Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore Revista AGIR 27° Edição

Revista AGIR 27° Edição

Published by AGIR, 2017-05-08 16:22:18

Description: Revista AGIR 27° Edição

Keywords: CRER,AGIR,HDS,HUGOL

Search

Read the Text Version

RevistaPublicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e ReabilitaçãoOrganização Social Gestora do CRER, HDS e HUGOLANO 7 # 27 GOIÂNIA | JANEIRO - MARÇO 2017 www.agirgo.org.br REVISTA AGIR | 1 CRER Dom Antonio Ribeiro UTI´s do HUGOL de Oliveira Humanização na1º Centro de Reabilitação do Brasil, acreditado Vida de Caridade e fé assistência nível 3 pela ONA

Coloque aqui sua marca. Use o QRcode (62) 3995-5432 seja um agente do bem Unidades sob a gestão da AGIR:Doações : Banco Itaú (341) - Agência 4399 - Conta 31318-0

EDITORIAL \\\ Dom Antonio Ribeiro de Oliveira: Vida de Caridade e fé Essa edição traz aos nossos leitores uma singela e necessária homenagem a Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, Arcebispo Emérito de Goiânia, e Diretor-Presidente da AGIR, que faleceu aos noventa anos e nos deixa um legado sem medidas de generosidade, compromisso e dedicação ao próximo. Por Dom Antonio cultivamos uma imensa gratidão pelos serviços prestados aos nossos pacientes ao longo de quase 15 anos. Destacamos a entrevista com Rubens José Covello, médico, especialista em administração REVISTA AGIR | 3 de empresas e Diretor Executivo do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), instituição acreditadora credenciada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), órgão certificador que acompa- nhou o processo de acreditação do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER). Unidade há quase quinze anos administrada pela AGIR e que em curto espaço temporal se tornou o 1° Centro de Reabilitação do Brasil a conquistar a acreditação em excelência, nível 3 pela ONA. A entrevista aborda aspectos da acreditação hospitalar enquanto um movimento mundial voltado à qualidade da assistência, governança, e segurança do paciente. Para a conquista da acreditação com excelência, o CRER definiu priorizar, dentre as várias linhas de cuidado existentes na reabilitação das pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual e visual, a busca da excelência à pessoa com lesão medular, que representa 30% das internações para reabilitação no CRER. Nesse contexto, ofertamos a você leitor, o artigo: Lesão Medular: consequências e tratamentos, do médico fisiatra, Dr. Maurício Rassi Carneiro. Já o artigo Estimulação Visual, da oftalmologista Renata Karina Braga da Cruz, responsável pelo serviço de reabilitação Visual do CRER, aborda a importância da visão para o desenvolvi- mento do ser humano. O Hospital de Dermatologia Sanitária Santa Marta (HDS) revela a experiência pioneira com mulheres diagnosticadas com fibromialgia, doença crônica relacionada com questões emocio- nais que acomete cerca de 3% da população brasileira.em Na matéria: O insumo assistencial que vem do altruísmo falamos do importante trabalho realizado pela equipe técnica e multiprofissional do Banco de Sangue do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), das ações e campanhas já realizadas e dos resul- tados atingidos em menos de 24 meses de atividades. Convidamos você, caro leitor, a conferir os demais temas da nossa publicação, que trazem um pouco das ações desenvolvidas nas unidades hospitalares geridas pela AGIR, bem como pelas ações da própria Associação. Boa leitura! Sérgio Daher Superintendente Executivo da AGIR Editor-chefe

/// CANAL Revista AGIR é uma publicação da Associação Revista Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER, HDS e HUGOL. Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Organização Social Gestora do CRER, HDS e HUGOL EXPEDIENTE ANO 7 # 28 GOIÂNIA | JANEIRO - MARÇO 2017 www.agirgo.org.br Editor-chefe REVISTA AGIR | 1 Superintendência Executiva CRER Dom Antonio Ribeiro UTI´s do HUGOL Sérgio Daher 1º Centro de Reabilitação de Oliveira Humanização na Edição do brasil, acreditado Vida de Caridade e fé assistência Gerência Corporativa de Marketing nível 3 pela ONA Anna Luiza Rucas Esta sessão é dedicada a você, leitor! Comunicólogos CRER / HDS4 | REVISTA AGIR Envie seu comentário sobre a Revista AGIR, ou mesmo sugestões para próximas Marianne Carrijo edições, com nome completo, profissão e HUGOL cidade, para o e-mail: J. Antônio Cirino [email protected] Fotografia Receber o seu contato será uma alegria Eduardo Castro para a nossa equipe! Edson Freitas Para consultar edições Gustavo Viscal anteriores, acesse o site: Fotografia/CAPA www.agirgo.org.br Acervo PUC Goiás Contato Comercial Analistas de Negócios Cecília Martins Vinícius Basílio Gerência Corporativa Comercial Maria Graça Silva Analista de Sistemas Hugo Miranda Diagramação Gustavo Viscal Impressão Cirgráfica Tiragem 5500 exemplares Contatos 62 3995-5431 / 5432 [email protected] www.agirgo.org.br Endereço Av. Olinda c/ Av. PL3, Nº 960, Ed. Lozandes Corporate Design, 20º andar, Torre Business, Pq. Lozandes, CEP 74887-120

ÍNDICE \\\ EDUARDO CASTROPág. 6 a 9Dom Antonio Ribeiro de OliveiraVida de Caridade e fé./// AGINDO ACERVO REVISTA AGIR | 511 a 16A importância da Pág. 17Acreditação Hospitalar CRER - Paciente é surpreen-/// HUMANIZA dida com festa na UTI17 a 19Paciente é surpreendida com festa na UTI do EDSON FREITASCRERCRER oferece curso de qualificação para Pág. 35pessoas com deficiência HUGOL nas Escolas/// URGÊNCIAS21 a 25Intensiva e humanizada: Conheça a assistênciadas UTI's do HUGOLO insumo assistencial que vem do altruísmo/// REABILITAÇÃO27 a 31Esporte inclusivo: bocha dá lições de superaçãoMulheres de Fibra: HDS oferece grupo de apoioa pacientes com fibromialgia/// ARTIGO32 e 33Estimulação visual/// MOVIMENTO34 a 36HUGOL nas EscolasAula de hoje: prevenção de traumas

6 | REVISTA AGIR

SESCSAÃPOA \\\Dom Antonio Ribeiro de Oliveira REVISTA AGIR | 7 10/06/1926 - 28/02/2017 Acervo PUC Goiás \" ...me coloco a ser- viço, nas coisas que são de Deus. Não trago nada. Dou-me a mim mesmo a vós. A oferta é pobre, mas é generosa, pois é tudo que sou. \" Dom Antonio R. de Oliveira.Por Anna Luiza Rucas Já como Arcebispo Emérito de Goiânia, em uma de suas pregações, disse algumas pa- Faleceu aos noventa anos, o Arcebispo lavras que expressam muito de sua habitualEmérito de Goiânia, e Diretor-Presidente da grandeza e simplicidade:AGIR, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. Nes-sa edição fazemos uma homenagem a quem Acerca de sua experiência de Deus: \" Pre-tanto fez pelo próximo, em uma vida dedicada cisamos acreditar na providência. Deus é quea unir as pessoas e tornar vivo o seu lema sa- mantém, Deus é Pai. Deus não é juiz que tomacerdotal \"Ut unum soint\", três palavras latinas nota de nossos pecados para nos mandar paraque significam \"para que todos sejam um\". o inferno. Não consigo conviver com essa teologia do medo. Deus é misericordioso. Nos Dom Antonio Ribeiro de Oliveira nasceu momentos da confissão costumo dizer: Somosem Campo Formoso, atual Orizona, no dia três aqui. Você, eu e o Pai\";10 de junho de 1926. Filho de pais humildesteve uma infância simples, e ainda criança, Acerca de sua vocação: \"Graças a Deus soudescobriu sua verdadeira vocação. Em 2 de padre, ranzinza, briguento, mas graças a Deusabril de 1949 foi ordenado padre na cidade sou padre. Espero que ao meu corpo entrar nade Mariana. Foi professor na faculdade de sepultura meu amigo já tenha me recebido noFilosofia em Goiânia, reitor do seminário céu\";menor de Santa Cruz, em Silvânia; Párocode sua cidade natal, pároco da Catedral, e Acerca de sua experiência de oração: \"Se-vigário Geral da Arquidiocese de Goiânia. nhor, aumenta a minha fé, minha esperançaEm 1961 foi eleito Bispo Auxiliar de Goiânia, e meu amor! Senhor, ajudai-me, e quem mee em 1985 promovido a Arcebispo da cidade. encontrar encontre o Cristo!\" Por longos anos de trabalho, 60 anos Para a AGIR e unidades por ela administra-de sacerdócio e 50 anos como bispo, das, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira é muitoDom Antonio deixou marcas e será sem- mais que um exemplo a ser seguido, é partepre lembrado pela proximidade ao povo, fundamental da nossa história. Seus valoressua presença nas Comunidades Eclesi- nos ajudaram a construir e sedimentar umaásticas de Base (CEBs) e nas periferias.

/// CAPA EDSON FREITAS8 | REVISTA AGIR estrutura sólida pautada na ética e atenção muito antes da sua inauguração. A vida dos àqueles que mais necessitam. Além de sócio pacientes é a riqueza mais importante do fundador, Dom Antonio foi Diretor-Presidente CRER. Milhares de vidas reencontram seus da AGIR por seis anos, de 2011 a 2017. destinos por meio dessa instituição, graças ao trabalho carinhoso da comunidade mé- A ele somos gratos pelos grandes serviços dica, e de todos os colaboradores que conso- prestados, em especial, ao CRER, instituição lidam essa obra benemérita. Faço votos que que viu crescer desde a pedra fundamental, e essa verdadeira missão humana, mais até que pela qual não escondia ter um carinho espe- profissional, vivenciada nessa casa, frutifique cial ao longo de quase 15 anos de denotado es- sempre em benefício da valorização da vida.\" pírito de doação. Ao ser entrevistado revelou: \"Estou envolvido com esta obra tão bonita \"Uma tristeza profunda se abateu sobre Goiás ante a notícia do passamento de Dom Antonio Ribeiro. A Igreja Católica de Goiás e do Brasil perdeu um líder. Os jovens e os novos sacerdotes perderam um de seus maiores sábios. Os amigos perderam um exímio conselheiro e um mestre ouvinte. Os familiares perderam um timoneiro da vida. Os cristãos perderam uma referência de profunda fé e boas obras. Os goianos mais humildes, os injustiçados e as minorias sociais perderam um guerreiro e um defensor..... A perda irreparável de Dom Antonio, entretanto, jamais apagará sua luz. Ele será para sempre um raio consistente e eterno de sol, a guiar nossos caminhos. Levaremos para sempre seu exemplo de homem, de sacerdote e de vida. Dom Antonio nos ensinou a orar, mas principalmente a agradecer pelo dom da vida, pelo poder reconstrutor da fé e pela força transformadora do trabalho em prol dos que mais precisam.\" Trecho da mensagem do Governador Marconi Perillo lida durante a cerimônia de sepultamento, em 02 de março de 2017.

AGINDO \\\ Gestores da AGIR prestigiam evento em São PauloOrganizações Sociais de Saúde criam 1ª entidade nacionalrepresentativa do setor Superintendentes e Gestores da AGIR parti- empregam aproximadamente 100 mil pessoas. REVISTA AGIR | 9ciparam do lançamento nacional do Instituto O evento, contou com a apresentação dosBrasileiro das Organizações Sociais de Saúde(IBROSS), que aconteceu em São Paulo - SP, Secretários Saúde, Leonardo Vilella e Davidem 24 de novembro de 2016. O surgimento do Uip, dos estados de Goiás e São Paulo, respec-IBROSS ocorre após quase 20 anos de implan- tivamente, e com as presenças de várias auto-tação do modelo de Organizações Sociais de ridades, dentre elas a do Governador de GoiásSaúde (OSS) para gestão de serviços da rede Marconi Perillo e do Governador de São Paulopública no Brasil. Geraldo Alckmin, que reforçaram a importân- cia do modelo de gestão por OS's apresentando O Instituto foi criado não só pela necessida- dados e resultados comparativos.de de esclarecer e informar à sociedade sobre omodelo de gestão de OSS e como ele funciona O Presidente do IBROSS, Renilson Rehem,junto ao governo, mas também com a finali- destacou em sua fala, que um dos principaisdade de aperfeiçoar a prestação de serviços a objetivos do Instituto e seus associados é o depopulação usuária do Sistema Único de Saúde criar um selo de acreditação para as OS's que(SUS). Com Sede administrativa em Brasília, prestam serviços na área de saúde. A acredita-o IBROSS conta com 20 entidades associadas, ção será usada como instrumento para atestardentre elas a AGIR, que atuam em 13 estados as instituições que realizam um trabalho sério,brasileiros e no Distrito Federal, e juntas, ad- com cumprimento de metas quantitativas eministram mais de 800 unidades de saúde e qualitativas, conforme as diretrizes estabeleci- das pelos gestores públicos.ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA AGIRSuperintendências José Alves Filho Associados FundadoresSérgio Daher Diretor-Presidente em exercício / Alcides Luís de SiqueiraSuperintendente Executivo Vice-Diretor Dom Antonio Ribeiro de OliveiraJoão Alírio Teixeira da Silva Júnior Ruy Rocha de Macêdo (in memorian)Superintendente Técnico Diretor-Tesoureiro Elias Bufaiçal (in memorian)Claudemiro Euzébio Dourado Conselheiros Lúcio Fiúza GouthierSuperintendente Adm. e Financeiro Alberto Borges de Souza Maria Paula CuradoDivaina Alves Batista César Helou Milca Severino PereiraSuperintendente Fernando Morais Pinheiro Nabyh Salum (in memorian)Multiprofissional Helca de Sousa Nascimento Paulo Afonso FerreiraFause Musse José Evaristo dos Santos Associados BeneméritosSuperintendente Joaquim Caetano de Almeida Netto Cyro Miranda Gifford Júniorde Relações Externas Paulo Afonso Ferreira Gláucia Maria Teodoro ReisDiretoria Pedro Daniel Bittar Helca de Sousa NascimentoDom Antonio Ribeiro de Oliveira José Evaldo Bauduíno Leitão José Alves Filho(in memorian) Vardeli Alves de Moraes Marley Antônio da RochaDiretor-Presidente Conselho Fiscal – Titulares Marcos Pereira Ávila Cyro Miranda Gifford Júnior Paulo César da Veiga Jardim Marley Antônio da Rocha Ruy Rocha de Macedo Paulo César Brandão Veiga Jardim Valéria Jaime Peixoto Perillo Conselho Fiscal – Suplente Valtercy de Melo (in memorian) Marcos Pereira Ávila

10 | REVISTA AGIR

AGINDO \\\A importância daAcreditação Hospitalar:qualidade na assistência à saúde oferecida pelos serviçosInstituições de saúde acreditadas se destacam poroferecer alto grau de segurança ao pacientePor Marianne Carrijo REVISTA AGIR | 11 Ações efetivas para a melhoria na quali- Dr. Rubens José Covello, Diretor Executivo do IQGdade assistencial e nos processos voltados àsegurança do paciente e do colaborador são de metas, bem como, demonstraram umaprincípios adotados por um número crescente política de melhoria contínua, e consequentede instituições de saúde em todo o Brasil. Esse maturidade institucional.é um segmento que intensifica posturas rela-cionadas à qualidade, desde o atendimento Dentre as várias linhas de cuidados exis-até os processos mais complexos, interligando tentes na reabilitação das pessoas comos setores e efetivando a importância de cada deficiência física, auditiva, visual e intelectual,ação dentro da instituição. cenário em que o CRER é reconhecido como Centro Especializado em Reabilitação nível 4 A gestão do Centro de Reabilitação e Rea- pelo Ministério da Saúde (CER IV), definiu-sedaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) sempre a importância em prover a busca da excelênciafoi pautada pela busca da excelência, reforça- à pessoa com lesão medular, que representada pelas certificações que atestam a qualida- 30% dos pacientes internados para a reabilitação.de dos serviços prestados e o atendimento aos O certificado de Acreditado com Excelência refletemais rígidos critérios de segurança do pacien- a política de trabalho implantada pela Associaçãote. O CRER após conquistar, em 2014, o certi- Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR) or-ficado de Hospital Acreditado Pleno, no mês ganizaçãosocial, que ao longo dos 14 anos está àde dezembro de 2016, recebeu o certificado de frente do CRER, e que confirma o compromissoAcreditado com Excelência - títulos concedi-dos pela Organização Nacional de Acreditação(ONA), em reconhecimento ao trabalho dohospital, que se preocupa em garantir serviçosde excelência em assistência à saúde, com qua-lidade e segurança. A ONA é uma entidade não governamen-tal, sem fins lucrativos, que certifica a quali-dade do serviço de saúde no Brasil, com focona segurança do paciente. Essa entidade tempor objetivo promover um processo constan-te de avaliação e aprimoramento nos serviços,tendo como foco a melhoria da qualidade daassistência no País. Para a conquista da acreditação com exce-lência, o CRER monitorou a eficácia e integra-ção dos serviços, a partir do mapeamento dosprocessos das áreas assistenciais e afins. Le-vantou-se os perigos e riscos destes processos,que geraram indicadores para o cumprimento

/// SESSÃOEDUARDO CASTRO12 | REVISTA AGIR dispensado à assistência com qualidade, me- aos critérios de segurança do paciente em to- lhoria contínua e maturidade nos processos. das as áreas, possuir uma gestão integrada com fluidez dos processos, e uma cultura or- Com apenas quartoze anos de funciona- ganizacional de melhoria contínua, com ma- mento, o CRER passou a integrar a seleta lista turidade institucional. dos hospitais públicos de excelência que exis- tem hoje no Brasil, acreditados pela ONA. Rubens José Covello, médico, especialista em Administração de Empresas e Diretor Exe- É, ainda, o primeiro centro de reabilitação cutivo do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), do Brasil e o primeiro hospital público do instituição acreditadora credenciada pela centro-oeste a conquistar o nível máximo de ONA, acompanhou desde o início os proces- certificação da qualidade dos serviços de saú- sos de acreditação do CRER. Em entrevista, de prestados à população. Ser um hospital fala sobre a importância desta certificação. acreditado com excelência significa atender O que significa a acreditação hospitalar? A Acreditação é um movimento mundial que foca a qualidade da assistência, governança e segurança do paciente. Trata-se de um mé- todo de avaliação voluntário, periódico e reservado dos recursos insti- tucionais para garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente definidos. Esta metodologia é aplicada por organismos independentes especializados. Por que participar de um programa de acreditação? Os programas de acreditação fazem com que as Instituições te- nham uma avaliação externa, objetiva acerca do desempenho de seus processos, incluindo as atividades de cuidado direto ao paciente e as de gestão administrativa. Qual o foco principal de um processo de acreditação hospitalar? Os processos de acreditação são formados por um conjunto de ativi- dades que interagem entre si para produzir processos documentados, normatizados e mudanças organizacionais. Com ênfase na melhoria da segurança, eficácia clínica, desenvolvimento dos colaboradores e segurança do paciente.

SESSÃO \\\Como foi o processo de acreditação do CRER? Qual foi a experiência EDUARDO CASTROda equipe em certificar o hospital? REVISTA AGIR | 13 Surpreendente. O CRER conseguiu ser acreditado em nível de excelência em dois anos, a maioria das Instituições acreditadas pela metodologia da Organização Nacional de Acredita- ção – ONA demora em média cinco anos para tal. Isto aconteceu porque o CRER pratica excelência na sua assistência, tem um envolvimento fantástico de todos os colabo- radores com a missão da organização, um comprometimento com a qualidade de sua alta administração e uma governança madura.Quantos Centros de Reabilitação, que atendem exclusivamente peloSistema Único de Saúde – SUS, são certificados? O CRER é o único acreditado nível 3 da ONA em seu segmento no Brasil, ou seja, é o único Centro de Reabilitação.Qual o benefício para a sociedade ao ser atendida em uma unidadehospitalar acreditada? O processo de acreditação tem como foco princpal a segurança do paciente, que é hoje um problema mundial. Quando uma organização é acreditada todos ganham, os colaborado- res, os profissionais de saúde, a comunidade e principalmente as pessoas. CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO CENTDRRO.DHEERNERAIBQIULIETASÇAÃNOTEILRLEOA-DCARPTEARÇÃO DR. HENRIQUE SANTILLO - CRER CVCVAEALREILTDRIIATDFDIIACFEDAI:CDE1AO0: D/11nO01º//210n017º1/1209607/0110967//0005772/0572SELO FORNECIDO PELO IQG

/// SAEGSINSDÃOO Lesão Medular: Consequências e Tratamentos EDUARDO CASTRO dente, ou terá uma independência adaptada. A incapacidade na Lesão Medular varia de14 | REVISTA AGIR Com o avanço técnico-científico na acordo com o grau da lesão, do segmento me- área da saúde, pacientes que antes não re- dular, das vias nervosas e neurônios da me- sistiam à gravidade de determinadas lesões, dula envolvidos. hoje sobrevivem com algum quadro sequelar, No Centro de Reabilitação e Readap- e se tornam dependentes ou não da ajuda de tação Dr. Henrique Santillo (CRER) mais de outras pessoas, ou de tecnologias assistivas. 30% dos pacientes internados para a reabi- A Lesão Medular é uma dessas patologias litação sofreram lesão na medula. Por esta que acarretam sérias alterações fisiológicas e razão, o hospital definiu a importância em funcionais do organismo, além da sensibili- prover a busca da excelência nesta linha de dade e função motora. Ela pode ser de origem cuidado. traumática, sequela de tumor, de infecção, Visando um melhor atendimento e alteração congênita, entre outras causas. redução das possíveis complicações antes A medula espinhal é uma massa de da internação ou do início da reabilitação tecido nervoso que passa dentro do canal ambulatorial, no dia da avaliação inicial, vertebral, e se estende da região cervical, o paciente além de passar pela consulta de onde faz conexão com o cérebro, até a região triagem com o médico fisiatra, também é lombar. Possui conexão entre o cérebro e o avaliado por uma equipe multiprofissional, corpo, e delas saem os nervos espinhais, que composta por fisioterapeutas, enfermeiros, tem a função de conduzir impulsos nervosos terapeutas ocupacionais, psicólogos e assis- sensitivos e motores, sendo responsáveis pela tentes sociais. inervação do tronco, braços, pernas e parte Os pacientes recebem todas as orien- da cabeça. Os nervos espinhais também se tações sobre as alterações de parte urológica, relacionam com a temperatura, dor, pressão intestinal, bem como da parte sexual. Ainda e tato. Dependendo do quadro, o indivíduo passam por orientações de alongamentos, nas atividades de vida diária, pode ser par- posicionamento e de mudança de posição no cialmente dependente, totalmente depen- leito a fim de prevenir deformidades articu- lares e lesões por pressão. As atividades do dia a dia das pessoas que sofreram Lesão Medular requerem muita dedicação, mas é possível obter grandes con- quistas. Manter as terapias e os tratamentos são essenciais, para ter uma boa saúde e me- lhor qualidade de vida. É importante man- ter o tônus muscular para a prevenção das deformidades articulares. Os avanços das tecnologias na área da saúde são constantes, muito ainda está por vir, e para isso o corpo precisa estar em forma. Maurício Rassi Carneiro Médico fisiatra com Residência Médica pelo CRER Médico fisiatra do CRER

REVISTA AGIR | 15

/// AGINDO16 | REVISTA AGIR Parágrafo Programa PRODUZIR ùnico em benefício do CRER Ao longo do tempo, A AGIR - Associação Goiana de Integraliza- o HDS se tornou ção e Reabilitação tem uma importante novi- uma unidade em dade voltada às empresas que atuam em Goiás constante elaboração, e recolhem ICMS. que teve como ponto de partida o O comitê gestor do Programa de Desenvol- resgate da cidadania vimento Industrial (PRODUZIR) da Secretaria dos pacientes de Desenvolvimento do Estado de Goiás for- residentes, ido- malizou, por meio do decreto nº 8706 de 2016, sos, em sua maio- a possibilidade do Centro de Reabilitação e ria com alto grau Readaptação Dr. Henrique Santillo ser benefi- de dependência e ciado com doações provenientes de empresas sequelas graves, partícipes do programa. seja em decorrência de complicações da O PRODUZIR é um incentivo fiscal destina- Hanseníase ou do do à redução do valor do ICMS pago pelo em- isolamento social. presariado. A redução do valor de pagamento do imposto possibilita que a empresa minimi- Dra. Mônica Ribeiro Costa ze o custo de produção, e assim se torne mais Médica Infectologista competitiva. Diretora Técnica do Hospital de Conforme as regras estabelecidas as em- Dermatologia Sanitária e Reabilitação presas interessadas em colaborar com o CRER podem fazê-lo, também, visando sua saúde fi- Santa Marta - HDS nanceira, ao passo que colaboram diretamen- te com o hospital. As empresas interessadas GUSTAVO VISCAL podem doar de 1 até 1,5 salário mínimo, va- lores que impactam de 20% a 25% do imposto amortizável. O regulamento atual possibilita um des- conto de 73% do ICMC devido, no caso do PRODUZIR, e, 98% do ICMS devido, no caso do MICROPRODUZIR, sendo que para atingir este índice, os participantes devem cumprir requisitos estabelecidos em decreto. As empresas interessadas em optar pelo programa tendo o CRER como beneficiado po- dem entrar em contato de segunda a sexta, no horário comercial, com a Superintendência de Relações Externas da AGIR - Telefone: 62 3995- 5432 / [email protected].

HUMANIZA \\\Paciente é surpreendidacom festa na UTI doCRERAções de humanização fazem parte da assistência hospitalar REVISTA AGIR | 17Por Marianne Carrijo GUSTAVO VISCAL Balões coloridos, faixas, músicas, fil- da família, todos os aniversários são co-magem e muita alegria. Seria uma festa de memorados com festa e essa não poderiaaniversário como tantas outras, não fosse ser diferente. “Ela gosta muito de reuniro fato dela ter acontecido na Unidade de a família e confraternizar. A iniciativa doTerapia Intensiva (UTI) do Centro de Rea- CRER de comemorar o aniversário na UTIbilitação e Readaptação Dr. Henrique San- foi aplaudida por todos. Foi muito gratifi-tillo (CRER). cante ver o sorriso no rosto da minha mãe. Parabéns a todos os profissionais. Vocês A equipe multiprofissional da UTI, em fazem a diferença!”, destacou Valdir Perei-uma ação de humanização, organizou a ra Vitória, filho da paciente.festa de aniversário para Onícia Alves Pe-reira, de 80 anos, que chegou a nova ida- Onícia ficou internada na UTI do CRERde, no dia 18 de janeiro. Segundo relatos por 23 dias, em função de uma Esclerose La-

cipou de tudo. “Momentos antes da come- moração, ela pediu para que penteasse o seu cabelo e que ela ficasse linda”, disse. A festa contou com a presença de fami- liares: filhos, netos e nora, o que deixou a paciente muito feliz. Tratamento e humanização teral Amiotrófica (ELA). Trata-se de uma A idosa deixou a UTI, onde recebeu te- doença degenerativa do sistema nervoso, rapias para ganhos funcionais, e acompa- que acarreta paralisia progressiva e per- nhamento de equipe médica, de enferma- das funcionais severas. O CRER disponi- gem, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia biliza pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ocupacional, psicologia, musicoterapia e toda assistência e tratamento aos pacien- assistente social. tes com ELA. As comemorações de aniversário na A terapeuta ocupacional do CRER, Ca- UTI do CRER são frequentes e ajudam na mila Carminato Melhado, relatou que a recuperação de pacientes. Segundo o su- paciente estava ansiosa pela festa e parti- pervisor multiprofissional de reabilita- ção, Eduardo Martins Carneiro, “são ações que proporcionam bem-estar ao paciente e sensibilizam a equipe de profissionais, trazendo mais humanização para a assis- tência e para o setor de UTI”.18 | REVISTA AGIR CRER oferece curso de qualificação para pessoas com deficiência Oportunidade de reinserção no mercado de trabalho Por Marianne Carrijo física, auditiva, visual e intelectual. Ministrado no Laboratório de Tecnologia Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, buscar constante qualificação é Assistiva do CRER, onde são oferecidos aten- fundamental. Partindo de uma parceria com dimentos especializados voltados às pessoas o Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de com deficiências, utilizam-se ferramentas Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos que proporcionam acessibilidade digital. O Reabilitados pelo INSS (FIMTPODER), e a ambiente é equipado com 12 computadores, Faculdade SENAI, o Centro de Reabilitação mesas com regulagem de altura para facilitar e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) a entrada de cadeirantes, mouses e teclados desde maio de 2016 oferece o Curso de Quali- adaptados, softwares e hardwares inclusivos ficação Profissional em Operador de Compu- que permitem o acesso digital das pessoas tador voltado para pessoas com deficiência

HUSMEASNSIÃZOA \\\com deficiências. Os equipamentos do labo- “O curso visa capacitar e readaptar pessoas REVISTA AGIR | 19ratório foram adquiridos com recursos ajui- com deficiência, para que elas tenham con-zados pelo Ministério Público do Trabalho dições técnicas e profissionais de serem rein-provenientes de multas de empresas que dei- seridas na sociedade e no mercado de traba-xam de contratar a cota mínima para pessoas lho”.com deficiência. Expectativas O curso de Qualificação Profissional emOperador de Computador é inteiramente Vítima de acidente de moto que o deixougratuito e está na terceira turma. Possui car- sem os movimentos das pernas, Diomaicoga horária de 160 horas, oferece o aprendiza- Bispo da Silva, de 26 anos, é paciente do CRERdo voltado à informática básica (windows), e aluno do curso. Ele aposta na capacitaçãopacote office, e-mail e redes sociais. Dicas profissional para conquistar o tão sonha-de como se portar em uma entrevista de em- do emprego. “Vou me profissionalizar e meprego e formatação de currículo também são dedicar para ser reinserido no mercado deofertadas. trabalho”, relata. Para um atendimento inclusivo e huma- Leana Rocha de Moraes, 14 anos, nasceunizado, o programa conta com o apoio de um com uma deficiência auditiva e se comuni-terapeuta ocupacional, que atua no labora- ca por meio da língua de sinais. A jovem estátório junto com o professor de informática, muito feliz em participar do curso. Com aque auxilia na adaptação dos equipamentos ajuda da intérprete relata que “está aprendendoe tarefas de acordo com a necessidade de todas as funcionalidades de um computador, ecada aluno, ou ainda, prescrevendo e confec- quando chegar a idade de entrar no mercado decionando outros dispositivos de tecnologia trabalho, já quer estar preparada e qualificada”.assistiva necessários para facilitar o uso docomputador e o acompanhamento das aulas. As aulas são ministradas quatro vezes porDurante o curso, também é disponibilizado semana (segunda, terça, quinta e sexta-feira),uma profissional intérprete de língua brasi- das 13h30 às 18 horas. Ao término do curso, osleira de sinais para alunos com deficiência alunos receberão o certificado, terão os currí-auditiva severa. culos cadastrados no Banco de Oportunidades e serão acompanhados pelos profissionais do O supervisor de terapia ocupacional do CRER a fim de serem inseridos no mercado deCRER, Jefferson Silva Dias, ressalta que: GUSTAVO VISCAL

cuidHaBnáedm3o-6dEoasnstaeousr 3269-3000 3257-7700 Brasília • Goiânia • PalmasRua 227, nº 95-105 Av. L, nº40 3920-5000Setor Universitário Setor Aeroporto Alameda Ricardo Paranhos, Goiânia - GO Goiânia - GO nº 121 - Setor Marista Goiânia - GO

URGÊNCIAS \\\Intensiva e humanizada:conheça a assistênciadas UTIs do HUGOLPor J. Antônio Cirino com idade acima de 13 anos, nos perfis clínico, REVISTA AGIR | 21 cirúrgico e neurológico. A Supervisora de En- Desde julho de 2015, a população goiana fermagem das UTIs Adulto, Lélia Sena, ressal- EDSON FREITASpassou a contar com mais 46 leitos de Unidade ta que dois diferenciais do HUGOL, em todasde Terapia Intensiva para atendimento de pa- as unidades intensivas, são a equipe especia-cientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com lizada e o foco na segurança do paciente. Osa inauguração do Hospital de Urgências Go- pequenos pacientes, crianças com 30 dias devernador Otávio Lage de Siqueira – (HUGOL), vida até antes de completar 13 anos de idade,estrutura que assiste a pacientes adultos (29 são internados na UTI Pediátrica e, como for-leitos), pediátricos (10 leitos) e vítimas de quei- ma de humanizar o atendimento, podem sermaduras (7 leitos). Dentre os principais casos acompanhados por um dos pais ou responsá-atendidos encontram-se pacientes em urgên- veis, conforme explica Lílian Alves, Superviso-cias clínicas, como AVC (acidente vascular ce- ra de Enfermagem da Pediatria. No HUGOL, osrebral), e vítimas de traumas graves (acidentes leitos de pediatria são voltados a atendimentosde trânsito, violência, queimaduras, queda de politraumatismos e queimaduras.etc). O hospital também dispõe de uma UTI es- Segundo o Diretor Geral do hospital, Dr. pecializada no atendimento a pessoas acimaHélio Ponciano, o tratamento nas UTIs é in- de 13 anos que sofreram queimaduras, geral-tensivo graças à dedicação de uma equipe mente em estado grave ou gravíssimo – a pri-multidisciplinar (médicos, enfermeiros e téc- meira e única no Estado de Goiás para assis-nicos, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoau- tência dos pacientes do SUS. Além da equipediólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos completa citada anteriormente, essa UTI tam-e assistentes sociais), 24 horas por dia. bém conta com um cirurgião plástico, 24 ho- ras por dia. Camila de Sá, Supervisora de En- A UTI para atendimento de adultos no HU-GOL é dividida em três unidades que totali-zam 29 leitos, com atendimento de pacientes

EDSON FREITAS fermagem da Unidade de Queimados, explica com visita de voluntários culturais e comemo-EDSON FREITAS que o foco é prestar assistência ao paciente no ração de aniversários como algumas das ações quadro crítico, minimizando possíveis com- para humanizar o cuidado assistencial nas plicações que possam comprometer sua qua- UTIs. lidade de vida. Em registro realizado na Ouvidoria do hos- Humanização pital, Wellington Paranhos, pai do paciente Murilo Jorge, escreveu: “venho expressar todo Além de seguir todos os padrões, regula- nosso agradecimento à equipe do HUGOL, que mentações e determinações dos órgãos com- como anjos do senhor Jesus cuidaram do nos- petentes, as UTIs do HUGOL promovem o so filho durante os 35 dias que ali esteve. Deus cuidado humanizado, estabelecido como uma em sua imensa sabedoria quis que, após o aci- prática diária no hospital, com ações especí- dente, nosso super herói Murilo Jorge fosse ficas para os pacientes, visitantes e acompa- transferido para este ótimo hospital. Lembro- nhantes das Unidades de Terapia Intensiva. -me do dia 30/05, quando ele deu entrada na UTI já quase sem vida, com um quadro muito Dentre as ações promovidas pela Equipe complicado. No entanto, vimos nos olhos dos Multiprofissional (Fisioterapia, Fonoaudiolo- médicos, enfermeiros e técnicos sempre espe- gia, Terapia Ocupacional, Psicologia e Serviço rança. Agradecemos de todo coração o cari- Social), com apoio das demais áreas da unida- nho, atenção, apoio e paciência.” de, estão: hora do descanso, que consiste em um momento para proporcionar descanso e Novos leitos melhora do sono, com a redução da claridade e ruídos; momento de reflexão, oração e inte- Para dar continuidade aos bons resultados ração entre equipe e pacientes; acolhimento quantitativos e qualitativos que as UTIs do da família, para sanar dúvidas, angústias e HUGOL têm proporcionado aos pacientes SUS medos referentes ao adoecer, à internação e do Estado de Goiás, há a previsão do aumento ao tratamento; acesso à tecnologia, por meio dessa capacidade, de 46 para 86 leitos, ou seja, de tablets, para facilitar a comunicação com um aumento de 40 leitos de terapia intensiva. familiares; e atividades lúdicas e terapêuticas, A unidade hospitalar foi construída para esse dimensionamento, em um projeto que visa à abertura gradual do hospital, com base em recomendações do Ministério da Saúde para a adequada organização da prestação dos servi- ços, com foco na qualidade e na segurança dos pacientes. Ainda não há uma previsão de data, mas o espaço para a futura instalação desses novos leitos já existe, em uma arquitetura integrada à estrutura geral do HUGOL. UTI Adulto UTI Pediátrica UTI Queimados 3 unidades, com 29 leitos 1 unidade, com 10 leitos 1 unidade, com 7 leitos no total Atendimento de pa- Atendimento de crianças Atendimento especia- cientes com idade acima de com 30 dias de vida até lizado a pessoas acima 13 anos, nos perfis clínico, antes de completar 13 anos de 13 anos que sofreram de idade, no perfil de trau- cirúrgico e neurológico. queimaduras. matologia pediátrica.

O insumo assistencial EDSON FREITASREVISTA AGIR | 23que vem do altruísmo EDSON FREITASAPor J. Antônio Cirino A Unidade de Coleta e Transfusão do violência, os acidentes de trânsito e HUGOL recebeu, nos primeiros 19 me- outros traumas têm aumentado verti- ses de funcionamento, de julho de 2015 a ginosamente nos últimos anos. Ao passo janeiro de 2017, 10.933 doações de sangue,que devem ser constituídas ações para a me- um número significativo para uma unida-lhoria desse cenário trágico, também devem de de coleta tão recente, mas que precisaser proporcionadas as condições adequadas ser ampliado para garantir que, em possí-para resgatar e oferecer a possibilidade de so- veis contingências, seja possível atender abrevida às vítimas dessas ocorrências. Den- todas as necessidades transfusionais dostre os insumos necessários para a assistência pacientes admitidos. A unidade realizouà saúde desses pacientes, existe um que não 16.766 transfusões, com uma média de 882pode ser comprado, por mais recursos finan- transfusões/mês.ceiros que o hospital possua, podendo apenasser ofertado em um ato de solidariedade e al- Saiba mais sobre as ações e campanhastruísmo: o sangue. já realizadas pelo Banco de Sangue do HUGOL. De acordo com o médico hematologistaDr. Adriano Arantes, Supervisor Médico doBanco de Sangue do HUGOL, “a Organi-zação Mundial da Saúde (OMS) apresentaque apenas 1,8% da população doam san-gue no Brasil, quando o percentual míni-mo deveria ser de 3%. Essa realidade podeser modificada através da participaçãoativa da população em campanhas de do-ação de sangue, do incentivo e da oferta deinformações corretas, o que pode ser feitodesde o início da adolescência, criando ohábito da doação na população”.

EDSON FREITAS EDSON FREITAS

Coletas externas Pacientes graves, politraumatizados ou acometidos de doenças necessitam de re- posição sanguínea e, devido à necessidade de manter o estoque de bolsas dentro de um limite satisfatório, o Banco de Sangue do HUGOL promove ações de coleta exter- na para incentivar a adesão das pessoas à doação voluntária de sangue, além de pro- porcionar as condições ideais para receber os doadores na estrutura própria da Unida- Homenagem aos doadores EDSON FREITAS de de Coleta e Transfusão (UCT) localizada Os principais doadores de sangue e no hospital. Dentre as coletas externas, algumas apoiadores do Banco de Sangue do HU- aconteceram em empresas e instituições GOL foram homenageados no Dia Nacional de Goiânia: Coca-Cola, Clínica Odontoló- do Doador de Sangue, 25 de novembro de gica Athos, Creme Mel, Feira do Estudante 2016. O Diretor Geral do HUGOL, Dr. Hé- (OVG), Eseffego, Faculdades Alfa, Facul- lio Ponciano, realizou a entrega de uma dade Unifan, Grupo MPL, Grupo Saga e medalha aos doadores e descerrou a placa AGETOP; e também em outros municípios, com todos os voluntários e as empresas/ como em Itaberaí, contabilizando no total instituições apoiadoras. “Planejamos essa quase mil coletas realizadas. homenagem para valorizar aqueles que, voluntariamente, doam sangue com frequência, ou mesmo possibilitaram que mais pessoas Star Wars se tornassem doadores, como no caso dosTAS O Banco de Sangue do HUGOL recebeu agentes multiplicadores e das instituições REVISTA AGIR | 25 a visita dos cosplayers da saga Star Wars apoiadoras. Nesse Dia Nacional do Doador (Guerra nas Estrelas) em um ato voluntá- de Sangue nosso sentimento é de gratidão rio no dia 11 de junho de 2016. De acordo a cada um dos que colaboram para salvar com os membros do Conselho Jedi de Goi- vidas”, afirmou o diretor do hospital. ás e Centro-Oeste Novo Império – 501st Árvore solidária Legion, essa ação voluntária de doação de sangue também ocorre em âmbito interna- cional por vários grupos de fãs por todo o Em dezembro de 2016, a cada doador mundo. “Doar sangue é um ótimo motivo de sangue e plaquetas, a Árvore de Natal para acordar cedo no sábado”, afirma Sér- Solidária do Banco de Sangue do HUGOL gio Marcondes de Oliveira, coordenador do recebeu um novo enfeite. A ação idealiza- Conselho Jedi de Goiás. da pela equipe Multiprofissional teve o in- tuito de incentivar a doação voluntária de sangue, ao criar uma corrente solidária, e Arraiá do Banco de Sangue valorizar os doadores, ao colocar seus no- mes em destaque nos enfeites da árvore: “Bora doar sangue e sarvá vidas, sô!”. estrela para quem doou plaquetas e gota Em clima de festa junina, o Banco de San- vermelha para quem doou sangue. gue realizou no dia 25 de junho de 2016 um Arraiá com atendimento em horário es- tendido, das 07h às 17h, em caráter piloto, pois normalmente recebem doadores até o meio dia. A decoração de festa junina pro- moveu um ambiente descontraído, no qual Gotas em números os doadores saborearam comidas típicas. Durante o Arraiá, as pessoas que foram ao Julho de 2015 a Janeiro de 2017 Banco de Sangue participaram do “Correio Doações: 10.933 Solidário”, uma ação em alusão ao Correio Transfusões: 16.766 Elegante realizado em quadrilhas, só que Janeiro de 2016 a Fevereiro de 2017 em vez de apenas cortejar alguém, o re- metente do cartão também convidou essa Captações em coletas pessoa para doar sangue, construindo uma externas: 1481 corrente do bem. doadores aptos

/// SESSÃO 26 | REVISTA AGIR

REABILITAÇÃO \\\Esporte inclusivo: bochadá lições de superaçãoPrática esportiva muda realidade de pessoas com deficiênciaPor Marianne Carrijo promove inclusão, independência, integra- REVISTA AGIR | 27 ção e socialização entre os participantes. Muito além de medalhas e pódios, o es-porte dá exemplos de inclusão e superação. A ESPORTE COMO TERAPIAbocha traduz bem isso, praticada por pessoasque sofrem de paralisia cerebral e outras de- Fátima Luiza Santos Valentino, 58 anos,ficiências, com diferentes graus de limitação professora de educação física, ficou tetra-física. Não há limites para praticar a ativi- plégica devido uma lesão medular na colunadade, que já ganhou projeção no Brasil e no cervical, ocasionada por um tumor. A doençamundo. Campeonatos regionais, brasileiros provocou alterações de sensibilidade e perdae mundiais são disputados todos os anos, le- de forças musculares. Em 2003 iniciou o tra-vando o esporte a um alto nível de competi- tamento de reabilitação no CRER, o que a feztividade. Nos jogos Paralímpicos de 2016 do ter mais qualidade de vida. A professora con-Rio de Janeiro, os brasileiros conquistaram ta que conheceu a bocha adaptada através domedalhas de ouro. FEAD. “Quando me foi apresentado, foi amor à primeira vista, logo comecei a fazer parte O Centro de Reabilitação e Readaptação do grupo de terapia. A bocha hoje faz parteDr. Henrique Santillo (CRER) apoia e incenti- da minha vida, me proporcionou uma grandeva a prática de esportes, e sabendo da impor- melhora psicológica, da aptidão física, gran-tância da atividade física para a reabilitação des ganhos de independência e autoconfian-dos pacientes, criou o grupo de terapia de bo- ça, além de elevar a minha auto-estima”, co-cha adaptada, voltado para pessoas com pa- memora.ralisia cerebral, comprometimentos severose outras deficiências. O desempenho, evolu- Outra história de superação por meio dação e interesse dos pacientes pela modalida- bocha adaptada é a da Taísa Mirella Pereira,de foram surpreendentes, tanto que o esporte 27 anos, que nasceu com paralisia cerebral,foi inserido no Festival de Esporte Adaptado a jovem é paciente do CRER há 12 anos. “O(FEAD). Evento realizado anualmente pelo CRER só nos proporcionou coisas boas, aCRER, que incentiva a prática de esportes, Taísa é assistida e acompanhada por toda a equipe médica e multiprofissional, e só teve avanços e vitórias. A bocha além de exercitar, é um entretenimento”, conta a mãe Ivanete da Silva, cheia de orgulho da filha. Ao per- guntar para a Taísa se ela gosta do esporte, logo abre um enorme sorriso, e diz: “Gosto sim, muito”. O grupo de terapia de bocha adaptada do CRER é composto por 6 a 8 pacientes, que são acompanhados por dois profissionais, da área de educação física e terapia ocupacio-GUSTAVO VISCAL

/// REABILITAÇÃO28 | REVISTA AGIRGUSTAVO VISCAL nal. A educadora física, Dinamara Tasso Ver- necessitam da calha e de um auxiliar, o que san, acompanha a atividade desde o início, e não impede uma ótima desenvoltura duran- destaca os inúmeros benefícios do esporte. te o jogo”, relatou. “É a modalidade que mais reforça a expres- são de inclusão, todas as pessoas com defici- Patrícia teve a oportunidade de assistir ência podem praticar. Dependendo do grau de perto os jogos olímpicos e paralímpicos e de comprometimento do participante, al- compartilhou a sua experiência. “O esporte guns dispositivos são utilizados para que ele tem um papel transformador da pessoa com consiga fazer o arremesso da bola, tais como: deficiência, quando ela está fora do esporte, capacete, calha, ponteira, dentre outros. vê limitações físicas, dificuldades e barreiras diante da vida. O esporte adaptado / para- A bocha contribui para o desenvolvimen- límpico, traz novas possibilidades. Alí, todos to das habilidades motoras e funcionais, os atletas tinham o mesmo potencial. Duran- proporcionando socialização, a melhora do te as competições, eu não vi deficiência em desempenho funcional, do estado de ânimo nenhum momento, o que exige naquela hora e disposição para a prática de atividades fí- é a capacidade, o potencial de cada um, que sicas.” é explorado ao máximo. Isso tem um fator motivacional que interfere muito na vida da A terapeuta ocupacional, Patrícia Martins pessoa com deficiência, pois ela vê que é ca- Ferreira, durante o jogo, avalia se o paciente paz. O esporte é muito desafiador, por meio consegue jogar a bola com a mão, ou necessi- dele os pacientes conseguem superar as difi- ta de dispositivos, de meios auxiliares. “Fáti- culdades e desenvolver capacidades que eles ma e Taísa devido os comprometimentos mo- jamais pensavam em ter”, destacou. tores dos membros superiores e inferiores,

REABILITAÇÃO \\\ Bocha: saiba mais REVISTA AGIR | 29sobre a modalidade GUSTAVO VISCAL Abocha adaptada pode ser praticada individualmente, em du- plas ou em equipes. O objetivo do jogo é lançar bolas coloridas o mais perto possível de uma bola branca chamada de jack (conhecida no Brasil como bolim). É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio, para atletas com grande compro- metimento nos membros superiores e inferiores. Os atletas são classificados em quatro classes distintas, BC1, BC2, BC3 e BC4. O termo BC significa Boccia Classification ( Classi- ficação da Bocha) e as numerações refere-se ao grau de deficiência. Confira as classificações: BC1: Atletas podem competir com o auxílio de ajudantes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas es- tabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido. BC2: Os jogadores não podem receber assist ência. BC3: Para jogadores com deficiências muito severas. Os jogadores usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por uma pessoa, que deve permanecer na área de jogo do atleta, mas deve se manter de costas para os juízes e evitar olhar para o jogo. BC4: Para jogadores com outras deficiências severas, mas que não podem receber auxílio. Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

GUSTAVO VISCAL Mulheres de Fibra: HDS oferece grupo de30 | REVISTA AGIR apoio para fibromialgia Mais comum em mulheres, a doença provoca dores crônicas e difusas pelo corpo Por Marianne Carrijo atingidas com a síndrome: sedentarismo, so- brepeso, fadiga, alteração do sono, disfunção Uma doença crônica que provoca dores em intestinal, alteração de memória, dormência, todo o corpo. Essa é a fibromialgia, síndrome formigamento nas mãos e pés, humor instável, que gera sensibilidade nas articulações, nos depressão e ansiedade. Quem tem fibromial- músculos e em outros tecidos do organismo. gia costuma descrever uma dor intensa e difu- De acordo com a Sociedade Brasileira de Fi- sa pelo corpo. Em momentos de crise, até um bromialgia, de 2 a 3% da população brasileira toque delicado pode incomodar. É o caso da sofrem com a doença, o que representa até 6 Selma Portilho Ribeiro, de 55 anos, que convi- milhões de casos. Mulheres entre 35 e 50 anos ve com a doença há mais de dez anos. “Sinto o representam 90% das ocorrências. meu corpo inteiro ferroar. São dores intensas e insuportáveis”, relata. A dona de casa não con- O médico fisiatra, Leonardo Eizo Watanabe, segue trabalhar, toma remédios e participa de especialista em dor, explica que ao passar dos terapias para amenizar as dores e a depressão. anos o número de pessoas com a fibromialgia “Quando fico preocupada, triste e depressiva a vem aumentando, e que a doença está direta- doença ataca, só consigo ficar deitada. Eu me mente relacionada com questões emocionais. isolo do mundo”. “A população tem enfrentado cada dia mais situações de desequilíbrio emocional, seja por O Hospital de Dermatologia Sanitária e Re- questões financeiras, familiares, conjugais, en- abilitação Santa Marta (HDS), há mais de um fermidades e outras. Tudo isso gera alterações ano, tem observado e estudado as constantes no sistema nervoso central, o cérebro começa a queixas de pacientes que chegam à unidade funcionar de forma diferente, produzindo hor- com relatos de dor. Ao passarem por consultas mônios neurotransmissores. Com isso, o estí- médicas, realizam-se avaliações, testes e exa- mulo de dor que antigamente era normal para o mes clínicos que levam ao diagnóstico da do- paciente, com as alterações emocionais desen- ença. cadeia um padrão alterado de dor”, pontuou. Alguns fatores são comuns entre as pessoas

REABILSITEASÇSÃO \\\ A partir do grande crescimento dos aten- O tratamento de fibromialgia é mais eficaz REVISTA AGIR | 31dimentos de mulheres com esse perfil, o HDS quando são unidos medicamentos, atividadecriou o grupo de apoio para pacientes com fi- física e terapias. O foco é evitar a incapacidadebromialgia, denominado “Mulheres de Fibra”. funcional, minimizar os sintomas da doença eO grupo conta com 18 mulheres, coordenado melhorar a saúde de modo geral. “Três pilarespor uma profissional de psicologia. Os encon- são de extrema importância para o tratamento:tros acontecem uma vez por semana, com o atividades físicas regulares, de preferência asobjetivo de acolher essas mulheres, compar- aeróbicas para trabalhar o corpo todo, medicaçãotilhar experiências vividas, e gerar auxílio específica, geralmente são remédios antidepres-mútuo. “Eu percebi que pacientes com esse sivos e anticonvulsivantes, e acompanhamentodiagnóstico traziam para as sessões psicotera- de psicoterapia, com o profissional de psicologia”,pêuticas a mesma queixa de dor e depressão. explicou o médico fisiatra.A finalidade do grupo é demonstrar a elas, arelação intrínseca entre dor e emoção. Pacien- No grupo Mulheres de Fibra, os pacien-tes com fibromialgia sentem dores frequentes, tes recebem orientações e suporte emocio-podendo ser agravadas e desencadeadas por nal para ter uma melhor qualidade de vida ecrises emocionais. Atentar-se aos fatores que adotarem mecanismos de enfrentamento maisaumentam a dor é fundamental”, alertou a psi- adaptativos para lidar com a doença. Reduzir ocóloga do HDS e responsável pelo grupo, La- estresse diário, propiciar um sono mais eficazrissa Arantes de Melo. (utilizando técnicas de relaxamento), exerci- tar-se regularmente, reconhecer e respeitar Simone de Sousa Athair, 44 anos, supervi- seus limites, realizar atividades prazerosas,sora em uma agência lotérica há 11 anos, parou gerando maior resiliência, são alguns dosde trabalhar devido à doença. Hoje recebe au- objetivos da psicóloga no grupo. “A procuraxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro pelo grupo é grande, começamos com seis pes-Social (INSS). “Fiquei muitos anos trabalhan- soas e hoje estamos com quase vinte. É muitodo e tratando a doença, até que chegou um gratificante empoderar as pacientes oferecen-dia que não consegui mais levantar da cama do suporte emocional e conhecimentos sobrede tanta dor”, lamentou. A paciente é acom- a patologia. As mesmas encontram apoio, sepanhada por médico ortopedista, participa de sentem incluídas, orientadas e ampara-atividades terapêuticas e em especial Porti- das”, ressa ltou a psicóloga. A Diretora Téc-lho Ribeiro, também participa do grupo e elo- nica do HDS, Mônica Ribeiro Costa, destacougia a iniciativa do hospital. “Esse grupo é tudo que grupo tem feito a diferença na vida daspara mim. Aqui eu encontro paz, me divirto e pessoas que possuem a doença.troco experiência. Todas que participam en-contram forças para encarar a doença. É uma O grupo acontece toda sexta-feira, na Casabênção de Deus”. Viva no HDS, e é destinado aos pacientes do Hospital. GUSTAVO VISCAL

/// ASERSTSIGÃOO Estimulação A possibilidade de visual \"ensinar\" a criança a enxergar32 | REVISTA AGIR Avisão é fundamental para o desen- GUSTAVO VISCAL volvimento do ser humano. Cerca de 85% do que absorvemos do mundo com qualquer fator de risco como uma lesão nos chega através da visão. Assim, qual- cerebral, história de infecção na gestação ou quer condição que a prejudique, pode cau- prematuridade, é de extrema importância sar prejuízo ou atraso do aprendizado de um acompanhamento ainda mais frequen- habilidades essenciais, como o relaciona- te, com avaliação funcional da visão, ou seja, mento interpessoal, o aprendizado da fala, examinar, além dos olhos, o comportamen- o desenvolvimento motor, emocional e psí- to visual do bebê, procurando, sempre que quico da criança, pois a visão é que a colo- possível, medir também a visão de cada olho, ca em contato com o mundo que a cerca. pois mesmo que o olho esteja, aparentemen- te, normal, a visão pode não estar e, quando Ao nascimento, o bebê enxerga pou- nova, a criança não sabe informar aos cui- co, pois os olhos e o cérebro são ainda imatu- dadores se está enxergando bem. O olho no ros. Quando os estímulos visuais chegam aos olho, o buscar dos brinquedos, o interesse seus olhos, começa o amadurecimento pro- pelo ambiente já podem dar pistas de como gressivo dos seus órgãos e a visão vai melho- está a visão de uma criança, mas muitas ve- rando. Esse desenvolvimento acontece até zes, esse comportamento pode enganar. os 6 anos de idade, com aperfeiçoamento até Há dados de que a deficiência visual por volta dos 9 anos. Durante esse período, a leve e moderada podem passar despercebi- criança aprende a enxergar e qualquer fator que interfira com esse aprendizado pode re- sultar em déficits visuais, em um ou em am- bos os olhos, e, dependendo do grau, pode le- var a atraso secundário no desenvolvimento global da criança. Para enxergarmos corretamente, é importante que todas as estruturas do olho estejam normais e que o sistema nervoso também esteja saudável. Os olhos captam as imagens, que são levadas à parte posterior do cérebro, e depois a várias outras para que haja compreensão do que se está vendo e rea- ção coordenada. Mais de 50% do cérebro está envolvido com o processamento da visão! Como a época mais acelerada do de- senvolvimento neurológico ocorre até os 2 anos de idade, esse também passa a ser um período crítico para a visão. Nesse período, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o recomendável são exames a cada 6 meses e, depois, anuais até os 9 anos. Assim, quando temos um bebê

das pelos pais e professores, levando a crian- atividades do ser humano. Há, ainda, o su- GUSTAVO VISCALça a receber diagnósticos errados, como, por porte emocional às famílias e pacientes, queexemplo, déficit de atenção, hiperatividade, é fundamental para que as terapias sejamautismo e transtornos de aprendizagem. Ou eficazes, e o apoio pedagógico, quando che-seja, o atraso no diagnóstico de um déficit ga o momento de trabalhar o preparo para avisual pode interferir muito na abordagem e escolarização, com orientação, também, aosresultado de outras terapias. profissionais da escola se necessário. A equipe do Serviço de Habilitação e A criança que tem baixa visão podeReabilitação Visual do CRER integra a Rede ter dificuldades para se comunicar, se posi-de Cuidados à Saúde da Pessoa com Defici- cionar, se alimentar, explorar e compreenderência, do Programa Saúde Sem Limites – do o que acontece ao seu redor. Estimular suaMinistério da Saúde, e conta com oftalmolo- visão significa incentivar seu contato corretogistas atuantes na área de baixa visão, tanto com as pessoas e com o mundo, melhoran-de pacientes pediátricos quanto de adultos do sua atenção e acelerando seu desenvol-e uma equipe multiprofissional de reabilita- vimento como um todo. Diagnosticar e esti-ção, composta por fisioterapeutas, terapeu- mular precocemente a visão de uma criançatas ocupacionais, psicólogos e pedagogos, significa mudar sua trajetória de crescimentoespecializados e experientes nessa área. de maneira positiva, bem como de sua famí- Um trabalho em especial, é o da Ha- lia e, por fim, de toda a sociedadebilitação Visual, o de \"ensinar\" a criança aenxergar, através da identificação das altera- Renata Karina Braga da Cruz,ções visuais e estimulação visual. Os resulta- Médica oftalmologistados são muitos, quanto mais precocementea criança chega ao serviço e é inserida no Título de Especialista pelo Conselho Brasileiroprograma, mais ganhos ela terá. A Estimula- de Oftalmologiação Visual traz, ainda, ganhos no desenvol-vimento global do paciente, pois a visão é o Responsável pelo Serviço de Reabilitação Visualprimeiro motivador para as mais diversas do CRER

/// MOVIMENTO Aula de hoje: prevenção de traumas OPor J. Antônio Cirino Os atendimentos do Hospital de Urgências Governador HUGOL em traumato- Otávio Lage de Siqueira –HUGOL rea- logia pediátrica quase lizou 4.598 atendimentos de urgência triplicaram no com- e emergência para crianças com 0 a 12 anos parativo do segundo incompletos de idade, no período de julho de semestre de 2015 com 2015 a dezembro de 2016 (18 meses). Os atendi- o mesmo período em mentos em traumatologia pediátrica quase tri- 2016. plicaram no comparativo do segundo semes-34 | REVISTA AGIR tre de 2015 (817 atendimentos) com o mesmo tigar que os próprios alunos identificassem os período em 2016 (2.271 atendimentos). possíveis riscos dentro dos ambientes da casa, Esse cenário motivou o desenvolvimento do “HUGOL nas Escolas”, que compõe o pro- rua e lazer, com a orientação de um profis- grama maior de atividades de responsabilida- de social e educação em saúde, “HUGOL na sional de saúde do HUGOL. Ao todo, nos seis Comunidade”, e também faz parte do progra- ma “PARE – Prevenção de Acidentes e Reedu- colégios que receberam a palestra sobre pre- cação no Trânsito”. venção de traumas, 1.022 alunos foram orien- O HUGOL nas Escolas existe desde setem- bro de 2016, com o intuito de atuar na cons- tados pelo hospital. O programa é executado cientização das crianças e dos adolescentes, capacitando-os para reconhecer riscos e, as- nas escolas estaduais da Região Noroeste com sim, agir de forma preventiva para evitar aci- dentes e para que os mesmos saibam agir em o apoio da Secretaria de Estado de Educação, situações de emergência quando imprevistos ocorrem. A palestra ministrada nessa primei- Cultura e Esporte. EDSON FREITAS ra fase utilizou um método interativo, ao ins-

O que fazer quando? REVISTA AGIR | 35 A Pediatria do Hospital de Urgências Gover- nador Otávio Lage de Siqueira – HUGOL atende a urgências e emergências em traumatologia, ou seja, crianças vítimas de trauma, com grande parte dos acidentes ocorrendo no âmbito doméstico, no lar das crianças, como quedas, queimaduras, afogamentos e lesões penetrantes. Veja as dicas do médico pediatra Dr. Elísio de Castro, supervisor médico da Pediatria do HUGOL. QueimadurasTAS A queimadura é devastadora, produzindo sequelas funcio- nais, estéticas e psicológicas com alta taxa de mortalidade. Esses acidentes ocorrem, em sua maioria, no ambiente doméstico. A pri- meira atitude quando da ocorrência de uma queimadura é acionar a emergência, SAMU e Corpo de Bombeiros. Como uma medida inicial, recomenda-se somente lavar a área com água fria. Não pode ser aplicado nenhum outro produto na região da queimadura, com risco de agravamento da lesão.

36 | REVISTA AGIR/// /M//OVSIEMSESNÃTOO Afogamento O afogamento é um dos principais responsáveis por óbitos em menores de quatro anos de idade. A maioria ocorre no próprio lar, de forma silenciosa, e grande parte dos que conseguem sobreviver apresenta sequelas neurológicas gra- ves e irreversíveis. Devido a isso, as crianças devem ser afastadas de qualquer reservatório de líquidos (baldes, banheiras e piscinas) e, caso ocorra uma fatalidade, em caso de a criança estar sem respirar, poderá realizar a respiração boca a boca e acionar o serviço de emer- gência, se possível, simultaneamente. Cada minuto é essencial para o sucesso da recuperação. Intoxicação Nesse caso, o ideal é acionar o serviço de emergência, cui- dando nesse tempo para evitar que a criança sufoque, deitando-a de lado e com a cabeça um pouco mais baixa para possíveis vômitos. Queda As quedas podem ser da própria altura, por subir em algo, como escadas e estantes, ou cair de um veículo (moto, carro, aquá- ticos etc.). Assim como ressaltado anteriormente, em todos os casos o serviço de emergência deve ser acionado imediatamente. Nesses possíveis acidentes domésticos, tal qual em acidentes mais graves, como os automobilísticos, manter a criança imobili- zada no local da queda pode evitar lesões medulares, perma- necendo imóvel até a chegada do socorro.

AGENDA \\\REVISTA AGIR | 37/// Programe-se II Jornada Científica do HUGOL Data: 07 e 08 de julho de 2017 Local: Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira – HUGOL, Avenida Anhanguera, 14527, Setor Santos Dumont / Goiânia – GO Informações: www.agirgo.org.br / (62) 3270-6300 III Jornada Científica do HDS Data: 24 e 26 de agosto de 2017 Local: Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS, GO 403, Km 08, Colônia Santa Marta / Goiânia - GO Informações: [email protected] / (62) 3201-6404 III Festival de Esporte Adaptado FEAD Data: 17 de setembro de 2017 Informações: [email protected] / (62) 3995-5432 XV Jornada Científica do CRER V Simpósio Internacional em Linguagem e Motricidade Tema: “Reabilitação funcional: Tecnologia Assistiva x Sustentabilidade” Data: 28 a 29 de setembro de 2017 Local: Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – CRER, Av. Ver. José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima / Goiânia – GO Informações: [email protected] / (62) 3232-3082 / (62) 3232-3115

/// PARCERIAS A todas essas parcerias, a AGIR agradece a confiança e o apoio que tanto contribuem para a sua gestão junto ao CRER, HDS e HUGOL. A soma de esforços resulta no bem-estar coletivo!38 | REVISTA AGIR 3ª. Milenio Aviamentos IQG - Instituto Qualisa de Gestão Academia Su Beauty de Cabeleireiros Ipsen Aviamentos Brasil Irmãos Soares Apijã Inovação Serviços e Com. de Produtos – Vanguarda Allergan Jaepel – Papéis e embalagens Agroindustria Baiano Alimentos Eireli Kasa Motors Baiano Folhagens Mary Kay Banda Regional Glória MEDCOMERCE – Com. de Medicamentos e Produtos Blue Tree Premium Goiânia Hotel Hospitalares Ltda Brinque Brinque – Locação de Brinquedos Mil Esportes Castro´s Park Hotel Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) Catral Outback Central de Transplantes do Estado de Goiás Paz Universal Centro Goiano de Voluntários (CGV) Panificadora Iris Cevel Pitanga Sabor e Equilibrio Ceen Premieer RH Cical Piracanjuba - Laticínios Bela Vista Ltda Cirurgica Brasil Comercial e Importador RECMED Com. de Mat. Hospitalares Eireli-ME Cinemas Lumiere bougainville Refrescos Bandeirantes Cristália Ltda. Restaurante Jaó Crystal Plaza Hotel Roberto Folhagens Conselho Tutelar da Região Noroeste Saga France - Citroën Creme Mel Sorvetes Safelab Transportes DAL - Iindustria Ferro e Aço São Salvador Alimentos S/A DETRAN / GO Secretaria Estadual de Educação - Goiás Drogaria Genérica Ltda Secretaria Estadual de Saúde / SES - Goiás Ello Tintas – VGF Comercio de Tintas Ltda. Secretária Municipal de Saúde / SMS -Goiânia Equipe Doe + Ação Sicmol – Móveis, acessórios e revestimentos Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das Saga Jeep Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS Saga Paris Pitigliano Sete Linhas Aéreas Ltda Pizza Hut São Salvador Alimentos S/A (FIMTPODER) Sorvemio Industria de Sorvetes Freedom Unimed Goiânia Grafopel Gráfica e Editora Unicom – Shopping da Saúde Grupo Imperial Viação Paraúna Grupo ProHumanos Via Nut Nutrição Clínica e Produtos Hospitalares Ltda Grupo Rio Quente Winiká Hotel Go Inn Estação Goiânia Zema Portas e Janelas Instituto Embelezze




Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook