Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore Apostila O mar e nós (1)

Apostila O mar e nós (1)

Published by Marjorie Ramos, 2023-08-10 04:41:00

Description: Apostila O mar e nós (1)

Search

Read the Text Version

REALIZAÇÃO PATROCÍNIO O MAR APOIO E NÓS PATROCÍNIO ®Associação MarBrasil

Presidente: Ariel Scheffer da Silva VÁRIOS AUTORES Direção Executiva: Juliano José Dobis Carneiro Coordenação Programa REBIMAR: André Pereira Cattani O MAR E NÓS Organização: Bruna Manoela da Silva Conceição 2ª edição Diego Gustavo Silvério Emerson Joucoski Pontal do Paraná Marjorie Chaves Ramos Associação MarBrasil Rodrigo Arantes Reis Tathiane Marques de Mendonça 2022 Revisão: Bruna Manoela da Silva Conceição Diego Gustavo Silvério Marjorie Chaves Ramos Tathiane Marques de Mendonça Ilustrações Douglas Pereira Camargo Diagramação Diego Gustavo Silvério Gabriel Eloi de Marchi Fotografias Gabriel Eloi de Marchi

Autores Associação MarBrasil Equipe REBIMAR Anderson Tadeu Ramos Jaqueline dos Santos Pontes Presidente Allan Paul Krelling Bruno Martins Gurgatz Jeziel da Silva Malaquias Ariel Scheffer da Silva André Pereira Cattani Bruna Manoela da Silva Conceição Marcelo Soeth Bruna Manoela da Silva Conceição Camila Domit Vice-presidente Cassiana Baptista Metri Marcos de Vasconcelos Gernet Rafael Metri Camila Domit Diego Gustavo Silverio Marjorie Chaves Ramos Cassiana Baptista Metri Eduardo Vedor de Paula Natasha Wosnick Primeiro Secretário Cláudia Akemi Pereira Namiki Emerson Joucoski Rafael Metri Frederico Pereira Brandini Diego Gustavo Silvério Felipe Brasil Felicio Rodrigo Arantes Reis Eduardo Vedor de Paula Hugo Bornatowski Stephane Polyane Conselho Elair Siuch do N. Mota Allan Paul Krelling Tathiane Marques de Mendonça Daniel Hauer Queiroz Telles Eloísa Pinheiro João Roberto B. Maceno Silva Emerson Joucoski Hugo Bornatowski Rafael Metri Gabriel Eloi de Marchi Ubirajara Barbosa Alves Jaqueline de Lima Perucello Juliano José Dobis Carneiro REALIZAÇÃO PATROCÍNIO Laila Rebecca Laura Krama Leonardo de Paula Rios Marília Cunha Lignon Marjorie Chaves Ramos Natascha Wosnick Otacilio Lopes de Souza da Paz Rafael Metri Renata Daldin Leite Robin Hilbert Loose Rodrigo Arantes Reis Sandrah Souza Guimarães Sarah Charlier Sarubo Tathiane Marques de Mendonça ACOMPANHE O PROGRAMA REBIMAR NAS REDES SOCIAIS ACESSE NOSSO SITE @programarebimar /programarebimar Youtube: Associação MarBrasil www.marbrasil.org/rebimar [email protected]

Mergulhando na DO A Década do Oceano 30 Biodiversidade 31 do Litoral do Paraná 10 Por que uma Década da 11 Ciência Oceânica? Ecossistema 12 O que a Década do Oceano Biodiversidade 14 alcançará? Surgimento dos Oceanos 15 Evolução da vida marinha 18 Associação MarBrasil 33 Principais Ecossistemas marinhos do 34 litoral do Paraná O que são os Recifes 37 A vida nos Mares e Oceanos Artificiais Marinhos? Espécies chave Grande Reserva Mata Atlântica Ameaças ao 25 Ambiente Marinho 27 no Litoral do Paraná 28 Principais ameaças Lixo Marinho Minimizando impactos

