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XI Encontro Científico - Doutorado

Published by Roberto Ferreira, 2020-08-27 16:10:55

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POSTER DOUTORADO

COSMESE MAMÁRIA E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES SUBMETIDAS À CIRURGIA ONCOPLÁSTICA Idam de Oliveira-Junior, Carlos Eduardo Paiva, Almir José Sarri, Fabíola Brandini da Silva, René Aloísio da Costa Vieira Hospital de Amor Barretos 88 RESULTADOS INTRODUÇÃO Foram avaliadas 300 pacientes, 228 (76,0%) submetidas ao TCM clássico e 72 (24,0%) à O tratamento conservador da mama (TCM) COM; destas, 37 (51,4%) receberam consagrou-se como procedimento simetrização contralateral. As pacientes oncologicamente seguro para o câncer de submetidas à COM eram mais jovens (p = mama. Entretanto, desfechos cosméticos do 0,004), possuíam maior escolaridade (p = TCM, muitas vezes, são insatisfatórios. Nesse 0,01), menor intervalo de tempo desde o final sentido, a cirurgia oncoplástica mamária do tratamento (p = 0,02), tumores com (COM), no intuito de garantir melhor cosmese, maiores dimensões (p = 0,003) e mais agregou ao tratamento oncológico, conceitos propensos a receber quimioterapia e técnicas da cirurgia plástica, aumentando neoadjuvante (p = 0,05). Com base nos também as indicações de conservação da questionários de QV, não foi observada mama. No entanto, a literatura é limitada diferença entre os grupos. Frente ao resultado quanto ao real impacto da COM na cosmético geral (figura 1 e figura 2), a manutenção da cosmese mamária e na correlação foi fraca entre pacientes e qualidade de vida (QV) das pacientes, o que observadores (BCCT.core e cirurgiões); as justifica o presente estudo. pacientes avaliaram como bom ou excelente em 78,8% dos casos, seguido dos MÉTODOS mastologistas (34%), BCCT.core e cirurgiões plásticos (30%). Na avaliação pela escala de Estudo transversal, prospectivo, que incluiu Fituosi, houve moderada correlação entre os aleatoriamente pacientes submetidas à TCM, dois grupos de cirurgiões; já pela escala de com ou sem COM, para câncer de mama. As Garbay, a correlação foi excelente. Na pacientes fizeram auto-avaliação do resultado avaliação cosmética, oncoplastia e cosmético das mamas pós-tratamento e simetrização não interferiram nos resultados. tiveram-nas fotografadas. Além disso, tiveram a QV avaliada através dos questionários CONCLUSÃO EORTC QLQ-30, EORTC QLQ-BR23 e BCTOS. As fotos foram analisadas pelo As pacientes tendem a avaliar-se melhor do que os BCCT.core e por seis cirurgiões da mama, cirurgiões da mama, os quais apresentaram divididos em dois grupos (mastologistas e correlação aceitável; entretanto, a cirurgia cirurgiões plásticos), através das escalas de oncoplástica não influenciou na cosmese e na Harvard, Garbay e Fituosi. Para a análise de qualidade de vida. concordância entre as variáveis categóricas, utilizou-se o teste Kappa e Weighted Kappa; entre as variáveis contínuas, o Índice de Correlação Interclasse e, para a avaliação da associação entre os resultados de COM e simetrização, o teste qui-quadrado. ÓTIMO BOM RAZOÁVEL RUIM Figura 1. concordância de avaliação, quanto ao resultado Figura 2. avaliação do resultado cosmético, por pacientes e cosmético, entre pacientes e observadores. observadores.

Diretivas Antecipadas de Vontade em Oncologia como um importante fator para redução de medidas agressivas em fim de vida: revisão sistemática MARCHI, Lillian Ponchio e Silva¹; NETO, Martins Fidelis dos Santos²; MORAES, Júlia de Pauli³; PAIVA, Carlos Eduardo4; PAIVA, Bianca Sakamoto Ribeiro5 ¹Advogada; Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Oncologia do Hospital de Câncer de Barretos. ² Doutorando no Programa de Pós Graduação em Oncologia do Hospital de Câncer de Barretos ³ Discente do curso de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos – Dr. Paulo Prata 4Médico Titular do Departamento de Oncologia Clínica do Hospital de Câncer de Barretos; Docente do Programa de Pós-Graduação Acadêmica em Oncologia do Hospital de Câncer de Barretos 5Pós doutora em Cuidados Paliativos; Docente do Programa de Pós Graduação em Oncologia do Hospital de Câncer de Barretos; Coordenadora do Grupo de Pesquisas em Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida INTRODUÇÃO RESULTADOS A participação dos pacientes nas decisões é  1.489 estudos: importante indicador de qualidade, mas não há consenso sobre a influência das diretivas  7 preencheram os critérios de inclusão antecipadas de vontade (DAV) como parte do planejamento antecipado de cuidados (PAC), na  Um estudo (14,3%) demonstrou o impacto das redução de medidas agressivas durante os cuidados DAV na diminuição da quimioterapia e/ou de final de vida de pacientes com câncer. terapia alvo recebida dentro de 14 a 30 dias antes da morte e, ao mesmo tempo, no OBJETIVOS encaminhamento para CP Revisão Sistemática: influência das DAV na  3 estudos (42,9%) demonstraram o impacto da diminuição de medidas agressivas nos cuidados em DAV nas reduções das mortes hospitalares. fim de vida de pacientes com câncer MÉTODOS CONCLUSÃO  Dos 7 artigos encontrados:  Publicados até março de 2018:  4 demonstraram que as DAVs incluídas no PAC tem potencial na redução de medidas agressivas no fim de vida de pacientes com câncer.  Palavras-chave:  Estudos adicionais são necessários para confirmar esta descoberta e explorar o uso dos ADVANCE LIVING TERMINAL tipos de documentos existentes no contexto do DIRECTIVES WILLS CARE PAC. PALLIATIVE HOSPICE NEOPLASMS REFERÊNCIAS CARE CARE  Barry MJ et al. Shared decision making--pinnacle of patient-centered care. N Engl J Med. 2012  Frerichs W et al. Shared Decision-Making in Oncology - A Qualitative Analysis of Healthcare Providers' Views on Current Practice. PLoS One. 2016  Prata, H M. Cuidados paliativos e direitos do paciente terminal. Barueri, SP. Manole. 2017

Identificação de variantes germinativas em pacientes com câncer de mama masculino e avaliação do seu impacto biológico e 97 terapêutico Ariane Stéfani Pereira1, Renata Barbosa Vahia de Abreu1, Marcela Nunes Rosa1, Cíntia Regina Niederauer Ramos1, Edilene Santos de Andrade1, Natália Campacci2, Rui Manuel Reis1, Viviane Aline Oliveira Silva1, Matias Eliseo Melendez1, Edenir Inêz Palmero 1. 1Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, 2Ambulatório de Oncogenética do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo INTRODUÇÃO O câncer de mama representa cerca de 1% entre todos os tipos de câncer em homens. Somado a isso, o baixo número de estudos relacionados a esse tipo tumoral, faz com que o conhecimento sobre os genes envolvidos em sua causalidade seja ainda escasso. Dessa forma, não encontramos programas de rastreio eficazes bem como sistema de prevenção para o câncer de mama masculino (CMM). É importante que possamos avançar neste sentido e fazer com que homens com câncer de mama se beneficiem não só das estratégias de rastreio e prevenção, mas também dos tratamentos disponíveis e sejam acompanhados de forma adequada ao seu risco de desenvolvimento de câncer. Portanto, esse trabalho tem o objetivo de identificar variantes germinativas patogênicas e determinar seu impacto biológico e terapêutico em pacientes com CMM. METODOLOGIA Sequenciamento do exoma de 30 homens com câncer de mama e negativos para variantes em BRCA2 ETAPA I Análises in silico e seleção de variantes consideradas patogênicas/provavelmente patogênicas presentes em genes Figura 2- Fluxograma de análise in silico para a seleção de variantes. que ainda não foram associados ao CMM (Escolha de 4 variantes para próxima etapa) Viabilidade celular Formação de colônias Proliferação celular Ciclo celular MTS (Contagem de EdU Iodeto de propídeo Edição gênica colônias) (Citometria de fluxo) (Knockout por CRISPR/Cas9 e inserção de variantes por (Espectrofotometria) (Espectrofotometria) (Espectrofotometria) ETAPA II mutagênese sítio dirigida) e Ensaios Funcionais Responsividade a fármacos (iPARP) para genes presente na Morte celular por Invasão celular Migração celular Reparo de danos ao via de reparo ao DNA por recombinação homóloga apoptose Ensaio de Matrigel Transwel DNA (Olaparibe, Niraparibe, Talazoparibe, Rucaparibe e Veliparibe) Anexina V e 7AAD Wound healing Recombinação (Citometria de fluxo) homóloga Figura 1 – Delineamento do estudo Figura 3 - Ensaios funcionais que podem ser realizados nas variantes de interesse de acordo com a via da qual ela faz parte RESULTADOS ESPERADOS E CONCLUSÃO Os sequenciamentos dos exomas já foram realizados e estamos finalizando as análises in silico das variantes encontradas. Como perspectivas futuras, esperamos elucidar o envolvimento de alguns genes na predisposição ao câncer de mama masculino, e o impacto biológico de 4 variantes (a serem selecionadas) consideradas patogênicas pelas predições in silico. Adicionalmente, espera-se avaliar a resposta aos iPARP em genes envolvidos no CMM que façam parte da via de reparo ao DNA por recombinação homóloga. Contato: [email protected]; [email protected]

IDENTIFICAÇÃO DE VARIANTES GERMINATIVAS PATOGÊNICAS ASSOCIADAS A PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA JOVEM E DETERMINAÇÃO DO SEU 103 PAPEL BIOLÓGICO E DO IMPACTO NO TRATAMENTO Cíntia Regina Niederauer Ramos1, Renata Barbosa Vahia de Abreu1, Marcela Nunes Rosa1, Ariane Stéfani Pereira1, Edilene Santos de Andrade1, Natalia Campacci2, Rui Manuel Reis1, Viviane Aline Oliveira Silva1, Matias Eliseo Melendez1, Edenir Inêz Palmero1 1Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, 2Ambulatório de Oncogenética do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo INTRODUÇÃO O câncer de mama hereditário responde por cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de mama. Existem diversos genes de alto e moderado risco já associados ao desenvolvimento do câncer de mama hereditário. No entanto, para uma parcela significativa desses casos, o fator causal permanece desconhecido. Dentre as características que distinguem os tumores hereditários destaca-se uma idade jovem ao diagnóstico. O presente estudo irá realizar uma ampla análise genômica (sequenciamento exômico completo - WES), para identificar alterações genéticas germinativas patogênicas ou possivelmente patogênicas associadas ao desenvolvimento do câncer de mama jovem (CMJ). Adicionalmente, para as variantes identificadas em genes de reparo por recombinação homóloga, será feita uma análise do impacto funcional dessas alterações, bem como sua resposta ao tratamento com inibidores de PARP (iPARP). MÉTODOS Genômica- etapa 1 Serão sequenciados 71 pacientes Funcional- etapa 2 com CMJ (≤31 anos), com ou sem história familiar e status Após a seleção das variantes potenciais alvos BRCA negativo e selecionados para o desenvolvimento do CMJ, serão até 4 alvos para a próxima etapa. realizados ensaios funcionais a fim de caracterizar sua atuação na carcinogênese e resposta ao tratamento com iPARP. Figura 1 – Delineamento do estudo Edição Gênica Ensaios celulares •CRISPR/Cas9 para os alvos •Viabilidade celular, proliferação, previamente selecionados ciclo celular, apoptose celular, na etapa 1. invasão celular e reparo de danos ao DNA dos alvos •Mutagênese sítio-dirigida selecionados. para avaliar as variantes selecionadas. •Tratamento com inibidores de PARP (niraparib, olaparib, rucaparib e talazoparib) e co- tratamentos com quimioterápico padrão, avaliação de resposta dos alvos selecionados através da viabilidade celular, ciclo celular, apoptose celular e reparo de danos ao DNA . Figura 3- Fluxograma ilustrando a metodologia utilizada para os Figura 2- Fluxograma ilustrando a metodologia utilizada para classificação das ensaios funcionais dos alvos selecionados no estudo. variantes. RESULTADOS ESPERADOS E CONCLUSÃO Esperamos desse modo, identificar e caracterizar novos genes envolvidos no CMJ, bem como ampliar o número de pacientes que poderiam se beneficiar da terapia com iPARP através da identificação de outros genes (além de BRCA1/2) envolvidos na letalidade sintética. Contato: [email protected]; [email protected]

Características imunofenotípicas da Leucemia Mielomonocítica Juvenil e sua relação com os subgrupos moleculares da doença Oliveira AF1,2, Tansini A1,2, Toledo TR1,2, Balceiro R1,2, Vidal DO2, Lee MLM2, Lorand-Metze I2,3, Lopes LF1,2 1-Hospital de Amor Barretos 2-Grupo Cooperativo Barsileiro de Síndomes mielodisplásicas em Pediatria 3- Hemocentro Hospital das Clínicas de Campinas – Unicamp INTRODUÇÃO 105 Tabela 1 – Características imunofenotípicas dos pacientes com LMMJ e grupo controle (mediana, percentis 10 e 90).  A Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ) é uma doença hematopoiética clonal rara que acomete principalmente lactentes. O SSC JMML Grupo controle P diagnóstico tem critérios bem definidos e é baseado em achados %CD34+/CD117+/CD13+ N=33 N=10 0.01 laboratoriais, de exame físico e moleculares. A imunofenotipagem por %CD34+/CD19+/CD10+ 5.66 (4.3-10.1) 0.04 citomeria de fluxo (ICF), ferramenta bem estabelecida em neoplasias 3.4 (1.13-6.86) 7.83 (7.43-8.51) 0.72 hematológicas, não tem sido empregada rotineiramente no diagnóstico %Linfócitos T 0.79 (0-5.04) 0.71 (0.55-1.2) 0.03 desses pacientes. %Linfócitos NK 3.0 (1.07-8.98) 0.83 (0.15-2.9) 0.62 %Linfócitos B 1.01 (0.44 - 2.14) 5.3 (3.6-16.8) NS  O objetivo deste estudo portanto foi caracterizar imunofenotipicamente 2.3 (0.61 – 9.4) 0.78 (0.3 - 1.42) os pacientes com LMMJ ao diagnóstico, a distribuição das subpopulações Monócitos 2.6 (0.1 - 18.2) 0.01 monocíticas e relacionar os achados com o perfil molecular já que tem %Monócitos Total 0.008 comportamentos distintos de doença. 11.5 (3.2 -25.6) 3.76 (3.15 - 5.16) <0.001 %Clássicos 6.25 (1.7 - 12.6) 2.63 (2.1 - 3.1) 0.001 MÉTODOS %Intermediário 0.76 (0.13 - 4.7) 0.04 %Não Clássico 0.13 (0.02 – 1.14) 0.12 (0.06 - 0.14) 0.007 %Promonócitos 2.24 (0.65 - 6.1) 0.02 (0.0 - 0.06) 0.011 %mono Classico/total 80.7 (46.6 - 98.1) 1.29 (0.34-2.12) 0.058 %intermediário/total 17.4 (1.4 – 40.4) 95.7 (93.6-96.3) %mono não-clássico/total 2.0 (0.24 – 13.5) 4.22 (2.7-4.5) 0.92 (0 - 2.0)  Foram incluídos 33 pacientes com diagnóstico de LMMJ pelo GCB-SMD- Perfil molecular x Imunofenotípico PED  Pacientes com mutação de PTPN11 e NF1 apresentaram as maiores  Foi realizada ICF utilizando-se 2 tubos de 8 cores, com marcadores que medianas de células CD34+/CD117+ (p 0,017), além de marcação aberrante permitem avaliação das populações celulares. de CD7. Dados resumidos na tabela 2.  Os resultados foram comparados a um grupo controle pediátrico com Tabela 2 – Características imunofenotípicas dos pacientes com LMMJ de acordo com perfil molecular (mediana, percentis 10 e 90). medula óssea normal Tubo1: CD7/CD45/CD34/CD56/CD38/CD117/CD19/CD10 PTPN11 NF1 NRAS KRAS Negative Tubo2: CD45/CD34/CD33/CD16/CD14/CD13/CD11b/HLA-DR N=12 N=6 N=4 N=4 P value RESULTADOS N=6 Ao diagnóstico dos pacientes com LMMJ foi observado (Tabela 1): %Granulócitos 64(28.6-72.2) 48.5(14.6-70.9) 71.95(58.7- 35.2(25.2-58) 38.9(22-62) 0.033 %CD34+/CD117+ 73.5) 4.1(2.8-12) 4.28(2.4-6.9) 1.8(1.5-2.7) 1.95(0.8-2.8) 3.65(0.9-13.5) 0.017 %CD34+/CD19+/CD10+ 0.95(0-5.7) 0.84(0-2.5) 1.04(0.3-2.2) 0.74(0.3-6.6) 0.53(0.1-4.4) NS  Aumento na % de células CD34+/CD117+, com mediana de 3,4%. %Linfócitos T 3.65(1-15.4) 3.89(0.9-8.5) 1.89(1.3-2.4) 3.9(0.9-19.7) 2.92(1.7-9.3) NS 0.78(0.43-1.68) 1.02(0.45-1.74) 1.07(0.21-1.91) 1.68(0.64-2.71) 1.1(0.49-2.2) NS  Redução de precursores linfoides B, redução de linfócitos T, com mediana %Linfócitos NK 8.7(2.35-13.28) 16.6(5.9-29.9) 9.6(6.63-13.17) 22(7.78-28.63) 13.2(2.9-17.32) 0.024 de 3,0% x 5,3% do grupo controle. %Monócitos Total 1.3 (0.36-3.69) 5.62 (1.78-16.9) 1.8 (1.32-2.87) 4.4(0.97-6.18) 2.4(0.59-3.61) NS 76.2(50.2-91.8) 94.7(83.0-98.26) 95(89.3-98.57) 71.1(48.3-94.1) 85.5(67.6-93.4) 0.017  Aumento de monócitos, com redução de monócitos clássicos(CD16-) e %Promonócitos %Monócitos 20.1(5.12-38.0) 3.8(1.23-9.0) 3.7(1.2-8.45) 26(5.68-46.65) 14.1(5.6-27.61) 0,004 aumento de monócitos intermediário e não clássico (CD16+). Clássicos/Total 3.6(0.90-12.79) 0.98(0.18-8.0) 1.32(0.23-2.24) 2.92(0.27-5.1) 1.06(0.27-6.85) 0.019 %Monócitos  Alterações de maturação, complexidade interna e expressão anormal de Intermediários/Total antígenos foi observada em pacientes com LMMJ. >50% tinham expressão %Monócitos Não Clássicos/Total aberrante de CD7 em precursores mielóides. CONCLUSÃO  Pacientes com LMMJ tem um perfil imunofenotípico semelhante à síndrome mielodisplásica, compatível com suas características de síndromes mielodisplásica e mieloproliferativa.  Apesar de características clínicas e laboratoriais semelhantes à Leucemia Mielomonocítica Crônica, doença de adultos, o perfil das subpopulações de monócitos na medula óssea de pacientes com LMMJ se mostrou distinto.  Assim como o comportamento clínico e o prognóstico são diferentes nos pacientes com LMMJ de acordo com a mutação molecular encontrada, também foi possível encontrar perfis imunofenotípicos distintos, como quantidade de precursores mielóides, marcação aberrante e perfil de monócitos.  A ICF se mostrou ferramenta factível na rotina diagnóstica da LMMJ, podendo auxiliar inclusive no diagnóstico diferencial com outras causas de monocitose.

Comparison between different methods to DNA extraction from buffy coat samples 106 Neuber AC 1.2; Evangelista AF 2 ;Duval V 1,3; Marques MMC 1.2 1 Biobank, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil 2 Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil 3 Pathology Department, Barretos Cancer Hospital, Barretos, São Paulo, Brazil. BACKGROUND AND AIMS:The Biobank Barretos Cancer Hospital (BB-BCH) has over than 240,000 frozen samples collected from patients with several cancer types. Buffy coat is a biospecimen most collected and used by researchers. DNA quality can be affected depending the methody used to DNA extraction from BC. The aim of this study was to compare three different methods to DNA extraction from BC samples and evaluate the best protocol to obtain with high yield and purity. MATERIAL AND METHODS: RESULTS: 2,348 buffy coats colected and stored in -80◦C Manual QIAamp® DNA Mini Kit Automated QIAsymphony® extraction Blood_200 protocol Blood_400 customized protocol DNA purity was measure by DNA yield was measure by Qubit®. NanoDrop™ CONCLUSIONS: Automated extraction seems to the best strategy to obtain DNA from BC with high yield and purity, but sometimes is necessary to customize standard protocols according to improve the process of each biobank. (*) Author’s contact PhD Student: Ana Caroline Neuber [email protected]

Preferência do local de morte expresso em vida pelos pacientes com câncer e a concordância com seus cuidadores familiares: resultados preliminares Talita Caroline de Oliveira Valentino1,2, Carlos Eduardo Paiva1,2,3, Marco Antônio de Oliveira1,4, Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva1,2 PROCESSO No - 2018/08728-7 1Grupo de Pesquisas em Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida (GPQual) – Hospital de Amor, Barretos, São Paulo 2Programa de Pós-graduação em Oncologia (Stricto Sensu) - Hospital de Amor, Barretos, São Paulo 109 3Departamento de Oncologia Clínica – Divisão Mama & Ginecologia. Unidade de Cuidados Paliativos - Hospital de Amor, Barretos, São Paulo 4Núcleo de Apoio ao Pesquisador - Hospital de Amor, Barretos, São Paulo INTRODUÇÃO PACIENTE COM CÂNCER Identificar e compreender os fatores que levam os pacientes a Paciente Paciente escolherem o local de preferência de morte e o real local de ocorrência é Quimioterapia Paliativa Cuidado Paliativo essencial para planejar o cuidado de qualidade a estes pacientes e aos seus Cuidador cuidadores familiares (CFAM). Familiar Cuidador Familiar OBJETIVO •Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Clínica •Questionário de Preferência do Local de Óbito Avaliar a preferência do local de morte de pacientes com câncer e identificar a concordância desta preferência com seus CFAM. •Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) •Pergunta de avaliação da carga emocional Figura 1-Etapa transversal: entrevista presencial com os pacientes e CFAM. MÉTODOS RESULTADOS PRELIMINARES §Desenho do Estudo: Multicêntrico de coorte, longitudinal prospectivo. Um total de 273 participantes brasileiros foram incluídos (n=137 pacientes; n=136 CFAM), ambos avaliados no momento da inclusão e §Local do Estudo: Hospital de Amor e MD Anderson Cancer Center. quanto as preferências do local de morte para a situação 1. §População do Estudo: Pacientes com câncer avançado em tratamento Entre os pacientes, 24 (18%), 22 (16%), 91 (66%) gostariam de morrer no sistêmico paliativo e/ou cuidado paliativo exclusivo, expectativa de vida ≥ 3 hospital internado, Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) e domicílio meses e ≤ 12 meses, performance status ≤ 3 e seus respectivos CFAM. A respectivamente, diante de uma piora importante de sua saúde. Para os amostra será composta por 374 pacientes e 374 CFAM brasileiros e norte- CFAM, 46 (34%), 29 (21%), 61 (45%) disseram preferir que seu ente querido americanos . morresse no hospital internado, UCP e domicílio. A concordância entre paciente e CFAM quanto a preferência do local de morte, não foi §Coleta de Dados: As preferências do local de morte está sendo investigada identificado estatisticamente (k=0,107; p=0,067). no momento da inclusão (Etapa Transversal) e a cada 3 meses (Etapa Longitudinal) até completar 12 meses em 4 situações específicas, abaixo Tabela 1 – Concordância entre o local de preferência de morte expresso em ilustrado: vida pelo paciente, e o real local de ocorrência da morte. Brasil (n=56). § 1 Preferência do local de morte no contexto geral diante de uma piora Local de ocorrência da morte muito importante da saúde Local de Hospital Unidade Casa Concordância Kappa p preferência de internado de CPs % § 2 Preferência do local de morte diante de uma piora muito importante da morte (n) 35 0,014 0,036 Hospital internado (n) (n) 1 saúde e presença de muitos sintomas desconfortáveis e graves 54 Unidade CPs 1 91 Casa 11 18 6 § 3 Preferência do local de morte diante de uma piora muito importante da CONCLUSÃO saúde e recebimento de visitas domiciliares sempre que necessário Em geral, não se observou uma concordância na preferência do local de § 4 Preferência do local de morte diante de uma piora muito importante da morte entre paciente e CFAM. Pacientes preferem morrer em casa mais frequentemente, contrariando a preferência dos CFAM. O real local de saúde, recebimento visitas domiciliares sempre que necessário e ocorrência do óbito é divergente da preferência expressa em vida pelos presença de muitos sintomas desconfortáveis e graves pacientes. REFERÊNCIAS Marcucci FC, Cabrera MA. Death in hospital and at home: population and health policy influences in Londrina, State of Parana, Brazil (1996-2010). Cien Saude Colet. 2015;20(3):833-40. Higginson IJ, Sen-Gupta GJ. Place of care in advanced cancer: a qualitative systematic literature review of patient preferences. J Palliat Med. 2000;3(3):287-300.

Inibidores do checkpoint imunológico: desfecho clínico e biomarcadores para predição de resposta em pacientes com melanoma Bruna Pereira Sorroche¹, Lidia Maria Rebolho Batista Arantes¹, Vinicius de Lima Vazquez² ¹ Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil ² Departamento de Cirurgia de Melanoma, Sarcoma e Tumores Mesenquimais, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos-SP, Brasil 114 INTRODUÇÃO MÉTODOS O melanoma representa cerca de 6% dos tumores de pele e, apesar da baixa incidência relativa, Pacientes com melanoma apresenta substancial risco de metastatização e avançado tratados com ICI óbito. Tumores iniciais são de bom prognóstico e tratados de forma simples. Já o tratamento da Prospectivo Retrospectivo doença avançada requer cirurgias complexas, 48 casos 48 casos radioterapia, e diversas abordagens terapêuticas sistêmicas. Crescentes avanços no tratamento de Tecido tumoral Sangue Tecido tumoral melanomas irressecáveis e/ou metastáticos foram periférico (FFPE) alcançados com a aprovação de anticorpos monoclonais inibidores de checkpoints imunológicos Linfócitos Células RNA (ICI), que estimulam a atividade imunológica celular infiltrantes mononucleares antitumoral adquirida. Entretanto, esta terapia é de alto custo, não é isenta de efeitos adversos e é Imunofenotipagem Expressão gênica pouco efetiva em uma significativa parcela dos (citometria de fluxo) PanCancer IO360 pacientes. Panel (NanoString) OBJETIVO Associação com resposta terapêutica e sobrevida O objetivo deste estudo é investigar marcadores moleculares capazes de prever a resposta Figura 1. Fluxograma de execução do estudo. terapêutica ou sua falha, no uso de ICI em portadores de melanoma avançado. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se que a caracterização do sistema imune MÉTODOS dos pacientes tratados com ICI no HCB permita o desenvolvimento de melhores estratégias para a Estudo observacional translacional com coleta identificação dos pacientes que se beneficiarão ou ambispectiva de amostras e dados. não do tratamento. CONCLUSÃO O uso de imunoterapia baseada em ICI representa uma nova era no tratamento do melanoma. As abordagens futuras devem visar limitar toxicidade e maximizar o efeito clínico, a fim de trazer mais benefícios para esses pacientes.

Aprimoramento do Nomograma Prognóstico de Barretos (NPB): Novos modelos prognósticos para pacientes ambulatoriais com câncer avançado 123 Daniel D’Almeida Preto;¹ Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva;¹ David Hui;² Eduardo Bruera² e Carlos Eduardo Paiva¹ 1. Hospital de Câncer de Barretos, Barretos-SP. Brasil 2. MD Anderson Cancer Center, Houston-TX. EUA INTRODUÇÃO Modelos finais por regressão de Cox (análise multivariada) O Nomograma Prognóstico de Barretos (NPB) é uma ferramenta prognóstica Versão Completa: ‘metástase’ discriminada por sítios com variáveis laboratoriais composta por 5 variáveis: sexo, metástase, leucócitos, KPS e albumina sérica. Embora acurado, apresenta limitações: superficialidade da variável Variável HR (95% CI) P valor 'metástase' (dicotômica) e a funcionalidade avaliada pelo KPS (menos rotineira na prática oncológica). Sexo masculino 2,13 (1,50 – 3,03) 2,4e-05 Versão original do Nomograma Prognóstico de Barretos (NPB) Doença locorregional 1,50 (1,05 – 2,16) 0,0279 Paiva CE et al. Cancer Med. 2018 Metástase hepática 1,39 (0,93 – 2,09) 0,108 OBJETIVOS Metástase óssea 1,91 (1,30 – 2,82) 0,00098 Aprimorar o NPB, refinando a variável ‘metástase’ e avaliando a funcionalidade Metástase para SNC 3,05 (1,64 – 5,68) 0,000431 pelo ECOG-PS; como também desenvolver uma versão constituída apenas por variáveis clínicas. Metástase peritoneal 2,14 (1,23 – 3,71) 0,00716 MATERIAIS E MÉTODOS Metástase para adrenal, baço, rim 1,96 (1,06 – 3,62) 0,0318 Trata-se da reanálise das duas coortes (amostra de desenvolvimento, n=221 e Metástase para músculo, subcutâneo 2,26 (1,40 – 3,65) 0,000825 validação, n=276) de pacientes com câncer avançado em cuidados paliativos, que embasaram a criação do NPB. A variável 'metástase' foi revisada (testando ECOG 1 1,86 (0,95 – 3,66) 0,0703 combinações volume-sítio) e ‘KPS’ foi substituído pelo ‘ECOG-PS’. Dentre 35 variáveis potencialmente prognósticas, 14 (p<0,2) foram selecionadas para ECOG 2 3,44 (1,71 – 6,92) 0,000532 análise multivariada por regressão de Cox. Propriedades de calibração e discriminação dos modelos atualizados foram avaliadas na amostra de ECOG 3 8,10 (3,54 – 18,5) 7,01e-07 validação. Contagem de leucócitos 1,04 (0,99 – 1,09) 0,108 RESULTADOS Albumina sérica 0,36 (0,26 – 0,49) 1,34e-10 O modelo ‘vVeerrssããoocCoommppleletata’ compõem-se por 6 parâmetros: sexo, presença de doença locorregional, locais de metástase (fígado; osso; SNC; peritônio; Versão Clínica: ‘metástase’ discriminada por sítios sem variáveis laboratoriais adrenal e/ou baço e/ou rim; músculo e/ou subcutâneo), ECOG-PS, contagem de leucócitos e concentração sérica de albumina. Apresentou c-index de Variável HR (95% CI) P valor 0,78 e valores da área sob a curva (AUC) da curva ROC 0,79, 0,74 e 0,73 nos 30, 90 e 180 dias, respectivamente. O modelo ‘vVeerrssããoo cClílnínicicaa’ compõem-se Sexo masculino 1,72 (1,25 – 2,35) 0,000792 por 5 parâmetros: comparado com a ‘versão completa’, houve inclusão da Doença locorregional 1,78 (1,29 – 2,46) 0,000414 variável 'tratamento antineoplásico' e exclusão de 'contagem de glóbulos 2,35 (1,65 – 3,35) 2,29e-06 brancos' e 'concentração sérica de albumina'. Apresentou c-index de 0,74 e Metástase hepática 1,59 (1,14 – 2,21) valores de AUC 0,77, 0,74 e 0,71 nos 30, 90 e 180 dias, respectivamente. Metástase óssea 0,0063 Ambas as versões mostraram bons resultados de calibração (teste de Hosmer- Lemeshow). Metástase para SNC 2,26 (1,26 – 4,04) 0,00626 Metástase peritoneal 2,61 (1,59 – 4,27) 0,000136 Metástase para adrenal, baço, rim 2,21 (1,26 – 3,86) 0,00558 Metástase para músculo, subcutâneo 2,52 (1,62 – 3,93) 4,14e-05 Tratamento antineoplásico 1,51 (1,13 – 2,02) 0,00534 ECOG 1 1,46 (0,805 – 2,65) 0,213 ECOG 2 3,02 (1,62 – 5,61) 0,000482 ECOG 3 1,21e-06 6 (2,91 – 12,4) VALIDAÇÃO Resultados de calibração e discriminação Características Global 30 dias 90 dias 180 dias Versão Área sob a curva ROC 0,800 0,795 0,742 0,732 Completa AIC 1417,820 1417,820 1417,820 1417,820 K-S (D) 0,474 0,551 0,405 0,420 K-S (p-valor) <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,778 0,778 0,778 0,778 C-index 0,208 0,208 0,208 0,208 Hosmer-Lemeshow (p-valor) Versão Área sob a curva ROC 0,860 0,776 0,739 0,708 Clínica AIC 1733,668 1733,668 1733,668 1733,668 K-S (D) 0,596 0,478 0,394 0,349 K-S (p-valor) <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,739 0,739 0,739 0,739 C-index 0,274 0,274 0,274 0,274 Hosmer-Lemeshow (p-valor) Sobrevida Global (validação), de acordo com os novos modelos prognósticos Versão Completa Versão Clínica Sobrevida acumulada (%) Sobrevida acumulada (%) >p75 <p25 >p75 <p25 p25-75 p25-75 Tempo (meses) Tempo (meses) CONCLUSÃO Os novos modelos prognósticos são ferramentas prognósticas refinadas com propriedades adequadas de calibração e discriminação. Podem ser utilizados para auxiliar na estimativa da sobrevida de pacientes ambulatoriais com câncer avançado, inclusive sem informações laboratoriais. @DD_Preto ● @CEPaiva [email protected][email protected]

Impacto da revisão patológica especializada nos desfechos oncológicos em pacientes com câncer de endométrio de risco baixo e intermediário Diocésio A.P. Andradea, Vinicius D. Silvab, Graziela M. Matsushitab, Marcos A. Limac, Jesus P. Carvalhod, Letícia B. Sandree, Rui M. Reisf, Ricardo dos Reise. aInORP ONCOCLÍNICAS Group (Oncology Institute of Ribeirão Preto). bDepartment of Pathology, Barretos Cancer Hospital. cEpidemiology and Biostatistics, Barretos Cancer Hospital. dDepartment of Gynecologic Oncology – Instituto do Cancer Estado São Paulo (ICESP). eDepartment of Gynecologic Oncology, Barretos Cancer Hospital. fMolecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital. 126 INTRODUÇÃO A discrepância entre o resultado histopatológico dado por um patologista generalista em comparação com a de um profissional especialista é frequente em oncologia. A especialidade onde esta discrepância se mostra mais significativa é a oncoginecologia. Quatro variáveis histopatológicas influenciam a estratificação de risco do câncer de endométrio: tipo histológico; grau histológico; invasão miometrial; invasão linfovascular. Este estudo teve como objetivo avaliar se a mudança na estratificação de risco das pacientes com câncer de endométrio de risco baixo e intermediário impactou a sobrevida livre de doença (SLD) das mesmas. MÉTODOS Um estudo de coorte retrospectivo de pacientes com diagnóstico de câncer endometrial de risco baixo e intermediário em uma única instituição entre 2009 e 2014 foi conduzido. Os laudos anatomopatológicos foram revisados por dois patologistas especialistas em oncoginecologia avaliando quatro variáveis (tipo histológico; grau histológico; invasão miometrial; invasão linfovascular). Com esta revisão feita pelos especialistas determinamos a nova estratificação de risco das pacientes de acordo com a ESMO (European Society of Medical Oncology). A sobrevida livre de doença foi calculada para todas as pacientes. A nova estratificação de risco das pacientes foi correlacionada com suas SLD. RESULTADOS Os dados de 180 pacientes foram avaliados após um acompanhamento médio de 6,38 anos. Os laudos anátomo-patológicos dos especialistas alterou o resultado do tipo histológico, do grau histológico, da invasão miometrial e da invasão linfovascular em 13,3%, 62,8%, 18,3% e 11,1% dos casos, respectivamente. O teste estatístico Kappa foi inferior a 0,7 para todas as variáveis, demonstrando uma grande discordância entre os observadores. Em 54 pacientes (30%) houve uma mudança na sua estratificação de risco ( = 0,396), sendo que em 30 (55,5%) destas houve uma piora da sua estratificação. Não houve diferença na SLD das pacientes que apresentaram um “upstaging” na estratificação de risco baseda na Classificação da ESMO modificada em comparação com aquelas que mantiveram sua estratificação de risco inicial (86,7% vs. 88,0%; p = 0,77). Tabela 1. Distribuição do tipo histológico, grau histológico, estadiamento, invasão linfovascular Figura 1. Curva de SLD das pacientes com “upstaging” em comparação com as que e estratificação de risco. mantiveram sua estratificação de risco inicial após revisão anátomo-patológica. Variável Diagnóstico inicial Revisão Concordância N% N% N% Tipo histológico Endometrióide 172 95.5 158 87.8 153/172 88.9 Endometrióide com 8 4.5 15 8.3 3/8 37.5 diferenciação escamosa Seroso 00 7 3.9 - - Total -- -- 156/180 86.7 Grau histológico Grau 1 110 61.1 17 9.4 15/110 13.6 Grau 2 66 36.7 142 78.9 49/66 74.2 Grau 3 4 2.2 21 11.7 75 Total -- ¾ 37.2 Invasão Miometrial -- 67/180 Menos que 50% 131 72.8 Mais que 50% 49 27.2 158 87.8 128/131 97.7 Total -- 22 12.2 19/49 38.8 ILV -- 81.7 Sim 160 88.9 147/180 Não 20 11.1 154 85.6 Total -- 26 14.4 147/160 91.9 Estratificação de Risco -- 13/20 65.0 Baixo 118 65.6 88.9 Intermediário 39 21.7 129 71.7 160/180 Intermediário Alto 23 12.7 11 6.1 Alto 00 29 16.1 105/118 89.0 Total -- 11 6.1 10/39 25.6 -- 11/23 47.8 - - 126/180 70.0 CONCLUSÃO O grau histológico apresentou a maior discrepância entre as quatro variáveis histopatológicas avaliadas. Apesar das diferenças demonstradas na reanálise dos laudos feitos por dois patologistas especialistas em oncoginecologia e de 30% das pacientes terem sua estratificação de risco modificada, não houve diferença na sobrevida livre de doença destas pacientes.

CARACTERÍSTICAS DAS PUBLICAÇÕES SOBRE BARREIRAS EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICO: ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA 129 Martins F S Neto1, Crislaine Lima2, Milene G Marques3, Jéssica P Araújo2, Bianca S R Paiva4 1 Doutorando em Oncologia - Barretos Cancer Hospital 2 Mestrando em Oncologia - Barretos Cancer Hospital 3 Assistente Administrativo Biblioteca Científica – Barretos Cancer Hospital 4 Professora Doutora do Departamento de Pós-Graduação - Barretos Cancer Hospital INTRODUÇÃO MATERIAS E MÉTODOS Os Cuidados Paliativos (CP) é uma modalidade de tratamento que ainda Trata-se de uma revisão sistematizada apresenta barreiras para a sua efetivação com análise bibliométrica que contou que pode ser por parte de pacientes, com a eleição dos descritores “Câncer”; cuidadores e até mesmo dos profissionais “CP”; “Barreiras”, submetidos à base de da saúde... Uma abordagem bibliométrica dados PubMed; Scopus; EMBASE; neste aporte temático poderá contribuir Cochrane e Web of Science. Optou-se para identificar as lacunas na literatura da por artigos cujo objetivo principal fosse área. a análise de uma ou mais barreiras em CP. OBJETIVO CONCLUSÃO Avaliar o número e as características Foi possível identificar quais as barreiras das publicações a respeito das barreiras em CP oncológico mais frequentes na em relação aos cuidados paliativos literatura e que perspectivas carecem de oncológico. pesquisas, intervenções e ações para a prática clínica. RESULTADOS 8.980 artigos -213 elegíveis 161 revistas 962 autores 699 barreiras 1978 a 2020.

REPRESENTAÇÃO ESPACIAL DOS DADOS SOBRE BARREIRAS EM CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS 131 Martins Fideles Santos Neto1, Adeylson Guimarães Ribeiro2, Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva3 1 Doutorando em Oncologia - Barretos Cancer Hospital 2 Pesquisador Doutor - Registro de Câncer de Base Populacional – Barretos Cancer Hospital 3 Professora Doutora do Departamento de Pós-Graduação - Barretos Cancer Hospital INTRODUÇÃO MATERIAS E MÉTODOS Quando o câncer atinge uma limitante Trata-se de uma busca na literatura em que o tratamento curativo deixa de pelos descritores “Câncer”; “CP”; ser uma abordagem efetiva, paciente e “Barreiras”; nas bases de dados Web of familiares devem ser assistidos pelos Science; EMBASE; PubMed; Scopus; Cuidados Paliativos (CP) cuja finalidade é Cochrane. Para a representação a atenção na qualidade de vida e alívio espacial, as classificações temáticas das do sofrimento. Exercer os CP tem sido BCP foram codificadas em 0 e 1, onde 0 um desafio frente a pluralidade de significa a ausência da informação e 1 limitantes que dificultam a efetivação sua presença, sendo estes valores destes cuidados; são barreiras que se atribuídos às 255 unidades de áreas no diferem nas diferentes localidades do mundo, submetidos ao software QGIS mundo e, ter clareza destes dados pode versão 3.4. favorecer o avanço científico da área. CONCLUSÃO OBJETIVO Identificou-se as BCP, considerando Identificar as Barreiras em CP (BCP) suas localidades de ocorrência, frente às localidades de sua ocorrência evidenciando as carências de com base na origem das publicações a publicações a um nível espacial, partir de uma revisão sistematizada da facilitando enxergar, avaliar o cenário literatura. e propor novas pesquisas. RESULTADOS A busca da literatura permitiu identificar 8.980 artigos e, após eleger os trabalhos cujo objetivo fosse uma reflexão sobre BCP, atingiu-se a resultante de 213 artigos. As localidades que publicaram BCP adulto são: Alasca, Canadá, Estados Unidos, Colômbia, Brasil, Argentina, Nigéria, Itália, França, Alemanha, Polônia, Reino Unido, Turquia, Irã, Índia, China, Austrália, Coréia do Sul e Japão.

PREVALÊNCIA, COMPORTAMENTOS E BARREIRAS ASSOCIADAS AO TABAGISMO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS (HCB) Raquel Descie Veraldi Leite¹; Vinicius de Lima Vazquez¹; Irene Tami-Maury² 1 Hospital de Câncer de Barretos, Barretos-SP, Brasil 2 MD Anderson Cancer Center, Houston- Texas, United States 134 BACKGROUND RESULTADOS • O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. A prevalência de tabagismo atual encontrada foi de 2,5%, No Brasil, cerca de 156 mil pessoas morrem anualmente por além de 19% de ex-fumantes, no entanto, 78,5% dos doenças relacionadas ao consumo de tabaco. profissionais nunca fumaram. (Figura 1) • Evidências mostram os benefícios que pacientes com câncer Apesar da maioria conseguir entender e orientar seus podem ter ao deixar de fumar, como uma melhora pacientes oncológicos sobre os riscos do tabaco (74,9%), mais da significativa na eficácia do tratamento, maior sobrevida, metade nunca discutiu estratégias de cessação em suas consultas redução de complicações e menores chances do (52,9%). (Figuras 2 e 3) aparecimento de novos tumores. 74,90% • O comportamento dos profissionais de saúde tem sido alvo de muitos estudos, demonstrando influência dos hábitos de 2,5% 80,00% fumar do profissional na cessação do tabagismo de seus 19% 70,00% pacientes. 60,00% 47,10% 50,00% 78,5% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Profissionais de saúde Profissionais de saúde que discutem estratégias Nunca fumaram Ex-fumantes Fumantes atuais que aconselham seus de cessação de Fig 1. Prevalência de tabagismo dos profissionais de pacientes com câncer a tabagismo com seus saúde do HCB pacientes com câncer parar de fumar Fig 2. Conduta dos profissionais de saúde que cuidam de pacientes com câncer em relação ao tabagismo Fonte: Google Images 32,50% OBJETIVOS 35% Estimar a prevalência de tabagismo entre profissionais de 30% 11% saúde do HCB, avaliar suas atitudes e comportamentos em relação ao uso de tabaco e descrever as principais barreiras na 25% 20,40% cessação do tabagismo entre pacientes com câncer, na opinião 18,10% dos profissionais de saúde. 20% MATERIAL E MÉTODOS 12,10% Um instrumento de coleta de dados on-line desenvolvido pelo MD Anderson Cancer Center foi divulgado a todos os 15% profissionais de saúde do HCB, e um total de 172 profissionais acessaram e responderam à pesquisa. O questionário era 6% composto por questões sobre hábitos relacionados ao tabagismo, atitudes profissionais relacionadas ao tabagismo por pacientes 10% com câncer e suas opiniões sobre barreiras que interferem na cessação do tabagismo de seus pacientes. 5% 0% Na maioria das Algumas Raramente Nunca Não se vezes vezes aplica Sempre Fig 3. Frequência com que os profissionais de saúde discutem estratégias de cessação de tabagismo com seus pacientes com câncer Explorando as principais barreiras que interferem na cessação do tabagismo no paciente com câncer, de acordo com os profissionais de saúde que os assistem, destacou-se a falta de treinamento dos profissionais de saúde e conhecimentos para fornecer apoio e tratamento adequado. Dados coletados Divulgação da Dados importados da CONCLUSÃO por um pesquisa no plataforma Qualtrics para o Hospital de software IBM SPSS Statistics Observamos a necessidade de programas de treinamento para instrumento Câncer de os profissionais de saúde sobre a cessação do tabagismo em online Barretos através 21 software pacientes com câncer, melhorando a qualidade e acessibilidade das de e-mail, evidências sobre intervenções eficazes, tornando essa intervenção desenvolvido banners e do Estatística descritiva uma prioridade e parte do tratamento contra o câncer. pelo MD site da REFERÊNCIAS Anderson Cancer instituição Center 1. ISLAMI F, MILLER KD, SIEGEL RL, et al. National and state estimates of lost earnings from cancer deaths in the United States. JAMA Oncol. Published online July 3, 2019. 2. GBD 2015 RISK FACTORS COLLABORATORS. Global, regional, and national comparative risk assessment of 79 behavioural, environmental and occupational, and metabolic risks or clusters of risks, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. Lancet; 388:1659-724. 2016. 3. WHO. Global Adult Tobacco Survey (GATS). 2nd ed. World Health Organization and Centers for Disease Control and Prevention. 2016. AGRADECIMENTOS: (*) Contato do autor Ms. Raquel Descie Veraldi Leite [email protected]

Avaliação da segurança, factibilidade e satisfação de pacientes submetidos à prostatectomia radical minimamente invasiva em relação ao tempo de internação hospitalar Daniele Natália Pacharone Bertolini Bidinotto, Roberto Dias Machado, Marina Assunção Valadares Milani, Lucas Tadeu Bidinotto, Marcos Tobias Machado, Eliney Ferreira Faria* 136 Hospital de Amor Barretos *[email protected] INTRODUÇÃO RESULTADOS O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais incidente Tabela 1 – Caracterização dos participantes do estudo de acordo com os grupos de alta. entre os homens. Para o tratamento cirúrgico, a prostatectomia radical é considerada padrão ouro no tratamento curativo desta doença e hoje em dia o tempo de internação médio varia entre 2 a 5 dias dependendo da via de acesso ou do pais ou instituição que realiza. As tentativas de redução deste tempo de permanência hospitalar são muito importantes porém desde que se mantenha a segurança, factibilidade e a satisfação dos pacientes. MÉTODOS Figura 1 – Fluxograma com linha do tempo para cada etapa de coleta de dados. Figura 2 – Média dos escores das subescalas do SATIS-BR considerando os grupos de alta. RESULTADOS CONCLUSÃO No geral não houve variações de segurança dos pacientes. Do estudo, 12 pacientes não A alta no mesmo dia mostrou-se segura, factível e os conseguiram deixar o hospital conforme a pacientes não demonstraram insatisfação quando randomização: 10 do grupo de alta no mesmo dia comparada aos grupos com alta em 24h e 48h. (sendo 7 por relato de insegurança e dor leve, 2 por hematúria e 1 por sangramento no dreno), 1 do grupo de alta em 24h e 1 do grupo de alta em 48h. Estes pacientes foram realocados (migrados) nos outros 3 subgrupos por conveniência da alta, denominados “migração” (m).

O PACIENTE ANTE A INCURABILIDADE DO CÂNCER: UM ESTUDO QUANTITATIVO- QUALITATIVO 140 • Bruna dos Santos Carmo – Hospital de Amor de Barretos, Barretos-SP • Daniel D’Almeida Preto – Hospital de Amor de Barretos, Barretos-SP • Maria Julia Kovacs – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo-SP. • Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva – Hospital de Amor de Barretos, Barretos-SP • Carlos Eduardo Paiva – Hospital de Amor de Barretos, Barretos-SP Introdução Material e Métodos I. O paciente com cancer incurável tende a expressar compreensão •Estudo: observacional longitudinal errônea sobre sua saúde, tratamento e prognóstico. •Coleta de dados: Departamento de Oncologia Clínica do Hospital de II. Isto associa-se ao estado psicológico do doente ou com a postura Câncer de Barretos. de comunicação do médico. •Amostra de pacientes: adultos, com tumor sólido maligno primário III. A compreensão errônea pode influenciar negativamente o na mama, ginecológico, urológico ou gastrointestinal; consultados em manejo dos sintomas e decisões de tratamento do doente, que função da identificação de progressão ou recidiva de doença. pode aceitar ou exigir terapêuticas agressivas ou tóxicas de poucos benefícios. •Serão incluídos médicos que consultaram os pacientes Objetivo •Instrumentos: instrumento de avaliação da comunicação medico- paciente, Mini-MAC (Mental adjustment to cancer scale), ESAS-Br (The Avaliar a associação entre a compreensão de incurabilidade, brazilian version of the Edmonton Symptom Assessment System) e DAS ocorrência de agressividade de tratamento e de discussões sobre (Death Anxiety Scale). desejos de final de vida de pacientes com câncer avançado. •Análise dos dados: A compreensão do paciente sobre sua saúde, tratamento e prognóstico será associada com: características demográficas e clínicas, ajustamento mental ao câncer, ansiedade perante a morte, percepção da comunicação médica, agressividade do tratamento e ocorrência de discussões sobre desejos de final de vida por meio de testes de associação. Hospital de Amor – Barretos-SP Resultados esperados Fonte imagem: https://www.cidadaonet.com.br A compreensão inacurada do paciente sobre sua saúde, tratamento e Referências prognóstico estará associada com medidas de agressividade de tratamento, menor ocorrência de discussões sobre desejos de final • Wenrich MD et al. Arch Intern Med. 2001; • Haes H, Koedoot N. Patient Educ Couns. 2003 Conclusão • Tang, et al. J Pain Symptom Manage. 2016. • Brighton LJ, Bristowe K. Postgrad Med J. 2016; Conhecer e aprimorar a comunicação médico-paciente irá impactar decisões de final de vida. .

In vitro and in vivo evaluation of the biological effect of semi-synthetic compound derived from Euphorbia tirucalli in esophageal and colorectal tumors 151 Ana Laura Vieira Alves1; Viviane Aline Oliveira Silva1; Rui Manuel Reis1,2,3 1 Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, Barretos, São Paulo, Brazil; 2 Life and Health Sciences Research Institute (ICVS), School of Health Sciences, University of Minho, Braga, Portugal; 3 ICVS/3B’s- PT Government Associate Laboratory, Braga/Guimarães, Portugal. BACKGROUND AIM Euphorbia tirucalli, popularly known as “aveloz” is used in folk Considering that esophageal and colorectal tumors occupy medicine. Our group has carried out a bioprospecting program the sixth and second position in terms of mortality in the world using the extract and compounds derived from this plant. with a low rate of global survival, the search for new targets Recently, three new semi-synthetic ingenol esters from and new therapies that help in the treatment and improve the Euphorbia have been described. Among the three derivatives, prognosis of these diseases has increased. Thus, this study our group reported the potential cytotoxicity effect of Ingenol C aims to characterize the biological effects of IngC in the (IngC) in a large panel of tumor cell lines, mainly in context of cytotoxic, genotoxic damage, and carcinogenic esophageal and colorectal tumor cell lines. potential. MATERIAL AND METHODS EXPECTED RESULTS We expected that the approaches used for IngC characterization and biological study will allow the development of a new antineoplastic drug originating in Brazilian biodiversity. Financial support:

Eficácia de um programa de psicoeducação grupal para redução de barreiras e estigmas de pacientes com câncer de mama em relação aos cuidados paliativos Fulvio Bergamo Trevizan1; Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva2. 1 Doutorando em Oncologia – Barretos Cancer Hospital. 156 2 Professora Doutora de Pós-Graduação – Barretos Cancer Hospital. INTRODUÇÃO Critérios de Inclusão Critérios de Exclusão Considerado uma abordagem de cuidado integral às doenças que ameaçam a •  Sexo Feminino; •  Tratamento medicamentoso para continuidade da vida, ainda são muitas as barreiras e estigmas relacionadas aos •  Idade ≥ 18 e ≤ 75 anos; transtornos mentais; cuidados paliativos, sendo associado à cuidados em fim de vida. •  Câncer de mama e conhecimento •  Déficit cognitivo, de atenção, OBJETIVOS da doença; linguagem e orientação; •  Tratamento quimioterápico Desenvolver um programa de psicoeducação em grupo para pacientes com •  Necessitar de atendimento ou câncer de mama em relação aos cuidados paliativos, bem como analisar a paliativo (Paclitaxel); estar com consulta agendade na eficácia para manejo de estratégias de enfrentamento e redução de barreiras e •  Que não preencham critérios de UCP***; estigmas frente ao encaminhamento das pacientes. indicação aos cuidados paliativos •  Apresentar comorbidades que MATERIAIS E MÉTODO de imediato, de acordo com possam dificultar a participação; PECP*; Ensaio clínico, não-randomizado, aberto, braço único, longitudinal, com •  Expectativa de vida ≥ 6 meses •  Indisponibilidade de visitas avaliação pré e pós intervenção, que será desenvolvido no Hospital de Amor de •  ECOG-PS** ≤ 2. semanais ao hospital. Barretos (Figura 1). A amostra será constituída de pacientes do sexo feminino, com diagnóstico de câncer avançado de mama em tratamento na instituição, Figura 2. Critérios de elegibilidade do estudo. *Protocolo de Encaminhamento para desde que preencham todos os critérios de elegibilidade (Figura 2). As Cuidados Paliativos do Hospital de Amor; **Eastern Cooperative Oncology Group participantes receberão 5 (cinco) sessões de 2 (duas) horas de intervenção em Performance Status; ***Unidade de Cuidados Paliativos. psicoeducação. Os instrumentos utilizados serão: Questionário sociodemográfico e clínico, Escala de Barreiras e Estigmas em relação aos RESULTADOS ESPERADOS Cuidados Paliativos (EBE-CP 22), Escala de Esperança de Hertz (EEH), Brief- COPE e Coping Religioso/Espiritual (CRE-breve), os quais serão aplicados no Espera-se que as participantes apresentem comportamentos mais adaptativos baseline, ao término do programa e no follow-up (entrada da paciente em CP). de enfrentamento, a redução de barreiras e estigmas que, muitas vezes, impedem a compreensão e elaboração de informações complexas e emocionalmente carregadas sobre o encaminhamento para os cuidados paliativos, bem como a redução de sintomas psicológicos, pensamentos disfuncionais, barreiras espirituais e melhor aceitação aos cuidados (Figura 3). CUIDADOS PALIATIVOS Desconhecimento Falta de informação Sintomas emocionais Sociais Espirituais Físicos BARREIRAS E ESTIGMAS PSICOEDUCAÇÃO - + Barreiras e estigmas Estratégias adaptativas Sintomas psicológicos Aceitação dos cuidados Pensamentos disfuncionais Qualidade de vida Barreiras espirituais Esperança Adesão aos cuidados Figura 1. Representação sistemática do método do estudo. HA.: Hospital de Amor de Figura 3. Fluxograma dos resultados esperados ao fim das intervenções de psicoeducação. Barretos; P.: presencial; C.: casa; CP.: Cuidados Paliativos. CONCLUSÃO As intervenções em psicoeducação grupal podem amenizar a persistência de estratégias mal-adaptativas, reduzir estigmas, medos e outras situações que atuam como barreiras na adesão das pacientes e na atuação da equipe. Além disso, poderá possibilitar o aprimoramento dos atendimentos aos pacientes, o aperfeiçoamento de técnicas de promoção de saúde, qualidade de vida e qualidade de morte, iniciando o tratamento em CP de maneira mais precoce, bem como na melhoria de condições globais de pacientes com câncer. Contato do pesquisador: [email protected]

Avaliação de biomarcadores em pacientes com Linfoma não Hodgkin expostos a agrotóxicos Luiza Flavia Veiga Francisco1, Isabela Maria Campanelli dos Santos1, Larissa Cristina Ferreira Silva2, Iara Zaparolli Gonçalves 3, Marcia Maria Chiquitelli Marques Silveira1, Henrique César Santejo Silveira1 1Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brazil 162 2Núcleo de Apoio ao Pesquisador, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brazil 3Departamento de Hematologia, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brazil INTRODUÇÃO RESULTADOS A atividade agrícola nos últimos anos se tornou uma Até o momento, foram incluídos 8 pacientes, sendo 2 com importante fonte de contaminação, com o crescente uso exposição a agrotóxicos. O tempo médio de exposição foi de dos agrotóxicos. Os resíduos destes produtos contaminam 5,5 anos e os pacientes ainda trabalham manipulando estes o ambiente e, com isso, apresentam risco direto ou indireto produtos. a saúde humana e ambiental. A exposição aguda e crônica Tabela 1. Características sóciodemográficas e clínicas de aos agrotóxicos está relacionada com diversos efeitos pacientes com Linfoma não Hodgkin. negativos à saúde humana, dentre eles, o aumento de Variáveis Porcentagem (N) risco de cânceres, como o Linfoma não-Hodgkin. Dante disso, a realização de estudos envolvendo pacientes com Idade no Média (anos) 52,7 este tipo de câncer que foram expostos anteriormente aos diagnóstico agrotóxicos, auxiliará na elucidação do papel da exposição 75% (6) ocupacional na doença. Gênero Masculino 25% (2) Feminino 87,5% (7) OBJETIVO 12.5% (1) Etnia Branco 37,5% (3) Este estudo tem como objetivos 1) determinar o perfil de Negro 12,5% (1) expressão de miRNAs em pacientes com Linfoma não- 12,5% (1) Hodgkin expostos e não expostos a agrotóxicos; 2) validar Ensino fundamental incompleto os miRNAs apontados como potenciais biomarcadores; e 3) 0 (0) avaliar o perfil de metilação do DNA nestes pacientes. Ensino fundamental completo 12,5% (1) 25% (2) MÉTODOS Escolaridade Ensino médio incompleto Ensino médio completo 0 (0) Ensino Superior incompleto 0 (0) 25% (2) Ensino Superior completo 62,5% (5) 12,5% (1) Região do Nordeste 87,5% (7) País Norte 0 (0) Centro – Oeste 12,5% (1) Sudeste 25% (2) Sul Status de Nunca Tabagismo Fumante Ex - Fumante Exposição a Sim Agrotóxicos Não 75% (6) Subtipo Mieloma Múltiplo 37,5% (3) Histológico Linfoma não Hodgkin 62,5% (5) PERSPECTIVA As análises moleculares e de correlação com os dados clínicos dos pacientes, permitirão a identificação de biomarcadores associados a exposição aos agrotóxicos e com papel no desenvolvimento de Linfoma não Hodgkin. Dessa forma auxiliando na elucidação do papel da exposição ocupacional na doença. Apoio financeiro: Contato do autor: [email protected]

Análise mutacional de lesões precursoras do câncer colorretal Wellington dos Santos1*, Mariana Bisarro dos Reis1, Jun Porto1, Marcus Matsushita2, Rui Manuel Reis1, Denise Peixoto Guimarães1*,3 1.Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular; 2. Departamento de Patologia; 3. Endoscopia 165 Introdução O câncer colorretal é o segundo em incidência entre Figura 1. Mutações somáticas encontradas nos genes sequenciados, distribuídos entre adenomas (a) e lesões homens e mulheres no Brasil. O desenvolvimento da serrilhadas (b). Somente mutações consideradas drivers são mostradas, excluindo mutações silenciosas, fora doença ocorre a partir de diferentes tipos de lesões de regiões codificantes e polimorfismos.PH: pólipo hiperplásico, LSS: lesão serrilhada séssil precursoras originadas na mucosa normal do trato intestinal. Alterações moleculares que levam ao desenvolvimento dessas lesões ainda são pouco conhecidas, e suas identificação pode possibilitar rastreamento da doença, diminuindo sua incidência e mortalidade. Objetivo Caracterização do perfil mutacional de genes relacionados ao câncer colorretal em diferentes lesões precursoras. Metodologia Número de mutações drivers Estudo retrospectivo observacional incluindo 90 lesões Adenoma Adenoma PH LSS precursoras de 87 pacientes submetidos à colonoscopia precoce avançado preventiva no Departamento de Prevenção do Hospital de Câncer de Barretos. DNA total foi extraído de lesões Figura 2. Diferença do número de mutações entre os diferentes tipos de lesões.PH: parafinadas (FFPE) e o perfil mutacional de 50 oncogenes e genes supressores tumorais foi analisado por meio de pólipo hiperplásico; LSS: lesão serrilhadas séssil. *p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001 sequenciamento de nova geração na plataforma Ion Torrent. Adicionalmente, a ancestralidade dos pacientes foi analisada. Resultados Mutações drivers foram identificadas em 66,7% das Figura 3. Proporção de ancestralidade entre os diferentes tipos de lesões. Ancestralidade europeia foi amostras, incluindo mutações no gene APC (32,2%), TP53 prevalente nos pacientes analisados, seguida pela africana, asiática e nativa americana. .PH: pólipo (20,0%), KRAS (18,9%) e BRAF (13,3%). ] Adenomas hiperplásico; LSS: lesão serrilhadas séssil. apresentaram maior número de mutações drivers quando comparados com lesões serrilhadas, bem como maior Conclusão frequência de mutações no gene APC. Adenomas avançados apresentaram maior frequência de mutações no Mutações drivers do câncer colorretal são detectadas em gene KRAS e GNAS, bem como maior número de diferentes frequências em lesões colorretais, com mutações, quando comparados com adenomas precoces. adenomas avançados e lesões serrilhadas sésseis Entre as lesões serrilhadas, pólipos hiperplásicos apresentando maior número de mutações drivers em apresentaram menor número de mutações drivers em relação á outros tipos de lesões. relação às lesões serrilhadas sésseis, bem como menor frequência de mutações no gene BRAF. Suporte Financeiro (*): Denise Peixoto Guimarães ([email protected]) / Wellington dos Santos ([email protected])

A importância da genotipagem do Papilomavirus Humano no rastreio de lesões precursoras do colo uterino: dados preliminares. Luani Rezende Godoy¹, Yasmin Medeiros Guimarães¹, Tauana Christina Dias¹, Nathalia Cristina Campanella¹, Ricardo dos Reis¹, Adhemar Longatto Filho¹ ¹Hospital de Amor Barretos 168 INTRODUÇÃO O câncer de colo de útero (CCU) é o terceiro mais incidente no Brasil. O país possui um padrão oportunístico de rastreamento, o que leva a um contingente de mulheres sub ou nunca rastreadas O fator etiológico do CCU é a infecção persistente pelo Papilomavírus humano (HPV). Os HPV são classificados de acordo com o risco oncogênico em tipos de alto e baixo risco (HR-HPV e LR-HPV, respectivamente) . Também sabe-se que as variantes dentro de um mesmo tipo podem influenciar na progressão tumoral. Recentemente tem surgido técnicas moleculares para rastreamento. O sequenciamento de nova geração (NGS) é interessante para genotipagem do vírus e através dele é possível realizar a detecção de variantes e de infecções múltiplas. Sendo assim, o objetivo deste projeto é realizar a genotipagem e avaliar a variabilidade genética dos genótipos de HR-HPV por meio de NGS para implementar, e possivelmente incrementar, o desenvolvimento de uma nova estratégia de rastreamento do CCU adaptada às mulheres de difícil acessibilidade aos recursos de Saúde, e que vivem em locais com poucas oportunidades de cuidados médicos. Este projeto faz parte de um projeto maior intitulado ELEVATE que é uma colaboração internacional (Brasil, Equador, Bélgica e Portugal) cujo principal objetivo é desenvolver um teste portátil, de auto-coleta, baixo custo e com alta seletividade para detecção molecular do HPV. MÉTODOS Recrutamento Cobas x COBAS Critério de inclusão Cobas z • Ter entre 30 e 65 anos de idade; Preparo das Extração de PCR em Resultados • Auto-relato de nunca ter sido rastreada ou não ser amostras e DNA e preparo tempo real rastreada para câncer do colo do útero há pelo menos 5 reagentes anos; da placa • Auto-identificação como membro de comunidades difíceis de alcançar: zona rural, analfabeta/baixa escolaridade e dificuldade de pagar contas. Critério de exclusão NGS • Gravidez; • Histerectomia Extração e Seleção Construção Preparação Corrida Análise quantificação dos alvos da do Ion Torrent S5 Genotipagem de DNA biblioteca template Análise filogenética 600 (60%) com lesões de alto grau: HSIL, ASC-H, AGC e Minikit Qiagen Ion Ampliseq Variantes câncer; Qubit Manual – 3 pools 200 (20%) com lesões de baixo grau: LSIL e ASC-US, AGC- 129 pares de primers NOS; customizados 200 (20%) com citologia normal Amplificar 99,93% dos genes E6 e E7 do HPV 1000x de cobertura RESULTADOS • Amostra 1x – retiramos 200µL de amostra e Concentração (ng/µL) seguimos protocolo. Eluimos as amostras em 200µL AMOSTRA Nanodrop Qubit de AE 003 1x • Amostra 5x - retiramos 1mL de amostra, 003 5x 2,8 <0,5ng/mL Extração e 003 10x quantificação centrifugamos (5000RPM) e seguimos com o 004 1x 3,4 <0,5ng/mL 004 5x de DNA protocolo (200 µL de amostra).. Eluimos as amostras 004 10x 5,3 0,882 017 1x em 200µL de AE 017 5x 2,9 <0,5ng/mL • Amostra 10x – retiramos 2mL de amostra, 017 10x Caski 5,2 0,126 centrifugamos (5000RPM 10min). Eluimos em 30 µL Hela 1 10x de AE; Hela 2 10x 7,3 0,446 Agradecimentos 6,5 <0,5ng/mL 2,8 <0,5ng/mL 6,2 0,4 CONCLUSÃO 245,7 110 É necessário seguir com a padronização da extração de DNA. Esperamos encontrar diferenças entre os tipos e variantes 1956,9 >600 presentes nas mulheres sub ou nunca rastreadas dos diferentes países. 205,5 114 Referências INCA. Estimativa de câncer no Brasil. 2020 Harden et al. Human papillomavirus molecular biology. Mutat Res Rev Mutat Res. 2017 Graham. The human papillomavirus replication cycle, and its links to cancer progression: a comprehensive review. Clin Sci. 2017 Mirabello, et al. HPV16 Sublineage Associations With Histology-Specific Cancer Risk Using HPV Whole-Genome Sequences in 3200 Women. J Natl Cancer Inst. 2016 Salazar et al. A review of the FDA-approved molecular testing platforms for human papillomavirus. J Am Soc Cytopathol. 2019 Gradissimo A, Burk RD. Molecular tests potentially improving HPV screening and genotyping for cervical cancer prevention. Expert Rev Mol Diagn. 2017

Análise da ancestralidade genética e associação com dados clínico-patológicos e de genotipagem de HPV em mulheres sub- rastreadas ou nunca rastreadas para o câncer cervical. 169 Yasmin Medeiros Guimarães¹, Luani Rezende Godoy¹, Tauana Christina Dias¹, Nathália Cristina Campanella¹, Ricardo dos Reis¹, Adhemar Longatto Filho1,2 1Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, São Paulo, Brasil; 2Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, Universidade do Minho, Braga, Portugal. INTRODUÇÃO E OBJETIVO O câncer cervical, embora uma das neoplasias mais preveníveis, ainda apresenta altas taxas de prevalência e mortalidade. O agente responsável por essa neoplasia é o HPV (Papilomavírus humano), com maior destaque para os tipos 16, 18 e outros 12 de alto risco. Esse vírus é capaz de infectar o epitélio do colo uterino e a infecção persistente pode induzir carcinogênese. Além dos tipos já descritos, existem variantes de cada tipo de HPV, definidas taxonomicamente e que podem ser divididas em quatro ramos filogenéticos: europeu, asiático, asiático-americano e africano. Estudos mostram a influência da ancestralidade da mulher infectada em relação a persistência da infecção e risco de desenvolvimento de câncer, bem como a oncogenicidade das diferentes variantes do HPV. No entanto, no Brasil o conhecimento sobre a influência da ancestralidade precisa ser aprofundado, pois trata-se de uma população altamente miscigenada, de modo que critérios de cor de pele e autodeclaração para estabelecer essas associações têm pouca confiabilidade. Assim sendo, este estudo visa caracterizar a ancestralidade genética de 250 mulheres sub ou nunca rastreadas para o câncer cervical e associar com dados clínico-patológicos, socioculturais, de genotipagem de HPV e de variantes do HPV. MÉTODOS Recrutamento Painel de referência: HGDP-CEPH Genótipos atribuídos automaticamente: GeneMapper v4.1(Applied Biosystems) N=250 Proporção de ancestralidade: Structure v2.3.3 • 150 com lesões de alto grau: HSIL, ASC-H, AGC e Cobas câncer; • 50 com lesões de baixo grau: LSIL e ASC-US, AGC-NOS; • 50 com citologia normal. Critérios de inclusão • Ter entre 30 e 65 anos de idade; • Auto-relato de nunca ter sido rastreada ou não ser rastreada para câncer do colo do útero há pelo menos 5 anos; • Auto-identificação como membro de comunidades difíceis de alcançar: zona rural, analfabeta/baixa escolaridade e dificuldade de pagar contas. Critérios de exclusão • Gravidez; • Histerectomia Ancestralidade Cobas X Cobas Z Extração de PCR real time Resultados DNA NGS PCR multiplex: 46 ancestry-informative markers (AIMs) entre Extração Seleção Construção Preparo Corrida Análise os polimorfismos de inserção e deleção (INDELs) mais de DNA de da do informativos para cada grupo populacional. alvos biblioteca template RESULTADOS ESPERADOS E PERSPECTIVAS As padronizações de extração de DNA para a aplicação das diferentes técnicas estão em andamento. Esperamos identificar o perfil de ancestralidade de mulheres brasileiras (pertencentes ao consórcio internacional ELEVATE) sub ou nunca rastreadas para o câncer cervical e relacionar esse perfil às variantes de HPV encontradas nessas pacientes, assim almejamos entender a influência da ancestralidade nas infecções por HPV e suas repercussões nessa população de maior risco. Agradecimentos Referências Contato: [email protected] Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin. 2018;68(6):394-424 Berman TA, Schiller JT. Human papillomavirus in cervical cancer and oropharyngeal cancer: One cause, two diseases. Cancer. 2017;123(12):2219-29. Castellsagué X. Natural history and epidemiology of HPV infection and cervical cancer. Gynecol Oncol. 2008;110(3 Suppl 2):S4-7. de Villiers EM, Fauquet C, Broker TR, Bernard HU, zur Hausen H. Classification of papillomaviruses. Virology. 2004;324(1):17-27. Ho L, Chan SY, Burk RD, Das BC, Fujinaga K, Icenogle JP, et al. The genetic drift of human papillomavirus type 16 is a means of reconstructing prehistoric viral spread and the movement of ancient human populations. J Virol. 1993;67(11):6413-23. Lopera EA, Baena A, Florez V, Montiel J, Duque C, Ramirez T, et al. 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CARCINOMA ESPINOCELULAR DE OROFARINGE E SUA RELAÇÃO COM O HPV: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E ANCESTRAL. Chrystiano de Campos Ferreira Ricardo Ribeiro Gama Ana Carolina de Carvalho Iara Santana Rui Reis Hospital de Amor Barretos INTRODUÇÃO RESULTADOS O câncer de orofaringe é um importante problema de saúde Indivíduos do sexo feminino apresentaram uma maior pública. Os principais fatores de risco são o tabagismo, etilismo e o probabilidade de serem positivos para p16 em relação aqueles do Papiloma vírus Humano (HPV). Um dos marcadores de infecção sexo masculino (p=0,01). Indivíduos mais jovens apresentaram pelo HPV é a presença da hiperexpressão da proteína p16 pela uma maior probabilidade de serem positivos para p16 em relação imunohistoquímica. Objetivo: Correlacionar a presença do HPV no aqueles de maior idade (p=0,005). Indivíduos com nível de carcinoma espinocelular (CEC) de orofaringe com as escolaridade elevado apresentaram uma maior probabilidade de características clínicas e epidemiológicos. serem positivos ao p16 em relação aqueles de menor nível de escolaridade (p=0,001). Indivíduos com TNM avançado MÉTODOS apresentaram uma maior probabilidade de serem negativos ao p16 em relação aqueles de estadio clínico inicial (p=0,001). Indivíduos Estudamos 252 pacientes com diagnóstico de (CEC) de orofaringe que nunca beberam apresentaram uma maior probabilidade de atendidos no Hospital de Amor no período 2014 a 2019. Utilizamos serem positivos ao p16 em relação aqueles ex etilistas ou etilistas um formulário sobre hábitos, realizado a pesquisa do p16 nos atuais (p=0,015). Indivíduos que nunca fumaram apresentaram blocos de parafina e a análise da ancestralidade genética. O uma maior probabilidade de serem positivos ao p16 em relação projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa aqueles ex tabagistas ou tabagistas atuais (p=0,001). Em relação a do Hospital de câncer de Barretos. ancestralidade obtivemos uma predominância de proporção de ancestralidade européia em ambos os grupos. (Figura 1) CONCLUSÃO Observamos que no nosso estudo os pacientes HPV (+) apresentaram maior probabilidade de serem do sexo feminino, mais Jovens, não etilistas, não tabagistas, e menor estadio clínico comparativamente aos HPV (-). Figura 1 - Representação gráfica da estimativa da ancestralidade do grupo p16 (+) apartir dos dados de genotipagem do painel de 46 marcadores. Cada barra vertical representa um indivíduo. A proporção de ancestralidade (porcentagem) está representada em cores: Vermelha – Africana; Verde - Europeia ; Azul – Asiática; Amarela – Ameríndia.

QUALITY OF THE CERVICAL CANCER SCREENING PROGRAM OF BRAZIL ACCORDING TO THE HUMAN DEVELOPMENT INDEX 179 R.F.A. Costa1,2*; A. Longatto-Filho3-6; F.L. Vazquez7; C. Pinheiro2,4; L.C. Zeferino8; J.H.T.G. Fregnani7,9 1Graduate Program on Oncology, Barretos Cancer Hospital, 2Barretos School of Health Sciences Dr. Paulo Prata – FACISB, 3Molecular Oncology Research Center. 4Laboratory of Medical Investigation (LIM 14), Faculty of Medicine, São Paulo University, FMUSP. 5Life and Health Sciences Research Institute, ICVS, School of Health Sciences, Minho University. 6ICVS/3B’s - PT Government Associate Laboratory. 7Research and Teaching Institute, Barretos Cancer Hospital. 8School of Medical Sciences, Women’s Hospital CAISM, Unicamp. 9A.C. Carmargo Cancer Center. INTRODUCTION Brazil is a very large country with regions with very distinct socioeconomic realities1, which may explain the different rates of cervical cancer incidence and mortality throughout the country2. The socioeconomic heterogeneity of Brazil may influence the quality of the cervical cancer screening program, while analysis of the program’s quality indicators in different socioeconomic contexts may contribute to adequately improve the screening’s policies. METHODS This is a time series study of the quality indicators of the cervical cancer screening program, according to different levels of MHDI, in the period from 2006 to 2014, in women 25-64 years. The indicators were determined based on information about the cytopathological exams, obtained from SISCOLO. The MHDI, an adaption of the Global HDI, was obtained from Atlas Human Development in Brazil1. The average annual percentage change (AAPC) of each indicator was calculated using Joinpoint Regression Program. Table 1. depicts the quality indicators, the calculation and the reference values for each indicator and Figure 1. and 2. AAPC values. Table 1. Formulas to calculate quality indicators and respective reference values. Indicators Calculation Reference Values Productivity rate (%) Pre-analytical % Unsatisfactory number of exams performed ×100 Not applicable number of women 1% (1) (Average of the % Transformation zone collected exams in Brazil in number of unsatisfactory exams ×100 number of exams performed 2010) number of transformation zone exams ×100 Not applicable number of satisfactory exams % Positivity Index number of abnormal exams ×100 3-10% (1) % ASC-US number of satisfactory exams % ASC-H number of ASC − US exams Not applicable % ASC number of satisfactory exams ×100 % LSIL Not applicable Analytical number of ASC − H exams ×100 % HSIL number of satisfactory exams < 4-5% (1) number of ASC exams ASC/Abnormal (%) number of satisfactory exams ×100 Not applicable ASC/SIL 0 5-1 0% (USA, 0.5%; number of LSIL exams ×100 Canada, 0.6%; UK, 1.1%; number of satisfactory exams Norway, 1.1%) number of HSIL exams ×100 <60% (1) number of satisfactory exams <3 (1) number of ASC exams ×100 numbenruomfbaebrnoofrAmSaCl eexxaammss number of SIL exams The informations of cytopathologic exams were from women aged 25 to 64 years old. Abbreviations: ASC, atypical squamous cells; ASC-H, atypical squamous cells cannot exclude high-grade squamous intraepithelial lesion; ASC-US, atypical squamous cells of undetermined significance; HSIL, high-grade squamous intraepithelial lesion; LSIL, low- grade squamous intraepithelial lesion; SIL, squamous intraepithelial lesion. (1) Reference values by Brazilian National Institute of Cancer (INCA) RESULTS Figure 1. Time series of the pre-analytical quality indicators according to different level of Figure 2. Time series of the analytical quality indicators according to different level of municipal human development index from 2006 to 2014. municipal human development index from 2006 to 2014. (A) Productivity rate; (B) % Unsatisfactory exams; (C) Transformation Zone (%). (A) Positivity index; (B) % ASC-US; (C) % ASC-H; (D) % ASC; (E) % LSIL; (F) % HSIL; (G) References: ASC/Abnormal (%) (H) ASC/SIL. ASC, atypical squamous cells; ASC-H, atypical squamous cells 1 BRASIL. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD). INSTITUTO DE cannot exclude high-grade squamous intraepithelial lesion; ASC-US, atypical squamous cells of PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP). Atlas do Desenvolvimento undetermined significance; HSIL, high-grade squamous intraepithelial lesion; LSIL, low-grade Humano no Brasil 2013. Brasilia: PNUD, 2013. squamous intraepithelial lesion; SIL, squamous intraepithelial lesion. 2BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativas 2018: CONCLUSÃO Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA 2018. In the low and medium MHDI groups, most quality indicators are below the recommended values by INCA and the Ministry of Health, with no improvement trend, while in the high MHDI group, although showing slightly better quality indicators, the majority of the indicators present stationary trends, having only increased the detection of ASC (ASC-US and ASC-H), as also observed in low and medium MHDI municipalities. The results suggest that MHDI should be considered in defining the policies of the screening program for cervical cancer in Brazil and that the current program requires adjustments to achieve efficiency.

ESTRATÉGIA DE RASTREAMENTO DO CÂNCER CERVICAL POR MEIO DE AUTO COLETA PARA MULHERES NÃO ADERENTES 183 Naitielle de Paula Pantano, Jose H Fregnani, Julio CP Resende, Luiz C Zeferino, Bruno de Oliveira Fonseca, Marcio Antoniazzi, Cristina M de Oliveira, Gisele da Rocha Sant’ana, Adhemar Longatto Filho. Hospital de Amor Barretos INTRODUÇÃO: O câncer do colo do útero é RESULTADOS: A casuística foi composta por considerado no Brasil um problema de 377 mulheres. Entre as participantes deste saúde pública devido à baixa adesão ao estudo, 16,9% (n=64) nunca haviam rastreamento. Para atingir um aumento na realizado o exame de Papanicolaou. Em adesão, é necessário o desenvolvimento de relação às amostras coletadas, 2,9% (n=11) estratégias alternativas e individualizadas, foram consideradas inválidas e 97,1% voltadas à população resistente. O (n=366) adequadas para testagem. Do total desenvolvimento de uma estratégia baseada das 366 amostras analisadas, 9,6% (n=35) em testes de auto coleta que identificam a apresentaram pelo menos um tipo de presença do vírus HPV (Papillomavirus infecção por HPV de alto risco. O medo humano) pode ser uma alternativa eficaz. mostrou ser o principal motivo de resistência à citologia. MÉTODOS: Estudo desenvolvido pelo Hospital de Câncer de Barretos em parceria Figura1. Fluxograma das atividades do estudo. Barretos com as secretarias municipais de saúde 2016-2019. pertencentes ao Distrito Regional de Saúde (DRS) V. Os agentes comunitários de saúde (ACS) convidaram e ofereceram o exame para mulheres com idade igual ou superior a 30 anos, que nunca realizaram o exame de Papanicolaou e para aquelas que não o faziam há pelo menos três anos. Além da oferta do exame, as participantes foram questionadas quanto à preferência do exame de auto coleta em relação à citologia convencional. Posteriormente, todas as participantes foram contatadas por telefone e questionadas sobre os motivos da não adesão ao rastreamento convencional. CONCLUSÃO: Estratégias individualizadas são necessárias para mulheres que não aceitam ou não conseguem realizar o exame convencional.

Doença Periodontal associada ao câncer de mama: Revisão sistemática e Metanálise William E Pirola1,2, Eliane Marçon Barroso1,3, Ricardo R Gama1, Martins F dos Santos Neto1, René Aloísio da Costa Vieira1,4 1 Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Oncologia, Hospital de Câncer de Barretos 2 Centro Universitário de Goiatuba - UniCerrado 3 Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB 185 4 Programa de Pós-graduação Strico Sensu em Ginecologia, Obstetricia e Mastologia – Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP INTRODUÇÃO As doenças periodontais (dp) Figura 1 – Fluxograma de síntese dos artigos utilizando a metodologia PRISMA caracterizam-se como uma ampla gama de condições inflamatórias, capazes de afetar as estruturas de proteção e suporte dental; podendo levar a perda dental, e contribuindo com inflamação sistêmica. Discute-se na literatura a relação entre a dp e o desenvolvimento do câncer. Apesar da escassez de artigos relacionados ao assunto, revisões sistemáticas tem apontado tal associação. Uma vez que o câncer de mama é o mais incidente entre mulheres em todo o mundo, quando excluímos os cânceres de pele não melanoma; mais da metade das mulheres diagnosticadas, não apresentam fatores de risco descritos na literatura. O objetivo do presente estudo é avaliar uma possível associação entre o câncer de mama e a dp como um de seus fatores de risco. MÉTODOS Trata-se de uma revisão sistemática da literatura associada a uma metanálise dos dados obtidos relacionados a associação entre a doença periodontal como fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Realizou-se uma busca abrangente na literatura em cinco bases de dados. RESULTADOS Figura 2 – Comparação do Odds ratio (OR) de doença periodontal em pacientes com câncer de mama Através da estratégia de busca, e exclusão de artigos duplicados, foram selecionados CONCLUSÃO 583 estudos. A Figura 1 apresenta o fluxograma dos artigos que foram avaliados, para realização da A metanálise evidenciou uma associação síntese dos artigos utilizou-se o PRISMA. de 2,48 vezes entre doença periodontal e câncer de mama. Devido ao fato da qualidade dos estudos ter Os dados sugeriram que a doença sido heterogênea, faz-se necessário mais estudos, periodontal apresenta aumento no risco do aprimorando-se a metodologia, visando quantificar desenvolvimento do câncer de mama, OR = 2,480, melhor este risco. IC95% CI = 2,333-2,636, tal associação positiva esteve presente em sete estudos (Figura2). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS William E Pirola -Kinane DF, Stathopoulou PG, Papapanou PN. Periodontal diseases. Nature reviews Disease primers. 2017;3:17038. [email protected] -Sahingur SE, Yeudall WA. Chemokine function in periodontal disease and oral cavity cancer. Frontiers in immunology. 2015;6:214. -Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, Group P. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Journal of clinical epidemiology. 2009;62(10):1006-12

Avaliação volumétrica do membro superior. Comparação de diferentes instrumentos, criação e validação de software para avaliação do linfedema secundário ao câncer de mama. Fabíola Cristina Brandini da Silva Tozzo Almir José Sarri, René Aloisio da Costa Vieira Hospital de Amor Barretos 186 Figura 1. Medida da circunferência Figura 1. Medida do raio para o para o cálculo do Frustrum cálculo do Frustrum elíptico. INTRODUÇÃO cilíndrico O linfedema do membro superior secundário ao tratamento do RESULTADOS PARCIAIS câncer de mama constitui uma sequela incapacitante, crônica e incurável, decorrente da insuficiência linfática. Sua incidência, em Um software está sendo desenvolvido para facilitar o cálculo da 12 meses, nas pacientes submetidas a linfadenectomia axilar é de volumetria indireta e foi comparado à volumetria para definições da 20%, sua prevalência varia de 6 a 49%, e incidência cumulativa em melhor fórmula a ser utilizada (VC ou VE) e os melhores pontos de 10 anos de 41,1%. Os principais fatores associados ao risco de corte para o diagnóstico de linfedema. linfedema secundário ao câncer de mama, constituem a própria linfadenectomia axilar, a radioterapia na cadeia de drenagem, Devido à uma ineficìência da fórmula do frustrum elíptico incluindo a fossa supra-clavicular, a mastectomia, a presença de calcular os volumes de membros com formato cilíndrico, ou seja, linfonodos comprometidos, o índice de massa corpórea (IMC), raios semelhantes, quando isso ocorreu foi calculado valores trauma e infecção no braço. Sabe-se da importância para que o exorbidantes. Para nossa análise foram excluídos esses 85 valores diagnóstico do linfedema secundário ao câncer de mama seja exprbitantes do VE10 e 30 valores do VE6. Uma correlação realizado o mais breve possível, visto que está diretamente excelente foi observada no VC10 e VC6. A média dos volumes relacionado ao sucesso do tratamento do linfedema, pois o diretos e indiretos e a correlação entre o volume direto e indireto linfedema traz impactos negativos na funcionalidade e qualidade pelos cálculos frustrum cilíndrico e elíptico foram apresentados na de vida dessas mulheres. tabela 1, Para mensuração do linfedema existem vários dispositivos. Para um valor de corte de 200ml na volumetria, o melhor valor Apesar da volumetria do membro superior ser considerada padrão da diferença entre o volume do membro de risco e o contralateral ouro na avaliação do linfedema, para sua realização pelo calculado pelo VC medidos em 6 pontos (VC6) corresponde a deslocamento de água é necessário aquisição ou desenvolvimento 108.79 ml, com sensibilidade de 88.9, especificidade de 87.3 e de equipamento. Para o método de volumetria indireta através de acurácia de 87.7; e no VC medidos em 10 pontos (VC10) fórmulas, é preciso realizar cálculos individuais ou através de corresponde a 96.9ml, com sensibilidade de 92.1, especificdade de planilha, no entanto, não é estabelecido a melhor fórmula para o 85.7 e acurácia de 87. cálculo do volume indireto e a volumetria do membro superior. Um software poderia facilitar o cálculo indireto do volume do membro e A correlação entre a volumetria do membro com e sem o volume sua diferença com o membro controlateral, assim como, facilitaria o da mão foi excelente(ICC=0.987). diagnóstico de mulheres com risco de linfedema que estão sendo acompanhadas em clínicas, onde os recursos para aquisição dos . outros dispositivos são mais escassos. Tabela 1. Média dos volumes diretos e indiretos e a correlação entre o volume A bioimpedância espectroscópica (BIS) é um dispositivo indicado direto e indireto pelos cálculos frustrum cilíndrico e elíptico (n=334). para avaliação do linfedema, principalmente o precoce. Após busca na literatura pudemos identificar que a BIS não foi realizada, até o Volume médio (DP) ICC Significado p momento, em pacientes brasileiras que realizaram tratamento para câncer de mama. Volumetria 2111.2 (±557) MÉTODOS direta Estudo transversal, com coleta prospectiva, que está sendo VC10 2069.6 (±547.8) 0.904 Excelente < 0.001 realizado em pacientes submetidas a tratamento cirúrgico de Excelente < 0.001 câncer de mama (mastectomia ou tratamento conservador). Estão VC6 2224.3 (±600.3) 0.857 Satisfatório < 0.001 sendo submetidas à avaliações de linfedema por meio de < 0.001 Bioimpedância espectroscópica (BIS), volumetria por VE10a 1745.6 (±691.1) 0.506 Pobre deslocamento de água do membro e da mão (padrão ouro), perimetria cilíndrica e radial que serão incluídas no software VE6b 1256.8 (±714.8) 0.196 (desenvolvido neste projeto) para estimativa do volume indireto do membro à partir das fórmulas já existentes do frustrum elíptico VC10= volume cilíndrico em 10 pontos; VC6= volume cilíndrico em 6 pontos (VE=(Lπ/3)(A2B-a2b)/(A-a)) e cilíndrico (VC=h(C12+C1C2+ VE10= volume elíptico em 10 pontos; VE6= volume cilíndrico em 10 pontos C22)/12π)). a Excluídos 85 valores exorbitantes da análise devido deficiência da fórmula b Excluídos 30 valores exorbitantes da análise devido deficiência da fórmula Este estudo é composto por duas fases: - Desenvolvimento do software: para volumetria indireta: 300 participantes - Análise da BIS na população brasileira, e validação do software: 162 participantes. CONCLUSÃO Até o presente momento foi realizado a primeira fase do estudo (Desenvolvimento do Software) e pudemos concluir que para a validação do software a melhor fórmula de cálculo indireto do volume do membro é o frustrum cilíndrico (VC), não é necessário excluir o volume da mão e as melhores notas de corte são 108,79 ml para o VC6 e 96,9ml para o VC10.

Randomized Clinical Trial of a new Anti–Cervical Stenosis Device after Conization by Loop Electrosurgical Excision Marcelo Andrade VIEIRA, MD1, Raphael ARAÚJO, PhD2, Carlos Eduardo ANDRADE, MD1, Ronaldo SCHMIDT, MD1, Agnaldo Lopes FILHO, PhD3, Ricardo dos REIS, PhD1 1 Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil. 2 Department of Digestive Surgery, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brazil. 3 Department of Obstetrics and Gynecology, Federal University of Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brazil. 191 INTRODUCTION RESULTS Infection with the human papillomavirus (HPV) virus is common among women. In most During phase II, in the first 30 days after surgery, the results of 221 patients from the 240 cases, after 6 to 12 months of infection, the immune system eliminates the virus. If the lesion randomized ones were analyzed, with 111 patients (50.2%) in the DUDA group and 110 (49.8%) in persists, women may develop cancer precursor lesions in the cervix and, if not treated, cervical the No DUDA group. A total of 19 patients were excluded from the surgical analysis (after conization cancer [1-4]. The term used for cervical precursor lesions or high-grade cervical intraepithelial surgery): 16 presented with invasive squamous cell carcinoma on final histology examination, and 3 neoplasia (CIN) is used to define lesions previously reported as moderate dysplasia (CIN II) and were lost to follow-up. For the 3-month analysis, 202 patients were evaluated, 199 patients at the 6- severe dysplasia/carcinoma in situ (CIN III) [5]. The natural history of CIN II indicates that 32% to month evaluation, and 192 patients at the 12-month evaluation (Figure 4). All primary and 43% of untreated lesions will regress without treatment, while 35% to 56% will persist and 14% to secondary outcomes were evaluated in all phase II patients. The demographic characteristics of 22% will progress to carcinoma in situ or invasive carcinoma [5-7]. When assessing CIN III lesions, phase II patients showed a homogeneous group (Table 1). studies show that within 30 years after infection, 31% of patients will develop cervical cancer [2]. When we group the premalignant lesions into CIN II and III, studies show that in 10 to 20 years, the Regarding the final histology examination, we observed 142 cases of CIN III (64.3%), 58 cases progression to cancer will occur in some cases if they are left Untreated [8]. Progression depends of cervicitis (26.2%), 20 cases of CIN II (9%), and 1 case of adenocarcinoma in situ (0.5%). We had on factors such as the health system, socioeconomic status, HPV status, smoking and awareness four pregnancies during follow-up, one in the DUDA group and three in the No DUDA group (p=0.36) of the importance of Pap smears [9]. (Table 1). The anesthesia for the procedure in phase II was chosen by the patient: local in 106 patients (48%) and sedation plus local in 115 patients (52%). All surgeries were performed by the Treatment of high-grade CIN (CIN II and III) is chosen according to the patient’s colposcopic principal investigator of the study. The median duration of surgery was 15 min (IQR=6) for the DUDA assessment. In cases of satisfactory colposcopy (visible squamocolumnar junction), both ablative group and 10 min (IQR=5) for the No DUDA group (p<0.001) (Table 1). and excisional methods are adequate, whereas in cases of nonvisible squamocolumnar junction, only excisional treatment is accepted [10, 11]. The complications inherent to conization include There were 7 cases of toxicity, 2 in the DUDA group (1.8%) and 5 in the No DUDA group vaginal bleeding, cervical stenosis, amenorrhea, dysmenorrhea and deep dyspareunia [12, 13]. (4.5%). In the DUDA group, we had two cases of grade 1 leukorrhea that were treated clinically Cervical stenosis is the most important complication due to the clinical repercussions, which may without antibiotics. No grade 3 or 4 toxicity was detected. In the No DUDA group, we had two cases range from menstrual cramps to hematometra, infertility, and the impossibility of early detection of of grade II pelvic pain that were clinically resolved, and three cases of grade 1 leukorrhea all resolved relapse and/or recurrence of the premalignant lesion due to the difficulty of follow-up [12, 14-17]. clinically without antibiotics. No grade 3 or 4 toxicity was detected. Although there was no Studies show rates of cervical stenosis ranging from 3 to 25% after laser conization and from 1.3 to statistically significant difference between the groups (p=0.52), the No DUDA group had a 2.5x 19% after LEEP [12, 14, 18-21]. In addition, the diagnosis can be made up to 28 months after higher complication rate than the DUDA group (Table 2). conization [14]. At present, there is no consensus standard procedure for the prevention and treatment of cervical stenosis after conization. The clinical studies evaluating anti–cervical stenosis During the evaluation at 30 postoperative days in phase II, three devices (2.7%) had loosened. measures have all been nonrandomized, and they have used temporary devices in an attempt to The first case loosed 19 days after surgery and was removed, and the other two were removed on avoid this type of complication [22, 23]. In addition, studies published to date have used several the 30th postoperative day because they were inside of the vagina, not attached to the cervix. The different types of devices without adequate standardization [17, 24, 25]. We propose the first stenosis was evaluated over time, and there was no statistically significant difference, ranging from 5 randomized, prospective clinical trial evaluating the role of a new endocervical device called DUDA to 8% and 4 to 9% in the groups with and without DUDA, respectively (Table 3). (Uterine Device to Dilate the Endocervical Canal) developed with characteristics proportional to the size of the cervical and endocervical canal to prevent cervical stenosis after LEEP in patients with When comparing the evolution at 3, 6, and 12 months in terms of cervical patency (stenosis high-grade squamous intraepithelial lesions (HSILs). after insertion of the hysterometer) and visualization of the squamocolumnar junction during colposcopy, we did not find a significant difference. The DUDA group exhibited 15% to 19% MATERIALS AND METHODS nonvisualization of the SCJ, whereas that rate ranged from 10 to 12% in the No DUDA group (Table 3). The study was conducted at the Barretos Cancer Hospital from August 2015 to June 2018. It was started after approval by the hospital and national ethics committees because it was on a new medical Variable Phase I Phase II Phase II device (CAAE 36018714.4.0000.5437). It is registered at ClinicalTrials.gov (NCT02500966). All patients N = 25 DUDA No DUDA underwent conization with (DUDA Group) or without placement of the DUDA device (No DUDA Group), in a N = 111 p-value prospective and randomized manner 1:1. The sample size calculation assumed a rate of cervical stenosis of N = 110 approximately 15% to 20% after LEEP, as described in the literature, and a reduction of this rate to 6% with the use of an endocervical device, according to the uncontrolled trial of Luesley et al. [22]. Considering this Age (years) 35.16 (22-68) 34 (21-64) 34 (23-63) NS difference in stenosis rates (15-20% vs. 6%), an alpha error of 5%, a beta error of 20% and a balanced NS allocation of 1:1, the sample estimate ranged from 104 to 203 in each group. All patients signed an informed Median (min-max) 8 (32) 19 (17) 27 (25) consent form before joining the study. Patients aged 18 to 65 years with a histopathological diagnosis of Cervical biopsy n (%) 11 (44) 58 (52) 54 (49) NS CIN2/3 in cervical biopsy and indication for LEEP were included, whereas women pregnant before LEEP, 6 (24) 34 (31) 29 (26) women with antecedent of LEEP, women who did not understand or did not agree to participate in the CIN II study, and women under conditions of high vulnerability (e.g., prisoners, indigenous, etc.) were excluded. CIN III HILs FLOW DIAGRAM Intraoperative complications n (%) Yes 0 0 0 No 25 (100) 111 (100) 110 (100) Duration of Surgery < 0.001 Median (minutes) 17 (10-30) 15 (6) 10 (5) (min-max) 6 (24) 1 (0.9) 3 (2.7) 0.36 p-value Median (minutes) 0.52 (IQR) Pregnancy N (%) Table 1 - Demographic characteristics - phases I and II Variable Phase I Phase II Phase II DUDA No DUDA TOXICITY N(%) N(%) Pain grade II N(%) Leucorrhea 1 (4) 0 None 0 2 (1.8) 2 (1.8) 109 (98.2) 3 (2.7) 24 (96) 105 (95.5) Table 2 - Evaluation of the toxicity of the antistenosis device. Variable DUDA NO DUDA p-value* RESULTS Cervical stenosis N (%) N (%) 0.5 3 months (N=202) 4 (4) 6 (5.8) 0.4 A total of 265 patients were randomly allocated. All samples underwent LEEP conization. Patients in 6 months (N=199) 5 (5.1) 9 (9.1) 0.5 phase I had a median age of 34 years old (22-68), had on average 2 children (0-6), were mostly white (60%) 12 months (N=192) 7 (7.3) 4 (4.3) and crossbred (32%), and mostly had HSIL (52%) in the initial Pap smear and cervical biopsy with CIN III (44%). Table 3 - Cervical patency - cervical stenosis (%) The average duration of placement of the device was 17.7 min (10 – 30, SD=6.02 min). All devices CONCLUSION were removed within 30 days after the procedure. All patients underwent general and intravenous anesthesia (Table 1). This randomized clinical trial that evaluated the role of a new device to prevent cervical stenosis after LEEP conization demonstrated the absence of severe adverse effects that would preclude placement of the device. There The toxicity during phase I was observed in only one patient (4%) with pain grade > 7, who required was no statistically significant difference between the use or non-use of the anti-stenosis device to prevent cervical intravenous analgesia on the 23rd postoperative day. It was resolved with a single dose of intravenous stenosis. Studies with more patients and with standardization of the type of conization to be performed are necessary analgesia without the need to remove the device. No other cases of toxicity were observed (Table 2). Three to draw more solid conclusions. The use of DUDA opens up the space for a discussion of cervical stenosis related to devices were removed before the expected date during Phase I (3/25=12%). There were two loose devices the type of conization performed and the use of anti-stenosis devices to help lower the stenosis rate. at 15 days of follow-up that were removed on the 15th postoperative day, one due to a fever, which was resolved with antipyretic alone within 48 hours, and the other after gynecologic examination. Another device was loose at the 30th postoperative day and was removed.

Reprogramação metabólica em melanoma e resistência ao vemurafenibe Marina Dias1, Murilo Bonatelli1, Erica Aparecida de Oliveira2, Silvya Stuchi Maria-Engler2, Vinicius de Lima Vazquez1,3, Céline Pinheiro1,4 1Centro de Oncologia Molecular, Hospital de Amor, Barretos, São Paulo, Brasil; 2Departamento de Análise Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, USP, São Paulo, Brasil; 3Departamento de Cirurgia, Melanoma/Sarcoma, Hospital de Amor, Barretos, São Paulo, Brasil; 4Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata - FACISB, Barretos, São Paulo, Brasil. 192 INTRODUÇÃO RESULTADOS ➢ O melanoma é um dos cânceres mais agressivos, responsável por cerca de 80- 85% de todas as mortes relacionadas ao câncer de pele. ➢ Mutação B-RAFV600E: oncogene envolvido na tumorigênese do melanoma; ➢ B-RAF: envolvido na proliferação e sobrevivência celular (via RAS-RAF) ➢ Selvagem: dependente de fator de crescimento para ter atividade ➢ Mutado: independente de fator de Figura 1: Imagens da expressão das proteínas relacionadas ao metabolismo glicolítico crescimento, promovendo excessiva proliferação e sobrevivência celular. e da glutamina por imuno-histoquímica. Amostras de tecido parafinado de melanoma ➢ Vemurafenibe: inibidor seletivo de B-RAFV600E; humano pré e pós tratamento com vemurafenibe. Fotomicrografias representativas de Figura 2: Representação gráfica da expressão de mRNAs em amostras ➢ Interrompe a proliferação e sobrevivência pontuações de intensidade e coloração. Ampliação 400x. tumorais de 8 pacientes diagnosticados com melanoma, antes e após o celular, inibindo a ativação de MEK-ERK por início do tratamento com vemurafenibe. Os genes incluídos foram os que apresentaram p-valor ≤ 0,05. Teste de Wilcoxon. . GLUT1 HKII PDK1 LDHA CAIX MCT1 MCT4 ASCT2 GLS GLUD1/2 Metabolismo Glicolítico, Produção de Lactato Metabolismo Glutamina fosforilação A375 ➢ Limitação: desenvolvimento de resistência ao A375 PLX R vemurafenibe por meio de vários mecanismos. SK-MEL-19 GLUT1 ASCT 2 HKII ➢ Microambiente tumoral: reprogramação SK-MEL-19 Av PDK1 Aβ-actin PLX R GLS metabólica no melanoma devido a estímulos SK-MEL-28 LDHA GLUD1/2 oncogênicos. CAIX β-actin SK-MEL-28 MCT1 PLX R ➢ Células B-RAFV600E são energeticamente WM 164 MCT4 dependentes do efeito Warburg (maior β-actin WM 164 PLX R dependência na glicólise para obtenção de energia Figura 3: Imagens representativas da expressão de diferentes proteínas relacionadas Figura 4: A expressão de proteínas relacionadas ao metabolismo glicolítico (GLUT1, e intermediários para crescimento e proliferação). ao metabolismo glicolítico e da glutamina por imuno-citoquímica. Ampliação 400x. HKII, PDK1, LDHA, CAIX), metabolismo da glutamina (ASCT2, GLUD1/2, GLS) e PLX R - Resistentes ao vemurafenibe. transportadores de monocarboxilatos (MCT1 e MCT4), foram determinadas por MÉTODOS Western blotting. A proteína β-actina foi utilizada como controle interno. PLX R - Resistentes ao vemurafenibe. A B ➢ 9 amostras de melanoma humano, (pré- e pós- tratamento com vemurafenibe (PLX4032)); ➢ Imuno-histoquímica (GLUT1, HKII, PDK1, LDHA, CAIX, MCT1, MCT4, ASCT2, GLS e GLUD1/2) ➢ Expressão gênica por NanoString - nCounter® Vantage 3D™ RNA Cancer Metabolism Panel. ➢ 4 Linhagens celulares resistentes ao vemurafenibe (e linhagens parentais correspondentes: A375, SK- MEL-19, SK-MEL-28 e WM164); ➢ Imuno-citoquímica e Western blotting (GLUT1, Figura 5: Consumo de glicose (A) e produção de lactato (B) em 8 linhagens celulares de melanoma, parentais e resistentes ao vemurafenibe (PLX R) ao longo do tempo (24 e 48 horas). Os valores são expressos como a média e o erro padrão de três experimentos independentes em triplicata. Teste T não-pareado. * p-valor = HKII, PDK1, LDHA, CAIX, MCT1, MCT4, ASCT2, 0,0298; ** p-valor = 0,0013; *** p-valor <0,0001 GLS e GLUD1/2) ➢ Quantificação de Glicose e Lactato. ➢ SK-MEL-19 and SK-MEL-19 PLX R; ➢ Quantificação de Glutamina ➢ Expressão gênica por NanoString - nCounter® Vantage 3D™ RNA Cancer Metabolism Panel. CONCLUSÃO Melanomas resistentes ao vemurafenibe apresentam Figura 7: Consumo de glutamina da linhagem de melanoma SK-MEL-19, parental e resistente ao vemurafenibe (PLX R) ao longo do tempo (24 e 48 horas). Os alterações metabólicas, abrindo uma janela para valores estão expressos pela média e erro padrão de três experimentos independentes em triplicata. Teste T não-pareado. superar a resistência, por uso combinado de Figura 6: Heatmaps representando a expressão de mRNAs da linhagem SK- JP Processo nº: 2015/25351-6 vemurafenibe e inibidores do metabolismo. MEL-19 resistente ao vemurafenibe (PLX R) em comparação com linhagem Processso nº: 2017/12620-4 parental. Dados extraídos e normalizados pelo programa Galaxy. p-valor < 0,0001. Os dados brutos foram normalizados usando os genes housekeeping.


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