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Inventário Pedagógico segunda versão

Published by engenheir0, 2021-04-07 16:15:22

Description: Inventário Pedagógico segunda versão

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Ficha Técnica Universidade Universidade Federal da Paraíba Pró-Reitoria De Pós-Graduação E Pesquisa Programas Programa Institucional De Bolsas De Iniciação Científica (PIBIC/CNPQ/UFPB) Programa Institucional De Voluntários De Iniciação Científica (PIVIC) Memórias Catalográficas Grupo de Pesquisa História do Brejo Paraibano Coordenadora Vivian Galdino de Andrade Bolsista Thaís de Cássia Cavalcanti Ramos Voluntária Aline Ferreira da Silva

Ilustrações da Capa Imagem 1- Igreja Matriz Imagem 2- Santuário Padre Ibiapina Imagem 3- Grêmio Morenense Imagem 4- Planta da Praça 26 de Novembro

Solânea é uma cidade muito jovem, localizada no brejo paraibano, foi emancipada em 1953, mas antes disso viveu diversos cenários, já foi chã, distrito e vila quando ainda fazia parte do território bananeirense, sempre foi destacada pelo seu crescimento na região, com isso ainda no ano de 1926 a chã de Moreno foi transformada em Distrito de Paz pela Lei nº6 637, de 4 de dezembro, passando a ser conhecida apenas como Moreno. O Distrito continuava a crescer vivendo intensas evoluções sociais e culturais, por essa razão foi elevada à categoria de vila através do Decreto Lei nº1.164, de 15 de novembro de 1938. A Vila de Moreno passou a ser chamada de Solânea, ganhando a sua independência social, administrativa e econômica pelo Decreto Lei nº967, de 26 de novembro de 1953. Com suas transformações carrega consigo lugares de memória, os quais estão apresentados no quadro abaixo: Clubes 1. Grêmio Morenense, 1924; Jornais 2. Clube das Mães Nossa Senhora de Fátima; Associações 3. Clube Samaritana, 1981; 4. BNB Clube, 1982; 1. Correio de Moreno 1º edição 1927; 2. Correio de Moreno 2º edição 1984; 3. Jornal da Paróquia de Santo Antônio, 1979; 4. Correio da Borborema; 1. Associação São Vicente de Paula (Abrigo Menino Jesus, também conhecida como Casa do Vicentinos); 2. Associação Solanense de Assistência Social; 3. Associação de Moradores de Solânea; 4. Associação dos Produtores Rurais Assentados na Fazenda Mariana, 2014; 5. ATUS- Associação Turística e Artesanal de Solânea, 2017; 6. ASUS- Associação Universitária de Solânea; 7. Associação Cultural e Recreativa Solanense; 8. USE- União Secundária Estudantil, 1960; 9. Associação Rural de Solânea- 1954 Cooperativa 1. Cooperativa Mista de Solânea, 1954; Bibliotecas 1. Biblioteca Municipal Clóvis Salgado, 1924; Lugares de memória/ 2. Dr. Sinésio Guimarães, 1952; Museus 3. Biblioteca Álvaro de Carvalho; 4. Biblioteca Pública Municipal Padre José Fidelis; 5. Biblioteca Pública Municipal Poeta Cícero Imperiano da Silva (Biblioteca da Câmara); 1. Casarão Manoel Moreira (informalmente posto como existente desde o início da criação da cidade, possuindo mais de 60 anos); 2. Parque dos Animais 4

Praças 1. Praça 26 de Novembro, 1960; 2. Calçadão da Rua 13 de Maio, 1985; Cinema e Centros 3. Praça Janúncio Pessoa de Lima, 2013; Culturais 4. Pracinha da Correio da Serra; Mercados Públicos 1. Cinema do Grêmio Morenense (1949-1953); Centros Religiosos 2. Cine Solânea (fins dos anos de 1950 e início dos 70); 3. Cine Moderno; Estádio 4. Cine Santo Antônio; Ginásio 5. Cine Santa Rosa; Espaços de Refeição e 6. Cine Municipal (1972 até início dos 1990) - posteriormente surge Lazer Rodoviária como uma tentativa de reativar o antigo cinema; Pontos Turísticos de 7. Cine Dino Maranhão (1980); Solânea 8. Cineteatro Jacob Soares Pereira (2016); 9. Centro Cultural Jacob Soares Pereira (2017); Rádios 1. Primeiro Mercado - fins do século XIX; Fábrica 2. Mercado localizado onde hoje é o Banco de Brasil, datado de 1950; 3. Mercado Público Municipal (Atual) desde 1984; 1. Santuário de Santa Fé, 1866; 2. Igreja Matriz Santo Antônio, 1944; 3. Primeira Igreja Batista de Solânea, 1959; 4. Loja Maçônica José Pessoa da Costa, 1969; 5. Igreja de Santa Tereza; 6. Assembleia de Deus; 7. Igreja Universal; 1. Estádio Tancredo de Carvalho, 1950; 1. Ginásio de Esporte e Área de Lazer Municipal, 1980; 2. Ginásio de Esporte Adauto Silva, 2011; 1. Bob´s Lanches, 1980; 2. Boate Levitagem; 3. Bar do Palmeiras; 1. Estação Rodoviário Municipal, 1970. Atualmente chamada de “Terminal Rodoviário Anísio Rodrigues da Costa”; 1. Pedra da Pintura; 2. Mata do Cano / Bica do Cano ou Bica da Mata; 3. Pedra do Vento; 4. Gruta de Santa Tereza 5. Trilhas do Padre Ibiapina 1. Estação da rádio integração do brejo 2. Rádio Sucurus de Solânea 3. Rádio Cultura de Solânea 4. Rádio Difusora de Solânea 5. Rádio comunitária Solânea FM 6. Rádio Correio da Serra FM 1. Fábrica de doce de seu José Carlos 2. Fábrica de charutos de Dr Celso Cirne 3. Fábrica de Sisal 1. Colégio Comercial Arlindo Ramalho 1985 2. Colégio Comercial Pedro Augusto de Almeida 1956 5

ESCOLAS 3. Creche Casulo Adélia Araújo de Melo Reforma em 1984 4. Escola Modelo e Jardim de Infância Lobinho Reforma em 1984 5. Escolinha “Canteiro do Vem-vem” 1979 6. Escolinha GEN 1979 7. Grupo Escolar Açude Velho recuperado em 1985 8. Grupo Escolar de Cinco Lagoas 1985 9. Grupo Escolar de Juazeirinho 1985 10. Grupo Escolar do Sitio Barrocas 1985 11. Grupo Escolar Ernestina Pinto 1973 12. Grupo Escolar Fazenda Velha Recuperado em 1985 13. Grupo Escolar Jaguaré 1985 14. Grupo Escolar Lagoa de Tanque 1985 15. Grupo Escolar Lagoinha dos Bragas 1985 16. Grupo Escolar Manuel Teodósio Franco 1986 17. Grupo Escolar Mariana 1985 18. Grupo Escolar Pedra D’água Recuperado em 1985 19. Grupo Escolar Ramada de Baixo Recuperado em 1985 20. Grupo Escolar Serra Branca Recuperado em 1985 21. Unidade Escolar de 1º grau Arlindo Poscidonio Pereira – Sitio Pedrinha D’água 1984 22. Unidade Escolar de 1º grau Manoel Teodósio da Costa- Sítio Gruta de Sta. Tereza 1984 23. Unidade Escolar de 1º grau Dr. Francisco de Gouveia Nobrega- Sitio Gruta de Sta. Tereza 1984 24. Unidade Escolar de 1º grau Sabino Macena da Silva 1984 6

Memórias Histórica: Foi a partir da coleta de dados que produzimos uma ‘memória catalográfica’ para alguns dos espaços acima apontados. Apesar de muita pesquisa, infelizmente a falta de informações ou até mesmo informações ‘vagas’, não nos permitiu coletar dados e criar uma memória histórica sobre todos os lugares listados. 1. CENTROS RELIGIOSOS 1.1 Matriz Santo Antônio Localização: Rua Celso Cirne F1: Fachada da Igreja Matriz Santo Antônio, 2017 Fonte: Domínio Público1 Enquanto Vila de Moreno, a cidade possuiu uma pequena Capela, construída pela iniciativa do Padre José Pinto. Essa Capela era simples, possuindo quatro paredes bem altas no centro da Vila, tendo sua frente virada em direção a Bananeiras. Com a chegada de Frei Damião 1Disponível em: https://instagram.com/encantosdobrejo?igshid=1atju7e4zqhcz. Acesso em: 26 fevereiro de 2021 7

na cidade em 1930, e também por sua estrutura ser pequena, sentiu-se a necessidade de ampliar o espaço. Na primeira visita que Frei Damião fez a Moreno, a capela de Santo Antônio apareceu pequena demais para colher uma figura tão grande. De imediato, os fiéis perceberam a necessidade de ampliar o templo, dotando-o de uma maior capacidade para acolher os fiéis de Deus. (AMORIM, 2003, p.25) F2: Altar da capela Fonte: Acervo pessoal de Edinaldo Pinto Junior, 2020 Com isso, no calor da hora, os mais afoitos pensarem demolir a igreja no meio da Rua Grande, atrapalhando o desenvolvimento do lugar. Na concepção deles, necessário se fazia construir um templo grande, moderno, bonito. Graça à boa vontade de alguns e a colaboração de outros, o novo templo foi construído, aos pés do alinhamento da via principal, do lado direito da rua. Nem pequeno nem demasiadamente grande, normal, sem luxo, mas de uma sobriedade como deve ter a casa de Deus. (AMORIM, 2003, p.25) Para ser mais exato foi em 1937 que começou a derrubar a antiga Capela para a construção da nova Igreja, e suas cerimônias passaram a ser realizadas no prédio onde hoje se localiza o Banco do Nordeste2. Este espaço, na época, era simples sendo destinado a um galpão de fumo e de agaves, pertencente a Severino Caboclo. 2 O Banco do Nordeste do Brasil S.A é uma instituição financeira constituída na forma de sociedade de economia mista, de capital aberto, controla pelo Governo federal do Brasil, tendo a União com sua acionista majoritária. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_do_Nordeste . Acesso em 02 de março de 2021. 8

Hoje a igreja encontra-se localizada hoje no mesmo lugar da cidade, foi construída em 1944, com a ajuda de Frei Damião, mas só se tornou matriz em 1958 sendo denominada de Paróquia Santo Antônio de Solânea, recebendo o nome do santo padroeiro da cidade. A matriz preservava toda uma estrutura simbólica é considerada de respeito ao lugar na época, entre elas o uso do véu na cabeça pelas mulheres Na igreja os homens ficavam em um lado e as mulheres no outro. Todas as mulheres e meninas usavam um véu na cabeça. Era um pedaço de pano a que se dava o nome de filó. Algumas mulheres caprichavam usando lindo bicos ou bordados em torno do mesmo. Usavam-se duas cores: branco ou preto. (LIMA,2007. p.63) Com uma arquitetura de estilo gótico3, havia umas cadeiras cativas para as senhoras de destaque se ajoelharem. Eram cadeiras especiais que abriam o tampo de sentar, almofadado ou empalhado com o uso de dobradiças, transformando-se num genuflexório. No espaldar eram colocadas as iniciais da dona ou da família que fez a doação. Mas o que eu mais gostava era de ficar bem na frente perto da mureta do altar. Em Solânea ainda hoje existe a mureta que contorna o altar e que servia como mesa da comunhão. Ali todos se ajoelhavam para receber jesus.” (LIMA, 2007. p.63-64) Atualmente as celebrações de missas ocorrem nas terças, quintas, sábados e duas missas nos domingos pela manhã e a noites. Além das missas ocorrem cerimônias de casamentos, batismos, primeiras eucaristias, etc. 1.2 O SANTUÁRIO DO PADRE IBIAPINA Localização: Distrito de Santa Fé- Solânea/PB F3: Entrada do Santuário do Padre Ibiapina Fonte: Domínio Público4 3 A arquitetura gótica é um estilo arquitetônico que entende-se como evolução da arquitetura românica e que precede a arquitetura renascentista. Disponível em: https://www.estilosarquitetonicos.com.br/arquitetura-gotica/ . acesso em: 02 de março de 2021 4 Disponível em: http://professorvalnir.blogspot.com/2017/02/santuario-do-padre-ibiapina-solanea-pb.html. Acesso em: 02 de março de 2021 9

Localizado no distrito de Santa Fé, pertencente ao município de Solânea. Foi construído e idealizado pelo Padre José Antônio Maria Ibiapina, como sede de uma de suas Casas de Caridade. Padre Ibiapina nasceu no dia 5 de agosto de 1806 na cidade de Sobral filho de Francisco Miguel Pereira e de Teresa Maris de Jesus, e ingressou no Seminário de Olinda em 1823. Diante das dificuldades enfrentadas principalmente após a morte de sua mãe, ele passou ainda pelo Convento Madre de Deus em 1825, tendo que se retirar após a morte de seu pai e seu irmão, durante a Confederação do Equador (1824). Com isso, Ibiapina seguiu para Recife com seus irmãos e ingressou na turma de bacharéis em direito, contando com a contribuição financeira de alguns religiosos. Após terminar esse curso, seguiu longa carreira como juiz, advogado, deputado federal, mas, em 1850, aos 44 anos, após um período de isolamento, que durou três anos, optou pelo trabalho missionário no país, iniciado aos seus 47 anos. A propriedade, na qual se construiu Santa Fé, foi doada em 1866 pelo fazendeiro Antônio José Cunha e sua esposa Cândida Americana Hermógenes de Miranda Cunha. A princípio era uma casa de caridade que serviu para abrigar os epidêmicos, e logo transformou- se em um abrigo que alojava moças desamparadas, crianças órfãs, viúvas e algumas pessoas que necessitavam de ajuda material ou espiritual. F4: Capela onde fica o Túmulo do Padre Ibiapina Fonte: Acervo do Projeto, 2020 10

Santa fé além de abrigar a casa de caridade, conta com o museu do Padre Ibiapina, um local para celebração pública de grande porte, um auditório Dom Antônio Muniz, a porta santa, a casa do Padre Ibiapina, a casa dos milagres, e a sepultura do Padre Ibiapina. F5: Museu do Padre Ibiapina Fonte: Acervo do Projeto, 2020 A casa dos milagres é um local onde os romeiros com a sua devoção e com a sua graça recebida, vão ao local para agradecer deixando uma foto ou roupa, no local encontra-se muitos objetos que os devotos deixam no espaço todos os anos em forma de agradecimento por graças alcançadas. F6: Entrada da Casa dos Milagres F7: Objetos deixados pelos devotos após receber uma graça por intermédio do Padre Ibiapina Fonte: Acervo do Projeto, 2020 11

A casa de Caridade foi edificada em 1866, pelo próprio Padre Ibiapina, e restaurada com a colaboração de instituições Alemãs sendo reinaugurada em 12 de fevereiro de 1995 pelo Bispo Diocesano de Guarabira, Dom Marcelo Pinto de Carvalheira, com o objetivo de estar à disposição dos pobres da região, e os doentes após as grandes secas que matava muitas pessoas, e também para acolher as crianças órfãs. F8: Casa de Caridade no Santuário do Padre Ibiapina Fonte: Acervo do Projeto, 2020 A casa de caridade de Santa fé é um pelo Patrimônio Histórico, porque segundo Lemos, construções antigas e seus pertences representativos de gerações passadas recebem o nome genérico e Patrimônio Histórico” (LEMOS, 2004, p.7). A arquitetura do século passado foi restaurada mantendo-se seus traços originais. Assim como a casa de caridade também foi tombada a casa onde residiu o Padre Ibiapina, a Igreja e o Túmulo onde estar o padre fundador daquele local. A cada ano em Santa Fé no dia 19 de fevereiro, recebe centenas de devotos que se reúnem para homenagear Padre Ibiapina. Além disso o Santuário fica aberto para visitação e aos domingos são celebradas missas dominicais associadas a Matriz Nossa Senhora da Piedade, de Arara- PB. 1.3 LOJA MAÇÔNICA JOSÉ PESSOA DA COSTA Localização: Rua Cândido de Souza, N° 348 12

A Loja Maçônica José Pessoa da Costa foi fundada na cidade de Solânea em 20 de setembro de 1969, na Rua Cândido de Souza, N° 348. Foi regularizada em 19 de setembro de 1970, adotando desde a sua fundação o Rito Escocês Antigo5. F9: Loja José Maçônica Pessoa da Costa Fonte: Acervo do Projeto, 2020 A primeira reunião maçônica aconteceu no Grêmio Morenense, realizada no dia 22 de abril de 1967. Bastos (1987, p.111) cita que “A loja Maçônica foi fundada em 20 de janeiro de 1966 e teve como primeiros membros os senhores: Manoel Venâncio de Araújo, Cláudio Rodrigues da Costa, Arthur Silva, Adauto Silva e Epifânio Plácido da Silva, entre outros\"6. Na página virtual da instituição7, consta a função social da instituição, que filiada a Grande Loja do Estado da Paraíba, se identifica como “[...] uma instituição filosófica, filantrópica, progressista e iniciática, que tem por objetivo contribuir para a Evolução do ser humano, combatendo os vícios, o obscurantismo, despotismo e todo e qualquer tipo de injustiça” 8. Ainda neste espaço, consta que a Loja Maçônica José Pereira da Costa havia sido fundada em 20 de setembro de 1969, sendo regularizada no ano seguinte. Tal informação contraria o que expõe Bastos (1987). 5 “O Rito Escocês Antigo e Aceito, ou simplesmente Rito Escocês, é um dos vários Ritos Maçônicos. Um rito maçônico é um conjunto de especificações e preceitos utilizados para se praticar os rituais maçônicos. Eles descrevem a ritualística, procedimentos, listam os sinais, toques, palavras e demais instruções secretas ao público geral”. Citação disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rito_escoc%C3%AA . Acesso em: 25 de fevereiro de 2021 6 Coloca o Blog da Instituição que “Estiveram presentes na reunião Adauto Silva; Alfredo Fabrício de Oliveira, que presidiu a reunião; Antônio Alencar de Oliveira; Antônio Hidalgo de Lima e Costa, Arthur Silva; Cleto Pompílio de Melo; Clodoaldo Nunes Costa; Epifânio Plácido da Silva, Eudifas da Silva Magalhães; Harrison Nogueira Pinto; Joaquim Edson de Araújo; Manoel Candido da Silva; Manoel Venâncio de Araújo; Petronilo Viana de Araújo; e Severino Carneiro de Oliveira”. Disponível em: http://josepessoadacosta.blogspot.com/ Acesso em: 25 de fevereiro de 2021 7 Disponível em: http://josepessoadacosta.blogspot.com/ Acesso em: 25 de fevereiro de 2021 8 Disponível em: http://josepessoadacosta.blogspot.com/ Acesso em: 25 de fevereiro de 2021 13

Ainda na ocasião de criação da instituição, na reunião realizada no Grêmio Morenense em 13 de maio de 1967, foi realidade uma votação para a escolha do nome do espaço, sendo proposto para intitulá-lo os seguintes nomes: ‘Loja Maçônica 22 de Abril e Clodoaldo Nunes’ e ‘Loja Maçônica 26 de Novembro’, sendo vencedora a primeira. Entretanto foi no dia 28 de novembro de 1967, que Cláudio Rodrigues da Costa apresentou uma nova proposta, com o intuito de renomear a Loja para José Pessoa da Costa, contando com a aprovação de todos. José Pessoa da Costa9 era filho natural do antigo povoado de Moreno. Ele, justamente com Celso Cirne, foi um dos homens que lutou para a emancipação do povoado, era um abastado comerciante daquela região e também um chefe político, representando o lugarejo em Bananeiras. A Lei Nº013/2019 nomeia a praça localizada nas proximidades do portal da UFPB, Campus III, como “Praça Professor Valmir Silva”. Nela há um monumento em homenagem ao meio século de atuação da instituição no meio social de Solânea. Valmir Alencar, nome que intitula o espaço, era membro desta Loja tendo atuado em inúmeros cargos políticos na cidade. 1.4 PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE SOLÂNEA Localização: R. Dionísio Rodrigues da Costa F10: Primeira Igreja Batista Fonte: Acervo do Projeto 2020 9 José Pessoa casou-se com a Senhora Alexandrina Florentino de Carvalho, viúva do Sr. José Tancredo de Carvalho. Essa senhora já criava os três sobrinhos do seu marido. Assim, ao casar-se com ela, José Pessoa assumiu a paternidade das crianças, dando-lhes conforto e carinho necessário. Faleceu em 8 de setembro de 1936. 14

A primeira igreja batista de Solânea começou a sua atuação ainda nos anos de 1937, por meio da irmã Cecília10 que se dedicou a pregar por aqui. Apesar de uma história antiga, anterior a da Matriz de Santo Antônio, não obtemos notícias sobre o espaço físico da instituição, estando ela hoje situada em um prédio de traços mais modernos. O primeiro culto se deu na rua Celso Cirne, e foi realizado por Zacarias de Barros. A Igreja Batista de Guarabira oferecia apoio eclesiástico e após encerrar suas atividades a instituição, de mesma ordem, em Solânea vivenciou dificuldades. A irmã Cecília persistiu, realizando os cultos todas as quartas e domingos, mas após sua morte no ano de 1942 os membros ficaram sem um líder espiritual, deixando a sede de Solânea, e passando a compor a sede de Cacimba de Dentro. Só no ano de 1951, com a chegada de Gustavo Barbosa, os cultos voltam a ser celebrados em Solânea. 2. CASARÕES 2.1 CASARÃO DE MANUEL MOREIRA Localização: Sítio Olho d'Água Seco F11: Vista do Casarão de Manuel Moreira, 2020 Fonte: Domínio Público11 Segundo o livro de Contos Coletivos: prosas solitárias, 10 As informações aqui obtidas sobre a Primeira Igreja Batista foram coletadas no “Cordel PIB Sol -Primeira Igreja batista de Solânea”, 2ª edição. A fonte não apresentava mais notas tipográficas. O cordel foi gentilmente cedido por Edinaldo Cordeiro Pinto Júnior. 11 Disponível em: https://instagram.com/encantosdobrejo?igshid=1atju7e4zqhcz. Acesso em: 02 de março de 2021 15

No sítio Olho d’Água Seco, a aproximadamente 5 km do Centro de Solânea- PB, está localizado o Casarão de Manuel Moreira, importante construção do século XIX na zona rural do município. É um palácio pequeno e imponente, de arquitetura requintada, imóvel luxuoso para a época. Um palacete rural, em seu estilo arquitetônico, de comércio na parte de baixo. Também conhecido como “barracão”, que era a venda, a mercearia onde as famílias compravam seus diversos produtos. A bodega era o comércio dos centros urbanos, o barracão, todavia, dos rurais. Temos, portanto, nesse equipamento turístico, um bom exemplo de como eram os supermercados que hoje conhecemos. (ARAUJO, 2020, p.17) Por ser antiga, a construção não foi feita de cimento, contudo, de fragmentos de argamassa, com cal, areia e barro, transformando-a em uma massa chamada de caliça, resultada da demolição de outras obras. Na época, não era tão fácil encontrar o tijolo queimado, e sim o cru. Contudo: Acredita-se que a moradia fora edificada antes de Manuel Moreira haver nascido, pois, remonta a partir de 1850. O Casarão é composto em sua lateral por cinco janelas na parte de cima, e cinco portas grandes e muito bonitas na parte de baixo, que chamam a atenção desde quando se pode avistar de longe o imóvel. (ARAUJO, 2020, p.18) O casarão de Manuel Moreira havia também um estoque como afirma Araújo (2020, p.19) “Na parte de cima do Casarão, ainda há uma estrutura de madeira, onde acredita-se que servia para guardar estoques de sua mercearia.” Ou seja, o lugar ainda mantém a sua estrutura física. Manuel Moreira vivia na casa da frente, construída de cimento. O palacete imponente era conhecido por todos da região, pelo fato de ser uma mercearia sortida de produtos: do penico à rapadura, do fumo de rolo ao mel de engenho. Inclusive, lugar de encontro entre amigos para uma boa prosa, e para degustação de cachaças diversas. Manuel Moreira, homem horado onde segundo o mesmo livro de Araújo, 2020: Manuel Batista de Medeiros, primo de Manuel Moreira, escritor nascido na antiga Moreno (Solânea) e ainda vivo, conta que Manuel Moreira inspirava bravura e coragem por onde passava. Ainda na obra, certa vez, conta-se que Moreira enfrentou com um amigo e um irmão, todo o destacamento da polícia de Moreno. A camisa dele ficou preta de tanta bala bater e cair murcha no chão. O motivo seria pelo fato dele ter sido devoto de São Cipriano, o maior bruxo da história, e por ele tinha o corpo fechado. (ARAUJO, 2020, p.21) Seu Manuel Moreira devoto de São Cipriano, Segundo familiares, possuía o Livro de São Cipriano e praticava os seus rituais. Uma bisneta sua me relatou que ele guardava o Livro com muito cuidado em seu cofre pessoal. Outros relatos nos afirmam que seu Manuel ficava invisível, por práticas de rituais do Livro, por algum motivo que precisasse se esconder, e através da magia, ajudava amigos seus quando necessitassem também do mesmo feito. Manuel Moreira possuía características físicas parecidas com São Cipriano: cabelos grisalhos, barba grande e aspecto austero. (ARAUJO, 2020, p.22) 16

Manuel Moreira “seguindo” os passos de São Criprino se converte ao cristianismo, e ergue em sua casa um altar que pode ser encontrado até hoje. Ele faleceu no ano de 1975 e encontra-se sepultado no Cemitério Santo Antônio, na cidade de Solânea. Com problemas venosos em uma perna, teve várias complicações que o levaram a óbito. Os seus restos mortais estão juntos aos da sua primeira esposa, Ângela Moreira do Espírito Santo. Ângela Moreira faleceu primeiro, e o viúvo casou-se então com Mariinha. Dona Mariinha continua viva, e mora atualmente na cidade de Cuité- PB. O Casarão permanece sendo preservado e bastante visitado no sítio Olho d'Água Seco. 3. PRAÇAS 3.1 PRAÇA 26 DE NOVEMBRO Localização: Rua Celso Cirne A Praça 26 de Novembro se localiza no centro da cidade em frente à Igreja Matriz, foi construída na gestão do então prefeito Epifânio Plácido (1936-1968), sendo concluída em julho de 1968, mas não foi inaugurada. Leva o nome em homenagem a emancipação política da cidade apresenta e um design e uma arquitetura diferente em formato de peixe, traz no fim (rabo) a Igreja, e no início (olho) a fonte de água, correspondendo ao desenho criado por Joaquim Nunes. Bezerra Cavalcanti. O local foi restaurado na administração do prefeito Arnóbio Viana (1983-1988), sendo reinaugurado em maio de 1984. F12: Vista para a Praça 26 de novembro Fonte: Acervo do Projeto, 2020 17

F13: Planta da Praça 26 de Novembro Fonte: Domínio Público 12 A Praça 26 de Novembro é um dos pontos mais conhecidos de Solânea, sendo palco da típica festa junina do município. tendo em vista sua localidade no centro da cidade. A praça possui algumas árvores, mas o que ganha maior destaque são os quatro imensos pinheiros. 3.2 CALÇADÃO 13 DE MAIO Localização: Rua 13 de maio F14: Calçadão 13 de Maio Fonte: Domínio Público13 12Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nW2DoSCN8SM&ab_channel=jo%C3%A3opersonaliza%C3%A7%C3%A 3o . Acesso em: 02 de março de 2021 13 Disponível em: https://www.google.com/maps/@-6.7575717,- 35.6569364,3a,37.5y,348.88h,83.59t/data=!3m6!1e1!3m4!1sf2U4YIGH_oQ0veHgaS480w!2e0!7i13312!8i6656 ?hl=pt-BR . Acesso em: 02 de março de 2021 18

Inaugurado em 23 de agosto de 1985 na rua José Amâncio Ramalho, pelo Prefeito Arnóbio Viana (gestão 1983-1988) o Calçadão tem \"[...] oitenta metros lineares construídos constam de bancos compostos por quatro vãos de assento, contendo área verde na sua parte central, e o piso de material apropriado, além de um portentoso sistema de iluminação à base de luminárias a vapor de sódio’’ (Correio do Moreno, 1985, Nº10, p.6). Em 1999, na gestão do prefeito Arnaldo Viana de Araújo (1997-2000), o Calçadão recebeu o nome de José Pereira de Castro, segundo Projeto Lei Nº 008/99, de 01 de outubro de 1999. José Pereira foi um comerciante renomado, situado como um dos primeiros moradores da cidade de Solânea. F15 e 16: Calçadão 13 de Maio Fonte: Jornal Correio do Moreno (agosto e novembro de 1985) Em 2011, o então prefeito Francisco de Assis de Melo (2009-2012), mais conhecido como Dr. Chiquinho, entregou reformado o Calçadão da Rua 13 de Maio. Aparentemente, nos parece que o nome do Calçadão ficou popularmente conhecido neste período Apesar de ter sido reformada no governo de Francisco de Assis Melo, consta neste lugar uma placa que faz referência a gestão do prefeito Beto do Brasil, que governou Solânea por três mandatos (2001-2008 e 2013-2016). Na placa a seguir vemos a referência ao primeiro mandato do prefeito Beto do Brasil. 19

F17: Placa existente no Calçadão Fonte: Acervo do Projeto. 2020 A legislação denominou a praça como “José Pereira Castro”, e a placa intitula a praça como “Comerciante José de Castro”. Acreditamos que ela deve ter sido renomeada no governo de Beto do Brasil, como fruto de uma prática comum dos políticos de Solânea, que a cada gestão reinauguram os espaços após reformas ou outros motivos não aparentes. Em todo caso, endossamos que essa representação da placa pode induzir a um equívoco, levando os transeuntes da cidade a referendarem a criação da praça apenas ao ano de 2002. Hoje o espaço é conhecido por ser referência no acesso ao transporte, por meio do ponto público de mototáxi. 4. CINEMAS 4.1 DE “CINEMA MUNICIPAL” À “CENTRO CULTURAL JACOB SOARES PEREIRA” Localização: R. João Fernandes de Lima O Cinema Municipal foi construído na gestão do prefeito Jacob Soares (1969-1972) na década de 1970, quando a modernidade do audiovisual chegava no interior. Devido a isso surge a ideia de construir um prédio especifico para exibição de filmes de forma pública. 20

F18: Teatro Fonte: Acervo do Projeto, 2020 Jacob Soares Pereira, nome que intitula o espaço, nasceu em 17 de junho de 1927, no sítio Lagoa da Roça, município de Alagoa Nova. O prédio que carrega seu nome, também foi sede do Banco do Nordeste, tendo sido cedido parte de seu terreno para onde hoje se situa a Câmara Municipal de Solânea. Em meados de 2001 sofreu a sua primeira reforma, com vistas a se tornar um Cineteatro, assim coloca o atual Secretário de Cultura do município: A prática de cinema estava se acabando com a chegada da TV, os cinemas estavam decaindo, então as pessoas preferiam ficar em casa assistindo novela. Então pensamos em transformar o espaço em um cineteatro, foi quando as cerâmicas foram colocadas (fachada de azulejo azul), foi feito os dois camarins que não tinham, modernizado e botado o espelho, os banheiros e fizeram alguns reparos no teatro, quebrando aquela estética da década de 70 (SALVADOR, entrevista, 2020). Com a reforma de 2001, passou a ser oficialmente conhecido como cineteatro, sendo mais utilizado para as práticas artísticas e teatrais. Devido a isso, sentiu-se a necessidade de fazer a segunda reforma, quando baixaram o palco, aumentaram o espaço de exibição, colocaram madeiras e cortinas, transformando-o em um palco estilo italiano. A chegada do “Cinemaxxi da Serra”, em 2018, auxiliou ainda mais na reconfiguração da função social do ambiente, que agora se destinaria mais para as atividades cênicas, passando a ser chamado/reconhecido como “Teatro Municipal Jacob Soares Pereira”. O teatro possui em sua estrutura 324 cadeiras (todas da década de sua criação), um palco amplo, 2 bilheterias, 2 banheiros para o público, 2 camarins e cada camarim com mais de 1 21

banheiro e 2 halls. Em 24 de agosto de 2017, o diário oficial da Prefeitura de Solânea publica, sob a Lei N° 018/2017 passa a denominar o Teatro como “Centro Cultural Jacob Soares Pereira”, como podemos ver a seguir: Art.1°- Fica denominado de ‘‘Centro Cultural Jacob Soares’’ o prédio do cinema municipal situado na Rua Gov. Joao Fernandes de Lima, centro da cidade. Art.2°- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação Art.3°- Ficam revogadas as disposições em contrário Solânea-PB, 23 de agosto de 2017. (Lei N° 018/2017) Apesar de ainda conservar o letreiro na fachada com o nome de “teatro”, o atual Centro Cultural é o único lugar público municipal que pode comportar uma grande plateia. Atualmente, desenvolve atividades como: treinamento de professores, trabalhos liderados pelo SEBRAI e SENAC, show de calouros, festival de cinema e cantoria de viola, apresentação de orquestras e etc. 4.2 OS DEMAIS CINEMAS Sobre o Ciclo dos Cinemas, Solânea vivenciou uma fase significativa, é o que aponta Pinto Júnior (2020), quando relata: O primeiro cinema foi fundado em 1950 e funcionou no prédio do Grêmio Morenense, era uma coisa improvisada do senhor Jacob Soares Pereira. O segundo foi um cinema bem equipado, que pertenceu aos irmãos Nóbrega (Valdemar da Nóbrega e Milton Nóbrega), esses senhores vieram do Rio Grande do Norte para cá e a partir deles Solânea teve um surto comercial, porque fundaram um posto de gasolina, trabalhavam com uma empreiteira, que cuidava da expansão da linha férrea até Picuí, o que não aconteceu, certo? Então eles fizeram esse cinema, eu acho que dos anos 70 ou 60, uma coisa assim. Era o Cine Solânea, naquela foto ta lá a plaquinha. [...] o Cine Solânea fica onde era a Maré Mansa e durou, pelo menos, a até os anos 70. Bom, o que que acontecia lá: era um cinema que cabia cerca de 300 pessoas, a ideia dos irmãos Nóbrega não era tomar conta do cinema, mas eles arrendavam o prédio para quem quisessem explorar. Então quem explorou nesse prédio? Jacob Soares, Seu Canan (que era o dono da banca de revista), Adonias Silva, Antônio de Pirpirituba, Manoel Farias... Eram pessoas que até vinham de fora, como esses últimos que eu falei, para explorar o ramo de cinema aqui em Solânea. Creio que nos anos 70, ainda, existiu nas ruas dos Amâncio Ramalho o chamado Cine Moderno, esse cinema pertenceu a particulares, era de um senhor chamado Ramo de Bila Joca. Depois veio um cinema em Soécia, chamado Cine Santo Antônio, de propriedade do senhor Valdir, também era um cinema particular, que surgiu numa fase em que o bairro teve muito desenvolvimento e fundaram esse cinema lá, não sei também até quando durou. Logo em seguida veio o Cine Santa Rosa, localizado na rua 7 de setembro, mas não sei mais nada sobre ele. E, por último, o Cineteatro que hoje tem o nome de Jacob Soares Pereira, de 1971 ou 72, até a atualidade. Hoje, já temos o cinema de Mizael, em 3D (PINTO JÚNIOR, entrevista, 2020). O depoente ainda relata que o lanterninha do cinema se chamava Genir e que “O primeiro cinema foi resultado de um empreendimento de Jacob Soares Pereira, mais uma vez o pioneiro, assim também como a primeira televisão, quem trouxe para cá foi ele em 1960” 22

(PINTO JÚNIOR, entrevista, 2020). Ele segue narrando sobre o último cinema que existiu na cidade ante da chegada do Cinemaxxi da Serra: [...] uma lembrança tardia que tive, mas que vale a pena destacar foi sobre um cinema aqui em Solânea chamado Cine Dino Maranhão, era um antigo Vereador aqui, um carnavalesco. Ele funcionava aqui atrás de minha casa, era de seu Dino Maranhão, não tinha nome, funcionava no prédio dos fundos da casa dele aqui na rua São José, perto da escola Ernestina Pinto. Ele era, eu creio, de fins dos anos 80 e pedaço dos anos 90. Tenho foto de meu pai participando de um evento de cantoria nesse cinema, era um cinema meio improvisado, de fundo de casa, mas era um cinema que durou anos. (PINTO JÚNIOR, entrevista, 2000) Nas imagens a seguir poderemos visualizar o Cine Municipal (F18) e o Cine Dino Maranhão (F19). Na F18, a imagem retrata um desfile cívico na famosa rua Celso Cirne, principal endereço comercial da cidade. Na F19 temos o interior do Cine Dino Maranhão, durante um Festival de Piadas na década de 1980, se observarmos bem encontraremos os cartazes de filmes pendurados nas paredes do recinto. F19: Cine Municipal F20: Cine Dino Maranhão Fontes das imagens: Acervo Pessoal de Edinaldo Pinto Junior, 2020. 23

O bairro da Soécia, mencionado por Pinto Júnior, se chamava Chã do Goity. Surge com um caráter comercial, por meio da primeira empresa lá situada – a Fábrica de Mosaico São José, que trabalhava com ladrilhos e com a “compra, beneficiamento e prensagem de agave. Sua matriz se localizava na Rua João Suassuna, em João Pessoa, capital paraibana. Ainda sobre o Cine Municipal cita Bastos (1987, p.98): O Cine \"Municipal\" foi o último a ser construído e é o único atualmente, o mesmo está situada a rua Governador João Fernandes de Lima, um prédio de ótimas condições. É de propriedade da prefeitura, alugado ao Sr. Luciano Wanderley, dono de uma rede de cinemas em quase todos os Estados da Paraíba e em outros Estados nordestinos. Só que a partir do momento em que a televisão entrou definitivamente nos lares brasileiros, o cinema teve uma queda, a televisão entrou definitivamente nos lares dos brasileiros e o cinema e teve uma queda assustadora. O Sr. Luciano achou por bem fechar o Cine Municipal. O cinema passou algum tempo fechado, até que o Sr. Kodak, proprietário de alguns cinemas da região, resolveu reabrir as portas do Cine Municipal ao povo solanense e assim, o mesmo se encontra em pleno funcionamento. Encontramos essa citação no livro Idade da Razão, de Bastos (1987). Na época de sua fala o Cinema Municipal tinha retomado as suas atividades, ganhando o nome de Cineteatro Jacob Soares Pereira após a morte do antigo prefeito em 2016. Apenas em 2017 é que o espaço passa a ser chamado como seu atual nome Centro Cultural Jacob Soares Pereira. 5. MERCADOS PÚBLICOS 5.1 OS PRIMEIROS MERCADOS PÚBLICOS DE SOLÂNEA Solânea, como temos percebido, é identificada por sua associação com o comércio. Seu primeiro mercado, ou negócio aberto, se remete a uma feira improvisada que “[...] foi iniciada pelo Sr. Gracindo Bezerra dos Santos e se deu continuidade com o comerciante Leôncio Costa. Isso na época do Moreno’’ (BASTOS 1987, p. 75). A partir de Gracindo Bezerra adveio o desejo de se negociar com agricultura, colocando em frente à sua casa um pequeno comércio do gênero. Onde hoje se localiza o Armazém Paraíba, mercadorias de sacos feijão, farinha de milho e etc., eram comercializadas, teria sido assim que surgiu a primeira feira improvisada de Moreno. 24

F21: Primeiro Mercado ’galpão’ de Moreno Fonte da Imagem: Acervo Pessoal de Edinaldo Pinto Junior, 2020. O Primeiro Mercado, apresentado na imagem a cima, não possuía a estrutura de um mercado formal, o prédio não era estruturado, é o que anuncia Pinto Júnior (entrevista, 2020): “É o seguinte, o nosso primeiro mercado, aquele pretinho que era bem feinho na Rua 13, onde hoje é a farmácia Pague Menos, ele foi meio que improvisado por Celso Cirne, isso em fins do século XIX, quando começou a surgir a feira livre de Moreno’’. Sua estrutura se situava mais em uma espécie de galpão, conforme é possível visualizar nas imagens que se seguem: Já o segundo Mercado nasce pela ausência de um espaço mais estruturado, visando atender as necessidades da população. No dia 1 de agosto de 1950, através do Major Augusto Bezerra Cavalcante14, é inaugurado o Segundo Mercado Público Formal de Solânea. Assim coloca Pinto Júnior (entrevista, 2020), “Solânea tinha muita representatividade e os vereadores daqui conseguiram que o Major Augusto construísse o nosso primeiro Mercado Público de vergonha né, digamos assim, que é aquele situado onde hoje é o Banco do Brasil” 14 Pai de Clóvis Bezerra Cavalcanti, este nascido no Sitio Mundo Novo, em Bananeiras. Clóvis foi Médico da Saúde Pública, chefe do posto de higiene de Bananeiras, atuando também na chefia do Serviço de Endemias Rurais da Paraíba. O nome do Major, seu pai, hoje intitula um Conjunto/bairro na cidade de Bananeiras. 25

F22 e 23: Imagens do Segundo Mercado Fonte: Acervo Pessoal de Edinaldo Pinto Junior, 2020. 5.2 TERCEIRO E ATUAL MERCADO PÚBLICO DE SOLÂNEA Localização: Entre as ruas Pernambuco, Rua Ceará, Rua Panorâmica e Rua Paraíba F24: Mercado Público em 1984 Fonte: Jornal correio de Moreno, julho de 1984. p.8 Entregue aos cidadãos Solanense no dia 25 de novembro de 1984, pelo prefeito Sr. Arnóbio Alves Viana, o Mercado Público, foi uma das maiores obras de todo o Estado Paraibano, com investimento de CrS 200.000.00 (duzentos milhões de Cruzeiros), com total 26

recurso do município, localizado na zona leste da cidade, tendo em suas proximidades a região de Santa Teresa e a Chã de Solânea. O Mercado tinha uma estrutura composta por 5.600 metros quadrados de área coberta, composto de 4 blocos, contando com 38 boxes, 36 lojas e 16 sanitários, além de dois galpões (B e E), constituindo-se assim, num dos maiores mercados públicos de todo o Nordeste brasileiro. F25: Estrutura do mercado público em 1984 Fonte: Jornal correio de Moreno, julho de 1984. p.8 Atualmente o mercado público da cidade de Solânea é um ponto de referência e de diversidade, realizando suas feiras livres durante duas vezes na semana, sendo elas na quarta- feira e no sábado. Ele abrange quatro ruas da cidade sendo elas a rua Pernambuco, Rua Ceará, Rua Panorâmica e Rua Paraíba, considerando-se um dos, mais estruturados do brejo Paraibano. F26: Feira do atual Mercado Público Municipal Fonte: Acervo Pessoal de Edinaldo Pinto Junior, 2020. 27

6. PARQUE DOS ANIMAIS EM SOLÂNEA Localização: Rua professor Alaíde Silva. F27: Visão de um gado no Parque dos Animais Fonte: Domínio Público15 Segundo o Jornal Correio de Moreno de 1985, o Parque de Exposição de Animais Dr Ricardo Calazans foi inaugurado em 1962. Quando houve a primeira exposição de bovinos em Solânea, incentivada pelo Banco do Brasil. A partir de então, foram realizados outras exposições e a fama do parque propalou-se numa incidência, tal qual atraindo, todos os anos, expositores de Estados vizinhos. A feira de gado realizada em 1976 no parque, foi considerada a 3º maior do Estado, em número de compra e de venda. Por outro lado, a tradição do crédito rural, ligada a pontualidade de suas liquidações, fez com que novos agentes financeiros aderissem, surgindo, assim, perspectivas de melhor repasse e o aprimoramento de técnicas modernas de cruzamento, para a melhor genética dos rebanhos. O rebanho bovino criado na porção mais ocidental do município, enquadrado no “Polígno das secas”, sofreu com os prolongados dias de estiagem, uma redução de aproximadamente 60 por cento na sua capacidade normal, sendo, com o regresso das condições, aos poucos, preenchido o grande desfalque causado aos caprichos bovinicultores. 15 Disponível em: http://www.cchsa.ufpb.br/heb/contents/paginas/correio-do-moreno. Acesso em: 08 de março de 2021 28

Ainda segundo o Jornal Correio de Moreno, 1985, a falta de incentivos, de desenvolvimento de novas técnicas e justa orientação foi constituído nos pontos cruciais para, principalmente, a criação de equinos em todas as áreas que fazem a circunvizinhança no Município. O assentamento geográfico da cidade servindo de divisor d’águas entre o brejo e o extenso sertão, fez com que o Município de Solânea exercesse um papel polarizador no seu entorno, sobressaindo-se, em consequência, a hegemonia de suas atividades administrativas, comerciais e de prestação de serviços. A prefeitura de Solânea em 1985 propôs ao Ministério da Agricultura a concessão de um empréstimo, de cento e vinte e seis milhões de cruzeiros para a restauração do Parque de Exposição de animais. O projeto previa, a pavimentação de ruas internas e extensão da rede de energia elétrica. O pleito segundo revelou o prefeito Arnóbio Viana no ano, “traduz o pensamento” do governo municipal, em ampliar, reformar e racionalizar a ocupação do espaço interno do parque de exposição. O objetivo era proporcionar de melhores condições ao pequeno, médio e grande criador da região, através de incentivos ao aprimoramento de técnicas, conduzindo as descobertas a novos valores. O projeto enviado ao Ministério da Agricultura representava um conjunto de proposições de novas perspectivas, que demonstravam a viabilidade econômico-financeiro dada aos agropecuaristas, no sentido de se autoafirmar, de incentivos respaldados na locupletação de suas condições socioeconômicas. 7. CEMITÉRIO DE SANTO ANTÔNIO Localização: Professor Alaíde Silva O cemitério de Santo António por sua vez já teve quatro fases a primeira delas é do início dos anos 90, fundado por Celso Cirne. “’Tem um túmulo que é da década de 20, pronto! Aquilo ali é o cemitério antigo daqui, quando não existia nem mureta ainda no cemitério, era um cemitério informal, criado por Celso Cine (PINTO, 2020)’’, ou seja, sua construção e estrutura foi elaborada com simplicidade, secando por arame. 29

F28: Entrada do Cemitério de Santo Antônio Fonte: Acervo do projeto, 2020 Sua segunda fase ocorre em 1937-1938 se dá quando Pedro Augusto de Almeida que era prefeito de Bananeiras, teve a iniciativa de reformar o então cemitério improvisado, sendo assim, dando uma cara nova ao cemitério de Santo Antônio. [...] tem que frisar que 37 o cemitério ganhou uma cara nova, como ele realmente merecia, com paredes, com alameda, com o calçamento, com um muro, com tudo o que devia por que na fase de Celso Cirne, dizem que existe uma coisa lá meia improvisada que... eram… a cerca de arame farpado entendeu (PINTO, entrevista, 2020). Essa é a parte central, a parte mais antiga do cemitério, “Estando dentro cemitério você aponta para esquerda e a extensão do cemitério inclusive tem uma placa lá no cemitério velho que um portal que entre para o cemitério (PINTO, 2020)’’, ou seja, o existente cemitério e dividido em dois blocos, sendo sua parte antiga a esquerda e a parte direita construída anos mais tarde. F28: Dois blocos: a esquerda a parte mais antiga e a direita a parte construída nos anos 60 Fonte: Acervo do projeto, 2020 30

Anos mais à frente o cemitério ganha uma extensão dessa vez para direita, e aí que se inicia a terceira fase do cemitério na então gestão de Epitácio Plácido, ou seja, e nos anos 60. E sua última fase que a bem recente de uns 10 anos para cá, tendo em vista que o cemitério ficou pequeno, foi ampliado, mas uma vez para a esquerda, ou seja, a parte mais antiga, ganhar um novo espaço, onde atualmente existem poucos túmulos. F29: Nova extensão do cemitério no lado esquerda Fonte: Acervo do projeto, 2020 Atualmente o cemitério tem uma boa infraestrutura, contendo uma igrejinha, todos murando, e aberto ao público diariamente, tendo um fluxo maior de pessoa no dia de finados. Sendo assim, o cemitério de Solânea e enorme, com vários túmulos, uma curiosidade é que o nome dado a este local foi em homenagem ao Santo padroeiro da cidade Santo Antônio. 8. INSTITUIÇÕES ESCOLARES 8.1 GRUPO ESCOLAR CELSO CIRNE Localização: R. São José/Praça 26 de novembro A atual Escola Estadual de Ensino Fundamental Celso Cirne é a mais antiga escola, em funcionamento, de Solânea. Foi criada em 1917 como Instituto Celso Cirne, através da inciativa do político de mesmo nome. Segundo Pinto Júnior (2014, p. 43) “[...] O empreendedor Celso Columbano da Costa Cirne, visionário, precursor benfeitor local promoveu a vinda de alguns educadores da capital, iniciando um movimento de criação da primeira escola pública direcionada à alfabetização de crianças” 31

F29: Grupo Escolar Celso Cirne. Fonte: Pinto Júnior (2014, p.30). Neste contexto, dentro da história desta instituição, ela se tornaria em meados de 1930 o “Grupo Escolar Celso Cirne”, estadualizado pelo Decreto Lei Nº 227, de 05 de maio de 1935. Nesse período, conta-nos Pinheiro (et al., 2013, p.176) que a “[...] construção e inauguração de grupos escolares obedeceram, não raras vezes, aos moldes estabelecidos pela Diretoria de Viação e Obras Públicas”, priorizando questões como amplas e higiênicas edificações, com uma boa e “moderna” estrutura física. O Grupo Celso Cirne, no ato de sua estadualização, não teria correspon dido a essas normas. É apenas no ano de 1938, após a construção de sua nova sede, que por força do Decreto Nº 957 de 05 de maio, receberia a autorização de funcionamento. Sobre isso, o Jornal A União, de 15 de fevereiro de 1938, cita que Dado o cuidado com que foi conduzida a edificação desse estabelecimento, o seu acabamento é o melhor possível. Os pisos são todos de mosaico de duas côres e as secções sanitarias possuem revestimento de azulejos, enquanto que o edifício é todo forrado com tábuas de Cedro macheado. Sua inauguração foi um acontecimento impar para a vida da Vila de Moreno, é o que também noticia o Jornal A União (de 15 de fevereiro de 1938): Construído pela Diretoria de Viação e Obras Públicas do Estado, inaugurou-se domingo, o Grupo Escolar \"Celso Cirne\" em Moreno, município de Bananeiras. Ao acto inaugural, estiveram presentes figuras representativas daquella communa, tendo feito representar o sr. Interventor Federal. O jornal segue trazendo detalhes da construção e do custo que ela gerou aos cofres públicos: O Grupo Escolar de Moreno é 13° inaugurado pelo actual Govêrno, havendo ainda cinco outros em construcção, a cargo da D.V.O.P. [...] em um terreno amplo todo amurado mede 35 metros de frente por 73 de fundo, onde foram construídos um 32

pavilhão de recreio com 7, 50 x 16,m00 e um reservatório de abastecimento d’agua com cisterna. Possue ainda um hall, [...], 4 salas de aula, [...] terraço coberto, [...], uma sala de professores e mais as secções sanitarias, com 4 W. C. E dois lavatórios. As instalações de agua, esgostos e luz, bem como o serviço de pintura foram confeccionados de accôrdo com os methodos mais perfeitos, por pessoal especializado que seguiu desta capital (A União, de 15 de fevereiro de 1938). O grupo teria como instituições auxiliares o “Círculo de Pais e Mestres Nevinha Cavalcanti, a Caixa Escolar Professor Eduardo Medeiros, o Jornal infantil ‘O Clarim’, o Clube Agrícola 13 de Fevereiro e a Biblioteca Américo Falcão” (PINHEIRO, et al., p. 178). Pereira (2013, p.140) esclarece que “As instituições auxiliares surgem como instituições de auxílio ao ensino, [...] ações extra e intraescolares mantidas para dar nova configuração à educação”. Entre elas destacamos ainda o cinema e a rádio educativa, elementos que o Grupo Celso Cirne não apresentava. Como primeira diretora, o Grupo contou, entre os anos de 1935 a 1954, com Ernestina da Silva Pinto, primeira professora diplomada a atuar em Moreno. Assim narra Carvalho (1975, p. 48) Diplomou-se pela antiga Escola Normal do Estado, cujo pergaminho recebeu no dia 28 de abril de 1912, das mãos do seu então diretor Francisco Xavier Júnior. Em 1913 foi nomeada professora municipal, com exercício em Solânea, contando apenas com 18 anos de idade. [...] Bem se pode imaginar o que significa a presença de uma professora diplomada, da capital do Estado, num lugarejo do interior Ainda entre o corpo docente do Celso Cirne esteva Tancredo de Carvalho, primeiro prefeito interino de Solânea em 1953, que começou a atuar como professor da escola ainda na década de 1920. Ele também havia sido professor do Instituto Bananeirense (1910), sendo redator chefe e produtor dos jornais “Correio do Moreno” (1924) e “Brasil Novo” (1931). Em meio aos seus primeiros anos de funcionamento, possivelmente ainda como Instituto Celso Cirne, a escola vivenciou a transferência para Guarabira, devido a uma querela política entre Tancredo de Carvalho e João Suassuna, presidente da Paraíba entre os anos de 1924 a 1929 (ARAÚJO, 2013). É o que anuncia o Jornal Os Estados (31 de março de 1928)16, quando cita que “Foi transferida a escola nocturna denominada Celso Cirne do povoado Moreno do município de Bananeiras para a cidade de Guarabira, sendo creada uma escola elementar mixta na villa de Teixeira”. 16 Citação disponibilizada por Edinaldo Cordeiro Pinto Júnior. Infelizmente não tivemos acesso a íntegra deste jornal. 33

Em 21 de abril de 1958, a escola já se encontrava de volta à Moreno, sentiu-se a necessidade de ampliar suas instalações, a escola se mudaria para um novo prédio, construído com recursos do estado. F29: Grupo Escolar Celso Cirne, 1958. Fonte: Acervo Pessoal de Edinaldo Cordeiro Pinto Júnior, 2020. 8.2 COLÉGIO ESTADUAL DR. ALFREDO PESSOA DE LIMA Localização: R. Luís Ferreira de Melo F30: Imagem frontal do Colégio Estadual de Solânea. Fonte: Acervo Pessoal de Edinaldo Cordeiro Pinto Júnior, 2020 34

O Colégio Estadual de Solânea foi criado em 07 de novembro de 1970 pelo Decreto Nº 5.247, durante o governo de João Agripino Filho. Ofertava o ensino secundário, ampliando de forma pioneira, no ano de 1976, a oferta para o 2º grau (nomenclatura da LDB de 1971, vigente a época). A direção do Colégio Estadual foi destinada ao juiz da comarca de Solânea Raimundo de Oliveira e ao vice professor Geriz de Oliveira. A escola dividia o mesmo prédio que o Colégio Comercial Pedro Augusto de Almeida17, tendo [...] quatro turmas do antigo curso ginasial, hoje equivalente ao ensino fundamental, atendendo a uma clientela de 303 alunos. Na ocasião de sua fundação, a secretaria da escola era composta por 04 secretários, havendo também pessoal de apoio, que compreendia 04 auxiliares de serviçoes gerais, sendo estes últimos funciónarios lotados na Prefeitura Municipal, todos colocados à disposição do Estado (PINTO JÚNIOR, 2014, p.49). Vivendo o seu período de auge, em 1976 a escola passaria a ser chamada de “Colégio Estadual Dr. Alfredo Pessoa de Lima”, em homenagem a um dos cidadãos mais engajados na causa da emancipação política de Solânea (PINTO JÚNIOR, 2014). Essa mudança é resultado da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Nº 5.692, de 1971, que fixava orientações para o ensino de 1º e 2º graus. Em Solânea, o Colégio Alfredo Pessoa seria a primeira instituição a ofertar o 2º grau na cidade. Esta mudança levou a instituição a sofrer reformas e ampliações para criação de novas salas. Atualmente chamado de “Escola Cidadã Integral Técnica Alfredo Pessoa de Lima”, carrega o nome de um jurista de projeção local e estadual (PINTO JÚNIOR, 2014, p. 42), foi um dos homens que lutaram para transformar o Distrito de Moreno na cidade de Solânea. É descrito por Bastos (1987, p.129) da seguinte forma: Nasceu no sítio \"Maria do Ó\" no dia 26 de agosto de 1912, Município de Bananeiras. O memo era filho de Vicente Pessoa de Lima e Umícias Ferreira de Lima. [...] Homem inteligente, destacava-se pela sua coragem e altivez. Foi ele um dos maiores lutadores pela independência política de Solânea e no dia de sua emancipação, ele represengou a Câmara dos Deputados em João Pessoa, fazendo um dignificado discurso que muito nos honrou e nos honra Agora como Colégio Alfredo Pessoa de Lima a escola ainda seria sede, no final da década de 1990, do projeto “CEPES - Centros Paraibanos de Educação Solidária”, que segundo 17 Era um colégio particular, coordenado pela Fundação Padre Ibiapina, criado em 22 de abril de 1956 pelo Padre José Rodrigues Fidelis, primeiro pároco da cidade de Solânea. 35

Pinto Júnior (2014, p.58) trazia “O objetivo primordial de oferecer à comunidade uma educação voltada para os valores da cidadania e para os direitos inalienáveis da criança e do adolescente”. Diante de um novo cenário, em 2001, por uma exigência da CEPES a escola ganharia um novo prédio, passando a funcionar onde hoje se encontra, na rua Luiz Ferreira de Melo, S/N. Em 2019, o então governador do estado - João Azevedo – reformou e ampliou suas instalações físicas, dando a ela seu atual nome: “Escola Cidadã Integral Técnica Alfredo Pessoa de Lima”. 8.3 CRECHE MUNICIPAL ADELIA ARAÚJO DE MELO Localização: R. José Amâncio Ramalho F31: Fachada Frontal da Creche Adélia Araújo de Melo Fonte: Jornal Correio do Moreno (junho, 1986, p.01) A creche surge no ano de 1984 “Cásulo Adélia Araújo de Melo”, funcionando em parceria com a Associação Solanense de Assistência Social - ASAS, para beneficiar substancialmente os menores carentes do município. Adélia de Araújo era mãe dos prefeitos Arnóbio Viana (1983-1988), e Arnaldo Viana (1997-2000). Adélia era uma dona de casa que chegou na cidade de Solânea por volta da década de 1950, faleceu em 1965. A creche era localizada na rua sete de setembro, por trás da igreja matriz, contando com 14 funcionários, sendo eles professores, merendeiras, auxiliares de serviço, monitores, além de uma diretora e uma tesoureira. A instituição funcionava em tempo integral e fornecia as crianças: camisas, calções, remédios, lápis, cadernos, livros, toalhas, almoço, café, lanche e etc. (Jornal Correio do Moreno, 1986). Suas atividades eram dirigidas para crianças de idade entre dois e seis anos. 36

A creche atualmente encontra-se ativa, intitulada como “Creche Municipal Adélia Araújo de Melo”. Se localiza atualmente na rua José Amâncio Ramalho e funciona em tempo integral e atende crianças para berçário e maternal. 8.4 ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO Localização: Rua Celso Cirne O Colégio Comercial Arlindo Ramalho foi fundado no início do ano 1985, através da iniciativa do Prefeito da época Arnóbio Viana, do deputado Ramalho Leite e do professor Geadelande Carolino Delgado. Arlindo Ramalho era pai de Ramalho Leite, foi um político atuante, vereador da cidade de Bananeiras no ano de 1955. F32: Fachada Frontal da Escola Estadual Arlindo Ramalho Fonte: Acervo Pessoal de Edinaldo Cordeiro Pinto Júnior, 2020 A escola funcionava no turno da noite, no prédio da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Ernestina Pinto”, cedido pela Prefeitura Municipal. Ernestina da Silva se tornou professora municipal em Solânea com apenas 18 anos de idade, assumindo o magistério público primário (CARVALHO, 1975, p. 48). A escola que recebeu seu nome ainda se encontra ativa e se localizada na Rua Alfredo Pessoa de Lima. Ela foi criada em março de 1972, durante a administração do prefeito Jacob Soares Pereira (1969-1973). Sobre ela cita Pinto Júnior (2016, p.55): Como forma de dinamizar a vida educacional do lugar ainda carente, o primeiro nome lembrado foi o de Ernestina Pinto. O então prefeito prestou essa justa homenagem à 37

grande mestra, perpetuando seu nome na história educacional de Solânea. A escola é referência no ensino fundamental de primeira fase no município há mais de 40 anos. Retomando o Colégio Comercial Arlindo Ramalho, lá funcionava o curso técnico em contabilidade. Segundo o Jornal Correio do Moreno (1985, p.8), o quadro de professores se apresentava da seguinte maneira: ▪ Português - Marinete Viana; ▪ Física - Jacineide Delgado; ▪ Biologia - Genival Azevedo; ▪ Matemática – Geadelande Carolino Delgado; ▪ Moral e Cívica – Arnóbio Viana; ▪ Geografia – Jacinete Delgado; ▪ Contabilidade Geral – Jeronildo Medeiros; ▪ Contabilidade Agrícola – Francimar Lins de Oliveira; ▪ Economia – Iremar de Oliveira; ▪ Educação artística – Lia; ▪ Química – Othon; ▪ Contabilidade Pública – Yeda Nogueira; ▪ Programas de Saúde – Rita de Araújo; ▪ Educação Física – Vandeci Romão. Atualmente o colégio tem como nome “Escola Estadual de Ensino Fundamental Médio Arlindo Ramalho”, localizado na rua Celso Cirne, no antigo prédio do Grupo Escolar Celso Cirne. 38

9. CENTROS ESPORTIVOS 9.1 ESTÁDIO TANCREDO DE CARVALHO Localização: Entre as ruas 5 de agosto e 13 de maio. F34: Atual fachada do Estádio Municipal Tancredo de Carvalho Fonte Acervo do Projeto, 2020 O Estádio Tancredo de Carvalho surgiu na década de 1950, tendo como fundador Tancredo de Carvalho18, que cita em seu livro de memória \"Desapropriei, por utilidade pública, [...] o terreno para construção do campo de futebol aqui denominado Estádio Municipal Tancredo de Carvalho’’ (CARVALHO, 1975, p. 138). Ao fundar esse Estádio, Tancredo queria que fosse um espaço onde se pudesse vivenciar partidas e campeonatos futebolísticos, além de sediar o ‘Vila Branca Sport Club’ (equipe fundada em 18 de maio de 1924, com o time oficial composto por Adauto Silva, Arthur Silva, Odon Bezerra, José Guimarães, Francisco Xavier, Alfredo de Araújo, José Alves, Cicero Macena, Francico Marcos e Cícero Preto), um dos principais times locais, juntamente com o mais recente ‘Palmeiras Futebol Clube’ (equipe fundada em 1957, composta pela primeira fase do grupo. Uma outra equipe se constituiria em 1973, caracterizando uma outra fase, uma outra história, um outro Palmeiras\" (ARAUJO, 2003, p.77)). 18 Autor do Livro de memória Memórias de um Brejeiro (1975) e proprietário do Jornal Correio de Moreno (década de 1920) 39

Sobre o prédio, “O Tancredão não era murado. Uma cerca viva de aveloz o protegia. Tinha duas estradas: uma, a principal, onde se pagava o preço oficial; outra, a secundário, era alternativa para aqueles que não podiam pagar o ingresso - o valor cobrado na entrada da frente, da bilheteria ou portaria” (ARAUJO, 2003, p 69). Para a construção do estádio, contaram com o auxílio do Jornalista Assis Chateaubriand19, que estava em plena campanha política para senador e na ocasião visitava a cidade de Solânea, com o apoio de Tancredo de Carvalho. Em entrevista cita Pinto Júnior (entrevista, 2020): “Esse rapaz fez promessa de campanha, ele fez uma significativa doação em espécie 5.000 cruzeiros para ajudar na construção do estádio que leva o nome de Tancredo de Carvalho, na época era o principal representante político da cidade’’. O estádio só ganharia suas feições atuais pelas mãos do Prefeito Jacob Soares Pereira, que na década de 1970, promove uma reforma nas estruturas físicas do Estádio. Segundo Araújo (2003, p.70), “A inauguração dos muros, vestiários, alambrado e nova fachada acontece no dia 1° de novembro de 1972, com um torneio de futebol que, não podemos ser decidido, foi a partir de final, entre Vila Branca e Picuí, transferida para o dia 26 daquele mês, da qual time solanense saiu vencedor”. F33: Estádio Municipal Tancredo de Carvalho, 1950 Fonte: Acervo Pessoal de Edinaldo Pinto Junior, 2020. 19 Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo nasceu em Umbuzeiro (PB) no dia 5 de outubro de 1892. Fez seus primeiros estudos em Campina Grande (PB), em 1906, aos 14 anos, teve sua primeira experiência jornalística escrevendo para O Pernambuco, jornal de propriedade de Pedro Avelino. [...] Além da vida política, publicou inúmeros livros e artigos. Biografia disponível no seguinte endereço: http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/CHATEAUBRIAND,%20Assis.pdf . Acesso em 26/02/2021. 40

O Estádio voltaria a receber outras melhorias em 1987, durante a gestão do então prefeito Arnóbio Viana (1983-1989), assim coloca o Jornal Correio do Moreno (abril/ maio, 1984, p.06), quando cita: \"a recuperação está sendo esse efetivada nos alambrado, nos vestiários, nas passarelas e, principalmente no gramado onde foi retirada toda grama existente, revirada a terra, para se replanta uma espécie mais apropriada a estádio de futebol\". Em 1992, na gestão do prefeito Francisco Freitas Chaves (1992-1996) houve a construção de arquibancadas e a recuperação da fachada (ARAUJO, 2013 p.72). 9.2 GINÁSIO DE ESPORTE ADAULTO SILVA Localização: R. Cinco de agosto Fundado na gestão do prefeito Arnóbio Viana (1983-1989), o Ginásio está localizado na rua 5 de Agosto e “[...] foi concluído em janeiro de 1987’’ (SOUSA, entrevista, 2020). Carrega o nome do ex-diretor do Grêmio Morenense “Adauto Silva”. Bastos (1987, p.131) o aponta como “[...] um dos fundadores e jogador do principal time da cidade, que é o Vila Branca Futebol Clube, do Grêmio Morenense, de uma Biblioteca Pública, instalada no próprio Grêmio (atualmente extinta), do campo de aviação e de tantas outras coisas ainda existentes na nossa cidade atualmente\". F35 e 36: Início da Construção do Ginásio Fonte: Jornal Correio do Moreno (1986, p.01) 41

Junto ao local do Ginásio se teria uma área de lazer municipal, construção voltada a atender as necessidades de socialização e lazer da comunidade. Cita o Jornal Correio do Moreno (1986 p.01) sobre a inauguração do espaço: Segundo o próprio Prefeito Arnóbio Viana, terá quadra de futebol de salão, basquete e voley, vestiário masculino e feminino, sala para professores, depósito de material, diretoria, bar e balcão, arquibancada, além de um amplo salão para mesas. Isto, ilustrou Arnóbio, será apenas a área de lazer. Já o ginásio de esporte terá um mini- campo para futebol, piscina (adultos e criança) além de um parque infantil destinado a diversão da criança. O Ginásio de Esporte passou por uma reforma realizada na área externa e no interior de suas instalações, após ter passado anos fechado. Sua reinauguração aconteceu no dia 16 de abril de 2015, pelo então Prefeito Beto do Brasil (2001-2008 e 2013-2016), que na ocasião citou: “Este ginásio não é um simples ginásio, ele é um espaço onde acontecem os maiores eventos, as maiores reuniões. Era um espaço onde tudo acontecia e que infelizmente estava em ruínas”.20 F37: Imagem atual do Ginásio Fonte: Acervo Projeto, 2020 10. PONTOS TURISTICOS 10.1 PEDRA DA PINTURA Localização: Assentamento Nossa Senhora da Conceição 20 Citação disponível no seguinte endereço eletrônico: https://solaneaonline.com . Acesso em 26/02/2021. 42

A Pedra da Pintura está em meio a uma típica vegetação da zona do Curimataú, localizada no assentamento Nossa Senhora da Conceição, ligado ao sítio Goiana e Cacimba da Várzea em Solânea - PB. A Pedra Pintada tem gravada em si símbolos sonoros e visuais em três pequenas pedras empilhadas, como que tivesse sido colocada propositalmente no local e sobre tal posição. Pedra Pintada, foi descoberta casualmente por alguns caçadores, \"Pedra Pintada\" repousa através dos tempos, ao lado de uma imensa elevação granítica, angulada em torno de noventa graus, com relação a linha imaginária da superfície natural, sobre três pequenas pedras, como que obedecendo a cálculos matemáticos da mais projetada precisão computadorizada (Jornal Correio do Moreno, Setembro 1985, N°11, p.1) Como podemos perceber, nas imagens abaixo, a Pedra da Pintura se constitui de três rochas repletas de inscrições rupestres de cor alaranjada. O Jornal Correio do Moreno (setembro de 1985, N°11, p.3) assim a descreve: A \"Pedra Pintada\" deixa a entender que em certas partes do seu desenho existem referências a contagem de dias, meses, e anos, estações ou luas, simbolizados por uma verdadeira constelação de pontos e esquemáticos. Seu direcionamento, topograficamente, alinha-se a outras elevações, também carregando inscrições rupestres, localizada a certa distância de uma vertente de água parente F38 e 39: Pedra Pintada Fonte: Acervo Pessoal Joana D'Arck Pê de Nero, 2020. Lugar de muitas memórias, este monumento foi palco de cerimônias e ritos de passagem, é o que apontam as pinturas rupestres feitas por índios, datadas possivelmente de 5 43

mil anos atrás. Assim como O Santuário de Padre Ibiapina, o sítio arqueológico de Pedra Pinta é oficialmente reconhecido como patrimônio histórico de Solânea, estando registrado na Lei Orgânica do município (1990), no capítulo III 'Da Ordem Social - Seção I - Da Educação'. 11. CLUBES E GRÊMIOS 11.1 GRÊMO MORENENSE Localização: Rua Celso Cirne F40: Grêmio Morenense Municipal Fonte: Arquivo Pessoal de Seu Zuca José Martins de Souza, mais popularmente conhecido como ‘Seu Zuca’, nascido na cidade de Araruna em 5 de dezembro de 1936, mudando-se para Solânea em 1947, onde permanece atualmente, retrata suas lembranças21, sobre o Grêmio Morenense a partir de um documentário produzido no ano de 2019, postado na plataforma You Tube. O Grêmio Morenense foi uma realização de um grupo de homens de boa vontade, constituído por Leôncio Costa, José Pessoa da Costa, Tancredo de Carvalho, Alfredo Bandeira da Costa, Olegário Agápito da Costa, João Lali da Silva Pinto, entre outros, a ideia da construção do Grêmio surgiu por não terem um lugar para se reunir, tendo em vista as demais cidades já havia desse ambiente social, tendo sua construção entre 1920 e 1927, onde fica localizado na rua Celso Cirne até hoje. 21 Documentário disponível na plataforma do YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=oVww8yWm8Co&feature=youtu.be. 44