a biodiversidade DO O litoral do Paraná é forma- O litoral do Paraná está do pelos municípios de Guaraque- inserido na maior faixa de Mata LITORAL do çaba, Antonina, Morretes, Parana- Atlântica preservada do Brasil. guá, Pontal do Paraná, Matinhos e Ocorre associada aos ecossiste- PARANÁ Guaratuba. Considerado o segundo mas costeiros de mangues, nas menor litoral do Brasil, nele encon- enseadas, foz de grandes rios, tramos dois estuários, o de Guara- baías e lagunas de influência de tuba, e o complexo Estuarino de marés, nas restingas, nas baixadas Paranaguá. Esses estuários servem arenosas do litoral e outros tipos como berçário e abrigo para varia- de vegetação. das espécies marinhas. SÃO PAULO A Mata Atlântica apresenta A cultura indígena influen- GUARAQUEÇABA mais de duas mil espécies de ciou inúmeros aspectos culturais animais, entre elas anfíbios, pás- presentes no litoral paranaense, ANTONINA ILHA RASA ILHA DO ILHA DA saros, répteis, mamíferos e peixes. desde alimentação e linguagem até MORRETES BAÍA DAS PINHEIRO FIGUEIRA Muitos estão ameaçados de extin- o nome das cidades de Guaraque- ção. É também território de diver- çaba, Guaratuba e Paranaguá. LARANJEIRAS ILHA DAS OCEANO ATLÂNTICO sas comunidades indígenas tradi- PEÇAS cionais, tais como Guarani e Kain- gang. BAÍA DE PARANAGUÁ ILHA DAS PALMAS ILHA DA COTINGA PARANAGUÁ ILHA DA GALHETA PONTAL DO PARANÁ MATINHOS ILHAS DOS CURRAIS ITACOLOMIS GUARATUBA BAÍA DE GUARATUBA SANTA CATARINA 08 FONTE: GOOGLE EARTH 09

Ecossistemas BIODIVERSIDADE Para começarmos a entender nosso conteúdo e sua Atualmente muito se fala sobre importância, é relevante antes de qualquer coisa relem- “biodiversidade”, mas você sabe o que brarmos alguns conceitos básicos sobre ecossistemas. significa biodiversidade? Vamos lá? Biodiversidade ou diversidade biológica, refere-se à Ecossistema é o conjunto de características físicas, variedade dos organismos, ou seja, é o número de espécies químicas e biológicas que permitem a existência e o desenvol- diferentes existentes em um determinado ecossistema. vimento de uma espécie. O litoral paranaense está inserido em um dos 34 hots- Basicamente, é constituído dos elementos vivos, que pots mundiais para a conservação da biodiversidade. podem ser plantas, animais e microrganismos, e de elemen- tos não-vivos, que por sua vez, podem ser água, gases atmos- Os Hotspots de Biodiversidade são os lugares com féricos, sais minerais e também a radiação solar. maior riqueza em biodiversidade no planeta Terra. Possui alto número de espécies não encontradas em nenhum outro lugar. O conjunto desses elementos e suas interações são o que conhecemos por ecossistema. Os Hotspots estão sofrendo ameaças extremas e já perderam pelo menos 70% de sua vegetação original, tornan- 10 do-se áreas prioritárias para conservação. 11

O Surgimento dos oceanos As primeiras bacias oceâni- Você sabia que Você sabia que a lua pode cas surgiram há bilhões de anos. os mares e oceanos Acredita-se que grande parte de são salgados por influenciar o comportamento das toda água oceânica veio da atmos- conta do Ciclo da fera. Água? AA LLUUAA espécies marinhas? Com o resfriamento do Grande parte da água que EEOO MMAARR planeta, grande parte da água que evapora e encontra-se na atmosfe- se encontrava na atmosfera em ra, vem dos oceanos. Desta manei- Apesar de estar muito estado gasoso se tornaram imen- ra, uma pequena parte retorna atra- distante da Terra, a lua interfere no sas precipitações de chuva que vés das chuvas e a maior parte desta movimento das marés provocado acumularam nas depressões (rele- água cai em áreas terrestres. Nesse pela força gravitacional da lua, vos mais baixos) da superfície processo de retorno pelos rios, ao gerando a maré alta e baixa, terrestre. entrar em contato com diversos influenciando também no compor- tipos de relevo, a água retira e tamento de diversas espécies Os oceanos apresentavam carrega sais que com o passar do marinhas. formações diferentes de como o tempo, por não evaporarem, se acu- conhecemos hoje. As mudanças mulam nos oceanos. ocorreram devido a fatores como: glaciações, movimento das placas tectônicas e a temperatura do planeta. 12 13

A IMPORTÂNCIA DA VOCÊ SABIA? principais ÁÁGGUUA PARA O A água-viva é um invertebra- ecossistemas do que tem seu corpo composto por marinhos SURGIMENTO DA VVIIDDAA 98% de água. Não possui órgãos, A água é um elemento apenas nervos sensoriais nos seus essencial para a existência de tentáculos. organismos vivos. Ela cobre 70% de toda a superfície terrestre, em a evolução da O bioma marinho costeiro brasileiro é uma algumas regiões a profundidade transição entre os ecossistemas terrestres e estimada chega a 3.700 metros. É vida marinhos. Compreende diversos ecossiste- nesse imenso ambiente que se encontram 95% da biosfera da marinha mas litorâneos, entre os principais estão: Terra, o que faz com que o ecos- sistema marinho seja considerado O mecanismo básico para a costão rochoso o maior e mais importante dos evolução das espécies apresentado ecossistemas. Essa imensa “sopa por Charles Darwin em meados de É o nome dado ao ambiente primordial”, rica em nutrientes e 1859 é conhecido como “Seleção costeiro formado por rochas, situado sais minerais, possibilitou o surgi- Natural”. Nele, a partir de ancestrais na transição entre os meios terrestre e mento dos primeiros seres unice- comuns, as populações sofrem aquático. Geralmente o costão apare- lulares, há bilhões de anos, as bac- modificações ao longo do tempo, de ce na ponta das praias, onde acaba a térias primitivas. Esses simples tal maneira a se tornarem melhores faixa de areia. organismos deram origem a adaptadas aos seus ambientes. muitos outros seres, uni e multi- Essa capacidade de adaptação foi recifes de corais celulares, de variadas formas e determinante na conquista de características que povoaram os novos ambientes pela vida na Terra. São colônias constituídas por uma diferentes ambientes deste plane- Por exemplo, os primeiros animais ta. Para se ter uma ideia da rele- vertebrados a conquistar o mundo série de organismos marinhos com vância da água, boa parte dos aquático foram os peixes que surgi- estudos sobre a existência de vida ram há cerca de 500 milhões de esqueleto calcário. Em alguns casos são em outros planetas busca encon- anos. Todos os demais vertebrados, trar água em estado líquido, o que terrestres e aquáticos, como os formações milenares, produzidas por se acredita ser fator determinante mamíferos, répteis e aves, são origi- para o desenvolvimento de orga- nários destes peixes que viviam no pequenos animais de corpo mole chama- nismos. ambiente marinho. dos “pólipos”. 14 15 Foto: Robin Loose

praias arenosas marisma É um ambiente localizado no encon- São ecossistemas costeiros entre tro da água dos oceanos com o solo expos- marés presentes ao redor de todo o globo to, seu solo é arenoso, pobre em nutrientes, terrestre, com pouco relevo, que apre- possui pouca vegetação, salgado e cons- sentam salinidade e temperaturas altas. tantemente movido pelas ondas ou vento. Sua vegetação é composta principal- mente por gramíneas. restinga manguezal São formações vegetais costeiras extremamente adaptadas a fatores climá- É uma zona úmida definida ticos como ventos e temperatura. Ocupam como “Ecossistema costeiro de transi- grandes extensões do litoral, sobre dunas e ção entre os ambientes terrestre e planícies costeiras. Inicia-se junto à praia, marinho''. Característico de regiões com gramíneas e vegetação rasteira, e tropicais e subtropicais, sujeito ao torna-se gradativamente mais variada e regime das marés”. Sendo considerado desenvolvida à medida que avança para o um dos indicadores ecológicos mais interior, podendo também apresentar significativos na zona costeira brasi- brejos com densa vegetação aquática. leira. Ou seja, um indicador de que o Abriga muitos cactos, orquídeas, herbáce- ambiente está saudável. as, arbustivas, árvores e bromélias. estuÁRIO vegetação com influência fluvial Um estuário é uma área ao redor de toda costa onde há o encontro Também chamada de campos de entre um rio com o mar. Nos estuários várzea, se localiza nos ambientes das a água do mar é diluída pela água doce, várzeas úmidas e alagadas, em periferias formando um ambiente salobro e que de cursos d’água e em lugares úmidos se constitui de uma química única. O onde, de certo modo, existe acúmulo das estuário tem função importante de águas dos rios, riachos e de chuvas. reprodução e abrigo para espécies marinhas. 16 17

a VIDA nos 19 &mmaarreess oocceeaannooss Sabemos que, de acordo com as suas semelhanças, todos os seres vivos estão agrupados em diferentes categorias. De acordo com a classifi- cação proposta pelo pesquisador Whittaker, em 1969, os seres vivos podem ser incluídos em cinco reinos: Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi, Reino Plantae, Reino Animalia. O reino é uma das categorias de maior abrangência de seres vivos que apresentam características semelhantes, porém com algumas características particulares importan- tes. 18

