O voto de Minerva Adahir Raymundo de Oli- Corria o ano de 1963 e eu era vereador em Cachoeiro pelo então veira, 81, torcedor fanático influente e poderoso MDB. Por ocasião do primeiro mandato de Fer- do Flamengo e que fez histó- raço, que era da igualmente forte ARENA - partido ferrenho opositor ria no futebol em Cachoeiro do meu -, o homem, de olho no futuro e para viabilizar a mobilidade como guarda-valas, é mais urbana de Cachoeiro, como é do seu feitio, apareceu com aquela ideia conhecido como o Adail do maluca de construir uma tal Avenida Beira Rio. Aparentemente um Café Mourad’s e também sonho impossível para a época, dado ao ‘desafio insuperável e mega- como “O Macaco Tá Certo”. lomaníaco’ de construir uma grande avenida rio acima, à sua margem, como está hoje. A cidade alvoroçou-se com a ideia e a Câmara dos Vereadores seguiu no mesmo rumo. Brigas intermináveis estabelece- ram-se entre os vereadores do MDB e da ARENA sobre a liberação dos recursos para tal fim. Num vislumbre de lógica e depositando uma fé muito grande naquele jovem e destemido administrador em seu pri- meiro mandato, assumi uma briga de todo tamanho com o meu parti- do e decidi, pelo bem da cidade e de todos os cachoeirenses, dar o meu voto de confiança ao homem. Depois de arrastadas discussões e por não concordar com o “quanto pior, melhor”, votei favoravelmente ao projeto de lei que autorizava os recursos para a “Obra do Século” como costumava dizer o prefeito. Fui o voto de minerva, os recursos foram disponibilizados, a obra está aí pronta, acabada e majestosa. Hoje, eu e grande parte da população da cidade, ficamos imaginando o que seria de Cachoeiro em termos de mobilidade urbana se não fosse o arrojo e a determinação do Ferraço, a quem orgulho de ter apoiado com aque- le voto decisivo. Foi feito o que deveria ser feito e me considero um cidadão realizado por isso! Não poderia perder a oportunidade única que a Revista Você+ me oferece para agradecer ao prefeito Ferraço a oportunidade que me deu de figurar na História política do município por aquele ato de coragem e destemor. 51
edição histórica Ferraço fez! Antonio Carlos Dofen, jor- Ferraço, ninguém fez mais por Cachoeiro! nalista, crítico e observador Não há palavras para descrever Ferraço como o atento da realidade cachoei- mais importante prefeito da história de Cachoeiro. rense. (Toninho Rádio Globo). Ferraço fez!!!! • Iniciou as obras da Avenida Beira Rio • Retirou os trilhos do bairro Guandu • Criou os institutos do Coração e dos Olhos (Fun- dação Don Luiz Gonzaga Peluso) • Criou a Cidade Universitária João de Deus, onde funcionam a FACCACI e a FDCI • Abriu a Rua Brahim Seder, onde havia uma antiga linha férrea • Abriu a Linha Vermelha • Asfaltou a estrada do Contorno • Construiu a APAE • Criou a Guarda Municipal, uma das primeiras do Brasil armada • Privatizou o SAAE • Criou a AGERSA – Agência Municipal de Regu- lação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim, à época, modelo nacional • Construiu o Hospital Materno Infantil, hoje sem funcionamento por questões meramente políticas • Criou o Teatro Rubem Braga Diante do exposto, é só parabenizá-lo por mais um ano de vida. 52
Coragem, fé e raça Vera Maia, secretária e fiel Ferraço, além de ser um dos homens públicos mais escudeira de Theodorico de respeitados do Espírito Santo e do Brasil, é um ser hu- Assis Ferraço. mano de coração generoso e muito fraterno. Um político trabalhador, sensível às necessidades das pessoas e que não tem medo de lutar pelo bem-es- tar e pelo direito de todos os capixabas. Desde 1996 eu tenho a honra de trabalhar com Ferraço. Lembro que fiquei emocionada quando recebi a ligação do ga- binete onde o próprio Ferraço me deu a oportunidade de fazer parte de sua equipe. Meu pai, Liberalino Silva, tinha uma relação de grande amizade com o sr. Theodorico, pai do Ferraço. Papai nos ensinou a respeitar e a admirar a história política que Ferraço construía, e que eu, de forma hu- milde, passei a fazer parte. Na Prefeitura, fui direto trabalhar no gabinete, e lá nós tínhamos que tentar acompanhar o ritmo do pre- feito. Ferraço acordava cedo para trabalhar e só ia dormir muito tarde. E foi devido a essa dedicação, competên- cia e amor a Cachoeiro que ele construiu as principais obras da cidade e cuidou como ninguém dos cachoei- renses. Hoje, como deputado estadual, Ferraço, que é dono de uma memória invejável, continua a despertar a ad- miração de todos pelo brilhante trabalho que desem- penha com coragem, fé e raça. 53
edição histórica O dia em que Ferraço chorou Rômulo Louzada Bernardo, Corria o ano de 1989. Festa de Cachoeiro, inauguração do advogado, professor emérito calçamento da Rua Matilde Assad, no bairro Alto Monte Cristo. da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim e No palanque armado no local para as autoridades, o prefei- ex-procurador geral do mu- to Ferraço, secretários municipais, vereadores, familiares da nicípio. homenageada e o Cachoeirense Ausente Número Um, desem- bargador José Eduardo Grandi Ribeiro, então presidente do Tribunal de Justiça. Iniciada a solenidade, o secretário Alicio Franco chamou a mim e ao prefeito para uma conversa em particular atrás do pa- lanque. Ali, uma senhora humilde apresentou seu filho adolescente que tinha uma grande deformidade, denominada lábio leporino. A mãe aflita necessitava de um auxílio para fazer uma cirur- gia reparadora no filho, em um hospital especializado, no inte- rior de São Paulo. Encarando o menino - e com lágrimas nos olhos - Ferraço perguntou quanto seria necessário para as despesas de viagem e a hospedagem em um hotel durante uma semana. Imediatamente, Ferraço meteu a mão no bolso, entregou a quantia solicitada (expressiva), abraçou o menino e fez uma única exigência: quero te ver em meu gabinete quando você es- tiver curado. Este é o Ferraço que poucos conhecem. Como amigo e seu ex-procurador geral do município, em seu segundo mandato, dou este testemunho em sua homenagem e para fazer um reparo sobre a imagem de um ser humano sensí- vel por trás do grande político. 54
Modelo de trabalho Como seu vice, tive a oportunidade de ver bem de perto o mode- lo de trabalho de Theodorico de Assis Ferraço, o prefeito municipal que a meu ver teve a gestão mais destacada da história em prol do de- senvolvimento da cidade. Estivemos juntos em diversas e complexas empreitadas e o slogan “Fé e Raça” marcou com muita propriedade o seu estilo de trabalho: dinâmico, trabalhador, corajoso e que quando dizia que ia fazer uma coisa, fazia mesmo. Nunca se defrontou com si- tuações que o desviassem do objetivo pré-determinado. Entre tantas obras de importância vital para Cachoeiro, destaco a Escola Técnica Federal, a Linha Vermelha, a retirada dos trilhos do Guandu, o Hospi- tal do Coração... são tantas que faltaria espaço para relatar todas. A ci- dade de Cachoeiro de Itapemirim e seus habitantes lhe devem muito. Anarim Albino da Silveira, empresário e homem público filiado ao MDB, desempenhou funções impor- tantes como a de vice-prefeito, foi vereador por dois mandatos, tendo ocupado a Presidência da Câmara Municipal por quatro vezes, também foi presidente do Hospital Evangélico e do Estrela do Norte FC. 55
edição histórica Instituto do Coração Wagner Medeiros Jr., superin- tendente do Hospital Evangé- O deputado Theodorico de Assis Ferraço, durante o seu mandato lico de Cachoeiro de Itapemi- rim (HECI). como prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (1997-2000), empreendeu um inestimável esforço para instalar em nosso município o Instituo do Coração. A obra em si e a aquisição dos equipamentos foi um processo bastante complexo, tanto por questões técnicas como pela necessidade de elevada soma de recursos financeiros. Entretanto, superando todas as expectativas, o prefeito Ferraço con- seguiu trazer para Cachoeiro de Itapemirim médicos de elevadíssimo gabarito, de reconhecimento nacional. Isso até hoje reflete nos tra- balhos do Instituto do Coração, quer pela baixa taxa de mortalidade - comparada aos melhores indicadores nacionais – ou pela quantidade de pessoas que puderam melhorar a qualidade de vida. Temos certeza que o Instituto do Coração é uma obra que sempre terá o reconhecimento da população, tanto do município de Cachoeiro de Itapemirim como de todo o sul do Espírito Santo, área em que atua como referência regional. Daí que o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim tenha um grande orgulho de participar dessa obra. 56
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