Autoridade Pública Olímpica A experiência inédita do modelo deintegração governamental nos Jogos Rio 2016 AAuuttoorriiddaaddee PPúúbblliiccaa OOllíímmppiiccaa
ApresentaçãoNo dia 2 de outubro de 2009, o Brasil comemorou a vitória para sediar os Jogos Olímpicose Paraolímpicos de 2016 na cidade do Rio de Janeiro. Dali em diante foi preciso se organizarpara superar os desafios que vinham pela frente sem perder o foco para honrar oscompromissos assumidos pelo País.Foram sete anos de muito trabalho, num verdadeiro revezamento de esforços, marcado pelaatuação integrada dos entes públicos, planejamento dos gastos com forte participação dosetor privado, divisão das responsabilidades, apresentação de projetos simples, mas com aqualidade e a eficiência necessárias para os atletas mostrarem a grandeza da sua capacidadee talento.Há muito tempo, os Jogos deixaram de ser um evento meramente esportivo para se tornarum acontecimento cultural, político e econômico. Portanto, foram diversos atores envolvidosna preparação da primeira Olimpíada da América do Sul, de diferentes áreas, com diferentestempos de atuação e interesses. Esse cenário demandou um trabalho de sintonia fina entreessas vozes, missão dada à Autoridade Pública Olímpica (APO).O consórcio público foi criado especialmente para integrar as ações da União e das esferasestadual e municipal do Rio de Janeiro na organização do evento. Compromisso decandidatura para garantir as obrigações assumidas junto ao Comitê Olímpico Internacional(COI), a APO é um modelo inédito de gestão tripartite na administração pública brasileiraenvolvendo os três níveis de governo num mesmo consórcio.Na prática, a APO realizou o acompanhamento estratégico dos projetos olímpicos de olhonos cronogramas, confeccionou um documento que tornou transparente a definição dasresponsabilidades por cada projeto olímpico e construiu um sistema que organizouinformações para dar suporte a tomadas de decisão. Ajudou também a desobstruir caminhosem importantes áreas, como a de energia elétrica nas arenas esportivas e de medidasfitossanitárias para a entrada e permanência de animais de competição no País.Além de projetos urbanos com legado visível para a cidade, os Jogos deixam conhecimentonovo aplicado da coordenação integrada que permitirá o País avançar com mais qualidade eeficiência e firmar-se como um player internacional de acordo com sua estatura política eestratégica. Ao sediar os Jogos Rio 2016, o País alegre, receptivo, de belezas naturais ediversidade cultural mostra ao mundo, mais uma vez, empenho em identificar suas mazelas eousadia para enfrentar suas dificuldades, de forma moderna e inovadora, com o objetivo deestimular o desenvolvimento e trazer benefícios para todos os brasileiros.
Sumário 6 7 Compromisso Formação olímpico de equipe8 9 11 Governança Definição de MonitoramentoCompartilhada responsabilidades de obras e serviços16 17 19 Acessibilidade Resolução Legado de impasses de gestão18 Comunicação 20 integrada Conclusão
IntroduçãoA Autoridade Pública Olímpica (APO) ajudou a construir um capítulo dahistória do Brasil. Afinal, sediar o maior evento esportivo do mundo é um desafioinédito de integração de diversas áreas da administração pública nos três níveis de governo.Ainda que o País tenha tido a experiência bem sucedida de sediar outros megaeventos, comoa Copa do Mundo de 2014, os números mostram que a complexidade de organizar umaedição dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos é muito maior.São cerca de 15 mil atletas de 206 nações, que participam de competições esportivasespalhadas em quatro regiões da cidade do Rio de Janeiro. Portanto, entregar estruturasno prazo e com qualidade, além de permitir a mobilidade de um grande fluxo de pessoasdurante um curto período de tempo com segurança, estavam entre os principais desafios dosorganizadores. Para garantir a organização e a execução dessa empreitada, o esforçointegrado foi fundamental.Esta publicação apresenta a participação da APO no processo de organização dos Jogos,mas não pretende esgotar todo o assunto relacionado ao primeiro consórcio público quecontou com a participação dos três níveis de governo. O objetivo é servir de ponto de partidapara uma discussão mais amadurecida sobre a gestão de projetos complexos no País,que envolvem a responsabilidade de diferentes níveis de governo para cumprir amesma missão.
Números OlímpicosXXXI JOGOS ............................................................................................................................ 32 ÁREAS DEOLÍMPICOS COMPETIÇÕESpela primeira vez naAmérica do Sul............................................................................................................5 - 21 AGOSTO 42 MODALIDADESJogos Olímpicos 19 dias, OLÍMPICASincluindo dois dias dejogos de futebol antes duas a mais que Londresda abertura 2012 (Golfe e Rugby)............................................................................................................7 - 19 SETEMBRO 23 MODALIDADESJogos Paraolímpicos PARAOLÍMPICAS12 dias duas a mais que Londres 2012 (Paracanoagem e Paratriatlo)............................................................................................................4 REGIÕES 1.006 SESSÕESESPORTIVAS DE COMPETIÇÃODeodoro, Copacabana, olímpicas e paraolímpicasBarra e Maracanã entre 7h e 2h em 31 dias. Em média, 35 sessões/dia.............................................................................................................10,8 MILHÕES 800.000DE INGRESSOS TURISTASOlimpíadas eParaolimpíadas............................................................................................................FAMÍLIA OLÍMPICA206 países 30.000 jornalistas15.000 atletas 50.000 voluntários atuarão3.200 árbitros e juízes nos jogos Olímpicos e Paraolímpicos 5
Compromisso OlímpicoA garantia para a entregaA missão foi clara: entregar o maior evento esportivo do planeta. Era um desafio complexo, quedemandou a participação de diversos entes governamentais. Num país de dimensão continental, comestruturas administrativas e políticas autônomas, foi necessário garantir a integração de todos osenvolvidos ao longo da organização do evento.Afinal, pela primeira vez, governos federal, estadual emunicipal se juntaram para atingir um mesmo objetivo, com entregas e prazos definidos.Portanto, para contribuir com a integração dos entes e garantir que os compromissos assumidos juntoao Comitê Olímpico Internacional (COI) fossem realizados, foi criada a Autoridade Pública Olímpica,inspirada nos moldes da Olympic Delivery Authority (ODA), dos Jogos de Londres de 2012. Com umdesenho adaptado às necessidades do projeto brasileiro, a APO foi constituída sob a forma de consórciopúblico, pela lei federal 12.396, de 21 de março de 2011, lei estadual 5.949, de 13 de abril de 2011, e leimunicipal 5.260, de 13 de abril de 2011, que definiram a estrutura, o objetivo e as finalidades do trabalhoda instituição.O processo de organização dos Jogos Rio 2016 envolveu muitas decisões técnicas impactantes queforam tomadas em conjunto, cotidianamente, para garantir o cumprimento de prazos e a qualidade deinstalações e serviços. A integração também foi fundamental para estabelecer a pauta dos trabalhos,buscar aval técnico em situações de impasses, agilizar o processo decisório e contribuir na prestação decontas para a sociedade sobre os recursos públicos investidos na preparação dos Jogos, representandoum amadurecimento institucional para o Brasil.Atuação da APO:Consolidação do planejamento integrado das obras e serviçosMonitoramento da execução das obras e serviçosRelacionamento com os entes e com o Comitê Rio 2016Planejamento do uso do legado dos JogosElaboração e atualização da Matriz de ResponsabilidadesInterlocução nos casos de impasses 6
Formaçãode EquipeTime multidisciplinarA instituição montou um time multidisciplinar,de visão sistêmica, para atuar em nívelestratégico na preparação dos Jogos Rio2016. Engenheiros, arquitetos, economistas,procuradores, administradores, jornalistas,especialistas em tecnologia da informação,entre outros, se debruçaram em variadostemas, como saúde, segurança, imigração,controle de dopagem, medidas fitossanitárias,licenciamento ambiental e patrimonial.A estrutura organizacional foi dinâmica eadaptou-se às fases de execução dos projetosolímpicos, sempre com o objetivo de cumprira missão legal de integração dos entesgovernamentais. Conforme as atividadesavançavam e as entregas aconteciam, ainstituição mudava o foco de seus trabalhos ea forma de se organizar internamente.Ao fim do processo, com as entregas dasprincipais instalações esportivas concluídas,as diretorias de Mobilidade e deInfraestrutura deram lugar às diretorias daRegião Copacabana/Barra eMaracanã/Deodoro, que passam a darsuporte na operação das regiões olímpicas.O desafio na construção da equipe foiidentificar as competências técnicas etransformá-las nas capacidades certas paraatingir os objetivos de cada momento. Abusca pela harmonia e pelo engajamento foiimprescindível para dar agilidade à gestãointerna e contribuir com a boa governançados Jogos. 7
GovernançaCompartilhadaA agilidade em jogoO ambiente de governança dos Jogos é amplo. Experiências de Olimpíadas anteriores mostram que aestrutura pode parecer um risco para a agilidade das tomadas de decisão. Nesses casos, especialistasdestacam a importância de esclarecer papéis e definir responsabilidades de cada um no processo paranão perder o foco na entrega do evento.Além de fóruns de decisão compartilhada, com a presença de representantes das três esferas de governoe o Comitê Rio 2016, a instituição foi fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelaControladoria Geral da União (CGU) e pelo Congresso Nacional, para onde a APO enviourelatórios semestrais das atividades da instituição.A APO conviveu, portanto, com uma multiplicidade de atores.Atuou, muitas vezes, como moderadoraem análises estratégicas e contribuiu para solucionar impasses e agilizar processos. Para isso, foinecessário manter de forma permanente uma visão sistêmica da organização dos Jogos e identificar omomento certo e a forma de se posicionar.Os principais rumos do trabalho da APO foram traçados pelo Conselho Público Olímpico (CPO),instância máxima da instituição, ao definir os projetos que foram considerados olímpicos e incluídos naMatriz de Responsabilidades. O CPO foi formado por representantes da União, do estado do Rio deJaneiro e do governo municipal do Rio.Organograma da APO CONSELHO PÚBLICO OLÍMPICO CONSELHO CONSELHO FISCAL DE GOVERNANÇA PRESIDÊNCIA DA AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA DIRETORIA EXECUTIVA DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIADE INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS COPACABANA MARACANÃ E DEODORO E BARRA 8
Definiçãode ResponsabilidadesMatriz dos projetos olímpicosA Matriz de Responsabilidades é o compromisso do Estado brasileiro de transparência na aplicação dosrecursos públicos destinados a realizar no País o maior evento esportivo do mundo.A APO coordena aelaboração do documento, que apontou os responsáveis pela execução e aporte de recursos dosprojetos olímpicos feitos exclusivamente para o evento. Ou seja, são projetos que não seriamdesenvolvidos se o Rio de Janeiro não tivesse sido eleito a cidade-sede dos Jogos Rio 2016.O documento tem permanente acompanhamento e atualização, com divulgação periódica e publicaçãono site da APO (www.apo.gov.br) para garantir a prestação de contas à sociedade. As informações sãoorganizadas agrupando obras e serviços relacionados às regiões olímpicas: Barra da Tijuca, Deodoro,Maracanã e Copacabana, além da planilha Multirregião, com projetos comuns às quatro áreas. Níveis dematuridade permitiram o acompanhamento da evolução de cada projeto, desde o projeto conceitual atéa sua conclusão.Ao trazer um volume expressivo de recursos privados, utilizando sempre incentivosextraorçamentários, o poder público potencializou os investimentos sem onerar o orçamento público. 9
Definição de ResponsabilidadesMatriz dos projetos olímpicos Região Barra Formada pelos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes,Vargem Pequena,Vargem Grande, Camorim, Grumari, Joá e Itanhangá, a região abriga o Parque Olímpico da Barra, considerado o “coração dos Jogos”, que sedia 16 modalidades olímpicas e outras dez paraolímpicas. GOLFE • VILA DOS ATLETAS • RIOCENTRO • PARQUE OLÍMPICO DA BARRA Arenas Cariocas 1, 2 e 3 • Arena do Futuro • Arena Olímpica • Centro Aquático Maria Lenk Centro Olímpico de Tênis • Centro Olímpico de Esportes Aquáticos • Hotel de Mídia IBC – Centro Internacional de Rádio Difusão • MPC (Centro Principal de Mídia) • Velódromo Região Deodoro Segundo maior centro esportivo dos Jogos Rio 2016, o Complexo Esportivo de Deodoro sedia 11 modalidades olímpicas e quatro paraolímpicas. Situado na Zona Oeste do Rio, a cerca de 30 km da Vila dos Atletas, na Barra, Deodoro compreende uma Vila Militar e possui a maior concentração de jovens da região metropolitana da cidade. Cercado de comunidades carentes, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do bairro, no ano 2000, ocupava a posição 50º da cidade. Estádio de Canoagem Slalom • Centro Olímpico de BMX • Arena da Juventude (Arena Deodoro) Centro Olímpico de Hóquei sobre Grama • Centro Olímpico de Hipismo (adequação) Centro Aquático de Deodoro (adequação) • Centro Olímpico de Tiro (adequação) Centro de Mountain Bike • Estádio de Deodoro (Estádio de Pentatlo Moderno e Rugby) Região Copacabana A região olímpica de Copacabana engloba o famoso bairro da “Princesinha do Mar”, além de outros dois bairros da Zona Sul carioca: Lagoa e Glória.A Lagoa Rodrigues de Freitas está na área que possui o quinto maior índice de desenvolvimento humano da cidade. Na Glória, o porto náutico Marina da Glória, banhado pelas águas da Baía de Guanabara, sedia as competições de vela.A marina está localizada dentro do Parque do Flamengo, o maior parque urbano da cidade, com 7 km de extensão e 1,3 milhão m². Arena de Copacabana • Forte de Copacabana • Estádio da Lagoa • Marina da GlóriaRegião Maracanã A Zona Norte da cidade marca presença nos Jogos com quatro instalações esportivas já existentes: Maracanã, Maracanãzinho, Sambódromo e Estádio João Havelange. O estádio do Maracanã, palco de duas finais de Copa do Mundo e casa das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos, e o Sambódromo, que recebe os desfiles de escolas de samba do carnaval carioca, são as duas instalações olímpicas mais conhecidas no exterior. 10
Monitoramentode Obras e ServiçosConheça algumas obras e serviços que foram acompanhados pelo Sistema APO:O monitoramento dos projetos executados pelos entes governamentais contribuiu para o cumprimentodos prazos definidos para as entregas das instalações esportivas e dos serviços que atuam durante osJogos.As informações coletadas e analisadas pelos técnicos da APO foram registradas num banco dedados informatizado, o Sistema APO. A partir desse sistema, foi possível construir o conhecimentonecessário para tomadas de decisões estratégicas durante a preparação do evento.SISTEMA APOAndamento das obras, informações sobre cada um dos locais de competição,gerenciamento de riscos, roteiro da tocha e até informações sobre o clima e otrânsito. Esses são alguns dos temas monitorados pelo Sistema APO, totalmentedesenvolvido pela equipe de Tecnologia da Informação da instituição.Abastecido pelos técnicos diariamente, o sistema APO chegou às Olimpíadascom um armazenamento de mais de 20 mil arquivos entre fotos, vídeos edocumentos de diferentes espécies, que ficam como um legado para aadministração pública brasileira. 11
Monitoramento de Obras e Serviços Conheça algumas obras e serviços acompanhados pelo Sistema APO:Estádio Aquático (Parque Olímpico da Barra)Os 66 painéis da fachada reproduzem a obra “Celacanto Provoca Maremoto” da artista plástica AdrianaVarejão. Feitas de poliéster e revestidas com PVC, as telas têm tratamento anti-UV para ajudar a regulara temperatura da instalação. O estádio foi feito para ser aproveitado depois dos Jogos dentro doconceito de arquitetura nômade, para ser desmontado e levado para outro lugar.A instalação recebeas provas de natação olímpica e paraolímpica, além do polo aquático.março/2015 julho/2015 fevereiro/2016Arenas 1,2 e 3 (Parque Olímpico da Barra)As Arenas Cariocas são três instalações poliesportivas interligadas que, juntas, recebem o maior númerode modalidades dos Jogos: basquete, basquete em cadeira de rodas, bocha paraolímpica, esgrima, judôolímpico e paraolímpico, luta greco-romana, luta-livre, rúgbi em cadeira de rodas e tae-kwon-do. Algunsassentos são temporários para facilitar a destinação das arenas, que terão usos diferentes apóso evento.março/2015 abril/2015 dezembro/2015Marina da Glória (Região Copacabana)As instalações da Marina da Glória foram modernizadas para sediar as provas de vela. A revitalização doespaço, que recebeu um polo gastronômico e nova infraestrutura, devolveu à cidade do Rio de Janeiro aorla marítima, uma continuação do Parque do Flamengo, que liga as praias de Botafogo e Flamengo até oAeroporto Santos Dumont. Nos últimos 34 anos, a área ficou restrita a poucos donos de embarcações.abril/2015 maio/2015 janeiro/2016 12
Monitoramento de Obras e Serviços Conheça algumas obras e serviços acompanhados pelo Sistema APO:Velódromo (Parque Olímpico da Barra)A pista do ciclismo é feita de uma madeira especial, a pinus siberiano, e foi produzida na Alemanha. É aúnica madeira adequada para esse tipo de pista, porque precisa ser maleável para permitir o desenho dascurvas. Com a pista pronta, o velódromo precisa estar submetido a uma umidade constante em torno de30%.A temperatura também varia e pode chegar a 30 graus Celsius na área da pista.julho/2015 outubro/2015 fevereiro/2016Arena do Futuro (Parque Olímpico da Barra)A Arena do Futuro recebe as provas olímpicas de handebol e paraolímpicas de goalball. Outrainstalação construída em arquitetura nômade, que permite uma desmontagem da arena ao fim do evento.A arena do Futuro ocupa 35 mil metros quadrados do Parque Olímpico da Barra e será desmontadapara virar quatro escolas municipais, cada uma com capacidade para cerca de 500 alunos.dezembro/2014 setembro/2015 outubro/2015Estádio de Canoagem Slalom (Deodoro)A construção do estádio de canoagem slalom foi a obra de engenharia mais complexa de todas asinstalações esportivas. O volume total de água utilizado foi de 25 milhões de litros, o equivalente usadopara encher dez piscinas olímpicas. São sete bombas que fazem ondas artificiais nas águas e criamcorrentezas ao longo do circuito das provas. O estádio é um legado para a população da região deDeodoro.abril/2015 setembro/2015 dezembro/2015 13
Monitoramento de Obras e ServiçosConheça algumas obras e serviços acompanhados pelo Sistema APO:Operações e serviçosEventos-testeOs eventos-teste deram início a uma série de competições a partir de julho de 2015 e foram umaoportunidade para avaliar as estruturas e as áreas funcionais que entram em ação nos Jogos.Até maio de2016, foram realizados 42 eventos-testes nas quatro regiões olímpicas: Barra da Tijuca, Copacabana,Deodoro e Maracanã. Quatro modalidades olímpicas (remo, hipismo, saltos ornamentais e ginástica) euma paraolímpica (atletismo) simularam, especialmente, o momento dos Jogos ao testarem um grandenúmero de áreas.Técnicos da APO participaram das avaliações e contribuíram para identificar os ajustesnecessários que garantiram a qualidade das instalações esportivas e dos serviços durante o evento.Revezamento da tochaA tocha olímpica levou o espírito olímpico para perto de todos brasileiros. O revezamento começou nodia 3 de maio de 2016, em Brasília.A tocha passou por mais de 300 cidades ao longo de 95 dias, echegou ao Rio de Janeiro na véspera do acendimento da pira olímpica no estádio do Maracanã, no dia 5de agosto, marcando a abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016.O planejamento do trajeto da tocha foi acompanhado pela APO, que contribuiu na integração dos entespúblicos das várias áreas envolvidas no evento, como turismo, meio ambiente, segurança, limpeza etransporte.A tocha olímpica foi acesa em 21 de abril de 2016 na cidade grega de Olímpia e passouoficialmente para o Brasil no dia 27, em Atenas.A APO foi uma das instituições que representaram oBrasil nas duas cerimônias. 14
Monitoramento de Obras e ServiçosConheça algumas obras e serviços acompanhados pelo Sistema APO: Boias coletam dados de ondas e correntes na Baía de GuanabaraAcomodaçõesA cidade do Rio de Janeiro ganhou melhorias na infraestrutura turística, com 70 novos hotéis e aexpansão de 15 construções já existentes. Com isso, o número de quartos disponíveis aumentou 80%desde 2010, passando de 20 mil para 37 mil em 2016.A capacidade total de hospedagem, considerandooutros tipos de acomodação como pousadas e albergues, passou de 32 mil quartos para 51 mil noperíodo.A nova infraestrutura, além de outras ações para melhorar a experiência do espectador dos Jogosacompanhadas pela APO, como capacitação de profissionais do setor de serviços, representamimportante legado para o turismo do Rio de Janeiro, porta de entrada para o País.Dados Meteorológicos e oceanográficosA integração dos dados de meteorologia permite o fornecimento de informações por meio de uma baseúnica de dados, padronizando a divulgação de boletins diários sobre condições de clima, vento, ondas ecorrentes aos organizadores das competições olímpicas, em especial de vela, remo, canoagem, maratonaaquática e golfe.A APO é responsável pela coordenação do grupo formado por representantes de oitoinstituições governamentais, que alimentam a plataforma desenvolvida pelo Inmet especialmente paraos Jogos. 15
AcessibilidadeCoragem, respeito, superaçãoO Brasil se empenhou para realizar um evento inspirador, com exemplos de determinação, coragem,respeito e superação.Aliás, esse foi um compromisso de candidatura dos Jogos Rio 2016.A APO acompanhou os trabalhos para garantir acessibilidade a atletas e espectadores, tanto nas áreas decompetição, como em espaços públicos. Olimpíadas e Paraolimpíadas foram organizadas de forma integrada.Atletas olímpicos e paraolímpicos usam as mesmas arenas esportivas, o que demonstra o mesmocomprometimento com a qualidade e a eficiência das instalações.O Parque Olímpico da Barra, por exemplo, é 100% acessível.Além de rotas com distâncias, rampas einclinações ideais, as arenas têm banheiros adaptados, comunicação e sinalização tátil. Há ainda espaços parapessoas com cadeira de rodas, assentos especiais e lugares para cães-guias nas arquibancadas.As demaisáreas de competição e do entorno também passaram por obras de requalificação para ganhar maisacessibilidade.Ao disseminar o conhecimento sobre as possibilidades de superação pelo esporte, o País aumenta aschances de cultivar o respeito, permitir a inclusão e consolidar um legado invisível, com benefícios para ofuturo de muitos brasileiros. rampas de acesso área para cadeirantes e cães guias 16
Resolução de Impasses A ajuda na solução de conflitos Grandes eventos não são feitos apenas de grandes decisões. Diversos pequenos ajustes foram necessários ao longo da organização dos Jogos Rio 2016 e a APO agiu para solucionar impasses, agilizar processos e garantir o cumprimento do cronograma. Dois casos mereceram destaque: a implementação do vazio sanitário na região de Deodoro para atender exigências biossanitárias para as competições de hipismo e o planejamento adequado da infraestrutura de energia elétrica para o evento. Dificuldades encontradas nas áreas de provas de hipismo levaram a APO a promover ativa interlocução entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Exército Brasileiro para o adequado isolamento sanitário da área de competições equestres sob jurisdição militar.Também promoveu interlocução com a Federação Internacional de Hipismo e a Organização Internacional de Saúde Animal, além de outros órgãos governamentais para agilizar a entrada e saída de animais que participam dos Jogos.Centro de hipismoem Deodoro Na área de energia elétrica, a APO coordenou os trabalhos para atender os requisitos do COI no planejamento da infraestrutura e da operação dos Jogos.A instituição contribuiu para identificar necessidades de ajustes, como tratamento técnico do aumento de carga, retirada de postes e enterramento de cabos de média tensão em Deodoro, além de estudos para garantir reserva de energia para o evento nas quatro regiões olímpicas.Subestação deEnergia elétrica na Barra 17
Comunicação IntegradaDefinição de papéis Construir e manter uma mensagem única sobre os diversos temas durante todo o processo de organização dos Jogos Rio 2016 foi o principal desafio da comunicação. Para isso, foi importante definir o papel de cada ente no processo. Nos Jogos Rio 2016, a integração entre as equipes de comunicação conquistada ao longo de todo o planejamento deu agilidade à divulgação do evento. Durante os Jogos, o modelo inédito de gestão tripartite foi apresentado a jornalistas nacionais e estrangeiros credenciados no Rio Media Center (RMC), uma iniciativa da prefeitura do Rio, em parceria com a APO, o governo federal, o governo estadual e parceiros privados. Com mais de cinco mil jornalistas credenciados, o local é um importante ponto de referência para a mídia que faz a cobertura não esportiva e tem como principal objetivo ajudar o repórter a conhecer as principais atrações urbanísticas, culturais, sociais e turísticas da cidade. A APO mantém no site institucional (www.apo.gov.br) notícias atualizadas, fotos e documentos relacionados à organização dos Jogos, como as planilhas da Matriz de Responsabilidades, uma contribuição para a transparência da aplicação dos recursos públicos na preparação do evento.Assim como os demais parceiros, a instituição também está presente nas principais redes sociais e ajuda a conectar os Jogos Rio 2016 com o mundo. Inauguração do rio Media Center 18
Legado de GestãoO aperfeiçoamento da administração públicaA experiência de Londres demonstra que o legado é uma conquista de longo prazo e depende doamadurecimento de parcerias e definições claras de responsabilidades para se materializar comoempreendimento sustentável e com benefícios permanentes junto às comunidades.A solução envolve oengajamento de atores privados e poder público.A APO elabora propostas de uso para as instalações, considerando aspectos ambientais, sociais eeconômicos, com informações prestadas pelos entes governamentais. Por exemplo, algumas instalaçõesesportivas dos Jogos Rio 2016 serão transformadas em escolas, áreas de lazer e centro de formação deatletas. O Plano de Uso de Legado foi uma atribuição legal dada à APO em contribuição à construção dessesbenefícios duradouros para a população.Outro importante legado dos Jogos será a própria gestão interfederativa, baseada em esforços integrados,consolidada na organização do evento através do modelo de consórcio tripartite, que ajudou a criar umanova cultura para a administração pública brasileira.A experiência pioneira da APO mostra que aintegração dos três níveis de governo em consórcio público pode ser replicada em outros projetos commissão e prazo definidos. Em situações com soluções complexas, a atuação conjunta apresenta-se como umcaminho para agilizar processos e cumprir compromissos que ajudam a promover um desenvolvimentosustentável para cidades, com benefícios para seus moradores. 19
ConclusãoA implementação de um modelo inédito de integração governamental para receber o maior eventoesportivo do planeta foi o compromisso de unir vários participantes para a entrega de um desafio olímpico.Como toda experiência inédita, foi necessário apresentar a instituição e suas atribuições para garantir avisibilidade do trabalho desempenhado ao longo do processo.Também foram feitas mudanças no desenhoinstitucional, para adaptá-la ao estágio de organização dos Jogos, sem comprometer o objetivo final.Hoje são evidentes as lições para futuras iniciativas com esse modelo de gestão: o foco no projeto, adefinição de responsabilidades, o orçamento realista e a integração permanente.Ao aprofundar o conhecimento prático na gestão de projetos públicos, o País amplia sua capacidade deinovar na cooperação e cria espaço para implementar ações que trazem benefícios para os brasileiros. 20
ExpedienteElaboração:Assessoria de Comunicação da APOFotos: Prefeitura do Rio de Janeiro (Beth Santos, JM Coelho, Renato Sette Camara), Ministério do Esporte(André Motta, Gabriel Heusi, Miriam Jeske e Roberto Castro) e Comitê Rio 2016 (Rafael Cavalieri). 21
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