SILVA, (2014) ‘‘No ano de 1932, em uma das piores secas enfrentadas no Brasil, aconteceu a proliferação de diversas doenças, entre elas a lepra, acontece que no Patronato muitos alunos foram acometidos por uma doença gastrointestinal’’. Com isso, a construção da capela de São Francisco de Assis veio da promessa realizada por Dona Sinhá, movida pela preocupação e pelo cuidado que tinha com os discentes, que sendo devota de São Francisco de Assis, fez a promessa da construção da capela que levaria o nome do santo, caso os alunos fossem curados dessa enfermidade. Uma missa em memória de um aluno falecido pela enfermidade foi realizada no Patronato, marcando assim o lugar onde seria construída a Capela. A doença cessou e os alunos se recuperaram, e logo a construção da Capela começou a surgir.45 Os recursos adquiridos para a construção chegavam vagarosamente, levando assim a construção a durar quase nove anos para sua finalização. Suas telas eram francesas e foram doadas pelo interventor da Paraíba, Dr. Gratuliano de Brito. 46Após coberta a Capela foi posta suas portas e janelas e em seguida construída o altar com “uma simplicidade única para receber a imagem do santo” (SILVA, 2014.p.255), que veio do Rio de Janeiro. No dia 4 de outubro de 1941, no dia de São Francisco de Assis, a capela foi inaugurada com toda a solenidade. Nos dias atuais, a Capela continua funcionando, sendo lá celebradas missas solenes, como a festa dos ex. alunos que ocorre todos os anos, reuniões semanais de grupos de oração da Renovação Carismática onde os alunos do campo são convidados a participar. 45 Informação Coletada em: http://online.pubhtml5.com/vced/uszg/ 46 Gratuliano da Costa Brito nasceu em São João do Cariri (PB) no dia 6 de setembro de 1905, filho do desembargador Inácio Costa Brito e de Maria Madalena Leal de Brito. Morrendo em 27 de janeiro de 1982. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gratuliano_da_Costa_Brito#:~:text=Gratuliano%20da%20Costa%20Brito%20(S%C3 %A3o,Maria%20Madalena%20Leal%20de%20Brito. 51
12.1 MERCADO PÚBLICO DE BANANEIRAS Localização: João Pessoa n/s. F37: Entrada do Mercado Público no ano de 1969. Fonte: Relatório da câmara municipal de Bananeiras no ano de 196947 O Mercado Público, na década de 1960, havia sido projetado para a função de abrigar a feira, realizada aos domingos. O espaço servia como ponto de comercialização de produtos de primeira necessidade para os habitantes de Bananeiras e cidades vizinhas. Com a desapropriação da gestão anterior, foi iniciado a abertura de avenidas e o trabalho de drenagem para a construção do mercado público da cidade. Sua edificação era considerada atração para a chegada de novos agrupamentos populacionais, novas casas de residência e comércio. Dotando o mercado de instalações higiênicas, que não temiam a rigorosa devassa sanitária, como os compartimentos reservados à venda de carnes, cada um revertido de azulejos e despondo de amplos balcões marmorizados, e de instrumentos de precisão capazes de garantir a fiel execução da lei universal da oferta e da procura, modernas balanças e outros apetrechos estavam disponíveis no local, como destaca o relatório da câmara municipal de Bananeiras no ano de 1969. 47 Relatório Apresentado a Câmara Municipal de Bananeiras, disponível em: http://online.pubhtml5.com/vced/fljb/#p=1 52
F38: Balcões da área interna do Mercado Público. Fonte: Relatório da Câmara Municipal de Bananeiras, 1969 Como Mercado Público, este prédio desempenhou sua função inicial até meados da década de 1980, sendo o ponto de partida para o futuro bairro comercial da cidade. Foi reinaugurado no ano de 1989 pela Prefeita do Município Marta Eleonora Aragão Ramalho, sofrendo novamente mudanças na gestão do prefeito Douglas, em 2020. 53
O mapa afetivo é considerando um instrumento que possibilitar com que os indivíduos criem uma relação como território onde vivem. Visando isso, ao fazer o mapa da cidade de Bananeiras buscamos mais que mapear os lugares através dos endereços, mas, estabelecer relações de pertencimento, de afetividade, das memorias dos sujeitos que por aí passaram, vão passam ou passam cotidianamente, ou seja, são memórias, sentimentos individual e coletivos dos sujeitos em relação ao território que os cercam, 13.1 MAPA AFETIVO DA CIDADE DE BANANEIRAS Localização: Bananeiras Paraíba/Brasil. F39: Mapa Afetivo Fonte: Acervo do Grupo de Pesquisa HEBP, 2020. 54
13.2 LEGENDAS DO MAPA DE BANANEIRAS DOS LUGARES ENCONTROS F40 e F41: Legendas Fonte: Acervo do Grupo de Pesquisa HEBP, 2020. 55
Uns dos conceitos de localização de acordo com Website Conceito De.48 “é o lugar em que está localizado algo ou a ação e o efeito de localizar (situar, localizar ou instalar num determinado lugar ou espaço). A localização costuma depender de um quadro de referência’’. Assim, a partir dos endereços encontramos montamos o mapa afetivo (F38) e as legendas (F39- 40) do município de Bananeiras-PB, e também, colocamos na tabela 1, os nomes e os números das ruas, distritos, prédio, sítios etc., onde se localizar os lugares de memórias mapeados. Tabela de Localização LUGAR DE MEMÓRIA LOCALIZAÇÃO Rua: Pedro A. B. Dantas, n/s Bananeiras Clube Rua: Cônego Cristóvão, 447 Fundação Casa da Cultura Severino Lucena Rua: Joao Pessoa, n/s Centro Cultural Isabel Burity Rua: Henrique Lucena Costa, 21 Espaço Cultural Oscar de Castro Rua: Na praça Adelson Lucena, n/s Museu Desembargador Simeão Cananéia Rua: Praça Epitácio Pessoa, n/s Rua: Pedro de Almeida, 484 – 494 Cine Teatro Excelsior Estádio de Futebol Governador Clovis Praça Epitácio Pessoa, n/s Rua: Henrique Lucena, 194-280 Bezerra Cavalcanti Praça Epitácio Pessoa Rua Dr. Dionísio Maia s/n Instituto Bananeirense Rua: Dr. Dionísio Maia s/n Colégio Sagrando Coração de Jesus E.M.E.F. Professora Emília de Oliveira Rua: João Pessoa s/n Campus III UFPB, s/n Neves Rua: João Pessoa, s/n Patronado Agrícola Vidal de Negreiros Rua: Dr. Dionísio Maia Conjunto Major José Augusto Bezerra Colégio Agrícola Vital de Negreiros Grupo Escola Xavier Júnior Cavalcante s/n. Vila Maia, s/n Colégio Estadual José Rocha Sobrinho Sitio Jaracatia, s/n Escola Normal Estadual Professor Pedro Vila Maia, s/n Distrito de Roma s/n Augusto de Almeida Chã do Lindolfo, s/n Grupo Escolar Miguel Filgueira Filho Grupo Escola “Xavier Júnior” Escola Agro técnica “Vidal de Negreiros”. Grupo Escolar de Jacaratia Escola Estadual “José Rocha Sobrinho”, Grupo Escolar Dr. Dionísio Maia Escola Municipal João Paulo II E.M.E.F. Lindolfo Grilo Biblioteca Sólon de Lucena Biblioteca Dr. José Augusto Trindade Biblioteca da Escola Estadual Jose Rocha Sobrinho 48Disponível em: Conceito de localização - O que é, Definição e Significado 56
Biblioteca distrital da Escola Municipal de 1º Escola João Paulo II Grau João Paulo II. “Escola Normal” Biblioteca da Escola Normal Pedro Augusto Centro Cultural Isabel Burity. de Almeida Estr. de goiamunduba, Biblioteca Jose Antônio Aragão Rua: Cônego Cristóvão, 447 Engenho Goiamunduba - Cachaça da Rainha Rua: José Sizenando, 609 Rua: Santa Teresinha, 582 Casarão do Barão de Araruna Rua: Alcídes Bezerra, 18 Correio e Telégrafos de Bananeiras Conjunto Major Augusto Bezerra Túnel da Serra da Viração Entre os municípios de Bananeiras, Estação Bananeiras / Pousada da Serra Borborema e Pirpirituba Cemitério de Bananeiras Na zona rural de Bananeiras Cachoeira do Roncador Sítio Cocos Lajedo Preto Propriedade Lagoa de Matias Bica dos Cocos Rua, Praça da Bandeira, 417, Cruzeiro de Roma Rua: Pedro de Almeida, 503-541, Igreja Matriz Nossa Senhora do Livramento Capela de São Francisco de Assis Chã do Lindolfo Capela de São Sebastião João Pessoa n/s Mercando Público de Bananeiras Fonte: Acervo do Grupo de Pesquisa HEBP, 2020. 57
ARÉVALO, Marcia Conceição da Massena. Lugares de memória ou a prática de preservar o invisível através do concreto. Revista História Hoje. Revista eletrônica da história. Volume 3, Nº 7, 2005. Disponível em: https://www.anpuh.org/revistahistoria/view?ID_REVISTA_HISTORIA=7. Acesso em 04/03/2020. COSTA, Luana Ranielle Ferreira da. O desenhar de uma educação interiorana: uma análise do processo educativo e do cotidiano escolar na cidade de Bananeiras-PB no início do século XX. Monografia (Graduação em História). Universidade Estadual da Paraíba. Guarabira, 2014. COSTA, Luana Ranielle Ferreira da. Por uma história social e cultural de Bananeiras- Paraíba. Guarabira. UniLEC. 2011 FERREIRA, Mariana dos Santos, [et al]. \"Espaço Cultural Oscar de Castro\": Uma Instituição de Cultura e de Memória em Bananeiras. Relatório do Programa Responsabilidade Social, Universidade Federal da Paraíba, 2019. 33pp GONÇALVES, Lindemberg Souza. O cinema em Bananeiras - Paraíba e sua influência no cotidiano: Comportamento e memórias. In: RIBEIRO, Genes Duarte (et.al). Por uma história social e cultural de Bananeiras – Paraíba. Guarabira: UniLEC, 2011. NASCIMENTO, Rayane Cristina Ilário. “Museu Simeão Cananeia”: Um espaço educativo em Bananeiras. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia), Universidade Federal da Paraíba, Bananeiras, 2018. RAMOS, Thais de Cássia Cavalcanti: ANDRADE, Vivian Galdino de. SILVA. Aline Ferreira da Silva. ‘Bananeiras Clube’ e ‘Grêmio Morenense’: instituições de sociabilidade e memória do brejo paraibano. Anais do XIX Encontro Regional de História - ANPUH/PB, 2020. SILVA, Amanda Tavares da, [et al]. Lugares de Memória e História de Solânea e Bananeiras. Relatório do Programa Responsabilidade Social, Universidade Federal da Paraíba, 2020, 30pp. TANNO, Janete Leiko. Dimensões da sociabilidade e da cultura. Espaços urbanos e formas de convívio na cidade de Assis (1920-1945). In: XXII Simpósio Nacional de História - ANPUH. João Pessoa, 2003 TRINDADE, Josefa Celiane Pociano de, ‘Colégio Sagrado Coração de Jesus’ – uma instituição a serviço da formação de professoras em Bananeiras (1940 -1970). Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia), Universidade Federal da Paraíba, Bananeiras, 2017 JORNAIS: Jornal O Renovador. Semanário do Departamento de Cultura do Bananeiras Clube, 1960-1965. Disponível em: O Renovador (1964/1965) — UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB História da Educação do Município de Bananeiras - HEB 58
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