ANO 6 # 21 GOIÂNIA | MAIO - JULHO 2014 www.agirgo.org.br Revista Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Organização Social Gestora do CRER e HDS Janilda Guimarães Procuradora do Ministério do Trabalho “São muitos os desafiospara a inclusão das pessoas com deficiência” REVISTA AGIR 1
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CARTA AO LEITOR Inclusão socialSérgio Daher Caro leitor, a inclusão social das pessoas com ADFEGO – Associação dos Deficientes FísicosSuperintendente deficiência é um grande desafio em que cada ente do Estado de Goiás, que ao longo dos anos atuaExecutivo - governo, entidades representativas, sociedade contribuindo para a inserção da pessoa com de- - deve assumir ativamente seu papel, de modo a ficiência no mercado de trabalho, estimulando contribuir com um panorama social em que sejam também a prática esportiva como um processo respeitados os direitos de todos. Como entrevis- de inclusão social. tada desta edição da Revista Agir, a Procuradora do Ministério do Trabalho, Janilda Guimarães de Nas demais seções, um pouco do dia a dia do Lima, discorre com muita propriedade sobre os CRER e do HDS, hospitais administrados pela desafios quanto à inclusão no mercado de traba- AGIR, além de grandes histórias pessoais como do lho das pessoas com deficiência, e sobre os refle- Seu Osório, em Espaço do Paciente, e da assistente xos da atuação do FIMTPODER – Fórum Goiano social Marilza Emília, em Perfil do Colaborador. de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS. Desejamos a todos uma boa leitura! Na seção Terceiro Setor, temos a satisfação de Sérgio Daher divulgar um pouco o trabalho desenvolvido pela Superintendente Executivo da AGIRAGIR EXPEDIENTEEstrutura AdministrativaSUPERINTENDÊNCIA José Evaristo dos Santos Marcos Pereira ÁvilaSérgio Daher Joaquim Caetano de Almeida Netto Paulo César da Veiga JardimSuperintendente Executivo Paulo Afonso Ferreira Ruy Rocha de Macedo Pedro Daniel Bittar Valéria Jaime Peixoto PerilloJoão Alírio Teixeira da Silva Júnior Sizenando da Silva Santos Júnior Valtercy de Melo (in memorian)Superintendente Técnico de Reabilitação Vardeli Alves de Moraes REVISTA AGIRClaudemiro Euzébio Dourado CONSELHO FISCAL – TITULARES Supervisão geral, ediçãoSuperintendente Adm. e Financeiro Cyro Miranda Gifford Júnior Anna Luiza Rucas Marley Antônio da Rocha Gerente de Marketing – SREDivaina Alves Batista Paulo César Brandão Veiga JardimSuperintendente Multip. de Reabilitação Jornalistas (SRE) CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Mayra Paiva – JPGO – 01802Fause Musse Marcos Pereira Ávila Thaís FrancoSuperintendente Relações Externas Valtercy de Melo Thaís Dutra (Estagiária)DIRETORIA ASSOCIADOS FUNDADORES Designer GráficoDom Antônio Ribeiro de Oliveira Alcides Luís de Siqueira Chafic Rebehy Filho (GMAR)Diretor-Presidente Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Elias Bufaiçal (in memorian) FotografiaJosé Alves Filho Lúcio Fiúza Gouthier Eduardo Castro (CENE)Vice-Diretor Maria Paula Curado Milca Severino Pereira Colaboradores SRERuy Rocha de Macêdo Nabyh Salum Olívia Lacerda (secretária junior)Diretor-Tesoureiro Paulo Afonso Ferreira Márcia Nunes (adm - voluntariado) Andréia Santos(adm - voluntariado)CONSELHEIROS ASSOCIADOS BENEMÉRITOS Marianne Carrijo (contato comercial)Alberto Borges de Souza Cyro Miranda Gifford Júnior Rodrigo Rocha (contato comercial)César Helou Gláucia Maria Teodoro Reis Cecília Raquel (contato comercial)Fernando Morais Pinheiro Helca de Sousa Nascimento Hugo Miranda (analista de sistemas)Helca de Sousa Nascimento José Alves Filho Marley Antônio da Rocha Impressão: Cir Gráfica Revista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER e HDS.Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - Fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 E-mail: [email protected] Site: www.agirgo.org.br Endereço: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás REVISTA AGIR 3
ÍNDICE Entrevista 10 Terceiro Setor 11 Parágrafo Único Janilda Guimarães 11 Resumo de Lima 19 Empresas 6 Mantenedoras Espaço do 22 Artigo Paciente 26 Superação 30 HDS em pauta Um século de doçura 20É bom saberCRER é referência notratamento de autismo 24 AGIR em Foco 33 Perfil do Serviço de Odontologia no CRER Colaborador 28 34 Agenda 34 Parcerias4 REVISTA AGIR
Canal Aberto www. agirgo.org.br / [email protected]ço a Deus e ao CRER pelo traba- Venho através desta agradecer ao CRERlho maravilhoso na vida do meu filho. Dia pelo atendimento prestado ao meu pai,após dia, vejo o progresso dele - aprendeu Otávio Francisco. Agradecer aos médi-a falar, controle das esteriotipias, contro- cos, Dra. Jackeline e Dr. Cristiano, aosle motor, come, bebe, calça, veste, escova fisioterapeutas, principalmente a Fernan-dentes, escolhe os alimentos, tudo sozinho. da e o João, aos terapeutas ocup acionais,Tem completa autonomia, isto tudo devi- aos enfermeiros, aos técnicos de enfer-do a enorme qualidade dos profissionais magem, principalmente as técnicas deno CRER. Falar muito obrigado é pouco! enfermagem Polyana e Ataires, pela de-Meu filho, que é autista, teve este progres- dicação, carinho e cuidado com meu pai.so por ser atendido, de graça pelo SUS, no Agradeço ao Serviço Social, serviço deCRER. Obrigado a todos pelo Amor!!!! roupas, nutrição e limpeza.Todos estão de parabéns, nós da familia só temos que Cláudia Sousa, agradecer ao CRER. Muito obrigada! mãe de paciente atendido no CRER, Deonilia de Oliveira, via facebook. filha de paciente atendido no CRER.,Agradeço a uma pessoa muito especial via ouvidoria.que é o Dr.Ronicley por tudo que você fezpelo meu filho João Vítor Vieira. Somos Gostaria de elogiar a colaboradora Anamuito gratos pelo atendimento na UTI. Maria, do SAC. Ela é maravilhosa, conse-Obrigada de coração e que Deus conti- guiu elucidar as minhas dúvidas e eu ob-nue iluminando os seus caminhos, você tive êxito no atendimento, muito obrigadaé muito atencioso com os seus pacientes. e parabéns!Queremos que você saiba que se tornouuma pessoa muito especial para nossa fa- Gracionita Barbosamília. Muito obrigada por tudo, agradeçoao CRER por colocar pessoas como você Nota 10 para toda a equipe do CRER.para atender os pacientes! Laura Goulart da Silveira Francisca Vieira, mãe de paciente atendido no CRER, via ouvidoria.facebook.com/crerhospital twitter.com/CRER_GO youtube.com/user/CrerHospital REVISTA AGIR 5
ENTREVISTAJanildaGuimarãesJ Jaspion Caetano anilda Guimarães de Lima é procuradora do Ministério Público do Trabalho desde junho de 1996. Dentre suas várias atuações, participa como membro da Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho – COORDIGUALDADE, é Coordenadora-Geral do Fórum de Saúde e Segurança no Trabalho – FSST/GO, Vice-Coordenadora do Fórum Goiano de Inclusãono Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS – FIMTPODER e Procuradora-Chefe do Ministério Público do Trabalho/Procuradoria Regional do Trabalho – 18ª Região, desde 2013. Em entrevista para a Revista Agir, fala sobre os desafios quanto à inclusão no mercado de trabalho das pessoascom deficiência e sobre os avanços que já podem ser percebidos com a atuação do FIMTPODER. 1. Por sua atuação na Procurado- los de forma eficaz para o mercado de trabalho. Muitos familiares nãoria do Ministério Público do Traba- de trabalho. acreditam que elas tenham ou pos-lho, quais são os maiores desafios sam desenvolver condições parano que se refere à inclusão no mer- A família é o primeiro obstácu- trabalhar. Observamos, ainda, quecado de trabalho das pessoas com lo para a pessoa com deficiência, muitas famílias não se esforçamdeficiência? pois a superproteção e o precon- para desenvolver os seus filhos ou ceito fazem com que os pais e fa- colocá-las em terapias que possam São muitos os desafios para a in- miliares tratem essas pessoas como lhes dar autonomia suficiente paraclusão das pessoas com deficiência, incapazes, superprotegendo-as. trabalhar, mas preferem mantê-lasporém os maiores continuam sendo Tais formas de educar dificultam recebendo o Benefício da Prestaçãoo combate à discriminação, na fa- não só o desenvolvimento emocio- Continuada - BPC.mília e na sociedade, e o acesso das nal desses possíveis trabalhadores,pessoas com deficiência a cursos de como impedem que várias pessoas O outro aspecto dessa discrimi-qualificação que possam prepará- sejam preparadas para o mercado nação reside nas empresas.6 REVISTA AGIR
Observamos, nos inquéritos que mercado de trabalho. dos direitos das pessoas com defici-acompanhamos, que muitas em- Não obstante as escolas públi- ência, representantes de indústrias epresas apenas “fazem de conta” cas e privadas tenham que aplicar do comércio do Município, atravésque estão tentando cumprir a sua o princípio da inclusão, elas não de seus profissionais de RH, o Sin-cota legal, mas efetivamente não cumprem de modo efetivo as suas dicato das Indústrias Farmacêuticasdesejam contratar pessoas com de- responsabilidades de tratar desi- no Estado de Goiás – SINDIFARGO,ficiência. Neste ano, por exemplo, gualmente, na medida das suas representado por seu presidente, otivemos três grandes empresas que, desigualdades, as crianças, adoles- SENAI, o SESI, o INSS, a Delegaciaapós serem instadas pelo MPT a centes e jovens adolescentes com os Regional do Trabalho e pessoas inte-demonstrar o cumprimento da sua recursos e apoios necessários a um ressadas no tema se reuniram paracota, apresentaram vários anúncios bom desenvolvimento escolar. discutir os problemas que envolvemde emprego publicados em jornais, Por outro lado, em que pese atu- a empregabilidade das pessoas comcomprovaram por fotos a afixação almente, com o Governo Federal deficiência no mercado de trabalhode cartazes e o envio de ofícios a tenha lançado o Plano Nacional dos anapolino, em cumprimento à Leialgumas entidades, mas quando Direitos da Pessoa com Deficiência - 8.213/91 e Decreto 3.298/99.solicitavam trabalhadores ao SINE Viver sem limites, que visa assegurar Na ocasião, surgiu a ideia de criar- talvez acreditando que tais soli- o gozo dos direitos dessas pessoas, um colegiado de discussão, delibe-citações não chegassem ao MPT e dentro deste plano tenha conce- ração e encaminhamentos de reivin-- consignavam expressamente nos bido o PRONATEC, que tem por dicações, providências e medidas,documentos que não queriam em- objetivo “expandir e democratizar de modo a facilitar a empregabili-pregados com deficiência. As justi- a educação profissional e tecnológi- dade das pessoas com deficiência eficativas eram geralmente que “não ca no país”, as ofertas de cursos às dos reabilitados pelo INSS e superarse encaixavam na função” ou “por pessoas com deficiência não estão os obstáculos até então encontrados.exigência da empresa”. contemporizando a adequação dos Esta discussão foi levada paraO que constatamos é que existem tipos de cursos que melhor aten- Goiânia, onde encontrou o respaldoainda muitos empecilhos a serem dem às pessoas com deficiência, ou no Ministério Público do Trabalho esuperados quanto ao preconceito, o mesmo não estão sendo disponibili- em várias entidades estaduais e mu-ano qual pode ser escondido e atuar fora zados todos os recursos necessários nicipais de defesa da classe.da visão dos órgãos fiscalizadores e para que possibilite a inscrição de Após a realização de várias reu-da sociedade. Geralmente as empre- pessoas com deficiência. niões, foi criado o FIMTPODER esas, que resolvem encampar o prin- Embora existem cursos disponí- elaborado o seu planejamento estra-cípio da inclusão, especialmente por veis pelo PRONATEC, nem todos tégico, bem como o regimento inter-sua diretoria ou proprietários, con- estão atendendo às pessoas com de- no e o termo de cooperação, no qualseguem contratar mais pessoas com ficiência. Há um descompasso entre os órgãos públicos, entidades em-deficiência ou completar a sua cota. a oferta e a procura e o acesso. O Go- presariais e representantes do seg-Constatamos ainda que muitas verno Federal já observou isso e pa- mento das pessoas com deficiênciadas empresas, mesmo depois de te- rece estar implementando medidas e beneficiários reabilitados compro-rem assinado termos de ajustamen- que possam sanar esses problemas. meteram-se a empreender esforçosto de conduta, com elevada multa Disto se infere que ainda há mui- mútuos no sentido de promover apelo descumprimento da cota, não to o que ser feito para que as pessoas inclusão desses grupos.entram em contato com as insti- com deficiência tenham pleno aces- No dia 26 de junho de 2012, comtuições, nem com o Sistema S para so ao mercado de trabalho, mesmo a participação de todos os seus par-tentar a contratação, e por isso não existindo a obrigação de cumpri- ceiros, autoridades federais, estadu-conseguem completar a cota. mento de cotas pelas empresas com ais e municipais, empresários, im-Disto se conclui que não há efeti- cem ou mais empregados. prensa e o público em geral, na sedevamente preocupação de várias em- 2. Como surgiu o Fórum Goia- do Teatro SESI, no Clube Ferreirapresas em efetuar essa contratação. no de Inclusão no Mercado de Pacheco, aconteceu um evento deO que na minha conclusão tem a ver Trabalho das Pessoas com Defi- grande repercussão social, o lança-com o preconceito. ciência e dos Reabilitados pelo mento oficial do FIMTPODER.O segundo obstáculo então, é INSS - FIMTPODER? Como é a O FIMTPODER atua realizan-a dificuldade de acesso da pessoa atuação do Fórum? do reuniões mensais, coordenadascom deficiência à escolarização e No dia 5 de maio de 2011 no au- pela diretoria -coordenador(a), vice-cursos técnicos e de qualificação ditório do SENAI Roberto Mange, coordenador(a) e secretário(a)-geralque efetivamente os prepare para o em Anápolis, entidades de defesa - nas quais comparecem os seus REVISTA AGIR 7
ENTREVISTAmembros, os quais deliberam sobre Jaspion Caetano rá ajudar de modo significativo aprovidências e medidas de políticas identificação dessas pessoas e di-públicas sugeridas pelos seus par- ência possam ser visualizados com mensionar o potencial de recursosceiros e pelos componentes das co- clareza, possibilitando o surgimen- humanos do Município.missões de assuntos institucionais, to das soluções.comissão de banco de dados, comis- Também faremos o I Congressosão de capacitação, comissão de co- Hoje já temos uma visão mais Goiano de Gestão de Pessoas communicação, comissão de estatística. ampla das dificuldades, pois antes Deficiência, em setembro de 2014, da constituição do fórum, tínhamos com o objetivo de capacitar as áreas 3. Após dois anos de atuação do visões parciais desses problemas e de Gestão de Pessoas e sensibilizarFIMTPODER o que pode ser iden- não vislumbrávamos soluções para as empresas para a inclusão dastificado como avanços alcançados alguns. Atualmente a situação é pessoas com deficiência em seusno estado de Goiás? diferente, estamos desenvolvendo quadros. Todas as empresas que es- tratativas com as secretarias muni- tão enquadradas na lei, com cem ou Um dos principais objetivos cipais de alguns dos municípios da mais empregados, serão notificadasconseguidos foi que as instituições Região Metropolitana para conse- a participar.de PCD (Pessoa com Deficiência), guir a realização de um censo queórgãos públicos e entidades repre- possa identificar onde estão e como 4. Uma das características dosentativas das empresas começa- estão as pessoas com deficiência. FIMTPODER é a articulação deram a trabalhar em rede, de modo Será ainda realizado um censo no vários órgãos públicos, entidadesque os problemas para a efetivação Município de Anápolis, solicitado empresariais e representantes dodos direitos das pessoas com defici- pelo MTE, com recursos obtidos segmento das pessoas com defici- em ações civis públicas, que pode- ência e beneficiários reabilitados pelo INSS. Qual a avaliação que você faz dessa articulação coletiva? Essa articulação coletiva é extre- mamente importante, pois otimiza a criação de ideias para políticas pú- blicas e também possibilita a reali- zação de atividades como a realiza- ção do congresso que iremos fazer. Todos colaboram para a consecu- ção das atuações e interagem com informações que são valiosas para a visualização dos problemas a se- rem enfrentados. O exemplo disso é que o MPT passou a atuar nos in- quéritos e ações civis públicas com maior força, pois atualmente temos informações de todos os entes en- volvidos com a causa, e dessa forma podemos conseguir meios de pro- var, por exemplo, que as empresas recalcitrantes não estão cumprindo porque não desenvolveram medi- das suficientes, como contatar as entidades, o SINE, divulgar anún- cios, desenvolver políticas de recur- sos humanos que desenvolvam os seus empregados com deficiência e os mantenha no emprego etc. Como disse, essa articulação co- letiva foi o nosso primeiro impor- tante ganho nestes últimos anos, embora ainda não tenhamos conse- guido aumentar significativamente o número de contratados.8 REVISTA AGIR
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TERCEIRO SETORLuta pelo pleno exercício da cidadania das pessoas com deficiênciaFonte: www.adfego.com.br sual e auditiva. Naquela época, a o CREVI, Centro de Reabilitação, Associação resolveu colocar em Formação Profissional e Vida In-A ADFEGO – Associa- funcionamento uma oficina de dependente, que hoje se trans- fabricação de cadeiras de rodas. formou na clínica Reabilitar, queção dos Deficientes Físicos do Esta- atende hoje através de convê-do de Goiás é uma organização não Em 1994 essa oficina foi bati- nios com o Ipasgo, Imas e SUS .governamental, declarada de utili- zada com o nome Mão na Roda.dade pública municipal, estadual e Esse foi um ano realmente mar- De 1981 para cá, várias mudançasfederal, sem fins lucrativos, que luta cante na história da ADFEGO, aconteceram. A ADFEGO ganhoupelo pleno exercício da cidadania pois a Associação percebeu que a força, estrutura, conquistou o res-das pessoas com deficiência física. independência só seria alcançada peito e a confiança dos governantes por meio da inserção de seus as- e da sociedade e, atualmente, conta Sua história começou quando sociados no mercado de trabalho. com mais de 7 mil associados só naum pequeno grupo de pessoas com grande Goiânia. Durante todos es-deficiência física resolveu se reunir Assim, foram assinados com a ses anos, a Associação precisou su-em uma Associação. Foi assim que Brasil Telecom e a Dataprev con- perar uma série de obstáculos, masnasceu a ADFEGO, que, no início, tratos de prestação de serviço que também são muitas as conquistas afuncionava em uma pequena sala empregaram dezenas de pessoas serem comemoradas. Graças ao tra-no Estádio Olímpico, em Goiânia, com deficiência. Muitos tiveram a balho voluntário desenvolvido pelamas os recursos eram escassos. carteira assinada pela primeira vez Associação, a pessoa com deficiên- na vida. E assim, a Associação co- cia física é encarada hoje de uma O grupo percebeu que o incen- meçou a virada que possibilitou a forma diferente pela sociedadetivo à prática de esportes era uma concretização de antigos sonhos. goiana. Ainda existe o preconceito,maneira de atrair os jovens para Outros convênios foram firmados mas boa parte da população já per-a Associação. Foram formadas as com a Empresa Brasileira de Cor- cebeu a eficiência dessas pessoas.equipes de natação e basquete. Logo reios e Telégrafos, Caixa Econômicacomeçaram as apresentações em di- Federal, Saneago, VIVO e Detran. São 32 anos de luta, mas ainda éversos campeonatos e cada vez mais só o começo. A luta da ADFEGO nãopessoas conheciam a ADFEGO e o Com os recursos das taxas de vai acabar enquanto a pessoa comnúmero de associados aumentava. administração dos convênios, foi deficiência não for encarada como realizado o “sonho da casa pró- um cidadão comum, com deveres e Um ano depois da fundação, o pria”. Há algum tempo, foi im- direitos que devem ser respeitados.governo doou à Associação um ter- plantado na sede da Associaçãoreno na Chácara do Governador,onde foi construída a Casa do Pa-raplégico. A casa, inaugurada em1984, abrigava pessoas com defici-ência que não possuíam residên-cia fixa e moravam em hospitais. Enquanto isso, a sede da ADFE-GO foi transferida para o Centrode Apoio e passou a funcionarjunto a unidades de atendimen-to a pessoas com deficiência vi-10 REVISTA AGIR
“ O Serviço de Gestão Estratégica e Resumo Oftalmologia do Participativa no SUS CRER atende Teleconsulta A ouvidora do CRER, Ivana Lopes pacientes que Nunes dos Santos, participou, em Uma equipe de colaboradores do fevereiro, da II Mostra Nacional de CRER composta por arquiteta, apresentam baixa Experiências em Gestão Estratégica técnico em segurança do trabalho, e Participativa no SUS (EXPOGEP), setor de manutenção e assessores realizada em Brasília. da seção de compras, no dia 18 de A II EXPOGEP teve como propos- fevereiro, fez uma visita à sede da ta a produção de conhecimentos Central de Atendimento ao Cida- em Gestão Estratégica e Partici- dão – Teleconsulta do Instituto pativa no âmbito do SUS, além da de Desenvolvimento Tecnológico realização de oficinas e seminários e Humano (Idtech). Acompanha- entre Municípios, Estados, Gover- dos pelo assessor administrativo no Federal e parceiros nacionais e da Central, Henrique Torres, os internacionais. Um dos objetivos colaboradores avaliaram equi- do evento foi dar visibilidade e re- pamentos ergonômicos e baias conhecimento às experiências em de atendimento dos agentes. gestão estratégica e participativa visão ou cegueira implementadas no âmbito do Siste- ma Único de Saúde (SUS), ao longo binocular, deficiência dos seus 25 anos. visual em ambos os olhos, mesmo após instituídos os tratamentos e correções possíveis. O atendimento éParágrafo Único direcionado aos pacientes com deficiência visual Segurança do Trabalho vindo da Oftalmologia da Rede O Serviço Especializado em Enge- nharia de Segurança e Medicina SUS e aos do Trabalho (SESMT) do CRER em parceria com a Comissão Interna pacientes com de Prevenção de Acidentes (CIPA) promoveu no dia 28 de fevereiro, deficiências no auditório Valéria Perillo, uma Karyne Cristine da Fonseca (3ª à esq.), enfermeira do palestra sobre LER/DORT (Lesões trabalho do CRER, com a equipe do CEREST múltiplas vindos de “ por Esforços Repetitivos e Doen- ças Osteoarticulares Relacionadas Saúde do Trabalhador de Goiânia outros departamentos ao Trabalho). Os colaboradores do (CEREST) Mariene Bittencourt. hospital foram alertados quanto LER/DORT geralmente são causa- do CRER. aos cuidados que devem ter du- das por movimentos reincidentes rante a jornada de trabalho. A pa- e contínuos com consequente so- Renata Karina Braga da Cruz lestra foi ministrada pela fisiotera- brecarga dos nervos, músculos e Nogueira Santos, médica peuta do Centro de Referência em tendões. O esforço excessivo, má postura, stress, condições desfavo- responsável pelo Serviço de ráveis de trabalho também contri- buem para o aparecimento da LER. Oftalmologia e Habilitação REVISTA AGIR 11 /Reabilitação visual no CRER.
ResumoCARNAVAL DO HDSVoluntários e colaboradores participaramna tarde de 27 de fevereiro do “Grito deCarnaval” do Hospital de Dermatologia Sa-nitária e Reabilitação Santa Marta (HDS).O evento foi dedicado aos pacientes, inter-nos e externos, da Unidade. Quem animoua tarde foi o Grupo de Choro. O HDS é ad-ministrado, desde dezembro, pela AGIR. Folia no CRER Pacientes internados no CRER para a reabilita- ção participaram de uma tarde de folia, no dia 28 fevereiro. Ao som de marchinhas de carna- val, os foliões desfilaram animados pelos cor- redores da internação. No comando do “bloco da reabilitação”: Lorena e Priscilla (fonoaudi- ólogas), Natália (psicóloga), Renan (fisiotera- peuta) e Lucimeire (terapeuta ocupacional).Tratamento de feridas Enfermeiros do CRER e do HDS participaram no dia 13 de março do I Curso de Atualização em Tratamento de Feridas, no HDS. A diretora técnica do HDS, Mônica Ribeiro Costa (foto), abriu o curso destacando o com- promisso da AGIR, organização social que administra o CRER e o HDS, com o ensino e pesquisa. A supervisora de Enfermagem, Vi- viane Queiroz, ressaltou a importância da tro- ca de experiências entre os participantes. A realização do curso foi uma parceria entre a AGIR e a empresa BMD/ConvaTec.12 REVISTA AGIR
CERTIFICAÇÃO Independência Funcional (MIF), com A Medida de Independência Funcio- a instrutora Mestre em Tecnologia nal (MIF) é um instrumento de ava-Profissionais do CRER e HDS das áre- Assistiva/ SUNY, Maria Aparecida liação funcional desenvolvido paraas de Enfermagem, Terapia Ocupa- Ferreira de Mello. O curso oferecido avaliar a necessidade de ajuda doscional e Fisioterapia participam nos pela PUC-Goiás foi uma parceria com pacientes na execução das atividadesdias 19 e 20 de março de uma Certifi- o CRER, e teve o apoio financeiro da de vida diária e autocuidado, ou seja,cação para a Utilização da Medida de Fundação de Amparo à Pesquisa do analisar dependência ou indepen- Estado de Goiás - FAPEG. dência funcional de cada paciente.AutismoA equipe do CRER de Reabilitação Milena Borges, fisioterapeuta, Rejane Oliveira,terapeuta ocupacional, Elaine Teixeira, psicóloga, e Rawennada Pessoa com Deficiência Intelectual Domingues, fonoaudióloga.vestiu-se de azul no Dia Mundial daConscientização do Autismo. REVISTA AGIR 13No mesmo dia, 2 de abril, o fisiotera-peuta Pedro Flávio Ferreira falou ao“Bom Dia Goiás” sobre os benefíciosda equoterapia, bem como de todoo tratamento multiprofissional, e asmelhoras adquiridas pelos autistas.
Resumo O Poder Público e suas parceriasProfissionais da AGIR – Associação reza convenial e remuneração dos Cordeiro, Jorge Nunes, DarlanGoiana de Integralização e Reabili- membros da diretoria de organiza- Dias, Luiz Carlos Sampaio, Vivianetação, gestora do CRER e HDS, par- ções sociais. O Seminário foi reali- Tavares, Juceli Fernandes, Harol-ticiparam do III Seminário “O Po- zado no auditório da Secretaria de do Pereira, Claudia Arantes (foto).der Público e as suas parcerias”, no Controle Externo do TCU – GO. Também participaram David Aqui-dia 3 de abril. O foco do evento foi Representando a AGIR, Vanessa no, Fabiano Dias,Wagner de Oli-as “Organizações Sociais e contra- Queiroz, Karla Jackeline, Eliezer veira e Braulio Alves.tos de gestão: rodadas de debatesem torno do novo marco normati-vo do Estado de Goiás”. Dentre osdebatedores, participou o assessorjurídico,nEliezer Rangel Cordeiro,que discutiu em torno do contratode gestão. Na pauta, a elaboraçãodo programa de trabalho e as suasatividades; a celebração direta decontratos de gestão com OSs; pra-zo máximo para ajustes de natu-Aprendendo com Doenças NeuromuscularesO CRER, com o apoio da empresa co Acary Souza Bulle, professor de contato com terapeutas da equi-Genzyme do Brasil, promoveu no Neurologia na Universidade Fede- pe da Clínica de Doenças Neuro-dia 05 de abril o curso “Aprenden- ral de São Paulo (Escola Paulista musculares do CRER, em junho dedo com Doenças Neuromuscula- de Medicina) e membro titular da 2013, durante simpósio da Associa-res”, direcionado aos colaborado- Academia Brasileira de Neurolo- ção Brasileira de Esclerose Lateralres, pacientes e acompanhantes. gia (ABN). Acary aceitou o convite Amiotrófica (ABRELA), na cidadeO curso foi ministrado pelo médi- para ministrar o curso depois de de São Paulo.14 REVISTA AGIR
CRER NA PAUTAO CRER recebeu no dia 7 de abril pia. Os colaboradores e pacientesequipe de reportagem do Jor- mostraram empenho e colabora-nal do Campo – TV Anhanguera. ção durante a mobilização para aNa pauta, o serviço de Equotera- gravação!VisitaO CRER recebeu, no dia 10 Divaina Batista (à dir.) com a equipe de Anápolisde abril, um grupo de esta-giários da diretoria de obrasda Secretária Municipal deSaúde da cidade de Anápolis.Os visitantes foram acompa-nhados pela SuperintendenteMultiprofissional de Reabili-tação, Divaina Alves Batista,durante visita técnica pelohospital e conheceram o fluxode um Centro Especializadoem Reabilitação (CER IV).O CRER é o único hospital daregião Centro-Oeste habilita-do pelo Ministério da Saúdea atender pessoas com defici-ência física, auditiva, visual eintelectual. REVISTA AGIR 15
ResumoAção de Páscoano CRER Durante o período de 10 a 16 de abril, a equipe de odontologia do CRER promoveu atividades liga- das à Páscoa. Com o tema: “Cho- colate pode! Mas não pode deixar de escovar os dentes”, os pacientes agendados receberam escovas de dente com o incentivo de não se esquecerem de fazer a higienização bucal após as refeições, principal- mente depois dos ovos de Páscoa. Com fantasias de coelhinhos da Páscoa, os odontólogos distribuí- ram 320 kits, com escovas de den- te, creme e fio dental. A ação foi em parceria com a empresa Festoon Kids, responsável pela doação da fantasia. O Grupo de Vivências Psicomoto- ras aproveitou o clima de Páscoa para estimular os pacientes com atividades temáticas. Ao brincar de pintar o ovo de Páscoa, as crianças são estimuladas no aspecto motor, comunicação, linguagem e cogniti- vo. Participam deste grupo crianças de 3 a 8 anos com patologias com importante comprometimento mo- tor e mobilidade reduzida. Quem comanda o grupinho é a equipe multidisciplinar formada por fisio- terapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga e psicóloga. No dia 16 de abril, funcionários da empresa DCCO - Distribuidora Cummins do Centro-Oeste visita- ram o CRER e distribuíram ovos de páscoa para crianças da institui- ção. “Participar dessas ações sociais promovidas pela DCCO nos fazem pessoas melhores e nos mostra como pequenos atos podem mudar a vida de quem recebe e de quem doa”, afirma Jardel Carvalho, técni- co de segurança da DCCO. No dia 22 de abril, a Missa de Pás- coa do CRER foi celebrada pelo Pa- dre Gregório, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. Participaram co- laboradores, voluntários, pacientes e seus familiares.16 REVISTA AGIR
Acreditação de Souza Júnior, sócios do laborató- liação externa para verificar o cum- rio Padrão, no dia 14 de abril. Eles primento de padrões estabelecidosSuperintendentes e gestores do compartilharam a experiência no por organizações de gestão da qua-CRER (foto) participaram de pa- processo de acreditação do laborató- lidade, elaborados por especialis-lestra com os médicos Luiz Murilo rio e também a trajetória da empresa tas, publicados e atualizados pe-Martins de Araújo e Ary Henrique no sentido de priorizar a qualidade. riodicamente, conforme os avanços A acreditação é um sistema de ava- tecnológicos.Doação que inclui escovas de dente, cre- A responsável do Voluntariado do me e fio dental, arrecadados em CRER, Márcia Nunes (foto), rece-O CRER recebeu, no mês de uma campanha da Escola Inter- beu a doação que será destinadaabril, 250 kits de higiene bucal, nacional de Goiânia, realizada aos pacientes em tratamento no no mês de março. serviço de Odontologia do CRER. REVISTA AGIR 17
ResumoVacinaçãoOs colaboradores do CRER, nosdias 29 e 30 de abril, receberam adose da vacina que protege con-tra os três subtipos do vírus dagripe recomendados pela Orga-nização Mundial da Saúde (OMS)para este ano A/H1N1; A/H3N2 einfluenza B.A imunização do profissional dasaúde traz maior segurança tantopara o colaborador como para ospacientes atendidos por ele.Medida certa o projeto, que em abril encerrou A perda de peso gera diminuição sua primeira edição, tem como dos níveis de triglicerídeos, melho-O setor de nutrição criou o pro- proposta a perda de peso e medi- ra o controle glicêmico e a pressãojeto CRER na Medida Certa, com das a partir da mudança de hábi- arterial. Com a diminuição do pesoo objetivo de conscientizar os tos alimentares. Os participantes corporal, os níveis de insulina tam-colaboradores do hospital sobre foram divididos em três grupos. bém diminuem. O projeto tambémuma alimentação mais saudá- Para encerrar o “CRER na Medi- destaca que além de uma alimen-vel. Com duração de três meses, da Certa” foi servido um lanche tação saudável é importante a com cardápio saudável (foto). prática de exercícios físicos.18 REVISTA AGIR
EMPRESAS MANTENEDORASCOMPROMISSO COM A RESPONSABILIDADE SOCIALPor: Astero Motta INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS: lombino, Associação de Combate ao Câncer em Goiás – ACCG, Fun-A Refrescos Bandeiran- u Solar Colombino dação Cristã Angélica – Hospital do Câncer de Rio Verde, Creche Espí-tes Coca-Cola, representante e fabri- u ACCG - Associação de Combate rita Pré-Escolar Maria Madalena decante dos produtos da Coca-Cola ao Câncer em Goiás Gurupi, Sociedade Para o Progres-em Goiás e Tocantins, atua no mer- so da Infância Através do Rodeio,cado de bebidas há mais de 25 anos. u Fundação Cristã Angélica Agroindústria (Sinprão) em Bonfi-Fundada em 1986, a companhia teve Hospital do Câncer de Rio Verde nópolis, Lar Vicentino de Itumbia-o seu nome dado em homenagem ra, Hospital do Câncer de Palmasaos Bandeirantes, conhecido como u Creche Espírita Pré-Escolar Padre Luso - Instituto do Câncer edesbravadores do Brasil. Maria Madalena Congregação do Santíssimo Reden- tor de Goiás – CESP Trindade. A empresa possui seu centro u Sociedade Para o Progresso da Infânciaprodutor localizado no município Através do Rodeio, Agroindústria - Sinprão Desde 2008, a Refrescos Bandei-de Trindade, em Goiás, com dez rantes apoia Cooperativas e Em-centros de distribuição em cidades u Lar Vicentino de Itumbiara presas de Reciclagem de Goiás e dopolos em Goiás e Tocantins. Atende Tocantins, com as doações de uni-diretamente 253 cidades e mais de u Hospital do Câncer de Palmas formes e Equipamentos de Proteção30.000 pontos de vendas. Hospital Padre Luso Instituto do Câncer Individual – EPIs (Luvas, aventais, botinas de segurança, camisetas e Produz, distribui e vende de u Congregação do Santíssimo Redentor calças). Atualmente a companhiaforma exclusiva os refrigerantes da de Goiás – CESP apoia 25 cooperativas e nove em-Coca-Cola Brasil em sua área de presas de reciclagem, com o objetivoatendimento, e ainda faz a distri- u AGIR - Associação Goiana de estabelecer a inclusão social dosbuição e venda exclusiva das mar- wde Integralização e Reabilitação cooperados e contribuir para o Pro-cas da Heineken, sucos, chás, ener- grama da Coleta Seletiva.géticos, achocolatados, isotônicos e PROJETOS SOCIOAMBIENTAIShidrotônicos da Companhia Leão Na área social, a companhia Os EPIs (Equipamento de Prote-de bebidas, além da linha de águas ção Individual) garantem maior se-minerais Cristal Lia. É líder de mer- apoia desde 2006 várias instituições gurança, conforto e agilidade paracado nos segmentos de refrigeran- filantrópicas, com doações através os cooperados para a realização dates, água mineral, chás e sucos e das vendas de sucatas e materiais triagem do resíduo, com o objetivoforte competidor nos segmentos de recicláveis da companhia. O valor de minimizar a exposição a riscoscervejas e isotônicos. arrecadado é dividido para oito de acidentes. instituições filantrópicas que apoia, A empresa tem compromisso no Estado de Goiás e Tocantins. Em A Coca-Cola Refrescos Bandei-com a sustentabilidade, para isso 2013, foram doados o valor de R$ rantes firmou em março de 2014 uminveste fortemente em projetos so- 174.661,00. termo de parceria com a AGIR, or-cioambientais, como o Projeto Co- ganização social gestora do CRER eletivo, capacitação de jovens das As instituições são: Solar Co- HDS, efetuando um repasse mensalclasses C, D e E para o mercado de que contribui para que a Associa-trabalho, Projeto Logística Reversa ção, através das unidades hospita-no apoio às Cooperativas e Empre- lares administradas por ela, prestesas de Reciclagem, com o incentivo serviços cada vez mais especializa-à reciclagem de embalagens PET, dos à sociedade.além do Projeto Mais água Maisvida, que tem o objetivo em reduziro consumo de água. REVISTA AGIR 19
ESPAÇO DO PACIENTEUdemdoséçcuuraloÉnuma tarde de inverno, Marta”, conta uma moradora, inter- comunidade, como casamento, ani- rompendo o silêncio ensurdecedor versário e outros.sob um sol tímido, que o Seu Osó- após a declaração do Seu Osório.rio nos recebe. O sorriso e a sim- Segundo depoimentos de outrospatia dele já são costumeiros de Naquela época, década de 70, a moradores, Seu Osório, que hoje équem o conhece. “Boa tarde, cê tá Colônia Santa Marta era uma comu- o paciente com mais idade do HDS,boa (sic)?”, pergunta o amável se- nidade isolada, mas independente. sempre foi muito participativo. En-nhor de 98 anos que vive no HDS Ao todo, eram mais de 6 mil pes- quanto conseguia caminhar sozi-- Hospital de Dermatologia Sanitá- soas que viviam ou frequentavam. nho, frequentava religiosamente àsria e Reabilitação Santa Marta, em Funcionava como uma pequena missas todos os domingos, na Cape-Goiânia. cidade: tinha escola, igreja, comér- la da Colônia. Também, em outros cios, delegacia e até clubes, onde tempos, era presença confirmada Fui recepcionada, como sempre, eram realizados bailes e festas da nas festas que aconteciam ali.com alegria e doçura. Seu Osóriofestejava o fato de ter recebido umavisita. Até que, ao explicar que gos-taria de saber – para contar – maissobre a vida dele, hesitou e, comose uma nuvem cobrisse o sol queo iluminava, retrucou: “não tenhohistória”, disse emocionado, com osemblante entristecido. Osório Gonçalves Vieira, natu-ral de João Pinheiro (MG), chegouao HDS no dia 31 de dezembro de1976. Pelo pouco que se sabe, foiinternado compulsoriamente pelafamília, que nunca mais o visitoudesde então. A antiga Colônia SantaMarta passaria a ser o seu novo lar. “Trouxeram ele e o deixaramaqui. Nunca mais ninguém o pro-curou. Os laços afetivos que ele temforam feitos na Colônia. A históriadele foi construída aqui na Santa20 REVISTA AGIR
Após conversarmos novamente preto combinando faz a harmoniza- Tadeu Oliveiracom ele e dizer o quanto é querido ção do look. “Ele não participa dase especial, conseguimos recuperar atividades externas se não tiver bem Ao concluir sua tarefa de colocaro sorriso amável do Seu Osório. Os arrumado”, diz Cledma Ludovico, água na alface, Seu Osório descan-olhos, que variam do verde ao azul Supervisora de Reabilitação Psicos- sou um pouco à sombra de umaestonteante, voltaram a brilhar. A social do HDS. árvore, enquanto olhou com diver-primeira gargalhada foi quando se são suas fotos no tablet. De repente,viu na tela do tablet. Claro, o mo- Assim que deixamos o pavilhão, chamou: “Vamos voltar, já é quasemento foi registrado num selfie, do Seu Osório, cauteloso, nos alerta: hora da janta”. Aproveitei para mequal o autoartista parece ter achado “Não podemos demorar, porque a despedir dele e agradecer a aten-graça. “Sou eu no retrato”, disse, noite vai cair logo”. Concordamos ção. “Tchau, até amanhã. Vai comao cair na risada. Em seguida, uma com ele e apressamos o passo, sob Deus, fia!”.observação em tom de novidade: o sol das 15 horas. Ao chegarmos na“mas a minha cabeça tá muito bran- plantação de cebolas, ervas para chá REVISTA AGIR 21ca!”, comentou, com outra sonora e belas folhas de alface, ele pede ogargalhada. regador com água e vai cuidar cari- nhosamente das plantinhas. Rigoroso com horários, Seu Osó-rio interrompeu a prosa quando o Seu Osório é a personificaçãoveículo que transporta o lanche es- plena da simpatia, simplicidade etacionou em frente à varanda. “Oh, doçura aos quase 100 anos. Carregachegou a merenda!”. Após a pausa nos ombros o peso de uma vida que,de 30 minutos, retomamos o bate- pelo que parece, o sacrificou muito.papo. Dentre as poucas recordações E, ainda assim, com todo o peso dasde Seu Osório, ele nos contou sobre dificuldades impostas, consegueseu pai, que, segundo ele, sofrera ser de uma leveza que impressionaum acidente ao cair de um cavalo. e emociona. Com quase um século“Ele bateu na pedra e machucou a de vida, é de uma vitalidade incrí-‘cara e a cacunda’ (sic)”. vel, com uma energia que contagia quem se aproxima. Além desses registros, Seu Osó-rio lembra também que antes de irpara o HDS trabalhava em Campi-norte, município do norte goiano.“Eu capinava a rua”, diz. Quandoquestionado sobre o que gosta defazer, ele logo conta: “Gosto de cui-dar da horta. Na segunda-feira te-nho que ir aguar a cebola. Tambémgosto de ir pra lá trabalhar com ascontas”, aponta, referindo-se à CasaViva. Trata-se de um espaço deconvivência e terapia ocupacional,onde Seu Osório e outros internose pacientes passam o tempo comatividades artesanais, como a con-fecção de peças com miçangas, asquais ele chama de “contas”. Ao falar da horta que cultiva,pedi que ele me mostrasse. Vaido-so, Seu Osório não gosta de sair do“pavilhão” (como chamam o espaçodos quartos) sem estar devidamentetrajado: O pijama dá lugar ao pale-tó. Na saída, logo deu o grito: “Cadêo meu chapéu?”. Pronto. O adereço
ARTIGO CRER: unidade de inclusão socialPor: Halim Antônio Girade deficiências física, auditiva, visu- Halim Antônio Girade, al e intelectual. Conta com 1.315 secretário de EstadoO CRER nasceu da sen- colaboradores - entre médicos, en- da Saúde de Goiás fermeiros, fisioterapeutas, fisiatras,sibilidade do governador Marconi nutricionistas, psicólogos, fonoau- País e servirá de modelo para umaPerillo, então cumprindo seu primei- diólogos, entre outros - além de 70 unidade de reabilitação que seráro mandato, tendo como referência voluntários. Atende duas mil pes- construída no Estado do Tocantins,o atendimento de alta qualidade ofe- soas por dia, provenientes dos 246 com financiamento do Ministério darecido pelo Instituto de Reabilitação municípios goianos e de outros 17 Saúde (MS). Os estudos já começa-de Montreal, no Canadá. Estados brasileiros. ram e a parceria entre a Secretaria de Saúde do Tocantins e a Agir está A inclusão social ainda não Para ser paciente do Crer não formalizada desde dezembro doera algo tão conceituado ou deseja- é necessário ter dinheiro ou plano de ano passado. A organização socialdo e o Crer já nasceu com o objetivo Saúde, uma vez que todos os atendi- de Saúde que administra o Crer comde inserir ou reinserir pessoas com mentos são 100% SUS. Isso lhe per- tanta competência está participan-deficiências e necessidades espe- mite apresentar números expressi- do ativamente dos estudos diversosciais e, com isso, ser mais que uma vos, consolidados ao longo de mais para a concretização da unidade,unidade de Saúde. O Crer surgiu de uma década de história: 278 mil que deve ser construída em Aragua-com a missão de resgatar a fé do ci- pessoas atendidas, entre homens, ína e é aguardada com ansiedadedadão na Saúde pública, na gestão mulheres e crianças, de todas as ida- pela população.correta e eficiente de recursos e no des; mais de 9 milhões de procedi-atendimento humanizado e multi- mentos e 28 mil cirurgias. Enquanto isso, o Crer seguedisciplinar. Nasceu da sensibilidade como referência nacional, validadae se consolidou com credibilidade, O Crer nasceu sob a adminis- e referenciada pelo MS. Enumerarprovando que é possível concreti- tração da Associação Goiana de In- todos os feitos da unidade nesseszar projetos, tirando-os do papel e tegralização e Reabilitação (Agir) e quase doze anos de existência é pra-do campo das ideias, fazendo com hoje conta com 136 leitos de interna- ticamente impossível. A principalque as pessoas, em suas particula- ção, 20 leitos de Unidade de Terapia importância desses números é nosridades e singularidades, não sejam Intensiva (UTI), oito salas cirúrgicas, lembrar que já fizemos muito e, comdiscriminadas, mas sim, cuidadas, ginásios de terapias, centro de diag- compromisso e responsabilidade,amparadas e dotadas de instrumen- nóstico e oficina ortopédica, dentre faremos muito mais.tos que lhes permitam ser donas da outros espaços. Em 30 mil metrosprópria vida, do próprio destino. quadrados de área construída, sãoEm outras palavras, o Crer surgiu atendidos pacientes amputados,com o propósito de possibilitar que com deficiências neuromusculares,nossos cidadãos mais especiais te- hanseníase, lesões medulares e ence-nham o direito de sonhar e realizar fálicas adquiridas, mielomeningoce-uma vida em sociedade. le, paralisia cerebral, traumatologia e ortopedia, só para citar alguns. Com 11 anos de existência,o Crer conquistou respeito e ga- O Crer é conhecido em todo onhou fama, tornando-se referênciaem reabilitação e readaptação em22 REVISTA AGIR
ARTIGO A IMPORTÂNCIA DA GENÉTICA CLÍNICAPARA OS PACIENTES EM REABILITAÇÃO NO CRERPor: Fabíola VicenteA Genética Clínica é “Desde Junho de 2011 iniciou-se no CRERuma especialidade médica recente, o Serviço de Genética Clínica com a realizaçãocom pouco mais de 60 anos, que ga- de consultas médicasnhou importância e relevância com ambulatoriais e de examesa descoberta da molécula de DNA genéticos laboratoriais, realizados empor Watson e Crick nos idos anos laboratório parceiro,50 e também com a descoberta da sendo um marco para os pacientes assistidoscausa citogenética, através do exa- já que ampliou ame de cariótipo, da Síndrome de investigaçãoDown que já havia sido caracteri- etiológica desteszada clinicamente. Porém, apenas se no CRER o Serviço de Genética Clínica com a realização de consul-nas décadas de 30 e 40 é que foi ci- tas médicas ambulatoriais, sendo um marco para os pacientes assis-togeneticamente elucidada. tidos já que ampliou a investigação A partir de então, assistimos etiológica destes. Além do mais, para os casos em que a etiologiaa uma evolução em progressão ge- genética é confirmada ou aventa-ométrica das tecnologias e exames da, é realizado o Aconselhamentoem biologia molecular, citogenética Genético por profissional médicoe citogenética molecular que permi- especializado o que traz benefícios imensuráveis para a família do pa-tiu o mapeamento do genoma hu- ciente assistido.mano bem como a descoberta dasbases genéticas de síndromes clíni- “ Fabíola Vicentecas, patologias hereditárias e ano- Médica Geneticista especialistamalias congênitas. Apesar dos avan- pela Universidade Estadual deços tecnológicos ainda há muito a seestudar e esclarecer em relação à in- Campinas - UNICAMP - SP;terpretação destes resultados. membro da Sociedade Brasileira de Genética Médica; responsável Neste cenário, o médico ge- pelo Ambulatório de Genéticaneticista atua na avaliação clíni- Médica do CRER; médica Gene- ticista do Centro de Diagnósticosca dos pacientes que apresentam da APAE-SP.suspeita de quadro sindrômico,anomalias congênitas múltiplas, REVISTA AGIR 23doença hereditária com recorrênciafamiliar e consequentemente destaavaliação é realizado o aconselha-mento genético para que a famíliado paciente e este possa planejar-seadequadamente e fazer suas esco-lhas de forma orientada.Desde Junho de 2011 iniciou-
É BOM SABER CRER É REFERÊNCIANO TRATAMENTO DE AUTISMOPor: Goiás Agora Pacientes do CRER durante atendimento semanal Fotos: Ângela ScalonC funcionamento social, a capacidade mais comuns, embora cada pacien- riada em novembro de de comunicação e implica em um te seja único e não exista um caso de2013, a Clínica de Reabilitação In- padrão restrito de comportamento. autismo igual a outro.telectual do CRER é composta por Geralmente vem acompanhado de IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTOuma equipe multidisciplinar inte- deficiência intelectual.grada por terapeutas ocupacionais, Algumas estatísticas atribuemfonoaudiólogos, psicólogos e fisio- A fisioterapeuta Milena Borges o aparecimento dessa síndrome aterapeutas, cuja finalidade maior é de Sousa e Almeida também é in- causas de origem genética. Embo-prestar atendimento personalizado tegrante da equipe do CRER e ex- ra ainda não seja possível falar eme gratuito a pacientes com varia- plica que os sintomas começam a cura, é possível se falar em melho-dos comprometimentos na área ser percebidos, na maioria dos ca- ria na qualidade de vida desses pa-intelectual. Um dos destaques da sos, a partir dos dois ou três anos cientes e de suas famílias, por meioclínica é o atendimento dispensado de idade, às vezes até antes disso, do tratamento adequado. “Melhoraaos pacientes com diagnóstico de por profissionais como neuropedia- dos sintomas, readaptação social eautismo. Na clínica o tratamento é tras e até mesmo pedagogos. “São conquista de independência dessesfeito de acordo com o perfil de cada crianças que apresentam diversas pacientes estão entre os benefíciospaciente. Lá existe um programa alterações comportamentais: geral- oferecidos pelo tratamento”, escla-específico que é montado para cada mente elas se isolam, não têm um rece Milena. Para ela, essa evoluçãocriança, atendendo as necessidades bom contato visual, podem apre- está vinculada diretamente ao com-de cada uma delas. sentar aversão ao toque, ao banho, prometimento da família com o tra- à água e a alguns alimentos e tex- tamento e ao grau de comprometi- “Aqui nós ‘amarramos’ as infor- turas, além de aversão a barulhos mento de cada paciente.mações de cada área e prestamos um e à aglomeração de pessoas”. Essasatendimento único, a partir de uma são, segundo ela, as características De acordo com Milena, o diag-abordagem única. Temos o apoiodessas quatro áreas profissionaispara promover o desenvolvimentoda criança de um modo geral, o de-senvolvimento social, comunicaçãoe interação social, e adequação decomportamento, para que a criançae a família tenham uma qualidadede vida melhor e para que a crian-ça se torne mais independente”,explica a fonoaudióloga RawennaDomingues Fernandes, uma das in-tegrantes da equipe. O vocábulo autismo é um ter-mo geral usado para descrever umgrupo de transtornos de desen-volvimento do cérebro, conhecidocomo Transtornos do Espectro Au-tista (TEA). O TEA é um conjun-to de manifestações que afetam o24 REVISTA AGIR
nóstico e a intervenção precoces no Paciente sendo atendida pela fisioterapeuta Rawenna Dominguestratamento do autismo ainda cons-tituem o grande desafio para quem Alexandre Begotto e seu filho sendo atendidos pela fisioterapeuta Milena Borges Almeidalida diariamente com o transtorno.“É importante tratar precocemen- não apresenta nenhuma deficiên- pai de uma criança de cinco anoste a criança porque o futuro desse cia, uma crise que se manifestava que também faz tratamento nopaciente e até onde ele vai chegar nesses lugares era julgada apenas CRER. Segundo ele, hoje o garotona vida, sua evolução de um modo como um mau comportamento, apresenta grande desenvolvimen-geral, dependem desse diagnós- uma birra, pelas pessoas que a pre- to na fala, e também na identifica-tico precoce e do tratamento que senciavam. “As pessoas ainda não ção e no reconhecimento de cores,deve começar o mais cedo possível, estão preparadas para lidar com formas e números, além do fato dequando o cérebro ainda está em for- problemas intelectuais e mentais, estar bem menos agitado que an-mação, preferencialmente antes dos pensam que apenas problemas mo- tes. “O tratamento oferecido aquisete anos de idade” afirma Milena. tores são deficiência e acabam acu- não é encontrado com facilidade sando a mãe de não saber educar a nem mesmo na rede particular de A fonoaudióloga Rawenna Fer- criança”, desabafa Adriana. Hoje, atendimento” afirma ele, referindo-nandes complementa a fala de sua segundo a mãe, as crises da meni- se ao fato do CRER reunir diversoscolega afirmando que o compro- na são menos frequentes e ela sabe tratamentos em um só, prestadosmetimento da família do paciente melhor como contornar a situação todos em um mesmo lugar, o queé fundamental, embora constitua quando elas ocorrem. facilita a vida do paciente e detambém um outro desafio.“O pa- quem cuida dele, além do fato deciente aprende uma coisa nova aqui DEDICAÇÃO E RECEPTIVIDADE ser inteiramente gratuito. “Aqui eledentro e tem que perpetuar isso lá O frentista Alexandre Begotto é é sempre bem recebido pelos pro-fora, e é aí que entra a importância fissionais em tudo o que faz”.da participação e o empenho da fa-mília, que deverá repetir em casa o REVISTA AGIR 25que se aprendeu aqui”, diz a fono-audióloga. Durante as sessões de atendi-mento, que acontecem de uma aduas vezes por semana, os pais dascrianças são sempre convidados aassistirem à terapia. O tratamen-to inclui a estimulação intelectuale motora dos pacientes, passandopela parte cognitiva de linguagem eaprendizagem, coordenação moto-ra, alfabetização e do trabalho paraa adequação de comportamentosrepetitivos e inadequados. O per-fil dos pacientes é constituído poruma maioria absoluta de criançasdiagnosticadas há pouco tempo, ede pessoas que não têm condiçõesde pagar um tratamento particular.PRECONCEITO A professora Adriana das Doresafirma que o tratamento de sua fi-lha de quatro anos garantiu a ela aliberdade de poder sair de casa coma criança. “Antes era impossível iraté um supermercado ou a umapanificadora, ou até mesmo tomarum ônibus com ela”, diz. Ela expli-ca que como fisicamente a criança
SUPERAÇÃO Jota EurípedesMÚSICA AUXILIA NO TRATAMENTOPacientes com patologias diversas são amparados no CRER,que dispõe de profissional para as sessões de música.Fonte: Jornal O Hoje / Lyniker Passos cais. No canto direito do ambiente, cognitiva, cantam, dançam e tocam um piano de cauda, no esquerdo, instrumentos. Uma profissional deN o meio do maior com- uma bateria, violão, pandeiro e te- jaleco amarelo comanda as sessões. clado. Às 16 horas de sexta-feira, jáplexo hospitalar de reabilitação de é possível escutar os sons que saem As quatro pacientes, ainda umGoiás, uma sala se difere de tantas do local. Quatro meninas, todas com pouco tímidas, participam de umaoutras que seguem o padrão para alguma deficiência, seja física ou sessão de musicoterapia. Sara Sam-tratamentos de saúde convencio- paio, 20 anos, há um bom tempo senais. No lugar de camas e remédios,estão apenas instrumentos musi-26 REVISTA AGIR
submete ao tratamento que, inclusi- nas duas. Mas elas não perdem a tos são para crianças, jovens e adul-ve, a influenciou em atividades em alegria de participar das sessões. tos.” Os grupos de adultos são for-casa e na sociedade. Ela conta que Tayanara demonstra claramente mados por até dez pessoas, já os deapós as sessões passou a compor como ficou mais desinibida para se crianças são de no máximo seis.músicas. “Gosto de cantar e ago- comunicar e fazer amizades. “Antesra consigo expressar melhor meus eu não conseguia falar com meni- A especialista explica que du-sentimentos”, disse. Sara teve para- nos e era muito tímida”, disse. rante as sessões são utilizadas téc-lisia cerebral e, por isso, tem os mo- nicas específicas da musicoterapia,vimentos dos membros superiores Agora, já em um nível avançado por exemplo, criação musical, au-e inferiores comprometidos. das sessões de musicoterapia, elas dição musical e composição musi- ensaiam passos de uma coreografia cal. “As técnicas são aplicadas de Assim como Sara, Quenia, que será apresentada durante um acordo com os objetivos traçados”,Nayara e Taynara também têm pro- evento no Centro de Reabilitação esclareceu.blemas de saúde e encontraram na e Readaptação Dr. Henrique San-musicoterapia uma alternativa para tillo (Crer), local onde o tratamento Além disso, o trabalho é feito deamenizar a dor física e emocional. é oferecido pelo Sistema Único de forma multidisciplinar, com acom-Quenia perdeu parte da coordena- Saúde (SUS). A composição da mú- panhamento de fisioterapeuta eção motora e agora fala com difi- sica Irmão de Fé foi feita por Sara e a psicólogo. Uma criança com difi-culdade, após sofrer um acidente harmonia por um musicoterapeuta. culdade de socialização ou de pro-automobilístico. “Esse tratamento nunciar palavras pode ter avançosme ajuda muito, além de tudo con- APOIO PARA CRIANÇAS significativos e, após atingir essesidero as meninas minhas amigas. JOVENS E ADULTOS objetivo, ser encaminhada para ou-Compartilho meus ganhos com tro tratamento, argumenta.elas”, afirmou. A musicoterapeuta Ivany Medei- ros, mestre em música e educação, A musicoterapeuta garante que Taynara é irmã gêmea de Nayara explica que os grupos de pacientes os benefícios são diversos. “Aqui,e, durante o nascimento, os médicos são formados considerando idade, como estamos em um centro de re-diagnosticaram ausência de oxigê- patologia e objetivos terapêuticos. abilitação, vamos trabalhar esse pa-nio no cérebro. Parte da coordena- “Os grupos são formados a partir ciente nos aspectos cognitivo, mo-ção motora e fala ficou prejudicada, desses critérios, mas os atendimen- tor, social e intelectual”, garantiu a especialista. REVISTA AGIR 27
AGIR EM FOCO CRER OFERECE TRATAMENTOODONTOLÓGICO PARA PACIENTES Pacientes em reabilitação e readaptação contam com serviço de Odontologia no CRER.Fonte: Site Goiás AgoraDesde setembro de materiais – o trabalho surgiu a par- to odontológico fora da instituição,2013, adultos e crianças em trata- tir de uma das diretrizes da organi- sobretudo para este público-alvo.mento no Centro de Reabilitação zação social AGIR, que administra o Para os pacientes em regime de in-e Readaptação Dr. Henrique San- CRER, de que a instituição tem que ternação nas enfermarias e na UTI,tillo – CRER recebem atendimento oferecer aos pacientes em tratamen- o tratamento odontológico é fun-odontológico especialmente volta- to o acesso a todas as especialidades damental”, explica Vilma. Essa ne-do aos pacientes da instituição. De médicas necessárias a seu processo cessidade gerou, inclusive, a apro-acordo com Vilma Inutuka – coor- de reabilitação e readaptação. vação em 2013 – na Câmara e nodenadora da equipe integrada por “A demanda do atendimento Senado – do Projeto de Lei 2776/08,dez cirurgiões-dentistas, quatro surgiu porque os pacientes reclama- que torna obrigatória a presençaauxiliares e uma higienizadora de vam muito, já que não há tratamen- de dentistas em todas as Unidades28 REVISTA AGIR
de Terapia Intensiva (UTIs), assim panhado a irmã. “O tratamento da por fonoaudiólogo, psicólogo,como em clínicas e hospitais públi- odontológico aqui é diferenciado. terapeuta ocupacional e fisiotera-cos e privados em que haja pacien- As profissionais não disponibilizam peuta, além do odontopediatra.tes internados. seu tempo só enquanto estão aqui, elas são extraordinárias. Eles ligam “Além da estimulação precoce, A equipe de Odontologia do aos finais de semana, deixam o tele- uma vez por mês nós realizamosCRER atende, diariamente, cerca de fone celular acessível independente uma palestra de cunho educativo30 pacientes, que são encaminhados de horário, perguntam como está e formativo para as crianças e, so-pelos médicos, fisioterapeutas e fo- o paciente… É um empenho e um bretudo, para os pais. Infelizmente,noaudiólogos do hospital. “Todo e atendimento que eu nunca vi em nós pegamos casos aqui de criançasqualquer caso de infecção bucal que outro lugar”, ressalta. muito debilitadas, porque os paisafete o quadro sistêmico do paciente – no geral – têm muito pouca infor-é tratado aqui, com foco na atenção A opinião de Neilamar comple- mação”, explica Letícia.básica. No entanto, fazemos outros menta a da irmã. “Sinto muita gra-tipos de intervenção também, como tidão por este hospital, por estes “Trabalhamos com as criançasplaca para bruxismo, entre outros. profissionais. Graças a eles eu estou desde cedo para que não cheguemTemos muitos casos de tratamento recuperando a minha vida”. aos 30 anos na condição que vemosde hiperplasia gengival, por conta muitos pacientes aqui. Alguns per-dos medicamentos anticonvulsio- ODONTOPEDIATRIA deram todos os dentes, a maiorianantes utilizados nos pacientes com nunca foi ao dentista. Normalmen-paralisia cerebral”, destaca a coor- Odontopediatra Letícia Cauhi e te, os primeiros atendimentos sãodenadora. técnica em Saúde Bucal Márcia Ro- voltados para orientação familiar e drigues utilizam equipamentos lú- higiene bucal das crianças. DepoisSUPERAÇÃO dicos com as crianças do CRER. nós passamos aos procedimentos mais complexos”, descreve a odon- Neilamar Santana Leite está em Dentro da Odontologia, uma topediatra.tratamento no Crer há dois anos especialidade merece destaque,e, na Odontologia, há três meses, sobretudo no CRER. Trata-se da No dia das palestras, são utiliza-quando Neilamar, de 34 anos, che- Odontopediatria. “A criança é fiel dos meios lúdicos como maquetes,gou ao Crer, em 2012, sua recupe- ao profissional na Odontopediatria, bonecos e brincadeiras, que tornamração de um traumatismo craniano onde se estabelece um forte vínculo o aprendizado também estimulan-era uma incógnita. Moradora de entre o paciente, os pais e o profis- te para os pacientes mirins. “Aqui,Bom Jesus, ela teve um acidente sional. No caso do CRER, em que cada dia é um dia de aprendizado.de moto, no qual fraturou o crânio. as crianças são portadoras de ne- Às vezes nos emocionamos, como“Passei pelos hospitais de Bom Jesus cessidades especiais, esse vínculo se no dia em que durante uma das pa-e de Itumbiara, depois pelo Hugo e, constrói de forma ainda mais pro- lestras mensais, eu tive que ensinaragora, pelo CRER”, diz. funda”, aponta Vilma. uma criança pequena, de mais ou menos uns dois anos, a escovar os Por conta do trauma, Neilamar A vida profissional da odontope- dentes com os pés, porque ela nãoainda não tem muita noção do tem- diatra Letícia de Paula Cauhi encon- tinha os dois bracinhos. E ela erapo que está no hospital. Enquanto trou um novo significado quando tão alegre! Neste dia, eu tive queela diz dois meses, sua irmã e acom- ela passou a incorporar a equipe do me segurar para não chorar”, desa-panhante, Leilamar, a corrige. “São CRER. “Esse trabalho aqui me com- bafa Letícia.dois anos”. Por conta da rotina de plementa não apenas como profis-fisioterapia, a paciente mora, atual- sional, mas como ser humano”, sa- “A gente espera que com este tra-mente, mais em Goiânia do que em lienta a cirurgiã-dentista, que cuida balho, daqui a 10 anos por exemplo,Bom Jesus. “Faço tratamento na sex- de bebês e crianças em tratamento estes pacientes não estejam como es-ta, no sábado e na segunda-feira”. no hospital. tes que nós temos tratado atualmen- te. Os pacientes que nós pegamos Há três meses, ela iniciou o tra- Uma vez por semana, as odon- hoje, se tivessem passado por umatamento odontológico no hospital. topediatras participam do trabalho odontologia preventiva no passado,Leilamar se empolga ao falar das multiprofissional de estimulação não demandariam tanto trabalhocirurgiãs-dentistas que têm acom- precoce, no qual as crianças rece- curativo”, pontua Vilma. bem tratamento com equipe forma- REVISTA AGIR 29
HDS EM PAUTA HDS tem estrutura reformadae ações de humanização são ampliadasD entre as várias ações de entradas e saídas distintas para lógicos, além da revisão e troca do os dois serviços. Além disso, o bloco telhado, parte elétrica, pintura e cli-implementadas pela AGIR desde teve todo o telhado substituído e no- matização do ambiente.que assumiu a gestão do Hospital vos banheiros foram construídos. Ode Dermatologia Sanitária e Rea- ambiente foi climatizado e recebeu Casa Viva (espaço para ativida-bilitação Santa Marta (HDS), em uma rede interna de dados e voz. des terapêuticas e vivência): toda adezembro de 2013, destacam-se os área foi reformada e recebeu novainvestimentos na melhoria da es- Refeitório: construção de ba- pintura, portas, telhado e revisãotrutura física do local, a fim de pro- nheiro/vestiário, revisão e substi- elétrica.mover o bem-estar dos pacientes tuição do telhado e bancadas de-que vivem ou frequentam o espaço. terioradas, instalação de pias para Ginásio de Fisioterapia: a refor-Confira o andamento das obras: higienização das mãos, substituição ma, em andamento, também prevê de revestimento de paredes e pintu- a adaptação dos espaços, como ba- Almoxarifado: a reforma, já con- ra geral do prédio. nheiros e rampas, e troca de telha-cluída, possibilitou abrigar o serviço do, pintura, e parte elétricade almoxarifado e farmácia, que, até Ambulatório: foi ampliada aentão, era instalado em um prédio quantidade de consultórios e ba- Agora, a AGIR prepara o projetoem condições estruturais precárias. nheiros adaptados. Também foram de construção da Residência Assis-O novo prédio possui salas e portas reformados os consultórios odonto- tencial, uma das estruturas que vai integrar o moderno Complexo Ge-30 REVISTA AGIR
rontológico, que vai abrigar outrasunidades, como o Hospital do Idosoe o Centro Dia.HUMANIZAÇÃO moradores e colaboradores de “co- pacientes também se reuniram e vi- mercialização” dos produtos. braram juntos na torcida pelo Brasil, A equipe técnica multiprofis- na Copa do Mundo.sional do HDS tem desenvolvido Ainda no mês de maio, os pa-ações contínuas de humanização cientes visitaram o Parque de Expo- Vale destacar que todas estas ati-dos pacientes. No início do ano, por sição de Goiânia – Pecuária. Foram vidades, inclusive as mudanças, sãoexemplo, foram feitas intervenções levados para conhecer os estandes e feitas em comum acordo com os pa-quanto a comportamentos de pa- almoçar com toda a equipe. cientes, com base no diálogo e den-cientes para mudanças de hábitos e tro dos mais absolutos preceitos dealterações de rotina nos pavilhões, Outro momento de festa foi a re- respeito e consideração, sob super-bem como mudança de móveis dos alização da Festa Junina, que contou visão de equipe técnica capacitada.quartos. com uma animada quadrilha. Os Mensalmente, são realizadasmissas que reúnem toda a comu-nidade. No carnaval, os pacientesfestejaram junto com os profissio-nais ao som de um grupo de samba.Outras datas como Dia da Mulher,Semana Santa e Dia das Mães tam-bém são celebradas. Em maio, teve início do projetoHorta Terapêutica, em que os pa-cientes cuidam da plantação à co-lheita. Como forma de escoar a pro-dução da horta com aproveitamentono contexto Institucional, foi criadaa moeda local, que dá o direito aos REVISTA AGIR 31
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PERFIL DO COLABORADORA “Para ser uma assistente social, é preciso gostar de ‘gente’, captar seus anseios e necessidades, buscar conhecimento e trabalhar”. frase acima é da e informativas, sobre normas e ro- viver com os pacientes e colabora-assistente social e colaboradora tinas, a serem seguidas, visando o dores é um aprendizado diário: “Odo CRER Marilza Emília Mesquita bom andamento do tratamento de CRER é uma escola de vida. Viven-Dias, que viu o CRER “nascer, cres- reabilitação”, explica Marilza. ciamos aqui, dificuldades de muitascer e se transformar na respeitada Informa ainda, que há uma pessoas e famílias, muito superio-Instituição que é hoje”. grande demanda de pacientes que res àquelas que às vezes achamosGraduada em Serviço Social pela procuram o Serviço Social para que temos. Trabalhando aqui, pas-Pontifícia Universidade Católica acesso a benefícios advindos de sei a dar valor em coisas simples dade Goiás (PUC), em 1.997, iniciou- políticas públicas voltadas para a vida: um sorriso, um abraço, umse na instituição e na profissão em pessoa com deficiência, tais como: bom dia”. A colaboradora também2002. Anteriormente, era funcioná- Passe livre, programas de trans- conta como foram as primeiras ex-ria de instituição bancária privada, porte (ambulâncias para pacientes periências na instituição:o que não a realizava, visto que não do interior / ônibus Acessível), Be- “Eu escutava a história dos pa-tinha nenhuma relação profissional nefício Assistencial (BPC/LOAS), cientes, e me emocionava, princi-com a sua graduação. aquisição de medicamentos, Previ- palmente com mães de crianças queParticipou do processo seletivo dência Social, e orientação para o nasceram com deficiência. Depoispara compor o primeiro quadro mercado de trabalho. do atendimento eu sempre chora-de colaboradores, antes mesmo do va”. Para superar, Marilza buscouCentro de Reabilitação e Readapta- HISTÓRIA DE VIDA apoio terapêutico para entenderção Dr. Henrique Santillo abrir as Marilza teve paralisia infantil aos como seria a melhor forma de lidarportas. quatro anos de idade, o que resultou com as situações relatadas, e orien-No exercício da sua profissão, em comprometimento dos mem- tar com segurança os pacientes, fa-buscou aperfeiçoar-se através dos bros do lado esquerdo do corpo. A miliares/ cuidadores.estudos, especializando-se em Saú- colaboradora fala que, por ser a sex-de Pública com Ênfase em Saúde da ta filha entre dez irmãos, não teve SERVIÇO SOCIAL NO CRERFamília e também em Auditoria do tempo de ser muito mimada pelos No inicio das atividades, o SetorServiço de Saúde. “Sinto-me reali- pais e familiares. Acredita que esse possuía duas profissionais. Atual-zada em trabalhar no CRER, contri- comportamento familiar a ajudou a mente possui 11 assistentes sociais,buindo juntamente com as demais encarar a deficiência, não permitin- quatro aperfeiçoandas, e quatro es-profissionais do setor, para a rea- do que a mesma se tornasse maior tagiárias.bilitação dos pacientes, perceben- do que realmente era. “é natural que As assistentes sociais atuamdo-os como sujeito de sua história, tenham ocorrido momentos de sofri- no Ambulatório, Internação, UTI,portador de direitos e deveres, in- mento, rebeldia, questionamento... e no Programa “CRER em Casa”, etervindo nas questões sociais den- muitas sessões de terapia (psicolo- Orientação Profissional. Participamtro dos princípios de humanização gia). Mesmo assim, nunca permiti de atendimentos individuais, e eme inclusão social”, diz a colaborado- que a deficiência fosse empecilho grupos, juntamente com Equipesra, que todos os dias levanta-se às para a minha realização pessoal e Multiprofissionais. Também, em5hs da manhã para começar o seu profissional, sempre estudei, traba- reuniões e palestras para grupos te-dia de trabalho. lhei, me casei e tenho um lindo casal rapêuticos, visando sempre a busca“Nós, assistentes sociais do de filhos: Gabriela de 16 e Estevão de melhorias na qualidade de vidaCRER, atuamos como facilitadoras de 13 anos. Sou católica praticante, e dos pacientes, a socialização de in-durante todo o processo de trata- juntamente com meu esposo e filhos formações que viabilizam a cons-mento, buscando a interação entre participamos da comunidade da Pa- cientização dos direitos sociais queos pacientes, a família, a comunida- róquia Nossa Senhora de Fátima, lo- são inerentes aos mesmos” diz.de e a equipe multiprofissional, de- calizada na Praça do Avião”. “Sou muito feliz com a minhasenvolvendo atividades educativas Para Marilza, trabalhar e con- profissão”, finaliza Marilza Emília. REVISTA AGIR 33
AGENDA ParceriasNovembro >>> Março a Maio de 2014XII Jornada Científica do CRERQualidade no cuidado e Segurança do paciente Amazônia Ice – Sorvetes e PicolésII Simpósio Internacional em Linguagem e AMP PropagandaMotricidade Baiano FolhagensData: 05 e 06 de novembro de 2014 Belcar VeículosLocal: CRER – Goiânia – GO Bioambiental Sistema de Saneamento LtdaInformações: www.crer.org.br BMD/ConvaTec CatralXXVI Congresso Brasileiro de Neurologia CEREST - Centro de Ref. em Saúde do TrabalhadorNovas Fronteiras em Neurologia CESAM – Centro Salesiano do MenorData: 09 a 12 de novembro de 2014 CevelLocal: Expo Unimed - Curitiba - PR Coca-Cola Refrescos BandeirantesInformações: www.neuro2014.com.br Crispim + Veiga Propaganda DCCO - Distribuidora Cummins do Centro-Oeste D-Prime Escola Internacional de Goiânia FAPEG - Fund. de Amparo à Pesq. do Estado de Goiás Festoon Kids Fraldas Kisses Genzyme do Brasil Goiás dá Sorte Grupo Cicopal Grupo de Choro Irmãos Soares Jaepel Papéis e Embalagens Ministério da Saúde Nectar Mix Ltda OVG – Organização das Voluntárias de Goiás Paz Universal Serviços Póstumos Piracanjuba PUC Goiás Quick Logística Ltda Quimilab Com. E Representações Ltda Secretaria Estadual de Saúde Secretaria Municipal de Saúde SET Produtora Sicmol Sintonia Filmes Sorvetes Creme e Mel SSA – São Salvador Alimentos Tatika Distribuidora de Produtos Hospitalares Ltda Tend Tudo TERMOPOT Unicom Shopping da Saúde Unimed Goiânia Zema Indústria Metalúrgica Zenatur Transportes de Cargas Ltda34 REVISTA AGIR
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