MONERA PROTISTA REINO FUNGI REINO PLANTAE É um grupo com imagem: Gordon T. Taylor, Stony Brook University imagem: Rocky Mountain Laboratories, NIAID, NIH - NIAID seres bastante simples. Não apresenta O Reino Fungi O Reino Plantae é indivíduos com células apresenta organismos composto por organis- Todos os integrantes são procarióticas, sendo unicelulares ou multice- mos autotróficos (com todos os representantes lulares e com célula exceção de plantas para- formados por apenas eucarióticos. Nesse eucariótica. Todos os sitas), multicelulares e grupo, encontramos representantes, diferen- que possuem células uma célula (unicelulares), seres unicelulares e mul- temente dos reinos eucarióticas. É um grupo ticelulares e também acima, são heterotrófi- bastante diversificado e a qual não apresenta organismos com nutrição cos, ou seja, incapazes engloba todas as plantas autotrófica e heterotrófi- de produzir seu alimento. existentes no planeta. As núcleo definido (célula ca. Esse reino possui Essa é a principal carac- plantas possuem as algas organismos bastante terística que permite verdes como ancestrais. procariótica). Alguns diversificados, e muitas distinguir esse grupo das pessoas costumam dizer plantas. Estão incluídos Árvores e musgos representantes são até mesmo que nele nesse reino todos os estão agrupados os seres cogumelos, bolores e 21 capazes de produzir seu que simplesmente não se leveduras. encaixam em outros próprio alimento (autó- reinos. Cogumelos, bolores e fermentos trofos), enquanto outros Protozoários e algas precisam retirar seus nutrientes de outros organismos vivos (hete- rotróficos). Estão incluí- das, nesse grupo, todas as espécies de bactérias e cianobactérias. Bactérias e cianobactérias 20

REINO ANIMALIA NÉCTON Podemos entender “Vida Marinha” como todo um con- junto de seres vivos que tem como habitat o ambiente marinho. Os organismos marinhos são divididos em três categorias. PLÂNCTON BENTOS Por fim, temos o São animais que pos- imagem: Robin Loose Reino Animalia, o reino suem vida ativa e habi- imagem: NOAA MESA Project ao qual pertencemos. Ele tam na coluna da água, possui representantes, fazendo deslocamentos, Organismos Espécies de orga- heterotróficos, multice- até mesmo contra microscópicos que vivem nismos que habitam lulares e com células correntes marítimas. São na camada superficial da zonas de substrato, ou eucarióticas. peixes de modo geral, coluna de água, flutuam e seja, no fundo do ecos- baleias, raias, lulas e deslocam-se conforme sistema marinho. Algu- Água viva, peixes, insetos, polvos. as correntes marítimas. mas são fixas como algas aves, humanos... Vitais para o equilíbrio da e corais enquanto outras Golfinhos, raia manta... cadeia alimentar, servem podem se locomover de alimento para outros como os caranguejos, seres. É composta por moluscos, ouriços e microalgas e pequenos estrelas do mar. animais como larvas e microcrustáceos. Caranguejos, raias-viola, ouriços... Bactérias, algas 23 22

VÍRUS ameaças para o Temos ainda os aambiente marinhoo vírus, porém eles não são classificados em nenhum VOCÊ SABIA? Entre as principais ativida- Diante da relevância do dos reinos estudados. des realizadas em regiões de mares ambiente marinho, muitas opini- Muitos estudiosos não “Uma das espécies que e oceanos estão o transporte e ões e embates políticos divergen- consideram esses seres mantém características produção de alimentos para obten- tes infelizmente não priorizam a como vivos, uma vez que de seus ancestrais são os ção de recursos energéticos, bens proteção e a conservação do meio não possuem célula e tubarões. Estudos indi- minerais, turismo e recreação. Além ambiente. A realidade é que o uso nenhum metabolismo cam que estes animais já disso, a maior parte das ocupações do ambiente marinho gera confli- fora das células parasita- existiam há cerca de 400 urbanas no mundo se iniciaram tos permanentes que necessitam das por eles. Entretanto, milhões de anos. Os pelas regiões costeiras, o que faz de um amplo debate consciente no esses seres possuem primeiros tubarões mar- com que a relação humana com o desafio da gestão do uso da zona material genético e são telos surgiram há aproxi- território litorâneo seja muito antiga costeira. capazes de evoluir, o que madamente entre 20 ou e vários aspectos culturais estejam faz com que muitos os 25 milhões de anos.” relacionados às dinâmicas costei- A atividade humana em seu terri- considerem seres vivos. ras. tório gera uma série de implica- ções à vida que nele está situada. SARSCOV-2, H3N2, Varíola, A relação do homem com a nature- Sarampo za é complexa e requer um balanço de ações de exploração de recur- sos e também de preservação da mesma. 24 25

Entre as Principais atividades com alto potencial de lixo marinhoo riscos ambientais podemos citar as seguintes: O lixo acumulado na região costeira é 1 Acidentes com embarca- 4 A água de lastro dos navios, muito comum. Para mitigar este tipo de dano ambiental, além de uma redução dos dejetos ções podem causar derramamen- utilizada no equilíbrio das embarca- sendo gerados, também se faz necessário to de óleo e outras cargas na costa ções principalmente quando elas um controle dos dejetos que tem um alto e em alto mar, impactando a vida estão sem cargas, é um meio trans- tempo de permanência na natureza, como marinha e a pesca local. portador de espécies exóticas com os plásticos por exemplo. potencial para se tornarem espé- 2 As emissões urbanas e cies invasoras. Atualmente este é VOCÊ SABIA? considerado um dos maiores riscos industriais aumentam a concen- à biodiversidade marinha. Lixo marinho é qualquer tipo de resíduo sólido produzi- tração de CO2 atmosférico e con- do pelo homem, exceto os orgânicos. Além do lixo como tribui para a acidificação dos oce- 5 As zonas urbanas costeiras, conhecemos, existe também lixo invisível conhecido por micro- anos. plástico. A ingestão de microplásticos é bastante comum em quando não possuem um sistema aves marinhas, que assim como tartarugas, peixes e alguns 3 Dados de 2010 revelam que próprio de saneamento básico, mamíferos marinhos têm dificuldade em diferenciar o acabam descartando resíduos dire- lixo de seu alimento natural. Esta ingestão 67% da produção mundial de pes- tamente ao mar. pode provocar obstrução do aparelho cados é feita de forma industrial. digestivo e levar os animais à morte por Em sua maioria através da modali- 6 A “caça submarina”, às vezes desnutrição, em função de uma falsa dade da pesca de arrasto que é sensação de satisfação alimentar. O nociva ao ambiente marinho. associada ao mergulho em corais e microplástico libera substâncias tóxi- Nessas atividades ocorre o que costões rochosos, pode incluir cas que se acumulam nos organis- chamamos “captura incidental”, ou como alvo espécies ameaçadas mos dos animais que quando inge- seja, material excedente de fauna como o Mero, por exemplo. ridos por humanos geram conse- marinha sem valor comercial. quências ainda desconhecidas Além de danos a todo o ambiente 7 O lixo plástico descartado do fundo do mar (bentônicos) 27 devido ao contato da rede de em áreas de turismo (copos, canu- arrasto no fundo dos oceanos. dos, embalagens, garrafas) afetam diretamente os animais costeiros. 26 Inevitavelmente esse material alcançará o mar e será um proble- ma à fauna.

minimizando impactos O ritmo crescente de explo- Existem várias formas de baixe o nosso ração exagerada dos recursos reduzir os impactos gerados pelos naturais vem provocando a des- seres humanos aos ecossistemas aplicativo truição de ecossistemas inteiros. marinhos. Uma das principais medi- Essa destruição do planeta resul- das para minimizar esses danos é a Com o aplicativo SIG tará em mudanças climáticas irre- educação voltada para a sensibiliza- REBIMAR você poder ajudar os versíveis, comprometendo gera- ção de um consumo consciente, pesquisadores na coleta de ções atuais e futuras. uma vez que o propósito central não dados de fauna marinha enca- é culpar quem consome, mas lhada e do lixo plástico. Basta Minimizar impactos no propor a reflexão crítica sobre o que baixar o app em seu celular e ambiente significa desenvolver é consumo e o que é excesso para com ele fotografar lixo ou ani- alternativas que visem reduzir ou cada um. mais que encontra na praia. cessar os impactos nocivos da Venha fazer parte da Ciência atividade humana sobre a nature- Atualmente os resíduos sóli- Cidadã! za. Garantir a saúde dos ecossiste- dos depositados nos oceanos são mas significa não retirar deles encarados como o maior desafio 29 mais do que sua capacidade de para a preservação e conservação regeneração e não lançar mais que de ambientes marinhos e toda sua sua capacidade de absorção. biodiversidade. É preciso lembrar também que todo o processo de produção de materiais como plásti- co, metais, vidro e outros compos- tos encontrados no oceano, também geram a emissão de poluentes. Economizar água, ener- gia e plantar árvores são ações que devem ser associadas à responsa- bilidade de produzir menos lixo. 28

a DÉCADA DO oceAno Por que uma Década da Ciência Oceânica? A Ciência que precisamos para o oceano que queremos O conceito de sustentabilidade ganha cada dia mais visibilida- A década dos oceanos proposta pela ONU (Organização das de e atenção em diversas nações do planeta, e isso se deve porque os Nações Unidas) tem por objetivo conscientizar a população em todo o seres humanos e seus modos de vida vem gerando impactos desas- mundo sobre a importância dos oceanos, organizando ações que con- trosos para todas as formas de vida no planeta, comprometendo a tribuam para a saúde e a sustentabilidade dos mares. capacidade natural de equilíbrio de diferentes ecossistemas. A Década fortalecerá a união entre países, cooperando A definição de sustentabilidade foi definida em com pesquisas científicas e novas tecnologias que sejam 1987: Desenvolvimento sustentável é aquele que capazes de unir a ciência oceânica às reais necessidades da atende às necessidades das gerações atuais, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de sociedade. atenderem às suas próprias necessidades. A ciência oceânica pode nos ajudar a tratar os impactos Neste sentido, sustentabilidade é uma discus- da mudança climática, da poluição marinha, da acidifica- são sobre a forma de organização de uma sociedade, ção dos oceanos, da perda de espécies marinhas e da devido a importância do ambiente marinho e costeiro e degradação de ambientes marinhos e costeiros. Para seus crescentes impactos, as atenções voltaram-se para o alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável, mesmo. Com foco na conservação do ambiente, foram elabora- precisamos além de uma ciência de qualidade para influenciar das alternativas e metas para conservação do mesmo. No ano de a tomada de decisões, também de uma maior difusão do conheci- 2015 a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou um Plano de mento científico para toda a sociedade. Aumentando o nível de conhe- Desenvolvimento Sustentável, que estabelece 17 objetivos para cimento de toda população. o Desenvolvimento Sustentável, a serem cumpridos em 15 anos. Um dos 17 objetivos trata da Conserva- ção e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimen- to sustentável. 30 Foto: Júlio Bazanella 31

Aassociação marbrasil A Associação MarBrasil é uma A Biodiversidade Marinha O que são os Recifes Os recifes artificiais utilizados Organização Não Governamental sem (REBIMAR), utiliza os recifes artificiais Artificiais Marinhos? no REBIMAR foram projetados para fins lucrativos, fundada em 2004 por como uma das ferramentas para auxi- atrair peixes para procriação e maxi- profissionais de competência cientí- mizar o recrutamento larval. Por isso, fica, técnica e administrativa diversi- liar a recuperação da biodiversidade Recifes artificiais marinhos são chamados de recifes de recruta- ficada. Sua missão é contribuir para a marinha e tem o patrocínio da Petro- (RAMs) são estruturas geralmente de mento larval (RRL). A superfície é proteção, preservação, conservação, bras por meio do Programa Petrobras concreto. Lançadas ao fundo do mar plana e rugosa para facilitar a fixação recuperação e manejo sustentável do Socioambiental. Nesta fase do projeto, para serem colonizadas pela biodiver- de organismos marinhos e o concreto ambiente costeiro, do patrimônio trabalhamos com cinco espécies sidade marinha. Os recifes servem utilizado na confecção adequada ao paisagístico e dos bens e valores bandeiras: Mero, Raia Manta, Tubarão como “casa” para diversas espécies ambiente. O REBIMAR é o primeiro culturais da costa brasileira. Martelo e Tartaruga-verde e Carangue- marinhas, contribuindo com a saúde projeto de recifes artificiais licencia- jo- Uçá. Estas espécies foram escolhi- desses ecossistemas. do no país e atende rigorosamente Um dos projetos da MarBrasil das pois sãFoDFa1niEmEais em estado de aos requisitos estabelecidos pelo é o REBIMAR, um conjunto de ações vulnerabilidade quanto à extinção. Ibama, na instrução normativa socioambientais focado principal- número 125, de 18 de outubro de 2006. mente na análise da saúde dos Além disso, são animais cuja presença ambientes costeiros e marinhos e em 3ª Innsiztaaledaoaçrãlegosudnposiospnceeoiixrloeos-s. ações para a conservação destes e condições de saúde permitem avaliar ecossistemas, garantindo assim qualidade de vida e bem estar para se todo o ambiente está saudável. espécies marinhas, costeiras e para as comunidades litorâneas. 1ª Anlfoãuácoanarrdehtçoiaáãfiodcveioisaddpiomasesacenrímrofie. cAcruaeiifmncendisafoae. 2ª dsçeoãIsfinoixrcepaiacomi-rfseneesosapaséructcoibfiielsoctsinraaqiiztusao.e- 4ª Peixes maiores come- 5ª O recife atinge sua çam a aparecer e o maturidade ecológica Mero repovoa essas com ampla diversida- áreas. de de espécies e rela- ções ecológicas. 32 33

espécies-chave Foto: Robin Loose TARTARUGA-VERDE Chelonia Mydas Foto: Robin Loose ántpmscoraplogaialavxaenrurlmaoomnttaea1dista,useo2feoecson0unAsocp.drutPlmmGomroaobateredaipaetrneqrr7aerltdoeatrc5umnaaoxaploeámeorsitnsecuaaettd2eaégõarin0neitlaeessteace0es-ncsotrenvavõoouamtieosrtavgemnrrtsulosladaaovo.pmseertpgErvôuoieilertmcmgeaéaacmranaoednviisccssnuerteneaoo.rtmsrieonséEnedá.hextcTdieurrafoiéaeasemefnsmptearrrveiatemermnsiamdnisamcodradaaosuose7elasrgsplacnsatadetaiirtedpssteooaaséi.saorsuifaeSaaosds2tsdedssrg3ibdas.,uue0aautAqeslvrtncmsuipakiebcitdiagcmaeósasuoln.nrpsopamiAtçttéaaoio4odãsscorod5seooiuf,meemêacgcvsimamoenhaai7dâmgrpore5uta.mnerqoaplNitdisnuasécsrltaoiacearãacpbiipsLopsnoecea,aihanltolmsoodoasaal-m---se-s embarcações. MERO 35rLerefmsiavonnâtlmeoaeivehrnanarartenoidasdacritodmamgaolamradaçdépgaseãededáoAuisnoiguirgrapSotoratRaéuéaãaosnéaac.ondcdtiiddEetaeeoeuoPe.esrmrdbsMnaEriaaneêeatuxaestonse1léraaosn3ftcameanl,tsiteiaanmineaponmsttlsaateéaeeeiaavlsdxrimlolLmumeeeieasésmssvbeet.j1eeeéteaNnernzpmmntdoadaateoceuesde,mino,lxtdeatnronte-oSoeamostpsalremvcieoeatnpcoaondbddthomrrvoeéoaetaeresiemmlgnll,ranopigpiaommgoacnlaaâmiogtdaandrBnénaaesolcaurhmsnastnraoeooaapsdaelbcnit.eeilssuisdsEdnsmccteereasâesaoaroternvpem.gcc.cas1Aseroo.eia3çfqapmmgrõ5npuseee0oed,eriq1xsoeksenmutegjmaoseêrsp.aueçstneOonanacãctpãretrroimattaoeonpeaidtooa.xmntedaêvecÉroseaaimses-a-,- Epinephelus itajara vêcçddlFpárpoinãeoeerercceoesfisiapsaeeqavadcirasnui.sraedevrerSd-eaaeorénOsuenegletsavptcdaienmreõarieefuapomleeeopur“i2sdsrb.ecesfo,5eDeraaisnpd0ásenéirdeosaegtnheseitnufiieçotneno4avmacsrontso0ciedmcatuBel0pvieaiararsdeiaqmosamlniooituxszspéeeeiiaaMclleimnormtndoddatersadoemeare,reanososíneodgdmgsocoeo”reputhoanoleetaie2ocntucpmzsog0odraasli0raiannesostal2rtutmtularsep.oapoduoOfraontiouebo-édrdgsrssmtuemP3eeseeumeaauraammqarrornsdaaiuesaenb.oementrnOasmrgláiaboesvm.u,me,rriisEvelaevvfhsecdeunaarpotirgneteadsóoeeudnnoscmetlemoatoheasícfiampumrrdojecieudiémemtpocgvsoocri,peepiifriãfeIpemluenetraoarsesipdecosn..qjoraindtpScauasdtruelío-esao--ea,., 34 Foto: Leo Francini RAIA MANTA Mobula birostris

TUBARÃO MARTELO A Grande Reserva Mata Atlâtica é o maior contínuo de Mata Atlânti- ca do planeta. É um grande tapete verde que vem do norte de Santa Catari- Sphyrna Lewini na, passa por todo litoral paranaese e vai até o sul de São Paulo (veja o mapa logo abaixo). cdroadd9õileueaaieemtcllssgriínzopoersagmaésnãduncttopoaSadiuermspeebgismhncarpdedyorceoõergeomnnreantttcaosuoetee.rbé,cafVseeaaaduiisrrglvqmoãóntneuãsopemieogfionmdêdcesoeenaaeemmlrecsiMttera,pecooançcelarorcãdrarrtuooidedlegs.nduleotottomsuár.dcbacSPeermaeãsaietrooradõxanssaeet,noi.nsnáapAitçmtmeopépãipoaxaoa1oresi0lsteass0edvup,slarmoerrãaea.mocedi“AaaSmgaetdspedubnehreaortaiyolarrlmraeemsnats.e2éael,Ein”nmcemstétaesee3erdenenscemstxímovraiteiomsrvuot.trabreeoSdodarmseesa--, Essa iniciativa tem o objetivo de conectar os três estados, se CARUAcNideGs UCoErdJOatu-sUÇÁ tornando um grande destino turístico com foco no ecoturismo e na Produ- ção de Natureza. Você sabe o que é Produção de Natureza? É a maneira de 36dccsseromoeceeptnommraesneahurstrxdtéaeetoroaiornricclsstchoOgdioo.icõdOuoafioSnrcaeSoienshceadarsuuzieaajldremaaçiaceamccssoálacandtitmssdd,eraalgeeeaoosrdosrucsnnifau,elzcAoeautgapaeaorrjltssunhoaedaslmeccâeiaçcnomuoonljasaoagsioçsltl,pavouáésiáo.fjcoairse,usraécomsaujsnoeeçsasetuOtsxaãrosoemraciorisaosmenimcddtlxoddxigeoamaeaucoiiunsmvsnmnoseestet,ttmeenjemeraêooonsstmlsomus.aa,itvmfieOeaimoescmcssnaurmca.uaidt.amPsdamedaaaroeressaidpraaojroeoaerntredmõ,isromigrnaeteeecouatjsmdredae.renesosetjetcooca,seclaoseulnsocugzmrãmrçuucoaouooánlo.rpssmgenpéoStaâsálesnãamonntcrioiiiacçmiomeatcaãuroravoaiiorietnssnsfioisr,oiontémmddenudnqaecstaooauedeoiqdtseseamémuaecobicqunumftaaoaiumtrmnnseorumageatas,nleauq.eminalsoNneeumaot,eoser usufruirmos das infinitas possibilidades que a natureza nos dispõe para gerar desenvolvimento local, sem prejudicar o meio ambiente. Em resumo, é um trabalho integrado com a Natureza. Hoje, são mais de 50 munícipios que fazem da Grande Reserva Mata Atlântica (GRMA), os envolvidos fazem parte do que chamamos de Redes de Portais, onde são discutidos Grupos de Trabalho e tomada de decisões frente ao poder público. 37

