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Revista AGIR 23° Edição

Published by AGIR, 2015-01-29 09:20:35

Description: Revista AGIR 23° Edição

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Revista Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Organização Social Gestora do CRER, HDS e HUGO 2ANO 6 # 23 GOIÂNIA | NOVEMBRO - JANEIRO 2015 www.agirgo.org.br Victor Frak Neurologista especialista em Ciência Cognitiva, professor e pesquisador da Universidade do Québec – Montreal “O CRER está na vanguarda ao dedicar-se ao estudo das questões de linguagem e motricidade” REVISTA AGIR 1

2 REVISTA AGIR

CARTA AO LEITOR AGIR INVESTE EM PESQUISAS COM FOCO EM LINGUAGEM E MOTRICIDADESérgio Daher Caro leitor, a vigésima terceira edição da Re- rança do paciente.Superintendente vista AGIR apresenta, em entrevista de capa, Em Espaço do Paciente revelamos a HistóriaExecutivo o renomado médico e cientista Victor Frak. O argentino especialista em neurologia, é doutor e de perseverança de Aparecido Silvestre de Araú- pós-doutor em Ciências Cognitivas, além de ter jo, interno do HDS – Hospital de Dermatologia pós-doutorado também em Ciências Biomédicas. e Reabilitação Santa Marta há 38 anos. Nossa Há seis anos realiza em parceria com AGIR im- Publicação aborda também a importante ação do portantes projetos em linguagem e motricidade Ballet terapêutico do CRER criado em janeiro de junto à área técnica e multiprofissional do CRER. 2013. Em pauta a trajetória de uma grande con- Destacamos a necessidade de prevenir e con- quista: CRER é o primeiro hospital de Goiás a trolar infecções sob a análise da Médica infectolo- receber a Acreditação Plena Nível 2 da ONA. O gista Adriana Oliveira Guilarde, além do resumo processo para acreditação hospitalar, que teve com as principais notícias do último trimestre. início em setembro de 2013, é o resultado da dedicação e atenção à qualidade com que traba- Esperamos que você goste de nossa publica- lham os colaboradores do CRER ao longo de 12 ção e que a Revista AGIR seja ao longo de 2015 anos. A acreditação denota ainda a vocação da um canal de interação permanente com todos os instituição à atenção a saúde com foco na segu- goianos. Sérgio Daher Superintendente Executivo da AGIRAGIR EXPEDIENTEEstrutura AdministrativaSUPERINTENDÊNCIA Joaquim Caetano de Almeida Netto Paulo César da Veiga JardimSérgio Daher Paulo Afonso Ferreira Ruy Rocha de MacedoSuperintendente Executivo Pedro Daniel Bittar Valéria Jaime Peixoto Perillo Sizenando da Silva Campos Júnior Valtercy de Melo (in memorian)João Alírio Teixeira da Silva Júnior Vardeli Alves de MoraesSuperintendente Técnico de Reabilitação REVISTA AGIR CONSELHO FISCAL – TITULARES Supervisão geral, ediçãoClaudemiro Euzébio Dourado Cyro Miranda Gifford Júnior Anna Luiza RucasSuperintendente Adm. e Financeiro Marley Antônio da Rocha Gerência Coorporativa Paulo César Brandão Veiga Jardim de Marketing – AGIRDivaina Alves Batista Superintendente Multip. de Reabilitação CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Jornalistas Marcos Pereira Ávila Mayra Paiva – JPGO – 01802Fause Musse Valtercy de Melo Thaís FrancoSuperintendente Relações Externas Thaís Dutra (estagiária) ASSOCIADOS FUNDADORES Naicléia Silva (estagiária)DIRETORIA Alcides Luís de SiqueiraDom Antônio Ribeiro de Oliveira Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Designer GráficoDiretor-Presidente Elias Bufaiçal (in memorian) Chafic Rebehy Filho Lúcio Fiúza GouthierJosé Alves Filho Maria Paula Curado FotografiaVice-Diretor Milca Severino Pereira Eduardo Castro Nabyh SalumRuy Rocha de Macêdo Paulo Afonso Ferreira Colaboradores AGIRDiretor-Tesoureiro Olívia Lacerda (secretária junior) ASSOCIADOS BENEMÉRITOS Marianne Carrijo (contato comercial)CONSELHEIROS Cyro Miranda Gifford Júnior Rodrigo Rocha (contato comercial)Alberto Borges de Souza Gláucia Maria Teodoro Reis Cecília Raquel (contato comercial)César Helou Helca de Sousa Nascimento Vinícius Basílio (contato comercial)Fernando Morais Pinheiro José Alves Filho Hugo Miranda (analista de sistemas)Helca de Sousa Nascimento Marley Antônio da RochaJosé Evaristo dos Santos Marcos Pereira Ávila Impressão: Stylo GráficaRevista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER, HDS e HUGO 2. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - Fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 E-mail: [email protected] Site: www.agirgo.org.br Endereço: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás REVISTA AGIR 3

ÍNDICE Entrevista 10 Parágrafo Único 10 Resumo Victor Frak Empresas 6 19 Mantenedoras Espaço do 21 Artigo Paciente 23 Terceiro SetorAparecido Silvestre de Araujo 24 AGIR em Foco 26 É Bom Saber 28 Superação CRER é o primeiro hospital de Goiás a receber a Acreditação 32 HDS em Plena Nível 2 da ONA Pauta 30 37 Perfil do HUGO 2 Colaborador Referência em atendimento a 38 Agenda e vítimas de queimaduras Parcerias 344 REVISTA AGIR

Canal Aberto www. agirgo.org.br / [email protected] Em nome de toda a equipe da AACLA so, podem se engajar socialmente de forma(Associação dos Amigos do Centro Livre de prazerosa, não obstante as diferenças e ca-Artes), quero parabenizar o nosso parceiro pacidades individuais. Como resultado, te-CRER – Centro de Reabilitação e Readaptação remos o desenvolvimento da autoestima naDr. Henrique Santillo pela eficiência de toda comunidade em que se encontram inseridossua equipe de trabalho, composta de profis- individualmente , no trabalho em equipe esionais competentes e compromissados com nos serviços prestados rumo à excelência emo bem-estar do ser humano, além da presteza todos os aspectos e contextos diferenciadosno atendimento humanizado e especializado que envolvem os seres humanos numa visãona reabilitação de pessoas com necessidades holística.especiais. Sabemos que o CRER tem se desta-cado como polo de inserção e apoio à saúde Kátia C. dos Santos Vilela, Presidente daem todo o estado de Goiás, projetando-se em AACLA, via e-mail.outras áreas no contexto abrangente de suasações propagadas como referência na saúde, É excelente saber que no Brasil, em Goiâ-bem como na sua relevância em prestar ser- nia, tem um hospital desse nível e qualidade,viços junto à comunidade que necessita do como o CRER, prestando um grande serviçoapoio dessa instituição e nela busca atendi- social e humanitário. Sem dúvida, o Brasil émento. referência mundial no que se refere à saúde pública. Todo o contrário do “desmantela- Parabenizo também toda a equipe do mento” do sistema espanhol, da “inexistên-CRER, pela sua iniciativa em abrir as portas cia” e falta de humanidade da saúde “públi-de sua casa para nos receber enquanto parcei- ca” norte-americana e de muitíssimos países.ros, onde juntos somamos ações importantes Vivo na Europa, hoje, em Madrid, Espanha,e projetos essenciais a uma vida melhor. Nos- há 11 anos e aqui é uma vergonha, sobretudo,sos projetos incluem a arte, o esporte, o lazer e com esse novo governo.a cultura como meios de integração, inclusãoe responsabilidade social que traduzem em Parabéns aos responsáveis da saúde publi-qualidade de vida, respeito mútuo, benefícios ca no Brasil, desde o Ministério e Secretariaà saúde física, emocional, além do bem-estar Estadual da Saúde de Goiás, bem como aossocial. Através da parceria CRER e AACLA, dirigentes e TODO staff do CRER.”destaca-se uma junção perfeita, onde busca-mos fomentar através da arte cidadãos com Tenho familiares que estão sendo tratadosvisão crítica e conscientes de seus direitos e no CRER, e eles só têm grandes elogios a tododeveres na sociedade em que estão inseridos. o serviço prestado.Dessa forma, como sujeitos de todo o proces- Atenciosamente, Wyllmharlen Will Alves, via e-mail.facebook.com/crerhospital twitter.com/CRER_GO youtube.com/user/CrerHospital REVISTA AGIR 5

ENTREVISTAV ictor Frak é argen- Lindsay, de Montréal. Victor Frak Desde 2008, desenvolve projetostino de nascimento. Diplomou-se Durante os anos de minha vidaem Medicina em Buenos Aires, em e atividades de pesquisa em Neuro- passados no hemisfério sul, espe-1982 e especializou-se em Neuro- ciências, especialmente na área da cialmente na Argentina, sempre melogia. Cursou Neuropsicologia na linguagem e motricidade, em par- impressionaram a disposição dosUniversité Claude-Bernard Lyon 1 ceria com o CRER. Em entrevista à profissionais de saúde e o intenso(França) e lá fez também doutorado Revista AGIR, o professor e pesqui- desejo de fazer progredir a Ciência,em Ciências Cognitivas. Tem pós- sador fala da cooperação existente apesar de situações políticas e so-doutorado na mesma área pelo De- entre o Hospital e a Universidade ciais nem sempre favoráveis. Mui-partamento de Psicologia da Uni- do Québec, dos avanços da área, tas vezes, constatei que esses pro-versidade do Québec em Montréal dentre outros assuntos. Confira. fissionais, que podiam promover o(UQAM), em 2004, e outro em Ciên- progresso científico, partiam paracias Biomédicas, pela Universidade 1- Como o senhor vê o desenvol- outros países desencantados comde Montréal, 2005. É professor do vimento da pesquisa científica a falta de condições para o desen-Departamento de Cinesioantropo- em readaptação nos dias atuais e volvimento de seu trabalho em sualogia da UQAM e pesquisador do como se dá sua trajetória, na qual própria casa.Institut de réadaptation Gingras- o CRER está incluído? Quando também eu decidi bus-6 REVISTA AGIR car um lugar para desenvolver-me

como pesquisador, o que mais me 2- Que importância o senhor atri- direcionando as evidências encon-chamou atenção nos países em que bui à cooperação existente entre tradas ao mundo da readaptação.trabalhei foi a preocupação com o a Universidade do Québec e o Assim, muito rapidamente foi pos-rigor científico e a disciplina. Na CRER, especialmente no campo sível estabelecer pontes com nossosminha longa trajetória de formação das pesquisas em linguagem e mo- colegas aqui do CRER, interessadosmédica em Neurologia e Neuroci- tricidade? e preocupados em encontrar novosência na Europa e na América do caminhos de tratamento para seusNorte, chamavam minha atenção Estou certo de que juntos es- pacientes.o quão perfeitos eram os diagnós- tamos realizando um percursoticos, mas quão pobres eram as op- importante. Vivi experiências an- De forma mais clara, tentamosções para tratar os problemas neu- teriores em que era muito difícil de- mostrar como as palavras podemrológicos, o que não era diferente senvolver relações de parceria, por modificar a atividade muscular dedo que se passava na Argentina na- exemplo, da Argentina com a Fran- maneira objetiva. Pudemos colocarquele momento. ça, ou com os Estados Unidos. No em evidência o que significa a mo- caso do CRER, apesar de falarmos tivação para um indivíduo. Em re- Penso que isso foi uma das coi- línguas diferentes, nossa capacida- adaptação, é preciso sempre traba-sas que me motivou a aproximar de de de comunicação e de entendi- lhar com otimismo, incentivando osalguns grupos de trabalho que se mento é muito boa. Assim, pude- pacientes a terem um olhar positivodedicavam a buscar novas formas mos estabelecer balizas seguras a sobre o futuro. Mas nós o fazíamosde tratamento e que terminou por fim de atingir objetivos realistas, le- de maneira praticamente empírica,me levar para o Instituto de Rea- vando-se em conta as necessidades o que agora se confirma por umadaptação de Montréal, por meio do próprias desses dois mundos, suas base biológica cientificamente com-qual eu conheci o CRER e os cole- capacidades econômicas e contex- provada. Começamos a usar técni-gas que aqui trabalham. tos sociais. Queremos gerar novos cas linguísticas para melhorar a ati- conhecimentos, com base científica vidade motora e já comprovamos, Depois disso, foi possível co- sólida, que possam se traduzir em em estudos realizados em conjuntolocar em relação o Laboratório de melhoria objetiva na vida das pes- com colegas franceses, como a lin-Cinesioantropologia da Universi- soas com sequelas ou com proble- guagem pode, por exemplo, modi-dade do Québec em Montréal com mas neurológicos. ficar a velocidade do movimentoo CRER, com o objetivo de desen- do braço. Se dizemos algumas pa-volver atividades de pesquisa em 3- Que benefícios objetivos os pa- lavras de ação (pegar, largar, virar),Neurociências, especialmente na cientes poderiam esperar desse podemos constatar em indivíduosárea da linguagem e suas relações trabalho de pesquisa que vem sen- normais que há alterações de movi-recíprocas com a motricidade. Nos- do desenvolvido no Brasil, no Ca- mento por elas produzidas, melho-sa ambição é a de contribuir com nadá e em outros países, com sua rando o desempenho. Em sentidonovos conhecimentos para o trata- orientação? inverso, temos estudado como amento de pacientes neurológicos, atividade motora é capaz de mo-não somente do ponto de vista clíni- Primeiramente, creio que é mui- dular a linguagem, como tem de-co, pois importa muito saber como to importante destacar que Goi- monstrado a professora Tatjana Na-a Ciência pode ser aplicada aos pa- ânia, por meio do CRER, está na zir, Diretora de pesquisa do Centrocientes que estão em tratamento de vanguarda ao dedicar-se ao estudo Nacional de Pesquisa Cientírficareabilitação e readaptação, tornan- das questões de linguagem e motri- (CNRS), da Universidade de Lyondo-se uma fonte geradora de ideias cidade. Foi uma ideia que começa- (França), que participou da Jornadae de discussões. mos a desenvolver a partir de 2008. Científica do CRER em 2013. Ela e Quisemos desenvolver uma ideia seus colaboradores têm mostrado É um grande desafio este o de in- científica coerente, que não exigisse como os gestos, especialmente emcrementar a pesquisa científica que investimentos financeiros gigantes- crianças, são capazes de melhorar anossas instituições, em conjunto, cos somente disponíveis em países compreensão em atividades ligadasestão enfrentando face a outras ne- mais sólidos e ricos que os nossos. à linguagem. Esses resultados têmcessidades sociais, às vezes muito A problemática da linguagem e sido já empregados nas escolas naprementes. Creio, porém, que pou- motricidade começa a ter um valor França há mais de dois anos, o queco a pouco, nossas sociedades do científico considerável na Europa nos sugere que poderemos, numhemisfério sul começam a compre- de hoje, com resultados promisso- futuro não muito distante, introdu-ender que para conseguir alcançar res, o que nos dá a possibilidade de zir tais elementos favoráveis à edu-um grau de desenvolvimento social aproveitar do momento para estar- cação infantil aqui em Goiânia.e econômico é preciso investir em mos na vanguarda desses estudos,pesquisa. REVISTA AGIR 7

ENTREVISTA É bom lembrar que o CRER temdentro de suas instalações uma es-cola para as crianças em tratamen-to, e que a aplicação desses conhe-cimentos poderá trazer grandesbenefícios a elas, como a melhoriado aprendizado, por exemplo. Sub-metemos recentemente para publi-cação um artigo científico com algu-mas dessas evidências, do qual umaprofissional do CRER é coautora.Um outro exemplo, é um traba-lho que começamos a desenvolveraqui com a estimulação magnéticatranscraniana, que aproveita seto-res do cérebro que não foram lesa-dos num acidente vascular cerebralpara diminuir suas graves sequelas.Estamos convencidos que daqui apoucos anos isso poderá ter umagrande importância na recuperaçãodesses pacientes.4- Quais são suas impressões sobre 5- Os intercâmbios que já acon- uma enormidade de colaboradoresos progressos já feitos pelo CRER tecem, com a vinda, inclusive, de que ajudam na condução dessesgraças ao interesse e ao engaja- um mestrando seu ao CRER para estudos, aqui são poucos os profis-mento de seus profissionais nessa trabalhar em conjunto com nossos sionais, que são já encarregados delinha de pesquisa? profissionais, também preveem a outras tarefas tão necessárias. Desta ida dos colegas do CRER para cur- forma, cumpre-se um imperativo Sensibilizar as pessoas para a im- sos de aperfeiçoamento sob sua sociológico, que é o de conhecermosportância de se fazer pesquisa cien- orientação em Montréal? bem uns aos outros, uma vez quetífica rigorosa, de boa qualidade, estamos trabalhando juntos.nunca foi coisa simples. O que ha- Os intercâmbios são essenciais. Évia no CRER era uma grande preo- como a leitura de um livro: quando Haverá um outro estudante decupação com a assistência às pesso- a gente lê, pode-se intelectualizar Mestrado do nosso curso que viráas que tinham necessidade de seus o conteúdo, mas nós não podemos ao CRER em março de 2015 e nósserviços. Assim, a pesquisa era uma integrá-lo à nossa vida se não tiver- aguardamos a vinda a Montréal depreocupação, porém não uma pre- mos, nós mesmos, a possibilidade dois profissionais do CRER, tam-ocupação central tendo em vista as de viver aquela experiência que nos bém em 2015, para um aperfeiço-outras necessidades. Graças à deter- chegou pela leitura. Um estudante amento nas técnicas de aplicaçãominação firme de sua Alta Direção e nosso, do curso de Mestrado, veio terapêutica com as quais estamosà compreensão de que a pesquisa é ao CRER em 2014 para compreen- trabalhando em nossas pesquisas,um elemento indispensável ao pro- der o ambiente, o serviço, para co- no sentido sempre de melhorar agresso de uma instituição de saúde, nhecer as pessoas e seu cotidiano. qualidade de vida dos pacientes.pudemos começar a desenvolver Um outro elemento importante étodo um trabalho de parceria, de que, assim, as pessoas aprendem ***Tradução: Dr. Fernando Cupertinomodo a permitir que o CRER con- como e com quais meios as pesqui- coordenador do Centro detinue a responder às necessidades sas são realizadas. Se no Canadá há Estudos do CRERda sociedade, mas que um interes-se pela pesquisa científica pudessegerminar de maneira intensa entreseus profissionais. Houve uma im-pressionante mudança, vista por al-guém de fora, como eu, que tem vi-sitado o CRER anualmente ao longodos últimos cinco anos.8 REVISTA AGIR

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Resumo Balde de gelo “ O CRER Colaboradores do CRER aderi- são características da doença, que em Casa é um ram à campanha mundial que teve possui 15 mil portadores no Brasil e programa de como objetivo chamar atenção da não tem cura. assistência população para uma doença rara, domiciliar a Esclerose Lateral Amiotrófica, co- Em Goiás, 101 pacientes rece- com equipe nhecida como ELA. A campanha bem gratuitamente o medicamento multiprofissional surgiu nos Estados Unidos para ar- Riluzole, único no mercado capaz caracterizado recadação de recursos para pesqui- de retardar a evolução da doença, por um sas sobre a ELA. através da Central de Medicamen- conjunto de tos de Alto Custo Juarez Barbosa, ações e A campanha mundial fez cele- unidade da SES-GO. O CRER pres- orientações bridades tomarem banho gelado ou ta um atendimento integral aos por- aos pacientes e doarem recursos para pesquisas so- tadores de ELA, em que se incluem prevenção, bre a ELA. Fraqueza e atrofia mus- serviços médicos, terapias, exames tratamento cular generalizada, falência respira- e dispensação de aparelhos respira- de doenças e tória e óbito em torno de 36 meses tórios. reabilitação. Aos pais O CRER realizou em 08 de agos- ciente Saulo da Silveira, que apre- to, a Missa em Homenagem ao Dia sentou belíssimas canções. A missa dos Pais. A celebração foi condu- foi dedicada aos pacientes, colabo- zida pelo padre Gregório e contou radores, voluntários e comunidade com a participação especial do pa- em geral.Parágrafo Único “ Jackeline Gomes Borges, médica geriatra do CRER, responsável pelo Serviço de Atendimento Domiciliar, denominado Crer em Casa10 REVISTA AGIR

Certificação como Hospital de Ensino O CRER foi certificado como com especialização, mestrado e dou- ensino e a pesquisa. Como HospitalHospital de Ensino pelos Ministé- torado. Foram considerados todos de Ensino, o CRER vai implementarrios da Saúde e Educação, de acordo os critérios obrigatórios para certifi- ainda mais suas atividades de for-com a portaria de nº 1.687, de 12 de cação, conforme prevê a portaria de mação e de pesquisa. Além das resi-agosto de 2014. Para obter o certifi- nº 2.400/MS/MEC. dências médicas em Medicina Físicacado, vários requisitos foram ana- e Reabilitação (Fisiatria), Radiologialisados pela comissão de Certifica- É missão do CRER oferecer ex- e Diagnóstico por Imagem, Aneste-ção, principalmente a existência de celência no atendimento à pessoa siologia e Medicina Intensiva, a uni-estagiários de diferentes cursos da com deficiência, fundamentado no dade se prepara para a abertura deárea de Saúde, residência médica, ensino e pesquisa. A certificação da residência Multiprofissional. Alémexistência de publicações científicas, unidade como Hospital de Ensino disso, vários projetos de pesquisasinstalações e equipamentos e, ainda, é o reconhecimento do trabalho de- estão em andamento, inclusive como número de profissionais titulados senvolvido ao longo dos 12 anos, parcerias estrangeiras. sempre voltada para a formação, oAtualização Nova modalidade esportiva O CRER realizou no dia 13 de Aconteceu em Goiânia, de 15 a O Takkyu Volley é jogado emagosto o I Curso de Atualização 19 de agosto, o Curso de Formação uma mesa de tênis de mesa usandoem Cateterismo Vesical Intermi- de Instrutores em Takkyu Volley a regra do vôlei. Com 12 jogadores,tente em parceria com as empresas no Brasil, nova modalidade espor- seis por equipe, o esporte foi desen-Medcomerce e Coloplast. Ministra- tiva, que mistura o tênis de mesa volvido na cidade de Osaka, Japão,do pela Estomaterapeuta Alessan- com o vôlei adaptado. O curso, e pode ser praticado tanto por pes-dra Cristiane Silva, o evento contou cujo objetivo era promover o es- soas com ou sem deficiência física.com a participação de médicos, en- porte e capacitar treinadores, con- Durante os cinco dias, os workshopsfermeiros e demais profissionais de tou com o patrocínio da Federação e cursos de instrutores aconteceramsaúde. Japonesa de Takkyu Volley, do co- em locais diferentes. No CRER, o mitê de promoção e da AACLA – curso, foi ministrado no dia 15 deDia da Saúde Associação dos Amigos do Centro agosto, por Yuji Horikawa da Fede- Livre de Artes. ração Japonesa de Takkyu Volley. Em agosto foi promovido o “Diada Saúde no CRER”, com o objetivode oferecer aos colaboradores doHospital dicas de saúde, aferiçãode pressão e verificação do Índicede Massa Corporal (IMC). Com a proposta de conscientizaros profssionais a ter uma vida maissaudável, a iniciativa partiu dasestagiárias do curso de Nutriçãoda Universidade Federal de Goiás- UFG em parceria com o setor daNutrição do CRER. Para contem-plar colaboradores de escalas di-ferentes a programação aconteceunos dias 27 e 28 de agosto. REVISTA AGIR 11

ResumoCongresso de Infectologia Voluntariado As enfermeiras Sorreylla Paulla Os voluntários do CRER partici- balho voluntário desenvolvido noVasconcelos e Tatiane Barbosa Men- param na tarde de 28 de agosto das hospital. A colaboradora doSserviçodes, integrantes da Comissão de atividades em comemoração ao Dia de Voluntariado do CRER, AndreiaControle de Infecção Hospitalar Nacional do Voluntário, promovi- de Freitas, recebeu o certificado das(CCIH) do CRER, participaram nos das pelo Centro Goiano de Voluntá- mãos da coordenadora-geral dadias 22 e 23 de agosto do Congres- rios (CGV) da Organização das Vo- OVG, Eliana França, que ressaltou aso Centro-Brasileiro de Infectologia, luntárias de Goiás (OVG). Durante importância de desenvolver progra-Controle de Infecção, Imunização o encontro, o CRER recebeu home- mas de voluntariado para apoio àse Medicina Tropical – MultiSaúde, nagem do CGV pelos 9 anos de tra- atividades.que aconteceu no Centro de Con-venções de Goiânia. Dedicação em dobro - Sheila de Oliveira é paciente do CRER desde 2005. O início do seu tratamento despertou o interesse em sua mãe, Imaculada Oliveira, de se tornar voluntária. “Aproveitei a oportuni- O congresso foi promovido pela dade de acompanhar a minha filha para também ajudar os outros pacientes”. Juntas, mãe e filha parti-Sociedade Brasileira de Infectologia, cipam das atividades na Arteterapia e compartilham momentos de trabalho, solidariedade e muito amor.Controle de Infecção Hospitalar,Imunização e Medicina Tropical, e Troca de experiênciasreuniu especialistas de todo o País,que debateram temas atuais rela- O CRER é referência em Goiás ecionados à prevenção, diagnóstico e também em outros estados. Um exem-tratamento de doenças, como a den- plo disso foi a visita da Diretora Mul-gue e outras doenças virais, bacte- tiprofissional de Reabilitação do hos-rianas e parasitárias. pital, Sônia Helena Adorno, ao Centro de Reabilitação Infantil e Adulto daTítulo de mestre cidade de Natal, RN. A Gerente de Enfermagem do Sônia, que foi convidada para co-CRER, Viviane de Queiroz Clemen- nhecer o Centro e apresentar os servi-tino, foi aprovada, em 28 de agosto, ços oferecidos pelo CRER, participouna defesa de sua dissertação para ob- também no dia 01 de setembro da Ofi-tenção do título de Mestre em Ciên- cina de Educação Permanente.cias Ambientais e Saúde pela Ponti-fícia Universidade Católica de Goiás(PUC-GO). O trabalho desenvolvidopela profissional “Estratégias Edu-cativas no Processo de Reabilitaçãoda Pessoa com Lesão Medular” teveorientação da professora Dra. Va-nessa da Silva Carvalho Vila.12 REVISTA AGIR

Serviço de odontologia mensal de 400. crianças chegam à adolescên- Um dos diferenciais do Ser- cia sem comprometimentos na O Serviço de Odontologia saúde bucal.do CRER completou um ano viço de Odontologia do CRERde atendimento no dia 5 de se- é o atendimento especializa- Durante a semana em que setembro, chegando ao marco de do para bebês, que contempla comemorou um ano do serviço,mais de 22 mil procedimentos. também a orientação para os foram distribuídos kits de higie-Mensalmente foram realiza- pais sobre a importância da ne bucal infantil e adulto, alémdos, em média, 1.900 procedi- prevenção. Desta forma, as de brinquedos para as crianças.mentos, ultrapassando a metaGestão de Pessoas com Deficiência A Diretora Multiprofissional deReabilitação, Sônia Helena Adornode Paiva, e a Gerente de RecursosHumanos, Juliana Xavier, partici-param nos dias 9 e 10 de setembrodo 1º Congresso Goiano de Gestãode Pessoas com Deficiência e Rea-bilitados do INSS, promovido peloFórum Goiano de Inclusão no Mer-cado de Trabalho da Pessoa comDeficiência e Reabilitado pelo INSS(FIMTPODER). O encontro, realizado no CentroCultural Oscar Niemeyer, teve porfoco exclusivo qualificar gestoresde recursos humanos e diretores deempresas em relação ao preenchi-mento de suas vagas com reabilita-dos da Previdência Social e pessoascom deficiência. REVISTA AGIR 13

ResumoReconhecimento Transplantes Os colaboradores do CRER, Ana A Central de Transplantes do Es-Cristina Amorim e Ângela Maria tado de Goiás promoveu no dia 23Souza, ambas da área médica, e de setembro, o curso de CapacitaçãoHercílio Barbosa, psicólogo, partici- no Processo de Doação de Órgãos eparam nos dias 11 a 13 de setembro Tecidos para Transplantes. O objeti-do XXIV Congresso Brasileiro de vo do evento é contribuir para escla-Medicina Física e Reabilitação, em recer a sociedade sobre o processoGramado - RS. O trabalho científico de doação de órgãos e tecidos para“Efeitos Adversos na Estimulação transplantes. A capacitação aconte-Magnética Transcraniana Repetiti- ceu no Auditório da Multiprofissio-va” apresentado pelos colaborado- nal de Reabilitação do CRER.res foi classificado em 1º lugar.CRER: 12 anos todos os 246 municípios de Goiás e como referência nacional em reabi- 17 estados do Brasil. O número de litação oferecendo atendimento nas Na manhã do dia 25 de setembro, procedimentos superou a marca de quatro modalidades de deficiênciadata em que o CRER completou 12 10 milhões”, comemorou o superin- física, auditiva, intelectual e visual.anos, uma missa em ação de graças, tendente executivo da AGIR, Sérgio O CRER desde a sua criação mu-foi celebrada pelo Arcebispo Eméri- Daher. dou a história de Goiás. Parabénsto de Goiânia e Diretor-Presidente a todos que fazem o dia a dia destada AGIR, Dom Antônio Ribeiro. A primeira-dama e presidente Instituição”. da OVG, Valéria Perillo, falou com “Hoje, de fato, é dia de come- muita alegria sobre o Hospital. PROGRAMAÇÃOmoração! Nesse último ano, muito “Nós só temos que agradecer pelas Ao longo de uma semana váriasconquistamos e reafirmamos nosso bênçãos que nós recebemos nessescompromisso com a qualidade, a 12 anos desta Instituição. O CRER apresentações e atividades foramhumanização dos serviços, a quali- nasceu para dar qualidade de vida realizadas. A Orquestra de Violeirosficação profissional e a área de en- às pessoas com deficiência, e hoje, de Goiás emocionou o público comsino e pesquisa. Ao longo desses 12 em tão pouco tempo, é reconhecida músicas tradicionais sertanejas.anos, o CRER atendeu mais de 306mil pacientes, numa abrangência a14 REVISTA AGIR

Dia das Crianças O CRER comemorou o Dia dasCrianças, no dia 10 de outubro, commuita diversão e guloseimas, mas,também com importantes dicas deprevenção da saúde bucal. O servi-ço de Odontologia do CRER ofere-ceu aos pequenos pacientes 600 kitscom escova e pasta de dente. Os kitsforam doados pela Maxdescarte In-dústria de Descartáveis Hospitala-res e Odontológicos e pela Colgate. O evento aconteceu na quadrade esportes e contou com apresen-tação musical. Foram distribuídoscachorro quente, algodão doce, pi-poca, frutas, sorvete cremozinho eoutros brindes para a criançada. Ascrianças também se divertiram compula-pula, palhaços, pinturas artís-ticas, balões e com as fantasias ves-tidas pela equipe do setor de multi-profissional e odontologia. Para a realização do Dia dasCrianças, o CRER contou com aimportante colaboração de grandesparceiros: Voluntários que Creem;Grupo doar Gyn; Festoon Kids;Maxdescarte; Colgate; Zema; Sor-vetes Cremosinho; Grupo Cicopal;Grupo Coletando Sorrisos; TarcízioJr. Pinturas; Criatto Fantasias; Fa-culdades Universo, turma de fisio-terapia e Liga da Academia de Edu-cação e Saúde da UFG.Livro Música A fonoaudióloga do CRER Giane Passos Lozi A música invadiu o ginásio de Fisioterapia Adulto no(ver página 37) lançou , no dia 15 de outubro, seu CRER na tarde de 28 outubro. Ao som de jazz, samba,primeiro livro: “Estimulando a linguagem: aprendi- bossa nova e blues, o grupo instrumental “Três em Um”zagem por meio de categorias semânticas”. Segun- trouxe alegria e descontração aos pacientes e colaborado-do a autora, a obra vai auxiliar outros fonoaudiólo- res do hospital. O “Três em Um” é formado por Genny-gos, pedagogos, psicólogos e pais na estimulação son (teclados) pelos músicos Emídio de Queiroz (guitarrade crianças para o desenvolvimento adequado da e violão), Ricardo de Pina (bateria) e Moisés Feitosa (bai-linguagem. xo elétrico/acústico). Os shows são totalmente gratuitos com duração de uma hora. O grupo faz parte do projeto O lançamento aconteceu no auditório Valéria Alegria Para Quem Precisa e conta com o patrocínio doPerillo, no CRER, e contou com o prestígio de fami- Fundo de Cultura.liares, amigos, acadêmicos e profissionais da área. REVISTA AGIR 15

ResumoOutubro Rosa No mês de outubro, oscolaboradores do CRER eHDS abraçaram a campanha#OutubroRosa e aderiram àação. O mês de outubro édedicado às ações relacio-nadas ao câncer de mama eà saúde da mulher. O diag-nóstico precoce da doença éo primeiro e mais importan-te passo para a cura.Halloween Os colaboradores do Serviço de Atendimento ao Cliente doCRER se caracterizam para festejar o Dia de Halloween. Se-gundo Michelle Fernanda Faria, responsável pelo setor, açõescomo essa são importantes para alegrar o ambiente de trabalho. 16 REVISTA AGIR

Jornada Científica do CRER Nos dias 5 e 6 de novembro, oCRER realizou a 12ª. edição da Jor-nada Científica, simultânea ao IISimpósio Internacional em Lingua-gem e Motricidade. Em diversasatividades, ao longo dos dois dias,profissionais ligados à área da Saú-de e Reabilitação se reuniram paradiscutir a “Qualidade no Cuidado eSegurança do Paciente”. Na programação, palestras,workshops e mesa redonda paradiscussões relevantes sobre impor-tantes temas, com a participação derenomados profissionais do Brasil eexterior, como Victor Frak, neurolo-gista especialista em Ciência Congi-nitiva, professor e pesquisador daUniversidade do Québec-Montreal,Canadá (ver página 6). O evento, que a cada ano tem sesuperado em número de participan-tes e qualidade, contou também comuma área de exposição de estandesde empresas ligadas à área da saúde. REVISTA AGIR 17

Resumo Modelo SUS Entre os dias 3 e 7 de novembro, o CRER recebeu a visita do Ministério da Saúde, por meio do Departa- mento de Ações Programáticas Estratégicas, para de- senvolvimento de projeto em formato de Hipervídeo dentro do hospital. O objetivo é apresentar as ações de saúde e de boas práticas desenvolvidas nas Redes de Atenção à Saúde. O CRER foi escolhido pelo trabalho de excelência e referência que realiza em Goiânia para pacientes que necessitam de reabilitação e readaptação. Na oportu- nidade, foram realizados os registros de grande par- te dos serviços oferecidos no hospital, entrevistando profissionais e clientes.18 REVISTA AGIR

Paz Universal Há 36 anos uma história de sucessoFundada em 14 de Junho de 1978, a empresa, desde então dirigida pela empresária MariaHelena Rodrigues, vem demonstrando sua verdadeira vocação para inovação e modernidade.O que começou como um modesto negócio de serviços funerários se transformou, ao longodo tempo, em um dos mais sólidos e respeitados grupos do ramo no país, atuando de formadinâmica, modernizando os processos e humanizando o atendimento. A experiência adquiridaao longo deste tempo se traduz em projetos como o da unidade de Uberlândia, que busca alinharbom gosto e sobriedade ao conforto e a comodidade, características que conferem a esta unidadeo status de piloto do programa de expansão da empresa, que hoje conta com 10 unidades eclientes ativos em mais de 80 municípios, em Goiás e no Triângulo Mineiro. Outros pontosrelevantes sobre o programa de expansão da Paz Universal são a aquisição de uma área de2,420m² em São Luís dos Montes Belos, para a edificação da unidade daquele município e oinício das obras da unidade de Aparecida de Goiânia, além da reforma da matriz em Goiânia,que receberá um acréscimo de mais de 100% em sua área construída. Por tudo isso, podemosafirmar que a Paz Universal, hoje, é literalmente um canteiro de obras, aparelhando, ampliando,edificando novas unidades, dentro do mais alto padrão de qualidade, sem deixar de lado osaspectos humanos e a qualificação profissional, razão primeira desta trajetória de sucesso.www.pazuniversal.com.br Excelência em Atendimento REVISTA AGIR 19

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ARTIGO PREVENIR E CONTROLARINFECÇÕES, UMA NECESSIDADEA infecções fazem fissionais de saúde da rede básica. diretos, tais como internações pro- s Outra medida de prevenção é evi- longadas, com menor rotatividadeparte da história da humanida- tar o contato com pessoas doentes, de pacientes e, consequentemente, e quando isso ocorrer, realizar a hi- menos vagas para atender a deman-de, e resultam da interação entre o gienização das mãos, seja com água da existente. e sabão, ou usando álcool gel. Émicro-organismo, o hospedeiro e o importante também que não se use Para participar dessa campanha, antibióticos sem prescrição médica, convidamos e convocamos você aambiente. Desde a descoberta dos uma vez que o uso desnecessário ou higienizar suas mãos, e não deixar por tempo inadequado promoverá que “superbactérias” ganhem estaantimicrobianos, vislumbrou-se o aparecimento dos micro-organis- luta. A Comissão de Controle de In- mos resistentes. fecção Hospitalar (CCIH) do CRERum grande avanço, em virtude do conta com você, seja como profis- No ambiente hospitalar, a ma- sional, paciente ou acompanhante,sucesso terapêutico advindo da Pe- neira mais eficaz de prevenir as e nossa ação resultará em melhora infecções por germes multirresis- na qualidade da assistência ofere-nicilina. Sucessivamente novos an- tentes é usar racionalmente os an- cida. Vamos CRER, combater com tibióticos, o que significa, não usar nossa melhor arma.timicrobianos foram descobertos, antibióticos profiláticos por tempo além do necessário; evitar o uso de Adriana Oliveira Guilarde,no entanto, a progressão dos micro- drogas de largo espectro, em situa- médica infectologista, presidente da ções em que não houver indicação CCIH / CRER – Comissão de Controleorganismos tem superado a indús- das mesmas, bem como não esten- der o tempo de terapia além do de Infecção Hospitalartria farmacêutica. A pressão seletiva preconizado. Para o controle desses REVISTA AGIR 21 agentes, a principal ferramenta dis-exercida pelos antibióticos favorece ponível é a HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS. A Organização Mundiala disseminação de bactérias que são de Saúde lançou campanha, que ressalta a importância desse gesto,resistentes, e que podem comparti- com o tema “Mãos limpas salvam vidas”. Apesar de uma medidalhar seu padrão de resistência com simples, as evidências apontam que há baixa adesão dos profissionais aoutras bactérias, possibilitando o esse gesto simples e eficaz.crescimento desses agentes, deno- É necessário que todos se mobili- zem para evitar a perpetuação des-minados bactérias multirresisten- ta realidade microbiologicamente dramática, que pode levar a muitastes, ou “superbactérias”. mortes, além de custos diretos e in-Esses micro-organismos repre-sentam grande desafio, em funçãodas limitadas opções terapêuticasdisponíveis. Diante desse fato, osprofissionais de saúde e a comuni-dade, devem se empenhar para pre-venir e controlar infecções por essesagentes.Na comunidade, a primeira me-dida para evitar a doença é a vacina-ção, quando indicada, notadamentepara grupos com maior risco, taiscomo: extremos etários, imunode-primidos (ex: AIDS, pacientes emuso de quimioterapia, corticoidesem altas doses). Orientações sobrevacinas disponíveis podem ser da-das pelo pediatra, geriatra, ou pro-

ARTIGOAnálise biomecânica da influência da mobilidadedo tornozelo na órtese KAFO sobre a marcha: um estudo pilotoO objetivo deste estu- cha, com o que há de mais atual em obliquidade pélvica), acompanhada instrumentação disponível hoje no de uma menor atividade eletromio-do foi analisar de forma biomecâni- mercado mundial. Equipado com gráfica do músculos quadrado lom-ca qual seria o melhor ajuste da órte- 12 câmeras para análise cinemática, bar, além da melhora da cadência ese KAFO. 4 plataformas de força para análise velocidade da marcha. Isso significa cinética, 1 aparelho de eletromiogra- que ao utilizar a órtese KAFO com Antes de tudo é importante en- fia sem fio para análise da atividade o tornozelo articulado ela torna atender que órteses são dispositivos muscular e 1 aparelho de baropodo- marcha mais eficiente, com menorexternos ao corpo que tem como metria. Este laboratório será inaugu- esforço e consequente menor gastofunção melhorar o alinhamento de rado já no começo de 2015, mas em energético do que se o seu tornozeloum membro e/ou melhor sua fun- sua fase de testes, durante os meses estivesse fixado.ção, e no caso da KAFO a sua função de agosto e setembro, já foi possívelé permitir a realização da marcha, realizar este estudo piloto sobre o O presente estudo trata-se apenasou seja do caminhar, para pacientes uso da KAFO. de um estudo piloto, ou seja um es-que não tem movimento nas pernas. tudo destinado a testar um método Neste estudo transversal foi de pesquisa e por isso, estes dados A KAFO é uma órtese que foi de- realizado a análise cinemática e ele- ainda não são conclusivos, pois o es-finida de acordo com as iniciais em tromiográfica de um paciente com tudo ainda será ampliado com umainglês das articulações que ela atra- lesão medular (lesão em T11), do amostra maior e afim de se obter da-vessa: “Knee-Ankle-Foot-Orthosis”, sexo masculino e com 32 anos de dos mais confiáveis.também conhecida no Brasil como idade. Ele usou a órtese KAFO e o“Tutor longo” ou “Cruro-podálica”. andador para realizar a marcha in- Paulo Fernando Lôbo Corrêa, Darlan Mar-Muito utilizada por pacientes com dependente, na qual foi analisado e tins Ribeiro, Rodrigo da Silveira Camposlesão medular baixa que não tem comparado a sua marcha com o tor- e Marco Antônio Dias, fisioterapeutas,movimentos nas pernas ou este mo- nozelo da KAFO articulado e com Maykon Lacerda de Santana, engenheirovimento é insatisfatório para que ele ele fixo. Os resultados do estudo mecatrônico, Manuella Barreira Amorimconsiga caminhar. A órtese mantem mostraram que com o tornozelo ar- Mello e Mara Lúcia Rassi Guimarães Car-o joelho do paciente estendido e ticulado há uma menor elevação daassim permite que ele fique em pé, pelve no plano frontal (denominado neiro, médicas fisiatras, e João Alírio Teixeiradesde que tenha algum movimento da Silva Junior, médico ortopedista.e controle dos músculos da pelve.Assim, após treino específico reali-zado nas sessões de fisioterapia elepode conseguir caminhar com a ór-tese em conjunto com barras parale-las, andador ou até mesmo muletas. Um questionamento ao prescre-ve-la é em relação ao tornozelo daKAFO, se este deve ficar fixo (tra-vado) ou articulado (de forma quepermita alguns movimentos do tor-nozelo). Para responder a esta dú-vida foi utilizado o Laboratório deAnálise do Movimento do CRER,um moderno e sofisticado laborató-rio especializado na análise da mar-22 REVISTA AGIR

TERCEIRO SETORGuia Feliz Idade - Portal disponibiliza guia médico e conteúdo exclusivo para a terceira idadePor: Nayana Bricat, assessoria cadastrados e anunciantes e ainda possível criar uma página exclusiva mais atratividade para os idosos no site para mostrar o serviço ofe-O Guia Feliz Idade foi que acessam o portal. Para os em- recido a Terceira Idade. Atualmen- presários e profissionais liberais te o site tem cerca de 10 mil acessoscriado em 2013 por três profissionais que desejam se cadastrar Guia Feliz ao mês, além das redes sociais quegoianos que trabalham em contato Idade, basta entrar no site e ir na se- concentram mais de 500 visualiza-direto com a Terceira Idade. A ideia ção cadastro gratuito. Para aqueles ções diariamente. Para obter outrasinicial partiu do fisioterapeuta Gui- que desejam ter destaque no site, informações entre em contato com alherme Afonso Neto, com o intuito existem os planos Bronze, Prata e equipe do Guia Feliz Idade atra-de garantir a inclusão dos idosos na Diamante que podem ser mensais, vés do e-mail [email protected] moderna, já que o país semestrais ou anuais, com valores com ou pelo telefone (62) 3088-5558.passa por um grande processo de acessíveis a partir de R$ 24,90. Para conhecer o site basta acessarenvelhecimento e a tendência é que www.guiafelizidade.com.br. a população passe a viver mais nos No Guia cada profissional quepróximos anos. Além de Guilherme é assinante é apresentado com sua Twitter: @guiafelizidadeestão no projeto dois geriatras, um foto, suas especialidades e um cur- Facebook: www.facebook.com/deles Fernando Henrique de Paula e rículo com todos os endereços deo presidente da Sociedade Brasileira atendimento. Para as empresas é guiafelizidadede Geriatria e Gerontologia de Goi-ás Ricardo Borges. A intenção doscriadores do Guia é que os idosostenham mais atenção e passem a termaior qualidade de vida e um enve-lhecimento saudável. O portal é o primeiro do Brasilque funciona como um guia médi-co e ao mesmo tempo traz conteú-do exclusivo para a terceira idade,aliando saúde e bem estar, tudoisso com um visual agradável e comferramentas de fácil acesso. O siteinaugura uma lista unificada comdiversos profissionais da saúde deGoiás que prestam serviços aos ido-sos. Além disso, o portal ainda levaaos internautas experientes váriasinformações importantes sobre saú-de, moda, culinária e outros temasrelevantes para a melhor idade. Neste mês o site inaugura seunovo layout com um visual agra-dável e organizado. A mudançaproposta pelos sócios traz novasferramentas para os profissionais REVISTA AGIR 23

ESPAÇO DO PACIENTE 38 ANOS DE SUPERAÇÃOAparecido chegou ao HDS aos 14 anos de idade para tratar ferida crônicaPor: Naicléia SilvaS nove anos e o pai aos 13. Aos 14, a dias na clínica foram bem difíceis. uperação. Essa é a pala- irmã mais velha conseguiu um enca- “No começo sentia falta de tudo, davra que exemplifica bem a história minhamento por meio da prefeitura vida lá de fora. Naquele tempo nãode Aparecido Silvestre de Araújo, 52 da cidade de São Luiz de Montes tinham remédios específicos, o tra-anos, natural de São Luiz de Mon- Belos, para fazer tratamento na Co- tamento era com medicação expe-tes Belos (GO). É paciente interno do lônia Santa Marta, hoje HDS, admi- rimental e os curativos eram feitosHospital de Dermatologia Sanitária nistrado pela AGIR. Ele relata que por freiras”, diz ele.e Reabilitação Santa Marta (HDS), teve uma infância bem difícil. “Sofriantiga Colônia Santa Marta. Sua muito preconceito por causa das fe- A Colônia Santa Marta foi funda-chegada à Colônia foi em outubro ridas, tive que parar de estudar. Na da pelo grupo de religiosas, as irmãsde 1978, quando tinha 14 anos. Le- época todos achavam que meu pro- Vicentinas, vindas de Minas Ge-vado para a clínica pela irmã Bene- blema era lepra (também chamada rais. Durante algum tempo as irmãsdita de Araújo, já falecida, o objetivo de Hanseníase), uma doença conta- eram quem faziam os curativos dosera fazer um tratamento em lesões, giosa, por isso fui excluído da vivên- pacientes internos. Segundo Apare-que foram desencadeadas durante cia social”. cido, a medicação correta foi desco-sua infância. berta em 1986, somente a partir daí Aparecido conta que os primeiros houve um avanço em seu tratamen- O paciente perdeu a mãe aos24 REVISTA AGIR

“O que mais gosto “ de fazer é cuidar da horta comunitária, passear e conversar com os amigos, também moradores do hospitalto e as dores foram amenizadas. dos projetos promovido pela nova to, e o hospital conta com uma equi- Em 1987, mesmo sofrendo pre- administração é realizar atividades pe multiprofissional capacitada a de humanização e reintegralização oferecer atendimento humanizadoconceito, ele decidiu fazer supletivo social aos pacientes. a todos os pacientes. Atualmente oe concluir os estudos, fez então o cur- senhor Aparecido continua o tra-so técnico de auxiliar em enferma- “Após AGIR assumir a gestão, tamento de uma lesão na perna di-gem. Depois de formado, ajudava tudo mudou. Houve uma reformu- reita e de uma atrofia no dedão donos curativos e cuidados dos outros lação na estrutura do hospital, um pé esquerdo. Durante esses 38 anos,pacientes. Durante esses 38 anos de tratamento mais digno. Foi criado vivendo como paciente interno detratamento, a maior dificuldade, se- um espaço exclusivo para eventos, a um hospital exigiu de Aparecidogundo ele, foi superar o preconceito “Casa Viva” onde são realizadas as paciência e perseverança. Virtudesdas pessoas e o sentimento de exclu- festas e diversas atividades”, conta. que proporciona a ele êxito no tra-são da sociedade. Apesar de não ter Atualmente são 25 moradores em tamento.formado uma família, é um homem tratamento, cada um tem seu quar-de alto astral, alegre e receptivo. REVISTA AGIR 25 Hoje com 52 anos, um homemsimples e humilde, dono de umaolhar expressivo, ao ser questionadose é feliz, a resposta é positiva. Eleafirma que, apesar de ter passadopor momentos ruins, considera-serealizado. Ele conta que tem recebi-do atenção e carinho dos profissio-nais do HDS e durante o dia realizavárias atividades no local. “O quemais gosto de fazer é cuidar da hor-ta comunitária, passear e conversarcom os amigos, também moradoresdo hospital”, declara. Há um ano a Associação Goia-na de Integralização e Reabilitação(AGIR) assumiu a administração doHDS. “Houve mudanças após novaadministração. Hoje temos a opor-tunidade de fazer passeios externos,como ir a Shoppings, e são realiza-das festas em datas comemorativas,coisas que antes não tínhamos”, dizAparecido com entusiasmo. Um

É BOM SABER PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO CRERPor: Thaís Dutra tem o intuito de oferecer segurança resíduo comum é feito pela forma e qualidade de trabalho aos profis- tradicional, chamada de doméstica,O sionais direto e indiretamente en- e levado ao aterro sanitário, porém, Plano de Geren- volvidos com a coleta de resíduos o infectante também é enviado aociamento de Resíduos Sólidos dentro e fora da instituição, prote- aterro, mas ressalta-se que o mesmo(PGRSS) do Centro de Reabilitação gendo de riscos biológicos, ergonô- é tratado previamente antes do des-e Readaptação Dr. Henrique San- micos e da saúde psicossocial. carte. Já os demais resíduos comotillo (CRER) é um documento que os químicos e perfurocortantes, quenormatiza todos os procedimentos COLETA INTERNA também precisam ser tratados, sãoque envolvem o processo de ma- levados para incineração em umanejo e descarte de resíduos sólidos Atualmente, existem dois tipos empresa terceirizada.desde o tratamento até o destino de coletas dentro na instituição. Afinal, sendo que o plano deve ser Coleta 1 é feita pelos colaboradores Os materiais recicláveis são se-obedecido por todos os colabora- da higienização, retirando os resí- gregados e vendidos para empresasdores do hospital em todas as suas duos das áreas comuns do hospital, que fazem o trabalho de reciclagem,etapas. como quartos de internação, postos já que o CRER se preocupa em dire- de enfermagem, área administrati- cionar matérias para promoção de De acordo com o Biólogo Da- va e os demais setores. Em seguida, zelo e precaução ambiental.niel Paiva de Oliveira, responsável os resíduos são colocados em con-técnico pelo Serviço de Resíduos têineres na sala de resíduos, para DIFERENCIAÇÃOHospitalares, para o melhor cum- que fiquem em local seguro, ondeprimento do PGRSS de uma empre- pacientes e colaboradores de outras Foi adotado universalmente quesa que busca a sustentabilidade, é áreas não tenham acesso. cada tipo de resíduo fosse descar-necessário internalizar práticas só- tado em um saco plástico de corcio-ambientais. “Essas políticas são A Coleta 2 é realizada também preestabelecida. No CRER existemfeitas a partir da mudança compor- pelos profissionais da higienização, as lixeiras disponíveis na área ad-tamental dos colaboradores, para porém, são encarregados de trans- ministrativa de cor azul com sacoque se atentem em fazer a correta portar os resíduos de dentro das sa- plástico também azul, por exemplo,segregação e também para que co- las de resíduos até o abrigo, assim, para o descarte de papéis em condi-nheça de fato as melhores práticas para realizar essa coleta, os profis- ções de serem reciclados.do PGRSS, assim, para reafirmar sionais precisam estar devidamenteesses procedimentos, educação am- paramentados, com o uso total de Para o Biólogo, as cores são umabiental é fundamental”, afirma. todos os EPI´s adequados, confor- forma de chamar a atenção de co- me preconizado na normativa NR- laboradores e pacientes para que Para a implantação do Plano de 32 e ainda, após o transporte dos se atentem ao tipo de lixeira queGerenciamento foram obedecidas resíduos do expurgo até o abrigo, deverão descartar determinadosprerrogativas dos Ministérios da os mesmos serão armazenados nos resíduos. “Estamos buscando darSaúde, do Trabalho e Emprego, do recipientes conforme as classes de- procedimento de cores dentro doMeio Ambiente, além de normas da lineadas na RDC 306/2004, garan- hospital para facilitar a segregação.ABNT vigente para essa temática, tindo assim a eficácia do manejo. Quando colocamos uma lixeira emuma vez que: “Hospitais produ- um local de cor diferente, este é umzem resíduos com características COLETA EXTERNA indicativo que sinaliza a segregaçãodiferenciadas, que podem oferecer de forma correta, sendo que são de-riscos à saúde da população, por Hoje, a coleta de resíduos só- lineados treinamentos para reforçarisso que cabe a nós, os geradores lidos, seja comum ou infectante é ações coerentes”.dos resíduos, gerenciá-los dentro realizada pela Companhia de Ur-das normativas e se possível irmos banização de Goiânia (Comurg). O Também são fixados adesivosalém”, explica o Biólogo. indicativos em todas as lixeiras, O gerenciamento de resíduos26 REVISTA AGIR

informando qual tipo de resíduo forma segura dos resíduos produ- nistração do CRER em transformarpoderá ser descartado naquele lo- zidos no hospital. o departamento também em umcal. “Tentamos nos cercar de todas local seguro para os colaboradoresas maneiras para favorecer nossos Dentro do abrigo existem espa- da área e que consiga atender todacolegas de trabalho e podermos ços e contêineres que dão continui- a demanda do hospital, o Abrigo desegregar de forma correta. Assim, dade à segregação dos resíduos, Resíduos foi reconhecido pelas au-com as identificações cumpriremos sem misturar produtos químicos toridades no assunto como o Abri-e contemplaremos o que é preconi- com biológicos, hemoderivados go referência em Goiás.zado no Plano de Gerenciamento com infectantes, entre outros. “Ode Resíduos Sólidos da instituição, abrigo do CRER é compartimenta- Logo, devido ao trabalho desen-já que com lixeiras adesivadas os lizado para que cada resíduo tenha volvido na unidade e ao reconhe-processos são mais fáceis de serem seu espaço totalmente sinalizado e cimento é rotineiro a instituiçãoexecutados”, destaca o profissional de restrito acesso a qualquer pro- receber a visita técnica de represen-de resíduos sólidos. fissional não vinculado à área de tantes de outras unidades hospita- higienização. É o local onde colo- lares para conhecer nossas instala- Já para o descarte de materiais camos os resíduos à disposição da ções, incluindo o abrigo, uma vezclassificados como perfurocor- coleta externa”, informa o respon- que o mesmo se tornou referênciatantes são disponibilizadas caixas sável técnico. estrutural e com um arrojado di-apropriadas. Os hemoderivados, mensionamento que contempla to-aqueles produtos que contêm san- Em relação à preocupação am- das as medidas de segurança parague no estado livre, são descarta- biental, a Associação Goiana de In- o manejo ambientalmente corretodos em lixeiras que possuem saco tegralização e Reabilitação (AGIR), dos resíduos, minimizando assimplástico de cor vermelha, logo, pa- que administra o CRER, realizou, impactos ambientais, laborais e dadronização no PGRSS é fundamen- em 2014, uma obra em frente ao saúde pública.tal e essencial para que a prática do abrigo, no pavimento asfáltico paramanejo ocorra sem intercorrências. que o chorume que caísse do cami- Para a gestora de hotelaria hos- nhão coletor não contaminasse o pitalar do CRER, Ilma Martins daABRIGO DE RESÍDUOS SÓLIDOS solo, assim, “como a camada asfál- Costa, que respondeu pelo PGRSS tica era muito fina, o chorume po- por aproximadamente 10 anos, rei- O Abrigo de Resíduos Sólidos deria contaminar o solo e o lençol tera que a administração da unida-da instituição foi ampliado em 2014 freático. Em decorrência disso hou- de e da AGIR teve um papel funda-para atender a demanda à época, ve nesta área o investimento em mental para a realização das obrase pensando também nas futuras uma camada impermeabilizante de de ampliação do Abrigo de Resídu-necessidades do hospital. O local concreto”, explica o técnico. os. “A gente não consegue ser refe-é um lugar devidamente dimen- rência e ter estrutura e equipamen-sionado, e obedece às legislações RECONHECIMENTO tos adequados se a administraçãovigentes para o armazenamento de não estiver envolvida”. Devido à preocupação da admi- REVISTA AGIR 27

SUPERAÇÃOBALLET TERAPÊUTICO DO CRER Movimentos pela reabilitação de pacientes infantisPor: Thaís Dutra pacional Izabel Martins, dentre as para comprar os objetos que as me- meninas do Ballet Terapêutico, uma ninas precisam durante as aulas”,O possui paralisia braquial, uma tem ressalta Izabel. Ballet Terapêutico foi síndrome de Down, duas têm defi-criado em janeiro de 2013 no CRER, ciência intelectual e cinco têm para- EXERCÍCIOScom o objetivo de proporcionar uma lisia cerebral cognitiva parcial. “Sãoespécie de reabilitação diferenciada, crianças com diagnósticos mais le- Segundo a terapeuta ocupacio-que poderia chamar mais atenção de ves e que têm uma ânsia por tera- nal, cada paciente tem uma deter-determinadas crianças em tratamen- pias que não sejam convencionais”, minação de exercício específica de-to na instituição. Desde a sua im- explica. vido ao diferencial corporal. “Cadaplantação, essa terapia conta com o paciente tem diferenças físicas,acompanhamento de uma terapeuta A relação entre as crianças, du- como alteração no pisar do pé, umocupacional, também formada em rante a terapia com dança também braço menor, quadril caído. É no-dança, e uma fisioterapeuta. trouxe uma aproximação entre os tório quando elas ficam com raiva pais e responsáveis, que esperam pelo corpo não responder neurolo- As dez meninas que participam pacientemente as meninas saírem gicamente ao movimento que que-do Ballet Terapêutico atualmente da aula de ballet. “As mães se unem rem fazer”.são, necessariamente, diagnostica- em momentos de pré-apresenta-das com alguma deficiência nível 1, ção, principalmente no CRER, para Às vezes, ao tentar praticar umaconsiderada leve quando compara- comprar as roupinhas e acessórios. ação que a limitação de cada pa-da em uma escala que mede a gra- Começou a nascer até uma amiza- ciente não corresponde, as meni-vidade de 1 a 5 e, assim, não apre- de entre as mães, que saíam juntas nas, por exemplo, batem no pé quesentam grandes limitações físicas e não se endireita ou tentam esticar ocognitivas. De acordo com a terapeuta ocu-28 REVISTA AGIR

braço que é menor. escola, sem contar na facilidade de mais inseridas na sociedade, a tera- No entanto, com a prática e concentração e memorização”. peuta ocupacional Izabel Martins orienta que os responsáveis pelasaprendizado de acordo com as con- Por essas crianças não se interes- crianças as inscrevam na Escola dedições de cada uma, as pacientes sarem tanto pelas terapias conven- Arte Veiga Valle.passaram a adaptar os exercícios cionais, por as considerarem ativi-para seu corpo e limitação e, assim, dades tediosas, o Ballet Terapêutico “Além da nossa preocupaçãoconseguem realizar a ação desejada ajudou as pacientes a perceberem os com a lista de espera de pacientescom êxito. benefícios pela prática das demais do CRER, queremos que os pais te- terapias que fazem no CRER. nham um plano B para as meninas,BENEFÍCIOS fora da instituição”, explica. Sempre que conveniente, Iza- As meninas realizam diversos bel Martins provoca as meninas a Apesar de o processo de recebi-movimentos que auxiliam na me- ajudar umas às outras. “Quando a mento de alta hospitalar ser doloro-lhora tanto do campo físico quanto sapatilha de uma das pacientes de- so, como destaca Izabel, o fato de aspsicológico. “Associamos o Ballet samarra e ela não consegue fazer o meninas saírem do Ballet Terapêu-às terapias convencionais para tra- “lacinho”, eu peço para a colega do tico e entrarem em uma escola dezer o interesse das crianças. Assim, lado amarrar, o que faz com que elas dança gratuita faz com que os paistentamos trazer um ganho na mo- aprendam a praticar a ajuda mú- não percebam a alta como algo ne-vimentação e motivação. O ganho tua”. As dançarinas também têm a gativo. O crescimento da auto-esti-psicológico envolve a auto-imagem, oportunidade de ser a “professora ma durante um ano de reabilitaçãomelhora da auto-estima e aceitação da classe” durante alguns minutos com dança faz com que as pacientesdo corpo”, diz Izabel. em algumas sessões, para que elas se sintam mais seguras e em condi- aprendam a respeitar uma a outra ções de enfrentar o cotidiano de uma Como esclarece a terapeuta, o dentro do grupo. escola de dança sem deixar que as li-fato de as pacientes ficarem pelo me- mitações sejam grandes obstáculos.nos uma vez por semana durante 50 De acordo com a mãe de Yasminminutos diante do espelho fazendo Sousa, Marcileia Alves de Sousa, a Das dez meninas, sete já deixa-exercícios que exigem postura ereta, menina tinha grandes dificuldades ram o nome na lista de espera daatenção e concentração faz com que de movimento, que hoje foram re- escola e estão aguardando vaga.elas se sintam mais tranquilas em re- duzidas. “Ela não conseguia movi- As demais ainda vão continuar nolação ao próprio corpo, porque pas- mentar a perna direito, como abrir e CRER por que são mais jovens, umasam a se enxergar como capazes de colocar para trás. Hoje ela já conse- vez que a Escola de Arte só aceitarealizar uma atividade reconhecida gue fazer isso, principalmente para crianças acima de cinco anos, oucomo a dança. dançar”. porque ainda não completaram um ano de terapia. “Na maioria das vezes, quando O ganho psicológico de Yasmin,as meninas se tornam adolescentes que tem paralisia cerebral, envolve “As mães, que enfrentaram gra-têm aversão ao espelho porque se a diminuição da timidez. Marcileia videz ou parto complicados, têmsentem feias e diferentes das outras afirma que a menina não se sentia medo de colocar as meninas diag-colegas. Mas trabalhando em frente à vontade para falar com as pesso- nosticadas com alguma deficiênciaao espelho, faz com que elas percam as. Depois da terapia com dança, ela em escolas devido ao estigma deesse medo de ver o próprio corpo, tem iniciativa de conversar com to- medo e preconceito por parte da so-passam a aceitá-lo e se tornam mais dos que a rodeiam. ciedade”, comenta Izabel.vaidosas”. Para a xará Yasmin Cintra, que No entanto, todas as meninas Outro benefício psicológico é o também é diagnosticada com pa- vão apresentar um relatório especí-fato de as pacientes passarem a se ralisia cerebral leve e tem um lado fico para o professor de dança, feitosentir mais seguras para se movi- do corpo com limitações de movi- pelos profissionais do CRER, quementar e brincar com outras crian- mento, os ganhos físicos foram mais contém o diagnóstico de cada uma,ças. Além disso, segundo a terapeu- notórios. “Ela melhorou a postura e o padrão, perfil inicial, perfil atual,ta ocupacional, o ganho maior das passou a usar mais a mão esquerda, limitações físicas ou cognitivas, pre-praticantes de Ballet, que iniciaram a que antes não conseguia. Os avanços cauções, orientações e o que já con-atividade com três ou quatro anos de foram mais motores que cognitivos”, seguiram aprender durante o Balletidade, é a inserção social. “Elas dei- conta a mãe, Heloisa Iana Marinho. Terapêutico.xam de ser introvertidas e começama ser mais comunicativas, a tomar ESCOLA DE ARTE VEIGA VALLE Outro ponto importante nestadecisões e iniciativas. Há melhorias inserção é de que a Escola de Artetambém nas relações dentro de casa, Para que as praticantes do Ballet Veiga Valle aceita essas criançascom a família, e no rendimento da Terapêutico do CRER deixem de ser como as demais alunas, informa a institucionalizadas e passem a ser terapeuta. REVISTA AGIR 29

AGIR EM FOCO CRER é o primeiro hospital de Goiás areceber a Acreditação Plena - Nível 2 da ONAO Centro de Reabili- solidar o CRER como a melhor re- com isso é o usuário, em especial a ferência brasileira em reabilitação e população mais pobre”, destacou.tação e Readaptação Dr. Henrique readaptação de pessoas com defici-Santillo (CRER) recebeu no dia 3 de ência. “Sempre que venho ao CRER, Sérgio Daher, superintenden-dezembro, em solenidade que con- fico muito emocionado”, disse o go- te executivo da AGIR, organizaçãotou com a presença do governador vernador no discurso, ao lembrar o social que administra o CRER, afir-Marconi Perillo e do então secretário esforço da primeira-dama, Valéria mou que Marconi é o governadorestadual de Saúde Halim Girade o Perillo, do ex-secretário de Saúde que mais fez pela área. “Apesar decertificado de Acreditação Plena – Fernando Cupertino e do cirurgião não ser médico, revolucionou a Saú-Nível 2, concedido pela Organização ortopedista Sérgio Daher pela cons- de em Goiás”. O superintendenteNacional de Acreditação (ONA). A trução do hospital, em 2002. também destacou e agradeceu o em-entrega oficial do certificado foi feita penho de todos os colaboradores noao governador e ao superintendente Para o governador, o CRER é hoje processo de acreditação.executivo da AGIR, Sérgio Daher, “a maior referência brasileira na rea-pela gerente de Qualidade do Insti- bilitação e readaptação de pessoas”. Para o diretor geral do CRER, Vál-tuto Qualisa de Gestão (IQG), Janai- “O certificado de hospital acreditado ney Luis da Rocha, “a Acreditação 2na Querubim. A certificação plena pleno é uma demonstração do grau é o reconhecimento de uma políticademonstra o nível de excelência da de excelência que o CRER está atin- de trabalho implantada e praticadaunidade de Saúde, com foco na se- gindo. Ou seja: a unidade já começa ao longo dos 12 anos do CRER, quegurança do paciente. no segundo degrau, com a Acredi- confirma o compromisso dispensa- tação Nível 2. Isso precisa servir de do à assistência com qualidade”. No discurso em que comemorou estímulo maior para outras insti-a conquista, o governador afirmou tuições para que possam trabalhar Em entrevista coletiva, logo apósque o certificado deve ser fixado na cada vez com mais afinco na busca a solenidade, o governador afirmouparede das casas de cada um dos da qualidade. Quem sempre ganha que o mais importante é que milha-funcionários que ajudaram a con- res de pessoas atendidas pelo CRER voltaram recuperadas ao convívio30 REVISTA AGIR

com a sociedade. “Esta é uma obra A finalidade da análise pela qual instituições acreditadas em Goiânia.gigantesca de prestação de serviços o CRER passou, em setembro de A primeira visita de Diagnósticopúblicos”, ponderou. 2014, seria para Nível 1. No entanto, Organizacional, recomendado pela a avaliação feita pelo IQG verificou ONA, foi realizada em abril de 2014.CERTIFICADO que, além de atender aos critérios de Em junho, a equipe de qualidade A ONA é uma entidade não go- segurança estabelecidos pelo nível participou da 2ª edição do Hospital 1 da ONA, o CRER apresenta uma Quality Management, em São Paulo.vernamental, sem fins lucrativos, gestão integrada com os processos eque certifica a qualidade do serviço plena comunicação entre as ativida- A AGIR, que sempre priorizouda saúde no Brasil, com foco na se- des. Concluiu-se então que o CRER uma gestão de qualidade, não me-gurança do paciente. A organização é apto a Acreditação Plena - Nível 2. diu esforços para implantar os pa-tem por objetivo promover um pro- drões em atendimentos exigidoscesso constante de avaliação e apri- O processo para a Acreditação pela ONA, além de envolver e trei-moramento nos serviços de saúde, hospitalar teve início em setembro nar todos os colaboradores no quetendo como objetivo a melhoria da de 2013, quando membros da equi- se refere aos protocolos de seguran-qualidade da assistência no País. pe de qualidade do CRER visitaram ça ao paciente.Um hospital público de referência O Centro de Reabilitação e Re- medular, lesões encefálicas adqui- FOTOS: EDUARDO CASTROadaptação Dr. Henrique Santillo ridas, mielomeningocele, paralisia– CRER - é um moderno comple- cerebral, traumatologia e ortopedia dia, 2,1 mil pacientes são atendidos.xo hospitalar que atende, especial- e vários serviços. Traduzindo em números: Maismente, o grande incapacitado, comtratamento humanizado e holístico. Além de expandir sua área físi- de 10,8 milhões de procedimentosÉ reconhecido pelo Ministério da ca – iniciou com 10 mil metros qua- realizados, mais de 33 mil procedi-Saúde como Centro Especializa- drados e hoje tem 34 mil -, o CRER mentos cirúrgicos, mais de 300 mildo em Reabilitação (CER) IV, pela também cresce no atendimento à pessoas atendidas, mais de 25 milatuação na reabilitação das pessoas sociedade. Desde o início das ativi- aparelhos de ampliação sonora dis-com deficiência física, auditiva, vi- dades, em 2002, o Hospital apresen- pensados e mais de 72 mil prótesessual e intelectual. ta uma dinâmica surpreendente de e órteses confeccionadas pela Ofi- crescimento. Diariamente, em mé- cina Ortopédica, atendendo a 246 O hospital é gerido pela Asso- municípios goianos e 17 estados daciação Goiana de Integralização e Federação.Reabilitação – AGIR, personalidadejurídica de direito privado, com fins REVISTA AGIR 31não econômicos, qualificada comoOrganização Social pelo decretoestadual nº 5591/02, e reconhecidacomo entidade de utilidade públi-ca e de interesse social por força doartigo 13 da Lei Estadual 15.503/05,certificada como Entidade Benefi-cente de Assistência Social pelo Mi-nistério da Saúde. Com 136 leitos de internação,20 leitos de Unidade de Terapia In-tensiva (UTI), 8 salas cirúrgicas, gi-násios de terapias, centro de diag-nóstico, oficina ortopédica, dentreoutros espaços, são realizados noCRER cerca de 5,2 mil procedimen-tos por dia. As clínicas atendidassão: amputados, deficiências neu-romusculares, hanseníase, lesão

HDS EM PAUTAAGIR REFORMULA E REESTRUTURA AMBULATÓRIOS DO HDSPor: Naicléia Silva gência e pequenos procedimentos. logia, geriatria, endocrinologia, car- Além disso, foram implantados no- diologia, cirurgia geral, nutrição eO Hospital de Der- vos equipamentos nos consultórios psicologia. de oftalmologia. A AGIR tambémmatologia Sanitária e Reabilitação comprou novas macas para cada CONSULTASSanta Marta (HDS) passou a ser ad- consultório médico. Além das es- De acordo com a diretora téc-ministrado pela Associação Goia- pecialidades já citadas, o Hospitalna de Integralização e Reabilitação de Dermatologia Sanitária também nica do HDS, Dra. Mônica Ribeiro(AGIR) em dezembro de 2013. Com oferece atendimento em ortopedia, Costa, são realizadas cerca de 180a nova gestão, foi realizada uma oftalmologia, psiquiatra, dermato- consultas médicas diariamente e 4modernização na estrutura do hos- mil atendimentos por mês. Desdepital, que tem como missão ofereceratendimento e suporte aos sequela-dos de Hanseníase, pacientes resi-dentes e de cidades circunvizinhas. O Ambulatório de Especialida-des Médicas e o de Feridas Crônicassão algumas das áreas já contem-pladas com a reforma, ampliaçãoe nova aparelhagem. Ambos foramreestruturados e ampliados comaparelhagem no ano de 2014. Visando a melhoria e o confortodos pacientes, foram revitalizadosparedes e tetos, realizada revisãohidráulica e elétrica, instaladas cli-matização e pias para higienizaçãodas mãos dentro dos consultórios efeita adequação e reforma da recep-ção. Também foi realizada uma re-forma geral na área de odontologia,com a instalação de quatro novosconsultórios para atender áreas declínica geral, dentística, periodon-tística, endodontística e odontope-diatria, além da aquisição de no-vos equipamentos e instrumentosodontológicos. Para os atendimentos dermatoló-gicos, foram criadas salas de emer-32 REVISTA AGIR

u ESPECIALIDADES MÉDICAS Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Vascular Endocrinologia Geriatria Dermatologia Ortopedia Oftalmologia u FERIDAS CRÔNICAS Avaliação médica Realização de curativos Material de última geração Orientação suplementar Curso de orientação Contato HDS– (62) 3201-6400a modernização do Ambulatório Reabilitação Psicossocial, Cledma matologia Sanitária uma grande ede Especialidades Médicas, houve Pereira Ludovico de Almeida. relevante transformação. Todas es-aumento na demanda de atendi- sas mudanças fizeram com que omento. Dados contabilizados entre AMBULATÓRIO DE aumento no atendimento fosse pos-os meses de julho a novembro de FERIDAS CRÔNICAS E sível, incluindo a garantia do abas-2014 mostram que foram realiza- CURATIVOS tecimento de coberturas e outros in-dos 13.176 mil atendimentos. Des- sumos necessários para realizaçãotes, a especialidade mais procurada A equipe do Ambulatório de Fe- dos procedimentos médicos. Comfoi ortopedia, totalizando 3.077 mil ridas Crônicas e Curativos é com- a ampliação da equipe médica e deconsultas. posta por médicos e enfermeiros enfermagem, também foi disponi- especializados no tratamento de bilizado maior número de vagas. Na área de Odontologia, de acor- úlceras crônicas neuropáticas, vas-do com os dados do Departamento culares e de pressão. As úlceras são Para a supervisora de Enfer-de Planejamento da AGIR, desde a desencadeadas por causa de diabe- magem, Lys Bernardes, a amplia-reforma foram prestados mais de tes, problemas vasculares entre ou- ção trouxe melhora nas condições630 atendimentos, entre consultas tros. Os profissionais fazem o aten- de trabalho para a equipe e maiore demais procedimentos. Além de dimento de avaliação médica para a conforto para os pacientes. “Alémse consultar com os médicos, os pa- realização de curativos. de maior resolutividade principal-cientes têm a oportunidade de fazer mente nas áreas de oftalmologia,os exames prescritos, como o raio-X Para ampliar o Ambulatório de dermatologia e ortopedia, com no-odontológico. Feridas Crônicas, a AGIR transferiu vos profissionais e possibilidade de o local onde funcionava esse ser- realização de procedimentos der- “Antes, o serviço de Odontolo- viço - ainda dentro do HDS - para matológicos e oftalmológicos. Comgia era limitado, mas com a rees- um espaço mais amplo, totalmente isso, iniciou-se também um proces-truturação e implantação de novos reformado com aparelhagem nova. so de atendimento voltado para oaparelhos aumentou a demanda idoso com novos geriatras e equipede atendimento, o que possibilitou IMPACTOS POSITIVOS multiprofissional com atendimentoprestar um serviço com mais qua- A partir da gestão da AGIR, foi global”.lidade”, afirma a supervisora de possibilitado ao Hospital de Der- REVISTA AGIR 33

HUGO 2Além de urgência e emergência, Hugo 2 vai atender vítimas de queimadurasPor: Naicléia Silva parceria com a Secretaria Estadual CONHEÇA A ESTRUTURA de Saúde. FÍSICA DO HUGO 2O Hospital de Urgências O principal objetivo é oferecer u 485 leitos no total, sendo:Governador Otávio Lage de Siquei- atendimento hospitalar aos pacien- u 80 leitos de UTIra - Hugo 2, localizado na região no- tes politraumatizados, urgências u 32 de observação reversívelroeste de Goiânia, vai impulsionar clínicas, cardiológicas e neurológi- u 360 leitos de internação direcionados parao atendimento na Saúde pública de cas. A unidade terá como foco de- as especialidades de clínica médica, clínicaGoiás. O novo complexo de saúde, tectar de forma ágil situações de cirúrgica, pediatria, cardiovasculares, clínicaadministrado pela AGIR, será o risco à vida, com intervenções rápi- especializada, ortopedia e traumamaior e mais moderno das regiões das, seguras e precoces, realizando u Centro para queimados com 13 leitos, sen-Centro-Oeste e Norte do Brasil. procedimentos adequados. do 6 individuais (apartamentos) e 7 de cui- dados especiais (terapia intensiva) A unidade terá uma estrutura Além de urgência e emergência, u Centro cirúrgico com 22 salasfísica de 71.165 m2 de área cons- a nova unidade hospitalar vai aten-truída e terá como compromisso der também vítimas de queimadu- Fonte: Contrato de Gestão de Nº 003/2014 (SES-GO)prestar atendimento de urgência e ras. Em Goiás, atualmente, existememergência com qualidade, reso- poucos hospitais especializados emlutividade e agilidade, buscando queimaduras que prestam atendi-restaurar a saúde do usuário doSistema Único de Saúde (SUS), em34 REVISTA AGIR

mento pelo SUS. O atendimento da ATENDIMENTO SEJA UM DOADOR DE SANGUE!Unidade de Queimados do HUGO EMERGENCIAL2 será totalmente gratuito. Ideali- PERFIL: No Brasil, a remuneração dazada para suprir a necessidade de O atendimento de emergência doação de sangue é proibida. Do total deatendimento nessa área em Goiâ- é caracterizado pela necessidade pessoas que procuram os hemocentros,nia, possibilitará aos pacientes re- do paciente ser atendido de for- 64,8% são doadores do sexo masculino ealizar os procedimentos sem preci- ma imediata. A estrutura física da 35,1% são do sexo feminino. A faixa etá-sar deslocar-se para outras cidades. unidade de emergência do HUGO ria que mais realiza doações vai de 18 a 2 será composta por sete boxes de 29 anos (41,3%). As demais faixas, acima O objetivo é proporcionar um atendimento, sendo um para isola- dos 29 anos, respondem por 58,6% dasatendimento de qualidade ao pa- mento, 20 leitos de observação, salas doações.ciente vítima de queimaduras em de sutura, redução e gesso, 21 con-qualquer faixa etária. Será ofereci- sultórios médicos, além de outros QUEM PODE DOAR: pessoas com pesodo atendimento especializado em serviços. - de no mínimo - 50 quilos; ter entre 18 ecirurgia plástica, procedimento 69 anos. Também podem ser aceitos can-que reconstitui a pele que foi afe- UNIDADE DE COLETA didatos à doação de sangue com idadetada pela queimadura. Uma equipe TRANSFUSIONAL entre 16 e 17 anos, com o consentimentomultiprofissional estará envolvida formal do responsável legal.neste processo, visando à reinte- Dentre os serviços oferecidosgração e o retorno desses pacientes pelo Hugo 2, destaca-se a unidade QUEM NÃO PODE DOAR: quem tevepara a sociedade, de forma produ- de coleta transfunsional. É impor- diagnóstico de hepatite após os 11 anostiva e com redução de sequelas. tante ressaltar a importância para de idade; mulheres grávidas ou amamen- um hospital de alta complexidade, tando; pessoas que estão expostas a do- Serão disponibilizados 13 leitos, urgência e emergência, ter bolsas de enças transmissíveis pelo sangue comosendo sete leitos de UTI e seis uni- sangue à disposição. aids, hepatite, sífilis e doença de chagas;dades de internação com banheiro usuários de drogas; aqueles que tiveramexclusivo, ar condicionado, televi- O Ministério da Saúde alerta que relacionamento sexual com parceiro des-são e área de convivência. O foco a taxa de doação por habitante regis- conhecido ou eventual, sem uso de pre-é proporcionar um atendimento trou queda em 2013 se comparado servativoshumanizado e com conforto para à 2012 – passando de 18,75/mil habos pacientes e acompanhantes que para 17,84/mil hab. Uma vez que a Fonte: Portal do Ministério da Saúdese encontrarão em um momento de população vem crescendo torna-sefragilidade e readaptação. fundamental o aumento de cole- atuais. A Organização Mundial de tas para manutenção dos estoques Saúde (OMS) recomenda que a au- tossuficiência seja alcançada com variação entre 1% e 3% da popula- ção doando sangue. REVISTA AGIR 35

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PERFIL DO COLABORADOREntre a oralidade e a escritaFonoaudióloga do CRER lança livro sobre linguagemG iane Passos Lozi de Giane Lozi (ao centro), durante lançamento do livro, acompanhada de seu filho, Davi Passos Lozi de Andrade, e do casal Divaina Alves Batista, Superintendente Multiprofissional de Reabilitação da AGIR, e José TaveiraAndrade, especializada em lingua- Rocha, Secretário Estadual da Fazenda, grandes incentivadores da publicaçãogem, é fonoaudióloga reabilitadorada audição e da linguagem de pa- oferecer subsídios capazes de es- lhora de concentração, comunicaçãocientes usuários de AASI (Aparelho timulá-los a um desenvolvimento oral e maior independência, o conte-de Amplificação Sonoro Individual) adequado da articulação, semântica, údo apresentado favorece também ae de Implante Coclear do CRER. Em morfologia e sintaxe, oferecendo às participação das famílias, que apósoutubro, sua atuação profissional crianças a capacidade de nomear, receberem orientações adequadasalçou novos patamares com o lan- repetir, imitar, observar, esperar, es- tornam-se multiplicadoras do co-çamento do livro Estimulando a lin- cutar e expressar-se verbalmente. nhecimento.guagem: aprendizagem por meio decategorias semânticas. Sobre o livro Estimulando a lin- O livro de Giane Lozi também guagem: aprendizagem por meio traz depoimentos emocionantes das Segundo a fonoaudióloga, em de categorias semânticas, lançado famílias de alguns pacientes com de-2013 ela viveu uma experiência mui- no dia 15 de outubro no Auditório ficiência auditiva do CRER, que fo-to gratificante ao aplicar o conteúdo Valéria Perillo do CRER, a autora ram submetidos ao conteúdo. Todosde seu livro em pacientes com defici- esclarece que além de ser uma fer- eles são categóricos em declarar osência auditiva do CRER, usuários de ramenta importante para auxiliar ganhos que os pacientes obtiveramAASI, com diferentes tipos e graus os profissionais de fonoaudiologia, nos atendimentos individuais oude perdas auditivas, ou que tenham pedagogia e psicologia no desenvol- nas atividades de grupo de estimu-feito o Implante Coclear. A faixa etá- vimento da criança, através da me- lação auditiva de linguagem.ria englobava crianças de 2 a 7 anosde idade. Ao longo do ano, Gianerealizou um trabalho sistematizadocom os pacientes individuais e degrupo de estimulação auditiva delinguagem, realizado com a parceriada psicóloga Cláudia Regina Araújo. “Os resultados foram excelentes.As crianças desenvolveram todas ashabilidades auditivas. Os familiares,a psicóloga e eu ficamos muito sa-tisfeitos com todos os resultados al-cançados, pois a audição e a lingua-gem são funções correlacionadas einterdependentes, que estabelecemo contato das crianças com o meioambiente”, comemora Giane. Em sua atuação como fonoaudi-óloga, Giane sentia a necessidadede material prático específico paracrianças de 02 a 05 anos de idade,que apresentam atrasos significati-vos na fala. Partindo disso, surgiua ideia do livro, com a proposta de REVISTA AGIR 37

AGENDA Parcerias Agosto a Outubro de 2014Janeiro >>>Curso de extensão - Novos caminhos para AACLA Indústria e Com. de Móveis de Madeiras Santa Cruza pessoa com deficiência Academia Su Beauty de Cabelereiros InovarCosméticosData: março 2015 Alko do Brasil Indústria e Comércio Ltda Instituto de Hemoterapia de Goiânia (IHG)Local: CRER – Goiânia – GO Amazônia Ice – Sorvetes e Picolés Instituto EmbellezeInformações: WWW.agirgo.org.br AMP Propaganda Irmãos Soares APSEN Farmacêutica Itana LingerieAbril >>> Areia Rosa Jaepel Papéis e Embalagens17º Congresso Brasileiro de Medicina e B. Braun Brasil Kerlly LingerieCirurgia do Tornozelo e Pé Baiano Folhagens Kings FestasData: 30 de abril a 02 de maio de 2015 Belcar Veículos Lancaster GrillLocal: Minascentro - Belo Horizonte - MG Belíssima Semi Jóias Lanny Moda ÍntimaInformações:(35) 3721-3851 Bioambiental Sistema de Saneamento Ltda Liga da Academia de Educação e Saúde (UFG)[email protected] Boaz Moda Masculina Livraria e Papelaria Modelo Brasil Cacau Luciana Ramos BijuteriasMaio >>> C&H Variedades Mania da Tribo, MahoganyHospitalar 2015 Camilla Stival – Festa com Ideia MARY KAY22ª Feira Internacional de Produtos, Candeeiro Maxdescarte Ind. de Descartáveis Hospitalares eEquipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Carolina Modas OdontológicosLaboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios. Casa Novitá MedcomerceData: 19 a 22 de maio de 2015 Catral Meta HospitalarLocal: Expo Center Norte – São Paulo – SP CBA Mil EsportesInformações: www.hospitalar.com CEEN – Pós - graduação e Treinamento na Saúde Ministério da Saúde Cerrado Restaurante Moderna Comercial de Papéis CESAM – Centro Salesiano do Menor Mr. Gyn – Anderson Cevel Nectar Mix Ltda Churrascaria Los Pampas O Boticário Cicopal Orquestra de Violeiros de Goiás Cinemas Buriti Shopping Outback Circular Embalagens OVG – Organização das Voluntárias de Goiás Clínica Equilíbrio e Saúde Paz Universal Serviços Póstumos Coca-Cola Refrescos Bandeirantes Piracanjuba Colégio WR Pitigliano Colgate Pizza Na Pedra Coloplast Porto Seguro Complem - Cooper. Mista dos Prod. de Leite de Morrinhos Produção Modas Convatec PUC Goiás Criatto Fantasias Quick Logística Ltda Crispim + Veiga Propaganda Quimilab Com. E Representações Ltda D´Bruna Bijux Rafael de Medeiros D´fios Reis Variedades D´presentes Richesse Confeitaria Daniel Felipe Ilusionista Rotisseria Estação do Sabor Dep. de Ações Programáticas Estratégicas - MS Saga France – Citroen Dhomini Sallo Confecção e Comércio de Roupas D-Prime Saneago Escola Interamérica Fundamental Ltda SEMIRA Escola Internacional de Goiânia SENAR Goiás Espaço Harmonia SESI Estação das Sandálias SET Produtora Exclusiva Utilidades Sicmol Faculdades ALFA Sintonia Filmes Faculdades Universo SMT FAPEG - Fund. de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás Sociedade Brasileira de Infectologia Farmácias Drogasil Sol e Energia; Festoon Kids Sorvetes Cremosinho Festoon Kids Spa Jaó; FIMTPODER SSA – São Salvador Alimentos Fraldas Kisses Tarcízio Jr. Pinturas Genzyme do Brasil Tatika Distribuidora de Produtos Hospitalares Ltda Grupo Cicopal Tend Tudo Grupo Coletando Sorrisos TERMOPOT Grupo de Choro Têxtil Med Grupo doar Gyn Toda Teen Cabeleireiros Gyngesso Industria e Comercio Ltda Tudo Chevrolet Henrique de Oliveira Única Dental Produtos Odontológicos e Hospitalares Hollister Unicom Shopping da Saúde Home Style Unimed Goiânia Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares Zema Indústria Metalúrgica Hot Park Zenatur Transportes de Cargas Ltda38 REVISTA AGIR

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