ANO 2 # 7 GOIÂNIA | JUNHO - SETEMBRO 2010 www.crer.org.br Crer e m r e v i s ta Ingrid Guimarães “Nasci em Goiânia e estou disponível para tudo que possa ajudar minha cidade Natal” Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique SantilCloRER EM REVISTA 1
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CARTA AO LEITORIngrid Guimarães,cidadã goiana e parceira do CRERSérgio Daher A sétima edição da Crer em Revista revela Em Espaço do Paciente e SuperaçãoSuperintendente em matéria de capa, uma nova parceira e Ami- revelamos as Histórias de coragem e perseve-Executivo do CRER ga do CRER. Trata-se da talentosa atriz Goiana rança do fotógrafo Jaspion e da atleta Graci- Ingrid Guimarães, que nos fala um pouco so- leide, vitoriosa nas piscinas e na vida. Nossa bre carreira, família e responsabilidade social. Publicação aborda também a importante ação Em pauta, o Terceiro Setor, com a História da dos Projetos Voluntários que Creem, há cin- recém inaugurada instituição Recanto da Libélu- co anos em atividade no Hospital, e CRER na la, voltada ao atendimento de crianças com cân- Direção, uma iniciativa Institucional que cola- cer, e dirigida pelo cirurgião ortopedista e As- bora com a prevenção de acidentes no trânsito. sessor Executivo do CRER, Valney Luiz Rocha. Também tratamos de temas inte- Nossa publicação traz o artigo da Fisio- ressantes como saúde e produção de ali- terapeuta e Mestre em Ciências da Saúde pela mentos orgânicos e direitos da pessoa UNB, Flávia Gervásio, sobre o tema Tecnologia com deficiência, além do resumo de notí- na Reabilitação. Sobre o mesmo tema, acontece cias que envolvem a comunidade CRER. no auditório da Instituição, nos dias 25 e 26 de novembro, a VIII Jornada Científica do CRER e Esperamos que você, caro leitor, gos- XVII Congresso Brasileiro de Paralisia Cerebral. te de nossa publicação e que a Crer em Revis- O evento conta com presenças importantes de ta seja um canal de comunicação permanen- profissionais da Argentina, Brasil e Canadá. te entre nosso Hospital e todos os goianos.AGIR EXPEDIENTEEstrutura AdministrativaSócios Fundadores Conselho Fiscal - Titulares Crer em revistaAlcides Luís de Siqueira Supervisão geral, Edição e TextosDom Antônio Ribeiro de Oliveira Lúcio Fiúza Gouthier Anna Luiza RucasElias Bufaiçal (in memorian) Milca Severino Pereira Gerente de Marketing - SRELúcio Fiúza Gouthier Nabih SalumMaria Paula CuradoMilca Severino Pereira Suplentes JornalistasNabyh Salum Paulo Afonso Ferreira Mayra Paiva - JPGO - 01802Paulo Afonso Ferreira Alcides Luís de Siqueira Thaís Franco Maria Paula Curado Estagiária em JornalismoSócios Beneméritos Marianne CarrijoCyro Miranda Gifford Júnior Superintendentes Colaboradores SREJosé Alves Filho Sérgio Daher Hugo MirandaMarlei Antônio da Rocha Superintendente Executivo (Diagramação e Arte de anúncios)Marcos Pereira Ávila João Alírio Teixeira da Silva Júnior M arianne Carrijo (Textos)Paulo César da Veiga Jardim Sup. Técnico de Reabilitação Patrícia Nunes (Secretária Júnior)Ruy Rocha de Macedo Claudemiro Euzébio Dourado Rodrigo Rocha e Teka MachadoValtercy de Melo Sup. Administrativo e Financeiro (Contato comercial e Produção de fotos) Divaina Alves Batista Thaís Franco (Textos)Embaixador do CRER Sup. Multiprofissional de Reabilitação Colaborador CENELuiz Felipe Scolari Fause Musse Eduardo Castro (fotografias) Sup. de Relações Externas Fotógrafo Voluntário - Paulo HenriqueConselheiros (Capa / Arraiá do CRER)Edward Madureira Brasil Diretor TécnicoJosé Evaristo dos Santos João Alírio Teixeira da Silva JúniorJoaquim Caetano de Almeida Netto CRM/GO 6593Miguel Ângelo CançadoNabih SalumPedro Daniel BittarSizenando da S. Campos JúniorCrer em Revista é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo.Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.brEndereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás CRER EM REVISTA 3
ÍNDICE Canal Aberto Entrevista [email protected] Ingrid Guimarães, “Parabéns a todos da família Amiga do CRER - Atriz CRER. Que Deus os abençoe on- protagoniza novo vídeo do CRER tem, hoje e amanhã.” Ahmad Kassen Ghader, paciente. 6 11 “Eu acredito que vocês vão con- CRER na seguir chegar a 1000%. Quero Direção agradecer e parabenizar a Direção Projeto chega do CRER por fazer funcionar de às escolas verdade, por nós necessitados.” Anônimo Espaço do paciente ”Mandei três anjos vigiarem vo- cês, mas eles voltaram rapidinho. “Se pudesse, eu mo- Perguntei o que tinha acontecido. raria no CRER” O primeiro respondeu que um 15 18 anjo não pode vigiar os outros anjos. O segundo disse que não pode abençoar aos que já são abençoados. O terceiro disse que Jesus é mais forte e poderoso e está sempre protegendo e guar- dando todos vocês. A toda equipe do CRER.” Jandinalva Silva de Oliveira, paciente.Meio ambiente “Jamais nos esqueceremos do tratamento recebido nesta Institui- Saúde: uma questão de sustentabilidade ção. Amparada por vocês, conse- gui atravessar partes difíceis daTerceiro Setor 5 17 Rede Eu Quero CRER 5 20 Por dentro do Crer vida e também tive o privilégio deParágrafo Único ver o grande avanço da saúde do 22 Superação Mozah. O nosso muito obrigadoResumo 8 a cada profissional do CRER por 24 Agenda tudo que fizeram por nós. Vamos14Artigo lembrar com ternura da gentileza de todos do Hospital e em espe-Conheça seus direitos 16 25 Perfil do Colaborador cial das amizades conquistadas.” Mozah e família. 26 Último Detalhe4 CRER EM REVISTA
TERCEIRO SETOR Recanto da Libélula:um sonho edificado em benefício das crianças com câncerF oi a partir de um sonho de às crianças ou acompanhantes. Este Parágrafo Único“A transmissão do “ último, por sua vez, deverá ser tam- Congresso AnualIsabel Cristina Silva Pimentel que o bém o responsável pela limpeza e or- da Academia Ame-Recanto da Libélula surgiu. Isabel, ganização das próprias acomodações. ricana de Paralisiaque perdera a filha há 25 anos, ide- Cerebral, através daalizou um projeto que atendesse às Durante o período em que es- Videoconferênciacrianças portadoras de câncer. Passa- tão hospedadas no Recanto, as crian- no CRER, é umados mais de 12 anos, Isabel começou ças recebem também apoio pedagó- importante oportuni-a ver a concepção de seus esforços. gico, que garante a atualização dos dade de atualização estudos enquanto permanecem em dos profissionais que Em janeiro de 2007, o proje- tratamento, além de atividades de de- atuam nesta área deto foi iniciado. No entanto, Isabel foi senvolvimento cognitivo. Ainda para reabilitação, poisvítima de câncer, e onze meses após oferecer apoio pedagógico, as crianças possibilita ganhoo diagnóstico da doença, não resis- contam com uma biblioteca na Casa. científico com baixotiu, vindo a falecer no dia 27 de ou- O espaço desperta, cria e intensifica custo e consolidatubro do mesmo ano. Mesmo assim, o gosto pela leitura e conhecimento. a parceria entre oo sonho de criar algo em defesa da CRER e a Academiacausa maior em torno das crianças A estrutura física de 840 m ², e Americana de PC.portadoras de câncer não foi ceifado. três andares de área construída com- preende: Dormitórios duplos, com Dra. Eliza Namba, Após a partida de Isabel, Rui acomodações para 22 crianças e 22 cui-Pimentel, seu marido, e todos os dadores; banheiro completo e armários Médica Fisiatra e preceptoramembros da comunidade fraterna individuais em cada quarto; Sanitários da Residência Médica emdo Centro Espírita Adolfo Bezerra de masculinos e femininos nas áreas co- Fisiatria no CRER, sobreMenezes se uniram e aceitaram o de- muns de cada andar; Cozinha; Dispen- a transmissão por Video-safio de dar continuidade a esse gran- sa; Refeitório; Lavanderia; Rouparia; conferência do 64º Meetingde sonho. Assim, foi fundada a Casa Consultório odontológico; Sala de TV; AACPDM (24 e 25/09/2010)de Apoio Recanto da Libélula. Quem Sala de atendimento Psicológico; Salaestá à frente da implantação deste de Estudos; Brinquedoteca, Biblioteca, CRER EM REVISTA 5projeto é Dr. Valney Luiz Rocha, ci- entre outras instalações. rurgião ortopedista, assessor execu-tivo do CRER e presidente do Centro Para visitar o Recanto, ou atéEspírita Adolfo Bezerra de Menezes, mesmo tornar-se um voluntário, bastaque mantém e administra o Recanto. agendar um horário junto à adminis- tração pelo telefone (62) 3088-0858. As A Casa de Apoio iniciou suas visitas podem ocorrer de segunda-feiraatividades no dia 25 de maio deste a sábado, das 15h30 às 17h; aos Domin-ano. O objetivo é oferecer, gratuita- gos, das 9h30 às 11h, e das 15h30 às 17h,mente, conforto e bem-estar às crian- períodos em que são também bem- vin-ças durante o tratamento e luta contra dos cidadãos e empresários, que quei-o câncer. Lá, são recebidas crianças e ram contribuir com a Casa. Afinal,adolescentes de até 17 anos de idade, toda ajuda é importante e necessária.desde que acompanhadas de um res-ponsável que, conforme as normas Dr. Valney Luiz Rochada Casa, devem ser do sexo feminino. Para se hospedar na Casa, acriança deve ser encaminhada dire-tamente pelo Hospital Araújo Jorge,Hospital das Clínicas ou Santa Casade Misericórdia de Goiânia. Durantea passagem pelo Recanto, será ofere-cido hospedagem, roupas de cama ebanho, material de higiene pessoal,refeições diárias e até transporte paraos hospitais, tudo sem nenhum custo
ENTREVISTAPor Anna Luiza RucasN os bastidores da peça teatral Cócegas, apresentada pela terceira vez no Teatro Rio Verme-lho – Centro de Convenções de Goiânia, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco da atriz IngridGuimarães. A entrevista para a publicação Crer em Revista, respondida por e-mail, já revelava traços de umapersonalidade alegre, solidária e muito simples, o que no último domingo de agosto, dia 29, pu-demos facilmente confirmar. Nossa equipe se instalou em um dos camarins, poucas horas antes do espetáculo, para prepa-rar a gravação do novo comercial do CRER protagonizado pela goiana Ingrid Guimarães. O clima nãopoderia ser melhor. A equipe da SET produtora e o Fotógrafo PG aguardavam nas coxias do teatro. Quando chegou,na hora marcada, Ingrid se desculpou pela falta de tempo e disse que faria o melhor possível. Assimfoi feito. Com a segurança dos bons profissionais, a atriz se empenhou em colocar o tom e a emoçãocerta em cada palavra do roteiro criado pela publicitária premiada Dorinha Crispim. Após a gravação, Ingrid tirou fotos para a capa da Crer em Revista e se colocou à disposição doCRER para em breve realizar novas ações, e se possível, no próprio Hospital.Sorte a nossa. Nossos milhares de pacientes podem contar com mais uma talentosa Amiga do CRER.6 CRER EM REVISTA
Ingrid, você é sem dúvida uma balho realizado pelo Hospital? muito ativa, cheia de energia e estagrande atriz e autora. É sucesso Não o bastante, mas adoraria co- novela tinha um astral muito gosto-em teatro, cinema, TV, encenou re- nhecer melhor. Acho super im- so, além do meu papel na trama sercentemente uma novela no horário portante esse estímulo da reabi- uma delícia de fazer. Fiquei cansa-das 19h, participa de momentos litação e reinserção do paciente. da, mas fiz amigos e me diverti mui-hilários em quadros do fantásti- Inclusive para ajudar a introdu- to. A Clara é um bebê super risonhoco, apresenta o programa Mulhe- zir a pessoa com alguma defici- de tanto que ri durante a gravidez.res Possíveis no canal GNT, entre ência no mercado de trabalho.tantas outras realizações. Para uma O CRER está ampliando sua áreaatriz que saiu tão cedo de sua ci- Ingrid, você é admirada pelo física para prestar atendimentodade natal e ganhou o mundo, seu público por ser verdadeira especializado a um número cadacomo é sua ligação com Goiânia? em tudo que faz. Frequente- vez maior de pessoas com defi-Minha ligação com a cidade é eter- mente observamos sua partici- ciência física e/ou auditiva. Essana. Sai de Goiânia aos 13 anos , mas pação, também, em ações vol- ampliação nos permitirá, inclusi-volto sempre que posso, e todos tadas a quem mais precisa. Na ve, realizar cirurgias de alta com-os anos, porque minha avó e meus sua opinião , qual é o papel do plexidade. Você é a estrela do nos-primos ainda moram na cidade. artista em campanhas sociais? so próximo anúncio de TV, queTenho muitos amigos queridos em Super importante. Nossa ima- será veiculado ainda esse ano emGoiânia, onde passei a melhor in- gem gera credibilidade e estí- emissoras que colaboram comfância que uma criança poderia ter. mulo. De certa maneira, cha- ações de Responsabilidade Social. mamos a atenção para aquela Como vê essa importante ajuda?De Confissões de Adolescente instituição e motivamos as pes- Estou sempre disponível para tudo(peça teatral) até hoje, qual foi soas a quererem ajudar. Hoje que possa ajudar minha cidade natalo trabalho mais importante de em dia, as pessoas andam mui- dealguma maneira.Contemcomigo.sua carreira? E olhando para trás to desconfiadas, a partir do mo-poderia definir o momento em mento que a gente associa a nossa A atriz apresentou a peçaque pensou: “-Eu consegui!“ ? imagem a alguma campanha so- Cócegas com Heloísa PerisséA peça Cócegas foi o divisor de cial, damos credibilidade ao projeto por três vezes em Goiânia,águas da minha carreira. Depois perante as pessoas que querem aju-do sucesso de público estrondoso dar, mas às vezes não sabem como. sempre com casa lotada.do espetáculo, entrei na Globo pela Fiz a campanha da Santa Casa deporta da frente com um programa Goiânia e me emocionei com a vi-próprio (Sob nova Direção) e con- sita que fiz por lá. Espero poder desegui realizar projetos autorais. alguma maneira contribuir com oQuanto a segunda pergunta, o que bonito trabalho de vocês do CRER.posso dizer é que a nossa profissãoé cheia de altos e baixos e nunca Você acaba de se tornar mãe dapodemos dizer “consegui”, mas pequena Clara. A maternida-sim “estou num bom momento”. de mudou sua visão como ci- dadã? Se pudesse descreverExistem muitos planos esbo- um mundo ideal como seria?çados na gaveta que deseja Tenho perdido noites pensando emconcretizar? Poderia compar- como vai ser esse mundo em quetilhar alguns deles conosco? minha filha vai crescer. A violên-Quero voltar a escrever para Te- cia do mundo me assusta muito eatro e adoraria ter um novo pro- a falta de equilíbrio das pessoasgrama de comédia na Globo, mas mais ainda. O mundo ideal seriaainda são só projetos. De concre- um lugar onde o respeito pelo serto só a estreia do filme Sexdelí- humano fosse prioridade, e quecia, que filmei em janeiro desse todas as crianças tivessem direitoano como protagonista, além da à educação, saúde e amor dos pais.quarta temporada do meu progra- Só assim o futuro seria melhor.ma no GNT, Mulheres Possíveis. Como foi gravar uma novela grávi-O CRER em apenas 8 anos de ati- da de sua primeira filha, com todavidades se tornou um Centro Hos- rotina intensa de gravações, e voltar,pitalar de referência em Reabili- após dar à luz, desempenhando otação Multiprofissional do Grande mesmo papel na ficção e realidade?Incapacitado. Você conhece o tra- Foi maravilhoso, fui uma grávida CRER EM REVISTA 7
resumoParceria Visita ReferênciaPela 9ª vez, o CRER foi contemplado e No dia 13 de abril, o CRER recebeu a Uma comitiva de políticos esteve noexpôs diversos artesanatos no estande visita do Presidente da Acieg e Con- CRER no dia 11 de maio. O presiden-do Flamboyant Social, além dos produ- selheiro da AGIR, Pedro Bittar. Ele ciável José Serra, acompanhado pelostos da linha Amigo do CRER, no período estava acompanhado de membros da Senadores Marconi Perillo, Demóste-de 06 a 15 de abril. O Flamboyant Social Diretoria da Associação e empresários nes Torres e Lúcia Vânia, conheceu oé um projeto do Instituto Flamboyant. goianos que patrocinaram a 6ª edição Hospital, cumprimentou e conversou da Cavalgada da Acieg, que aconteceu com os colaboradores e pacientes. JáEnsino e Pesquisa nos dias 07, 08 e 09 de maio (matéria na chegada, além dos Superintenden- completa na página 11). O grupo visi- tes do CRER, pacientes receberam ca-Foi apresentada e empossada a nova tou o Hospital e as novas instalações, lorosamente o Ex-Ministro da Saúde,Comissão de Ensino e Treinamento já que o CRER é uma das instituições José Serra. “O CRER foi uma iniciati-(CETO) do CRER, no dia 04 de maio. beneficiadas anualmente pelo evento. va excepcional que o Marconi tomouO objetivo é incentivar reuniões de na época, que foi fazer um centro decaráter científico e aprimoramento reabilitação”, afirmou Serra. Segun-profissional do Corpo Clínico do Hos- do ele, esses centros de atendimen-pital, a fim de estimular a pesquisa e to deveriam se generalizar em todo oprodução de trabalhos científicos. Os País e virar um marco na saúde e nonovos membros da CETO são: Dra. tratamento e reabilitação das pessoas.Ângela Maria Souza, Anna Luiza Ru-cas, Dagoberto M. Barbosa, Flávia Ger-vásio, Juliana Xavier e Thais Yoshida.A Comissão é coordenada pelo mé-dico Fernando Cupertino de Barros.Bazar Pedro Bittar e diretores da Acieg em visita ao José Serra e Marconi Perillo cumprimentam CRER pacientes do CRER.Na primeira semana de cada mês, oVoluntariado do CRER organiza o Ba- Errata:zar de Artesanatos nas dependênciasda Instituição, onde são comercia- O fisioterapeuta referido na se-lizados produtos artesanais confec- ção Superação, Edição 06 da Crercionados por pacientes e voluntários em Revista, é Marcelo Almeida, eda Arteterapia. O valor arrecadado é não Maurício como foi publicado.destinado à manutenção do Hospital.DistoniaA Associação Brasileira dos Portadores de Distonias (ABPD) Colaboradores e voluntários do CRER vestem a camisa do Diaorganizou uma “Caminhada da Conscientização”, em alu- Nacional dos Portadores de Distonias.são ao Dia Nacional dos Portadores de Distonias, 06 demaio. A ideia é repercutir a divulgação dos aspectos estatís-ticos, terapêuticos e comportamentais relativos à síndrome.Após a caminhada, um grande abraço simbólico foi feito emtorno do antigo prédio do CMAC Juarez Barbosa. Durantea semana do manifesto, vários serviços médicos e centrosde referências nacionais aderiram paralelamente à campa-nha do Dia Nacional dos Portadores de Distonias, patroci-nado pelos laboratórios Allergan e Ipsen. O CRER partici-pou deste evento atendendo aos pacientes que apresentamDistonias, com aplicações de toxina botulínica que diminuia contração dos músculos e os movimentos involuntários.8 CRER EM REVISTA
Arraiá do CRER Intercâmbio O CRER realizou no dia 26 de junho, na quadra esportiva da Instituição, mais O CRER recebeu no dia 13 de maio uma de suas tradicionais festas juninas. A festança reuniu cerca de mil pesso- uma visita internacional, mediada as, entre colaboradores, voluntários, pacientes e convidados. As novidades desse pelo Rotary Club, da especialista em ano foram o show da dupla Pedro & Léo, acompanhados por banda, e apresenta- Marketing e Comunicação do Madonna ções emocionantes de três quadrilhas dançadas por pacientes (crianças, adultos e Rehabilitation Hospital, de Nebraska, internados) e terapeutas do Hospital, além dos grupos Tradição e Quadrilheiros do EUA, Julie Foral. O objetivo foi ver de Balaiá. O público presente pôde saborear guloseimas juninas e se divertir ao som perto como funciona o setor de Comu- do DJ Jéferson e dos animadores do SESI. nicação de uma Instituição que já é refe- rência em Reabilitação, como o CRER. A dupla Pedro & Léo tocou Anna Luiza , gerente de marketing do CRER e Julie os principais sucessos do sertanejo universitário. A Foral, do Madonna Rehabilitation plateia, animada, dançou e vibrou durante todo o show. Esquadrão de ResíduosFotos: Paulo Henrique G. Ponto alto da festa: Na semana em que se comemora o Dia quadrilha dançada por do Enfermeiro e do Controle da Infec- crianças que são pacientes ção Hospitalar – 12 e 15 de maio, res- do Hospital. Também se pectivamente, foi criado no CRER um apresentaram os grupos Esquadrão de Resíduos. Trata-se de de pacientes adultos e uma equipe composta por 14 pessoas que, em duplas, visitaram os setores do internados. Hospital, a fim de verificar e orientar sobre o descarte correto do lixo. Além das vistorias, também foi realizada uma palestra sobre Gerenciamento de Resí- duos. A iniciativa é uma parceria entre os setores de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Serviço de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (SESMT) e Comissão Inter- na de Prevenção de Acidentes (CIPA). Gratidão Visita Técnica Durante a abertura oficial da 65ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás, no Foi realizada no dia 17 de junho a dia 17 de maio, Fause Musse, Superintendente de Relações Externas do CRER, primeira de uma série de visitas téc- nicas, organizadas pela Associação recebeu homenagem em reconheci- dos Hospitais do Estado de Goiás, mento e gratidão aos serviços ofereci- em parceria com o CRER. No dia 15 dos à Sociedade Goiana de Pecuária e de julho, o segundo grupo, compos- Agricultura (SGPA). O diploma, que to basicamente por administradores foi entregue pelas mãos do Dr. Alci- ligados à área hospitalar, confirmou des Rodrigues Filho, leva os dizeres: o interesse que o CRER desperta na A SGPA tem a honra de conceder ao comunidade médica. Mensalmente, Fause Musse o Diploma de Mérito de uma equipe de 10 profissionais de di- Agronegócio – SGPA 2010 pela reali- ferentes instituições de saúde visita- zação e defesa de ações em benefício rá o Hospital para conhecerem mais do agronegócio do Estado de Goiás. sobre o modelo de Gestão do CRER. Interessados em participar, acessem Fause Musse recebe homenagem de Dr. Alcides o site www.casadoshospitais.com.br. e Dna. Raquel Rodrigues. CRER EM REVISTA 9
resumoMães CRER e RPMON Semana da QualidadeNo mês comemorativo do Dia das Uma solenidade realizada na manhã A Comissão de Qualidade do CRERMães, foi celebrado nos dias 03 e 15, de 07 de julho, no Regimento da Polícia realizou entre os dias 25 e 28 de maiorespectivamente, uma missa e um Militar Montada – RPMON, oficializou a I Semana da Qualidade da Institui-culto em ação de graças. As duas a entrega de instalações construídas ção. A ideia é fortalecer as ações dosolenidades contaram com a par- pelo CRER ao RPMON, em agradeci- Sistema de Gestão da Qualidade eticipação do Coral Crer em Canto. mento a deferência e consideração que padronizar cada vez mais os procedi- marcam a parceria existente entre essas mentos internos. Durante a semana,Conselho ilustres Instituições. As áreas constru- foi instalado um plantão de dúvidas ídas pelo CRER são: Muro com 304.5 referentes ao SGQ, além de palestrasNovos membros do Conselho da Ad- metros; alojamento com 128.24 m ² com motivacionais sobre o tema “qualida-ministração do CRER tomaram posse capacidade para 10 camas ou beliches; de”. O cantor Bruno Mendes e os hu-no dia 20 de maio, na Instituição, du- lavador de animais e cozinha e área de moristas Luciano Sá Sinhora, Andre-rante um café da manhã. Os novos con- lazer com 38.5 m ². Na ocasião, o Co- zão e Dener abrilhantaram o evento.selheiros são: José Evaristo dos Santos, ronel Júlio César Motta Fernandes, Co-Presidente da Federação do Comércio mandante do Policiamento da Capital, Intercâmbio 2do Estado de Goiás, indicado pelo Go- agradeceu a “competência e generosi-vernador do Estado, no lugar de Cyro dade” do Superintendente Executivo A estudante de Medicina da MedicalMiranda Gifford Júnior; Joaquim Cae- do CRER, Sérgio Daher. “A sociedade Faculty da University of Novisad, datano de Almeida Netto, Presidente da ganha duplamente”, concluiu o Cel. Sérvia, Alexandra Mitrovic estagiou noAcademia Goiana de Medicina, indica- Motta. Sérgio Daher reforçou a impor- CRER durante o mês de Julho, acom-do pela Superintendência Executiva, no tância da parceria, que possibilita que panhando os atendimentos médicos.lugar de Paulo César B. Veiga Jardim; e seja realizado algo a mais aos pacien- A jovem, que não conhecia Goiânia,Nabih Salum, Sócio Fundador da AGIR, tes do Hospital, como a equoterapia. disse que a experiência foi uma sur-indicado pelo Conselho da AGIR, “Isso significa muito para quem bus- presa muito boa. “Achei muito inte-no lugar de Paulo Afonso Ferreira. ca tratamento de reabilitação”, disse. ressante e saudável o relacionamen- to entre médico e paciente”, afirma.Superintendentes e Assessores do CRER Sérgio Daher ladeado pelo Ten. Cel. Nivando A estagiária de medicina Alexandra Mitrovic e ocom os novos Conselheiros da AGIR Moreira (esq.) e Cel. Júlio César Motta Superintendente Técnico Dr. João Alírio>>Em obras Acompanhe as etapas da expansão do CRER>> Abril >> Maio >> Junho10 CRER EM REVISTA
resumo CRER na DireçãoProjeto inova educação de trânsito em busca da conscientização de futuros condutoresA“ Alunos da Escola Internacional de Goiânia participam do projeto CRER na Direção tenção!”, alerta o professorSandro Silva, especialista em Trânsi- rotada, vídeos foram reproduzidos mental II, Lúcia Oliveira, a principalto. “Não devemos colocar os pés na para ilustrar na prática as teorias di- finalidade é que os alunos conheçamfaixa de pedestre enquanto não tiver- tas em sala. Os alunos do 6º, 7º e 8º e cobrem dos pais atitudes corretasmos certeza de que todos os veículos ano do Ensino Fundamental, com no trânsito. “Eles precisam saber queestão parados”, completa. “A regra é faixa etária entre 10 e 13 anos, inte- há certos descuidos que causam gran-clara, professor?”, pergunta um aluno. ragiram durante toda a palestra, de- des danos e, às vezes, até a morte”, monstrando interesse e curiosidade diz. Waldir Neto avisa que a partir da O questionamento é de Waldir no assunto. “A participação compro- palestra fiscalizará os pais com maiorBittencourt Neto que, apesar de ter va que eles estão antenados no que atenção. “Se é regra, tem que obede-somente 10 anos, já se mostra preo- está sendo falado”, acredita Sandro. cer. Mesmo se não vier carro, não podecupado em saber o que pode e o que furar o sinal vermelho”, determina.não pode fazer no trânsito. Ele e mais Para a coordenadora do Funda-60 alunos da Escola Internacional deGoiânia participaram da palestra so-bre Educação de Trânsito, realizadano dia 17 de maio, no auditório docolégio. A escola foi a primeira a re-ceber o Projeto CRER na Direção. Idealizado pela Superinten-dência de Relações Externas, o pro-jeto pretende conscientizar novoscondutores sobre as leis de trânsitoe prevenção de acidentes. Além deabordar temas referentes à legislação,direção defensiva, importância do usodo cinto de segurança e equipamentode proteção individual, o objetivo dapalestra também é mostrar o trabalhode reabilitação realizado pelo CRERem vítimas de acidentes de trânsito. Para garantir a atenção da ga-A Renauto/Nissan é a primeira empresa par- Agradecimentos:ceira a apoiar o Projeto Crer na Direção. Em-presas e escolas interessadas em participar,entrem em contato com a Superintendênciade Relações Externas do CRER, pelo telefone3232-3106 ou e-mail: [email protected] CRER EM REVISTA 11
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ARTIGO Tecnologia na reabilitação:ferramenta na recuperação funcional A Fi- vimento cognitivo. Há também a pos- disposição da reabilitação. Não nos sibilidade do registro quantitativo da enganemos, pois a máquina não subs- sioterapia por evolução terapêutica do paciente, que titui as capacidades humanas, apenas percebe de forma concreta sua melhora. permite sua utilização como mais uma anos enfatiza ferramenta na recuperação funcional. Os avanços tecnológicos são como um dos agregados a um custo que não faz Aos profissionais envoltos na parte da realidade financeira de todos melhoria e na evolução do cuidar do seus princi- os serviços de reabilitação no Brasil. ser humano, o convite para repensar, Também pouco foi provado cientifi- recriar, readaptar seus conhecimen- pais benefícios camente das vantagens dos novos re- tos práticos e manuais, reforçados na cursos comparados aos equipamentos neurociência e outras áreas do conhe- o tratamento existentes e utilizados nas rotinas dos cimento: imagenologia, diagnósticos programas de recuperação funcional. laboratoriais, instrumentos de aferição pelo toque, para uma nova perspectiva: evoluirPor por meio das O interessante é observar o mo- para o tratamento na reabilitação base- vimento de pesquisadores e clínicos de ado em evidências, para que a assertivaFlávia M.Gervásio terapias ma- diversas áreas do saber, seja biológica garantida pela tecnologia seja prati- nuais. Várias ou exata, na construção de soluções cada na rotina dos treinos funcionais. para as adversidades do próprio estartécnicas vêm sendo difundidas: mas- vivo, sempre sujeito a uma lesão neuro- “O conhecimento e lógica, músculo esquelética ou partici-sagem clássica e suas variações, cine- pação em programas com foco na saúde a sensibilidade das da mulher, do homem, do idoso. O em-sioterapia, mobilizações intra-articu- penho é prover conhecimento técnico e mãos do profissional científico para os novos instrumentos/lares como Maitland, métodos como tratamentos no dia a dia da reabilitação. ainda são soberanosfacilitação neuromuscular propriocep- O que parece indicar uma con- na escolha e utili- tradição entre a terapia manual e astiva, conceito neuroevolutivo Bobath, modalidades terapêuticas baseadas zação dos diversos em computadores e máquinas, naetc., associados a diversos disposi- verdade sinalizam a evolução natural métodos terapêuticos dos métodos terapêuticos no âmbitotivos hídricos, elétricos e mecânicos. da saúde. Desta forma, possibilitou- à disposição da rea- se a ampliação dos conhecimentosA interação entre conhecimento sobre controle motor, performance, bilitação. mecanismos de lesão e adaptaçõese pessoas proporcionada pela internet, neurais. Salve! Houve otimização Flávia Martins Gervásio dos processos de reabilitação por di- Fisioterapeuta no CRERindependente de raça e, agora, do idio- ferentes métodos, facilitando atingir Docente da UEG o objetivo final e comum, tanto do te- Mestre em Ciências da Saúde-UNBma, permitiu que o desenvolvimento rapeuta quanto do paciente: recupera- ção funcional com qualidade de vida.da ciência associado à tecnologia assu- O conhecimento e a sensibili-misse o papel de uma ferramenta cada dade das mãos do profissional ainda são soberanos na escolha e utilizaçãovez mais acessível e atual no tratamen- dos diversos métodos terapêuticos àto para os diversos agravos à saúde.Neste contexto, a reabilitação associadaà tecnologia exemplifica-se no uso deaparelhos microprocessados na eletro-termoterapia, prática de atividades devida diária utilizando-se da realidadevirtual, robôs para treino de marcha,eletromiografia de superfície associadaao biofeedback no diagnóstico e tra- “tamento no universo da reabilitação.Estes recursos oferecem comovantagens a dinamicidade, motivação,repetição do movimento, oferta de es-tímulo e processamento neural, quese aproxima das atividades do mun-do informatizado da atualidade, comovídeos, jogos, comunicação rápida einterativa que permite ao individuo fa-cilidades de interação social e desenvol-14 CRER EM REVISTA
ESPAÇO DO PACIENTE“Se pudesse, eu moraria no CRER”Por Thaís Franco riando as expectativas. O motivo de desastre, Jaspion surpreende: “Eu uma evolução tão rápida, conforme ele agradeço a Deus pelo meu acidente”.J adson Jesus Borba Ferrei- mesmo explica, foi a vontade de retor- Para ele, a fatalidade o ensinou a vi- nar ao trabalho. “O que eu mais que- ver melhor. “Acho que aconteceu parara Caetano, nome de batismo, tem 23 ria era voltar a fotografar”, rememora. que eu me tornasse mais proveitoso.anos e desde a infância apropriou-se Eu achava que era humilde, mas nãodo codinome ‘Jaspion’. Na história Empenhado em seu prin- era. Aqui, eu percebi que pessoas quedos super-heróis japoneses, Jaspion cipal objetivo, Jaspion permaneceu nunca andaram são felizes. Apren-é um garoto predestinado a se tornar apenas 24 dias internado no CRER, di a valorizar os outros”, explica.um lendário guerreiro, depois de ter tempo suficiente para ele recuperar,sobrevivido a um acidente espacial. principalmente, a autoestima e a mo- Antes do acidente, segundo ele,Não tão diferente do protagonista da tivação. “O que eu aprendi de melhor era adepto de uma vida sempre ba-série nipônica, Jaspion Caetano tam- aqui foi a ser feliz. Hoje, estou muito dalada, ostentada por festas, aparên-bém é destaque em luta, e superação. mais a vontade com a vida”, avalia. cia e vícios. “Eu vivia em função de uma imagem, de manter uma pose. Vítima de um acidente com Ele conta que fez muitos ami- Hoje, eu sou mais feliz trabalhando,motocicleta, no dia 06 de agosto de gos durante o período em que esteve no tenho verdadeiros amigos e minha2009, Jaspion sofreu um TCE (Trau- CRER, sobretudo com os outros pacien- vida está muito melhor”, se alegra.matismo Cranioencefálico) e um acha- tes que também estavam internados na Ele também parou de fumar e beber,tamento na coluna, além de ter perdi- mesma época. “Gostei muito daqui, me motivo pelo qual também se orgulha.do temporariamente parte da visão apaixonei pelas pessoas (colaboradoresesquerda e olfato, e adquirido outras e pacientes). O CRER é como minha Com uma nova visão da vida,lesões decorrentes do acidente. Segun- segunda casa, se eu pudesse alugar e de si mesmo, após receber alta da in-do Jaspion, que ficou em coma duran- um apartamento, moraria aqui”, afir- ternação no CRER, Jaspion Caetano tor-te 33 dias respirando com o auxílio de ma. “Eu falo isso para todo mundo: nou-se voluntário na Instituição. “Sem-aparelhos, a família chegou a ser avi- quando a pessoa vem para o CRER, pre tive vontade de ajudar, mas nuncasada que ele não voltaria para casa. tem que agradecer por estar aqui, praticava. Depois da experiência que porque significa início de uma nova tive, consigo falar de algo que vivi e fazer Dois meses depois, e com 20 vida, uma renascimento”, completa. as pessoas sorrirem”, conta. Atualmen-quilos de massa muscular a menos e te, ele atua como voluntário na recrea-algumas sequelas, Jaspion recebeu alta Ao contrário do que se pode ção, principalmente com as crianças.do Hospital de Urgências e foi enca- esperar de uma pessoa vítima de umminhado ao CRER, para se reabilitar.Em 15 dias de tratamento de reabili-tação Jaspion voltou a andar, contra-Jaspion Caetano em sessão de fotos com a noiva Gisele A fotografia como profissão, arte e sentimento É assim que Jaspion Caetano define a importância da fotografia em sua vida. Fotógrafo desde os 14 anos, Jaspion teve o primeiro contato com a câmera ainda na infância. Começou, gostou, e não parou mais. “Um profissional que tem a fotografia como estilo de vida, que traz alegria e emoção”, se autodefine. O paciente e voluntário do CRER re- vela que hoje, depois de se reabilitar para voltar a trabalhar, fotografa com mais sentimento. “Não tenho clien- tes, tenho amigos, que não me olham como um estranho”, declara. Jaspion Caetano está entre os fotógrafos mais renomados do Estado, principalmente quando se trata de casamento. Ele cal- cula já ter fotografado, em média, 500 cerimônias de enlaces matrimoniais. CRER EM REVISTA 15
CONHEÇA SEUS DIREITOS Vagas especiais de estacionamento: quem tem direito? Esclareça dúvidas sobre o uso correto das vagas especiais e do Cartão de Estacionamento que garante o benefício aos usuários Por Thaís FrancoE stá no Art. 7º, do Capítulo II, da Lei Federal Nº 10.098/2000: Em todas as áreas de estacionamento de veícu- los, localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedes- tres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomo- ção. Ainda no mesmo capítulo, em um Parágrafo Único, fica estabelecido que as vagas especiais deverão ser em número equivalente a 2% (dois por cento) do total, de uso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Em 2008, passou a vigorar uma nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que dispõe sobre o uso de vagas de estacionamento por pessoas com necessidades especiais. A resolução 304 de 18 de dezembro de 2008 estabelece a exigência de uso de uma credencial, no caso, um cartão de estacionamento, que garante a utilização dos espaços exclusivos. A Agência Municipal de Trânsito (AMT) reforça que o uso da vaga destinada à pessoa com deficiên- cia somente é feito mediante apresentação do Cartão de Estacionamento. A legislação rege que tem direi- to ao cartão de estacionamento as pessoas que tiverem alguma deficiência e a mobilidade reduzida, atesta- das clinicamente. Também fazem uso do cartão, com 5% das vagas reservadas, as pessoas com mais de 60 anos.Como adquirir o Cartão de Estacionamento O uso irregular das vagas exclusivas Vale lembrar que o Cartão de Estacionamento pode ser usado, portanto, pela pessoa portadora de ne- cessidades especiais ou pelo condutor que a acompa- nha. Os veículos estacionados nas vagas reservadas de- vem deixar o Cartão de Estacionamento sobre o painel do veículo, ou em local visível para efeito de fiscalização. Para a identificação de vagas especiais de estacio- namento, o Contran padronizou as vagas e a sinalização vertical e horizontal (veja ilustração abaixo). O uso irregular das vagas destinadas às pessoas portadoras de deficiência e com difi- A pessoa com deficiência e mobilidade reduzida inte- culdade de locomoçãoressada em obter o cartão deve procurar as unidades do Vapt- caracteriza infração deVupt. No local, depois de solicitado o laudo médico no guichê trânsito punida com mul-do Detran, o interessado passará por exames com médicos cre- ta no valor de R$ 53,21denciados que emitirão o laudo, a fim de atestar se o mesmo e três pontos na CNH.possui mobilidade reduzida e se tem o direito ao benefício. Cabe também ao agente Com o laudo em mãos, o interessado deverá apresen- de trânsito determinar outá-lo junto com cópias, e originais, do RG, CPF e, se condutor, não a remoção do veículoCNH, além de comprovante de endereço. Caso o beneficiário do local onde está, irre-não seja condutor, ou não tenha a CNH, os pais, responsáveis gularmente, estacionado.ou condutores poderão usufruir do benefício. Quem apresentamobilidade reduzida temporariamente também tem direito ao A utilização ir-benefício por até um ano. regular das vagas es- peciais, previstas pela O Cartão de Estacionamento, por ser uma credencial pa- Lei que estabelece cri-dronizada, pode ser utilizado pela pessoa em todo território na- térios para a promoçãocional. O documento, para os casos de deficiência permanente, da acessibilidade, podetem validade de cinco anos. Para os casos de deficiência tempo- ser denunciada pelo te-rária, o prazo é de dois meses a um ano, conforme laudo médico. lefone 0800-6460118.16 CRER EM REVISTA
REDE EU QUERO CRERPelos caminhos históricos de GoiásTradicional cavalgada da Acieg chega à Cidade de Goiás comdestaque na educação e solidariedadeAPor Thaís Franco ntes mesmo que os primei- correram 12 quilômetros até a cidade dê tudo certo é muito maior”, disse ros raios solares pincelassem a paisa- de Goiás, passando por fazendas e Chrystian. “É uma causa nobre, can- gem bucólica torneada pela Serra Dou- pontos turísticos da antiga Vila Boa. tamos até com mais vontade”, com-rada, uma equipe já se movimentava Ao longo do percurso, carros espe- pletou Ralf. Já no palco, após animarno Parque de Exposição da Cidade de ciais faziam a coleta e limpeza de o público com os sucessos Sou Eu eGoiás para receber os participantes toda a sujeira acumulada no caminho. Vira Virou, a dupla agradeceu o cari-da 6ª Cavalgada da Associação Co- “Pretendemos minimizar ao máximo nho dos fãs e parabenizou a Acieg pelamercial, Industrial e de Serviços de o dano ambiental”, ponderou Bittar. iniciativa. “Obrigado por terem vin-Goiás (ACIEG), realizada no dia 08 Para dar suporte e garantir a se- do. É uma grande causa”, concluíram.de maio. O acontecimento, que já faz gurança dos cavaleiros, umaparte do calendário goiano, reuniu viatura do Corpo de Bom-um público de aproximadamente 1200 beiros e um helicóptero dapessoas, aliadas em uma boa causa. Polícia Militar acompanha-A cavalgada acontece anual- ram os tropeiros em todo omente, desde 2005, e é reconhecida trecho percorrido. No Par-pelo seu caráter beneficente. Aliás, não que de Exposição, um Pos-é só solidariedade que marca o evento. to de Atendimento MédicoA cada edição um tema é tratado com foi montado para atendero objetivo de conscientizar e chamar a eventuais emergências.sociedade para a discussão de um as- À noite, o momen-sunto pertinente e essencial para a me- to mais esperado da ca-lhoria das condições de vida. Este ano, valgada. Mil pessoas com-a temática foi “Educação, responsabi- pareceram ao Parque delidade de todos”. “Educação nunca é Exposição para assistir o Sérgio Daher, Pedro Bittar, colaboradores e voluntários dodemais, e nós, representantes de um show da dupla Chrystian CRER expõem camisetas alusivas à Copa do Mundo 2010segmento forte na sociedade, temos o e Ralf, principal atraçãodever de repassar essas noções”, refor- do evento. Foi a primei-çou o Presidente da Acieg, Pedro Bittar. “Essa cavalgada é um grande ra vez que a Cavalgada da A dupla mais afinada do Brasil, Chrystian e Ralf, durante Acieg recebeu um show show: “É uma grande causa”.exemplo para a Sociedade Civil Or- nacional, o que, conformeganizada”, enfatizou Sérgio Daher, a organização, “comprovaSuperintendente Executivo do CRER. a grandeza do evento e de-Segundo ele, a iniciativa serve de mo- dicação dos idealizadores”.delo para toda a sociedade que tambémpode contribuir com o bem-estar da po- No camarim, ospulação. “Tenho convicção de que isso irmãos goianos falaramajuda muito as instituições”, frisou. à Crer em Revista sobre a emoção de cantar em um Após o café da manhã, as co- show beneficente. “Temmitivas seguiram com a cavalgada um gostinho especial. Éem um clima descontraído de inte- melhor, sinto uma ener-gração. Cerca de 400 cavaleiros per- gia diferente, o desejo que CRER EM REVISTA 17
MEIO AMBIENTESaúde: uma questão de sustentabilidade Preocupados com o que estão ingerindo, consumidores conscientes se adeptam cada vez mais aos produtos orgânicosPor Thaís FrancoV ocê, consumidor, usa das Pesquisa Agropecuária (Embrapa), orgânicos em Goiás atingiu cerca de 9 é todo alimento seguro, livre de pe- mil toneladas, dentre frutas, hortaliças,suas escolhas para ajudar o mundo rigo de qualquer natureza e que não raízes e outros produtos como açú-e proteger as futuras gerações? Se a oferece nenhum risco para quem o car, leite e cachaça, todos certificados.resposta for sim, você faz parte de consome. “Orgânico é igual a outrouma minoria representada por 6% da produto, só não tem agrotóxico”, diz. Segundo o Sebrae, cerca de 80%população brasileira que, segundo Gregor Kux, proprietário de uma loja dos produtores de alimentos orgânicosuma pesquisa levantada pelo Instituto de Orgânicos em Goiânia, é categóri- em Goiás são agricultores familiaresAkatu, são consumidores conscientes. co ao conceituar o termo. “Orgânico é de baixa renda e produtores de leite. o que tem e o que traz a vida”, define. Há uma grande dificuldade de mão- Consumir com consciência é de-obra e carência de investimentosrespeitar o meio ambiente, consideran- De acordo com o Instituto Eco- em técnicas mais modernas de produ-do o impacto que causa esse consumo. lógico Aqualung, alimentos orgânicos ção como o uso de estufas e irrigação.É buscar o equilíbrio entre a satisfação são aqueles sem fertilizantes químicos Cerca de 3% dos produtores possuempessoal e a sustentabilidade do plane- ou agrotóxicos e que, além da qualida- estufas e 50% equipamentos adequa-ta, visando apenas impactos positivos. de do produto final, considera também dos de irrigação. Existem tambémDe acordo com o Akatu, consumidor o processo de produção, que deve ser dificuldades na aquisição de semen-consciente é aquele que reflete sobre de maneira simples pela ação da na- tes orgânicas e produção de mudas.atos de consumo e a forma que isso tureza. Basicamente, o orgânico alémafetará as relações sociais, economia de ser produzido sem o uso de adubos Goiás: média de 52 produtores de orgânicose, principalmente, o meio ambiente. químicos e fertilizantes, também pro- move a conservação do solo e da água, Respeitar o meio ambiente e já que a intensa utilização de produ-manter sua vitalidade e fertilidade em tos químicos na produção de alimen-alta por um período maior tem sido tos afeta, além da qualidade de vidaum grande desafio para os consumi- das pessoas, o ar, água, solo e animais.dores conscientes. Preocupados coma utilização inadequada do solo e de Orgânicos em Goiáscomo isso afeta os organismos vivosdo planeta, tem crescido considera- Para alavancar a produção or-velmente o número de consumido- gânica na região metropolitana deres de produtos orgânicos. Situação Goiânia e apoiar o produtor goiano, oque indica que a agricultura orgâni- Serviço Brasileiro de Apoio às Microca é mesmo um dos caminhos para o e Pequenas Empresas (Sebrae) desen-consumo sustentável e consciente. volveu ao longo de 2009 o Projeto de Orgânicos. O objetivo é aumentar a Afinal, o que é orgânico? produtividade, rentabilidade e volume de vendas em 10% ao ano até 2011. So- Orgânico, segundo João Me- mente no ano passado, a produção deneguci, engenheiro agrônomo e pes-quisador da Empresa Brasileira de18 CRER EM REVISTA
Ainda conforme o Sebrae há, Você é o que você come O perfil dos Fonte: Sebrae-Goatualmente, 68 produtores de orgâ- consumidoresnicos cadastrados com diagnóstico Além de não agredir a terra e de orgânicos:de suas propriedades. Em 2009, 52 incentivar o consumo consciente de ali-produtores de orgânicos foram ins- mentos naturais em busca de qualidade •A maioria, representadapecionados e aguardam certificação de vida, os alimentos orgânicos podem por 66%, dos consumido-pelo IBD, organização que desenvol- evitar problemas de saúde causados res é do sexo feminino;ve atividades de certificação de pro- pela ingestão de substâncias químicas •Os consumidores quedutos orgânicos e biodinâmicos. Dos tóxicas. Infertilidade, alergias, compli- mais consomem produ-produtos comercializados em Goiás, cações hepáticas e gastrointestinais, tos orgânicos estão na66,7% é produção própria. Os produ- asmas e até câncer podem ser provo- faixa etária entre 45 e 64tos comercializados na Capital têm cados pelo uso elevado de agrotóxicos. anos, representando 37%;37,5% de origem em Goiânia, 12,5% em •92% dos consumi-Aparecida de Goiânia, 8,3% em Aná- Um relatório apresentado pela dores possuem ida-polis e 12,5% em outros municípios Academia Americana de Ciências mos- de superior a 25 anos;como Silvânia, onde a produção de or- tra que o número de câncer causado pela •31% dos consumidoresgânicos tem crescido aceleradamente. ingestão de alimentos que contém subs- possuem renda de 1 a 5 tâncias químicas chegou a 1,4 milhão. salários mínimos; 36% Pesquisadores da área não No Brasil, 30% dos novos casos de cân- possuem renda de 5 a 10acreditam numa substituição total da cer advêm do consumo de agrotóxicos. salários mínimos; 18% en-agricultura convencional pela orgâni- tre 10 e 20 salários; e 13%ca, principalmente quando se fala em “Por que produzir com agro- possuem renda superiorcurto e médio prazo. Meneguci expli- tóxico? Por que ingerir com agrotóxi- a 20 salários mínimos.ca que isso também não acontece por- co?”, é o que questiona Kux. Para ele, •37% possuem ensi-que não há produção suficiente para nada justifica essa ideia que existe na no médio e 43% ensi-tamanha demanda. “Se a população agricultura convencional, onde o com- no superior completo.mundial resolvesse comer só orgâni- bate às pragas e doenças das plantas écos, não existiria alimento para todo como se fosse uma verdadeira guerra.mundo”, alerta o agrônomo. Entre- O comerciante acredita na força vitaltanto, ele acredita que o mito de que do alimento e da natureza, e no poderplantar orgânicos seja como produzir que o consumidor tem de escolher, eantigamente já esteja caindo por terra, mudar práticas convencionais, fortale-e que, parcialmente e em longo prazo, cendo assim a produção de orgânicos.tende-se a consumir cada vez mais. Orgânicos: Comer-lhe-eis! Fonte: Instituto Biodinâmico Os sete principais motivos para consumir produtos orgânicos: 1. Os alimentos orgânicos possuem um maior valor nutritivo, por serem cultivados em solos ricos e adubados com restos vegetais e esterco animal. 2. Como não há agrotóxicos ou produtos químicos nos alimentos or- gânicos, eles são mais saborosos, com aroma e sabor mais intensos. 3. A agricultura orgânica aumenta e restaura a biodiversidade, inten- sifica a vida microbiológica do solo, protege a vida animal e vegetal. 4. As técnicas orgânicas evitam erosão do solo e o mantém fértil e pro- dutivo, além de promoverem permanentemente seu melhoramento. 5.A agricultura orgânica respeita o meio ambiente, não poluindo rios, lagos e lençóis freáticos. 6. Grande parte dos pequenos agricultores, junto às suas famílias, tem na produção orgânica a sua única forma de sustento. Eles mantêm o solo fértil por anos e o cultivo orgânico revitaliza as comunidades rurais. 7. Todo produto orgânico é assegurado por um selo de certificação que é garantia de um produto saudável e isento de qualquer tóxico. CRER EM REVISTA 19
POR DENTRO DO CRER Ajudar é preciso Projeto Voluntários que Creem completa cinco anos de solidariedade e amor ao próximoPor Thaís FrancoD edicar tempo e atenção substitui um colaborador, mas soma “É difícil explicar o que eu senti, mas muito com as ações desenvolvidas. quis muito ser útil ao próximo. A nos-àqueles que mais precisam, sem es- sa vida é isso, um pelo outro”, declara.perar nada em troca. Este é um dos Os motivos que impulsionam oprincipais pilares do trabalho voluntá- interessado em praticar o trabalho vo- Rose diz ser inexplicável expor orio. Quem o faz, garante que a recom- luntário são múltiplos. Mas, o senti- que é ser voluntária. “Meu coração mu-pensa é muito maior do que qualquer mento que prevalece, segundo Márcia dou, o valor da vida mudou”. Em maioquantia remunerada. “A pessoa mais Nunes, responsável pelo Voluntariado do ano passado, Rose enfrentou umbeneficiada nessa relação é o pró- do CRER, é a vontade de ajudar o pró- câncer de mama. Para ela, a experiên-prio voluntário”, diz Agostinho Mar- ximo, “sem olhar a quem”. Ela ainda cia que tem com o CRER serviu comotins, um dos 72 voluntários do CRER. ressalta que a contribuição dos volun- apoio e estímulo durante o tratamento. tários é imensurável. “O trabalho é “Me mantive de cabeça erguida. Lem- Criado em maio de 2005, o Pro- diferenciado, traz qua- brava de todas as pessoas que lutamjeto ‘Voluntários que Creem’ surgiu lidade para a Ins- para viver e são felizes”, completa.para reunir pessoas dispostas em ofe- tituição, e aco-recer cuidado e amor aos pacientes do lhimento A satisfação deCRER. Cada voluntário, de acordo com para os Rose em ser volun-o seu perfil, atua em uma área específi-ca. Rubens Calaça, 66, por exemplo, pacientes”, diz. tária do CRERdá assistência nas cadeiras de rodas é contagiante.do Hospital. Já Sumire Sugita, 57, Segundo Márcia, o que mais atrai Ao ver a espo-confecciona ar- sa empenhada emtesanatos que os voluntários é o próprio Hospital. “As colaborar com o pró-posteriormen- ximo, o representantete são comer- pessoas conhecem e se encantam, e de- comercial Lindomarcializados e an- Rodrigues, 43, tornou-gariam recursos pois voltam para ajudar”. Esse, inclusi- se também voluntáriopara a Instituição. no Hospital. “Ele vinha me ve, foi o caso de Rose-Meire Arantes, 49. buscar e me via trabalhan- No CRER, os vo- do, passou a entrosar, gostouluntários têm a opção de Funcionária Pública Federal, Rose foi e veio também”, conta. “Não é fa-trabalharem no Posso Ajudar, vor para ninguém . Eu não ajudo orecreação, arteterapia, oficina de ar- visitar o primo que estava internado no CRER, ele que me ajuda”, conclui Rose.tesanato, apoio espiritual, ação social Seu Agostinho, aposentado, diznos domingos e feriados. Também dão CRER, e se interessou pela Instituição. que queria ser útil para a sociedade. “Es-apoio aos eventos internos e externos, colhi aqui e estou satisfeitíssimo”, con-e na divulgação e comercialização dos firma. “Convido todos os meus amigosprodutos da linha “Amigo do CRER”, para ver e sentir como é ser voluntárioalém de buscar novas parcerias. A aqui no CRER”, ressalta. Sumire, quemão-de-obra do voluntário do CRER é se considera beneficiada em ser volun-de imenso valor, uma vez que ele não tária, explica que ajudar um “irmão”20 CRER EM REVISTA
Márcia Nunes (em destaque) e voluntários do CRER: solidariedade, comprometimento, amor e simpatia.também traz um enorme benefício lita transformações em nível pessoal o Coral Crer em Canto leva emoçãopróprio. “Ajuda a se valorizar, melho- e profissional. O projeto também pro- e arte também para outros públicos.ra a auto-estima. Ver o sofrimento dos move maior interação entre as equipes Em dezembro do ano passado, o gru-outros minimiza os nossos”, acredita. de colaboradores e voluntários ativos. po foi um dos seis selecionados a se apresentar no Centro de Convenções, Ariovaldo de Melo, 53, trabalha Sob a regência do Maestro Sérgio pelo projeto Canto Coral, evento rea-no “Posso Ajudar” da Recepção do Luiz Lopes, 40, as aulas de canto pro- lizado pela Fundação Jaime Câmara.Hospital. “Eu procuro conversar com porcionam descontração e benefícios Em outubro, o Crer em Canto viajaos pacientes, motivá-los e orientá-los importantes, conquistados com a me- para a antiga Vila Boa, onde fará duassobre a importância do tratamento”, lhora na postura, afinação de voz e dic- apresentações no 6º Encontro de Coraisconta. Para quem se interessar em atu- ção, além de desenvolver a cultura artís- da Cidade de Goiás Darcília Amorim.ar como voluntário, Sumire dá a dica: tica. “A música traz relaxamento, ajuda“Tem que ter comprometimento, tra- a educar a voz e respiração”, explica. “Fazer parte de um coral é bus-balhar por prazer, e ter muito amor ao car o bem-estar na música. No Coralpróximo, porque voluntário é isso”. Formado pela Faculdade de Mú- você se solta, trabalha em grupo, de- sica do Conservatório de Música Villa senvolve a comunicação”, argumenta Para ser um voluntário no CRER, Lobos, no Rio de Janeiro, o maestro Serginho. Ele ainda diz que existemo interessado deverá procurar o Centro Serginho, que já tem 20 anos de profis- muitas pessoas que sempre quiseram,Goiano de Voluntários, da Organização são, conta que a aptidão com a música mas não conseguem cantar, que che-das Voluntárias de Goiás (OVG), onde é um “dom genético”. Além dos pais, gam no Coral e se destacam. “Reco-passará por treinamento para então ser que eram coristas, a irmã do Maes- mendo que todos participem do Coral.encaminhado ao Hospital. Vale lem- tro também é Soprano. Além do Crer Além do bem próprio, você fará bem abrar que o trabalho como voluntário do em Canto, Serginho também coman- quem estará ao seu redor”, aconselha.CRER não possibilita ingresso ao qua- da os corais da Unilever, Faculdadesdro de colaboradores da Instituição. Alfa, SESC, Ibama e Corpo de Bom- Coristas do Crer em Canto, Maestro Serginho e, ao beiros- este, como Maestro Auxiliar. fundo, a tecladista Ana Cristina Gonçalves Crer em Canto O Coral Crer em Canto é com- CRER EM REVISTA 21 Uma das raízes do projeto “Vo- posto atualmente por 23 coristas,luntários que Creem” é o Coral Crer dentre colaboradores e voluntários,em Canto. Formado em novembro que se dividem em Sopranos, Con-de 2006, o Coral, por meio da música traltos, Tenores e Baixos. O reper-e seus elementos rítmicos, facilita o tório é voltado para a Música Po-desenvolvimento da criatividade, in- pular Brasileira, Sacra, Religiosa etegração e socialização, o que possibi- conforme a solicitação nos eventos. Além de apresentações internas,
SUPERAÇÃOO segredo é nunca desistir!A trajetória de desafios, força de vontade e fé de uma vencedora.A paraense Gracileide Nunes e da força que recebia do marido e da de não era na coluna, como pensava. família, não obtinha resultados. Sem Foi diagnosticada então a Síndromede Souza Silva morou no Pará dos dois alternativas, partiu para Belém, e mes- Pós Pólio, uma seqüela da poliomie-aos 31 anos de idade. Aos seis meses mo com o coração apertado por deixar lite que sofrera ainda recém-nascida.de vida foi vítima de poliomelite, a sua filha, seguiu a indicação de um Foi nesse momento que o CRER en-paralisia infantil. Na adolescência, a médico japonês especialista em coluna, trou em sua vida e optou por mu-doença foi reativada e a deixou com e veio para Goiânia, onde teve acesso dar-se definitivamente para Goiânia.seqüelas nos membros inferiores. Uma aos exames e tratamentos adequados.das pernas ficou um centímetro me- O Tratamentonor e também mais fina que o normal. Gracileide lembra que deixou tudo no Pará, inclusive sua filha e famí- Nos primeiros dias de trata- Já na fase adulta, casada com Se- lia. Veio para Goiânia, com a cara e cora- mento no CRER, Gracileide lembrabastião Gomes da Silva, descobriu que gem, sem saber por onde começar. Mas, que estava bem debilitada. A casaseu maior sonho era ser mãe. Desaconse- chegando à cidade, encontrou “clínicas em que morava com os amigos eralhada pelos médicos, persistiu e iniciou e pessoas enviadas por Deus” para lhe muito longe e o transporte difícil.um tratamento de fertilização. Após ajudar. “Vivia um momento de muito Foi então que decidiu mudar paradois meses, engravidou, e a alegria ce- vazio e tristeza eu só chorava”, lamenta. uma casa mais próxima do Hospital.deu lugar a uma grande preocupação. Após fazer vários exames, des- Durante o primeiro ano de tra- Gracileide perdia pouco a pouco cobriu-se que o problema de Gracilei-a força nas pernas, e aos três meses degestação já não andava sem o auxílio Gracileide exibe com orgulho suas medalhas, olímpicas.dos familiares mais próximos. Ela con-ta que o marido foi seu ponto de apoioe quem a ajudou muito. “Eu dependiadele pra tudo”, lembra. Até o parto,Gracileide engordou 12 quilos. Debili-tada, teve que ficar na casa de sua mãe,onde tinha ajuda em tempo integral. “O nascimento da minha filha,05 de abril de 2006, foi o dia mais feliz daminha vida. Hoje, Helys Odethe NunesGomes está com quatro anos, e é minhamaior alegria”, diz emocionada. “Pas-saria por tudo isso novamente se fossepreciso, ser mãe é maravilhoso”, afirma. Mesmo após o nascimento deHelys, ao contrário do que os médi-cos haviam dito, Gracileide não vol-tou a andar. Mesmo assim, não sedeu por vencida e iniciou uma ver-dadeira peregrinação em busca dodiagnóstico para o seu problema. Oprimeiro passo foi tentar a medici-na de sua cidade, Xinguará, no Pará. Apesar das inúmeras tentativas22 CRER EM REVISTA
tamento, sentia muita tristeza, afinal, com três meses de treino foi chamada Em Julho de 2009 seu espo-estar sozinha em Goiânia, longe do para participar de uma competição em so Sebastião mudou-se também paramarido e da filha tão desejada, mui- Brasília, o Circuito da Caixa Econômica Goiânia e acompanha de perto a evo-to lhe abatia. Mas isso não foi motivo Federal para pessoas com deficiência. lução de seu tratamento. A filha aindapara desistir. ”Sempre tive pessoas mora no Pará, em Rio Maria, com osde bom coração ao meu lado me aju- O Resultado padrinhos. Gracileide e Sebastião, quedando, nunca deixei de crer, pois sa- hoje trabalha como motorista, preten-bia que tudo daria certo”, ressalta. Hoje, Gracileide revela com dem trazê-la quando estiverem com muito orgulho uma de suas maiores a vida mais estruturada em Goiânia. Por indicação da Dra. Ana Cris- alegrias: ser uma Atleta Paraolímpica.tina, Fisiatra, Gracileide começou a Ter uma profissão foi o resultado de es- No final deste ano, em 12 de de-praticar exercícios físicos logo no início forço e coragem. Gracileide enfrentou zembro, participará dos jogos abertosdo tratamento. Ela recorda que um pa- desafios, e não desistiu em momento em Salvador. Será sua primeira travessiaciente do CRER, e também seu amigo, algum. As 19 medalhas que conquis- no mar, o objetivo é se tornar Atleta Pa-a convidou para praticar natação no tou podem não ter lhe trazido resul- raolímpica Nacional. Atualmente, Gra-Ginásio de Esportes Rio Vermelho. “Eu tados financeiros, mas trouxeram e cileide compete nas modalidades: Craunão sabia nadar, era leiga, e o Edmur já trarão sempre alegrias e muito prazer. (livre) peito, borboleta e costas (100era um atleta profissional”. Mas, mes- metros) e pertence à Federação Loteriasmo sem nunca ter entrado em uma pis- “Se cheguei até aqui, foi por- Caixa – Circuito Brasil Paraolímpico.cina olímpica de 50 metros, aceitou o que tive pessoas que acreditaram emdesafio. “Eu fui e consegui”, comenta. mim, no meu potencial. No CRER eu Apesar das dificuldades Gra- encontrei tudo o que precisava, uma cileide diz só ter a agradecer. Hoje é Toda vez que Gracileide pen- equipe de profissionais exemplares mãe, esposa e profissional, uma pessoasava em desistir, recebia incentivos que me atenderam com muito cari- realizada. “Quando estou na piscinade sua técnica, Evanir Coelho Pereira nho e dedicação. Eu me sentia inca- me transformo em outra pessoa, umaLôbo. E para surpresa de Gracileide, paz e eles me levantavam”, reconhece. pessoa perfeita”, conta emocionada. CRER EM REVISTA 23
agenda ParceriasVIII Jornada Científica do CRER e xvıı Congresso Abr / Junda Associação Brasileira de Paralisia CerebralData: 25 e 26 de novembro de 2010 AciegLocal: Auditório Valéria Perillo – CRER Address HotelAv. Vereador José Monteiro nº 1655, Setor Negrão Associação do Banco do Brasil (ABB)de Lima,Goiânia - GO Associação Goiana de Agricultura (AGA)Informações: Centro de Estudos do CRER Atlético Clube GoianienseTelefone: 3232-3173 E-mail: [email protected] Baiano Folhagens Bolachas MabelFEIRA INTEGRAR- Feira de Reabilitação, Inclu- Ceasasão e Acessibilidade e Tecnologia de Goiás Centro de Futebol Zico - CFZLançamento:17 de Novembro de 2010 Cia. HeringLocal: Auditório Valéria Perillo - CRER Colégio WRFEIRA INTEGRAR- Feira de Reabilitação, Inclusão Conabe Acessibilidade e Tecnologia de Goiás ComurgData: 17, 18 e 19 de dezembro de 2010 Creme MelLocal: Centro de Convenções de Goiânia Cruzeiro Esporte ClubeInformações: Qualidade Eventos Crystal Plaza HotelTelefone: 62 3214-1005 www.qeeventos.com.br Escola Internacional de Goiânia Evidence HotelFEIRA DA SOLIDARIEDADE - 2010 Fraudas KissesIdeias e produtos do bem Goiás Esporte ClubeLocal: Estação Goiânia Gráfica AmazonasData: 01 a 05 de Dezembro de 2010 Gráfica Nanai LtdaInformações: Decor Eventos Grupo de Danças e Cantares PortuguesesTelefone: 62 3598-0006 Grupo Imperial Grupo Renauto24 CRER EM REVISTA Hospital de Queimaduras Igreja do Rosário da Cidade de Goiás Kananxuê Hotel Organização das Voluntárias de Goiás Panificadora Moreira Planalto Máquinas Refrescos Bandeirantes (Coca-Cola) Santos Futebol Clube São Paulo Futebol Clube Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás Sesi- Goiás Silkbrás Sindicato Rural da Cidade de Goiás Sociedade Esportiva Palmeiras Sport Club Internacional de Porto Alegre TV Anhanguera TV Brasil Central TV Goiânia TV Record TV Serra Dourada UCG TV Unicom Convênios atendidos no CRER Affego Ipasgo Amil IMAS Casbeg Plan-Assiste Celgmed Prefeitura de Rio Verde Coopanest Prefeitura de Caldas Novas Correios Prefeitura de Senador Canedo CREA Saúde Caixa Fassincra SUS Fusex Unimed Geap
PERFIL DO COLABORADOR Coleção de talentos Protético, esportista, escultor, fotógrafo e escritor: as múltiplas habilidades de Ronaldo CardosoPor Thaís FrancoN atural de Tupaciguara, ci- natos de futebol e nimos que fazem a grande diferença. partidas amistosas, A terceira habilidade de Ro-dade mineira conhecida como “Terra como forma de in-da Mãe de Deus”, Ronaldo Cardoso centivo ao esporte naldo deve-se também ao esporte, masGuimarães, 54, é protético no CRER e à interação en- também aos filhos. “Eu curtia muitohá mais de quatro anos. Com o tem- tre os colaborado- andar de skate, e quando eu contavapo que lhe sobra, ele concilia o ofício res da Instituição. que plantava bananeira sobre ele, nin-com atividades que exigem boa desen- guém acreditava. Aí surgiu a ideia devoltura com as mãos, e com os pés. E, “Gosto mais fotografar, já que uma imagem valepor maior que seja o espanto, ele con- de jogar do que as- mais que mil palavras”, esclarece.segue desempenhar com proprieda- sistir”, revela o pra- Quando teve o primeiro filho, o aspi-de ambos os papéis. “Tudo que faço, ticante do esporte rante a fotógrafo comprou uma máqui-faço com prazer e vontade”, afirma bretão. Apesar de, na profissional, o que melhorou a qua-categoricamente. conforme ele mesmo lidade de suas fotografias e arrancou diz, “estar perdendo elogios de quem via o trabalho. Com Das habilidades e paixões que os reflexos”, Ronal- isso, Ronaldo percebeu que tinha comoRonaldo coleciona, a mais evidente do não dependurou ganhar dinheiro como fotógrafo, edelas é o futebol. “Esporte é vida, sem as chuteiras e ain- apropriou-se da função. “Passei a foto-movimento o corpo enferruja”, diz. da apronta com os grafar casamentos, batizados, ensaiosApesar de nunca ter se interessado pro- meninos que tam- publicitários e outros eventos”, conta.fissionalmente pelo esporte mais popu- bém disputam a partida. “Desejo quelar do Brasil, ele conta que sempre pra- o meu adversário seja tão bom quan- Além de todos os talentos cita-ticou exercícios físicos. “Queria ficar 24 to eu”, desafia. “Não gosto de desle- dos, dos quais Ronaldo faz questão dehoras ligado, sem ter que usar nenhum aldade quando estou competindo”. harmonizar o tempo e colocá-los todostipo de drogas, e aí percebi que ao fa- em prática, há também outro que elezer exercícios o corpo liberava substân- Ainda que não assuma ne- revela, surpreendentemente: “estou es-cias que chegam a embriagar”, explica. nhum time do coração, Ronaldo não crevendo um livro sobre o brasileiro”. esconde sua preferência clubística pelo Mesmo sem previsão para a publicação, Uma cena comum pelo interior Atlético Mineiro. Mesmo trajando uma Ronaldo está redigindo várias crônicas,do CRER é ver Ronaldo sendo aborda- camiseta alvinegra do Corinthians, ele que serão selecionadas e publicadasdo por outros colaboradores apaixo- argumenta que tem o manto sagrado futuramente. Sobre tantas habilidadesnados pelo futebol. O motivo de tanto de todos os clubes brasileiros. “Torço tão distintas, Ronaldo diz ser apenasassédio logo se explica. “E aí Ronaldo, para quem jogar melhor”, assegura. uma antena do artista maior que, paratem que marcar logo um jogo pra gen- ele, é Deus, sua fonte de inspiração.te”, solicita um colega. O pedido não Fora das quadras e da oficinavem por acaso. Ronaldo é conhecido ortopédica do CRER, o protético utili- CRER EM REVISTA 25internamente por organizar campeo- za da habilidade que tem com as mãos para colocar em prática outro dom que,Ronaldo Cardoso: ‘‘Desejo que o meu adversá- segundo ele, recebeu antes mesmo derio seja tão bom quanto eu’’. ter nascido. “Na barriga da minha mãe eu já trançava algumas coisas”, brinca. A primeira escultura que Ro- naldo fez foi um aviãozinho de bam- bu, aos seis anos de idade. “Já dese- nhava, mas gostei mais da escultura, pelas três dimensões do objeto”, lem- bra. Desde então, Ronaldo não parou mais. Passou a aprimorar seu trabalho, buscando sempre o primor no acaba- mento. As peças são feitas em már- more, marfim, madeira, gesso e até mesmo sabonete, onde consegue es- culpir belos objetos, com detalhes mí-
últimodetalheA bela imagem na fotografia de Teka Machado, Analista de Negócios do CRER, evidencia um paradoxo:na vida, entre espinhos, existe beleza. [ Envie uma imagem de um detalhe do CRER para o e-mail [email protected] e participe desta seção]26 CRER EM REVISTA
Reservas: (62) 3278-8333 www.leilomaster.com.brBr-153, Trevo Sul - Goiânia-GO(Entrada para o Parque das Laranjeiras) CRER EM REVISTA 27
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