ANO 3 # 9 GOIÂNIA | MAIO - JULHO 2011 www.crer.org.br Crer e m r e v i s ta Wiviany Oliveira “Como Miss Goiás pretendo despertar e melhorar a consciência da sociedade para as questões sociais.” Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique SantilCloRER EM REVISTA 1
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CARTA AO LEITORCrer em Revista, terceiro ano de intercâmbio com a sociedadeSérgio Daher Com esta nona edição a Crer em Revista Concurso Miss Brasil, do qual participará re-Superintendente inicia seu terceiro ano de circulação. O nosso presentando nosso Estado, Wiviany declaraExecutivo do CRER objetivo, sempre, foi utilizar este importan- ter o desejo em se empenhar para dar mais vi- te mecanismo de comunicação para de uma sibilidade ao trabalho realizado pelo CRER. certa forma prestarmos contas à sociedade de tudo o que aqui acontece. Como “patrimônio Importantes temas são abordados: o de todos os goianos”, expressão utilizada por Serviço de Fonoaudiologia do CRER, com Luiz Felipe Scolari, o CRER, por meio de sua destaque para sua relevância no tratamento gestão, prima pela transparência e eficiência dos pacientes; como a pessoa com deficiência, de suas práticas, no intuito de garantir a cre- incapacitada para o trabalho, pode receber dibilidade que nos é estendida por toda a so- o Benefício Assistencial de Prestação Conti- ciedade. Credibilidade esta que faz chegar até nuada (BPC), da Previdência Social, e uma nós pessoas e empresas, que por entender a matéria sobre Medicina Alternativa. Além relevância do tratamento e dos serviços aqui dessas grandes pautas, o leitor poderá ain- oferecidos, se colocam como nossos parceiros. da encontrar dados, fatos ocorridos no CRER e histórias de pessoas dignas de registro. Wiviany Oliveira, Miss Goiás 2011, en- trevistada nesta edição, é exemplo de como Que várias outras edições possam se as pessoas se sensibilizam com o CRER, mo- somar a esta e que possamos sempre con- bilizando-se em seu benefício. Meio a uma tar com todos os nossos parceiros. Aqui es- carreira promissora de modelo e próximo ao pecificamente – você, nosso caro leitor.AGIR EXPEDIENTEEstrutura AdministrativaAssociados Fundadores Nabyh Salum Diretor TécnicoAlcides Luís de Siqueira Pedro Daniel Bittar João Alírio Teixeira da Silva JúniorDom Antônio Ribeiro de Oliveira Sizenando da S. Campos Júnior CRM/GO 6593Elias Bufaiçal (in memorian)Lúcio Fiúza Gouthier Conselho Fiscal - Titulares Crer em revistaMaria Paula Curado Marlei Antônio da Rocha Supervisão geral, Edição e TextosMilca Severino Pereira Ruy Rocha de Macedo Anna Luiza RucasNabyh Salum Paulo César Brandão V. J. Gerente de Marketing - SREPaulo Afonso Ferreira Suplentes JornalistasAssociados Beneméritos Marcos Pereira Ávila Mayra Paiva - JPGO - 01802Cyro Miranda Gifford Júnior Cyro Miranda Gifford Júnior Thaís FrancoGláucia Maria Teodoro Reis Valtercy de Melo Estagiária em JornalismoHelca de Sousa Nascimento Marianne CarrijoJosé Alves Filho Superintendentes Colaboradores SREMarlei Antônio da Rocha Sérgio Daher Hugo MirandaMarcos Pereira Ávila Superintendente Executivo (Diagramação e Arte de anúncios)Paulo César da Veiga Jardim João Alírio Teixeira da Silva Júnior M arianne Carrijo (Textos)Ruy Rocha de Macedo Sup. Técnico de Reabilitação Patrícia Nunes (Secretária Júnior)Valéria Jaime Peixoto Perillo Claudemiro Euzébio Dourado Rodrigo Rocha e Teka MachadoValtercy de Melo Sup. Administrativo e Financeiro (Contato comercial e Produção de fotos) Divaina Alves Batista Thaís Franco (Textos)Embaixador do CRER Sup. Multiprofissional de Reabilitação Colaborador CENELuiz Felipe Scolari Fause Musse Eduardo Castro (fotografias) Sup. de Relações ExternasConselheirosEdward Madureira BrasilJosé Evaristo dos SantosJoaquim Caetano de Almeida NettoMiguel Ângelo CançadoCrer em Revista é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo.Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.brEndereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás CRER EM REVISTA 3
ÍNDICE Canal Aberto 6 [email protected] Entrevista “Que Deus continue abençoando a todos para que vocês possam con- Wiviany Oliveira, tinuar ajudando e mostrando que Miss Goiás 2011 a vida continua e que é necessário “Tenho muito a agrade- apenas descobrir um novo jeito de cer pela oportunidade caminhar. Parabéns a todos e obri- em colaborar com o CRER“ gada por tudo que fizeram para mim e minha mãe. Obrigada, anjos abençoados por Deus”. Maria Xavier e Marizé, pacientes Espaço do “Meus agradecimentos a toda paciente equipe Diretora do CRER, que é referência nacional. Agradeço a 15 “Meus filhos, equipe de colaboradores, médicos, minha vida” especialmente o Dr. Fabrício, orto- pedista, Dra. Adriana, cardiologista 17 e o Dr. Roberto, otorrino. Glórias a Deus, ao CRER e toda sua equipe”. Meio ambiente Edson José de Moura, paciente A cura pela raiz, “Minha mãe e eu fomos muito bemfolha, flores, sementes e fruto atendidas, só temos a elogiar. Para-Terceiro Setor 5 20 Por dentro do Crer béns a todos que nos atenderam e 5 22 Superação que Deus lhes dê muita saúde”.Parágrafo Único Lenilda Silva, paciente 24 AgendaResumo 8 “Quero neste instante parabenizar 25 Perfil do Colaborador o CRER e colocar em evidência os14Artigo 26 Último Detalhe elogios merecidos pelos colabora-Conheça seus direitos 16 dores do Hospital, em especial à recepcionista Gisele, fisioterapeutas Thiago, Rafael, Paulo Victor e Thaís, pessoas de destaque”. Ruth Correa, paciente “Muito obrigado a todos pela compreensão, orientação, paciência, atendimento e tratamento. Vocês são pessoas que jamais esquecerei, pois além de me ajudar na saúde, contribuíram com meu crescimento como ser humano e me deram força para ir atrás de meus direitos como cidadão. Deus abençoe a todos.” Alessandro Teles da Silva, paciente4 CRER EM REVISTA
TERCEIRO SETOR Ação e PrevençãoInstituto Mover desenvolve campanhas preventivas à saúdeC om a missão de promo- tificar os primeiros sintomas e agir Parágrafo Único“Ao assumir a rede de corretamente em caso de acidentes. assistência aos porta-ver campanhas de prevenção a aciden- dores de doença neu-tes e formas corretas para a realização Como participar romuscular (DNM),dos Primeiros Socorros, foi fundado, o CRER cumpreem 18 de maio de 2005, o Instituto Mo- O Instituto Mover é uma pessoa com o seu papel dever. Trata-se de um projeto que tem jurídica de direito privado, sem fins Instituição de Saúde,como finalidade a prevenção e pro- lucrativos, constituída como associa- com responsabilida-teção da saúde pública, notadamen- ção, com autonomia administrativa, de social e humani-te com o intuito de contribuir para a patrimonial e econômica. Os interes- tária, servindo umaredução da mortalidade por aciden- sados em participar das campanhas, clientela até entãotes ou doenças que possam levar a como voluntário, ou levar as ações do pouco assistida. Des-pessoa à morte ou deficiência física. Instituto Mover até sua escola, em- ta forma, contribue presa, universidade, feiras, congres- para a melhoria da O idealizador, Sr. Rômulo Au- sos, entre outros, podem entrar em qualidade de vida dasgusto Borges, teve a iniciativa de fundar contato pelo telefone 62 4101-8019 ou pessoas com DNM eo instituto após ter sofrido um acidente e-mail [email protected]. Todas as de seus familiares.com mergulho em água rasa em que teve pessoas, empresas ou entidades quesuas vértebras do pescoço esmagadas, se sentirem tocadas a fazer parte deste Divaina Alves Batista,o que ocasionou que permanecesse por time do bem são muito bem-vindas. Fisioterapeuta, Supe-alguns meses em estado de tetraplegia. rintendente Multiprofis-Segundo os médicos, a recuperação to- sional de Reabilitação “tal dos movimentos do Sr. Rômulo foiresultado, principalmente, de um res- e Readaptação dogate correto e informação qualificada. CRER, sobre a Clínica Desde então, o Instituto rea- de Doenças Neuro-liza campanhas informativas sobre musculares.os riscos de lesão medular presentesem um simples mergulho, bem como CRER EM REVISTA 5em outros acidentes que podem serevitados com conhecimentos de pre-venção. As ações são levadas a even-tos, palestras, stands em shoppings,terminais de ônibus, dentre outros. Em parceria com o Corpo deBombeiros do Estado de Goiás, o Ins-tituto Mover atua em Goiânia e váriascidades turísticas do estado, principal-mente durante as férias e feriados pro-longados, períodos em que ocorremo maior número de acidentes destanatureza. São distribuídos impressoscom importantes informações sobrecomo prevenir fatores de risco, iden-
ENTREVISTA Fotos: Luciano Medeiros - Beleza: Larissa Piretti e Léo Pedroso - Estilo: Lalique por Pedro Chadud E leita Miss Goiás 2011, WivianyWiviany Oliveira representará o Estado no dia 30Oliveira de julho (data provável), disputando com mais 26 candidatas o título de Miss Brasil Beleza 2011. Aos 24 anos de idade Wiviany acu-solidária mula uma vasta experiência internacional como modelo, com trabalhos realizados 6 CRER EM REVISTA nos Estados Unidos, Itália, Coreia, Chile e México. Como Miss Goianira, cidade onde viveu a infância, foi escolhida a mais boni- ta de Goiás, no dia 22 de março passado, em um grande evento na Mansão Jaó. De fato sua beleza salta aos olhos, atraindo a atenção por onde passa. Mas além de toda a sua bela estética, realçada por lindos olhos verdes, a jovem consegue transparecer uma simpatia digna de Miss. Em uma ação desenvolvida no CRER (ver pág. 09), durante as comemorações de Pás- coa, quando distribuiu 200 ovos de cho- colate aos pacientes, Wiviany manifestou seu desejo em colaborar com a instituição, por saber da importância do tratamento oferecido aos portadores de necessidades especiais, em virtude de sua experiência vivida em família. Seu pai, cadeirante em decorrência de uma trombose, e sua sobri- nha, portadora de Síndrome de Down, sem- pre despertaram nela a vontade de fazer algo em favor das pessoas. “Tenho muito a agradecer pela oportunidade em colabo- rar com o CRER, quero que minhas ações beneficiem o máximo de pessoas possível. Com isso quero despertar e melhorar a consciência da sociedade para as ques- tões sociais. Sou muito orgulhosa do pai que tenho e quero que todos olhem para os portadores de necessidades especiais com o respeito que merecem”, declarou Wiviany em entrevista concedida à Crer em Revista. Pelo bate-papo a bela representan- te de Goiás deixa transparecer sua ligação com a família, sua vontade em fazer algo a favor de outras pessoas, sua realização em trabalhar com o que de fato gosta e o so- nho em se tornar a primeira goiana eleita Miss Brasil.
“As questões sociais sempre mepreocuparam, e o meu desejo érealizar o máximo de ações para colaborar com quem precisa.”Você é natural de Goiânia, mas passou dito sim que a experiência pai frequentou algumas vezes o CRERsua infância em Goianira. Como foi adquirida me auxiliou na para seu tratamento. Ao conhecer me-a experiência? Quais as lembranças? vitória do concurso Miss lhor fiquei impressionada com a estrutu-Morei em Goianira durante a minha Goiás 2011, pois estava ra e com a oportunidade criada aos queinfância e ainda era muito pequena mais segura e confiante, precisam de cuidados especiais. Queroquando nos mudamos para Goiânia, com boa desenvoltura muito colaborar com a instituição, par-na tentativa de viabilizar um tratamen- na passarela e experiên- ticipando de eventos beneficentes e ofe-to de saúde para meu pai – sua enfer- cia pelas exigências do recendo meu apoio no que for possível.midade era trombose, o que acarretou circuito internacional.no amputamento de suas pernas. Mas As misses sempre geraram ad-voltava a Goianira com frequência por Como tem sido sua rotina miração, tanto pela beleza, pelater avós, tios e primos morando lá. Eu como Miss Goiás? Quais simpatia e pelo glamour dosme lembro que havia muitas plantas e as suas expectativas para eventos de seleção, quanto pela vin-rosas, brincávamos nas árvores e em os concursos futuros? culação de sua imagem a ações bene-uma dessas brincadeiras acabei fican- Apesar do pouco tem- ficentes. O que você gostaria de fazer?do com uma cicatriz. Era um tempo po com o título, tenho As questões sociais sempre me preocu-muito feliz, me lembro saudosamente. participado de vários param, e o meu desejo é realizar o máxi- eventos e entrevistas em mo de ações para colaborar com quemO que você imaginava ser quando crian- programas de televisão, precisa. Por meu pai ser deficiente físicoça? Comparando com o que você alcan- revistas e rádios. Vencer e eu ter participado da maioria dos pro-çou hoje houve mudança de planos? o Miss Goiás já foi a realização de um blemas por ele enfrentados, o CRER é oQuando criança eu tinha o sonho de ser sonho, o que me deixa ainda mais con- principal alvo de minhas ações, portan-“Paquita da Xuxa” e era muito incenti- fiante em conquistar o Miss Brasil e, to promover arrecadações de fundosvada pela família e amigos. Não houve quem sabe, o Miss Universo que é um para as necessidades da entidade ou atémudança de planos, porque sempre dos meus maiores sonhos. Para isso mesmo um fundo que seja destinadotive vontade de trabalhar no meio ar- conto com o apoio de todo o estado, aos casos mais graves e com maior ur-tístico, moda e TV. A partir dos 11 anos nesse momento de grandes desafios. gência. E, ainda, incentivar a promoçãoingressei no mundo da moda, fazen- de eventos junto a empresas que pos-do o curso de passarela, maquiagem Tendo exemplos de pessoas bem pró- sam fazer doações de equipamentos oue etiqueta. Toda a trajetória que per- ximas, seu pai e sua sobrinha, quais as financeiras, voltadas aos deficientes.corri foi fruto de muito trabalho e de- dificuldades que você percebe no diadicação, como em qualquer profissão. a dia dos portadores de necessidades CRER EM REVISTA 7 especiais? O que você acha que podeComo foi o início da sua carreira de ser feito para melhorar o quadro atual?modelo, e principalmente sua car- Toda a sociedade deve ser educadareira internacional? Você acha que a para receber melhor as diferenças,bagagem adquirida auxiliou na con- sejam elas físicas, psicológicas ou ét-quista do título de Miss Goiás 2011? nicas. Em relação ao meu pai, perce-Comecei muito cedo com o curso de bo que a acessibilidade é um grandeformação de modelos, depois fiz al- problema como transporte, edifíciosguns trabalhos como modelo em Goi- públicos e privados, vagas em esta-ás. Aos 12, fui vencedora do concurso cionamentos, vias públicas, entre ou-regional Lee Look 99 e uma das finalis- tros. Houve muitos avanços, mastas em âmbito nacional, o que rendeu acredito que existe a necessidade deum contrato com a Mega Models, uma se criar políticas para a inclusão dosgrande agência de modelos internacio- portadores de necessidades especiais.nal em São Paulo, para onde me mudeicom minha mãe. Aos 13 anos viajei a A partir do seu contato com o CRER,trabalho para Milão e, depois surgiram qual a impressão tirada do Centrovárias viagens, entre elas para a Coreia, de Reabilitação? Você já o conhecia?Chile, México e Estados Unidos. Acre- Conhecia superficialmente, pois meu
resumoCapacidade Técnica (à esq.)Sérgio Daher, Pedro Alves, Heloiza Cavalcanti, Cyda Monteiro e Fernando Monteiro durante a abertura da IntegrarA Oficina Ortopédica do CRER foi aprovada nos examespara aquisição do 1º Atestado de Capacidade Técnica, Feira Integraremitido pela Associação Brasileira de Ortopedia Técni-ca – ABOTEC. Os exames foram aplicados nos dias 9 e O CRER participou de 17 a 19 de dezembro da II Feira10 de setembro de 2010, na Oficina Escola da ABOTEC, de Inclusão, Reabilitação, Acessibilidade, Tecnologia eem São Paulo. O tecnólogo em eletromecânica da Ofici- da Melhor Idade. O evento foi realizado no Centro dena Ortopédica do CRER, Alysson Campos, foi quem se Convenções, em Goiânia, promovido por Cyda Montei-submeteu aos testes. Além dele, cinco profissionais de ro, Heloiza Cavalcanti e Nair Xavier em parceria comoutros estados foram aprovados. Segundo a ABOTEC, o várias entidades. Na programação, produtos, serviçosAtestado de Capacidade Técnica foi criado para valorizar e diversas palestras voltadas para a reabilitação, inclu-a profissionalização dos protesistas e ortesistas ortopédi- são e acessibilidade. Nair Xavier destacou a parceriacos, por meio da verificação do conteúdo prático e teórico. com o CRER que, segundo ela, “é a chancela magna para o acontecimento da Integrar”. O SuperintendenteHomenagem Executivo do CRER, Sérgio Daher, agradeceu a realiza- ção do evento que, para ele, traz à sociedade esclareci-O CRER foi homenageado pela Fecomércio, no dia 17 de mentos importantes acerca da inclusão da pessoa comdezembro de 2010, em reconhecimento aos serviços ofere- deficiência. “Em nome do CRER, registro o meu com-cidos à população de Goiás. Durante a solenidade, reali- promisso em continuar firme nesta parceria”, concluiu.zada no SESC Faiçalville, o Presidente da Fecomércio, JoséEvaristo dos Santos, entregou ao Superintendente Execu-tivo do CRER, Sérgio Daher, a placa com os seguintes di-zeres: “O Sistema Federação do Comércio/SESC/SENAC– Goiás reconhece publicamente a importância do Centrode Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo –CRER que, em seus oito anos de criação, tem prestado re-levantes serviços à comunidade goiana, tornando-se refe-rência nacional na área em que atua”. Na ocasião, tambémforam homenageados o Fujioka e o Corpo de Bombeiros. Sérgio Daher, Superintendente Executivo do CRER, rece- be placa de homenagem do presidente da Fecomércio, José Evaristo dos Santos, ladeados por diretores da Federação e representantes de vários segmentos do comércio de bens, serviços e turismo em Goiás8 CRER EM REVISTA
Aula Inaugural Médicos e Residentes após apresentação de monografiaA segunda turma da Especialização Médica em Radiologia e Diagnósti-co por Imagem teve início no dia 1 de fevereiro. Durante a aula inaugu- Conclusãoral, o Superintendente Técnico do CRER, João Alírio, e o coordenador deRadiologia do CRER, Ricardo Faria, acolheram os novos especializandos Os médicos residentes em Medicina Fí-e desejaram as boas vindas ao Hospital. Ricardo reforçou a importância sica e Reabilitação - Fisiatria, Mauríciodo curso e da parceria com outras instituições. O estágio, que é creden- Rassi Carneiro, Lívia Gabriela Rochaciado junto a Sociedade de Radiologia, é feito em parceria com a Clínica S. de O. Saliba e Natália Ribeiro de O.da Imagem e Instituto Ortopédico de Goiânia - IOG. As duas vagas aber- Custódio, apresentaram, individual-tas para a Especialização foram concorridas por 65 inscritos. Os aprova- mente, suas respectivas monografias dedos foram os médicos Ricardo Tavares Daher e Thaís Jungmann Ribeiro. conclusão de residência médica, no diaNo dia 04 de abril, foi iniciada uma nova turma de residência em 2 de fevereiro, no auditório do CRER.Medicina Física e Reabilitação - Fisiatria. João Alírio e Ângela Ma-ria, fisiatra e coordenadora da residência, receberam os residen- Missates Andréa da Silva Busnardo e Leonides Rocha de Oliveira Filho. A Missa em ação de graças ao início do calendário de 2011 no CRER foi ce- lebrada dia 1º de março na recepção da Instituição pelo Padre Alcides de Lima Júnior. O momento reuniu pa- cientes da Instituição, colaboradores e voluntários. A equipe de Liturgia da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes participou da celebração e emocionou os presentes com canções religiosas.Cipa 2011/2012No dia 03 de março, a Comissão Interna de Prevenção de Aciden-tes (CIPA), gestão 2011/2012 (foto), foi empossada sob a presidên-cia de Anna Luiza Rucas, Gerente de Marketing, que ressaltou comoum dos grandes desafios a atualização dos mapas de riscos da Insti-tuição, visto que novos ambientes surgirão com o projeto de expansão.Para o Assessor Jurídico do CRER, Eliezer Cordeiro Rangel, representanteda Alta Direção na solenidade de posse, a Administração entende a CIPAcomo parceira importante em ações de prevenção, destacando a preocupa-ção do CRER pela saúde mental e segurança física no ambiente de trabalho. CRER EM REVISTA 9
resumoArcebispo de Goiânia no CRER DoaçãoPor iniciativa da Arquidiocese, no dia 28 de março, O CRER foi beneficiado com a doação de um equipamen-o Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, ce- to de mamografia estimado no valor de R$ 110 mil, alémlebrou no CRER a “Missa dos Enfermos”, com o ob- de reforço para a alimentação dos pacientes, uma doaçãojetivo de levar a Eucaristia para os pacientes que, de 400 quilos de carne por mês pelo empresário José Batis-por motivo do tratamento, encontram-se impossi- ta Júnior, da JBS/ Friboi. A empresa é a maior em processa-bilitados de participarem das atividades da Igreja. mento de proteína animal do mundo, atuando nas áreas deO Auditório Valéria Perillo esteve lotado com a presença alimentos, couro, produtos para animais domésticos, bio-de pacientes, seus familiares, bem como colaboradores e diesel, colágeno, latas e produtos de limpeza. A entrega foivoluntários do CRER. Para aqueles que, acamados, não feita no dia 5 de abril de 2011, durante encontro com nutri-puderam participar da missa, Dom Washington Cruz cionistas e a Gerente de Marketing do CRER, Anna Luizafoi aos leitos levar o sacramento da Eucaristia, que é o Rucas, na sede da empresa Friboi em Goiânia. Júnior da JBS/ritual central da Missa e a memória da Paixão de Cris- Friboi firmou também, uma parceria com entidades parato. Só depois de retornar do Setor de Internação Dom encaminhamento de pessoas com necessidades especiais noWashington Cruz deu a bênção final da celebração. mercado de trabalho das unidades da empresa em Goiás.A missa foi marcada pela participação do CoralCrer em Canto, que além de outras canções apre-sentou o Hino da Campanha da Fraternidade 2011,com o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta”. (à dir.) Valéria Perillo, Milca Severino, Joaquim Caetano de Almeida e Paulo César Veiga Jardim durante reunião da AGIR.AGIRNo dia 18 de abril, a Associação Goiana de Integralizaçãoe Reabilitação (AGIR), gestora do CRER, por meio de seuConselho de Administração reuniu-se para a admissão detrês novas associadas - Valéria Jaime Peixoto Perillo, Gláu-cia Maria Teodoro Reis e Helca de Sousa Nascimento.Pela idealização do Centro, empenho na constru-ção e colaboração constante para a sua manuten-ção e crescimento, Valéria Perillo, Presidente da OVG, foi indicada na ocasião como Embaixadora do CRER. Otítulo de Embaixador, desde abril de 2004, foi concedido a Luiz Felipe Scolari, o Felipão, hoje técnico do Palmeiras.10 CRER EM REVISTA
resumo Bela PáscoaWorkshop de Reabilitação Esbanjando simpatia e muito carisma, Wiviany Oli- veira, Miss Goiás 2011, fez uma visita ao CRER na tar-A equipe Multiprofissional do CRER realizou o I Ciclo de de 20 de abril, para a distribuição de 200 ovos dede Workshops do Hospital com temas atuais em reabili- páscoa. Sempre acompanhada por muitos admirado-tação: Equoterapia; Avanços Tecnológicos: biofeedback, res, ela percorreu quase todos os setores do hospital.realidade virtual e análise de marcha; e Função Cortical: Com roupa de gala, faixa e coroa Wiviany Oliveira causou en-avaliação das disfunções e tratamento. Os cursos acon- cantamento a todos, mas sem dúvida alguma foram as crian-teceram nos dias 18 e 19/03, 01 e 02/04 e 15 e 16/04, res- ças as que mais ficaram admiradas com a presença da Miss.pectivamente, na própria Instituição. Cerca de 280 pro- “Foi uma experiência maravilhosa! É muito gratifi-fissionais e acadêmicos das áreas da Saúde e Educação cante ver a alegria das pessoas, os olhos brilhantesparticiparam dos workshops. No último dia do evento, das crianças. O trabalho no CRER realmente é impres-a equipe preparou uma surpresa para os participantes. sionante. Todos estão de parabéns”, afirmou a Miss.Antes do início da palestra, o rock invadiu o palco doAuditório do CRER com uma apresentação de fisiote-rapeuta, paciente e convidados. Na bateria, Felipe Fei-tosa, que sofreu traumatismo cranioencefálico após tersido baleado em julho de 2009, demonstrou com supe-ração que a música realmente desenvolve habilidades.VisitasNo mês de abril, os secretários de Saúde do Estado e Município, Antônio Faleiros (foto 1) e Elias Rassi Neto (foto2), estiveram no CRER para conhecerem as novas alas de UTI, centro cirúrgico e internação do Hospital. Elias Ras-si esteve acompanhado do diretor do Departamento de Controle e Avaliação do SAMU, Fernando Machado de Araújo.No dia 26, o vice-governador do Estado de Goiás, José Eliton de Figuerêdo Júnior, o secretário de Saúde do Para-ná, Michele Caputo Neto, acompanhado por dois assessores, e a presidente do Conselho Nacional de Secretáriosde Saúde – Conass e secretária da Saúde de Mato Grosso do Sul, Beatriz Figueiredo Dobashi também visitaram oCRER. Na comitiva, também estava um representante da APAE de MS. Após reunião com superintendentes e ges-tores da Instituição, o grupo (foto 3) percorreu algumas alas do Hospital e novas áreas contempladas pela expansão. CRER EM REVISTA 11
resumoExpansãoAlgumas novas áreas do projeto de expansão do CRER já estão em funcionamento. Os ambulatórios foram transferidospara o térreo do bloco “C”, no último dia 20 de dezembro. São 10 novos consultórios, um posto de enfermagem e duassalas de apoio, além de duas salas de gesso, uma para colocação e outra para a retirada. A sala de curativo também foitransferida e ampliada, totalizando quatro boxes. A nova recepção de consultas (foto 1) mede cerca de 470 m² e tem capa-cidade para 175 assentos. Anexa a essa, uma ampla sala de acolhida aos pacientes e familiares. No 1° pavimento do bloco“E” foram montados dois novos ginásios, sendo um de terapia ocupacional (foto 2), outro de fisioterapia, ambos para aten-dimento infantil, espaços que foram inaugurados no dia 28 de março. O ginásio de hidroterapia (foto 3) também recebeuampliação e reforma. Foram construídas duas novas piscinas grandes numa área de 250m². A novidade é a implantaçãodo sistema de aquecimento solar nas piscinas da hidroterapia, que reduz o custo, preserva as fontes de energia esgotá-veis e proporciona mais conforto ao paciente. Ainda sobre o ginásio de hidroterapia, há a aplicação de ozônio na limpezadas piscinas, uma forma ainda mais eficaz na eliminação de todos os microorganismos. Para atender as necessidades daInstituição, também foram transferidos para uma área maior os setores de almoxarifado e faturamento, blocos “B” a “A”respectivamente. Uma nova e ampla Central de Materiais Esterilizados foi inaugurada no 1° pavimento do bloco “B”.12 CRER EM REVISTA
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ARTIGOA promoção do bem-estar Saúde e avançar no que nos cabe avaliar o de- multidisciplinar, com soluções tecno- sempenho do Estado como garantidor lógicas e terapêuticas modernas que educação são de políticas públicas efetivas. Mas tam- harmonizam os desafios da reabilita- bém é hora de contribuir, como puder- ção com a qualidade da assistência, direitos sociais. mos, para que a sociedade avance na com a qualidade de vida. Representa implantação de mecanismos que otimi- um Centro de Referência para a inclu- Precisamos zem e aprimorem o processo da promo- são, com atendimento de qualidade ção das pessoas e do bem-estar social. para todos, sendo assim, é um agente compreender da promoção do bem-estar social. A educação encurta esse cami- os enormes nho, faz o lastro, o alicerce. E é o passo “O CRER representa mais importante no desenvolvimento desafios que das pessoas, das coletividades, da Na- importantes conquistas ção. O acesso ao conhecimento rede- para a sociedadePor estruturam a senha os conceitos de direito e dever, traduzidas emMilca Severino sociedade bra- faz avançar o padrão de proteção so- programas dePereira sileira contem- cial e, sem dúvida, amplia e redimen- desenvolvimento de porânea e iden- siona as ações do Estado e da socie- uma assistência dade na promoção da autonomia dos multiprofissional,tificar os movimentos e seus agentes cidadãos, na conquista da cidadania. com soluções tecnológicas eque, historicamente, têm papel proati- A saúde, como a educação, é di- terapêuticas moder- reito de todos que deve ser garantidovo e voz na formulação de demandas mediante políticas econômicas e so- nas que harmonizam os ciais. Ampliar as condições de vida, de desafios da reabilitaçãopelo bem-estar social. Esse é o pano de oportunidades e do exercício da cida- com a qualidade de vida. dania está no âmago dos sonhos e de-fundo dos processos de formatação e sejos das pessoas. Diminuir a exclusão Milca Severino Pereira é membro do social, gerar trabalho e renda, propiciar Conselho Deliberativo do CRER, profes-implementação das políticas públicas melhoria da qualidade dos serviços sora da PUC Goiás, ex-Secretária de Es- públicos, entre outros, deve ser o foco tado da Educação e ex-Reitora da UFG.e o cenário para a mobilização, de to- de todos os programas para a sustenta- bilidade. A convergência dessas ações,dos e de cada um, em prol dos avan- valores e princípios impactará nas po- líticas públicas e no bem-estar social.ços na garantia dos direitos sociais. O CRER representa importan- Os direitos sociais estão sen- tes conquistas para a sociedade tra- duzidas em projetos e programas dedo, paulatinamente, identificados, desenvolvimento e sistematização de uma assistência multiprofissional econstruídos, consolidados como di-reitos de homens, de mulheres, decrianças, de jovens. Esse é um pro-cesso fortemente relacionado às pos-sibilidades e capacidades de que asreais necessidades de toda a popula-ção sejam atendidas, contempladas. As políticas públicas sociais “são, assim, construídas. São dinâmi-cas, exigem inúmeras etapas, e envol-vem, em diferentes aspectos, a neces-sidade de conciliação de objetivos, asuperação de dificuldades, a melhoriada eficácia das ações e da equidade. A sociedade reconhece legí-timos os direitos sociais. É hora de14 CRER EM REVISTA
ESPAÇO DO PACIENTE“Meus filhos, minha vida”Mãe de gêmeos conta os percalços enfrentados em busca de avanços terapêuticosL uiz Felipe e Luiz Fernan- formar duas crianças de uma só vez. do’ (chamado carinhosamente por sua Quando eu dizia que estava grávida de mãe), os médicos diziam que ele iriado são os gêmeos de Jaqueline Ma- gêmeos, ninguém acreditava. Minha ficar paraplégico, mas aqui no CRER achado de Lima e Wederson Fran- barriga cresceu muito pouco”, conta. minha esperança se renova a cada dia”.cisco da Silva. É difícil não ficarmosencantados quando nos deparamos As crianças nasceram com Sín- “Meus filhos são minha vida.com essas crianças de cinco anos de drome de Artrogripose, doença na qual a O CRER me ensinou a cuidar deles.idade. Eles são super espertos, inteli- criança nasce com deformidades fixas Devo muito a este lugar. Aqui apren-gentes, mandam beijos, fazem tchau. nas articulações e os músculos fracos. di a deixar o preconceito de lado, to-São bem falantes, sorridentes e muito Foi desde então que começou a luta de dos nós somos iguais”, declara a mãe.companheiro um do outro. “Os dois uma mãe guerreira em busca de avan-nunca brigaram”, comenta a mãe. ços terapêuticos para suas crianças. Jaqueline agradece a todos os profissionais que de uma maneira ou Jaqueline relata que a sua ado- Para se alimentar, os gême- de outra colaboraram na recuperaçãolescência foi um pouco conturbada. os Luiz Felipe e Luiz Fernando tive- de seus filhos: a fisioterapeuta VaneideAinda jovem teve que passar por uma ram que ficar internados 23 dias na Caldas Martins e as Terapeutas Ocupa-cirurgia no coração. “Com 17 anos fui UTI do Hospital da Criança. Como cionais Lea e Izabel. “Um agradecimen-operada, pois os médicos diagnosti- não conseguiam sugar o leite mater- to especial a minha irmã Lorrayne Fa-caram reumatismo no meu sangue, no, foi colocada uma sonda gástri- rias de Lima que me ajuda muito, desdeconhecido como febre reumática. Fiz ca para que pudessem se alimentar. o nascimento das crianças” finaliza.todos os exames antes da cirurgia, masnada constava que eu poderia estar Os gêmeos chegaram ao CRER Luiz Felipe (esq.) e Luiz Fernando com a fisioterapeu-grávida. Após o procedimento cirúrgi- com um mês de vida, para iniciar o ta Vaneide Martinsco, comecei a sentir todos os sintomas tratamento com acompanhamento mé-de uma mulher grávida. Foi quando re- dico e sessões que alternavam entresolvi fazer uma ultrassonografia, e des- Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapiacobri que estava grávida de dois me- Ocupacional, além da participação noses, e eram gêmeos”, relata Jaqueline. grupo de estimulação precoce. Com poucos meses, os gêmeos conseguiram Em novembro de 2005, em um se alimentar sem o auxílio da sonda.hospital de Goiânia, Jaqueline deu aluz às crianças. Os gêmeos nasceram Quando completaram trêscom malformação nos braços, pernas anos, os irmãos se submeteram a outrae maxilar. “Nas ultrassons que fiz du- cirurgia para endireitar os pés. Após orante a gestação nunca mostraram mal- procedimento as crianças retornaramformação. Alguns médicos diziam que com as sessões. “O Luiz Felipe, quefoi devido a cirurgia do coração, outros nem conseguia ficar em pé, hoje é ca-que meu útero era muito pequeno para paz com a ajuda do andador”, afirma orgulhosa Jaqueline. “Quanto ao ‘Nan- CRER EM REVISTA 15
CONHEÇA SEUS DIREITOS Benefício assistencial de Prestação Continuada (BPC) Saiba quem tem direito a este benefício A Prestação Continuada é a mília. O BPC - Benefício de Prestação Não é necessário que o solici- Continuada é um benefício da Política tante já tenha contribuído para a Pre- garantia de um salário mínimo de be- de Assistência Social, integrante da vidência Social. O benefício pode ser nefício mensal à pessoa com deficiência Proteção Social Básica do Sistema Úni- pago a mais de um membro da família incapacitada para a vida independen- co de Assistência Social - SUAS, finan- desde que comprovadas todas as con- te e para o trabalho e ao idoso com 65 ciado pelo Governo Federal. Está pre- dições exigidas. Nesse caso, o valor do anos ou mais, que comprove não pos- visto na Constituição Federal de 1998 e benefício concedido anteriormente será suir meios de prover a própria manu- regulamentado na Lei Orgânica da As- incluído no cálculo da renda familiar. tenção e nem tê-la provida por sua fa- sistência Social - LOAS, Lei n. O benefício poderá deixar de 8.742 de 07 de dezembro de ser pago quando houver recuperação 1993, Estatuto do Idoso e em da capacidade para o trabalho ou quan- normativas operacionais. do a pessoa vier a falecer. O amparo assistencial é intransferível e, portan- Para ser be- to, não gera pensão aos dependentes. neficiado a renda familiar tem que ser inferior a 25% Os interessados deverão pro- do salário mínimo. Se for curar os Postos de Benefício do INSS idoso, deve comprovar que ou os órgãos credenciados por ele. possui 65 (sessenta e cinco)Fonte: Ministério da Previdência Social anos ou mais, o total de sua renda mensal e dos mem- bros de sua família, divi- dido pelos integrantes seja menor que 1/4 (um quarto) do salário mínimo vigente. A pessoa portadora de defi- ciência deve comprovar que é portadora de defici- ência e está incapacita- da para o trabalho e para a vida independente. 16 CRER EM REVISTA
MEIO AMBIENTE A cura pela raiz... folha, flores, sementes e frutoA força da natureza em benefício da vida: o poder terapêutico das plantas aplicadas à Medicina AlternativaQ uem nunca tomou no decorrer dos anos. A médica home- tico milenar de origem indiana até opata e especialista em Fitoterapia, Dra então inédito no Brasil, utilizadoum chá de camomila para ficar mais Débora Mendes, explica que a medi- até os dias atuais como principal li-calmo, ou outro de carqueja ou bol- cina alternativa busca o equilíbrio do nha de tratamento do Hospital.do para auxiliar na digestão, suco de paciente com a natureza. O engenheirolaranja para espantar a gripe ou ain- agrônomo João Carlos Mohn Noguei- Integrada ao projeto desde suada gargarejou chá de romã para ali- ra define a prática como “aquela que implantação, Dra Débora lembra queviar a dor na garganta? Mesmo que é administrada ao homem e ao ani- apesar dos indianos terem difundido anão tenham sido exatamente essas mal e produz reação farmacológica”. cultura da Medicina Holística em Goiásplantas e seus fins, dificilmente al- e outros estados, nem todos consegui-guém nunca tenha utilizado parte de O tratamento a base de plan- ram levar a novidade adiante. “Hojealguma como recurso terapêutico. tas medicinais com a finalidade profi- somos referência no tratamento fito- lática, curativa, paliativa ou para fins terápico, apesar de não sermos mais o Sabe- se que a prática do uso de de diagnósticos, passou a ser oficial- único do Brasil”, afirma a médica. Oplantas medicinais na cura e tratamen- mente reconhecida pela Organização atendimento aos pacientes oferecidoto de determinadas patologias é de ori- Mundial de Saúde (OMS) em 1978. pelo Hospital compreende as áreas degem antiga, relacionada ainda aos pri- Desde então, recomendou-se a difu- Fitoterapia, Homeopatia e Acupuntura.mórdios da medicina e fundamentadapor novas experiências são em nível mundial Em linhas gerais, Fitoterapia dos conhecimentos ne- é o tratamento baseado na utilização cessários para seu uso. das plantas medicinais e fitoterápi- Em Goiás, es- cos como medicamentos. “As plantas pecificamente, a disse- medicinais passam pela secagem e, minação desta prática cada uma ao seu método, são tritu- teve início em agosto de radas e compostas em fórmulas in- 1986 com a implantação dividualizas”, explica a especialista. do projeto do Hospital de Medicina Alternati- Já a Homeopatia parte do prin- va (HMA), em Goiânia, cípio da medicina holística, em que trazida por uma equipe é considerado o organismo humano de médicos indianos. A como um todo, em busca do equilíbrio primeira ação realizada do corpo e mente. “A Homeopatia não pela instituição foi vê as partes, mas sim o todo. O impor- um curso tante é você e não a doença”, pontua de Fito- Dra. Débora. “As substâncias são di- terapia namizadas, a reação é você”, completa Ayur- Conceição, farmacêutica homeopata e védica, fitoterapeuta, também do HMA. Nes- método ta especialidade, além de medicamen- terapêu- tos a base de vegetais, são utilizados produtos de origem mineral e animal. CRER EM REVISTA 17
Plantas Medicinais: boa prática de cultivo Como exemplo, o professor mostra a flor de uma colônia -alpiniazerumbet,que indicaque estánahoradecolherasfolhas, “Tudo no horto é aproveitável. Cada planta tem a parte da planta utilizada para o tratamento de hipertensão.parte que é utilizada. Aqui tudo é medicinal”. A afirmaçãoé do engenheiro agrônomo, mestre em Plantas Medicinais Algumas mudas são produzidas no próprio horto.e professor da Universidade Estadual de Goiás, João Car- Outras, são levadas da Emater, que conta com uma cole-los Mohn. O ‘horto’ ao qual se refere é um terreno de 2,5 ção biológica de 110 espécies de plantas medicinais. Nohectares, nas dependências do Hospital de Medicina Al- horto, até as plantas invasivas, conhecidas também comoternativa, onde são cultivadas atualmente 43 espécies dife- pragas e ervas daninhas, são consideradas medicinais.rentes de plantas medicinais, que correspondem a 80% doque é utilizado na produção de medicamentos do HMA. João Carlos explica que o solo e clima favoráveis contribuiu com a difusão do cultivo de plantas medici- Cercando a área onde são cultivadas as plantas nais no Brasil e em Goiás. Segundo ele, a prática trazidamedicinais há uma barra de proteção que varia de 6 a 50 pelos imigrantes da África e Ásia, aliada aos conhecimen-metros de largura, formada por árvores. “A barreira fun- tos dos nossos indígenas e fácil adaptação de certas espé-ciona como um filtro de fumaça e poeira e serve para evi- cies, contribuiu para a propagação da cultura de utiliza-tar qualquer tipo de contaminação externa, garantindo ção de plantas como remédio. “Um exemplo é a hortelã,a qualidade da matéria-prima”, esclarece o agrônomo. de origem europeia, que é muito utilizada até hoje”, cita. Todas as plantas do horto são cultivadas dentro Em Goiás, conforme João Carlos, ainda não há ado que é chamado de boa prática de produção de plantas prática de comercialização de plantas medicinais, ao con-medicinais. “Fazemos o cultivo orgânico, sem utilização de trário de outros estados brasileiros. “No Paraná, Santaagrotóxicos, para não interferir no princípio ativo da planta Catarina e Rio Grande do Sul há produtores só desses ti-e também obedecemos a época certa de colheita”, explica. pos de plantas. Esses são os estados que mais produzem e exportam, sendo o Paraná o principal deles”, afirma. Remédio x Veneno: o risco da automedicação trada em 40 tipos distintos”, exemplifica a médica. Questionada sobre o efeito milagreiro do fruto da Apesar de ser uma prática antiga e, geralmente, mui-to utilizada em formas de chás caseiros, os medicamentos Noni (morinda citrifolia), que tem sido muito comercializa-ou mesmo plantas medicinais não devem ser administra- do e popularmente utilizado para todos os fins terapêuti-dos sem prescrição ou acompanhamento médico. Por se cos, Dra. Débora adverte: “Não há estudos comprovados”.tratar de plantas que podem ser facilmente cultivadas emcasa, é muito comum tê-las e, logo, consumi-las, sem con- As práticas integrativas e complementares, como sãosiderar os efeitos colaterais que podem ser ocasionados. definidas pelo Ministério da Saúde, também não podem ser confundidas. “As pessoas acham que é mágica, que pode- O alerta é da especialista em fitoterapia, que diz que rão largar toda a medicação. Em alguns casos, mais agudosdurante o tratamento orienta os pacientes sobre os diferentes e pontuais, os problemas são resolvidos com rapidez. Emefeitos apresentados. “As pessoas pensam que por ser plan- outros, não. Existem adequações de medicamentos alopá-ta, não tem efeito colateral. No entanto, cada indivíduo terá ticos e tratamentosuma reação diferente. O efeito varia de cada organismo”, paralelos”, conclui.pondera Dra. Débora, sobre os riscos da automedicação. Seja qual for “O ‘me ensinaram que’ é um grande proble- o método adotado,ma, porque muitas pessoas acabam consumindo de- o importante, ressal-terminada planta sem nenhum acompanhamento tam os especialistas,médico”, ressalta. A ingestão inadequada pode causar, in- é valorizar a práticaclusive, intoxicação. “O efeito positivo da planta como me- de hábitos saudáveisdicamento depende da dose e da manipulação”, completa. e dar ênfase às con- dições adequadas em Outro problema citado pelos especialistas é busca de equilíbrio,a confusão na hora de escolher a planta. “São mui- qualidade de vida etas com o mesmo nome, mas com várias espécies di- constante preservaçãoferentes, como é o caso da espinheira divina, encon- do meio ambiente.18 CRER EM REVISTA
NOME COMUM E BOTÂNICO INDICAÇÕES PARTE UTILIZADAAcariçoba Calmante, tônico cerebral Planta toda (uso oral)(hydrocotille umbellata)Açafrão Anti-inflamatório , antialérgico e antianêmico Rizoma (uso oral e externo)(curcuma longa)Alecrim Digestivo Folha (uso oral)(rosmarinus officinalis)Alfavaca Broncodilatador Folha e flores (uso oral)(ocimum gratissimum)Alho Antigripal, vasodilatador e antilipêmico Bulbo (uso oral)(allium sativum)Babosa Cicatrizante (hemorróidas e queimaduras leves) Folha (uso externo)(aloe vera)Boldo do reino Digestivo Folha (uso oral)(Plectranthus barbatus benth)Canela Antigripal, cólicas menstruais e tônico cardíaco Folha e casca do caule (uso oral)(Cinnamonum zeylanicum ness)Carqueja Diabetes, obesidade e digestivo Parte aérea (uso oral)(Baccharis trimera less)Cravo da Índia Antisséptico, antiácido, anestésico (local) Botão floral (uso oral)(syzygium aromaticum)Erva-Doce Antiflatulência, cólicas em recém-nascidos Frutos (uso oral)(foeniculum vulgare mill.)Gengibre Anti-inflamatório, antigripal, antisséptico e digestivo Rizoma (uso oral)(Zingiber officinale roscoe)Hortelã Digestivo, antigripal, amebíase e calmante Planta toda (uso oral)(mentha crispa)Melão de São Caetano Diabetes Folha, fruto (uso oral)(momordica charantia)Melissa Calmante Parte áerea (uso oral)(melissa officinalis)Noz Moscada Cólicas menstruais e intestinais; tranquilizante Sementes (uso oral)(myristica fragans Houtt)Pata de Vaca Diabetes, obesidade, anti-inflamatório (bauhinia variegata) Folha, flor e casca (uso oral)Romã Amigdalite, antiácido e antidiarréico Casca do fruto (uso oral)(Punica granatum)Urucum Bronquite e tosse Semente (uso oral)(bixa orellana) Fonte: Hospital de Medicina Alternativa – Secretaria de Estado da Saúde CRER EM REVISTA 19
POR DENTRO DO CRERServiço de Fonoaudiologia Com uma equipe altamente especializada e modernos recursos tecnológicos, o CRER oferece atendimentos em Fonoterapia e AudiologiaO CRER disponibili- e as funções neurovegetativas – mas- Teste da Orelhinha tigação, deglutição e respiração. Sãoza à sociedade um completo Serviço utilizados técnicas e recursos terapêu- Emissões Otoacústicas ou Tes-de Fonoaudiologia, responsável pela ticos próprios da especialidade, com o te da Orelhinha, comumenteavaliação, diagnóstico, orientação e te- desenvolvimento de diversas ativida- conhecido, é um exame im-rapia (habilitação e reabilitação) nos des em grupos, dos quais destacam-se prescindível de ser realizadoaspectos da linguagem oral e escrita, (veja o quadro na pág. ao lado): Grupo nos primeiros dias de vidaaudição, sistema miofuncional e nas de Orientação de Sonda, Comunicação, dos bebês. O diagnóstico efunções estomatognáticas (mastiga- de Estimulação Precoce, de Estimu- consequente intervenção fo-ção, respiração e deglutição). Segundo lação de Linguagem, de Motricidade noaudiológica tem por obje-Thaís Nasser Sampaio, Fonoaudióloga Oral, Comunicação e Expressão, Pré- tivo detectar precocementee Coordenadora desse serviço, o tra- escola e de Doenças Neuromusculares. uma perda auditiva, evitandotamento é feito baseando-se em uma prejuízos no desenvolvimen-visão global do paciente. “Há a inte- O Serviço de Audiologia, como to da criança, principalmentegração com outras terapias e áreas de referência no tratamento dos portado- em relação a linguagem, fala,atuação, no que se denomina de atendi- res de deficiência auditiva, realiza vá- escolaridade e socialização.mento multiprofissional e interdiscipli- rios exames - Bera, Audiometria, Impe- O CRER realiza o Teste danar - um rol de especialidades que agem danciometria e Emissões Otoacústicas Orelhinha em pacientes SUS,em conjunto para melhores resultados (Teste da Orelhinha) – para detectar de- conveniados de planos de saú-no tratamento do paciente”, ressalta. ficiência auditiva ou alguma patologia de e particulares. Informações associada. Quando há a indicação do e agendamento: 3232-3232. O Serviço de Fonoaudiologia uso de aparelho auditivo, identificadado CRER participa das clínicas de Pa- por meio das avaliações médica e au-ralisia Cerebral, Lesão Encefálica Ad- diológica, o paciente submete-se a tes-quirida, Doenças Neuromusculares, tes com três Aparelhos de AmpliaçãoLesão Medular e de Deficiência Audi- Sonora Individual (AASI), de modotiva. Divide-se em Fonoterapia, com a avaliar a impressão do usuário e aatendimento ambulatorial e na inter- comparação do desempenho percebidanação, e em Audiologia, com a reali- através do ganho funcional. Partindozação de exames, seleção, adaptação e dessa avaliação faz-se a opção pelo apa-concessão de aparelhos auditivos, bem relho que resultar em maior benefíciocomo o acompanhamento dos pacien- ao paciente. Desde o início do serviço detes contemplados pelos equipamentos. concessão em 2005, quatorze mil apa- relhos auditivos já foram repassados Na Fonoterapia o objetivo é esti- aos pacientes regulados pelo SUS.mular a linguagem, a cognição e a fala,bem como trabalhar a motricidade oral20 CRER EM REVISTA
Thaís Nasser (à frente) e a equipe de fonoaudiólogos do CRER.Atividades em grupo desenvolvidas Grupo de Estimulação de Linguagem – Grupo Pré-escola – Em conjunto com opelo Serviço de Fonoaudiologia Em parceria com o Serviço de Musi- Serviço de Terapia Ocupacional e o coterapia tem por objetivo estimular Projeto Hoje é feito um trabalho com osGrupo de Orientação de Sonda – Ativi- a linguagem expressiva, a cognição pacientes estimulando funções básicasdade realizada junto ao Serviço de En- e auxiliar a socialização de crianças, de linguagem, coordenação motora,fermagem e de Nutrição para orientar em torno de três anos de idade, favo- atenção, limite e socialização, de modopacientes e cuidadores quanto ao uso e recendo o processo de reabilitação. a familiarizar melhor a criança com omanuseio de sonda para alimentação. ambiente escolar. Além disso orienta Grupo de Motricidade Oral – Orien- quanto a alimentação na escola, e tam-Grupo Comunicação – Realizadas jun- ta e capacita mães / cuidadores a re- bém elabora material de comunicaçãoto ao Serviço de Psicologia atividades alizarem exercícios miofuncionais, alternativa suplementar, indispensávelpara orientar e capacitar as mães / auxiliando nas funções de alimen- para crianças com deficiência auditiva.cuidadores a estimularem os pacien- tação, respiração, deglutição e fala,tes a desenvolverem a linguagem. O de forma a dar continuidade ao tra- Grupo de Doenças Neuromusculares – De-grupo utiliza-se de recursos de vídeo tamento realizado em ambulatório. senvolve atividades com os Serviçospara destacar o que deve ser corri- de Terapia Ocupacional, de Fisiotera-gido e o que deve ser desenvolvido. Grupo Comunicação e Expressão – Com pia e de Psicologia tanto para crianças o Serviço de Musicoterapia realiza ati- quanto adultos. O intuito é minimizarGrupo de Estimulação Precoce – Trabalho vidades de estimulação cognitiva para e/ou retardar as alterações miofun-conjunto com o Serviço de Psicologia, crianças em idade pré-escolar traba- cionais: nos quadros de disfagia (di-de Fisioterapia e de Terapia Ocupacio- lhando psicomotricidade, conceitos ficuldade de deglutição), disartrianal. Visa orientar a família na realização básicos, percepções visual e auditiva, (dificuldade de articular palavras) ede atividades cotidianas, utilizando-se socialização, interação e linguagem, disfonia (distúrbio da voz). Outro im-de cada oportunidade como estímulo preparando-os para inclusão escolar. portante objetivo do grupo é melho-para o desenvolvimento físico, cog- rar a qualidade de vida dos pacientes.nitivo, emocional e social da criança. CRER EM REVISTA 21
SUPERAÇÃO Equilíbrio e elegânciaQuando a força de vontade e autoestima superam a dor e fraquezaB ela e jovem, Kelli Gon- milla, Kelli atendeu, inconscientemente passo que eu dei aqui”, relembra. ou instintivamente, o pedido da filha. No entanto, a vaidosa Kelliçalves de Resende, 28, causa espan- “O maior presente da minha vida erato quando revela ser mãe de três fi- minha mãe voltar a viver”, relembra a não ficou totalmente satisfeita em tro-lhos: Keven Henrique, 11, Kamilla, 9, pequena. No mesmo dia, 23 de julho, car os primeiros passos. Ela queriae Eduarda, de 7 anos. Dona de uma a mãe acordou do coma e, mesmo sem mais. “Além de andar, eu queria an-simpatia inabalável, a ex-chefe de co- se recordar de coisa alguma, inclusi- dar de salto, sem perder o equilíbrio”,zinha disfarça no largo sorriso o perí- ve do acidente, lembrou dos filhos e diz. Para atender a rara solicitaçãoodo longo e doloroso que passou para do aniversário de Kamilla. Começa- da paciente, Juliano Teles, um dos fi-se recuperar de um grave acidente. va ali uma luta para recuperar a vida. sioterapeutas do CRER responsáveis pelo tratamento de Kelli, viabilizou No dia 6 de julho de 2008, Kelli Com 26 quilos a menos, sem uma maneira de reabilitá-la para ca-conduzia uma motocicleta por uma falar e movimentar, com sondas e tra- minhar sobre salto e, com isso, recon-pista dupla, em Aparecida de Goiânia, queostomia, Kelli chegou ao CRER, quistar sua elegância e autoestima.quando foi surpreendida em um re- no dia 28 de julho do mesmo ano.torno por outro motociclista que saiu “Antes de chegar aqui, ouvi de alguns “Às vezes o objetivo do tra-de cima de uma calçada e a jogou do médicos que minha recuperação se- tamento fica realçado quando se en-outro lado da avenida. Após a queda, ria apenas de 30%. Cheguei sem acre- contra com o do paciente. Nesse casoKelli foi atropelada e , presa embaixo ditar em nada. Não imaginava que específico, o desafio de colocar o saltodo veículo, arrastada por 17 metros. poderia um dia levar de novo meus na paciente foi base para sua motiva- filhos na escola”, conta a paciente. ção”, explica Juliano. Do mesmo modo, O impacto do acidente provo- os terapeutas ocupacionais trabalha-cou traumatismo craniano, queimadu- Contrária às expectativas ram nas terapias execuções de tarefasras de terceiro grau em grande parte dos médicos e com muita determina- como maquiar, pentear, se arrumar,do corpo e outras graves sequelas. Kelli ção, após uma semana Kelli levantou entre outras importantes atividadesfoi socorrida e levada para o Hospital da cadeira de rodas e conseguiu fi- de vida diária. “Me reensinaram tudode Urgências de Goiânia, onde per- car em pé. Com 12 dias de tratamen- aqui. O CRER fez tudo por mim”.maneceu durante 22 dias na UTI, sen- to de reabilitação, andou. “Me re-do que, 17 desses, em coma profundo. cordo com muito carinho de cada Kelli, que ainda é paciente do CRER, resolveu levar seu exemplo de Na data do aniversário de Ka-22 CRER EM REVISTA
superação aos demais pacientes do “Sou mãe, sou feliz” belo da mãe e a cobriam de carinho.Hospital. Como voluntária, ela conta Keven, com olhos mirados nosaos internados o longo e pungente tra- Sempre rodeada pelos filhos,jeto que passou até chegar no atual qua- Kelli relata que o apoio das crianças da mãe numa cumplicidade afinada, sedro em que se encontra. “Conto a eles foi fundamental para sua recuperação. orgulha ao dizer que, juntos, os irmãosque já passei por tudo que enfrentam e “Meus filhos são ‘os’ filhos. Eles são o ajudaram a mãe a ter fé e acreditar queque hoje estou muito bem. Entendo a que realmente me importa”, declara. conseguiria. “Minha mãe é um anjo nafalta de expectativa deles, mas ninguém Ela relembra que nos momentos mais minha vida”, declara. Sobre a beleza epode deixar que a dor seja maior que difíceis do tratamento se concentrava simpatia da mãe, que não passam des-a esperança de se reabilitar”, destaca. em uma fotografia dos pequenos e pen- percebidas, o primogênito confessa: sava: “Eu preciso me reabilitar por eles”. “Ela sempre arranca elogios por onde Não é fácil segurar a emo- passamos. Na escola, meus amigos di-ção diante dos depoimentos de Kelli, Durante o período de interna- zem que queriam ter uma mãe comoprincipalmente para aqueles que vi- ção, Kelli recebia com frequência a a minha: legal, de boa e tão bonita”.venciam as mesmas dores e incerte- visita dos filhos. Keven, o mais velho,zas narradas por ela. “Muitos se emo- conta que a mãe sempre chorava du- Atualmente Kelli mora sozinhacionam com minha história. Espero rante as visitas. Então, para conter as com as crianças. “Cuido da minha casa,que me olhem como um ponto a ser lágrimas dela e distraí-la um pouco, o dos meus filhos, estou muito bem”, diz.alcançado por cada um. A força de menino fazia manobras radicais com “O que eu quero, por enquanto, é cui-vontade é a chave mestra para tudo. Kelli na cadeira de rodas. Enquanto dar deles. Sou mãe, sou feliz “, comple-O paciente precisa querer”, reforça. descansava, as irmãs cuidavam do ca- ta a mãezona, para felicidade do trio. CRER EM REVISTA 23
agenda ParceriasJunho>>> Jan / AbrCBFO - II Congresso Brasileiro de Fisioterapia Ascicloem Oncologia (Associação das Empresas de Reciclagem do Est. de Goiás)Data: 02 a 04 de junho de 2011 Baiano Folhagens e VerdurasLocal: Auditório da FAEG - Goiânia – Goiás Bebidas ImperialInformações: (62) 3214-1005 Bolachas Mabelwww.qeeventos.com.br Casa Brasil Comunicação Concurso Miss Goiás OficialI Jornada Científica do Hospital de Medicina Emater - GoAlternativa Evidence Hotel Fundação Educar D’PascoalData: 16 e 17 de junho de 2011 Fraldas KissesLocal: Salão nobre da Faculdade de Direito /UFG Hospital das ClínicasPraça Universitária - Goiânia /GO Hospital de Medicina AlternativaInfomações: (62) 3201-3612 / 3610 Hospital Geral de Goiânia Hospital Materno InfantilAgosto>>> Jaepel Papéis e Embalagens Jaspion Caetano PhotoCOTCOB - IV Congresso de Ortopedia e Trauma- Liliput Brinquedostologia do Centro-Oeste do Brasil Maurício de Sousa Produções Nova Agência/Jair AntunesData: 11 a 14 de agosto de 2011 Núcleo Intensivo da SolidariedadeLocal: Rio Quente - Goiás Santa Casa de MisericórdiaInformações: 62- 3251-0129 Santa Cruz Mármoreswww.sbotgo.org.br Semarh (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídri-Novembro>>> cos) Unicom Shopping da SaúdeIX Jornada Científica do CRER Vila São Bento CotolengoData: 10 e 11 de novembro de 2011Local: CRER - Goiânia - GoiásInformações: 62- 3232-3115 / 3082www.crer.org.br Convênios atendidos no CRER Affego Fusex Amil Geap Casbeg Ipasgo Celgmed IMAS Cassi Plan-Assiste Correios Saúde Caixa CREA SUS Fassincra Unimed24 CRER EM REVISTA
PERFIL DO COLABORADORGentileza gera gentilezaA partir dos anos 1970 e as denominadas depor mais de vinte anos um homem cir- raiz, que, segundoculava pela cidade do Rio de Janeiro eanunciava sem cansar: “Gentileza gera ele, “contam his-Gentileza”. A mensagem que se extraidessa afirmação é que diante de tantas tórias muitas ve-situações difíceis, de tanta dor e sofri-mento vistos hoje no dia a dia de todos, zes parecidas coma gentileza surge como um antídotoeficaz para se viver bem. Tratar com as nossas, com o Espontaneidade - traço natural que aproxima Geraldo das pessoas.delicadeza, com cortesia, com amabi-lidade, segundo o Profeta Gentileza, nosso dia a dia”. “Sempre gostei de e o que Ele espera de nós é o amor aocomo ficou conhecido o homem anda- música, desde o tempo das lavouras, próximo. Muita coisa a gente não pode,rilho, seria o modo de se experimen- quando eu trabalhava cantando com os nem consegue mudar, mas fazendo umtar e possibilitar um mundo melhor. meus irmãos”. Do “gostar de fazer ba- pouco que seja eu posso contribuir rulho”, como ele mesmo descreve, re- para melhorar a vida do meu próximo, Analogia à parte, pelos espaços sultou suas duas participações no Show mesmo que seja de uma só pessoa”.do CRER pode-se encontrar alguém de Talentos do CRER, em 2009 e 2010.(mas certamente existem outros) que “Meus colegas sempre me estimula- Geraldo também participa denaturalmente perpetua a gentileza. ram e muitos disseram que eu melho- um grupo de Folia de Reis que, duran-Sempre com sorriso pronto e cum- rei de um ano para o outro”, destaca. te o período de 24 de dezembro a 06 deprimentos característicos de bom dia, janeiro, peregrina cantando pelas ruasboa tarde ou boa noite, Geraldo Al- A música de fato tem um papel do Setor São Judas Tadeu, onde mora.ves Amorim, colaborador há quase muito importante para Geraldo, tanto Mas de todas as suas paixões, é claroseis anos do Setor de Higienização, que um dos projetos para o futuro é perceber a importância que a famíliaé sempre indiscriminadamente sim- aprender a tocar violão. “É importante tem para ele. Ao falar de seus pais, Raulpático e atencioso com todos que por tocar um instrumento, ajuda a gente a Alves de Amorim e Rosa Santos Olivei-ele passam ou com ele convivem. saber o tempo certo da música”, justifica. ra, falecidos no ano passado, e de sua filha Beatriz Alves da Silva Amorim, 7 Natural de Ouro Verde, Minas Também muito religioso, Ge- anos, percebe-se a intensidade do amorGerais, Geraldo veio para Goiás em raldo integra o Grupo Teatral Nos- nutrido. “Meus pais me passaram no-1973 com a família, pais e mais três ir- so Dom Vem de Deus que, durante a ções de fé e me levaram a conhecermãos, trabalhar em lavouras do muni- Semana Santa, encenou a Paixão de Deus. A maior herança foi o exemplocípio de Pirenópolis. Sua relação com o Cristo da Paróquia Nossa Senhora da de pai e mãe que eles foram mim. Paracampo, com a terra, resultou no gosto Assunção, do Conjunto Itatiaia. Neste minha filha quero tentar passar umpela música sertaneja, principalmente ano, ele representou Simão Cirineu, o pouco do que recebi. Hoje ela é meu or- homem que ajudou Cristo a carregar gulho. Quero que ela estude e se torne a sua cruz. Também essa é uma carac- qualificada para o mercado de traba- terística de Geraldo, ajudar os outros. lho.” afirma Geraldo, com sua expres- “Acredito que devemos obedecer a Deus. Tudo está sob o comando Dele, são tranquila e naturalmente gentil. CRER EM REVISTA 25
últimodetalhe É comum, no CRER, a diversidade de cores brindarem nossas retinas em fotografia de Rogério Alves Moreira Agente Administrativo do CRER. [ Envie uma imagem de um detalhe do CRER para o e-mail [email protected] e participe desta seção]26 CRER EM REVISTA
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