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eurobike magazine #44

Published by eduardo, 2021-11-18 19:14:48

Description: eurobike magazine #44

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Via Epia - Shopping Park Design, Brasília Tel: +55 61 98334-8181, E-mail: [email protected]

EXPEDIENTE Editorial: Eduardo R. da Cunha Rocha Direção de arte: Eduardo R. da Cunha Rocha Administração: Patricia Miller Publicidade: Eduardo Rocha – [email protected] Preparação e revisão: Alexandre Cleaver Produção: Custom Press Comunicação Tiragem desta edição: 4000 exemplares Tratamento de imagens: Renato Santana Impressão: LeoGraf Distribuição: Eurobike Proibida a reprodução, total ou parcial, de textos e fotografias sem autorização da Eurobike. As matérias assinadas não expressam, necessariamente, a opinião da revista. Eurobike Magazine é uma publicação do Grupo Eurobike de concessionárias Aston Martin, Audi, BMW, Jaguar, Land Rover, McLaren, MINI e Porsche. Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1600, CEP 14021-630 - Ribeirão Preto - SP Tel.: 16 3965 7000 e-mail: [email protected] Ouvidoria: www.eurobike.com.br/ouvidoria – 0800 077 7000 Colaboraram nessa edição: Ana Augusta Rocha Danilo Fiorani Fernanda Freixosa João Victor Xavier Junior Behrens Leo Sposito Luiz Alberto Pandini Ricardo Panessa Roberto Linsker Rodrigo Ruiz Website: www.eurobike.com.br/magazine.html instagram.com/eurobikeoficial/ facebook.com/eurobike youtube.com/eurobikenet Av. Amarilis, 95 Cidade Jardim - São Paulo - SP CEP - 05673-030 Tel.: 11 96768-2222 www.custompress.com.br [email protected] 2 | Eurobike magazine

EDITORIAL Caro leitor, Chegamos a esta terceira e última edição da Eurobike Magazine de 2021 com muitas novidades das marcas que representamos. Mas já estamos trabalhando na próxima que, além de ser uma edição especial (come- morativa), vai chegar mais cedo em suas mãos! Neste semestre, aliás, tivemos e ainda teremos muitos eventos. Em agosto, houve a McLaren Aca- demy em Interlagos, o BMW Roadshow Experience em Brasília e o Porsche World Road Show no cir- cuito Velocitta. Iniciamos o mês de outubro com o lançamento do Aston Martin DBX, o primeiro SUV da marca britânica em sua volta ao Brasil, que é apresentado em um ensaio nesta edição, e com a inauguração dos novos Porsche Center Goiânia e Audi Center Goiânia, além do evento MINI Road Show. Começarão também as provas qualificatórias para o GS Trophy 2022 da BMW Motorrad. Já a reforma do Audi Center Itaim e do novo showroom BMW no Aeroporto de Brasília estão em fase de conclusão. Algumas novidades já desembarcaram em nossos showrooms e outras estão a caminho! Da BMW Motorrad, temos as novas G 310 GS e G 310 R. A Porsche traz, além do Taycan Cross Turismo, que recebeu uma matéria nesta edição, o novo 911 GT3. Da Audi, chegam os novos A3 Sedan, A3 Sportback e o RS e-tron GT. Já a MINI apresenta a série especial Cooper S Top Piccadilly, limitada a apenas 60 unidades no Brasil. Além dessas novidades, contamos a história do empreendedor rural João Carlos Leite, que transformou uma região inteira que se encontrava economicamente estagnada em um celeiro de produtos gourmet com fama internacional. Em nossa área de Motorsports falamos da McLaren na Fórmula 1, que vem mostrando potencial para voltar ao topo da categoria. Enquanto isso, no Campeonato Brasileiro de Endurance, o BMW M4 GT4 da Eurobike segue somando pódios e está na vice-liderança da categoria GT4. Por fim, Danilo Fiorani nos levou ao extremo sul do Chile para conhecer Torres Del Paine e suas paisagens de tirar o fôlego. Boa leitura! Um grande abraço, Henry Visconde Diretor-Presidente [email protected] Eurobike magazine | 3

#044 DIRIGIR 06. Um quê a mais EXPERIMENTAR 16. Um dia de Porsche 22. McLaren em Interlagos 26. BMW Roadshow Experience 4 | Eurobike magazine

APRECIAR PILOTAR VIVER 32. Aston Martin DBX 50. Em alto estilo 62. Lifestyle 44. Taycan Cross Turismo 54. Eurobike no pódio 64. Torres Del Paine Eurobike magazine | 5

DIRIGIR 6 | Eurobike magazine

Um quê a mais A história de uma cidade que se transformou, de um queijo que ficou famoso mundialmente e do obstinado por trás disso tudo: o engenheiro agrônomo João Carlos Leite. POR ANA AUGUSTA ROCHA | FOTOS ROBERTO LINSKER Eurobike magazine | 7

DIRIGIR 8 | Eurobike magazine

Até poucos anos, os hoje renomados pessoal falava. Pois tudo terminava aqui: “Minha opção era mudar da cidade ou mudar queijos da Serra da Canastra, feitos com o dinheiro, as oportunidades, o empreen- a cidade. Escolhi a segunda“ leite cru, eram totalmente ilegais no ter- dedorismo. Se surgisse uma pessoa com ritório brasileiro: uma lei regulamentada bastante dinheiro, compraria a cidade por Getúlio Vargas em 1952 favorecia os inteira”, conclui. queijos industrializados e feitos com leite pasteurizado. Vivíamos no Brasil Quando ele voltou para casa, São Roque (mais) um contrassenso: comprávamos era a expressão do desânimo – havia a caríssimos queijos importados (feitos de depreciação das propriedades, o êxodo leite cru!!!!) e criminalizávamos nossa dos habitantes, a estrada de terra que produção tradicional que seguia essa ficava intransitável nas chuvas... e isso mesma metodologia. Na cidade de São sem falar na constante falta de energia Paulo, o maior mercado consumidor do elétrica. O Parque Nacional da Serra da então chamado somente “queijo minas”, Canastra fora decretado em 1972 – a beleza vira e mexe se prendiam cargas de queijos cênica da região, o modo tradicional de ‘ilegais’ provenientes da região. Preju- vida e o desejo de proteger as nascentes ízo sem fim para quem vendia, já muito do rio São Francisco fundamentaram a barato, seu único ou quase único produto. decisão. Como resultado, muitos fazen- A autoestima dos produtores era baixís- deiros haviam sido desapropriados por sima e os jovens das fazendas zarpavam quantias ínfimas. O receio permanente de dessa vida, tão logo podiam. uma ampliação do parque e consequen- temente, de maiores desapropriações, Esse era o cenário na pequena São Roque jogara os preços das terras lá no chão. de Minas. De 10.000 habitantes nos anos 1960, ela alcançaria os anos 1990 com “Em março de 91 acontece um quase pouco mais de 6.000 viventes. Foi para golpe de misericórdia com a cidade: o esse contexto de encolhimento que o Banco Central do Brasil liquida a Minas- engenheiro agrônomo, João Carlos Leite, Caixa, a única agência local, afirmando o Joãozinho, retornou depois de termi- que São Roque não tinha mais tama- nar a faculdade em Lavras, em 1987. Sua nho para ser uma praça bancária. Todo família possuía uma grande fazenda e ele o mínimo giro do dinheiro a partir dali tinha escutado bastante nas escolas que transferiu-se para a cidade vizinha; onde ”era dever deles voltar e ajudar em suas tinha banco, onde fazíamos as compras comunidades”. e onde a gente colecionava as chacotas de que éramos bate-botas. Pois, atolados “Desde sempre nós víamos as dificulda- como estávamos, [com] estrada lama- des de morar em São Roque”, conta João, centa e cidade afundando, tínhamos que, de 56 anos. ”Uma das [minhas] primeiras ao entrar, bater o pé no chão para nos lembranças, quando eu ainda vivia na livrar dos torrões de terra grudados na fazenda da nossa família, foi ver meu sola”, conta João. pai com lágrimas nos olhos na porteira da entrada. Tinha entre dois e três anos ”Minha opção era mudar da cidade ou de idade, e, junto com ele, testemunhava mudar a cidade. Escolhi a segunda”, ele a despedida de uma turma de trabalha- narra. “Já que São Roque precisava de dores que ia para a cidade grande ver se um banco e nenhum queria estar aqui, tinha trabalho melhor por lá. São Roque pensei: ‘ está na hora de constituir a nossa de Minas, nessa época da minha infân- própria instituição financeira’, comple- cia e juventude, era o que o povo cha- menta. “Chamei uns amigos também mava de fim do mundo. Assim mesmo o inconformados, estudamos os municípios Eurobike magazine | 9

DIRIGIR “Junto com o movimento pela qualificação do queijo, a Cooperativa mineiros que haviam montado coope- foi agregando valor a outros pontos na cidade” rativas de crédito e juntamos as par- cas economias de todo mundo que se propôs a ajudar. Ganhamos uma salinha emprestada na prefeitura. O mecânico da cidade, que já tinha sido bancário, virou o gerente; o dono de um boteco, único com experiência em contabilidade, assu- miu o cargo de contador; e uma atendente do comércio tornou-se a caixa. Nasceu assim, em 1991, a SAROMCREDI (Coo- perativa de Crédito Rural de São Roque de Minas), hoje SICOOB SAROMCREDI. Tá achando parecido com o exército de Brancaleone? Lembra desse filme?“, 10 | Eurobike magazine

pergunta João, referindo-se ao clássico Em 1998, João Leite foi convocado pelo investiram em gado, em seleção gené- italiano sobre o exército de maltrapilhos. ex-ministro e então Secretário da Agricul- tica, vacinas, rebanho saudável, etc... tura de Minas Gerais, Alysson Paulinelli, O resultado foi amplamente reconhecido: A potência de um propósito a entrar num programa de qualificação hoje, muitos desses mestres-queijeiros “Só que não. Foi uma coisa inimaginável do queijo artesanal de Minas. A região da são ganhadores de medalhas (super o que se deu na cidade e surpreendeu Canastra recebeu equipes de consultores ouro, ouro, prata e bronze) nos festivais até mesmo nosso dedicado grupo de franceses, que passaram a incentivar internacionais – a fama da Canastra trabalho”, conta João. “Tínhamos efici- os produtores a melhorar a qualidade. se projeta mais e mais para o mundo. ência e obstinação japonesas”, conclui. “A produção do queijo Canastra acon- Os números mostram que, liderando a tecia há séculos, mas com pouco apuro “Junto com o movimento pela qualificação pequena cooperativa, que crescia expo- nos processos”, lembra João. “Desde a do queijo, a Cooperativa foi agregando nencialmente, João Leite materializou os época do Império, fazer queijo era um valor a outros pontos na cidade”, conta preceitos do cooperativismo no mundo: jeito nosso para armazenar alimento, pois Fernando Silva, braço direito de João. “mitigar as desigualdades e distribuir como vivíamos isolados era a maneira de “Ele nos propunha ideias e a equipe, que oportunidades regionalmente”. Quem fazer a transformação do leite, perecível, crescia, ajudava a realizar: nasceu uma afirmou isso foi ninguém menos do que o em queijo durável. O produto também associação comercial, trabalhando lado o ex-ministro da Agricultura Roberto era moeda de troca com os mascates a lado com o SEBRAE (Serviço Brasileiro Rodrigues, ele mesmo um grande espe- que vendiam sal, tecidos e utensílios e de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) cialista no assunto. No caso de uma levavam queijo como pagamento”. Na para capacitar os empreendedores locais cooperativa de crédito, “a poupança entrevista sobre João Leite, o ex-ministro (1998); foi criada a Cooperativa Educa- interna propicia investimentos no pró- Paulinelli foi taxativo: “O queijo artesanal, cional de São Roque de Minas (Instituto prio local, com juros mais justos, tra- feito de leite cru, estava morrendo em ELLOS de Educação), com ensino que zendo desenvolvimento e fazendo girar função de uma legislação que privilegiava hoje coloca jovens nas universidades dinheiro na cidade”, complementou o os grandes laticínios. Se não fizéssemos mais cobiçadas do país; a cidade ganhou ex-ministro em seu depoimento, sobre nada, seria um saber tradicional levado à internet livre e provedor próprio, o SR o cooperativismo e sobre João Leite. extinção. E João, ao lutar por nova legisla- Minas, aberto para todos os associados, ção e pelo fomento ao queijo a partir de com especial foco em professores e alu- Logo nos primeiros anos, por volta de 1994, uma associação, foi importantíssimo na nos (2000); incentivaram o turismo como um dos projetos bancados pelo dinheiro conquista desse cenário bem-sucedido alternativa de renda; nasceu a APROCAN coletivo foi um grande viveiro de mudas que vemos hoje”. (Associação dos Produtores de Queijo de café para os cooperados. São Roque Canastra), que lutou por novas leis no de Minas tinha naquele ano 350 mil pés Os franceses trazidos por Paulinelli país, pela estruturação dos produtores de de café e um perfil econômico de pecu- ficaram animados com a diversidade da queijo (são quase 800 famílias na região ária e agricultura de subsistência. Hoje, micro-biota da Canastra, que propiciava da Canastra)”, lista Fernando. “ E, numa fruto dessa iniciativa, existem mais de diferentes personalidades para os queijos inovação exclusiva da Canastra, em 2018, 35 milhões de pés no município. “Para de cada produtor; ou como se denomina nossos queijos passaram a ser rastreados se ter uma ideia, a colheita da safra de tecnicamente, na França, um “terroir” (a por meio do uso de uma etiqueta de case- 2020 foi de 250 mil sacas, aproximada- expressão francesa alude às caracterís- ína produzida na França” conta Higor de mente, o que significa mais ou menos ticas que fazem um produto ser único Freitas Faria, o outro braço direito de João R$ 125 milhões, que entraram na econo- em razão do local onde ele é fabricado). Leite, só que na APROCAN. “Essa etiqueta mia do município”, explica Fernando Silva, Naquele primeiro diagnóstico, os técnicos aplicada nos primeiros momentos da fei- atual Gerente de Gestão Estratégica da estrangeiros se espantaram com a boa tura do queijo, por ser de caseína (proteína cooperativa. Dinheiro esse movimentado qualidade de um queijo que resultava do leite), adere à casca e vira queijo. Traz pela SAROMCREDI: “Tudo que pudesse de uma matéria-prima sofrível, um leite os dados, como o número do produtor e gerar riqueza para o município, a Coope- tirado com cuidados insuficientes de a data da fabricação. Quem quer saber rativa de Crédito tomava a seu encargo, higiene. “Entendemos, então, que a sim- sobre o queijo entra no nosso site, coloca mesmo que representasse prejuízo ime- ples adoção de boas práticas sanitárias os números e vê toda a rastreabilidade: diato, pois o que realmente importava era mudaria nosso cenário e valorizaria nosso dados do produtor e da fabricação do gerar produção futura. Nossa filosofia era jeito tradicional de fazer”, explica João. queijo. É informação e segurança para o plantar para colher mais tarde”, conta E, pelo jeito, mudou mesmo: vimos nas consumo”, ele complementa. João Leite. pequenas fazendas que os produtores Eurobike magazine | 11

DIRIGIR 12 | Eurobike magazine

Por falar em São Roque, ela não morre (Federação da Agricultura e Pecuária do mudou de lugar no mundo. De vítima do mais Estado de Minas Gerais), Ministério da destino para protagonista da própria Em 2016, o Banco Central do Brasil colo- Agricultura e EMBRAPA são alguns dos história. cou essa realidade em números: se, de parceiros de São Roque, a cidade que 2008 até 2016, o Brasil cresceu 33,7% em mudou – e onde o povo ficou. Produção que vale ouro seu PIB e Minas Gerais 28,2%, São Roque Existem regras para se produzir um queijo de Minas tinha estabelecido a marca de A Mestraria Canastra - centro de refe- minas artesanal. Se elas não forem segui- 58,7 % de crescimento! Sair do zero em rência em queijos artesanais: um novo das, o produto corre o risco de perder a 1991 para chegar aos 500 milhões em empreendimento chancela que vem se firmando, mais e ativos em 2020 e ter uma projeção na Mais uma iniciativa da APROCAN e de mais, junto ao consumidor e à mídia. casa dos bilhões em um médio prazo, João Leite está entrando em operação são outros números que expressam esse na cidade: a Mestraria Canastra, o pri- Portanto, esse “jeito de fazer” diz res- crescimento. meiro centro de referência do Brasil peito a uma tradição valiosa e que deve voltado exclusivamente para a produ- ser preservada para não se perder. Tanto Porém, talvez os melhores exemplos ção desse queijo artesanal e que pre- que foi reconhecido inclusive pelo IPHAN dessa transformação sejam encontra- tende capacitar profissionais queijeiros (Instituto do Patrimônio Histórico e Artís- dos em visitas aos produtores de queijo de todo o país. Uma iniciativa que conta tico Nacional), que declarou que: “o modo associados à SAROMCREDI e também à com o apoio do SEBRAE, do MAPA artesanal de fazer queijo de minas, nas APROCAN. Há dez anos, esses quase 70 (Ministério da Agricultura, Pecuária regiões do Serro, da Serra da Canastra e pequenos fazendeiros vendiam seus a e Abastecimento), da CODEVASF (Com- do Salitre, em Minas Gerais, foi inscrito no por volta de R$10,00 a peça. Eram clan- panhia do Desenvolvimento dos Vales do Livro de Registro dos Saberes, em junho destinos aos olhos da lei. Hoje, mudada São Francisco e Parnaíba) e da SEAPA finalmente a lei, eles estão na mira dos (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecu- de 2008. Esse bem imaterial constitui chefs e espaços gourmets das grandes ária e Abastecimento de Minas Gerais). um conhecimento tradicional e um traço cidades e chegam a comercializar o quilo “Está na hora de repartirmos ainda mais marcante da identidade cultural dessas de um Canastra Real por até R$ 150,00 e nossos conhecimentos com as demais regiões”. O fato de ser Bem Cultural Ima- um Canastra comum por até R$ 80,00 a regiões queijeiras do país”, afirma João. terial do Brasil valorizou ainda mais esses peça. E não é só uma questão financeira: “Agregar valor aos produtos agro-artesa- queijos. Isso sem falar nas constantes onde antes havia restrição, hoje há orgu- nais é uma forma de manter a gente do matérias sobre premiações conquistadas lho. Agora, as novas gerações retornam campo de cabeça erguida, com vida boa, internacionalmente. Hoje, os queijos da das cidades onde foram fazer faculdade com a chance de poder dar aos filhos uma Canastra são uma espécie de modelo para assumir os negócios de queijo arte- oportunidade de trabalho”. Hugo, seu filho para outras regiões produtoras no Brasil. sanal da família. É verdade que existem de 28 anos, é um exemplodisso.Elevoltou Só em Minas Gerais são 8 as regiões que mais de 700 produtores, ainda não filiados de Turim, no norte da Itália, onde concluiu produzem o QMA (Queijo Minas Artesanal): à APROCAN, nos 7 municípios que com- o curso de arquitetura, para estar a frente Araxá, Serra do Salitre, Triângulo Mineiro, põem a região da Canastra. Grande parte da produção de queijos da família. Cerrado, Campos das Vertentes, Serro, deles seapegaaomodusoperandiantigo, Ibitipoca e Canastra. outros não querem mesmo se associar. Com o filho à frente dos negócios, João Mas isso mostra justamente a grande volta-se agora para outras empreitadas Para saber mais: fatia de crescimento ainda por vir e que como, por exemplo, estabelecer um polo https://queijodacanastra.com.br/ deve deixar João Leite bem ocupado pelos de charcutaria na região da Canastra, seu indicacao-de-procedencia/ próximos anos. novo alvo de pesquisa e desenvolvimento. https://queijodacanastra.com.br/ Com isso, o seu dia a dia continua extre- aprocan/ Quanto à Cooperativa, além de uma sede mamente corrido. Mas ele não apresenta própria na cidade, com mais de 1000 m2 sinais de cansaço. “João tem um QUÊ a de área construída, ela agora possui 18 mais, a tal da liderança. O setor do queijo agências e está em franca expansão pelos artesanal deve muito a ele”, reflete o ex- municípios da região, sempre replicando ministro Alysson Paulinelli. seu modo de atuação: captar e inves- tir localmente. SEBRAE, Banco Cen- Claramente ele tem energia para estar no tral do Brasil, universidades, Fundação jogo e continuar movendo montanhas e Dom Cabral, OCEMG (Organização das mudando cenários. Pois uma coisa é certa: Cooperativas de Minas Gerais), FAEMG aSerradaCanastra,nessesúltimos30anos, Eurobike magazine | 13

MODERNIDADE INOVADORA Muito mais do que fachada: a primeira impressão de uma grande marca t



EXPERIMENTAR UM DIA DE PORSCHE Porsche World Road Show proporciona uma oportunidade única de andar em toda a linha de produtos da marca. Eurobike Magazine conta um pouco dessa experiência. POR LUIZ ALBERTO PANDINI | FOTOS LEO SPOSITO 16 | Eurobike magazine

Dirigir um Porsche por um dia inteiro em de asfalto tem um traçado seguro e consi- um autódromo é o sonho de muitos. E esse derado altamente técnico pelos pilotos das sonho está ao alcance de clientes e potenciais várias categorias importantes que correm ali. clientes da marca, pois para eles foi criado o Além disso, também fazem parte do complexo Porsche World Road Show, um evento que uma bem-elaborada pista de off-road e uma percorre todos os continentes para atrair novos infraestrutura de primeira classe, o que torna compradores (ou mostrar as novidades a quem o local extremamente agradável, funcional e já tem um Porsche). acolhedor. No Brasil, o Porsche World Road Show acon- A edição de 2021 do evento ocorreu nas duas tece no Autódromo Velocitta, localizado em últimas semanas de agosto e contemplou uma fazenda em Mogi Guaçu (SP); o cenário todos os concessionários Porsche existentes perfeito para os propósitos da marca. A pista no Brasil – incluindo, é claro, a Eurobike e seus Eurobike magazine | 17

EXPERIMENTAR 18 | Eurobike magazine

As atividades de pista englobaram voltas rápidas no circuito, slalom, arrancada e frenagem Eurobike magazine | 19

EXPERIMENTAR 20 | Eurobike magazine

clientes das lojas de Brasília e Goiânia, que Goiânia totalizou 48 pessoas e a Eurobike No fim de cada dia, todos os participantes tiveram o dia 21 de agosto reservado para sua proporcionou aos convidados a logística e a tinham algo em comum: um enorme sorriso participação no Porsche World Road Show. hospedagem. As atividades de pista englo- nos lábios e um certo cansaço, acentuado pelo baram voltas rápidas, slalom, arrancada e forte calor, típico do interior paulista. A verdade E o que pôde ser desfrutado nesse dia de frenagem – os grupos se alternavam em cada é que passar um dia inteiro pilotando Porsches sonho? Nada menos do que os modelos 911, atividade. Na pista de off-road do Velocitta, os pode ser uma terapia e tanto! A fábrica sabe 718 (Boxster e Cayman), Cayenne, Macan, Pana- clientes fizeram vários exercícios com o SUV disso: tem sido assim há mais de 70 anos, mera e Taycan, sempre com orientação de pilo- Cayenne. Três dias depois, o PWRS reservou a desde que o primeiro Porsche ganhou as ruas tos profissionais certificados pela Porsche AG. programação exclusivamente para mulheres. e o coração de milhões de admiradores. O grupo de clientes oriundo de Brasília e Seis delas foram levadas pela Eurobike. Eurobike magazine | 21

EXPERIMENTAR McLaren em Interlagos McLaren Academy Porto Seguro proporcionou aos proprietários de carros da marca uma oportunidade de pilotar no autódromo paulistano POR LUIZ ALBERTO PANDINI | FOTOS FERNANDA FREIXOSA 22 | Eurobike magazine

Pilotar um McLaren no autódromo de Inter- lagos é um sonho para muitas pessoas. Pois ele se tornou realidade para um grupo de clientes da McLaren São Paulo no dia 18 de agosto, uma quarta-feira, durante o McLaren Academy Porto Seguro, uma clínica de pilo- tagem dedicada aos proprietários de carros da marca e realizada com patrocínio da Porto Seguro Auto Premium. Entre os carros presentes estavam modelos como o raro 765LT (apenas seis unidades des- tinadas ao mercado brasileiro), o 720S e o 570S. Um dos quatro McLaren Senna existentes no Eurobike magazine | 23

EXPERIMENTAR Brasil também esteve presente e deu algumas voltas no circuito ao fim da programação. Outra atração foi o McLaren 570S GT4, que disputa o campeonato Endurance Brasil pela equipe Autlog Racing. Ao longo do dia, o cockpit desse carro foi ocupado alternadamente por Marco Pisani, André Moraes Júnior e Leandro Ferrari, pilotos da Autlog Racing no Endurance Brasil. As aulas teóricas e a orientação aos proprie- tários de McLaren foram dadas pela equipe de pilotos profissionais da 2DRIVE, formada por Beto Gresse, Rodrigo Hanashiro, Alan Hell- meister, William Freire e Matheus Iório. Depois 24 | Eurobike magazine

das aulas teóricas e do reconhecimento da pista e dos carros, os participantes do McLaren Academy Porto Seguro foram liberados para pilotar no ritmo que considerassem adequado. Um sistema de cronometragem de corrida estava disponível; com isso, os interessados em alta performance tiveram meios de avaliar sua evolução ao longo do dia. O McLaren Academy Porto Seguro foi patroci- nado por Porto Seguro Auto Premium, Banco Alfa, Frattina, Imports BR, PS Maxx, Pirelli e Protech Blindagens. Eurobike magazine | 25

EXPERIMENTAR BMW Roadshow Experience POR LUIZ ALBERTO PANDINI | FOTOS JOÃO VICTOR XAVIER 26 | Eurobike magazine

Clientes de Brasília tiveram uma semana de contato com a linha BMW e com modelos clássicos da marca A Eurobike BMW proporcionou aos clientes e fãs de BMW uma semana de grandes atrações em agosto. O BMW Roadshow Experience, rea- lizado em Brasília entre os dias 8 e 15 daquele mês, teve test drives com sete automóveis cedidos pela BMW do Brasil, além de muitas outras atrações. Eurobike magazine | 27

EXPERIMENTAR 28 | Eurobike magazine

A abertura do evento aconteceu durante o Dia dos Pais, no Brasília Shopping, e contou com uma exposição de veículos BMW pertencentes a clientes e convidados. A segunda parte do evento aconteceu nas instalações da Eurobike Special, localizadas próximas ao Aeroporto de Brasília. Nessa etapa, os clientes foram convidados a realizar um percurso entre a Eurobike Special e o aeroporto, onde em breve será inaugurada a nova instalação da Eurobike BMW Brasília. Lá, os clientes se depararam com uma surpresa: um percurso de manobras oferecido pelos pilotos parceiros Lucas Foresti (que disputa o Endurance Brasil com o BMW M4 GT4 da Eurobike, formando trio com Henry Visconde e Paulo Sousa) e José Luís Ribeiro. No sábado, 14 de agosto, a Eurobike preparou um dia de música com a banda Fuzo – além de test drives e food trucks – no showroom BMW, para que os clientes pudessem aproveitar os últimos dias do evento desfrutando do puro prazer de dirigir. No domingo, a convite do Brasília Exotics Club, a Eurobike formou um grupo de mais de 100 carros para um passeio Eurobike magazine | 29

EXPERIMENTAR 30 | Eurobike magazine

com apreciadores de veículos Premium, cuja parada final foi no restaurante Sabor Goiano. O BMW Roadshow Experience Brasília 2021 impactou cerca de 750 pessoas e proporcionou a 180 clientes uma oportunidade única de test drive. A experiência oferecida foi a bordo dos modelos BMW 330e, 530e M Sport, X5 xDrive45e M Sport, X6 xDrive40i M Sport, 745Le M Sport, M2 Competition e M3 Competition Track. A programação também incluiu experiências gastronômicas com o restaurante Grand Cru e a entrega de presentes aos clientes, como chocolates Kopenhagen e um kit Eurobike BMW. Eurobike magazine | 31

APRECIAR 32 | Eurobike magazine

DBXASTON MARTIN POR LEO SPOSITO Eurobike magazine | 33

APRECIAR 34 | Eurobike magazine

UM NOVO TIPO DE ASTON MARTIN Eurobike magazine | 35

APRECIAR CRIADO COM BASE EM TRÊS PRINCÍPIOS: 36 | Eurobike magazine

BELEZA, LUXO E DIRIGIBILIDADE Eurobike magazine | 37

APRECIAR 38 | Eurobike magazine

MOVIDO PELO ESPÍRITO DA AVENTURA Eurobike magazine | 39

APRECIAR MUITOS ITENS DE SERIE 40 | Eurobike magazine

E INÚMEROS DE PERSONALIZAÇÃO Eurobike magazine | 41

APRECIAR 42 | Eurobike magazine

DBX. SINÔNIMO DE PERFORMANCE O Aston Martin DBX oferece a praticidade e o requinte esperados de de 4.0 litros, 550cv e 700Nm de torque, combinado a uma caixa de câmbio um SUV de luxo. O seu foco principal é a experiência do motorista ao automática de nove velocidades, permite ao DBX chegar aos 100km/h dirigir, o que o destaca em seu nicho. A Aston Martin empregou muita em 4,5 segundos e alcançar uma velocidade máxima de 291km/h. Com tecnologia para produzir esse SUV de excelente dirigibilidade que, mesmo seus 6 modos de direção/condução, é possível elevar a suspensão em pesando mais de duas toneladas e comportando confortavelmente cinco 4,5 cm ou rebaixá-la em 3 cm, dependendo do modo escolhido (GT, Sport, pessoas, continua a ser uma máquina incrivelmente rápida e estável Sport+, Terrain, Terrain+ e Individual). O modelo conta também com o mesmo nos trechos mais sinuosos. ACCESS MODE, que o baixa em 5cm para facilitar carga e descarga ou para a utilização de um reboque. Em suma, o DBX oferece um ótimo Tal resultado apenas foi possível porque a Aston Martin utilizou toda a pacote, com alta performance, recursos 4x4 genuínos, praticidade para sua experiência na construção de superesportivos para entregar um 4x4 a família e a dirigibilidade característica dos Aston Martin. que enfrente os melhores da classe. Seu motor V8 a gasolina twin-turbo Eurobike magazine | 43

APRECIAR 44 | Eurobike magazine

Taycan Cross Turismo: A perua eletrizante da Porsche chega ao Brasil Familiar porém esportiva, esta versão com viés aventureiro utiliza propulsão 100% elétrica, atinge 220 km/h e tem autonomia de até 456 quilômetros POR RICARDO PANESSA | FOTOS JUNIOR BEHRENS Quem vê um Porsche, sabe na hora que é um e instantaneamente reconhecível, como todo Porsche. Seja de que ano, modelo ou versão ele Porsche, o Taycan Cross Turismo hipnotiza ao for, um Porsche se autoidentifica pela simples primeiro olhar. presença. Porsche sempre, mas sempre em evolução. Joia do design automotivo moderno, seu estilo é basicamente o mesmo das outras versões, Do lendário 356 ao icônico 911, chegando à principalmente na parte dianteira: faróis embu- recém-lançada família Taycan, aquele mesmo tidos e capô longo. Mas, a partir da coluna B, escudo carregado de história, tecnologia e a central, a linha do teto com inclinação mais emoção segue orientado para o futuro auto- discreta privilegia o espaço para as cabeças motivo. Um conceito que se aplica desde os dos passageiros do banco de trás, configurando modelos mais antigos até o novíssimo Cross o modelo como uma perua (ou station wagon) Turismo, versão de entrada do Taycan que familiar, com leve toque aventureiro. Além da acaba de chegar ao Brasil e reflete a transi- diferença no estilo da carroceria, o modelo ção para o modal elétrico, para a mobilidade recebeu molduras pretas nas caixas de rodas sustentável. e para-choques, seguindo a estética crossover proposta para a versão. Segundo membro da família de elétricos Taycan, com zero emissões de gases poluentes O porte é praticamente o mesmo do Taycan – e única versão à venda no Brasil – o Cross “normal”, com 4,97 m de comprimento (ape- Turismo é uma perua esportiva com perfil nas um centímetro a mais que as demais familiar e discretamente vocacionado para o versões) e 2,90 m de distância entre-eixos, off-road. Como sempre, a primeira impressão o que garante um bom espaço nos bancos (aquela que costuma ficar) é visual. Atemporal traseiros. O porta-malas tem 446 litros de Eurobike magazine | 45

APRECIAR 46 | Eurobike magazine

capacidade volumétrica — 80 a mais do que a personalidade Porsche. Juntos, esses motores “Hey, Porsche” versão coupé — que, somados aos 84 litros de disponibilizam 380 cv no “modo normal”; mas um segundo compartimento de bagagem, que um sofisticado sistema de controle de largada fica na dianteira, permite ao veículo alcançar — o launch control — libera até 476 cv e 51 até 1.212 litros de capacidade total com os kgfm de torque imediato para literalmente bancos traseiros rebatidos. catapultar o crossover, oferecendo-lhe vigor equivalente ao de um veículo com motor V8. Tecnologia e desempenho eletrizantes - Embora seja a versão de entrada da gama A tração nas quatro rodas e a suspensão Taycan, o Cross Turismo não deixa nada a a ar adaptativa, que pode aumentar o vão desejar em desempenho em relação às ver- livre do solo de 146 mm para 176 mm, dão um sões mais potentes. Com arquitetura elétrica toque off-road “pero no mucho” ao modelo, de 800 volts, dois motores elétricos (um em que consegue rodar com desenvoltura por cada eixo), transmissão de duas velocidades caminhos não pavimentados e sobre pisos com comutação automática e tração nas de baixa aderência. quatro rodas, ele oferece performance com Eurobike magazine | 47

APRECIAR A experiência de conduzir o Taycan Segundo a fábrica, esse conjunto permite o Porsche Connect. Entre seus vários serviços Cross Turismo envolve todos os sen- acelerar o Cross Turismo de zero a 100 km/h inovadores está o Voice Pilot, um sistema de tidos, inclusive a audição em 5,1s e atingir uma velocidade máxima de 220 reconhecimento de voz intuitivo e natural, km/h. Nada mau para uma perua familiar que acionado pelo condutor através das palavras- pesa 2.245 kg! Além do desempenho vigoroso, a chave “Hey, Porsche”. bateria de 93,4 kw/h garante ao Cross Turismo uma autonomia entre 389 km e 456 km (ciclo O Cross Turismo também facilita a vida a WLTP), e seu carregador doméstico — que já bordo por meio de um sofisticado sistema vem com o carro — faz a recarga total em cerca de assistência com comando central para de nove horas, ou até 80% da capacidade em áudio, navegação e comunicação, o Porsche impressionantes 20 minutos. Communication Management (PCM), que inclui navegação online. O display de 10,9 polega- “Hey, Porsche” – O Cross Turismo foi proje- das no painel central pode ser configurado tado para oferecer o máximo em conforto, individualmente, permitindo acesso direto às funcionalidade e conectividade, a começar funções mais importantes, como navegação, pelo seu sofisticado pacote de infotainment: mídia, telefone, configurações e Apple CarPlay. 48 | Eurobike magazine


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