Referências Bibliográficas Áreas aquáticas protegidas como instrumento de gestão pesqueira.Brasília: MMA, 272p.,2007. Biodiversidade Brasileira: Avaliação e Identificação de Áreas Prioritárias para Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversi- dade Brasileira. Brasília: MMA, 2002b. 404 p. (Série Biodiversidade, n. 5), 2002. BRASIL. Lei n. 5758, de 13 de abr. de 2006. Institui o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas - PNAP. Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas. Chegamos ao final do nosso conteúdo, Subchefia de assuntos jurídicos. Brasília, p. 01-17, abr. 2006. esperamos ter contribuído com seus Derek P. Tittensor et al. Global patterns and predictors of marine biodiversity conhecimentos sobre biodiversidade e across taxa. Nature volume466, pages1098–1101 (26 August 2010) Dyck, A.J. & ecossistemas, bem como a importância de Sumaila Journal of Bieconomics , October 2010, Volume 12, Issue 3, pp 227–243 se preservar e conservar o ambiente mari- Frederico Brandini, MarBrasil, Auana Editora, 2016 nho e como utilizar seus recursos de forma Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros. Panorama da sustentável. conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos no Brasil. Brasília: A equipe do Programa REBIMAR espera MMA/SBF/GBA, 148 p., 2010 que este material tenha sido esclarecedor K. M. Brander. Global fish production and climate change . PNAS December 11, e um ponto de partida para que você 2007. 104 (50) 19709-19714; busque novas informações sobre esse Margulis,L.Cinco Reinos: Um guia dos Filos da Vida na Terra.Editora Guanaba- tema que é de suma importância para ra-Koogan,2001. todos nós. M.Vikasa G.S. Dwarakish. Coastal Pollution: A Review. Aquatic Procedia Volume Agradecemos, desde já, sua dedicação 4, Pages 381- 388, 2015 em nos acompanhar nessa trajetória! Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros. Panorama da conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos no Brasil. Brasília: 38 MMA/SBF/GBA, 148 p., 2010 K. M. Brander. Global fish production and climate change . PNAS December 11, 2007. 104 (50) 19709-19714; Margulis,L.Cinco Reinos: Um guia dos Filos da Vida na Terra.Editora Guanaba- ra-Koogan,2001. M.Vikasa G.S. Dwarakish. Coastal Pollution: A Review. Aquatic Procedia Volume 4, Pages 381- 388, 2015 Miloslavich P. et al. Marine Biodiversity in the Atlantic and Pacific Coasts of South America: Knowledge and Gaps. PLoS ONE 6(1): e14631. January 31, 2011 Noernberg, M. A. et al. Boletim Paranaense de Geociências, n. 60-61, p. 89-96, 2007. Editora UFPR OCEAN BIOGEOGRAPHIC INFORMATION SYSTEM. Marine Biodiversity . Available at: . Accessed in April 25, 2018. Períodos de defeso, MMA . Disponível em: . Acesso em: 19 abr. 2018. Plano nacional de gerenciamento costeiro: 25 anos do gerenciamento costeiro no Brasil. Brasília: MMA, 181p., 2015 PRATES, A. P. L. et al. R. Panorama da conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos no Brasil. Brasília: MMA, 2012. 152 p Ritchie H. , Roser M. Meat and Seafood Production & Consumption. Available at: Accessed in April 26, 2018. SCHAEFFER-NOVELLI, Y. ProBio, MMA, 2002. Silva, Adriano Prysthon da. Pesca artesanal brasileira. Aspectos conceituais, históricos, institucionais e pros- pectivos/ Adriano Prysthon da Silva – Palmas : Embrapa Pesca e Aquicultura, 2014. The IUCN Red List of Threatened Species. Available at: . Accessed in April 26h, 2018. The State of World Fisheries and Aquaculture. FAO, 2016. 39


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook