Ser livre. Ter opinião.
DURANTE TRÊS DIAS EM EDNACFOUNNTDRAOÇÃO LISBOA, HAVERÁ MÚSICA, TEATRO, DOCUMENTÁRIOS, Os Encontros anuais da Fundação Francisco Manuel DEBATES E WORKSHOPS, dos Santos (FFMS) celebram o debate pluridisciplinar e NUM ENCONTRO QUE SERÁ a partilha do conhecimento. Esta promoção da reflexão DIFERENTE. livre e esclarecida insere-se na missão da Fundação JUNTE-SE A NÓS de contribuir para uma sociedade mais informada, E SEJA BEM-VINDO AO DEBATE! reforçando os direitos cívicos dos cidadãos e a qualidade das instituições e políticas públicas. Este ano, nos dias 14, 15 e 16 de Setembro, o Jardim Botânico Tropical, em Belém, será o palco de mais um Encontro da Fundação, desta vez dedicado ao trabalho, tema polarizador que a todos dá que pensar. Do impacto da tecnologia ao da demografia, o futuro do trabalho é um dos tópicos mais debatidos da actualidade. Em que medida é que o trabalho, tal como o conhecemos, tem data de validade? Quais as principais transformações sociais, económicas e culturais que estão a mudar o mundo do trabalho? Como garantir que há uma transferência de experiência e de conhecimento intergeracional no mercado? E quais as implicações da uberização do trabalho? Durante muito tempo, defendeu-se que embora as mudanças tecnológicas eliminassem alguns empregos, novos postos de trabalho seriam criados para os substituir em novas áreas. Mas hoje esta convicção parece incerta. E a forma como a tecnologia vai continuar a transformar a nossa sociedade e o trabalho depende das decisões que os nossos líderes tomarem hoje. Neste contexto, e porque O Trabalho dá que pensar a Fundação junta vários dos maiores especialistas nacionais e internacionais em diversas áreas. A Jimmy Wales, co-fundador da Wikipédia, juntam- se alguns dos mais reputados economistas mundiais: David Autor, Juan Dolado, Jean Pisani-Ferry, Martha Bailey e Sérgio Rebelo. Estarão também presentes grandes especialistas em inteligência artificial: Arlindo Oliveira, Luís Moniz Pereira e Norberto Pires; o biólogo e fisiologista Jared Diamond, e reputados nomes das artes como Ana Padrão, Leonel Moura e Pedro Gadanho. 2
ORGANIZAÇÃO COORDENAÇÃO CIENTÍFICA DO ENCONTRO: Pedro Portugal Licenciado em Economia na Universidade do Porto e doutorado na Universidade da Carolina do Sul, é investigador consultor no Banco de Portugal e professor catedrático convidado na Nova School of Business and Economics. As suas principais áreas de estudo são a economia do trabalho e a microeconometria aplicada. Publicou nas principais revistas de economia e de economia do trabalho, tais como: a American Economic Review, Journal of Labor Economics, Review of Economics and Statistics, Journal of the European Economic Association, e muitas outras. COMISSÃO EXECUTIVA DO ENCONTRO: David Lopes (Presidente); Clara Valadas-Preto; Joana Batista; Maria Ferreira; Marta Lopes; Richard Freuis e Rui Pimentel 3
ESPAÇO DE TRABALH0 4
LOJA FFMS PALCO PRINCIPAL ZONA ENTREVISTAS SALA SFMS / CAMARINS / JORNALISTAS ESCOLA DE VERÃO MAPA | JARDIM BOTÂNICO TROPICAL ENTRADA 5 ACREDITAÇÃO PALCO ESTÚDIO ALAMEDA DO TRABALHO FRUTO DO TRABALHO ÁRVORE DE BUDA 0m 50m 100m CATERING
LOCAL Jardim Botânico Tropical O Jardim Botânico Tropical situa-se em Lisboa, na zona monumental de Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos. Com um património vegetal especializado em flora tropical, o Jardim encontra-se classificado como Monumento Nacional. Desde 2015 que o Jardim Botânico Tropical integra a Universidade de Lisboa, sendo actualmente gerido em conjunto com o Museu de História Natural e da Ciência e o Jardim Botânico de Lisboa, que ali desenvolvem actividades de carácter científico, educativo, cultural e de lazer, no âmbito da preservação e valorização do património e da difusão da cultura científica. A ciência tropical, a memória dos Descobrimentos e o papel da ciência e da técnica na expansão e na colonização portuguesas coexistem neste lugar histórico, de “forte vocação didáctica”, projectado para ser um “centro de estudo e de experimentação de culturas”. MORADA: Largo dos Jerónimos, 1400-209 Lisboa COMO CHEGAR: 714, 727, 728, 729 15 | 18 Linha Cais do Sodré-Cascais (Estação de Belém) 6
BILHETES O acesso à conferência é realizado através da aquisição de bilhetes, que se encontram à venda em: FFMS.PT/TRABALHO INFORMAÇÕES: +351 916 671 215 | [email protected] ACOMPANHE O ENCONTRO EM: www.facebook.com/ffms.pt www.twitter.com/ffmspt NORMAL ESTUDANTE DIÁRIO DIÁRIO 20€ 5€ PASSE 3 DIAS PASSE 3 DIAS 30€ 10€ # Os bilhetes incluem o jantar de sábado e snacks ao longo dos três dias. 7
PLANO DE TRABALH0 8
9
TEMA DO ENCONTRO O Trabalho dá que pensar O espectro da automação paira sobre a Estará o trabalho humano destinado a perecer da humanidade. Na sua projecção distópica, os mesma maneira que pereceu o trabalho equestre? postos de trabalho serão preenchidos por robots Serão os trabalhadores substituídos por robots da e sistemas inteligentes que tornarão o trabalho mesma maneira que os cavalos foram substituídos humano dispensável. Na sua interpretação por tratores? utópica, uma nova sociedade de abundância será tornada possível pelo aumento exponencial da A velocidade com que têm ocorrido as mudanças produtividade, o que fará emergir o problema da tecnológicas parece justificar alguma ansiedade distribuição dos fartos rendimentos gerados pelo sobre o futuro do trabalho. Afinal, estima-se que progresso tecnológico. o custo de executar tarefas computacionais tenha decrescido na ordem de grandeza dos biliões Estará a humanidade condenada a sofrer, em (1012) desde o tempo do cálculo manual. Por sua grande escala, a angústia dos trabalhadores vez, o stock de robots quadruplicou no decorrer têxteis do movimento Luddite que, no século XIX, de uma década e meia nos Estados Unidos e na em protesto contra a automação dos teares, se Europa Ocidental, admitindo-se que cerca de 50 organizaram para destruir a maquinaria? por cento dos trabalhadores possam ter os seus empregos ameaçados de automação nas próximas Economistas muito influentes fizeram profecias duas décadas. pessimistas sobre o futuro do trabalho. Em 1930, Keynes previu, correctamente, que a introdução Que profissões estão em risco de estiolar ou de novas tecnologias levaria a um aumento desaparecer? Quantos empregos serão extintos? sustentado da produtividade e do rendimento per Como reagirão os salários? Que influência terá a capita, ao longo do século XX. Esta percepção, automação na repartição dos rendimentos? Como contudo, levou-o a prever, incorrectamente, a corrigir as desigualdades? Deverão os robots generalização do desemprego tecnológico, através ser fiscalmente onerados? Como contrariar a da substituição do trabalho humano por máquinas. discriminação no mercado de trabalho? 10
NÓS TRANSFORMAMOS O TRABALHO? 14 15 EU CRIO TRABALHO? SEXTA-FEIRA SÁBADO O HOMEM CONHECIMENTO E A MÁQUINA E INTELIGÊNCIA COLECTIVA 14h00 | PICAR O PONTO //////// ALAMEDA DO TRABALHO 17h00 | ARTE: O ÚLTIMO 20h30 | PICAR O PONTO REDUTO DO HUMANISMO? ALAMEDA DO TRABALHO //////// PALCO PRINCIPAL //////// Ana Padrão 21h30 | INÍCIO DOS TRABALHOS 14h30 | DOCUMENTÁRIO Leonel Moura PALCO PRINCIPAL PALCO PRINCIPAL Pedro Gadanho Jaime Gama Os Dias Contados Moderação: José Alberto Carvalho //////// //////// 21h55 | CONHECIMENTO //////// 19h00 | TEATRO E INTELIGÊNCIA COLECTIVA PALCO ESTÚDIO PALCO PRINCIPAL 15h20 | O ESTADO SOCIAL 112 - O jantar está mesmo quase* Jimmy Wales NOS TEMPOS DA UBER 19h00 | JANTAR //////// PALCO PRINCIPAL FRUTO DO TRABALHO 23h00 | TRABALHO Jean Pisani-Ferry Street Food A TOQUE DE CAIXA JuanJosé Dolado //////// PALCO PRINCIPAL Luis Garicano 20h00 | DOCUMENTÁRIO Labutar Moderação: Pedro Magalhães PALCO PRINCIPAL Ricardo Ribeiro, João Paulo Esteves da Silva Fora da Vida Bernardo Saldanha, José Manuel Neto //////// //////// e Nazaré Esteves da Silva 20h50 | A CORRIDA //////// 17h00 | TRABALHO O HOMEM E A MÁQUINA 24h00 | TRABALHO DE GRUPO PALCO PRINCIPAL POR TURNOS PALCO BUDA In-Q PALCO PRINCIPAL Ana Sofia Fonseca David Autor Governo Sombra Carlos Fiolhais //////// Carlos Tê 22h50 | RITMOS David Dinis DE TRABALHO Gonçalo M. Tavares PALCO PRINCIPAL João Falcato Cabo dos Trabalhos Johnson Semedo Ana Moura, Frankie Chavez, Jorge Braga de Macedo Paulo de Carvalho e Tiago Bettencourt José Pedro Cobra Maria Manuel Mota Mariana Canto e Castro Miguel Araújo Nuno Artur Silva Ricardo Ribeiro Rita Nabeiro Stephan Morais Zita Martins *No final da peça será servido um jantar. A lotação da sala é limitada a 60 lugares. As entradas serão por ordem de chegada. 11
16AMANHÃ COMO SE VIVE O TRABALHO?//////// 17h05 | O IMPACTO DOMINGO PROGRAMADA AUTOMATIZAÇÃO DO TRABALHO O SENTIDO PALCO PRINCIPAL DO TRABALHO Sérgio Rebelo //////// 14h00 | PICAR O PONTO 18h00 | O MUNDO ATÉ ONTEM ALAMEDA DO TRABALHO PALCO PRINCIPAL Jared Diamond //////// //////// 19h00 | ENCERRAMENTO 14h30 | NOVAS PROMESSAS DOS TRABALHOS PARA NOVAS GERAÇÕES PALCO PRINCIPAL PALCO PRINCIPAL Alexandre Soares dos Santos Martha Bailey //////// 19h20 | TRABALHO DE FÔLEGO //////// PALCO PRINCIPAL The Whoop Group 15h25 | UMA VIDA, VÁRIAS CARREIRAS? PALCO PRINCIPAL Bruno Mota Mafalda Rebordão Marta Maia Moderação: António Costa //////// 15h25 | UM CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS ROBOTS? PALCO ESTÚDIO Arlindo Oliveira Luís Moniz Pereira Norberto Pires Moderação: Paulo Bastos 12
CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA COLECTIVA SEXTA-FEIRA - 14 SET. //////// 20H30 | PICAR O PONTO ALAMEDA DO TRABALHO //////// 21H30 |INÍCIO DOS TRABALHOS PALCO PRINCIPAL Jaime Gama //////// 21H55 | CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA COLECTIVA PALCO PRINCIPAL Jimmy Wales //////// 23H00 | TRABALHO A TOQUE DE CAIXA PALCO PRINCIPAL Labutar Ricardo Ribeiro, João Paulo Esteves Silva Bernardo Saldanha, José Manuel Neto e Nazaré Esteves da Silva //////// 24H00 | TRABALHO POR TURNOS PALCO PRINCIPAL Governo Sombra ////////
SEXTA-FEIRA | 14.09.18 ABERTURA PALCO PRINCIPAL JAIME GAMA Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Fundação Francisco Manuel dos Santos Licenciado em Filosofia pela Universidade de Centro de Estudos Estratégicos da Marinha, o Euro- Lisboa, ocupou várias pastas ministeriais em pean Council on Foreign Relations e o Aspen diversos Governos (Administração Interna, Defesa Ministers Forum. É Senior Strategic Counsel do Nacional e Negócios Estrangeiros). Foi Deputado Albright Stonebridge Group. É, ainda, Presidente de 1975 a 2011 e exerceu as funções de Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco da Assembleia da República, sendo, por inerência, dos Açores e Presidente do Conselho Geral e de membro do Conselho de Estado. Supervisão do jornal digital Observador. Actualmente integra o Conselho Geral da É Chanceler das Antigas Ordens Militares Universidade de Lisboa, o Conselho Estratégico Portuguesas e possui diversas condecorações do Instituto de Estudos Políticos da Universidade nacionais e estrangeiras, tendo-lhe sido atribuído o Católica Portuguesa, o Conselho Geral do Instituto grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade dos Universitário Militar, o Conselho Superior do Açores, arquipélago de onde é natural. 14
SEXTA-FEIRA | 14.09.18 CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA COLECTIVA PALCO PRINCIPAL Isaac Asimov, no seu livro A Choice of Catastrophes: The Disasters that Threaten the World (1979), anteci- pou, com notável presciência, um mundo fantástico de crowdsourcing de informação, de conhecimento e de pensamento: “Haverá uma tendência para centralizar informações, de modo que um pedido de determinados itens pode usufruir de recursos de todas as bibliotecas de uma região, ou de uma nação e, quem sabe, do mundo. Finalmente, haverá o equivalente de uma Biblioteca Global Computorizada, na qual todo o conhecimento da humanidade será armazenado e de onde qualquer item pode ser retirado a pedido.” “Certamente, cada vez mais pessoas seguiriam esse JIMMYWALES, além de visionário da tecnologia e caminho fácil e natural de satisfazer as suas curiosi- dades e pulsões de saber. E cada pessoa, à medida que pioneiro de “wikis” (conjunto de páginas web projecta- se educasse de acordo com as suas ambições, poderia das para permitir a contribuição e alteração de conte- começar a fazer contribuições. Aquele que tivesse um údo por parte de qualquer pessoa), é mais conhecido novo pensamento ou observação de qualquer tipo so- como o fundador da Wikipédia, uma enciclopédia na bre qualquer assunto, poderia apresentá-lo, e se ainda Internet de carácter internacional e de conteúdo livre, não constasse da biblioteca, seria mantido à espera e da Fundação Wikimedia. de confirmação e, eventualmente, acabaria por ser É também fundador da WikiTribune, uma platafor- incorporado. Cada pessoa seria simultaneamente um ma noticiosa revolucionária sem publicidade que professor e um aprendiz.” produz jornalismo baseado em factos, e co-funda- dor da Wikia, um serviço privado de alojamento web Em 2001, mais de 20 anos depois da “visão” de gratuito que criou em 2004. Asimov, é inaugurada a Wikipédia, o quinto website O seu trabalho com a Wikipédia, que se tornou a mais visitado da Internet. maior enciclopédia do mundo, originou a sua no- meação por parte da revista Time como uma das “100 Pessoas Mais Influentes” em 2006, na catego- ria de “Cientistas e Pensadores”. 15
SEXTA-FEIRA | 14.09.18 TRABALHO A TOQUE DE CAIXA PALCO PRINCIPAL LABUTAR O encontro entre Ricardo Ribeiro e João Paulo Esteves da Silva, músicos oriundos de áreas tão distintas, Fado e Jazz, respectivamente, dá origem a este espectáculo. “Labutar” foca-se nos grandes temas das suas vidas, músicas emblemáticas que criam um universo de cumplicidades entre os dois artistas. Com participação especial de Nazaré Esteves da Silva. Ficha Técnica Ricardo Ribeiro – voz João Paulo Esteves da Silva – piano Nazaré Esteves da Silva – voz José Manuel Neto – guitarra portuguesa 1 JunhoBernardo Saldanha – viola de fado Sexta ‑feira . 19h00 GSGPErOoogSvrVeaSmrEnÃaRoaOoSNvoiEvOmoSbSPraOECMIBALR:A PALCO PRINCIPAL O Governo Sombra volta a reunir-se no Encontro da FuRincadrdaoçAãroa.úCjoaPrelroeisraV, PaezdMro Mareqxiua eesJomãooMdigeureal,Tcavoamreso, csoemmmpordeer,ação odseâCnairmlosoVsazpMroavrqouceas.dores dos “ministros” João Miguel TavOarierrsem, PodeedlárvoelMGoevexrinaoeSoRmicbraarvdooltaAarraeuúnjior-sPeenraePirraaç.a da Fundação, Upnerm aoseFcneuitpriradeaodqocduueLeimhvnuroompd,roeirr.Leiafsibcpoaarzo, pmaeraelsemsr aauaqictutouealilcdivoadrneet, iangouoviavvome,rcenonmoteaqcfuuatiezlância aos seus “eleitores”: ler a actualidade, ao vivo, com acutilância e sentido de humor. 16 10
O HOMEM E A MÁQUINA SÁBADO - 15 SET. //////// //////// 14H00 | PICAR O PONTO 19H00 | TEATRO ALAMEDA DO TRABALHO PALCO ESTÚDIO 112 - O jantar está mesmo quase* //////// //////// 14H30 | DOCUMENTÁRIO PALCO PRINCIPAL 19H00 | JANTAR Os Dias Contados STREET FOOD Fruto do Trabalho //////// //////// 15H20 | O ESTADO SOCIAL NOS TEMPOS DA UBER 20H00 | DOCUMENTÁRIO PALCO PRINCIPAL PALCO PRINCIPAL Jean Pisani-Ferry Fora da Vida Juan José Dolado Luis Garicano //////// Moderação: Pedro Magalhães 20h50 | A CORRIDA ENTRE //////// O HOMEM E A MÁQUINA PALCO PRINCIPAL 17H00 | TRABALHO DE GRUPO In-Q PALCO BUDA David Autor Ana Sofia Fonseca / Carlos Fiolhais / Carlos Tê David Dinis / Gonçalo M. Tavares / João Falcato //////// Johnson Semedo / Jorge Braga de Macedo José Pedro Cobra / Maria Manuel Mota / Mariana Canto e Castro 22h50 | RITMOS DE TRABALHO Miguel Araújo / Nuno Artur Silva / Ricardo Ribeiro PALCO PRINCIPAL Rita Nabeiro / Stephan Morais / Zita Martins Cabo dos Trabalhos Ana Moura, Frankie Chavez, //////// Paulo de Carvalho e Tiago Bettencourt 17H00 | ARTE: O ÚLTIMO REDUTO DO HUMANISMO? PALCO PRINCIPAL Ana Padrão Leonel Moura Pedro Gadanho Moderação: José Alberto Carvalho
SÁBADO | 15.09.18 DOCUMENTÁRIO: OS DIAS CONTADOS PALCO PRINCIPAL A maioria dos portugueses nasceu numa sociedade organizada com base numa vida profissional estável. Nos últimos anos, porém, apercebemo-nos de que esse pressuposto está a mudar. Uma parte ainda indeterminada das profissões que conhecemos perde razão de ser. Outras vão surgindo, é certo, mas o “emprego para a vida” torna-se, cada vez mais, uma miragem. Os Dias Contados é um filme que documenta momentos únicos desta transição histórica. As alterações causadas pela nova revolução tecnológica pairam sobre o desenrolar da acção. Manifestam-se de forma directa na vida das personagens e dos que lhes são próximos, ou anunciam-se de forma apenas percepcionada. Como na vida da maioria, podem surgir nas incertezas dos mais jovens, no desemprego dos mais velhos, ou, como pano de fundo, através dos noticiários quotidianos dos media. Um filme de Ana Sofia Fonseca. 18
SÁBADO | 15.09.18 O ESTADO SOCIAL NOS TEMPOS DA UBER PALCO PRINCIPAL A emergência de novas formas de organizar o trabalho, seja a economia digital, a economia de rede ou a economia de partilha, contribuiu para uma crescente desmaterialização da produção, das relações laborais e até dos locais de trabalho. No livro de Nick Saval, Cubed, é exposta a história do espaço de trabalho desde os escritórios das fábricas do século XIX até à ficha eléctrica localizada num sítio qualquer, numa actividade em que é fluída a fronteira entre trabalho e lazer. O lado negro da desmaterialização do posto de trabalho, porém, é que quando o nosso gabinete é a nuvem, o trabalho persegue-nos em todo lado. “O arranjo que nasceu nas entranhas da fábrica do século XIX e que se manteve vivo no escritório do século XX poderá estar próximo do fim; se assim for, dois séculos de separação entre a casa e o trabalho foram uma anomalia histórica. O trabalho nunca mais será lugar, e a casa nunca mais será um escape” (Lepore, New Yorker, 2014). Num mundo em que se desvanecem os contratos de trabalho, e com eles as instituições que protegem os trabalhadores, torna-se necessário redesenhar os mecanismos de bem-estar social. Felizmente, com informação completa e acessível, passa a ser possível considerar programas desenhados à medida de cada indivíduo, programas que os próprios podem gerir com liberdade ao longo da sua vida e asseguram padrões adequados de justiça social. 19
SÁBADO | 15.09.18 JEAN PISANI-FERRY, professor de Economia LUIS GARICANO lecciona Economia e na Universidade Sciences Po de Paris e na Hertie Estratégia na London School of Economics and School of Governance de Berlim, é titular da cátedra Political Science e investiga em áreas como o Tommaso Padoa Schioppa do Instituto Universitário impacto da tecnologia e das práticas de gestão em Europeu em Florença e membro honorário Mercator variáveis económicas agregadas como a distribuição no Bruegel, o think tank económico sediado salarial, produtividade ou crescimento económico. em Bruxelas. Das suas publicações fazem parte Outra linha de investigação prende-se com a inúmeros livros e artigos sobre política económica e prevenção de uma nova crise económica na zona política europeia. Foi director do programa e ideias euro. Nesse âmbito, e com o grupo de economistas da campanha presidencial de Emmanuel Macron “Euronomics”, tem vindo a propor soluções, como (2017), e comissário-geral para a Estratégia de França por exemplo as Obrigações Europeias Seguras – (2013-16), o laboratório de ideias do Governo. Em ESBies, que estão a ser oficialmente consideradas 2005 fundou o Instituto Bruegel, que dirigiu até 2013. pelo Banco Central Europeu e pela Comissão Europeia. JUAN J. DOLADO, professor de Economia MODERAÇÃO no Instituto Universitário Europeu, investigador PEDRO MAGALHÃES, doutorado em Ciência sénior do Centro de Estudos de Política Económica e do Instituto para o Estudo do Trabalho (IZA), Política pela Ohio State University, é investigador membro da Associação Económica Europeia e Principal no Instituto de Ciências Sociais da membro honorário da Associação Espanhola de Universidade de Lisboa e especialista no estudo da Economia, da qual foi presidente em 2001. As suas opinião pública e do comportamento eleitoral. Com áreas de estudo principais são teoria econométrica, dezenasdeartigospublicadosemrevistasacadémicas, economia do trabalho e macroeconomia aplicada, nacionais e internacionais, é ainda autor de livros sobre as quais publicou dez livros e cerca de 70 e capítulos em editoras como a Cambridge artigos. Entre 2003 e 2010, foi membro do Grupo University Press, Oxford University Press, Routledge de Análise de Política Económica (GEPA) nas e muitas outras. Em 2016, ganhou o Prémio Científico presidências da Comissão Europeia lideradas por CGD/Universidade de Lisboa em ciências jurídicas e Romano Prodi e José Manuel Durão Barroso. políticas. Entre 2014 e 2017, foi director científico da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Foto de Pedro Magalhães © Estoril Institute Global Dialogue 20
SÁBADO | 15.09.18 ARTE: O ÚLTIMO REDUTO DO HUMANISMO? PALCO PRINCIPAL O isomorfismo da música barroca, em particular, o dos cânones de Johann Sebastian Bach, tem alimentado uma estimulante especulação sobre a descoberta dos fundamentos matemáticos das composições “bachianas”, seja através de séries algébricas ou de geometrias espectrais. No livro Gödel, Escher, Bach: An Eternal Golden Braid, do matemático Douglas R. Hofstader, as técnicas de composição de Bach são refractadas pela matemática de Gödel e pelas ilusões ópticas de Escher: “Cada aspecto do pensamento pode ser visto como uma descrição superior de um sistema que, num nível inferior, é governado por regras simples, e até formais... A imagem é a de um sistema formal suportando um sistema “informal” – um sistema que pode fazer trocadilhos, descobrir novos padrões, esquecer nomes, ou até cometer gafes horríveis no xadrez, e por aí fora.” Serão os computadores capazes de reproduzir estas forma de pensamento e, assim, aproximarem- -se da criação artística? Ou, neste domínio, estão condenados a representar o papel de macacos mecânicos? 21
SÁBADO | 15.09.18 ANA PADRÃO, actriz, com uma carreira PEDRO GADANHO, director do MAAT, o novo nacional e internacional no cinema, teatro e Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, em Lisboa, televisão. Em 2002 participou no filme “La Balsa foi curador de arquitectura contemporânea no Museu de Piedra” de George Sluizer, pelo qual venceu o de Arte Moderna (MoMA), em Nova Iorque, durante prémio de Melhor Actriz de Elenco no Lauderdale três anos, onde coordenou o Young Architects International Film Festival. Presença assídua em Program e organizou diversas exposições como 9+1 telefilmes, telenovelas e séries de época desde Ways of Being Political, Endless House e A Japanese a década de 1980, destaca-se a participação em Constellation. Mestre em Arte e Arquitectura, com “Amo-te Teresa”, que protagonizou. No teatro um doutoramento em Arquitectura e Mass Media, representou peças de autores consagrados, como co-dirigiu a ExperimentaDesign desde 2000 e Bertolt Brecht e Fassbinder, e no cinema foi dirigida comissariou Metaflux, representação portuguesa por realizadores portugueses e estrangeiros, de na Bienal de Veneza de Arquitectura. Com o livro Joaquim Leitão a Raoul Ruiz. Em 2017 ganhou o Arquitectura em Público, de que é autor, venceu o Globo de Ouro da SIC de Melhor Actriz de Cinema, Prémio FAD de Pensamento e Crítica em 2012. pelo filme “Jogo de Damas”. A par da representação, trabalha como formadora e directora de actores. LEONEL MOURA, nomeado Embaixador MODERAÇÃO Europeu da Criatividade e Inovação pela JOSÉ ALBERTO CARVALHO, presidente do Comissão Europeia em 2009, tem-se destacado internacionalmente através do seu trabalho onde Comité Editorial da TVI. Antes de chegar à TVI, em aplica a robótica e a inteligência artificial às artes. 2011, onde ocupou o cargo de director de Informação, As primeiras pinturas realizadas em 2002 com trabalhou na TSF, SIC e RTP, onde exerceu a mesma um braço robótico foram capa da revista do MIT função. dedicada à vida artificial. “RAP” (Robotic Action Painter), criado em 2006 para o Museu de História Natural de Nova Iorque, faz desenhos de forma autónoma, decide quando a obra está pronta e assina. O Robotarium, inaugurado em 2007, descrito como um zoo para robots, foi o primeiro do género no mundo. Autor de diversos livros sobre arte e ciência, tem explorado, nos últimos anos, a criação de esculturas de grande dimensão em impressão 3D. 22
SÁBADO | 15.09.18 TRABALHO DE GRUPO PALCO BUDA À sombra de uma figueira-dos-pagodes, também conhecida por árvore-de-Buda, uma planta sagrada para hindus e budistas, irão decorrer conversas breves, sob a forma de mesas-redondas, entre o público e figuras reconhecidas pelo seu percurso profissional, académico ou artístico, e pessoal. Porque é que tenho o melhor Porque gosto de comunicar ciência? trabalho do mundo? CARLOS FIOLHAIS, professor de Física na ANA SOFIA FONSECA é realizadora, escritora, Universidade de Coimbra, ensaísta e comunicador jornalista e uma reconhecida contadora de histórias. de ciência. Entre os seus livros contam-se Física Licenciada em Comunicação Social e Cultural, Divertida, Pipocas com Telemóvel, A Ciência e os seus colaborou com a Grande Reportagem, o Expresso, Inimigos e Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa. o Público e a revista Egoísta. Autora de grandes Foi director da Biblioteca Geral da Universidade reportagens e programas documentais, recebeu de Coimbra e responsável pelo programa de diversos prémios pelo seu trabalho jornalístico, Conhecimento da Fundação Francisco Manuel com destaque para o Prémio “Direitos Humanos dos Santos. De entre os seus vários prémios e e Integração” da UNESCO e quatro Prémios AMI distinções, contam-se o Globo de Ouro de Mérito Jornalismo Contra a Indiferença. Publicou o retrato e Excelência em Ciência da SIC e a atribuição da “Raízes” com a FFMS e realizou “Os Dias Contados”, Ordem do Infante D. Henrique, ambos em 2005, o documentário que agora estreia no Encontro da Grande Prémio Ciência Viva, em 2017, e o Prémio Fundação. José Mariano Gago da SPA, no ano seguinte. 23
SÁBADO | 15.09.18 De onde vêm as letras das canções? De onde nascem os livros? CARLOS TÊ estreou-se a escrever letras em GONÇALO M.TAVARES é já um dos escritores português em 1976, com a canção “Chico Fininho”, mais traduzidos da literatura portuguesa. Nasceu de Rui Veloso, e tornou-se reconhecido com a em 1970, e publicou o primeiro livro em 2001. edição do álbum “Ar de Rock”, deste músico, para Estão em curso traduções e edições internacionais o qual deu o seu contributo como letrista. Também de todos os seus livros, em mais de 50 países, por colaborou com Jafumega (1982), Trovante (1983), algumas das mais prestigiadas editoras. Recebeu Cabeças no Ar (2002), Jorge Palma (2004), Ala dos importantes prémios em Portugal e no estrangeiro, Namorados (2007 e 2015), André Sardet (2008), nos mais diversos géneros literários. Com Aprender Ana Moura (2016), entre outros. “Amor Solúvel” e a Rezar na era da Técnica recebeu o Prix du Meilleur “Um Fio de Jogo” são algumas das peças levadas Livre Étranger 2010 (França), prémio atribuído à cena, escritas e dirigidas pelo próprio. É autor de antes a Robert Musil, Philip Roth, Gabriel García contos e narrativas, tendo publicado o romance Márquez, Elias Canetti, entre outros. O Voo Melancólico do Melro, o livro Contos Supra- numerários, entre outros. Qual é o papel do online e qual é o papel do jornal? DAVID DINIS, colunista do jornal ECO e comentador na RTP. Licenciado pela Universidade Católica Portuguesa em Comunicação Social e Cultural, começou a fazer jornalismo em 1995, no já desaparecido Semanário. Enquanto jornalista e editor, passou por várias outras publicações, como o Notícia de Leiria, Diário Económico, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Sol. Foi fundador e primeiro director do Observador, tendo também dirigido a TSF e o jornal Público. 24
SÁBADO | 15.09.18 Porquê o Oceano? Tudo isto para quê? Evoluir e Servir na certeza de que “rir será a melhor maneira JOÃO FALCATO, director do Oceanário de levar a vida a sério” (Monthy Pyton) de Lisboa, acumula cargos administrativos na JOSÉ PEDRO COBRA, advogado, humorista, Fundação Oceano Azul, na Sieocean - Siemens & Oceanário, na European Union of Aquarium orador, voluntário e angariador de fundos. Com 45 Curators (EUAC), na European Association of Zoos anos, integra, há mais quinze, a área corporativa and Aquaria (EAZA) e na Associação Portuguesa de e de comunicação institucional de um grupo Zoos e Aquários. Administrador da Fundação do económico português cotado em Bolsa. Em Gil entre 2012 e 2015, é actualmente membro do simultâneo, aposta no contributo cívico e causas Conselho de Curadores da instituição. sociais, revertendo para instituições e projectos de solidariedade social, entre outras iniciativas, tudo o que recebe das suas palestras e espectáculos de stand-up comedy. Como é que eu mudei a minha vida? JOHNSON SEMEDO, fundador da Academia do Johnson e treinador de futsal. Nascido em São Tomé, veio para Portugal com 2 anos, tendo crescido no bairro da Cova da Moura, onde ainda vive. Fugiu de casa com apenas 9 anos e foi menino de rua. A toxicodependência conduziu-o a comportamentos desviantes e à reclusão em estabelecimentos prisionais. Após o cumprimento de uma pena de 10 anos, mudou de vida, completou o ensino secundário, casou e foi pai. O duro percurso de vida fê-lo acreditar que podia mudar de rumo e ser um exemplo para outros jovens com vidas adversas. Em 2014 funda a Associação Academia do Johnson Semedo com o objectivo de, a partir da sua experiência de vida, actuar na prevenção de situações de risco de jovens que vivem em bairros problemáticos da Amadora. 25
SÁBADO | 15.09.18 QUO VADIS CPLP? Plantas e rainhas dez Quem é que ainda quer um emprego para anos depois da crise o vida? JORGE BRAGA DE MACEDO, professor e MARIANA CANTO E CASTRO, é licenciada director do Centro Globalização e Governação (CG&G) em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e tem da Nova School of Business and Economics, é membro uma especialização em Sociologia Organizacional, da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Real tendo completado ainda um curso de Senior da Bélgica e do Centre for International Governance Executive Management na Tias Nimbas School Innovation (CIGI) do Canadá. Ensinou nas universidades of Business (Holanda) e no INSEAD (França). Foi de Yale e Princeton, na universidade Sciences-Po em coordenadora de Recursos Humanos (RH) em dois Paris e nas Universidades Católicas de Portugal e Angola. institutos públicos, acumulando funções como Desempenhou ainda o cargo de Presidente do Centro de directora da contencioso num destes organismos. Desenvolvimentoda OCDE e do Instituto de Investigação Regressou ao sector privado em 2015 para assumir a Científica Tropical (que inclui o Jardim Botânico Tropical). direcção do departamento legal da Randstad Portugal e integrar o management team. Actualmente assume também a direcção de RH e é responsável pela supervisão da área da Qualidade e pelo Programa de Responsabilidade Social. Por que motivo me tornei cientista? MARIA MANUEL MOTA, directora do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa. Licenciou-se em Biologia e obteve o grau de Mestre em Imunologia pela Universidade do Porto em 1992 e 1994, respectivamente, e doutorou-se em 1998 pela University College London (Reino Unido). Publicou mais de 90 artigos em revistas científicas internacionais e detém 4 patentes internacionais. Anteriormente foi investigadora no Instituto Gulbenkian de Ciências, investigadora no Howard Hughes Medical Institute (EUA) e membro do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos. 26
SÁBADO | 15.09.18 Música popular portuguesa existe ou não? A música nasceu comigo? MIGUEL ARAÚJO, músico, cantor, compositor RICARDO RIBEIRO, fadista, com lugar e letrista português. Nasceu em 1978 em Águas marcado nas casas de fado Marquês da Sé e Mesa Santas, na Maia. É autor da música e letra de de Frades, ambos em Alfama. Nascido e criado no alguns dos grandes sucessos portugueses do início bairro da Ajuda, começou a cantar aos nove anos, e do século XXI: “Anda Comigo Ver os Aviões”, “Os com 15 arrecadou o segundo lugar na Grande Noite Maridos das Outras”, “Quem és tu Miúda”, entre do Fado. Com cinco álbuns editados, somou várias outros. Além do seu reportório a solo e da banda distinções, entre prémios relevação e de melhor Os Azeitonas, que fundou e na qual se manteve intérprete masculino, e tem sido presença habitual até final de 2016, tem escrito para alguns dos mais nos palcos de todo o mundo. Participou em discos destacados intérpretes portugueses, como é o caso de Rui Veloso, Simone de Oliveira, Carlos do Carmo, de António Zambujo, Ana Moura, Carminho, Raquel entre outros, e em inúmeras compilações e filmes, Tavares e Ana Bacalhau. Desde 2017 mantém uma com destaque para “Rio Turvo”, de Edgar Pêra, e crónica quinzenal na revista Visão. “Fados”, de Carlos Saura. É sempre a ficção que nos salva? NUNO ARTUR SILVA, fundador e antigo editor e director das Produções Fictícias, do jornal O Inimigo Público e do Canal Q, canal cabo de entretenimento, é autor e produtor de livros, peças de teatro, séries e programas de televisão, explorando géneros que vão da banda desenhada à poesia, da comédia às histórias infantis, do documentário à ficção. Deu aulas de Português e de Escrita Criativa, apresentou programas de televisão e fez stand-up comedy. Entre 2015 e 2018, foi administrador da RTP, tendo a seu cargo o pelouro dos Conteúdos. 27
SÁBADO | 15.09.18 O que é que o design Porquê os meteoritos? tem a ver com a gestão? ZITA MARTINS, astrobióloga e professora RITA NABEIRO, nascida em 1980, concluiu associada no Instituto Superior Técnico (IST). a licenciatura em Design de Comunicação na Colaborou com a NASA como cientista convidada, Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Seguiram-se foi University Research Fellow no Imperial College diversas formações e projectos, como a fotografia, London e professora convidada na Universidade o design, o empreendedorismo social, vinhos e Nice-Sophia Antipolis. Trabalhou para a missão gestão. Entre 2005 e 2006, trabalhou como designer a Marte, a ExoMars, e é co-investigadora de duas de comunicação, em Itália e Portugal, período após missões espaciais da European Space Agency (ESA). o qual entrou no Grupo Nabeiro – Delta Cafés. Em 2009, ganhou uma bolsa de um milhão de Rumou do café para o vinho, nomeadamente para libras da Royal Society. Deu mais de 100 entrevistas a Adega Mayor, onde é directora-geral desde 2012. aos meios de comunicação social internacional, foi Neste âmbito, salientam-se os mais de 200 vinhos seleccionada pela BBC como Expert Scientist Women premiados e projectos como as Wine Talks, as e condecorada pelo Presidente da República com o edições especiais e o restaurante Sem Título. título de Oficial da Ordem Militar de Sant´Iago da Espada. Startups e inovação em Portugal: mito ou realidade? STEPHAN MORAIS é fundador e adminis- trador-executivo da Indico Capital Partners, uma empresa de capital de risco com sede em Portugal. Foi membro do Conselho Executivo da Caixa Capital, onde liderou o capital de risco e co-liderou investimentos em private equity. É assessor do Comissário Europeu para a Ciência e Inovação e ex- presidente da European Venture Finance Network. Formado em Engenharia pelo Instituto Superior Técnico e com um MBA da Harvard Business School, é especialista em Empreendedorismo da Saïd Business School, Universidade de Oxford, e senior independent associate partner da AMROP, grupo internacional de recrutamento de executivos. 28
SÁBADO | 15.09.18 TEATRO: 112 - O JANTAR ESTÁ MESMO QUASE PALCO ESTÚDIO A peça de teatro “112 - O jantar está mesmo quase”, que, como o nome indica, aponta para uma urgência. Neste caso, para a urgência de três actores, mais especificamente, três recém-licenciados, que acreditaram num Mundo de oportunidades, mas, que, têm sido sistematicamente confrontados com o contrário: não há emprego, não há dinheiro e, pior que isso, não há sinais de mudança. Cruzam-se histórias, intersectam-se frustrações e ambições e colocam-se todas num espaço de convívio desprovido de pretensão. Falamos de um ambiente simples, confortável e acolhedor que vai perdendo a forma à medida que os minutos correm e os actores agarram as zonas mais recônditas da memória. 112 é a urgência de todos os que anseiam por fazer acontecer. 112 é um pedido de ajuda. 112 são relatos, desabafos e, por vezes, silêncios com que qualquer um se pode identificar. 112 é a descrição de uma realidade, dura, que é imposta, diariamente, a estas três personagens, a estes três, e a tantos outros, estudantes ou actores, a estes três, e a tantos outros, cidadãos. 112 é o projecto que urge… para reflectir e agir. Ficha Técnica Texto: Mariana Fonseca; Interpretações: Joana Brito, João Santos, Mariana Fonseca; Assistência à encenação: Teresa Faria; Cartaz: Igor Ramos; Fotografias: Diogo Cruz e Henrique Pina 29
SÁBADO | 15.09.18 € € €€ DOCUMENTÁRIO: FORA DA VIDA € € PALCO PRINCIPAL € O filme Fora da Vida - vencedor do Festival € IndieLisboa e distinguido com vários prémios internacionais - parte do tema “viver com o salário mínimo” para investigar como as suas personagens ocupam o tempo que lhes resta para além do trabalho que lhes garante esse salário. Afinal, como vivem elas quando não estão a trabalhar? Como gastam o dinheiro que ganham? Que sonhos as animam? Que interesses as ocupam? De que é que sentem falta? Como lidam com as necessidades do quotidiano? A que ”luxos” se podem permitir? O filme acompanha e cruza os percursos de três personagens reais, três pessoas diferentes com um mesmo denominador comum: o salário mínimo. Um cruzar de vidas e de tempos livres, que não são assim tão livres. Ou serão? Um filme de Filipa Reis e João Miller Guerra. 30
SÁBADO | 15.09.18 CORRIDA ENTRE O HOMEM E A MÁQUINA PALCO PRINCIPAL Em 1900, 41 por cento dos trabalhadores americanos estavam empregados no sector agrícola. Em 2000, esta fracção tinha caído para 2 por cento (Autor, 2015). Não terá sido porque a dieta dos americanos se tornou mais frugal. Muito pelo contrário. A substituição das diligências por comboios, dos veleiros por embarcações a motor ou de enxadas por lagartas mecânicas assentou em tecnologias que favoreceram a automação da maquinaria. Assim, por exemplo, a produção em massa da indústria automóvel fez reduzir a procura a níveis vestigiais de muitas profissões equestres, como os ferreiros e os palafreneiros. As inovações tecnológicas que são introduzidas no local de trabalho são desenhadas para poupar a utilização do factor trabalho, especialmente o que é empregado em tarefas repetitivas e facilmente codificáveis. Que profissões estão ameaçadas pela automação? Será a polarização de emprego limitada pelo paradoxo de Polanyi? Isto é, pela noção de que “sabemos mais do que somos capazes de verbalizar,” o que torna muito difícil explicitar as regras e procedimentos de tarefas que são executadas pelos humanos de forma tácita e sem esforço. Afinal, a Google precisou de 16.000 computadores para fazer reconhecer a imagem de um gato (New York Times, 2012). E os carros autónomos não são mais do que uma espécie de comboios que percorrem carris invisíveis - os mapas digitais. 31
SÁBADO | 15.09.18 IN-Q é campeão nacional de Poetry Slam e um compositor multiplatinado, escrevendo para entreter, inspirar e desafiar quem o ouve. Muitos dos seus vídeos de poesia tornaram-se virais, com mais de 50 milhões de visualizações totais. As suas performances extraordinárias incluem: esgotar um dos maiores espectáculos de poesia na história de Los Angeles, ser o primeiro artista da palavra falada a apresentar-se com o Cirque du Soleil e ser destacado no Def Poetry Jam da HBO pela campanha Look Closer da A&E. Organizações como a Google, Facebook, IBM, Nike, Spotify, Shazam, entre outras, já o convidaram para dar workshops motivacionais sobre criatividade e narrativa. DAVID AUTOR, professor de Economia distinguido pela Fundação Ford e director-adjunto do Departamento de Economia do Massachusetts Institute of Technology (MIT). A sua área de estudos explora os impactos da revolução tecnológica e globalização no mercado de trabalho, as desigualdades salariais, seguro por invalidez e disponibilidade de mão-de-obra. Recebeu diversos prémios pelo seu trabalho, nomeadamente o Prémio Carreira da Fundação Nacional da Ciência, uma bolsa da Fundação Alfred P. Sloan e o Prémio Sherwin Rosen pelas contribuições notáveis no campo da economia do trabalho. Em 2017, foi apontado pela Bloomberg como uma das 50 pessoas que definiram o negócio à escala global. 32
SÁBADO | 15.09.18 RITMOS DE TRABALHO PALCO PRINCIPAL CABO DOS TRABALHOS Para celebrar o Encontro sobre o trabalho com um concerto que juntasse nomes consagrados da música portuguesa, nasceu a ideia da banda Cabo dos Trabalhos. Ana Moura, Frankie Chavez, Paulo de Carvalho e Tiago Bettencourt, bem como Bernardo Barata e João Pinheiro (OIOAI, Diabo na Cruz), aceitaram o convite e partem para esta aventura sob a forma de um concerto único de clássicos da canção cantada em português. Foram escolhidos temas intemporais como a Construção, de Chico Buarque, ou Muda de Vida, de António Variações, para um acontecimento irrepetível. 33
SÁBADO | 15.09.18 ANA MOURA é uma das fadistas mais TIAGO BETTENCOURT é cantor, músico e reconhecidas em Portugal, contando já com mais autor de várias composições de referência da nova de uma dezena de galardões, de onde se destacam música nacional. Há mais de dez anos embarcou dois Globos de Ouro, dois prémios Amália, entre naquela que seria a sua primeira incursão em estúdio, outros. com a banda “Toranja”. A riqueza e a simplicidade dos seus poemas e melodias rapidamente captaram a atenção do público, em especial “Carta”, um dos temas de maior sucesso. FRANKIE CHAVEZ é um dos talentos mais PAULO DE CARVALHO é cantor, músico promissores da música portuguesa, tendo vindo a ser e compositor, com mais de trezentas composições referido como a mais recente revelação blues do Sul assinadas (e interpretadas também por vozes dos mais da Europa. Multi-instrumentista, a sua música conjuga diversos quadrantes musicais). Desde os tempos dos diferentes tipos de sonoridades, resultando num blues/ Sheiks, então com 15 anos, a bateria a seus pés e o Café folk. Vává da Avenida de Roma como ponto de tertúlias, Paulo de Carvalho foi-se afirmando como um dos nomes maiores da música pop rock feita em Portugal. 34
O SENTIDO DO TRABALHO DOMINGO - 16 SET. //////// //////// 14H00 | PICAR O PONTO 17H05 | O IMPACTO DA AUTOMATIZAÇÃO ALAMEDA DO TRABALHO DO TRABALHO PALCO PRINCIPAL //////// Sérgio Rebelo 14H30 | NOVAS PROMESSAS //////// PARAAS NOVAS GERAÇÕES PALCO PRINCIPAL 18H00 | O MUNDO ATÉ ONTEM Martha Bailey PALCO PRINCIPAL Jared Diamond //////// //////// 15H25 | UMAVIDA, VÁRIAS CARREIRAS? PALCO PRINCIPAL 19H00 | ENCERRAMENTO Bruno Mota DOS TRABALHOS Mafalda Rebordão PALCO PRINCIPAL Marta Maia Alexandre Soares dos Santos Moderação: António Costa //////// //////// 19H20 | TRABALHO DE FÔLEGO 15H25 | UM CÓDIGO DE CONDUTA PALCO PRINCIPAL PARA OS ROBOTS? The Whoop Group PALCO ESTÚDIO Arlindo Oliveira Luís Moniz Pereira Norberto Pires Moderação: Paulo Bastos
DOMINGO | 16.09.18 NOVAS PROMESSAS PARA AS NOVAS GERAÇÕES PALCO PRINCIPAL Após o assassinato de John F. Kennedy, o recém- MARTHA BAILEY, professora de Economia e empossado presidente Johnson foi detalhadamente informado sobre o que teria sido a futura agenda investigadora no Centro de Estudos da População política do seu antecessor Kennedy. Da panóplia de na Universidade de Michigan. A sua investigação reformas apresentadas pelo principal responsável centra-se em assuntos relacionados com a do conselho económico (“chief economic advisor”) economia laboral, demografia e saúde nos Estados Walter Heller, o novo presidente elegeu, com Unidos, numa perspectiva a longo prazo da história indisfarçável entusiasmo, o combate à pobreza. De económica. O seu trabalho analisa as implicações da acordo com Heller, Johnson terá dito: “Este é o meu difusão da contracepção moderna na maternidade, tipo de programa. Arranjarei o dinheiro de uma forma nas decisões de carreira profissional e remuneração, ou de outra. Se tiver que ser, desviarei dinheiro de com enfoque na avaliação dos programas “Grande outras coisas para arranjar dinheiro para as pessoas… Sociedade” a curto e longo prazo e na criação de Dêem-lhe a máxima prioridade. Vão em frente com uma Micro Base de Dados Electrónica (LIFE-M), toda a força.” que permite o estudo do crescimento económico e mobilidade geográfica, assim como da constituição Depois do discurso sobre o estado da União, o da família ao longo do século XX. presidente Johnson promoveu a Guerra à Pobreza através de um roteiro de iniciativas de relações públicas. Em Abril de 1964, Johnson visitou o mineiro do carvão Tom Fletcher, a sua mulher e os oito filhos, que viviam nos Apalaches. Os Fletcher tinham sido escolhidos pela Casa Branca como a face dos trabalhadores esforçados que viviam na pobreza. Johnson terá dito a um repórter: “Não sei se conseguirei aprovar uma única lei ou se terei um único dólar aprovado, mas antes de tudo, nenhuma comunidade americana jamais ignorará a pobreza no seu interior.” De facto, a icónica fotografia de Walter Bennet na revista Time, capturando a conversa com os Fletcher no seu alpendre, conseguiu mesmo isso. Que lições extrair do programa de guerra à pobreza despoletado pelo presidente Johnson? Como projectar no futuro o combate à pobreza, nas suas várias dimensões? 36
DOMINGO | 16.09.18 UMAVIDA. VÁRIAS CARREIRAS? PALCO PRINCIPAL Uma hora continua a ter 60 minutos. Mas parece que hoje, mais do que ontem, cabem, nesses minutos, mais acontecimentos, mais dados, mais decisões. Há quem chame a isso aceleração. Também lhe podemos chamar mudança. Uma mudança que nos faz antever que dificilmente um percurso profissional possa ser planeado e imaginado como no passado. Com vidas mais longas e com a aceleração da tecnologia, assistiremos ao aparecimento de novas profissões e ao desaparecimento de outras. Quantas profissões teremos ao longo da vida? Qual o significado da palavra carreira? Existirá desafio maior para as nossas empresas e organizações do que prepararem-se para esta mudança? Será esta a transformação que nos ajudará a entender o significado profundo da expressão “estudar é para toda a vida”? Como nos podemos adaptar a este novo mundo de trabalho? 37
DOMINGO | 16.09.18 BRUNO MOTA, director e sócio-fundador da MARTA MAIA, directora de Recursos Humanos BOLD International. Licenciado em Engenharia (RH) e Membro da Comissão Executiva do Informática e de Computadores no Instituto grupo Jerónimo Martins. É licenciada em Direito Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), concluiu pela Universidade Católica Portuguesa e pós- o percurso académico com o mestrado executivo -graduada em RH pelo Instituto Superior de Gestão. em Gestão Empresarial no INDEG/ISCTE. Nesta área completou vários cursos no INSEAD, Iniciou a sua carreira profissional em 2005 como Harvard e Stanford, concluindo ainda o curso General consultor na área de Tecnologias de Informação, Management da Universidade Nova de Lisboa. Em designadamente no Grupo Sonae. Actualmente 1999 integrou o grupo Jerónimo Martins como Labour é responsável pela estratégia global e gestão da Relations Manager, e dois anos depois tornou-se Media empresa que conta com mais de 500 colaboradores Relations Group. Desde 2004, desenvolve carreira na e representa seis marcas que actuam enquanto direcção de RH, primeiro no Pingo Doce e depois em centros de competência especializados nas mais várias empresas do Grupo em Portugal. De 2010 a esta distintas áreas tecnológicas. parte tem a responsabilidade corporativa da gestão de RH em Portugal, Polónia e Colômbia. MAFALDA REBORDÃO licenciou-se em Econo- MODERAÇÃO mia pela Nova SBE e é actualmente aluna do mestrado ANTÓNIO COSTA, publisher do ECO, jornal de CEMS Master’s in International Management (uma formação internacional dedicada à preparação económico digital, e comentador-residente na TVI. da nova geração de líderes do futuro). Durante seis Jornalista desde 1992, passou pelo Jornal de Notícias e, meses estudou numa das melhores faculdades de mais tarde, pelo Expresso, Agência Lusa e Económico, Gestão do Canadá, a HEC Montréal, num programa de colaborando sempre nas áreas económica e financeira. intercâmbio, e com apenas 21 anos foi embaixadora de algumas das empresas mais inteligentes em Portugal. Fundou o primeiro TEDx na Nova SBE e foi guest speaker e host no National Robotics Festival 2018. Actualmente é responsável pelo experience hub no Summit da Singularity University Portugal. Distinguida com o Prémio Rotary Club Honorable Award em 2015, com o prémio Torres Vedras Merit Award e como aluna de excelência pela Nova SBE com a Bolsa Nova Fellowship for Excellence em 2018. 38
DOMINGO | 16.09.18 UM CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS ROBOTS? PALCO ESTÚDIO Em 1942, Isaac Asimov, escreveu as famosas Três Leis da Robótica, num texto intitulado Runaround. Primeira lei da robótica: “O robot não poderá ferir um ser humano ou, por inacção, permitir que um humano seja magoado”. Segunda lei da robótica: “O robot deverá obedecer às ordens transmitidas pelos seres humanos, excepto se essas ordens violarem a Primeira Lei”. Terceira lei da robótica: “O robot deverá proteger a sua existência desde que esta protecção não esteja em conflito com a Primeira e a Segunda Leis”. O desenvolvimento da Inteligência Artificial, garantindo uma crescente autonomia aos robots e uma interacção com os humanos cada vez mais intensa e cooperante, fez emergir a necessidade de construir um novo, e complexo, edifício de regulações éticas. Que ameaças devem ser acauteladas? Que responsabilidades devem ser atribuídas? Como partilhar os benefícios da automação? 39
DOMINGO | 16.09.18 ARLINDO OLIVEIRA licenciou-se pelo Instituto NORBERTO PIRES licenciou-se em Engenharia Superior Técnico (IST) e doutorou-se pela Universidade Física, no ramo de Instrumentação, e doutorou-se pelo da Califórnia em Berkeley, em Engenharia Electrotécnica Departamento de Engenharia Mecânica, na área de e de Computadores. É Presidente do IST e professor Automação e Robótica, da Universidade de Coimbra do Departamento de Engenharia Informática, onde (UC). É professor no Departamento de Engenharia lecciona, entre outras, cadeiras nas áreas de Algoritmos, Mecânica da UC, responsável pelo laboratório de Biologia Computacional e Neuroengenharia. Tem Robótica Industrial da mesma instituição e director da desenvolvido trabalho de investigação em sistemas Robótica, a única revista técnico-científica portuguesa digitais, síntese lógica, algoritmia, aprendizagem nesta área. Foi fundador e primeiro presidente da automática e bioinformática. É autor de dois livros, Sociedade Portuguesa de Robótica e da Associação o mais recente dos quais intitulado The Digital Mind, Portuguesa de Controlo Automático, além de membro editado pela MIT Press e recentemente lançado em do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e Portugal com o título Mentes Digitais. membro do Conselho Nacional de Empreendedorismo e Inovação, entre outros cargos. LUÍS MONIZ PEREIRA é um dos investigadores MODERAÇÃO portugueses com mais projectos de Inteligência PAULO BASTOS, editor e repórter da TVI, é o Artificial (IA) e publicações científicas em áreas como: Raciocínio Computacional, Teoria Evolucionária dos responsável pelo programa de ciência e tecnologia Jogos, Moral das Máquinas e Ciências Cognitivas. “NXT, O Próximo Passo”, no ar desde 2014. Fundou Considerado um dos fundadores da Programação em a TSF e foi jornalista no Expresso e no extinto “O Lógica, criou e presidiu à Associação Portuguesa para Independente”. Na RTP dirigiu o primeiro projecto a Inteligência Artificial, sendo actualmente investigador multimédia em Portugal, a fanzine “m24”, e, mais em IA, professor catedrático aposentado de Informática tarde, a cyber.net, a primeira revista dedicada à da Universidade Nova de Lisboa, membro do Conselho Internet. Científico do IMDEA (Madrid) e fellow do Comité Coordenador Europeu para a IA. Doutor Honoris Causa pela Universidade de Dresden, o seu trabalho foi distinguido com o Prémio Ciência da Fundação Gulbenkian em 1984, Prémio Boa Esperança em 1994 e Prémio Estímulo à Ciência em 2005. Em 2016 publicou dois livros: Programming Machine Ethics e A Máquina Iluminada – Cognição e Computação. 40
DOMINGO | 16.09.18 O IMPACTO DA AUTOMATIZAÇÃO DO TRABALHO PALCO PRINCIPAL No romance Player Piano do escritor americano Kurt Vonnegut é descrito um mundo em que as crianças em idade escolar são submetidas, muito cedo no seu percurso, a um exame que determinará o seu destino. Os que têm sucesso na avaliação serão engenheiros e desenharão robots. Os que falham o exame não terão emprego e viverão para sempre de transferências monetárias do governo. Estaremos a convergir para este mundo distópico? Que efeitos terá a automação na distribuição de rendimentos? Que políticas públicas serão mais adequadas para responder ao impacto da automação na procura de trabalho? Devem os robots ser tributados? Que sistema tributário seria mais adequado para acomodar a eficiência na afectação de recursos e corrigir a desigualdade de rendimentos? Que papel deverá ser desempenhado pelo rendimento básico universal? SÉRGIO REBELO, Tokai Bank Distinguished Professor of International Finance da Kellogg School of Management, onde dirigiu o Departamento de Finanças, e é co-director do Centro de Macroeconomia Internacional da Northwestern University. A sua investigação centra-se no domínio da macroeconomia e das finanças internacionais. Doutorado em Economia pela Universidade de Rochester, tem estudado as causas dos ciclos económicos, o impacto das políticas económicas sobre o crescimento económico e as flutuações cambiais. Fez consultoria em instituições de renome, com destaque para o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu, entre outras. 41
DOMINGO | 16.09.18 O MUNDO ATÉ ONTEM PALCO PRINCIPAL O que as enguias-eléctricas nos dizem sobre a evolução perfeitos e imutáveis, talvez eternos. Se essa é a da religião – eis o nome de um dos capítulos de O matéria-prima de Colapso, em O Mundo Até Ontem Mundo Até Ontem. (uma importante nuance verbal relativamente a O Mundo de Ontem, de Stefan Zweig) Jared Diamond O seu autor, Jared Diamond, não é um provocador pergunta, em subtítulo: O que podemos aprender nem um iconoclasta militante, e jamais recorre com as sociedades tradicionais? a frases fáceis para seduzir o auditório. Acima de tudo, é um humanista preocupado com o destino Procurando compreender, através de grandes das nossas sociedades, que tenta compreender a sínteses, o efeito das transformações estruturais, partir das suas origens naturais, das suas raízes nomeadamente tecnológicas, no destino das nossas mais profundas, que não têm a dividi-las fronteiras sociedades – tópico central de Armas, Germes e Aço –, políticas, económicas ou outras, artificialmente Jared Diamond irá propor-nos uma longa viagem traçadas num momento efémero. O seu horizonte é de muitos séculos que percorrerá as regiões mais o da longa duração – e é isso que, ao cabo e ao resto, recônditas do planeta para, no final da jornada, nos lhe permite compreender a natureza transitória de permitir conhecer melhor o que o futuro nos pode modos de organização social que considerávamos reservar. Colapso – ou talvez não? JARED DIAMOND, autor de livros de enorme impacto, como O Terceiro Chimpanzé (1991), Armas, Germes e Aço (1997, vencedor do Prémio Pulitzer), Colapso (2005) e O Mundo Até Ontem (2012). A sua obra mais recente, O Terceiro Chimpanzé para Jovens: a Evolução e o Futuro do Animal Humano, dirige-se às próximas gerações e ao futuro que estas irão construir. Com uma mistura de antropologia, sociologia e biologia evolucionária, Diamond enfatiza a forma como podemos melhorar a sociedade contemporânea aprendendo com o passado. Além de ter recebido prestigiados prémios, o The New York Times considera a sua escrita como “um dos projectos mais importantes levados a cabo por um intelectual da nossa geração”. 42
DOMINGO | 16.09.18 ENCERRAMENTO PALCO PRINCIPAL ALEXANDRE SOARES DOS SANTOS Fundador e Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Francisco Manuel dos Santos Natural do Porto, frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa e iniciou a sua carreira profissional em 1957, na Unilever N.V., como Manager Trainee, tendo estagiado na Alemanha e na Irlanda. Este foi o início de uma carreira internacional na Unilever, ao longo da qual desempenhou, entre outras, as funções de Director de Marketing da Unilever Brasil entre 1964 e 1968. Em 1968, Soares dos Santos regressou a Portugal para integrar o conselho de administração do Grupo Jerónimo Martins como Administrador- -Delegado, tendo assumido posteriormente funções como Presidente da Comissão Executiva, cargo que acumulou com o de Presidente do Conselho de Administração de 1996 a 2013. 43
44
PREPARE-SE PARA O DEBATE Mais para pensar com: Estudos fundamentados e livres sobre a sociedade portuguesa em ffms.pt Temas que desafiam Portugal eforMounndoteme:irasxxi.pt A base de dados de Portugal pordata.ptcontemporâneo em: 45
APOIO INSTITUCIONAL MEDIA PARTNER Ser livre. Ter opinião. APOIO PARCEIRO
Search
Read the Text Version
- 1 - 47
Pages: