Chaminha JORNAL DO GRUPO CHAMA A personalidade de um cristão Escrito por Gonçalo Sousa Acender 2019 (Azenha, Gondomar) Um dia pediram-me para dar o meu testemunho sobre a importância da continuidade da caminhada na fé após o crisma. Quando me estava a apresentar ao grupo decidi, depois de dizer o meu nome e o que estudo, terminar a minha apresentação com a expressão “E sou Cristão”. Naquele contexto, estas palavras poderiam cair na redundância, no entanto fiz questão de marcar esse traço, uma vez que é algo que muitas vezes passa despercebido, que não é normal nos jovens e que também não está explícito na maneira como falamos ou nos vestimos. Porém, algo que deve definir um cristão é a irreverência, o lutar contra a maré, a energia para querer e conseguir fazer sempre mais e melhor pelo próximo. Para além da irreverência, outra faceta característica de um cristão é, na minha opinião, a sua entrega. Entrega esta que deriva da sua fé e são duas qualidades que possuem uma ligação direta entre elas: fé pode ser definida como “adesão absoluta do espírito àquilo que considera verdadeiro” e entrega como “dar-se inteiramente a”. Ora estas definições encaixam perfeitamente na personalidade de Jesus Cristo e, por conseguinte, na personalidade de qualquer cristão, porque a “adesão absoluta (ou inteira) do espírito” é aquilo que nos move. Hoje, somos o que somos, porque Ele nos indicou e guiou neste caminho e, sempre que Ele nos chamou e nos chama e nós ouvimos a Sua voz, nós seguimos. Algo fascinante na personalidade de um cristão é que mesmo seguindo cegamente, é um seguidor consciente, numa total confiança naquilo que Ele tem preparado para nós e não um fanatismo radical que nos cega completamente. Certamente, Jesus tinha muitos mais traços de personalidade que não estão presentes em todos os cristãos de hoje em dia. Todavia, os traços basilares que o marcaram por ser a pessoa tão especial que foi e que, na minha opinião, definem uma personalidade cristã exemplar, devem ser aqueles que todos devemos limar em nós mesmos. Desta maneira, todas as vezes que precisemos de nos apresentar a uma ou mais pessoas não teremos medo de afirmar “E sou Cristão(ã)”. 1
Chaminha JORNAL DO GRUPO CHAMA Chama elege Núcleo de Ação Escrito por Inês Sousa No passado dia 29 de setembro, último dia do Acender (retiro que inicia um novo ano catequético no Grupo Chama), foram realizadas eleições com vista a delegar um novo Núcleo de Ação para o grupo. Os chamistas votaram e o empossamento deu-se, nesse mesmo dia, por Mariana Luz, Sofia Moura e Inês Sousa. Deste modo, as chamistas assumiram-se como facilitadoras da continuidade do projeto até à data construído e por todos os chamistas iniciado, implementando um modelo de funcionamento que promovesse um espírito de responsabilização, de transparência e de escuta (e voz) ativa, no qual cada elemento é válido e importante para o presente e o futuro do grupo. Assim, o Núcleo de Ação crê no envolvimento de todos e acredita também que a voz de cada um é crucial para o Grupo Chama, um espaço de crescimento na fé, de desenvolvimento do espírito crítico e de busca constante sobre as ações dos jovens enquanto cristãos, e um espaço de reflexão, com a comunidade, dentro da mesma ou fora dela. Ser Luz (de Cristo) Escrito por Pedro Fonseca mais pessoas te querem seguir. Esse é o verdadeiro poder, o Poder Ser Cristão não é algo fácil. Não é simplesmente carregar os ideias da Luz. e toda a História que nos foi passada durante vários séculos, Muita gente pensa que os bens supérfluos são poder, mas pessoas nem simplesmente dizer que o sou, mas acrescentar uma vírgula que verdadeiramente conseguem influenciar e guiar outras são àquilo que podemos ser e fazer enquanto seguidores de Cristo. os génios, os filantropos, os criadores de Luz. E mesmo quando tu Cada um de nós tem a missão de dar um pouco de Cristo ao mundo morres, a tua Luz fica, fica o teu legado como ficou a Luz de Cristo. e não é tarefa fácil. É complicado porque não é uma tarefa normal, mais do que apresentar resultados, não é uma recompensa em concreto que procuramos, não tem um caminho genérico para se seguir. Tal como diz o Papa Francisco, “a Igreja sem testemunho é apenas fumo” e eu não poderia estar mais de acordo. Todos nós temos um pouco de Cristo e devemos ter o discernimento necessário para usufruir disso da melhor maneira, criando. Pois cada dia somos confrontados com situações completamente inéditas, decisões inesperadas e através de Cristo devemos guiar- nos de maneira a deixar a Sua marca sempre presente. O testemunho de Cristo não tem uma maneira específica de se apresentar, não tem um local adequado, faz parte do nosso modo de vida. Devemos ser Luz, representar tudo em que acreditamos e não ceder ao que é meramente superficial. Pois por vezes damos tudo e sentimos que não é nada, que não tem impacto, mas o que é um Cristão sem o seu testemunho? O que é um Cristão sem partilhar aquilo que tem de melhor na sua vida, sem criar aquilo que prega? O que é um Cristão sem a Luz? Sempre que tu és magnânimo, sempre que és inspirador, tu estás a produzir Luz. E as pessoas querem estar perto da Luz. Por isso quando produzes Luz tu atrais pessoas, E quanto mais altruísta, quanto mais inspirador tu fores, mais pessoas querem estar perto de ti, 2
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