ANO 3 # 12 GOIÂNIA | FEVEREIRO - ABRIL 2012 www.crer.org.br Crer e m r e v i s ta Vanilton Filho Orgulho para Goiás, esperança de mais medalhas para o Brasil Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique SantilCloRER EM REVISTA 1
2 CRER EM REVISTA
Carta aO LEitOr2012, ano em que o CRER completa dez anosSérgio Daher Caro leitor, muitos sugerem que o ano Saúde, apresentado na seção Por Dentro do CRER,Superintendente de 2012, por questões místicas, será decisi- que contemplará tanto pacientes e familiares,Executivo do CRER vo para os rumos da humanidade. Isso não quanto colaboradores, estagiários e voluntários. sabemos dizer! Mas para o CRER, fato é que este ano representa um marco extremamen- Além de tratar sobre esse programa, a te importante, o de dez anos de portas aber- edição 12 da Crer em Revista traz outros im- tas à sociedade. Desde 2002, quando inicia- portantes temas que queremos compartilhar mos nossas atividades, toda a nossa equipe, com você. Para citar alguns deles, destacamos conduzida pela AGIR - Associação Goiana as áreas de atuação social da empresa Crispim de Integralização e Reabilitação, se empenha + Veiga, grande parceira do CRER, na seção continuamente em fazer sempre mais e, claro, Terceiro Setor, marcantes histórias de vida apre- melhorando a qualidade dos serviços prestados. sentadas em Espaço do Paciente e Superação, in- formações sobre Libras - Língua Brasileira de Por entender a importância do termo Sinais em Conheça os Seus Direitos, Terapia As- qualidade em todos os aspectos que envolvem sistida por Animais na seção Meio Ambiente, e a uma instituição complexa como a nossa, a Supe- trajetória de sucesso do nadador Vanilton Filho, rintendência Multiprof issional de Reabilitação, campeão no Parapan 2011, capa e entrevistado. com o apoio total da Superintendência Admi- nistrativa e Financeira, inicia o Programa Agir + Boa leitura!AGIR EXPEDIENTEEstrutura AdministrativaAssociados Fundadores Ruy Rocha de Macêdo Sup. Multiprofissional de ReabilitaçãoAlcides Luís de Siqueira Diretor-Tesoureiro Fause MusseDom Antônio Ribeiro de Oliveira Sup. de Relações ExternasElias Bufaiçal (in memorian) ConselheirosLúcio Fiúza Gouthier Edward Madureira Brasil Diretor TécnicoMaria Paula Curado José Evaristo dos Santos João Alírio Teixeira da Silva JúniorMilca Severino Pereira Joaquim Caetano de Almeida Netto CRM/GO 6593Nabyh Salum Miguel Ângelo CançadoPaulo Afonso Ferreira Nabyh Salum CRER EM REVISTA Pedro Daniel Bittar Supervisão geral, edição e textosAssociados Beneméritos Sizenando da S. Campos Júnior Anna Luiza RucasCyro Miranda Gifford Júnior Gerente de Marketing - SREGláucia Maria Teodoro Reis Conselho Fiscal - TitularesHelca de Sousa Nascimento Cyro Miranda Gifford Júnior JornalistasJosé Alves Filho Marlei Antônio da Rocha Mayra Paiva - JPGO - 01802Marlei Antônio da Rocha Paulo César Brandão Veiga jardim Thaís FrancoMarcos Pereira ÁvilaPaulo César da Veiga Jardim Suplentes Estagiária em JornalismoRuy Rocha de Macêdo Marcos Pereira Ávila Marianne CarrijoValéria Jaime Peixoto Perillo Valtercy de MeloValtercy de Melo Colaboradores SRE Superintendentes Hugo MirandaEmbaixadores do CRER Sérgio Daher (diagramação e arte de anúncios)Luiz Felipe Scolari Superintendente Executivo Olívia Gomes (secretária júnior)Valéria Jaime Peixoto Perillo João Alírio Teixeira da Silva Júnior Rodrigo Rocha Sup. Técnico de Reabilitação (contato comercial)Diretoria Claudemiro Euzébio DouradoDom Antônio Ribeiro de Oliveira Sup. Administrativo e Financeiro Colaborador CENEDiretor-Presidente Divaina Alves Batista Eduardo Castro (fotografias)José Alves FilhoVice-DiretorCRER EM REVISTA é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo.Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.brEndereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás CRER EM REVISTA 3
ÍnDiCE Canal Aberto 6 [email protected] Entrevista A Diretoria Executiva da Caixa de Assistência à Saúde Vanilton Filho Atleta goiano se dos Empregados da Celg – destaca no México e CelgMed agradece pelo re- traz cinco medalhas cebimento da publicação da para o Brasil Crer em Revista. Espaço do paciente Aproveitamos para cumpri- mentar a equipe pela qua- Em ritmo de festa lidade editorial e gráfica da 15 18 mesma. A publicação trazMeio ambiente 22 reportagens sobre o trabalho da instituição que denota a Terapia Assistida sua importância para a so- por Animais: o poder ciedade, confirmando o seu terapêutico dos bichos status de referência nacionalSuperação no trabalho de reabilitação motora. Parabéns! Quem acredita, sempre alcança Recebam nosso fraterno abraço, reiterando votos dePARÁGRAFO ÚNICO 5 17 EMPRESAS MANTENEDORAS 20 POR DENTRO DO CRER prósperas realizações.RESUMO 8 24 AGENDA Adm. Samuel AlbernazTERCEIRO SETOR 12 25 PERFIL DO COLABORADOR Presidente da CelgMed14ARTIGO 26 ÚLTIMO DETALHE16CONHEÇA SEUS DIREITOS4 CRER EM REVISTA
Parágrafo Único“ A Ouvidoria do CRER “ atua na mediação de confli- tos entre o cidadão, usuá- rio, cliente ou fornecedor e a Alta Direção da Institui- ção. Procura personalizar o atendimento ao usuário e negocia soluções que visam a satisfação do cliente e o bom desenvolvimento das atividades. Ouvir o cliente interno também faz parte da missão da Ouvidoria, que disponibiliza uma via de comunicação com os colaboradores para a livre expressão de opiniões e sugestões, com o objetivo de capitalizar boas ideias e garantir um bom ambiente de trabalho, conquistando o comprometimento de todos os setores da orga- nização, gerando assim a satisfação dos clientes externos. Ivana Lopes Nunes dos Santos, Ouvidora do CRER. CRER EM REVISTA 5
EntrEvista Vanilton Filho (2º à esq.) e a equipe brasileira formada por André Brasil, Daniel Dias e Phelipe Rodrigues recebendo o ouro nos 4x100 metros Fotos: acervo pessoal Vanilton Filho atleta goiano se destaca no México e traz cinco medalhas para o BrasilO nadador goiano Vanilton Antônio Nascimento Filho, 19 anos, foi destaquenos Jogos Parapan-Americanos de 2011, em Guadalajara, México, com a conquista dequatro medalhas de ouro, nos 50, 100, 400 e revezamento 4x100 metros livres, e umamedalha de bronze, nos 100 metros borboleta. Como primeira participação no evento,o atleta é tido como revelação do esporte paraolímpico, e enche de orgulho todo o Es-tado de Goiás. Acadêmico do 4º período de Direito, pela UNIVERSO, em Goiânia, Vanilton Filho,que tem ausência congênita da parte superior do fêmur direito, começou na piscinaaos 11 anos de idade, por indicação médica, no Parque Aquático do Centro Olímpico,participando do projeto de iniciação esportiva da Agência Goiana de Esporte e Lazer(Agel). Com o técnico Isaías Júnior, da academia Vila Olímpica, o atleta tem agora porfoco o aprimoramento dos 100 metros livres, buscando integrar a equipe do reveza-mento 4x100 nas Paraolimpíadas deste ano, em Londres. 6 CRER EM REVISTA
Como é ser reconhecido pelas conquis- depois de ver o meu desempenho me faculdade e as horas em que tenho quetas na natação, levantando a bandeira convidou a treinar. Comecei a participar descansar, acabam sendo prejudicados.do seu país? Qual é a sensação de es- de várias provas no Estado, em outras Nem sempre é possível estar com elas.tar no pódio ouvindo o hino nacional? regiões e com 15 anos fui para o mun- Além disso tudo, a natação é um espor-No Parapan de Guadalajara, o parque dial juvenil, onde ganhei duas medalhas te de alto rendimento e requer muitoaquático f icava sempre lotado, os me- de prata, de quatro provas. Em 2009 fui investimento. Ter patrocínio é semprexicanos compareciam em peso e com à Colômbia, para um campeonato juve- muito difícil. No ano passado, recebi amuita vibração. Eu olhava e imaginava nil, em 2010 participei no Rio de Janei- Bolsa Atleta, do governo federal, masa pressão que os atletas do país deviam ro de uma competição internacional, mesmo assim os gastos são muito altos,sentir, mas da mesma forma acontecia e no ano passado entrei para a seleção incluindo alimentação específ ica, ques-comigo. A pressão para mim era muito brasileira principal permanente, com tões de transporte e custos com viagens.grande. Eu pensava “eu vou cair na pis- participação em eventos internacionais, Quem são os seus maiores e maiscina não para defender só o meu nome, chegando até o Parapan de Guadalajara, presentes apoiadores e de ondemas o nome do Brasil, junto comigo esta- onde eu tive minha melhor performance. vem a inspiração para conseguir irva uma nação inteira”. No momento em A rotina diária de um atleta é muito sempre além nas suas conquistas?que se ganha uma medalha, a impressão intensa. Como você concilia com sua Primeiramente sempre conf iar em Deus, que se tem é de rodar um f ilme na cabe- vida acadêmica, e quais suas expecta- em todas as coisas. Depois, minha famíliaça, com tudo que se passou para estar tivas de uma carreira profissional tão sempre me apoia muito. Desde que eu co-ali, naquele instante. Ao subir no pódio, diversa da que você desempenha hoje? mecei a nadar, minha mãe nunca duvidououvindo o hino nacional e vendo a ban- A Faculdade Universo me apoia mui- dos meus sonhos, ela sempre acreditou edeira sendo hasteada é inevitável segu- to e ajusta, na medida do possível, as investiu o que foi preciso para me ajudarrar a emoção. Realmente é muito forte. atividades do curso com a minha roti- a chegar até aqui. Recebo também o apoioTambém é inevitável não lembrar da na diária. É muito cansativo, depois de de algumas empresas, a Universo, quefamília e de todos que me incentivaram um dia inteiro de treinos ir para a sala me oferece bolsa integral do curso de Di-e me disseram “vai lá, é sua vez, você de aula e manter a concentração. Mas reito, o Clube Jaó, que me libera a entradaconsegue!”. Lá, estavam todos comigo. acredito que o atleta, pelo fato de ter tanto para treinamento quanto para lazer,Aos 14 anos de idade,você participou uma carreira curta, precisa focar tam- e a M. Pollo, uma empresa de roupas comde sua primeira competição, iniciando bém em uma outra prof issão. Para mim a qual estou tentado fechar um contrato.então sua carreira de nadador. Quais o Direito é a possibilidade de me prepa- A limitação física já foi impedi-foram os momentos mais marcantes? rar para concursos públicos, e construir mento para buscar seus sonhos?Quando eu tinha 11 anos os médicos uma carreira prof issional no futuro. Acho que a pessoa com def iciência tem alertaram sobre possíveis problemas fu- Quais foram os grandes desafios que a força de vontade ainda maior do queturos na coluna, em decorrência de uma você enfrentou, até agora, na trajetória quem não tem, porque você vê a outraescoliose grave que eu tenho, e me suge- de tornar-se um campeão brasileiro? pessoa fazendo um tipo de coisa e querriram a prática da natação. Comecei en- A natação é um esporte que requer mui- quebrar o dogma da def iciência e pro-tão, junto com minha irmã, a participar ta dedicação e também muita discipli- var para a sociedade que você tambémdas aulas do Centro de Excelência do na. Precisa muita seriedade e motivação consegue. A força de vontade, então, vaiEsporte, no Parque Aquático de Goiânia. para o treinamento, por ser muito can- quebrando as barreiras. Até hoje, tudoCom o passar do tempo fui me interes- sativo e causar um desgaste físico muito que eu tive vontade foi possível fazer esando mais. Aos 13 anos nadava em dois intenso e dores muito fortes. Em alguns deu tudo certo, e as coisas que eu nãohorários, saía de casa às sete horas da momentos dá vontade de parar, o corpo conquistei estão todas encaminhadas.manhã, para nadar na água fria, e aos 14 pede uma pausa, mas logo vem à cabeça Quais os projetos para o futuro?ganhei o primeiro lugar em uma compe- que eu estou em busca de um sonho, de Sem dúvida minha preparação paratição interna convencional, com pessoas resultados. A namorada e a família tam- Londres (Paraolimpíadas 2012). Que-sem qualquer tipo de def iciência. Assis- bém são pontos que pela rotina de treino, ro chegar lá para ganhar tudo!tindo a essa competição estava uma téc- combinada com as horas em que estou nanica da seleção goiana de natação, que CRER EM REVISTA 7
resumoCurso de Libras ComprometimentoCom o objetivo de oferecer serviço A Sociedade Goiana de Radiologia (SGOR) promoveu no dia 08 de no-de excelência aos pacientes e estabe-lecer um canal de comunicação cada vembro, passado, um encontro em comemoração ao dia do médico radio-vez mais ef icaz ao portador de def ici-ência auditiva, foi realizado no CRER logista no restaurante Lancaster Grill. Na ocasião, houve discussão de ca-um curso completo de Libras (LínguaBrasileira de Sinais) nos dias 26 de se- sos clínicos e premiação por assiduidade nas reuniões da Sociedade.tembro a 24 de novembro, com cargahorária de 100 horas. Cerca de 30 co- Jamile de Alves Souza, médica residente do CRER, foi premiada com umalaboradores, das áreas técnica e ad-ministrativa, participaram do curso e inscrição no Curso Avançado de Ressonância Magnética do Sistema Mús-receberam certif icado. As aulas foram ministradas pelo professor Saulo Bal- culo Esquelético, ministrado pelos médicos Mauro Brandão, Ribeirão Pre-bino Machado, da Universidade Fede-ral de Goiás. Saiba mais sobre a Lín- to, SP, e Renato da Silva Faria, Goiânia, GO, em janeiro deste ano na Institui-gua Brasileira de Sinais na página 16. ção. O curso, que é realizado no CRER, terá continuidade em março e abril.Colaboradores “interpretam”, em Libras, a música Euquero Crer, durante o 3º Show de Talentos do CRER “É uma grande alegria ver que os residentes da Instituição são empenha- dos, destacando-se pelo comprometimento. Isto é um ref lexo do aprendiza- do e da dedicação dos res- ponsáveis pela Residência Médica em Radiologia”, declara Renato da Silva Faria, Chefe do Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do CRER. Jamile Souza recebe premiação de Renato Faria8º Auditoria Interna PrevençãoFoi realizada no período de 28 de no- Os alunos do 5º período do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual devembro a 02 de dezembro, a 8ª Audi- Goiás apresentou no CRER mais uma edição do teatro de prevenção às queima-toria Interna do Sistema de Gestão da duras, no dia 29 de novembro. Os 22 acadêmicos encenaram o Quarto de Tina,Qualidade (SGQ) do CRER, que tem com brinquedos falantes ecomo referência a Norma NBR ISO animados. A peça foi assisti-9001:2008. A auditoria interna passou da por crianças e pacientes dopela maioria dos setores da Instituição, Hospital. A ação é uma par-com o objetivo de verif icar a prática ceria entre o CRER e a UEGdos procedimentos padrões e fortalecer e acontece semestralmente.as ações do SGQ. O Sistema de Gestão Objetivo é conscientizar osde Qualidade desenvolve ações como pequenos sobre os riscos demedição, análise e melhoria dos pro- algumas brincadeiras que po-cessos, por meio de ferramentas como dem acabar em queimaduras.pesquisa de satisfação, clima organiza-cional e auditorias internas e externas.8 CRER EM REVISTA
Capacitação para fonoaudiólo- Dia Internacional Entrega de presentesgos do Estado de Goiás do Voluntário no CRERO dia 06 de dezembro, passado, foi de- Em comemoração ao Dia Internacional Com a contribuição de voluntários,dicado à capacitação de fonoaudiólogos do Voluntário, celebrado em 5 de de- empresas parceiras e doadores anôni-do Estado de Goiás, no Auditório Va- zembro, o CRER realizou, no dia 07 da- mos, as crianças atendidas no CRERléria Perillo do CRER. A programação quele mês, uma tarde voltada a quem experimentaram a atmosfera solidáriaincluiu temas relevantes identifi cados dedica tempo, trabalho e energia em do Natal. No dia 20 de dezembro, aem encontro anterior pelos próprios benefício do próximo. O evento contou voluntária Euguinamar Lemes vestiu-fonoaudiólogos de vários municípios com a participação da gerente do Centro se de Papai Noel para a distribuiçãogoianos: políticas públicas, diagnóstico Goiano de Voluntários, Valéria Araújo, de brinquedos aos pequenos pacien-em def iciência auditiva, implante co- que compartilhou suas experiências à tes, que f icaram encantados com a clear, AASI (Aparelho de Amplif icação frente do serviço de voluntariado, e com presença do “bom velhinho” entreSonora Individual) teórico, reabilitação uma equipe da escola de dança Jaime eles. No dia 26 de dezembro, foi a vezdo def iciente auditivo, moldes e AASI – Arôxa, que animou os presentes com a do casal de voluntários Lúcia e Euri-Empresas. O objetivo de promover tais apresentação de vários ritmos. Encer- co Moreira, caracterizados como Ma-encontros é estruturar a saúde auditiva rando a programação, foi apresentado mãe e Papai Noel, fazer a alegria daem todo o Estado e não só nos centros um vídeo com depoimentos emocio- meninada distribuindo presentes. Osde referência, à medida em que são ca- nantes de voluntários do Hospital. brinquedos entregues foram doadospacitados os prof issionais que atendem pela Campanha Natal Criança Feliz,à população. O curso, organizado pela da TV Serra Dourada, Grupo Canta-Secretaria de Estado da Saúde, Centro res Portugueses, Receita Federal, gru-de Reabilitação e Atenção à Saúde Au- pos de estudantes e pessoas anônimas.ditiva – CRASA, Centro de Referência em Saúde Auditiva – CRESA / PUC Goiás, Vila São José Bento Cot tolengo e CRER, também divulgou entre os par-ticipantes o guia prático de aparelhosauditivos “Reabilitar, ouvir, viver!”. Nova turma do 3º Show de curso de inglês Talentos Foi iniciada em fevereiro nova turma, Na agenda de f im de ano do CRER, composta por colaboradores, do curso de Inglês realizado na Instituição. As foi realizado o 3º Show de Talen- aulas são ministradas pela professora Erlane Regine Silva, da Faculdade de tos da Instituição com apresenta- Línguas da Universidade Federal de Goiás. Curso vai atender alunos dos ção das habilidades artísticas dos níveis básico, intermediário, avança- do e instrumental. A primeira turma, colaboradores. Veja como foi o em 2009, foi formada por gestores. evento na página 27 desta edição. CRER EM REVISTA 9
resumoCantata ecumênica no Crer DiretoriaPara celebrar o ano de 2011, o CRER re- No f im do ano passado (2011), a Asso- ciação Goiana de Integralização e Reabi-alizou no dia 21 de dezembro passado litação – AGIR, organização social ges- tora do CRER, empossou a Diretoria dauma cantata ecumênica de Natal com o entidade para o quadriênio 2011/2015. Eleitos pelos associados da AGIR assu-Coral Crer em Canto. As religiões cató- miu o cargo de Diretor-Presidente, Dom Antônio Ribeiro de Oliveira; como Vi-lica, espírita e evangélica foram repre- ce-Diretor, José Alves Filho; e como Di- retor-Tesoureiro Ruy Rocha de Macêdo.sentadas, respectivamente, pelo padreAlaor Rodrigues, pastor Cleôncio Satlere pela oradora Vera Lúcia Vidal Ca- A apresentação do Coral Crer em Canto foi baseadabero, todos envolvidos pelo ensejo de na Cantata “Rei de Amor” de Rodger Straderagradecer todas as bênçãos recebidas,ao tempo em que se prepara para a chegada de um novo ano, com novas reali-zações. O narrador da celebração foi o f isioterapeuta Rogério de Souza Castro.Parceria Crispim + Veiga O comando da AGIR tem a seguinte estrutura: Assembléia de Associados,As publicitárias Dorinha Crispim e Lucimar Vei- Conselho de Administração e Direto-ga, da agência Crispim+Veiga Propaganda, ela- ria, órgãos deliberativos superiores, deboraram, como cortesia, a agenda 2012 do CRER.Criado com sensibilidade e criatividade, o mate- caráter voluntário. As superintendên-rial traz emocionantes histórias de superação de cias são órgãos executivos superiores.pacientes atendidos pelo Hospital. Na capa, ummix de cores com fotos remetem aos 10 anos do VencedoraCRER e estampa um selo comemorativo à data.O design da agenda é um traço marcante de cria- A Crer em Revista parabeniza a colabo-ção da premiada publicitária Dorinha Crispim. radora Flávia Ferreira da Silva, do se-A agência publicitária é parceira e responsável pela tor de Supervisão de Formalização decriação de diversas mídias do CRER (pág. 12). Além Pessoal (RH), por ser a vencedora doda agenda, desenvolve roteiros de vídeos institucio- concurso “Último Detalhe” da 11ª edi-nais, anúncios e fará também o projeto gráfi co do relatório de 10 anos da Instituição. ção. A mesma foi premiada com duasA agenda foi muito bem recebida pelo público em geral. As vendas su- diárias, com direito a café da manhã, naperaram a expectativa. Em pouco tempo, foram todas comercializadas. Pousada dos Pirineus, em Pirenópolis. Fiquem atentos, o concurso do Úl-Fonoaudiologia timo Detalhe estará de volta nasUma equipe do CRER, formada pelo médico otorrinolaringologista Sérgio de Cas- próximas edições! Participem!tro e as fonoaudiólogas Jaqueline Borges de Oliveira e Thaís Nasser, participou doHearing – 1º Congresso Internacional de Surdez, Implante Coclear, Próteses Audi-tivas e Cirurgicamente Implantáveis. A participação no evento, que aconteceu emSão Paulo, dentre os dias 30 de novembro a 03 de dezembro , passado, integra o rolde ações praticadas pelo CRER para formação de equipe técnica, de modo a aten-der exigências de possível credenciamento para realização de implante coclear.Outra importante participação em eventos da área, foi a presença de Thaís Nasser,Coordenadora do Serviço de Fonoaudiologia do CRER, no 4º Seminário Phonakde Atenção Auditiva, realizado de 10 a 13 de novembro, em Stuäfa, Suíça, onde sereuniram representantes de instituições brasileiras de serviços da saúde auditiva.10 CRER EM REVISTA
resumoIX Jornada Científica do CRER PremiaçãoO CRER realizou nos dias 10 e 11 de damental nos tempos de hoje é que O CRER premiou os melhores traba-novembro passado a nona edição de o paciente é um ser complexo e por lhos apresentados no evento científi co. sua Jornada Científi ca, com o tema Di- isso necessita comunhão e humani- Na categoria de banner confecciona-mensão Multidisciplinar na Aborda- zação”, enfatiza a assistente social. do, levou o primeiro lugar o “Aces-gem de Reabilitação e Readaptação. Ao Além de Mina Regen, outros impor- sibilidade em Goiânia sob o pontodar as boas vindas aos participantes do tantes nomes participaram do even- de vista do cadeirante”, dos autores:evento, Sérgio Daher, Superintenden- to: Mario Bat tisti (Conselho Federal Raquel Rodrigues Braga; Larissa dete Executivo, relembrou que em 2002, de Fisioterapia e Terapia Ocupacio- Paiva Frauzino Pereira; Sarah Reginalogo após iniciar suas atividades, o nal), Thomas Pf leghar (Ott o Bock), Borges Silva e Gisselle Silvania Alves.CRER fez questão em realizar sua pri- Maria Cândida Miranda Luzo ( HC/ Na apresentação oral, foram premia-meira jornada científ ica por compre- FM – USP), Ely Kogler Telg (Clíni- dos Paulo Fernando Lôbo Corrêa, Ce-ender a importância do processo con- ca Morumbi / SP), Leonardo Cervera jane Oliveira Martins Prudente e Sil-tínuo de qualif icação prof issional, na ( Clínica Morumbi / SP), Victor Frak vana Alves Pereir, com o trabalho “Aárea de reabilitação. Também Fernando (Institut de Réadaptation Gingras evolução no meio líquido, direciona-Cupertino, Presidente da Comissão de Lindsay – Montréal). Prof issionais do da pela Fisioterapia Aquática, de umaEnsino e Treinamento do CRER e coor- CRER também palestraram na Jornada: portadora da Síndrome de Cockayne”.denador científ ico do evento, destacou Janine Oliveira, Maurício Leitão, Gra-o empenho da Instituição no que se re- siela Mota e Maria Auxiliadora Brito. Parceriasfere à capacitação. “O CRER não quer Durante a Jornada, foi assinado con-ter o único papel de prestador de servi- vênio para projeto de pesquisa de Para realização da nona edição da Jor-ço, ele também se compromete em ser Linguagem e Motricidade (2012 – nada Científi ca, o CRER contou com gerador de conhecimento”, enfatizou. 2015). O trabalho contará com a co- o patrocínio, por meio de comerciali-A assistente social Mina Regen, com laboração de Victor Frak, Médico zação de estandes, das seguintes em-a experiência adquirida em anos de especialista em neurologia, PhD em presas: Vanguarda Comércio e Servi-trabalho na Apae de São Paulo, onde ciências cognitivas, bem como em neu- ços, Faculdades AVM, Lamash Modaé Conselheira, deu início às ativida- ropsicologia, diretor de pesquisa do Branca, Centro de Desenvolvimentodes da IX Jornada Científi ca do CRER IRGLM - Canadá. O médico, resi- Científi co em Saúde, Beaufour Ipsen com a palestra “Relações Humanas: dente no Canadá, veio a Goiânia Farmacêutica, Deltronix Equipamen-base para um novo modelo de traba- exclusivamente para participar da tos, Ott o Bock do Brasil, Meta Hospi-lho em reabilitação. “A questão fun- IX Jornada Científi ca do CRER. talar, Macom Inst. Cirúrgico, Lumiar Health Care, Allergan, Bambuí Negó- cios Imobiliários. Os hotéis Castro’s e Confort, Casa Restaurante, Mil Es- portes e o Governo de Goiás também patrocinaram, com serviços, o evento. A Orthopauher, Multi-Med, B & F Medical, Audix Aparelhos Auditi- vos e Bernafon apoiaram a Jornada.Estrutura da IX Jornada Científica do CRER Observado por Victor Frak e Fernando Cupertino, (à esq.) Sérgio Daher, Paulo Fernando, Raquel Rodri- Sérgio Daher assina convênio para projeto de pesqui- gues, Victor Frak e Fernando Cupertino sa de linguagem e motricidade CRER EM REVISTA 11
tErCEirO sEtOr Solidariedade Fotos: Comunicação sem Fronteiras criativaPublicitárias incluem a responsabilidade social na rotina da sua agência, imprimindo um novo tom ao mercado publicitário Raquel Pinho de fundação, a agência tem como fi- sos clientes. Fazendo um contraponto,n o contexto atual, o tom losofia de trabalho a soma de criati- é muito bom poder levar nossa criati-do individualismo domina as relações vidade, experiência e envolvimen- vidade para um outro cenário e ajudarpessoais, o cotidiano e, sem pestanejar,contextualiza as campanhas publicitá- to da equipe. Com esta receita, tem a transformar a realidade das pessoas,rias. A criatividade é a senhora desteuniverso mercadológico, que trabalha conquistado a confiança de grandes para melhor”, explica Lucimar Veiga.para levar o consumidor a adquirir osmais variados produtos e serviços que anunciantes do Centro-Oeste e de- Foi com esta sensibilidade que apodem fazer a diferença em sua vida. monstrado sua competência. Recen- dupla assumiu as campanhas do Cen- E quando o desafio é conven-cer o consumidor a fazer escolhas temente, foi contemplada com ouro tro de Reabilitação e Readaptação Dr.para mudar a vida de outras pessoas,sensibilizá-lo a ter gestos altruístas e e bronze no Prêmio Jaime Câmara de Henrique Santillo (CRER), que ofere-ajudar gente com quem ele nem mes-mo convive? Este é o exercício de cria- Propaganda e foi eleita Agência Reve- ce serviços nas áreas de reabilitação etividade que as publicitárias DorinhaCrispim e Lucimar Veiga têm feito à lação do Ano pelo 8° Prêmio Os Mais readaptação para pessoas com neces-frente da Crispim+Veiga Propaganda. Influentes da Comunicação em Goiás. sidades especiais, sobretudo à popula- Prestes a completar dois anos12 CRER EM REVISTA Mesmo neste ritmo acelerado, as ção de baixa renda. “Nós atendemos publicitárias têm reservado espaço para com muita satisfação às solicitações realizar o voluntariado, doando um deste instituto, que faz tanto por nos- pouco de seu talento a campanhas de sa sociedade”, diz Dorinha Crispim. projetos sociais. “Lidamos diariamente A primeira missão da com a concorrência do mercado e traba- Crispim+Veiga foi a criação da agenda lhamos pelo sucesso comercial dos nos- 2012. Comemorativa aos 10 anos da ins-
tituição, a agência incluiu em suas pági- ele não está tão bom, cabe a nós pro- um contexto de excassez, violência, drogas, mas Telma precisava promo-nas relatos reais de pacientes que se re- mover sua transformação”, dizem. ver uma campanha de marketing paraabilitaram por meio dos atendimentos ampliar as doações à iniciativa, total- mente mantida com recursos privados.do Centro. “A intenção é que o usuário Outras contribuiçõesperceba, ao longo do ano, que a história A Crispim+Veiga Propagan- Assim nasceu uma grande cam-da instituição é feita de muitas histórias da também atendeu ao Projeto Reto- panha, em versões impressa e digital,e que vale sempre a pena crer que tudo car do Instituto Selecta, ano passado. e também em áudio e vídeo. Incluiupode ser diferente, para melhor”, di- Procuradas pela presidente desta or- ainda ações de relacionamento comzem Lucimar Veiga e Dorinha Crispim. ganização, Telma Mendes, as publici- a imprensa. Boa parte das ações fo- tárias foram apresentadas a uma re- ram subsidiadas, em virtude da ade- Dorinha Crispim e Lucimar são de parceiros do setor publicitárioVeiga consideram que, assim como que, conclamados pela Crispim+Veiga Propaganda, deram as mãos porelas, profissionais de todas as áreas alidade muitas vezes tão distante da um mundo mais harmonioso.podem, no exercício de suas funções, beleza estética das peças publicitárias. CRER EM REVISTA 13encontrar formas de contribuição com O Projeto Retocar beneficiava, na épo-a sociedade. “Somos todos respon- ca, mais de 160 crianças carentes, sen-sáveis pelo mundo que nos cerca. Se do que boa parte estava envolvida em
artiGOMedicamentos e falta de informação Dos ma- vel. Chegando à casa das pessoas, essas encaminhado para incineração adequa- substâncias podem trazer problemas e da e as embalagens para a reciclagem. les que assolam comprometer a saúde e qualidade de vida de todos. Outra situação recorren- Inédito, o programa conta com nosso País, tal- te é o comportamento de jogar medi- o apoio da Agência Municipal de camentos no lixo comum – de acordo Meio Ambiente (Amma) de Goiânia, vez o pior seja a com um estudo da Faculdade Oswaldo do Conselho Regional de Farmácia Cruz, sete em cada dez consumidores (CRF-GO), da Secretaria de Meio Am- falta de informa- fazem essa opção. Além de contaminar biente e Recursos Hídricos (Semarh), o solo e prejudicar o meio ambiente, as Vigilâncias Sanitárias Municipais ção. Presente em esses mendicamentos estão suscetíveis de Goiânia, Aparecida de Goiânia e a serem reutilizados por outras pesso- Anápolis, e oferece uma opção para todas as classes as que os encontrarem por acaso. Isso o descarte consciente desses medi- pode ocorrer tanto por acidente quan- camentos. Desta forma, começam aPor sociais e etnias, to intencionalmente, devido a fatores aparecer as ferramentas necessárias ela é uma das sociais ou circunstanciais diversos. para que cada um faça sua parte.Evandro grandes respon-Tokarski sáveis por erros Além disso, o armazenamento “ de medicamentos em casa acarreta um na maioria das ve- problema muito grave: a automedica- Tanto os medica- ção. Devido à falta de opções, muitoszes ingênuos, mas graves – como o consumidores mantêm os produtos mentos tradicionais guardados, f icando suscetíveis à reuti-descarte incorreto de medicamentos. lização dos mesmos. Há também o risco quanto os manipulados de ingestão acidental por outras pesso-Poucas pessoas param para as, principalmente crianças, o que pode necessitam de cuidados acarretar um grave problema de saúde.pensar no que fazer com os produ- adequados, desde a sua Apesar dos perigos, a estimativatos que não serão mais consumidos. é que 70% dos consumidores não des- fabricação até o mo- cartam os medicamentos de maneiraTanto os medicamentos tradicionais adequada – mas não se pode culpá-los mento em que eles não por isso. O ideal seria retornar as emba-quanto os manipulados necessitam de lagens antigas e remédios vencidos ou serão mais necessários. inutilizados a um ponto de coleta, mascuidados adequados, desde a sua fa- a pergunta é: onde estão esses pontos? Evandro Tokarski, é diretor da Farmácia Artesanalbricação até o momento em que eles Pensando nisso, a Farmácia Ar- tesanal lançou o projeto Compromissonão serão mais necessários. Da mesma Ambiental, onde todas as farmácias da rede passaram a receber medicamen-forma que, devido a suas proprieda- tos velhos, vencidos e suas respectivas embalagens. O material coletado serádes específ icas, os medicamentos não podem ser armazenados de qualquerforma ou em temperatura inadequa-da, também não podem ser jogadosfora em qualquer lugar. Quando issoocorre, há uma série de implicaçõesambientais que podem causar da-nos graves não só à natureza, mas àsaúde da população de forma geral.Um erro comum é o descar- “te desses produtos no vaso sanitário.Uma vez na rede de esgoto, os medi-camentos contaminam o solo, a águade rios e lagos,e, consequentemente, oslençóis freáticos. Apesar do tratamento,os componentes químicos utilizados nafabricação permanecem na água potá-14 CRER EM REVISTA
EsPaÇO DO PaCiEntEEm ritmo de festan ão há quem resista ao ram sopro cardíaco com repercussão he- mento igual ao de outras crianças. “Ele modinâmica. Problemas cardíacos e res- é extremamente inteligente. Desde o iní-charme dele. Atento, sorridente e muito piratórios são comuns em crianças com cio do tratamento, demonstra muita evo-participativo, Bruno Monteiro Gualber- síndrome de Down. Segundo os médicos, lução motora”, af irma Vaneide Caldas to cativa com facilidade quem aproxi- Bruninho teria que fazer uma cirurgia no Martins (foto), f isioterapeuta do CRER.ma. Com quase três aninhos de idade, o coração quando completasse um aninho.pequeno distribui simpatia, sorrisos, Devido ao grau de hipotonia,beij os e ‘tchauzinhos’ por onde passa. No entanto, a sentença não se condição na qual o tônus muscular está“O Bruno foi um presente. Tudo me- cumpriu. O quadro de Bruno evoluiu anormalmente baixo, reduzindo a for-lhorou depois dele”. O depoimento de com rapidez e, aos cinco meses de vida, ça muscular, a expectativa era de queVânia Maria Monteiro sintetiza a pre- a criança foi submetida à séria interven- Bruninho andasse apenas aos três ousença do f ilho caçula na família. “Ele ção cirúrgica. Além do sopro cardíaco, a quatro anos. Surpreendentemente, arepresenta a alegria em nossas vidas”, mãe explica que ele tinha um canal aber- criança andou aos 2 anos e 6 meses, nadiz a mãe. Não é difícil constatar, em to que encharcava o pulmão de sangue. véspera do último Natal. “Foi nossopoucos minutos de conversa, que Bru- “Isso fazia com que ele tivesse pneumo- presente”, comemora a mãe. Os pri-ninho é a atração e o xodó desta família. nia sempre”, conta Vânia. Bruninho per- meiros passos foram recebidos com lá- maneceu 12 dias na Unidade de Terapia grimas de emoção de todos da família. Bruninho é o terceiro f ilho de Intensiva – UTI. “Foi o momento mais Vânia Maria e Cristiano Gualberto. O difícil para todos nós”, lembra a mãe. “O Bruno hoje está mais indepen-casal já não pensava em ter mais f ilhos, dente. A parte do equilíbrio melhorouquando, para a surpresa de todos, veio a Recuperado da cirurgia cardí- muito com a hidroterapia, que é o que elenotícia da gravidez. Durante o período aca, Bruninho retomou suas ativida- mais gosta de fazer. Com o acompanha-de gestação, Vânia apresentou algumas des no CRER. Retornou às sessões de mento de uma fonoaudióloga, Bruninhocomplicações, como pressão baixa e de- f isioterapia e fonoaudiologia e iniciou até já balbucia algumas palavras”, vibrapressão. No dia 6 de maio de 2009 nasceu participação no grupo de estimulação a mãe. Segundo Leonice Santana, f isio-Bruno. Apesar de tumultuada, a gravidez precoce. Atualmente, também faz hi- terapeuta que também o acompanha nocorreu bem até o esperado momento do droterapia. Para a mãe, que preteriu CRER, ele “consegue se comunicar e inte-parto, que ocorreu na 35ª semana, um a prof issão de gerente de farmácia de ragir bem, além de ser muito cooperativo”.pouco antes do previsto. Dois dias após um hospital de Goiânia para cuidar eo nascimento de Bruninho, os pais estra- dedicar-se aos f ilhos, o grupinho de Onde chega, Bruninho faz a fes-nharam o fato de mãe e f ilho não recebe- estimulação precoce foi determinan- ta. Tranquilo, mas com muita energia,rem alta médica. Questionado, o médico te para o desenvolvimento de Bruno. Bruno não pode ouvir uma música queresponsável informou aos pais que Bru- já começa a dançar. Os irmãos mais ve-ninho nascera com síndrome de Down. Vânia, que acompanha pessoal- lhos, Gabriel (11) e Murillo (4), são o mente o f ilho em todas as terapias no principal estímulo do caçula. Na esco- “Recebemos o Bruninho com mui- CRER e também recebe apoio psicoló- la de Gabriel e Murillo, a atração emto carinho. A minha primeira reação foi gico na Instituição, diz que uma das re- dias festivos é o Bruninho. “Ele é o cen-pegá-lo logo, levá-lo para casa. Queria comendações era deixá-lo desenvolver e tro das atenções”, diz um dos irmãos.conhecer, saber o que precisava e ofe- mostrar o que seria capaz. “Ele foi nosrecer o melhor para ele”, narra Vânia. mostrando o que era limitação ou não Além de alegria, segundo a mãe, para ele. Não colocamos barreiras e evi- Bruninho trouxe mais cumplicidade en- Com três meses de idade, Bru- tamos superproteção”, declara a mãe. tre os pais. “Ele chegou para mudar, paraninho chegou ao CRER para receber quebrar a nossa rotina. Éramos muito sé-acompanhamento multiprofi ssional. O Uma das poucas característi- rios. Exigíamos muito dos nossos f ilhos tratamento foi iniciado com f isioterapia cas comuns das pessoas com síndrome mais velhos, que acabaram se tornan-e fonoaudiologia. Aos quatro meses, de Down é o déf icit intelectual. Apesar do maduros antes da hora. O Bruninhonotou-se que o bebê apresentava muito da porcentagem de atraso, Bruninho veio para bagunçar, para fazer festa nascansaço. Exames médicos diagnostica- apresenta, segundo a mãe, o desenvolvi- nossas vidas e nos encher de alegria”. CRER EM REVISTA 15
COnHEÇa sEUs DirEitOs A vida em sinaisLíngua Brasileira de Sinais, preende e interage com o mundo por é feito o sinal, podendo tocar alguma meio de experiências visuais, mani- parte do corpo ou estar em um espa-ou Libras, é a língua natural das co- festando sua cultura principalmente ço neutro. Outro parâmetro é movi-munidades surdas e foi desenvolvida a pelo uso da Língua Brasileira de Si- mento, que pode ter ou não e deter-partir da língua de sinais francesa. É nais. Considera-se def iciência auditi- mina alguns sinais . Por exemplo: osreconhecida como meio legal de comu- va a perda bilateral, parcial ou total, sinais “Pensar” e “Em Pé” não têmnicação e expressão. Segundo a legisla- de quarenta e um decibéis (dB) ou movimento, já os sinais “Evitar” eção vigente, “Libras é a forma de comu- mais, aferida por audiograma nas fre- “Trabalhar” possuem movimento.nicação e expressão, em que o sistema qüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hzlinguístico de natureza visual-motora, e 3.000Hz, conforme a legislação. As expressões faciais e cor-com estrutura gramatical própria, porais também são muito importan-constituem um sistema de transmissão Conheça um pouco dos sinais tes para o entendimento real do sinal,de ideias e fatos, oriundos de comu- Com estrutura gramatical pró- sendo que a entonação em Línguanidades de pessoas surdas do Brasil”. de Sinais é feita pela expressão fa- pria, os sinais de Libras são formados cial. Os sinais têm uma direção com Estão garantidas no Brasil, por por meio da combinação de formas e relação aos parâmetros acima. As-parte do poder público em geral e em- de movimentos das mãos e de pontos sim, os verbos “ir” e “vir” se opõempresas concessionárias de serviços pú- de referência no corpo ou no espaço. As em relação à direcionalidade.blicos, formas institucionalizadas de línguas de sinais não são universais eapoiar o uso e difusão da Língua Brasi- são formadas por alguns parâmetros. Fonte: Portal de Libras (www.libras.org.br)leira de Sinais como meio de comunica-ção objetiva e de utilização corrente das Na conf igura-comunidades surdas do Brasil. De acor- ção das mãos, algumasdo com as normas legais em vigor no formas podem ser daPaís, as instituições públicas e empresas datilologia (alfabeto ma-concessionárias de serviços públicos nual) ou outras formasde assistência à saúde devem garantir feitas pela mão predomi-atendimento e tratamento adequado nante (mão direita paraaos portadores de def iciência auditiva. os destros ou esquerda para os canhotos), ou pe- A Lei Nº 10.436, de 24 de abril las duas mãos. Os sinaisde 2002, também dispõe que “o siste- “Desculpar”, “Evitar”ma educacional federal e os sistemas e “Idade”, por exem-educacionais estaduais, municipais e plo, possuem a mesmado Distrito Federal devem garantir a in- conf iguração de mão clusão nos cursos de formação de Edu- (com a letra y). A dife-cação Especial, de Fonoaudiologia e de rença é que cada uma éMagistério, em seus níveis médio e su- produzida em um pon-perior, do ensino da Língua Brasileira to diferente no corpo.de Sinais - Libras, como parte integrantedos Parâmetros Curriculares Nacionais O ponto de- PCNs, conforme legislação vigente.” articulação é o lugar onde incide a mão pre- O Decreto Nº 5.626 regula- dominante conf igura-menta que é considerada surda aquela da, ou seja, local ondepessoa que, por perda auditiva, com-16 CRER EM REVISTA
EMPrEsas MantEnEDOras Parceria Sólida: CRER e Baiano da Hortaa parceria entre o CRER GO, cerca de 36 Km duas vezes por semana. “Ajudar quem da capital. “Sabendo precisa, é sempre gratificante”, declara. e o empresário Lindomar Pereira da da necessidade queSilva, conhecido como Baiano da Hor- o CRER tinha emta, teve início em 2007. “Sempre ouvi fornecer alimenta-falar do trabalho humanizado e res- ção aos seus pacien-ponsável prestado aos pacientes do tes, foi despertadoHospital”, diz. O empresário buscava em mim o desejoum lugar onde pudesse colaborar, e de ajudar”, explica.encontrou no CRER uma maneira deajudar as pessoas. “Fiquei sabendo da O empresá-necessidade que a Instituição tinha em rio é parceiro fiel do receber doações que contribuíssem com CRER. Desde en-os pacientes. Conheci melhor, e simpa- tão, doa mais de 100tizei com o trabalho desenvolvido”. quilos de folhagens como: alface, almei- Lindomar trabalha com o plan- rão, couve, chicória, rabanete, brócolis,tio de folhagens na Fazenda Imbira Sí- dentre outras. As doações acontecemtio Madri, no Município de Nerópolis- CRER EM REVISTA 17
MEiO aMBiEntE terapia assistida por animais: o poder terapêutico dos bichosM uito mais que os duziu pela metade o uso de medica- cadela da raça Golden Retrieve que mentos para dor. Outro estudo feito foi adestrada para a pet terapia.melhores amigos do homem, os ani- na Austrália apontou que pacientesmais podem ser também agentes te- que tiveram a companhia de cães sa- Sun vive no canil do 1º Ba-rapêuticos e ajudar na recuperação íram do hospital dois dias antes do talhão, junto com outros cães quede diversos problemas de saúde. que os doentes que não participa- são adestrados para busca e salva-A pet terapia, ou Terapia Assistida ram do programa com os bichinhos. mento. Desde que nasceu, foi trei-por Animais, incorpora a interação nada pelo seu condutor, o Caboentre o homem e o animal num pro- No CRER, algumas ativida- Carrij o. Característico da raça, Suncesso terapêutico, guiado por pro- des já utilizam animais para apro- é muito inteligente e extremamen-f issionais com objetivos específ icos. ximação e superação do medo, te dócil. A cadela atua como co- dentre outros benefícios. Uma terapeuta no tratamento de diver- Animais como cães, gatos, parceria recém f irmada com a Se- sas crianças. Segundo o Sargentocoelhos, cavalos e até mesmo gol- cretaria de Segurança Pública e Leonardo, a iniciativa surgiu apósf inhos participam no tratamento Justiça do Estado Goiás, por meio perceberem a importância da petde pessoas com depressão, mal de do 1º Batalhão do Corpo de Bom- terapia e a pouca difusão desta ati-Alzheimer, pacientes psiquiátricos, beiros Militar, fortaleceu o serviço vidade em Goiás. “Nosso intuitocrianças com dif iculdades de conta- de Pet Terapia do Hospital. Sema- é ajudar e contribuir com a recu-to social e def iciências físicas. Esta nalmente, uma equipe de bombei- peração dos pacientes”, completa.interação favorece o processo rela- ros vai até a Instituição com a Sun,cional, enfatiza os ganhos globaise possibilita novas intervenções. Da esq. para dir.: cabos Carrijo, Wanderley, Wening e sargento Leonardo acompanham o fisioterapeuta Gustavo em sessão de pet terapia com a cadela Sun e a paciente Larissa Almeida. Na medicina alternativa, estarelação é usada há mais de 40 anos.Estudos realizados na Europa e Es-tados Unidos comprovaram quefamílias com animais de estimaçãotêm menos despesas com saúde.Segundo os pesquisadores, essaconvivência é capaz de melhorara autoestima, diminuir problemascardiovasculares, regular a pressãoarterial, auxiliar a família na dimi-nuição do estresse e, principalmen-te, ajudar na interação social. Os ani-mais favorecem muito o bem-estarhumano e trazem benefícios à saúde. Pesquisa desenvolvida na In-glaterra com recém-operados emvários hospitais mostrou que o tra-tamento com apoio dos animais re-18 CRER EM REVISTA
Equoterapia Clédma Ludovico, acompanhada pelos auxiliares de terapia , Roberto da S. e Clo- Uma das terapias com animais mais co- vees Alencastro, em sessão de equoterapia e/os pacientes Gabriel S. e Luiz L.nhecida é a equoterapia. Atividade utiliza o ca- to à equipe multiprof issional. Desde que foi im-valo como recurso terapêutico para o desenvol- plantada, o serviço de equoterapia já atendeu,vimento biopsicossocial de pessoas portadoras segundo Divaina, cerca de 1,5 mil pacientes. Sema-de def iciência ou de necessidades especiais. É nalmente, são realizados cerca de 200 atendimentos.um método terapêutico usado em muitos países. Após a implantação do serviço de equoterapia, Andar a cavalo exige a participação do cor- surgiu o desejo de trabalhar com a Terapia com a Char-po inteiro, ajudando no desenvolvimento da força, rete, a partir de pesquisas desenvolvidas pela equipe dodo tônus muscular, f lexibilidade e relaxamento. Além CRER sobre os benefícios da atividade. A modalidade,disso, a interação com o cavalo desenvolve novas até então, não havia sido utilizada como recurso tera-formas de socialização, autoconf iança e autoestima. pêutico, apenas como funções de trabalho e competição.“Utilizamos o cavalo em ganhos motores, emocio-nais e de equilíbrio, e trabalhamos também a supera- Iniciada em março de 2006, a terapia com ação de limites”, explica Gustavo Mauro Witzel, f isio- charrete tem apresentado benefícios enormes para osterapeuta do CRER com formação em equoterapia. pacientes, principalmente para as crianças com di- f iculdade de interação e socialização, uma vez que Os movimentos rítmicos, precisos e tridimen- a atividade é feita em grupo. “Além do benefício dosionais do cavalo, podem ser comparados com a ação movimento, a criança interage e participa de práticasda pelve humana no andar, permitindo a todo instante pedagógicas inseridas pelos prof issionais e terapeu-entradas sensoriais em forma de propriocepção profun- tas que fazem o uso da charrete”, explica Divaina.da, estimulações vestibular, olfativa, visual e auditiva.A técnica proporciona ao paciente o desenvolvimento Segundo a Superintendente, o CRERfoi o pionei-de suas potencialidades, respeitando seus limites e vi- ro na utilização da terapia com a charrete. “Nós somossando sua integração na sociedade, além de proporcio- o primeiro Centro a usar a charrete com essa f inalidade nar benefícios físicos, psicológicos, educativos e sociais. terapêutica. Hoje, outras instituições já fazem, a partir do trabalho que desenvolvemos aqui no CRER”, diz. O serviço de equoterapia foi implantado noCRER em novembro de 2004. “Foi um sonho que nasceude uma parceria entre o CRER, a Sociedade Goiana dePecuária e Agricultura e o Governo de Goiás, por meiodo Regimento da Polícia Montada, graças aos esforçose empenho de toda a equipe, em especial da psicólogaClédma Ludovico, que esteve à frente da construção doespaço físico que hoje abriga o serviço de equoterapia”,af irma Divaina Alves Batista, Superintendente Multi-prof issional de Reabilitação e Readaptação do CRER. A equoterapia envolve atividades da f isio-terapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psi-cologia, educação física e prof issionais da área de equitação, que desempenham suas funções jun-A pequena Nathália recebe a atenção Mais que um amigo, que um cão deve apresentar para ser utilizado em terapia.da dócil Sun. um cão-terapeuta Veja o que o animal precisa para ser um cão-terapeuta: Diversos ani- Treinado: o treinamento é o básico, que per- mais podem partici- mite que o cão obedeça aos principais comandos e par de terapias, mas os possa ser facilmente controlado pelo proprietário. cães são os preferidos e mais habilitados para Dócil: é mais que manso, o animal não pode as funções, pois são atacar e deve aceitar vários tipos de manipulação. sociáveis e interagem facilmente. Ser calmo, Saudável: o cão deve passar por check-up amigo e obediente são mensal, ser vacinado, estar livre de qualquer doen- alguns dos atributos ça infectocontagiosa, tomar banho antes da sessão de pet-terapia, além de passar por uma avaliação para que se verif ique se ele é apto a esse tipo de trabalho. CRER EM REVISTA 19
POr DEntrO DO CrEr agir + saúde CRER lança programa que valoriza práticas de saúde e melhor qualidade de vidan o ano em que com- prevenção de novos problemas neu- para oferecer conforto e tranquili- rológicos, principalmente os AVE´s dade ao colaborador. Som ambien-pleta uma década de atendimento (acidentes vasculares encefálicos) ou te, puff s, jogos, aulas de dança de prestado à população, com serviços salão e práticas de psicoterapia emde reabilitação, diagnóstico, dis- “derrames cerebrais”, e na recupera- grupo, são algumas das atividades que serão realizadas neste espaço.pensação de aparelhos auditivos, ção da capacidade funcional das pes- As ideias para implementa-órteses e próteses, capacitação pro- soas com qualquer tipo de patologia. ção deste novo programa surgiram a partir da percepção da Alta Direçãof issional, e tantos outros, o CRER Em sua outra vertente, o Agir do CRER sobre a necessidade de ofe- recer aos pacientes uma gama aindaamplia sua atuação ao implemen- + Saúde oferece a colaboradores, vo- maior de possibilidades de atendi- mento, af inados com políticas pú-tar um programa voltado para a luntários e estagiários do CRER uma blicas atuais, como a Política de En- velhecimento Ativo da Organizaçãopromoção de saúde e prevenção de momento de ref lexão sobre a quali- Mundial de Saúde, o Plano de Ações Estratégicas Para o Enfrentamentodoenças e seus possíveis agravos. dade de vida no trabalho, disponibi-O “Agir + Saúde”, nome dado lizando a todos eles atividades, espa-ao programa, é voltado para os pa- ços, ações e programas de promoçãocientes e seus familiares; para os co- de saúde e prevenção de doenças nolaboradores, voluntários e estagiários ambiente laboral. Dentro dessa pro-da Instituição. Em uma estrutura fí- posta destaca-se a Sala Multifuncional,sica, denominada Espaço Agir, equi- um ambiente especialmente pensadopada com aparelhos de musculaçãoe ergometria e demais materiais com-plementares, f icarão à disposição dos usuários do programa duas equipesprof issionais: uma equipe direta com-posta de educadores físicos e f isiote-rapeutas; e uma equipe de apoio for-mada por médicos, musicoterapeutas,nutricionistas, psicólogos, terapeutasocupacionais e outros prof issionais.Quando direcionado ao pú-blico externo, o Programa Agir + Saúdepropõe diversif icar as estratégias de reabilitação dos pacientes das clínicasdo CRER, oferecendo a complemen-tação dos protocolos clínicos, apoioem fases f inais e pós programas de reabilitação. A proposta se sustentaem importantes estudos que compro-vam o poder das atividades físicas na20 CRER EM REVISTA
das Doenças Crônicas Não Trans- “Compreendemos o ser hu- de Humanização, conhecida comomissíveis do Ministério da Saúde, o mano como indivíduo complexo em Humaniza SUS, que propõe huma-Programa Humaniza SUS, entre ou- suas necessidades, cada aspecto deve nizar as relações entre gestores, tra-tros. Além desses, as políticas atuais ser considerado com atenção para balhadores e usuários do SUS, parade valorização de recursos humanos que o todo esteja bem e saudável”, ofertar atendimento de qualidade nae de promoção de qualidade de vida destaca Divaina, idealizadora do rede pública de saúde”, completa.no trabalho também serviram como Agir + Saúde. “A base desse progra-importantes fontes de inspiração. ma encontra-se na Política Nacional A expectativa de adesão por parte do público interno do CRER, colaboradores, voluntários e esta- giários é grande, devido aos bene- fícios que os participantes poderão alcançar. “Nossa intenção é nutrir os colaboradores com boas práticas de vida, de modo a promover os equi- líbrios físico, mental e emocional, e que esses refl itam positivamente no atendimento prestado ao público”, salienta Sônia Helena Adorno de Paiva, psicóloga e Gerente Psicosso- cial da Instituição, também idealiza- dora do programa. “O CRER contri- bui para ter sempre em seu quadro funcional prof issionais competentes, ef icientes, saudáveis, e por que não dizer felizes”, f inaliza otimista. Objetivos específ icos do Programa Agir + Saúde - Implantar estratégias de orientação aos pacientes, familiares, cuidadores e colaboradorescom vistas ao controle dos indicadores de saúde (peso, taxa glicêmica, colesterol, alimentação sau-dável, etc) e instituir o Dia Agir + Saúde; - Estabelecer programas de controle dos indicativos de saúde e realizar acompanhamento per-manente a pacientes, cuidadores e colaboradores; - Implantar programas de controle de diabetes, peso e colesterol para colaboradores; - Oportunizar a grupos de pacientes já reabilitados e/ou crônicos participação em programas de reabilitação e readaptação apoiados na atividade física, dança, práticas integrativas complemen-tares; - Otimizar o condicionamento cardiorrespiratório de pacientes, cuidadores e colaboradores; - Otimizar/manter a capacidade funcional de pacientes, cuidadores e colaboradores; - Prevenir as perdas e promover o ganho da capacidade funcional de pacientes já vitimadospor lesões de qualquer origem; - Recuperar, estimular e promover o engajamento de todos os participantes em estratégias devida ativa e hábitos saudáveis; - Melhorar a qualidade de vida; - Melhorar o clima organizacional, - Reduzir o absenteísmo (falta ao trabalho) e o presenteísmo improdutivo; - Aumentar a autoestima, independência e autonomia dos participantes do programa; - Aumentar a sociabilização e a integração/participação social. CRER EM REVISTA 21
sUPEraÇÃO Quem acredita, sempre alcançaD eterminação. Essa é os ruídos nos ouvidos colocavam após a consulta passou a ouvir, po- remédios caseiros, como azeite rém dias depois sua audição redu-uma das qualidades que marcam quente, o que foi comprometendo ziu novamente e ela passou a con-a trajetória de Sônia Aparecida daSilveira Santos, 51 anos . É percep- ainda mais minha audição”, conta. viver com uma perda considerável. Com seis anos de idade, Sô- Naquela época, os pais detível logo quando começa a con-versar, ouvidos sempre atentos nia passou a frequentar a escola. Sônia não tinham condições depara responder todas as pergun- Como vivia na zona rural, a profes- comprar um aparelho auditivo.tas. Uma senhora de bom humor, e sora se deslocava e ia até o encon- “Eu tive que aprender a viver comuma fé que parece remover monta- tro das crianças. “Foi um período a solidão, eu era sozinha”, relata.nhas. Apesar das complicações que muito sofrido, todos entendiam o Sônia conta que sofreu muita dis-teve durante sua infância, Sônia que era ensinado. Eu, como já ti- criminação, pessoas se afastavamnunca perdeu o sentido da vida. nha perdido mais de 80% da minha e faziam piadinhas. “O def iciente Mãe de dois f ilhos, ama sua famí- audição, não conseguia acompa- auditivo sabe quando estão falandolia e cuida muito bem do seu lar. nhar o ritmo da turma, ” lamenta. dele. Nós não somos bobos, não! Eu Preocupada com o desem- era chamada de incapaz. Eu podiaSônia perdeu a audiçãoaos cinco anos de idade. Quando penho escolar de Sônia, a profes- não ouvir o que as pessoas falavam,ainda bebê, sentia fortes dores no sora tomou a iniciativa de levá-la a mas dentro de mim tinha uma es-ouvido, sem causa diagnosticada. um otorrinolaringologista, médico perança de que um dia sairia da-Cresceu em uma família humilde especialista em ouvido, nariz, seios quela situação”, desabafa. Mesmode 15 f ilhos, onde todos viviam no da face e garganta . “Eu lembro que não conseguindo ouvir a professo-interior, no município de Pontali- quando cheguei ao consultório, o ra, Sônia estudou sozinha em casa,na, Goiás. “Sem condições f inan- doutor fez uma limpeza no meu e aprendeu a ler fazendo o uso deceiras, e por não ter muito enten- ouvido, o que eles chamam de la- jornais e revistas. “Eu lia tudo quedimento, meus pais para amenizar vagem”, explica. Sônia af irma que estava à minha frente, sempre tive22 CRER EM REVISTA
muita força de vontade”, pontua. Sônia demonstra o carinho por sua primeira patroa Maria das Dores e seu esposo Em 1974, com 13 anos de em Revista que passou por perí- exames, incluindo o de audiome-idade, Sônia e sua família se mu-daram para Goiânia. Para ajudar odos difíceis, e cita que chegou tria para avaliar minha audição.no sustento de sua família, a jo- a fazer rifas para conseguir com- Recebi do CRER, sem custo algumvem teve que começar a trabalhar prar o que mais lhe fazia feliz. via SUS (Sistema Único de Saúde),cedo. “Meu primeiro emprego um aparelho pelo qual eu não maisfoi em uma casa de família, traba- Em 2005, cansada de lutar precisava sofrer em decorrência dalhei para uma enfermeira, Maria data de validade”. Sônia passou adas Dores era minha patroa”. Sônia todos os anos para conseguir seus ter um acompanhamento por pro-acredita que foi plano de Deus umaenfermeira ter surgido em seu ca- aparelhos, um amigo lhe apresen-minho. “Foi com a ajuda dela quedei início à minha caminhada”. tou o CRER. “Tenho até hoje a data Com a orientação de sua da minha primeira consulta, foi no dia 30 de março de 2005. Quan- f issionais fonoaudiólogos. “Acre-patroa, conseguiu o seu primeiro do cheguei ao Hospital passei por ditei no CRER, que, para mim foiaparelho auditivo. “Daquele dia em uma avaliação global e f iz vários uma porta para a vida”, revela.diante, era caso de muito sofrimen-to f icar sem eles. Não queria tirá-los dos ouvidos, era como se eu tivessenascido de novo. Ouvir o canto dospássaros, apreciar a letra de umamúsica, ouvir os noticiários da TV,para mim era tudo novidade”, con-ta com os olhos cheios de lágrimas. Infelizmente, a alegria deSônia não perdurou muito. Os apa-relhos de então possuíam um pra-zo de validade reduzido e quandoexpirava, a qualidade do som nãoera a mesma de antes. “Tudo o queeu queria era continuar escutando,o aparelho auditivo se tornou umajoia preciosa para mim”, conta. Diante de tanta dif iculda-de, Sônia recorreu a órgãos de go-verno e doações para adquirir umnovo aparelho. Ela conta à CrerFamília reunida permanece unida. Sônia com suas Famíliafilhas Suelany (esq.) e Layla, e o esposo, Altair. Sônia casou-se em 1986 com Altair Ramos, e tive- ram duas f ilhas Suelany e Layla . Hoje, cuida do lar, adora pintar, costurar e ouvir uma boa música. “Minha família é o bem precioso que tenho, eles sempre estiveram comi- go em todos os momentos, me auxiliando e dando todo apoio necessário. Também possuo amigos que são ver- dadeiros anjos em minha vida, Marlene Alves do Nasci- mento e Maria das Dores, minha primeira patroa, quem eu nunca esquecerei. Depois de Deus, foi através de vocês, amigas, que hoje tenho uma vida melhor! ”, agradece. CRER EM REVISTA 23
agenda Parcerias Dez / FevAbril>>> Academia Brava Sport Center IpsenI Curso de Eletrofisiologia da Audição, Monito- Academia Flex Fitness Centerramento de Nervos Cranianos e Dissecção do Academia Sport Total Lamash Moda BrancaOsso Temporal Allergan Leites Piracanjuba AsmegoData: 30 de abril a 04 de maio de 2012 Audix Aparelhos Auditivos Leroy MerlinLocal: Ribeirão Preto - SP AVM Faculdade Integrada MacomInformações: www.clinicapaparella.com.br / B & F Medical Medcomerce(16) 3610-6755 Baiano Folhagens e Verduras Meta Hospitalar Bambuí Negócios Imobiliários Mil EsportesMaio>>> Bernafon Multmedic Blue Tree Towers Natural Step27º Congresso Internacional de Radiologia42ª Jornada Paulista de Radiologia Castro’s Park Hotel Ortho PauherData: 03 a 06 de maio de 2012Local: São Paulo - SP Catral OssurInformações: www.spr.org.br / (11) 3284-3988 CDCS OttobockHospitalar 201219ª Feira Internacional de Produtos, Equipamen- Cevel Panificadora Moreiratos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Labo- Papelaria Tributáriaratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios. Cirurhelp Colégio Ateneu Dom Bosco Perfinasa Colégio Eficaz Polior Produtos Ortopédicos Colégio Oswaldo Cruz Colombu’s Restaurante Pousada dos Pirineus Comfort Suites Flamboyant Creme Mel Sorvetes Rabelo Filho e Cia Ltda Crispim+Veiga Deltronix Receita Federal Equiplex Indústria Farmacêutica Refrescos Bandeirantes Renauto Nissan Escola Conceito Restaurante Casa Buffet Escola Internacional de Goiânia Rio Quente Resorts Fraldas Kisses San Marino Suíte Hotel Grupo Cantares Portugueses Santa Cruz Mármores Grupo JBS – Friboi Superfrango Grupo MPL Tecidos Tita Ltda Hospfar Tend Tudo Tv Serra Dourada Unicom Vanguarda Viação ParaúnaData: 22 a 25 de maio de 2012Local: Pavilhões do Expo Center Norte -São Paulo - SPInformações: www.hospitalar.comJulho>>>Curso Específico para o Tratamento de Convênios atendidos no CRERBebês – Conceito Bobath Affego GeapData: 02 a 20 de julho de 2012 AmilLocal: Rio de Janeiro – RJ Casbeg IMASInformações: www.fisiovital.com.br / (21) 3049-0001 Cassi Ipasgo Plan-Assiste Celgmed Saúde Caixa Correios SENAPREV CREA SUS Fassincra Unimed Fusex24 CRER EM REVISTA
PErFiL DO COLaBOraDOr Um show de talentosColaboradores mostram suas habilidades artísticas e brilham no palco do CRERC asa cheia e público an- Com muito charme e estilo, Idealizado pela gerente de Re- Luiz César e Márcia Nunes, almoxarife cursos Humanos do CRER, Veruska desioso. As cortinas se abrem e as luzes e e administradora e responsável pelo vo- Carvalho, o Show de Talentos teve suafumaça criam efeitos visuais artísticos luntariado, respectivamente, dançaram primeira edição em 2009. A proposta,que agradam a plateia. No palco, pro- a versão forró - universitário da músi- segundo Veruska, é integrar todos osf issionais de diversas áreas do CRER re- ca “Amante Profissional”. Além de can- setores e serviços da Instituição. “Alémvelam os mais variados talentos: alguns tores, dançarinos e instrumentistas, o disso, é um momento de congraçamen-cantam, outros dançam, interpretam, CRER também tem compositores. Edu- to entre os colaboradores”, explica. Ocontam piada. Têm os que se arriscam ardo Castro, fotógrafo, apresentou aos evento tem à frente da organização,sozinhos, outros em duplas e aqueles demais colaboradores sua nova compo- além do RH, o colaborador Eduardoque preferem tudo junto e misturado. sição, “Luz do Sol”, acompanhado pela Castro, do Centro de Estudos, e a Su- tecladista Larissa Faria, f isioterapeuta. perintendência de Relações Externas. Assim foi o 3º Show de Ta-lentos do CRER, realizado no dia 20 Mário Hamelin, monitor de ví- Eu quero Crerde dezembro no auditório da Ins- deo do serviço de vigilância do CRER,tituição. No regulamento, a regra é tocou sublimemente a canção que em- Eduardo Castro/ Darlan Ribeiro/clara (e única): podem participar e balou um dos romances mais famo- Anna Rita Ludovicomostrar o que sabem todos aque- sos da literatura, Romeu e Julieta, doles que são colaboradores do CRER. compositor romântico russo Tchaiko- Quando o dia amanhece vsky. Para f inalizar sua participação, vejo a vida renascer Quem abriu a terceira edição “Somewhere in Time”, trilha sonora do como tudo se transformado Show de Talentos foi Alysson Al- f ilme Em Algum Lugar do Passado. com mais força pode crervim, tecnólogo em eletromecânica daOfi cina Ortopédica do CRER. Ao apa- Já bastante conhecido pelo seu Tudo é muito mais bonitorecer com traje tipicamente rock’n’roll, impagável bom humor, Eliezer Cordei- quando passamos a crerAlysson quase não foi reconhecido ro, assessor jurídico, provocou várias que a amizade que nos cercapelos colegas, que logo começaram a risadas no público que o prestigiou du- nesta vida é pra valeraplaudi-lo. Acompanhado por Betuel rante apresentação stand-up. Em segui-de Melo, auxiliar de órteses, também da, a recepcionista Werica Alves deixou Serei sempre seu amigoda Ofi cina Ortopédica, e Darlan Ribei- todos boquiabertos ao soltar sua voz e em tudo pra valerro, f isioterapeuta, Alysson causou grata f irme e af inada. A moça cantou “Vitó- um amigo de verdadesurpresa quando cantou “Wasting Love” ria no Deserto” (Hebron) e “Ressuscita- um grande amigo pode crere “Wasted Years”, músicas da banda bri- me”, da cantora gospel Aline Barros.tânica de heavy metal, Iron Maiden. Eu quero crer O grand f inale f icou por conta num sincero aperto de mão Em seguida, foi a vez de do coral de Libras da Instituição (leia na nobreza de seu coraçãoGladson Amaro que, com a tecladis- mais na página 16), que interpretou a na vontade de se entregarta Ana Cristina, começou cantando música “Eu Quero CRER” (conf ira letra “Uma Vez Mais”, canção de Ivo Pes- ao lado), de Eduardo Castro, Darlan Eu quero crersoa e depois continuou no palco com Ribeiro e Anna Rita Ludovico. Com- num sorriso estampado no rostoDarlan Ribeiro e Flávio Sales, técnico pôs o coral de Libras as colaborado- no amor invadindo com gostoem informática. Juntos com a plateia, ras Ana Maria de Oliveira, Fernanda nas batidas do seu coração.o trio fez bonito com “Wish You Were Barbosa, Juliana Xavier, Kety Mon-Here”, uma das músicas mais conhe- teiro, Milena Fonseca e Vilma Vidal.cidas da banda britânica Pink Floyd. CRER EM REVISTA 25
últimodetalhe A cada dia, assim como o sol, novas esperanças e realizações estão sempre a nos despertar para o melhor da vida. Fotografia de Mayra Paiva, jornalista do CRER. [ ENVIE UMA IMAGEM DE UM DETALHE DO CRER PARA O E-MAIL [email protected] E PARTICIPE DESTA SEÇÃO]26 CRER EM REVISTA
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