Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore eurobike_magazine#18

eurobike_magazine#18

Published by eduardo, 2020-12-31 19:47:34

Description: eurobike_magazine#18

Search

Read the Text Version

Turismo, que, em 1996, fez duas provas no Brasil [ambas venci- sim, terminou o ano de 2005. Posso dizer que foi um sucesso. 51 | Eurobike magazine das por Nelson Piquet], uma em Curitiba [2 Horas de Curitiba] e Um sucesso meio acanhado, mas foi um sucesso. Já para 2006 outra em Brasília [4 Horas de Brasília], quando trabalhei no time colocamos ainda mais nove carros no grid e chegamos a 24 do Franz Konrad, de quem acabei ficando amigo. E participei carros. Em 2007 mativemos o grid e, no ano seguinte, muda- ainda de algumas provas de carros clássicos, na Europa, como mos para o modelo 997, que já era um carro com ainda mais a Tour de France, que fiz um ano com o Porsche 906, outra com características de carro de corrida, sem freio ABS, com câmbio o Porsche 904; além de provas em Laguna Seca [EUA], que a sequencial, muito mais duro, bem mais potente e mais rápido, e gente fez com os Porsche 906 e Porsche 908, que são modelos ainda dotado de sistema de aquisição de dados. Isso tudo exi- protótipos, superespeciais, que foram preparados no Brasil, por giu muito mais da nossa equipe. O fato do carro possuir aqui- mim e pelo meu irmão, o Douglas [Pires], que me ajudou muito, sição de dados — que todo mundo chama de “telemetria”, mas e com os quais conseguimos bons resultados. é uma aquisição de dados — faz com que você tenha de fazer uma análise constante dessas informações. Ele fornece desde Ou seja, com tanto envolvimento com a Porsche, trazer a dados de ajuste do carro, até de como o piloto está guiando. Cup para o Brasil foi um caminho até natural, não? Isso é mais do que um raio-X de como vocês etsá guiando, é É verdade… Por tudo isso que fizemos junto à marca fomos uma ultrassonografia do seu desempenho. E ali a gente viu uma ganhando corpo para a Porsche nos credenciar e nos homo- necessidade nova. Como, por princípio, todos os competidores logar como mais um País a poder ter a Porsche Cup. Não foi da categoria precisam necessariamente estarem em condições fácil. Foi um processo muito difícil, até provarmos que tínhamos iguais de disputa, com equipamentos iguais, eu precisei então capacidade de receber este aval. O processo todo para ter a trazer um novo tipo de profissional para a Porsche Cup. Uma Porsche Cup no Brasil começou em 1999 e, ao longo de todo coisa que no Brasil ainda não era muito explorada. Em parceria esse período, muita coisa foi acontecendo. Com tempo, fomos com a FEI, trouxemos engenheiros que tinham uma boa base amuderecendo mais e mais, criando um contigente de pilotos teórica, mas quase nenhuma prática. Isso resultou em um time que pudesse correr e modulando esse formato de competição — de meninos — e digo meninos porque, embora alguns fossem a Porsche Cup, no Brasil, detém um modelo único, diferente das formados, outros ainda estavam se formando —, todos com uma Cups dos outros países — até que conseguimos dar o start em baita de uma vontade e uma inteligência fora do comum. E to- 2005. A primeira prova foi experimental, sem valer pelo campe- dos disputando tecnologia, inteligência e conhecimento, de uma onato, onde tivemos 14 carros Porsche 996. E fomos muito bem. forma muito legal, compartilhando e muito gratificante. Na prova seguinte, já tivemos dois ou três carros a mais e, as- Ou seja, você criou um mercado novo, não apenas para pi- lotos, mas para outros profissionais de automobilismo no Brasil. É isso? A partir de 2008 passamos não apenas a “formar” novos pilo- tos, mas também profissionais de corrida, mecânicos, engenhei- ros… Até então a gente via que o Brasil, embora seja um celeiro de pilotos, possui gente muito profissional, com muita capaci- dade e que necessita de reconhecimento também. Assim como os pilotos vão à base, ou seja, começam no kart para tentar chegar à Fórmula 1, eu acredito que esse caminho possa existir também para os mecânicos. A Porsche Cup tem isso, um pouco da filosofia do automobilismo internacional e de como ele funcio- na. Tem também a educação, ele precisa entender também que precisa ter organização, disciplina, além, é claro, do estudo e de bastante conhecimento. E, antes disso, a gente via que no Brasil ainda havia muito do “autodidata”, que tem o seu valor também, claro. Mas se você puder agregar ao talento do brasileiro, esse autodidatismo, com a teoria necessária, eu acredito que o resul- tado é muito maior. E quando começou a Light? Foi na metade de 2009. Vimos que havia uma necessidade de uma categoria de entrada. Tínhamos os carros que haviam sido

EMOÇÃO 52 | Eurobike magazine utilizados em 2005, 2006 e 2007 e muitos pilotos com vontade de tuídos a cada três anos. Então todo o pessoal da categoria Light entrar, porém, sem a experiência para começar no meio daquele deixou de ser Light, porque a performance deles já era muito “bonde” que já estava andando muito rápido. Foi quando criamos boa, e passou a ser Challenge. Começaram a usar os modelos a Porsche Cup Light, ideal para quem ou estava começando ou 997 utilizados em 2009 e 2010, e os pilotos da Cup receberam estava há muito tempo parado, com custos mais baixos e, prin- o modelo atual, um 997 fase 2, que é muito parecido com o da cipalmente, com um nível de exigência mais baixo. Essa catego- Challenge, mas com mais potência, mais downforce. Um carro ria surpreendeu totalmente. Logo no primeiro meio ano a gente que é aproximadamente 2 segundos mais rápido que o da Chal- começou exatamente igual: começamos também com 14 carros lenge. e, depois, passamos para 25. E todos começaram muito bem. Rapidamente ganharam experiência. Eles tinham a categoria Bom, então desde 2008 você está com 50 carros, entre o que principal como referência, trocaram ideias com aquele pessoal, hoje são da Challenge e mais os da Cup. Como foi absorver enxergaram o que estavam fazendo, trocaram experiências com todo esse aumento de carros e pilotos? mecânicos e até, ainda que de forma muito sutil, também com Na verdade, quando criamos a Light a gente já começou a se engenheiros, e o resultado é que todos evoluíram muito rápido. preparar para isso. Foi uma busca. Precisávamos aumentar toda a estrutura, espaço de manutenção para os carros, contratar Mas hoje a Light já corre com os modelos 997… mais pessoal qualificado, aumentar o estoque de peças, enfim. Sim. No final de 2010 para 2011 era um novo momento para Todo esse trabalho começou a ser pensado lá em 2008, quando troca de carros, pois todos os carros da Porsche Cup são substi- os 996 foram temporariamente abandonados, e conseguimos

colocar tudo em prática na metade de 2009, após um ano e meio 53 | Eurobike magazine de maturação, até termos capacidade de poder apresentar um serviço competente para os novos pilotos. Na Europa, existe esse modelo de classes? O que tem lá fora é classe A e classe B, que correm juntas, muito mais como forma de aumentar o grid. Eles têm, por exemplo, oito ou dez carros da A e mais oito ou dez da B, e aí formam um grid com dezesseis até vinte carros. Mas o Brasil é o país que tem o maior grid do mundo. A gente correu na preliminar do GP Brasil de F1 no ano passado com 50 carros, sendo 28 na Cup e 22 na Challenge. Este ano a gente deve repetir a dose, e ainda com largadas diferentes.

54 | Eurobike magazine EMOÇÃO

Abrir o evento da Fórmula 1 também foi um processo com- Falando um pouco dos pilotos da Porsche Cup, quem os vê 55 | Eurobike magazine plicado? correndo não pode mais chamá-los de ”gentlemen” drivers, Não. A gente faz isso desde o primeiro ano. E a organização certo? da prova gostou do nosso evento e, desde então, ele só tem Essa é uma conotação difícil de entender. Isso remete muito crescido. Tanto que no segundo ano participando da competição àquele cara que diz “pode vir, pode passar aqui do lado, vai você já passamos a correr no domingo. Este ano tivemos, em nossa na frente”. E não é isso. Aqui a gente não tem gentlemen drivers. sétima participação, novamente um HC próprio e o status de Essa é uma categoria muito disputada. A gente teve agora mui- principal evento suporte da F1 no Brasil. A Fórmula 1 é muito tos exemplos, e sempre tem, como um grid onde 15 carros es- legal porque tem um nível de exigência grande e é um evento tão separados por menos de 1 segundo. Não dá para dizer que com 80 mil pessoas no autódromo. É muito legal participar do são gentlemen drivers. Na etapa de Buenos Aires, por exemplo, principal evento de automobilismo do mundo. tivemos o 2º, o 3º e o 4º colocados separados na bandeirada por 1 milésimo de segundo. Onde é que tem gentileza nessa Cada evento da Porsche Cup envolve um contingente de história, não é mesmo? (risos). A capacidade dos pilotos é uma quantas pessoas? coisa que impressiona bastante. Eles estão bastante adaptados Em um fim de semana de corrida temos de 150 a 180 pessoas. ao carro. São todas pessoas de bastante sucesso em suas vidas Pessoal de staff, desde mecânicos, engenheiros, pessoal de e que ali não vão querer ser diferente disso… montagem, de televisão, até os garçons que servem os convida- dos, marketing, assessoria, pilotos…

EMOÇÃO 56 | Eurobike magazine Dá para dizer que a Porsche Cup é uma grande família? E qual é o próximo degrau? Sem dúvida! A disputa existe entre eles, no limite, até o mo- É cada vez mais passar para mais pessoas, mais pilotos, mento que abaixa a bandeira. Esses pilotos disputam as provas mecânicos, engenheiros, pessoas que assistem, que gostam de sempre com muita ética, nos intervalos trocam informações en- corridas, que gostam de Porsche, pessoal da montagem, es- tre eles e dão show na pista. Trocam experiências e se tornam posas de pilotos, enfim, proporcionar essa experiência incrível, amigos, e suas esposas se tornam amigas também, frequentam cada vez mais tornar isso ainda mais acessível. os mesmos lugares. Aí é normal que eles saiam para jantar, via- jem juntos. Tudo isso é consequência deles todos estarem ali Afinal, Dener, como você encontra tempo para fazer outras e compartilharem o mesmo esporte, a mesma paixão. É tudo coisas? muito natural. Tempo sempre tem. Claro que, quando a gente faz o que gosta, mais e mais coisas instigam a gente a dedicar ainda mais tempo E Dener, qual foi a maior alegria que a Porsche Cup já te a elas. Mas sempre que posso eu gosto de andar de moto. Já deu? corri de moto, já disputei um Rally dos Sertões, já fiz umas cor- Olha, eu tenho, na média, uma grande alegria por ano (risos). ridinhas no asfalto também. Já corri em Spa-Francorchamps A primeira foi em 2005, quando alinhamos o grid da primeira também. Adoro motocicleta e, mesmo não tendo muito tempo, etapa. Foi bacana. Na festa de fim de ano me emocionei com recentemente consegui viajar com alguns amigos da Porsche o vídeo da primeira temporada. No ano seguinte também senti Cup pelo Chile e pela Argentina, andando um pouco no deserto, uma grande felicidade quando o grid aumentou. Também me um pouco na estrada. Foi muito legal. Acho que o mais impor- emocionei com a entrada dos garotos da FEI na categoria e tante não é o tempo que você se dedica a alguma coisa, mas o sinto isso também quando vejo que os mecânicos demonstram quanto de felicidade aquilo que você faz te proporciona. Eu gos- estar acumulando um monte de conhecimento e ainda deixando to muito de realizar os sonhos que eu tenho. Então posso trocar as suas vidas mais bacanas. Ver um grid de 50 carros em uma um pouco de diversão por trabalho, até porque estou em uma corrida de F1 também é impressionante, assim como ver um grid fase da vida que isso é possível, e o trabalho me proporciona a em Portugal, o maior grid de Porsche do mundo. Pelo menos um realização de muitos sonhos e muita felicidade. momento por ano sempre é muito marcante pra mim.

CONCEPT BLINDAGENS Experiência, engenharia e ênfase nos detalhes. O seu Audi blindado com Garantia original de fábrica. A Concept é conveniada com a Audi CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO | A Certificação de Blindagem ISO 9001:2008 | Uma Blindadora só alcança esta certifi- Automotiva IQA propicia ao cliente mais confiabilidade no serviço cação se mantiver, continuamente, níveis internacionais contratado, pois esse reconhecimento significa aprovação da de qualidade em todas as etapas de produção. Concept Blindagens em auditorias periódicas que analisam a maté- ria-prima utilizada, o processo de blindagem, as alterações no D-U-N-S NUMBER | Certificação internacional que projeto do veículo e o atendimento ao próprio consumidor. Tudo atesta a credibilidade da empresa no mercado mundial. isso por meio de um Instituto dirigido por Anfavea, Sindipeças, Abividro e outras organizações, garantindo o máximo de compe- CESVI BRASIL | Certificação máxima 5 estrelas, concedi- tência, confiabilidade e idoneidade ao diferencial alcançado. da após uma rigorosa avaliação de capacitação técnica, atendimento, instalações e treinamento profissional. 0004 CERTIFICAÇÃO CERTIFICAÇÃO CERTIFICAÇÃO 57 | Eurobike magazine ISO 9001:2008 D-U-N-S NUMBER CESVI BRASIL CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO S. Paulo: 11 4324-0000 | R. Janeiro: 21 3183-2540 | [email protected] | www.conceptblindagens.com.br

prazerprazerprazerpr prazerprazerprazerprazerprazerp rprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer erprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerpra- zerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerpra 58 | Eurobike magazine zer- prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer- prazerprazerprazerprazerprazerprazerpprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer prazerprazerprazerprazerprazerpra prazerprazerprazerprazerprparzaezreprrparzaezreprrparzazeerrprzerprazerprazerprazerprazerprazer prazerprazerpprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerpra prazerprazerp prazerprazerprazerprazerprazerpr prazerprazerprazerprazerprazerprazerpra aazzeerprprarazzeerpprprraarazzpzeeerrrapprzprreaarazzrpzeeerrrapprzprrpeaarrazzrapzeezerrreapprrzprrpeaarrazzrazeezerrepprrprrpaarrazzzaezeezerrreppprrprrrpaaarrazzzaezeezerrreppprrrrrpaaarzzzaeeezzrrreeppprrrrrppaaarrzzzaaeeezzrrreepprrrrppaarrzzaaeezzrreepprrrrppaarrzzaaeezzrreeprrrppaprrzraaaezzzreeeprrrprpparprrazpapappreprzzararrrareezaapzazeerrzzerzpereaererpprrzprraprrppreprazararrrarzezaapzazeerzzerzpereaererpprrzprraprrppreprazararrrarzezaazazeerzzezpereererpprrprraprrpprprazararrarzezaazazeerzzezpereererpprrprraprrpprpraararrarzzaazazeezzezereererpprprrprrprpraparararzzrazaazeezezezrerer-eprprprrprpr-arararzazazezezeererprprprprprarararzazazezezeererprpprprprrpraraararzpazzazezreezeaerrerprz-prpr-prprarararzazazezezeererrprepprrparpprpzprzpprreprareaaprraaarzaazrzrpzazzepazeereereraerrarrrprzaraprpzppzarzprerarzrearaearzzazre-zzzepzeeeerererrrprprer--r-pprraprppzrp-rprprarraarrarazazzaazezzeezzeereererrprrpprprpprprrararararzaazazzezezeezerreprerprprpprrrparaprrazaarzrzeazeazeerzrezrpreperprrprrarpaparzzarzeraeaezrrzerzppeerrrrparappzrzarereaazrrpzezpererraaprrzpzepreearrrrparazprzzeareearzprzrepperrarprrpapazrrazrzeaazeerzzeprreerpprrpraprrpraazrarazzeazpzeezerrepaerrrprppzrrppaerrrraaarzraazpzzezzeerereaerppprrrp prazerprazer prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerpraze prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer pra prazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazer prazer prazaezreprrparzapezrreaprzrpearzrapezrreaprzrpearzrapezrrreapprzrrpaearzzrapeezrrreapprzrrpaearzzrapeezrrreapperzrrpraeaprzzrarpeeazrrrzeapperzrrpraeaprzzrarpeeazrrrzeappezrrrpaeapzrzrrapeeazrrrzeappezrrrrpaeapzrzrrapeeazrrrzeappezrrrrpaepzrprraperazarrzeapzezrerrpaerpzrprraperazarrzeapzezrerrpaerpzrprraerpazarzrepzaererzrparpezrprraerpazarzrepzaererzrparrpeazrpzrraerpaezarzrezpaererzrparperprrarpapzazrrezaaezrezrperperr-prrar-aazzzeeerrprazepprprraarazzeezrrpprraazrzaezerpprraazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerprazerpprraapzzerearrzpp rprazerprazerprazerpraze zerprazerprazerprazer zerprazerpraz erprazer

simpplrazerprazerpra zerprazerprazerprazerprazerprazer pprrrrrppaprazarrrzaaeazezzrzerp-eeprrprrrapparzarzreaaezrzezrpeperrrprarpaprzzraeraeazrze-zeerrprppprrarraapzazzerzeaeperrzrprrppeaprerrarzararpezapzzrerzeraeppraerzrprprzpreaarperrarzzaarrpzeeazpzrerezrraeppraerzprprrzrpeararpeararzzrar-zzea--zeezrerr-epprrrrpaarzzaeezrrepprrrpaarzzaeezrrepprrrpaazrzaeezrrepprrrpaazrzaeezrrepprrrpaazrzaeezrrepprrrpaazrzaeezrrepprrrpaazrzaeezrrpeprrrapazrzaeezrrpeprrrapazrzaeezrrpeprrrapazrzeaerzrpeprrrapazzreaerpzrdreaerzpderircaazre-rsperaazoerprazeesrpprraazzeerprrdaezerreparlaizzaerrpprraazzeerrpprraazzeerrprazer aepperpzrrprrpearararzrazazpeezzerreraerprrazrrpezaprezrpar-aerzrppzar--rezraparezpzrreaeeprrzarrrpppepzarrrerpzraaaparerzzzpzrareeaeeprzrrzarerrpppepzarrrererpzraaaparrerzzzpppzrareeaererprzraarzarerrpppzezpzarrreererpzraaaparrrerzzzpppzrareeaererprzraarzarerrpppzezpzarrreererpzraaaparrrerzzzpppzrareeaererprzraarzarerrppzez-zarreerer-zaa-rrezzppr-prpprararzaazezezreerrprpprraraazzezeerrrprazer arzpeprrarpazrzeaerzpreprrarpazrzeaerzpreprrarpazrzeaerzpreprrarpazrzeaerzpre-rra-rzperparrzapezrreprrazer prazerprazerprazerprazer prazerprazerprazerprazer- zerprazerprazer 59 | Eurobike magazine

PRAZER Restauro no ar Quatro anos foi o tempo que uma equipe chefiada por um irlandês levou para restaurar um De Havilland Tiger Moth DH82A, avião da época da Segunda Guerra Mundial. Toda essa operação foi realizada aqui, no Brasil, no Aeroclube de Bragança Paulista Por Simone Fonseca | Fotos Lalo de Almeida 60 | Eurobike magazine

O encontro 61 | Eurobike magazine O ano era 2005. O irlandês Ninian Stewart Richardson visitava Belfast, capital da Irlanda do Norte. Lá, em um hangar, encontrou o que procurava há algum tempo: um autêntico De Havilland Tiger Moth. Um monomotor biplano, fabricado na década de 1930 e usado para treinar pilotos da Real Força Aérea Britânica, antes e durante a Segunda Guerra Mundial. A aeronave estava bem danificada, mas ele calculou que daria para atravessar o Mar do Norte e levá-la até Manchester, onde seria desmontada e transportada para o Brasil em um navio. Assim foi. Contratou um piloto para fazer a travessia e, quando chegou na Inglaterra e uma equipe desmontou o avião, eles perceberam que a decisão de voar foi pra lá de arriscada, já que uma das asas estava totalmente avariada. Felizmente tudo deu certo. Afinal, dizem, “os anjos protegem os inocentes”. Quando chegou ao Brasil, começou sua longa peripécia em terra firme, até conseguir colocar no ar, totalmente restaurado e devidamente homologado, esse clássico da aviação.

PRAZER 62 | Eurobike magazine Contabilize aí quatro anos, doze viagens internacionais para fabricada no Canadá pela empresa inglesa De Havilland. Foi encontrar as peças, incontáveis telefonemas, e-mails e envios de criada para ser um avião de treinamento de pilotos. Seu primeiro documentos, a vinda de um inspetor da Inglaterra para garantir o voo aconteceu em 26 de outubro de 1931 na Inglaterra, perto de cumprimento de todas as exigências legais brasileiras, incluindo Londres. Fez parte da frota da Mediterranean Allied AirForce e três inspeções da ANAC — Agência Nacional da Aviação Civil da Força Aérea Francesa. No final da guerra, em 1944, voou de — para liberar a homologação. Isso sem falar na busca para Liverpool para Casablanca, no Marrocos, onde foi usada para encontrar os especialistas brasileiros responsáveis por restaurar treinamento. Em 1951, foi vendida para uso civil e partiu para a mecânica, a estrutura e a pintura. a França, ficando hospedada no Aeroclube de L’Oise. De lá foi vendida para um outro civil que a levou para a Irlanda. E na O pedigree Irlanda, foi encontrada por Ninian. Como é comum na história da aviação, toda aeronave acompanha um inventário de sua história. Como uma biografia, contém as Além de ser um clássico modelo das décadas de 1930 e 1940, datas da sua fabricação e de seu primeiro voo, os nomes de seus utilizado por vários países, o Tiger Moth é também parte da donos, os países pelos quais voou, além de outras informações história da aviação brasileira. Pertenceu à frota da Aviação Naval técnicas, como autonomia de voo, por exemplo. Brasileira, entre 1933 e 1941, e da Força Aérea Brasileira, de No caso da aeronave protagonista de nossa história, foi 1941 a 1947. O Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro, possui um exemplar em seu acervo e o Museu da TAM, em São Carlos,

conta com outro. Mas o exemplar do Ninian é o único da América 63 | Eurobike magazine do Sul homologado pela ANAC. Calcula-se que atualmente existam cerca de 300 exemplares em todo o mundo. O Tiger Moth tem autonomia de 2 horas no ar. A velocidade de cruzeiro normal é de 80 nós (um pouco acima de 128 km/h). A cabine é dupla, sendo que o instrutor ou piloto se posiciona no assento de trás e o aluno ou passageiro na frente. Uma hélice. Um motor. Quatro asas. E um design que atrai olhares de admiração por onde quer que voe. Paixão e persistência Ninian já foi piloto de aviação comercial — dirigia taxi aéreo na Inglaterra e África — e, quando veio morar no Brasil, deixou de voar como profissão, mas começou a frequentar o Aeroclube de Bragança Paulista e se aventurar nos aviões Paulistinhas P56C que ficam naquele espaço. Nesse período foi alimentando e fazendo crescer seu sonho antigo: o de restaurar um Tiger Moth. Ele conta que sua afeição especial por esse modelo de aeronave se deve a três fatores fundamentais: 1 – O desenho clássico da aeronave. 2 – A experiência de voo. “É muito gostoso de voar, já que sua cabine aberta permite experimentar uma grande sensação de liberdade”, descreve Ninian. 3 – A relação do Tiger Moth com o Brasil. Quando encontrou o modelo no hangar de Belfast, ali entendeu que começava sua grande aventura.

PRAZER A arte da restauração é para poucos. Exige doses imensas de paciência, dedicação e obstinação para conseguir reunir todos os elementos necessários para se chegar próximo ao objeto original. Em alguns casos a restauração é impossível, felizmente com o Tiger Moth foi possível, graças à persistência do irlandês. Todas as peças são originais, incluindo os parafusos que eram fabricados de forma artesanal em uma fábrica inglesa, seguindo o padrão BS, British Standard. Como a fábrica não existia mais, Ninian teve que ir atrás de quem tivesse os parafusos. Encontrou na Inglaterra, Irlanda e Nova Zelândia. E teve que esperar um mês de prazo para que a alfândega liberasse as peças. A asa, que estava destruída, foi totalmente remodelada por um engenheiro. Ele reconstruiu, de forma artesanal, utilizando spruce, a mesma madeira da versão original. Em relação à tela que envolve o corpo do avião, uma atualização foi permitida: ao invés de usar o linho irlandês, material muito pesado, preferiram uma tela feita de resina de nitrocelulose e poliéster, mais leve e, portanto, mais propícia ao voo. Enquanto buscava os materiais, Ninian enfrentava outro grande desafio: homologar a oficina que cuidaria da restauração do motor. Essa é uma exigência da ANAC no caso da restauração ou reconstrução de qualquer aeronave histórica. A homologa- ção foi conseguida com a ajuda do próprio chefe da oficina do Aeroclube de Bragança Paulista, Pedrão Santos e sua equipe, onde o avião ficou durante todo o período de seu restauro. 64 | Eurobike magazine Todos os fins de semana Ninian, Pedrão, equipe e profissionais condomínios de casas de veraneio. Entre eles, um condomínio contratados se debruçavam sobre o avião. E assim, passo a aeronáutico, o Vale Eldorado, também conhecido como fly-in. passo, com atenção minuciosa, conseguiram refazer a asa, encontrar todos os componentes para refazer o corpo, fazer o Esse empreendimento, além de toda a infraestrutura de um wigging, que consiste na colocação dos cabos de aço que dão complexo de luxo, possui uma pista de pouso homologada estabilidade ao voo, até chegar na pintura, que ficou à cargo da a apenas alguns metros das casas. Nos quintais, ficam restauradora de arte Ana Pecoraro. estacionadas as aeronaves, lado a lado com os barcos e automóveis. Como esse, outros condomínios similares estão Foi uma emoção para todos os envolvidos quando o avião ficou sendo construídos em vários estados brasileiros. pronto. Mas para Ninian, o desafio, a partir daquele momento, A aviação é uma atividade que cresce em nosso país e atrai era conseguir a tão sonhada homologação para poder sobrevoar os ares brasileiros. O sim da ANAC Bragança Paulista fica a 88 km de São Paulo. É uma estância climática com montanhas, trilhas para caminhadas, e uma grande represa, Jaguary-Jacareí, que reúne ao seu redor vários

cada vez mais aficcionados. Talvez pela loucura do trânsito e a paisagem das montanhas. 65 | Eurobike magazine das grandes cidades, talvez para economizar tempo, como puro objeto de desejo ou então por todos esses motivos juntos. Criado em 1939 para receber o então governador do estado O fato é que os espaços para as aulas de voos e a venda das de São Paulo, Adhemar de Barros, o aeroclube foi oficialmente aeronaves estão aumentando. inaugurado no ano seguinte e ainda permanece em plena atividade. Já sediou um festival de acrobacias e atualmente, nos O Aeroclube de Bragança Paulista é um dos inúmeros do finais de semana, recebe os pilotos e amadores que querem estado de São Paulo onde se pode embarcar na aventura do testar seus dotes no ar. ar. Tanto em forma de aulas como em voos duplos de meia hora de duração, que sobrevoam a bela região da represa A notícia da homologação do Tiger Moth pela ANAC, depois

66 | Eurobike magazine PRAZER

67 | Eurobike magazine

PRAZER de um ano de exigências e três inspeções, foi uma festa para aterrissagem adequada. Se o nariz estiver muito alto ou muito o aeroclube, e o primeiro voo foi marcado para a data desta baixo, o avião poderá pular, estolar ou ambos. De qualquer reportagem. forma, uma vez dominada a técnica de aterrissagem, o piloto estará mais bem preparado para dirigir outros aviões. Ninian estava ansioso. Afinal, diz ele, por vários momentos ficou em dúvida se iria receber a licença. Caso negativo, seu Tiger Passados quase trinta minutos, ao longe, avistamos os dois Moth não teria permissão de voar. aviões, lado a lado, um mais acima, outro mais abaixo, se aproximando da pista de pouso. Respiração suspensa para Diz que o maior prazer em todo esse processo de restauração assistir a aterrissagem. Ninian desceu com suavidade. foi quando recebeu o ”sim” da ANAC. Nesse momento, entendeu que todo o período, todas as buscas, as dificuldades, as viagens, Palmas. Assobios. Gritinhos de alívio. Ele saiu do avião, feliz. tudo valeu a pena. E naquele dia, 6 de novembro de 2011, ele Disse que ainda havia alguns ajustes a serem feitos. Mas estava finalmente iria decolar sua obra de arte. realizado com o voo inaugural de seu Tiger Moth. Enfim. Voar Sentamos em uma mesa para conversar, tomar um café e falar Era um domingo de sol e céu azul, límpido. Poucas nuvens e sobre o restauro. E ali eu percebi o que realmente está na cabeça pouco vento, sinais positivos para a aviação. Era essa a previsão e coração do Ninian: não é o trabalho que acabou de fazer e de todos os sites de metereologia. Chegamos por volta das 8h e para o qual dedicou tempo, energia e dinheiro consideráveis, aguardamos Ninian, que apareceu logo em seguida, visivelmente mas sim seu próximo projeto. compenetrado, como um piloto de Fórmula 1 antes da corrida. Depois de quatro anos, seu Tiger Moth finalmente subiria aos Como um verdadeiro explorador, Ninian não descansa sobre os ares brasileiros, como uma aeronave licenciada. louros de seus feitos passados, mas está sempre em busca de novos destinos. Novos desafios. Antes de alçar voo, existe todo um protocolo a ser cumprido. O pessoal da cabine de comando do Aeroclube precisa ser avisado, A bola da vez é um Sopwith Camel, de 1915. O avião que ganhou os motores testados, hélice, assentos, ventos. Tudo vistoriado, a Primeira Guerra Mundial. Não sobrou nenhum original, mas Ninian se posicionou no assento traseiro da sua cabine e Lucas, existem cinco exemplares — três na França e dois na Inglaterra outro piloto e professor, girou as hélices. O motor pegou. A — sendo construídos como os originais. O irlandês quer ser o emoção do irlandês já estava no ar. sexto a embarcar nessa história. Aqui o caso não é restauração, mas reconstrução. Como faríamos a reportagem, Lucas acompanhou o Tiger Moth em seu próprio avião. Convidou Lalo para que fosse com ele e “Calculo que levarei uns 10 anos nessa missão”, diz sorrindo. pudesse tirar as fotos lá de cima. E assim, foram: os dois aviões, Como se essa fosse a grande graça da sua vida. Passar seus lado a lado, em um trajeto de meia hora. dias em novos voos. No ar e na imaginação. 68 | Eurobike magazine Ana, a restauradora de arte que acompanhou a restauração, Ninian me lembra uma frase de Santos Dumont: ficou ao meu lado em terra firme e explicou todas as vantagens e desafios de se voar num exemplar daquele. Como pontos “O homem há de voar.” positivos, uma cabine aberta que permite observar a paisagem lá embaixo, literalmente sentindo no rosto a liberdade do voo. Aeroclube de Bragança Paulista Como ponto de atenção, a dificuldade em pousar. É preciso Tel.: (11) 4032-7857 alinhar a aeronave bem certinha em relação ao solo, para uma www.acbp.com.br

O Brilho PUBLI-EDITORIAL 69 | Eurobike magazine da velha bota Para não se deixar impressionar por rótulos, o mais indicado é não com- Por Jorge Lucki prar às cegas. Mais do que perguntar a um vendedor, que invariavelmente sabe pouco e está interessado em vender o que tem na mão, o correto é É desnecessário ressaltar a importância da Itália dentro do cenário viní- consultar um guia confiável. Na falta de outras informações, um dado cola mundial. Toda sua extensão territorial é bastante propícia para o cul- importante, sem dúvida, é buscar o ano em que a vinícola foi fundada. tivo de uvas viníferas. Não há sequer uma província italiana que não tenha É o caso da Canalicchio di Sopra, propriedade familiar que iniciou suas história e tradição nessa área. Seu destaque, porém, é um fenômeno relati- atividades na região em 1962 (bem antes da invasão), sendo comandada vamente novo. Até meados da década de 1970 poucos vinhos produzidos atualmente pela terceira geração. Com vinhedos muito bem situados e no país mereciam comentários elogiosos. Isso era resultado da mentali- uma visão atual, sem esquecer da tradição, produz Brunellos que, de fato, dade vigente que dava prioridade à quantidade ao invés de qualidade. dignificam Montalcino. O panorama mudou quando, sem perder suas raízes, alguns produtores Rivalidades à parte, o Piemonte é, junto com a Toscana, a região vinícola se deram conta da situação mais importante e prestigiada internacionalmente da Itália. É a terra dos começaram a buscar quali- Barolos e dos Barbarescos, vinhos que são elaborados integralmente com dade e investir em conceitos modernos de enologia. Essa o mesmo tipo de uva, a Neb- quase revolução teve como biolo, em suas respectivas ponto de partida a Toscana, regiões demarcadas. São as e logo se espalhou, em par- pequenas, mas importantes ticular no Piemonte, até at- diferenças no clima e solo ingir o país inteiro. A melhor destas duas localidades que resposta é o reconhecimento explicam as significativas e a estima internacional, e o diferenças entre os dois vin- prêmio, a crescente posição hos. no mercado. O Piemonte está localizado O prestígio alcançado por no noroeste da Itália, tendo alguns vinhos toscanos cau- os Alpes como limite ao sou, no entanto, certos dis- norte e a oeste, e o mar da parates, em prejuízo de con- Ligúria ao sul. Seu clima é sumidores incautos. O mais cheio de extremos: inverno inquietante é o que cerca costuma ser muito severo, o Brunello di Montalcino, com frequentes inversões de considerado, talvez, o rótulo neblina e os verões bastante mais importante da provín- quentes. Cultivar as uvas nas cia. A região de Montalcino cresceu muito rápido e sem encostas das montanhas, critério. Até 1970, havia apenas 11 produtores de brunello e a solo com boa drenagem e área plantada não excedia míseros 60 hectares. O número de perfeita exposição ao sol, é vinhateiros dobrou na década de 70 e chegou a 53 em 1980, fundamental para a boa qualidade da Nebbiolo, uva de matu- quando foi elevada à então recém-criada categoria DOCG, ração tardia. O resultado são Barolos, ricos e potentes, e os Denominazione di Origine Controllata e Garantita. O des- elegantes e mais frutados Barbarescos. controle começou mesmo a partir daí: em 1985 já havia 810 hectares de vinhas, número que hoje ultrapassa 2,5 mil hectares e mais de Outras uvas da região que começam a brilhar com mais in- 200 vinícolas. A qualidade é absurdamente heterógena. Boa parte destes tensidade nos últimos tempos são a Barbera, que está em novos vinhedos foram implantados em locais inadequados, especialmente grande ascensão, e a Dolcetto (ao contrário do que o nome em se tratando de uma casta tão difícil de ser trabalhada. Estou convicto sugere, propicia vinhos secos e leves), ambos tintos com grande afini- que é um dos vinhos que mais decepções causam aos que, seduzidos pelo dade com a culinária italiana, em especial massas, risotos e pizzas. Dois rótulo, pagam preços desproporcionais à qualidade que ele oferece. bons exemplos de produtores fiéis aos melhores propósitos do Piemonte, com vinhos de alto padrão, são a Cascina Ballarin, com seus excepcionais Barolos, e a Azienda Piero Busso, especializada em Barbarescos. Tanto um como outro, propõem também Barberas e Dolcettos de primeiro nível. Loja Mercovino Ribeirão Preto: Rua Marcondes Salgado, 1538 Boulevard (16) 3635.5412 Escritório São Paulo: Rua Funchal, 538 Conj. 72 Vila Olímpia (11) 3841.9448 www.mercovino.com.br

70 | Eurobike magazine PRAZER

Papel e caneta 71 | Eurobike magazine na mão Na era dos notebooks, smartphones e telas touch screen, há um grupo de pessoas remando contra a maré nas escolas de caligrafia Por Paula Queiroz | Fotos Eduardo Sardinha Há quem duvide, mas caligrafia e tecnologia andam lado a lado. Como prova disso, os produtos da Apple, com design inovador, e por que não dizer encantador, já garantiram uma legião de fãs mundo afora. No discurso feito por Steve Jobs para a Universi- dade de Stanford, em 2005, ele conta sobre as aulas de caligra- fia que cursou depois de ter largado a faculdade. “Já que eu tinha abandonado o curso e não tinha que ter aulas normais, eu decidi que teria aulas de caligrafia. Aprendi sobre serifa, espaçamen- tos entre diferentes combinações de letras e sobre o que faz uma ótima tipografia ser realmente ótima. Era lindo, histórico e sutilmente artístico, de uma maneira que a ciência não consegue compreender. E eu achei fascinante. Mas nada disso tinha se- quer esperança de ser útil na minha vida. Só que, dez anos de- pois, quando desenvolvíamos o primeiro computador Macintosh, tudo veio a mim. E nós colocamos tudo isso nele”, conta Steve, que talvez, se nunca tivesse cursado caligrafia, não teria desen- volvido um computador com letras e design tão atraente. Do outro lado do continente, em plena capital paulistana, mais um exemplo para não deixar dúvidas. Antônio Ramondetti De Franco, 27 anos, professor de caligrafia, responde todas as questões de seus alunos via MSN e Skype, através do seu smathphone e do seu tablet, que estão sempre à mão. Viciado em tecnologia e amante do design, não surpreende saber que Antônio também não abre mão de sair por aí com o seu Z4, da BMW. Os tempos mudaram, mas a paixão pela escrita conti- nua correndo nas veias da família De Franco, com tradição de

PRAZER 72 | Eurobike magazine quase cem anos na arte da escrita. “Eu sempre gostei muito de Hoje, Ramondetti e seu pai, Antônio De Franco Neto, que já todo o tipo de tecnologia e oriento muito meus alunos pela inter- leciona há 44 anos, estão à frente da escola, agora no bairro de net. O computador é uma ferramenta muito importante para nos Pinheiros, que atende cerca de 1.500 alunos por ano. “Por aqui auxiliar na apresentação e na pesquisa de trabalhos escolares, passam as pessoas que querem melhorar a sua letra, desde por exemplo, mas é preciso lembrar que ele foi criado para nos vestibulandos até profissionais que se comunicam através da ajudar e não para nos substituir”, conta Ramondetti, bisneto de escrita. Recebemos até quem já tem a letra bonita e gostaria Antonio De Franco, que fundou a tradicional escola de caligrafia de se profissionalizar, para realizar trabalhos caligráficos, como De Franco, em 1915, no centro de São Paulo. convites de casamento”, conta.

apareceu explicando que teve que ir pessoalmente até Salvador, para provar para a mulher que tinha sido ele quem escreveu a carta, pois ela achou que ele estava contando fatos íntimos do casal para outra pessoa. Felizmente a história acabou bem”, conta Antônio. Com tantos anos de experiência, o que não faltam são histórias Para Ramondetti, foi o estudo da caligrafia feito por Jobs que 73 | Eurobike magazine pra contar. A pedido do Convento de São Pedro, a escola De destacou o seu produto da concorrência. Mas é preciso tomar Franco escreveu o nome do Papa para colocar na porta de seus cuidado, nem só de tecnologia pode viver o homem. Sobre os aposentos, quando este veio visitar o Brasil. O trabalho agradou colégios americanos que aboliram a escrita cursiva ou aqueles tanto que o Cerimonial Papal pediu para levar ao Vaticano. Pedi- que já autorizam o uso dos computadores nas salas de aula, do aceito. Outra vez, um dos alunos que se matriculou na es- ele alerta: “a utilização do teclar ao invés da escrita manuscrita cola estava focado em escrever uma linda carta de amor para a é um grave erro de quem, por interesses financeiros ou merca- sua mulher, que havia ficado em Salvador, na Bahia. Depois de dológicos, tomou tal decisão. Daqui a dez anos, quem adotou aperfeiçoar a sua letra, o aluno sumiu. “Três meses depois ele essa postura, ao faltar energia, não saberá sequer segurar uma caneta”. Escola De Franco Tel. (11) 3815-0449 www.profdefranco.com.br

PRAZER 74 | Eurobike magazine CERSIASTEIVNIDCADIEAL O renomado chef Sidney Degaine, que já serviu personalidades como Bill Gates e Warren Buffet no exclusivíssimo Allen Company, inaugura seu Essence no alto da MINI, em Ribeirão Preto Por Eduardo Rocha | Fotos André Hawle

O restaurante Essence abriu suas portas com car ao ar livre. 75 | Eurobike magazine uma noite de degustação para um seletíssimo O cardápio conta com seafood bar, com di- grupo de convidados do Grupo Eurobike e da reito a ostras fresquíssimas que chegam diari- Maison Degaine. amente, king crab, lagosta, vieiras do Canadá e diferentes tipos de caviar vindos do Alaska. Logo na entrada, cada convidado recebia um As entradas são a base de foie-gras, saladas passaporte, produzido pelo mesmo fornecedor e tartars. Para o prato principal existem algu- dos passaportes brasileiros, que dará benefí- mas opções de pasta e de risotos. O beef bar cios exclusivos para aqueles que visitam as ca- conta com cortes de carnes selecionados da sas da Maison Degaine. raça Red Angus, como prime rib e t-bone, carré de cordeiro e uma boa diversidade de acompa- O projeto arquitetônico do restaurante buscou nhamentos. Tudo exposto numa vitrine para o melhor aproveitamento do espaço. No salão que o cliente possa escolher. não há excesso de mesas, para privilegiar a circulação e o conforto. Camarotes com mesas A experimentação é uma marca forte. O con- para 6 a 8 pessoas, um pouco mais reserva- ceito de surf & turf, criado nos Estados Unidos, dos, recebem grupos que vêm não apenas com combina carnes vermelhas com ingredientes o propósito de comer, mas de passar momen- do mar, produzindo resultados interessantís- tos prazerosos, conversando e apreciando as simos. Experimente combinações de cortes do delícias que saem da cozinha. Existem também beef bar com vieiras, lagosta ou camarões. Um mesas no terraço para aqueles que querem fi- encontro delicioso entre terra e mar.

PRAZER Também foi montado um bar em parceria com a Veuve Clicquot, o primeiro fora do eixo Rio-São Paulo. O champanhe não poderia ser melhor para harmonizar com os frutos do mar. A adega, com perfil de wine-boutique, conta com uma seleção de 32 rótulos perfeitos para harmonizar com o cardápio. Ao lado, Sidney e Maria Degaine, que O Chef Sidney Degaine é realmente um alqui- comandam o Essence mista de mão cheia. Com muito estudo na área da culinária molecular, que preserva as pro- 76 | Eurobike magazine Quando se fala de ingredientes premium, logo priedades nutricionais dos alimentos, produz se imaginam pratos com valores exorbitantes. experiências sensoriais interessantíssimas, Segundo Maria Degaine, executiva da casa, foi como um purê de batata aerado, com suas cen- feita uma grande pesquisa de fornecedores de tenas de bolhinhas estourando sobre a língua, ingredientes, para oferecer a melhor qualidade ou o “suspiro do dragão”, um suspiro frito no com preços justos. nitrogênio líquido que, ao cair na boca, faz com que você solte fumarolas pelas narinas. Diver- tidíssimo. O Essence chega para mostrar como o im- provável, e até o impensável, podem ser sur- preendentemente bons.

77 | Eurobike magazine

PRAZER Achados e imperdíveis Por Patricia Miller Bule Tom’s Drag Criado pelo artista plástico Tom Hoffmann Griffes e Design (11) 3062-1510 Câmera Leica X1 Uma “releitura” da Leica 1, com objetiva fixa de 36mm Leika Store São Paulo Shopping Cidade Jardim (11) 3758-3609 Relógio Montblanc Sport Tantalum Automatic Modelo para mergulho, com válvula de hélio e caixa de tântalo, altamente resistente a impactos e corrosão Montblanc Shopping Cidade Jardim (11) 3552-8000 Caneta tinteiro Graf Von Faber Castell Em madeira nogueira Le Paquet (11) 3062-1510 Mala Salsa Air da Rimowa Feita em policarbonato com sistema multiwheel, que permite qualquer manobra sem esforço. Na cor Inca gold. www.rimowashop.com.br 78 | Eurobike magazine Caviar Petrossian Petrossian Shopping Cidade Jardim (11) 3552-7200

Brincos Casa Affonso FOTOS DIVULGAÇÃO Brincos em ouro amarelo, diamantes negros e brancos e esmeraldas Capacete Doc Dog Loja Ribeirão Shopping Modelo Cobra-dourado (16) 3602-9957 Doc Dog www.casaafonso.com.br (11) 3081-3089 www.docdog.com.br Relógio Certina DS Podium Lady By Vana Danydeb Joalheria Óculos de sol Chanel Shopping Villa-Lobos Chanel Boutique (11) 3021-6988 (11) 3032-7294 Refrigerador SMEG Tecnologia e design modernos com apelo retrô SMEG www.smeg.com.br Bicicleta Dobrável MINI Eurobike MINI www.eurobike.com.br 79 | Eurobike magazine

neiodevaneiodevaneiodevaneiode e iodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiod o devaneiodevaneiodevaneiodevaneiod evane i van 80 | Eurobike magazine

devaneiodevanei- odevaneiodevanei- odevaneiodevaneiodevaneiodeva- neiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiod evaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevan eiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevane iodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodeva devaneiodevanei neiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevanei neiodeva n e odevanaenieoidoedveavnaenieoidoedveavnaenieoidoedveavnaenieoidoedveavnaenieoidoedveavnaenieoidoedvevaneiodevaneiodeva devaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiod evaneioExperimentar o mundodevaneiodeva- neiodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevanei- odevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevane i o d evaneiodevan iodevaneiodevaneiodevaneiodevaneiodevane iodevaneiodevaneiodevaneiodevaneio devaneiodevaneiodevanei odevaneiodevaneiod evaneiodevan 81 | Eurobike magazine

DEVANEIO Andorra: pequeno grande país Reza a lenda que Andorra foi fundada por Carlos Magno em 805, como reconhe- cimento pela ajuda de seus habitantes na luta contra os Sarracenos. Seus limites geográficos, em vigor até hoje, foram estabelecidos em 1278, e desde 1993, quando foi aprovada a sua primeira constituição, é um estado soberano, o único país do mundo onde a língua oficial é o catalão Por Eduardo Petta | Fotos Carol da Riva 82 | Eurobike magazine

O país é uma “ilha” flutuando nos Pirineus. Seu ponto mais alto, Comnapedrosa, fica a 2942 me- tros de altitude, o mais baixo, no rio Runer, a 838 metros. De um lado está a Espanha, do outro a França. E no meio esse país de 84 mil habitantes, 468 km2 de extensão, dos quais 92% correspon- dem a bosques, lagos, rios e montanhas. Um pequeno país que recebe todos os anos 9 milhões de visitantes para, debaixo de neve ou no calor do verão, descobrir seus segredos. Bastam 52 minutos para percorrer os 36,9 quilômetros entre os dois pontos mais distantes de Andorra – da fronteira espanhola até Pas de La Casa e o túnel que leva à França. No meio do caminho, Andorra la Vella, a charmosa capital. Tempo para sair a pé percorrendo seus passeios à beira-rio; sentar-se num dos tantos cafés para esquentar do frio; deleitar-se em suas bordas, os restaurantes típicos da gente da montanha; dormir em hotéis luxuosos, festar e comprar aos preços mais convidativos do velho mundo. Seja nos 150 dias do ano em que Andorra está co- berta de neve, o nirvana de esquiadores, seja quando o inverno acaba e suas montanhas ficam verdinhas, o paraíso para os montanhistas, existem muitos motivos para se visitar Andorra. Aqui damos dez deles. 83 | Eurobike magazine

DEVANEIO 84 | Eurobike magazine 1. Comprar a preços baixos em Andorra la Vella Andorra é um paraíso do shopping. Pense na sua marca fa- vorita. Pensou? Com certeza ela estará lá, numa das mais de 1500 lojas espalhadas por dezenas de galerias elegantes, onde os preços são, de um modo geral, mais baixos do que os do resto da Europa, graças, sobretudo, ao benevolente regime fis- cal andorrano. Em Andorra la Vella, o eixo Avinguda Meritxell – Avinguda Carlemany abriga o must do mundo fashion, com lojas de grandes marcas como Hugo Boss, Levi´s, Tommy Hil- figer e Guess, além de insígnias como Dolce & Gabbana, John Galliano e Marc Jacobs em lojas multimarcas, como a Now An-

dorra (www.viamoda.ad). Pertinho dela, a cadeia Olympia tem 85 | Eurobike magazine tudo para esqui, snowboard e montanhismo (www.olympiaes- ports.ad). E quem quiser se esbaldar com gadgets e eletrônicos procure a La Bahaus (Carrer Bonaventura Armengol, 11; www. labahaus.com), que junta no mesmo espaço arte com entreteni- mento. Ainda para os amantes do luxo, Andorra é um prato cheio com grande quantidade de ourivesarias, joalherias e relojoari- as. A Pons i Bartumeu (Plaça Rebés, 5, Andorra la Vella; www. ponisbartumeu.ad) é a mais famosa, com 60 anos de existência.

DEVANEIO 86 | Eurobike magazine 2. Comer feito rei na montanha Andorra tem uma farta tradição culinária, que coloca no mesmo prato influências cruzadas da cozinha francesa e espanhola, re- ceitas tradicionais e produtos nativos. Na lista fazem parte os enchidos (bringuera, buitifarra e bisbe), os azeites, o trinxat da montanha (um prato com couve, batatas, alho e bacon), diver- sas receitas de truta, carne de caça na pedra fumegante, as cocas (uma espécie de pizza), além de cogumelos e trufas. Para acompanhar, pode-se tomar o vinho local, de alta qualidade, produzido num dos vinhedos mais elevados da Europa, 1.100 metros acima do nível do mar. Um bom exemplo é o Cim del Cel (“cume do céu”), da Casa Beal (www.casabeal.net), vinho bran- co criado a partir de uvas Gewurztraminer. Todas essas iguarias podem ser compradas em lojas gourmet: os enchidos na Gour- meterie Marquet (Plaça Co-Prínceps, 3, Escaldes-Engordany); os queijos na Casa del Formatage (Avinguda Verge de Canólich, 132, Andorra la Vella) e os vinhos na adega Cava Benito (Ave- nida Carlemany, 82, Escaldes-Engordany). Apesar de possuir mais de 600 restaurantes no principado, você não deve deixar de visitar algumas das cerca de vinte “casas de

lavrador”, que compõem o itinerário de “las bordas”, os restau- 87 | Eurobike magazine rantes mais autênticos dos Pirineus. Antigas casas de guardar gado e semente, as bordas são sempre acolhedores restau- rantes, com pratos de montanha e decoração típica. Destaque para a Borda Estevet (La Comella, 2, Andorra La Vella; tel. +376 -335099) e suas carnes de caça em la plancha, assadas na sua frente. Para um jantar mais sofisticado, procure o Platô, restau- rante no piso térreo do divino Acta Art Hotel Andorra, com culi- nária andorenha fusion servida com arte.

DEVANEIO 88 | Eurobike magazine 3. Relaxar num spa high tech Vários hotéis oferecem spa, mas a jacuzzi exterior borbulhante do Sport Wellness Mountain Spa (www.sporthotels.ad) é de tirar o chapéu, ou melhor, o gorro. Dela avista-se todo o movimento das pistas de Soldeu. É o banho que precede a lista de mimos, que inclui: “massagens de chuva”, “banho nutritivo de Cleópa- tra” e o ritual corporal “Carícias de Seda”, um tratamento a base de flocos de neve aromáticos, que purifica a pele e elimina as células mortas. Pena que só dure 75 minutos. Outra opção é o Caldea (www.caldea.ad), o maior complexo termal do Sul da Eu- ropa, com 30 mil metros quadrados de piscinas, jacuzzis, mas- sagens e tratamentos hidrotermais. Visto de fora, parece uma catedral futurista. De dentro, assim que anoitece, parece uma espaçonave de tantas cores que brilham e mudam de forma. A piscina central parece um lago, com água entre os 32 e os 34 graus. A entrada custa 50 euros e vale por três horas, o sufici- ente para recuperar as energias para o dia seguinte.

4. Descobrir o gótico românico 89 | Eurobike magazine Andorra mantém viva a tradição arquitetônica do gótico români- co, com suas igrejas e casas erguidas entre o século 12 e o século 15. No conjunto de suas sete paróquias, existem mais de 40 igrejas, todas pequenas e graciosas. Entre tantas, não perca as três joias da coroa: Sant Cerni de Nagol, na bela Sant Julià de Lòria; a igreja de Santa Colona, erguida ainda no século 11, na deliciosa aldeia que lhe empresta o nome, onde o grande des- taque é o afresco de Agnus Dei (Cordeiro de Deus) ladeado por dois anjos; e Sant Martí de la Cortinada, em Ordino, a paróquia mais remota do país — “a longínquos” 15 minutos da capital, Andorra la Vella, e um dos melhores testemunhos dos tempos antigos.

DEVANEIO 90 | Eurobike magazine 5. Barcelona é logo ali Não dá pra pensar em Andorra sem dar um pulinho na vibrante capital da Catalunha, distante 2h45 de carro. Eu não ficaria me- nos que quatro dias na terra de Gaudí, descobrindo as obras desse gênio, como La Pedrera e a Casa Milá. Daria-me tempo para: rodar a pé por Las Ramblas, vendo seus artistas de rua; admirar as vitrines do Paseo de Gracia; fazer um pic-nic no Parque Guel; explorar o bairro gótico; visitar o Museu Picasso e Miró; passear uma tarde de bicicleta nas praias de Barceloneta.

6. E Toulouse um pouco mais ali 91 | Eurobike magazine Andorra é um lugar de sorte. De um lado, a Catalunha e Bar- celona, do outro, a França e Toulouse, a cidade rosa, plana, divina e maravilhosa com suas queijarias, chocolatarias, cafés, seus restaurantes que servem deliciosos pratos a base de confit de canard, froie gras, harmonizados com os vinhos tintos das vizinhas Bordeaux e Cahor. Distante os mesmos 2h45 de carro pelo túnel que sai em Pas de La Casa, Toulouse é um achado no sul da França.

DEVANEIO 92 | Eurobike magazine 7. Bike na montanha Quando acaba a neve, surge uma nova Andorra, repleta de montanhas verdinhas. As pistas de esqui se convertem em grandes descidas de downhill. Com o serviço do lift para o topo, nem é preciso pedalar, só descer e sentir a emoção. Grandvalira e Vallnord são consideradas umas das melhores bikeparks da Europa, com 17 quilômetros de percurso entre os bosques e as belas formações rochosas, com diversos níveis de dificuldade.

8. Golfe nas alturas 93 | Eurobike magazine Andorra também é ponto de encontro de golfistas. Para os praticantes que acham que já viram de tudo, o campo de Sol- deu, 2250 metros acima do nível do mar, é considerado o mais elevado da Europa. Segundo os especialistas, a altitude faz com que a bola ofereça menor resistência ao ar, facilitan- do as tacadas de longa distância. O green fica num cenário deslumbrante e o percurso leva a assinatura do inglês Jeremy Pern (www.grandvalira.com).

94 | Eurobike magazine DEVANEIO

9. Caminhada no verão 95 | Eurobike magazine No verão é possível fazer várias caminhadas pelas montanhas dos Pirineus, passando por entre picos, lagos e vales. A maior parte das trilhas é autoguiada. Basta seguir as setas verme- lhas e brancas para seguir a rota (GR). Para pés mais ousados, a dica é a Grande Rota do País (GRP), que percorre um total de cem quilômetros, mas sem grandes desafios. A GRP está dividida em sete etapas, que coincidem com a localização dos refúgios, para ser feita em seis ou sete dias. Nesses caminhos é possível dormir nos 26 abrigos de montanha, a maioria de utilização gratuita, com comodidades espartanas: lenha, água, quatro paredes e um teto – mas todos com vistas impagáveis.

DEVANEIO 96 | Eurobike magazine 10. Neve para todos Todas as opções de lazer valem a visita para Andorra. Mas se há algo que realmente destaque o pequeno país no cenário in- ternacional são suas estações de esqui, pistas e opções de lazer na neve, que cai em média 150 dias por ano, na janela entre novembro até o final de abril. Assim que o seu manto de neve atinge os quarenta centímetros, começa a diversão nos 193 quilômetros das 110 pistas de Grandvalira, que somado aos 98 quilômetros e 69 pistas de Vallnord, completam um dos maiores domínios esquiáveis da Península Ibérica. Um mundo branco tomado por uma senhora infraestrutura de lifts, restaurantes e

hotéis, com DJs nos bares das pistas, iglu-bares, esqui noturno, 97 | Eurobike magazine festas, gente bonita, alegria nos rostos de esquiadores e snow- boarders do mundo inteiro, de todos os níveis. A minha preferida: Ordino-Arcalís, pela beleza da paisagem. Até quem não curte a adrenalina se diverte com outras formas de deslizar, como o mushing, o passeio de trenó puxado por cães, ou o joring, uma espécie de trenó sob dois pares de esqui. E ainda há passeios com raquetes gigantes, esqui de fundo e até um tobogã de cinco quilômetros, o Tobotronc, que desliza em meio aos bosques. Di- versão garantida, uma montanha de possibilidades, que fazem de Andorra esse pequeno grande país.

DEVANEIO Serviço Quando ir Para quem curte inverno e neve, a temporada vai de novembro ao final de abril. Vá de junho a setembro para ver Andorra no verão. Onde ficar Como chegar Para ficar que nem rei em Andorra, o endereço é o moderno e ur- Para chegar a Andorra é preciso tomar o avião até Barcelona, na bano Acta Art Hotel (www.hotel-arthotelandorra.com; Prat de la Creu, Espanha, ou Toulouse, na França. De ambos, o ideal é alugar um 15, Andorra la Vella; tel. +376 76 03 03). Localizado no coração de carro, para poder rodar por Andorra. E a distância é praticamente a Andorra la Vella, pertinho de todas as lojas e galeria, o seu café da mesma, 200 km, ou 2h45 na ponta do relógio. manhã e o jantar são de chorar e pedir por mais. Mais simples, mas ainda assim aconchegante e com a vantagem de se estar na beira Quem leva do lift para a pista de Pal-Arinsal, de Vallnord, experimente o Magic A Action Turismo possui pacotes especializados em Ski (www.hotel-magic-ski.andorramania.com; Avinguda del Ravell, 1 Andorra. www.actionturismo.com.br; tel. (21) 3861-9900. La Massana, AD 400). O pacote inclui: - 7 noites em quarto standard no Arthotel Andorra (35m²). 98 | Eurobike magazine - Transfer regular (ida e volta) do aeroporto de Barcelona — Arthotel - 5 dias não consecutivos SkiAndorra Pass - Café da manhã buffet (Galeria restaurante, restaurante panorâmi- co, 5 º andar). - Buffet jantar (restaurante Galeria) ou jantar à la carte (restaurante Platô). - Entrada gratuita no spa. Valores por pessoa a partir de: U$ 1242.00 à vista, mais aéreo com Ibéria a partir de U$ 820 + U$ 84 (taxas). Agradecimento Especial: Ski Andorra (www.skiandorra.ad) e Ho- tansa, Hotels dels Pirineus (www.hotansa.com).




Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook