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Manual de Execução de Pavimentos Urbanos em Concreto

Published by Claudia - Arte Interativa, 2021-05-18 20:43:53

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Keywords: pavimento urbano,concreto

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3.5.7 Cura do concreto Cura é a denominação dada aos procedimentos a que se recorre para promover a hidratação do cimento e consiste em controlar a temperatura, a saída e a entrada de umidade para o concreto. O objetivo é manter o concreto saturado, até que os espaços da pasta de cimento fresca, inicialmente preenchido com água, tenham sido preenchidos pelos produtos de hidratação do cimento até uma condição desejável. Dentre suas demais funções, podem-se destacar: • Impedir a evaporação rápida da água de amassamento; • Promover a total hidratação das partículas de cimento no concreto; • Eliminar a possibilidade de ocorrência de fissuras de retração plástica; • Manter a temperatura do concreto razoavelmente próxima da temperatura ambiente; • Manter a temperatura razoavelmente uniforme ao longo da espessura da placa de concreto. Para verificação da possibilidade de fissuração do concreto, é importante o uso de estação meteorológica portátil ou a utilização de ábaco (Figura 29). Para utilizar o diagrama, é necessário medir as quatro variáveis envolvidas. Assim, entre primeiro com a temperatura do ar e encontre a umidade relativa; mova este ponto até encontrar a temperatura do concreto e em seguida mova até a velocidade do vento. Mova para a esquerda e leia a taxa de evaporação aproximada. 36

Figura 29 – Ábaco de influência ambiental sobre a evaporação da água do concreto. Fonte: CANOVAS, 1988. 3.5.8 Cura química É o processo mais utilizado no caso do pavimento de concreto. Em contato com a superfície do concreto, forma película plástica, por meio de taxa mínima de aspersão de 0,20 l/m², podendo passar de 0,50 l/m². Sua aplicação contempla as faces laterais (bordas). Executada após a texturização por meio de equipamento auto propelido, constituído de bomba e barra espargidora em toda a largura das placas concretadas, tendo início logo após desaparecer o brilho superficial do concreto. Atenção especial para o início da aplicação da cura, a tempo, para que o agente de cura não seja absorvido pelo concreto. As laterais da placa também devem ser protegidas. 37

Visa minimizar: • Retração plástica: ocorre pela perda de água do concreto por exsudação, em seu estado fresco. Este processo é acelerado pela exposição de sua superfície às intempéries como vento, baixa umidade relativa do ar e aumento da temperatura ambiente; • Retração autógena: a água utilizada na reação de hidratação sai dos poros capilares do concreto, e assim, reduz seu volume; • Retração por secagem: ocorre da mesma maneira que a retração plástica, porém com o concreto já no estado endurecido; • Empenamento: pode ser provocado pela variação do gradiente térmico, ou pelo calor de hidratação que ocorre durante o processo; • Desgaste superficial: comprometimento da superfície. A Figura 30 ilustra a aplicação de cura química. Fonte: L.A. Falcão Bauer, A Prática da Pavimentação, 2013. Figura 30 – Aplicação de cura química. 38

Após a aplicação da cura química sobre a camada de revestimento, a água ou o solvente evapora e em seguida a cera ou a resina forma a membrana protetora. Essa membrana é que irá retardar a perda de água por evaporação, maximizando a hidratação do cimento e minimizando a retração plástica. Complementarmente, quando necessário, executa-se a cura úmida pelo período mínimo de 3 dias, conforme Figura 31. Fonte: Internet. Figura 31 – Aplicação de cura química. 3.5.8.1.1 Cuidados a serem tomados com relação à cura química • O produto deve atender à normalização especificada; • A aplicação deve ser realizada na taxa especificada; • A aplicação deve ser homogênea e a membrana formada deve ser contínua; • O processo de aplicação não deve danificar a superfície do concreto; 39

• Danos causados na membrana de cura durante as operações de construção devem ser reparados, caso esses ocorram dentro do período de cura (7 dias); • Áreas da membrana de cura danificadas por ocorrência de chuva devem ser reabilitadas. 3.5.9 Execução das juntas Executada normalmente em duas etapas. Serra-se primeiro as juntas transversais e por último as juntas longitudinais. Deve-se estabelecer um plano de corte, no qual se determine o momento adequado e a ordem de abertura das juntas transversais. O primeiro corte (junta transversal) é executado com 3 mm de largura com o concreto semi-endurecido, no sentido transversal à pista. A profundidade deverá ser de 1/3 a 1/4 da espessura da placa. O segundo corte (junta longitudinal), com 6 mm de largura e de 15 mm a 30 mm de profundidade, é executado com o objetivo de conformar o reservatório do selante. A execução das juntas deve ser realizada com o emprego de serra de disco diamantado, na largura e profundidade de projeto. O número de serras de disco disponíveis na obra deve ser suficiente para atender ao plano de corte (Figura 22). Qual o momento de início do corte? • Quando o concreto suportar o peso do equipamento e do operador; • Quando a resistência do concreto for tal que o corte fique justo, ou seja, sem rebarbas ou quebras. 40

Fonte: Internet. Figura 32 – Execução (corte) das juntas. A Figura 33 ilustra o momento correto para iniciar a serragem, que é em função da resistência do concreto nas primeiras idades e das condições climáticas do dia. Fonte: Internet. Figura 33 – Marcação e serragem das juntas. Logo após a serragem da junta, limpa-se o sulco (aliviando o corte), com auxílio de um compressor de ar. A profundidade do corte deve ser de 1/4 a 1/3 da espessura da placa de concreto (Figura 34). 41

Fonte: L.A. Falcão Bauer, A Prática da Pavimentação, 2013. Figura 34 – Limpeza e verificação da espessura do corte. Os cortes transversais deverão ser executados numa sequência tal, que diminua progressivamente o comprimento da pista concretada, conforme apresenta a Figura 35. Fonte: L.A. Falcão Bauer, A Prática da Pavimentação, 2013. Figura 35 – Sequência da execução dos cortes transversais. O corte longitudinal será o último a ser executado, conforme ilustra a Figura 36. 42

Fonte: Internet. Figura 36 – Sequência da execução dos cortes transversais. 3.5.10 Execução das juntas Após o corte das juntas, procede-se à limpeza com ferramentas com ponta cinzelada, que penetre na ranhura das juntas, e jateamento de ar comprimido. A Figura 37 ilustra o processo. Fonte: L.A. Falcão Bauer, A Prática da Pavimentação, 2013. Figura 37 – Limpeza das juntas. A selagem da junta tem a função de impedir a penetração de água das chuvas que favorecem eventual bombeamento de finos, e impedir a 43

entrada de materiais incompressíveis nos cortes que, com a movimentação entre as placas, podem provocar esborcinamento das juntas (Figura 38). Fonte: L.A. Falcão Bauer, A Prática da Pavimentação, 2013. Figura 38 – Selagem das juntas. 3.5.11 Junta de construção Trata-se de denominação dada à junção de uma placa de concreto endurecido com uma nova placa, cujo concreto fresco deve ser conformado de maneira a se obter uma superfície plana e concordante com a construída anteriormente (Figura 39). As juntas de construção obrigatoriamente devem ser coincidentes com as juntas de retração previstas na paginação do projeto. A sua construção por ser totalmente manual, demanda cuidados especiais para garantir a qualidade do acabamento. A perfeita concordância dessa junta com a placa de concreto construída em jornadas anteriores é responsável pela qualidade do conforto de rolamento. 44

Fonte: L.A. Falcão Bauer, A Prática da Pavimentação, 2013. Figura 39 – Junta de construção. As barras de transferência deverão estar colocadas em plano horizontal paralelo à sub-base e alinhadas entre si. 45


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