES LTDA ECLIPSE BRASIL IMPORTAÇÃO E QUALITY SERVIÇOS LTDA. LTDA. NTI EQUIPAMENTOS LTDA EPP COMÉRCIO LTDA. BETALIMP COMERCIO E SERVIÇO LTDA RCA PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA. DISKTEM PRODUTOS E EQUIPAMENTOS OBER S/A INDUSTRIA E COMERCIO EFICAZ LIMPEZA, CONSERVAÇÃO E PARA LIMPEZA LTDA. BETTANIN INDUSTRIAL S/A HIGIENIZAÇÃO LTDA. REDE SERV SERVIÇOS INTEGRADOS DE OLEAK INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO LTDA. DOZE DISTRIBUIDORA DE EMBALAGENS BIO CLEAN DO BRASIL IMP E EXP LTDA ELOFORT SERVIÇOS LTDA. LTDA. PAPÉIS IRAPURU LTDA. RENTAL SERVY LOCAÇÃO E COM. BIOCHEMICAL PRODUTOS QUIMICOS LTDA EMEC BRASIL SISTEMAS DE TRATAMENTO EQUIPAMENTOS LTDA. ECLIPSE BRASIL IMPORTAÇÃO E PIONEIRA INDÚSTRIA LTDA DE ÁGUA LTDA COMÉRCIO LTDA. BRACOL IND E COM LTDA (antiga BERTIN RESOLVE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA) . PLATAFORMA TECNOLOGIA EM CONSERV. EMPRESA LIMPADORA SINGALTER LTDA. ECOSYSTEM COMÉRCIO DE PRODUTOS DE PISOS LTDA DE HIGIENE E LIMPEZA LTDA. BRALIMPIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA EMPRESA TEJOFRAN DE SANEAMENTO E SEGURA SERVIÇOS LTDA. PLAX INDUSTRIA E COMÉRCIO DE SERVIÇOS GERAIS LTDA. FRESNOMAQ INDÚSTRIA DE MÁQ. LTDA. BRIOSOL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SOLVENTES LTDA. SEIXAS E RAMOS LTDA. Nome Fantasia: MATERIAL DE LIMPEZA LTDA EPS EMPRESA PAULISTA DE SERVIÇOS Dream Wash H.D. HIGIENE E LIMPEZA LTDA. EPP. POLWAX PRODUTOS QUÍMICOS S/A. LTDA. BRITISH INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA (SYNTEKO) SERH LIMPEZA MANUTENÇÃO E IDEAL SISTEMAS DE HIGIENE LTDA. ESPC EMPRESA DE SERVIÇOS SERVIÇOS LTDA- CAMPONESA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE POWER CLEANING INDÚSTRIA E PROFISSIONAIS E CONSERVAÇÃO LTDA. IMPAKTO PROD. DE HIGIENE E LIMPEZA ESCOVAS LTDA COMÉRCIO LTDA. SERVICE CLEAN LTDA ÉTICA CONSERVAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO INDEBA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. CERA INGLEZA INDÚSTRIA E COMÉRCIO PREMISSE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. LTDA. SERVICE MASTER LTDA LTDA (Proline) KING LIMP COMÉRCIO PRODUTOS FEGA LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA S/C. SERVI-SAN LTDA LIMPEZA LTDA. CERTEC & NATHAN EQUIPM IND DE PRÍMULA INDUSTRIA E COMÉRCIO DE LTDA LIMPEZA LTDA PAPÉIS LTDA. SETTER COMÉRCIO E SERVIÇOS GERAIS KLIN SHOP LTDA. FIT SERVICE SERVIÇOS GERAIS S/C LTDA. LTDA CHEMISCH INDUSTRIAL DO BRASIL LTDA PROPISCINAS PRODUTOS PARA PISCINAS LEONE EQUIPAMENTOS AUTOMOTIVOS LTDA. GESTOR SERVIÇOS EMPRESARIAIS LTDA SIDE SERVIÇOS ADMINISTRAÇÃO E LTDA. COLUMBUS BRASIL INDUSTRIAL E ENGENHARIA LTDA. COMERCIAL LTDA PROVITEC COM. IMP. EXP. ARTEFATOS GUIMA CONSECO CONSTRUÇÃO LIMPADORA INTERLIMP COMÉRCIO E INDUSTRIAIS LTDA. SERVIÇOS E COMÉRCIO SISTEMA QUATRO TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO LTDA. CONDOR S/A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL LTDA. QUIMINAC INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. HICOP TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS LIMPADORA INTERLIMP COMÉRCIO E CONTROLE PROFISSIONAL DE LIMPEZA LTDA. SOLMAR SERVIÇOS E REPRESENTAÇÕES REPRESENTAÇÃO LTDA. LTDA RAVA EMBALAGENS INDÚSTRIA E LTDA COMÉRCIO LTDA. INTERATIVA SERVICE LTDA. LIMPADORA INTERLIMP COMÉRCIO E CONVERPEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE STAR WORK SERVIÇOS LTDA. REPRESENTAÇÃO LTDA. TOALHAS E DESCARTÁVEIS LTDA REMAL INDÚSTRIA COMÉRCIO E INTERCLEAN S/A. SERVIÇOS LTDA. (nome fantasia: REMAL) SUPORTE SERVIÇOS LTDA. LIMP-TUDO COMÉRCIO DAL PONT EXPORTADORA DE PAPÉIS INVEST SERVICE ADMINISTRAÇÃO E REPRESENTAÇÕES LTDA. LTDA. RENOVA TECNOLOGIA EM PAPEL LTDA. SERVIÇOS LTDA. SUPRICLEAN GUARNIERI & BERTANI LTDA. MAQLAV EQUIPAMENTOS PARA LIMPEZA DALILA QUÍMICA INDUSTRIA E COMÉRCIO RICEL PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA. ISO CLEAN SERVIÇOS LTDA. TOP CLEAN COM. PRODUTOS LIMP. LTDA. (NUNES OLIVEIRA) LTDA SERVIÇOS CONS. LTDA. ROYAL QUALITY QUIMICA DO BRASIL JAKS SERVIÇOS COM. E MEKO COMÉRCIO REPRESENTAÇÕES E DETYLINE PRODUTOS E SISTEMAS PARA (Unijohn) REPRESENTAÇÕES LTDA. ULTRASERV SERVIÇOS E SOLUÇÕES LTDA. SERVIÇOS LTDA. LIMPEZA SEKO DO BRASIL COMÉRCIO DE JANI-KING DO BRASIL SERVIÇOS VAIRO GESTÃO DE SERVIÇOS LTDA. MILLENIUM QUIMICA COMERCIAL LTDA. DU PONT DO BRASIL S/A SISTEMAS DE DOSAGEM LTDA COMERCIAIS DE LIMPEZA LTDA. VALITEC COMERCIAL E LIMPEZA TÉCNICA MIXYOU COMERCIAL LTDA. ECO QUÍMICA INDÚSTRIA HIGIENE LTDA. SERRANA PAPEL E CELULOSE S/A JM SERVIÇOS PROFISSIONAIS E LTDA. CONSTRUÇÕES E COM. LTDA. MOPP EQUIP. DE LIMPEZA, COMÉRCIO ECOLAB QUÍMICA LTDA. SIGNA INDUSTRIAL LTDA. VERZANI & SANDRINI LTDA. E IMP. LTDA. LIBER CONSERVAÇÃO E SERVIÇOS ECON INDÚSTRIA COM. PROD. HIGIENE E SOCIEDADE ALFA LTDA. GERAIS LTDA. VIKINGS SISTEMAS DE LIMPEZA NOVALIMP DISTRIBUIDORA DE LIMPEZA LTDA. EMBALAGENS E DESCARTÁVEIS LTDA. SOTECO BRASIL ( I P CLEANING IND. E LIDERANÇA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO WORKTEC COMÉRCIO E SERVIÇOS DE (nome fantasia: Novalimp) ELECTROLUX DO BRASIL S/A. COM. LTDA ) (nome fantasia: I P Cleaning) LTDA. PAISAGISMO LTDA. PLATI INDUSTRIA E COMERCIO DE ESSENBRA ESSÊNCIAS PROD. SPARTAN DO BRASIL PRODUTOS LIMP SERV CONSERVAÇÃO E SERVIÇOS ZELO SERVIÇOS E EMPREENDIMENTOS PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA. AROMÁTICOS DO BRASIL LTDA. QUÍMICOS LTDA. LTDA. LTDA. PROLIM PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA. FRESNOMAQ INDÚSTRIA DE MÁQUINAS TOMKI INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. LIMPADORA INTERLIMP COMÉRCIO E Representante LTDA. REPRESENTAÇÃO LTDA. REMAL INDÚSTRIA COMÉRCIO E TRILHA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. DISKTEM PRODUTOS E EQUIPAMENTOS SERVIÇOS LTDA. (nome fantasia: REMAL) GOJO AMÉRICA LATINA LTDA. LOC LAV LOCADORA EQUIPAMENTOS PARA LIMPEZA LTDA. TRON CONTROLES ELETRICOS LTDA. PARA LIMPEZA LTDA. RIBERCON DISTRIBUIDORA LTDA. HELIOCOLOR COMÉRCIO E INDÚSTRIA TUFANN ESCOVAS INDUSTRIAIS LTDA. LTDA. TTS TECNO TROLLEY SYSTEM DO BRASIL MAGI CLEAN SÃO PAULO ASSEIO E RL SISTEMAS DE HIGIENE LTDA. CONSERVAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA. Usuário HYDRO SYSTEMS ( DOVER DO BRASIL) TUFANN ESCOVAS INDUSTRIAIS LTDA. SS SILVEIRA & SILVEIRA COMERCIAL LTDA MARK BUILDING GERENCIAMENTO GAZZETTA TALENT TALENTOS PARA INDAIAL PAPEL EMBALAGENS LTDA. VENEZA HIGIENISTA COMERCIAL LTDA. PREDIAL LTDA. EMPRESAS DE TALENTOS S/C LTDA. STOCK LIMP COMÉRCIO ATACADISTA DE PAPÉIS LTDA. INDEBA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. VISIUM BIOSSEGURANÇA LTDA. MARTEC PROD. E TECNOLOGIA EM QUALITEC COMÉRCIO E TECNOLOGIA LTDA. LIMPEZA LTDA. ME SUPREMA EMBALAGENS LTDA. INDÚSTRIA E COMÉRCIO ODERICH LTDA. Prestador de SOCICAM ADM. PROJETOS E (nome fantasia: Vassouras Odim) Serviços MAXI SERVIÇOS LTDA. REPRESENTAÇÕES LTDA. SUPREMO COMÉRCIO DE MATERIAIS LTDA. ME INDÚSTRIAS BECKER LTDA. ACCERT SERVIÇOS LTDA MG SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA. Sem atribuição TECNO CLEAN COMERCIAL LTDA. ME INDÚSTRIAS DE ENCERADEIRAS CERTEC ASA SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA MIKE SERVICE S/C LTDA. IMPACTOR PRODUTOS E SISTEMAS DE LTDA. LIMPEZA LTDA. (nome fantasia: Marazul) TECNOCLEAN ANDRADE ELETROTÉCNICA ASSERT COMÉRCIO LTDA MOPCLEAN COMERCIO E SERVIÇOS LTDA LTDA. INSERT QUÍMICA INDUSTRIAL LTDA. BASSE SISTEMAS DE SERVIÇOS S/C LTDA MULTSERV COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA. 42 JOFEL DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.FILIAL
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