Segundo o livro “Um olhar sobre Tancredo de Carvalho e Outro Solanenses, o prédio do Grêmio Morenense é uma construção da década de 20, do século passado, que foi oficialmente fundada em 18 de maio de 1924, como entidade lítero-recreativo, que foi palco de importantes eventos da história do município. Apesar de sua construção no ano de 1924, sua inauguração só aconteceu três anos depois, no ano de 1927, conforme relatou Tancredo: No dia 24 de maio de 1927, era inaugurada festivamente a sede social do \"Grêmio Morenense\", realização de tenacidade de um grupo de homens de boa vontade, constituído de Leôncio Costa, José Pessoa da Costa, Tancredo de Carvalho, Secundino Ferreira Passos, Alfredo Bandeira da Costa, Olegário Ágape da Costa, João Lali da Silva Pinto e outros (CARVALHO, 1975, p.35) O Grêmio teve relação com o time de futebol Vila Branca, que foi criado a partir de uma frase de Sollon de Lucena22” povo de Solânea estava tudo com as bandeiras brancas assinando, aí foi quando ele disso isso não é uma vila de moreno, e uma vila branca (SOUSA, 2020)”, em 1920, onde dizia que a Vila de Moreno era uma Vila Branca, isso levou ao Grêmio a criação de uma parte esportiva que deu o nome do time de Vila Branca, fundado na mesma data do Grêmio, em 18 de maio de 1924, que usava o uniforme nas cores vermelha e branco, tornando-se uma das grandes equipes do futebol. Idealizado pelo Grêmio o estádio “Tancredo de Carvalho” foi criado, mais conhecido como “O Tancredão” foi inaugurado em 18 de maio de 1955, e com uma reinauguração com maior estrutura em 1º de novembro de 1970, sendo sede de grandes e marcantes jogos na cidade, com capacidade para três mil pessoas. O Vila Branca na região teve grande importância, pois foi campeão da copa de segunda divisão do campeonato Paraibano de 1993 a 1995, levando jogadores até a seleção Brasileira. Por seu desenvolvimento foi necessário que o grêmio tivesse dois espaços, com isso havia o presidente do Grêmio Esportivo e do Grêmio Social, em funções diferentes conseguiam manter melhores administrações das festividades. 22 Solon Barbosa de Lucena (Bananeiras, 1877 — 1926) foi um fazendeiro e político brasileiro. Filho de Virgínio de Melo e Amélia Barbosa de Lucena, sobrinho-neto do barão de Lucena e primo em 2º grau de Epitácio Pessoa. Assumiu o governo da Paraíba, de 1 de julho a 22 de outubro de 1916, quando presidente da Assembleia Legislativa, devido à renúncia por motivos de saúde de Antônio da Silva Pessoa. Foi eleito presidente da Paraíba em 22 de julho de 1920, governando o estado de 22 de outubro de 1920 a 22 de outubro de 1924. Construiu, em 1923, a primeira escola pública de Campina Grande, o Grupo Escolar Solon de Lucena, onde funcionava a reitoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que teve como primeiro diretor Mário Gomes. 45

F41: Time de Futebol Vila Branca no Estádio Tancredão Fonte: Arquivo Pessoal de Seu Zuca Grêmio tornou-se utilidade cultural, pois, foi teatro, apto social, loja maçônica, prefeitura, fórum, o primeiro cinema em 1950, a biblioteca Álvaro de Carvalho que na época foi uma das mais importantes da região, levando também a ser espaço para eventos públicos, reuniões, assembleias, onde maioria das pendencias públicas eram resolvidas no local. Biblioteca Álvaro de Carvalho existiu no Grêmio Morenense, e foi criada ‘’por Álvaro de Carvalho, que foi governador da paraíba, primeiro professor que veio para Solânea [...], que dizer foi ele que criou a biblioteca, a maior biblioteca da paraíba era no grêmio Morenense’’ (SOUZA, entrevista, 2020). Seu Zuca relata suas vivências no Grêmio Morenense em 1958 que com um grupo de amigos colocaram em prática uma proposta, ele teve grande importância para o local foi sócio, foi diretor social, vice presidente de duas a três vezes, assumiu a presidência e também foi jogador do Vila Branca. Atualmente o presidente é Sr. José Hélton Martins de Sousa, filho de Seu Zuca. A fachada do Grémio permanece a mesma pois ele é um Patrimônio Cultural de Solânea pela lei municipal 017/2000, por iniciativa no qual em 12 de março de 2001 foi apresentado o projeto de lei nº 06/2001, levando a justificativa, dentre outros argumentos: “É oportuno, pois-quando os municípios têm procurado preservar seu patrimônio e cultura, não só com o fito de resgatar a memória e história das comunidades, mas também como forma de atrativo turístico e de fonte de renda para os seus cofres-, que sejam tomadas as devidas providencias para o Grêmio Morenense seja incorporado ao nosso Patrimônio Cultural, cumprindo-se, desse modo, o Art.174 da Lei Orgânica do Município” (CARVALHO,1975, p.36) 46

F42: Fachada do Grêmio Morenense Fonte: Domínio Público23 Segundo SOUZA,2020, na sua gestão do Grêmio, em 2007, foi criado o Carnaval Vermelho e Branco, no qual homenageia a cada ano celebridades da cidade de Solânea. De uma forma diferente no município de Solânea, o Baile Vermelho e Branco atrai não só os filhos de Solânea mais também visitantes de outros estados que prestigiam o evento, é de costume receber um grande público nas dependências do Grêmio Morenense como é de praxe terminar com o banho de cascata na praça 26 de novembro no centro da cidade 11.2 CLUBE DAS MÃES Localização: R. Tancredo Neves, nº 70 O Clube de Mães Nossa Senhora de Fátima se localiza na Rua Tancredo Neves, e é citado no livro Solânea. A idade da razão (1987) como o único existente na década de 1980. Aponta Bastos (1987, p.97) que em Solânea ‘‘[...] temos apenas um clube das Mães, dominado Nossa Senhora de Fátima, fundado em 1972 pelo vigário Pe. José de Florem, Odaiza Alves de Lima, Maria José Coutinho e Ana Araújo de Medeiros, sendo reconhecido no dia 11 de abril de 1977’’. 23 https://solaneaonline.com/solanea-gremio-morenense-comemora-89-anos-neste-sabado/foto-gremio- morenense/ 47

Quanto ao ano de fundação do Clube, em consultas feitas na rede também é apontado a data de 09 de abril de 198124, apontando uma dúvida quanto o ano de criação da instituição. Atualmente ele é um clube privado, onde ocorre eventos como casamentos e aniversários, etc. F43: Clube das Mães Fonte: Acervo do Projeto, 2020 12. COOPERATIVAS 12.1 COOPERATIVA MISTA DE SOLÂNEA F44: Cooperativa Mista de Solânea Fonte: Acervo Pessoal de Edinaldo Pinto Júnior, 2020 24 Notícia disponível em: https://www.econodata.com.br/lista- empresas/PARAIBA/SOLANEA/C/09265885000125-CLUBE-DE-MAES-NOSSA-SENHORA-DE-FATIMA Acesso em: 26/02/2021 48

A Cooperativa Mista de Solânea, foi criada em 4 de abril de 1957, teve como primeiro presidente Belizio Valério Pessoa, e como funcionários: Luiz Ferreira de Melo, Oswaldo Medeiros, José Elísio da Rocha, João Lali da Silva Pinto. Funcionava sem fins lucrativos como prestadora de serviço, que se objetivava o desenvolvimento social e econômico dos associados e da região, assim aponta Bastos (1987, p. 78). Sem prédio próprio, primeiramente começou a funcionar numa sala da antiga prefeitura, na rua Celso Cirne, mas se mudou para Rua Dr. José Amâncio Ramalho, onde hoje se encontra, mas está desativada e o prédio abandonado Era uma sociedade mista, tinha associados, mas acabou que as pessoas responsáveis por essa cooperativa não se interessaram mais, e o prédio atualmente é abonado e a cooperativa desativada. Considerada até pouco tempo atrás como um verdadeiro exemplo de organização Administrativa, A Cooperativa Agrícola Mista de Solânea, pelo que se vê, não tem prestado os mesmos serviços que até certo tempo atrás prestava a todos os seus sócios e colaboradores, gerando uma certa expectativa no meio rural, de uma maneira um tanto quanto preocupante. Na verdade, pelo menos publicamente, nada se sabe sobre o que realmente ocorreu no comando direcional daquela entidade e o que vem sendo feito no sentido de sanar alguns entraves existentes, visando a completa reativação das diversas atividades que antes eram prestadas por aquela respeitada instituição. (Jornal Focando a Noticia, 2017). Essa cooperativa além de ter exercido a função social para o homem de campo, tinha também um prédio no centro da cidade onde era uma padaria \"eu cheguei a comprar pão na padaria, claro, minha geração. E essa padaria era da cooperativa, e isso tudo foi dado fim por um grupo aí que não prestou conta mais’’ (ARAUJO, 2020). Nota-se, que essa cooperativa visava a prestação de serviço para a população e desenvolvimento econômico. 13. JORNAIS 13.1 Jornal Correio de Moreno Localização: Praça 26 de novembro O Jornal ‘Correio de Moreno', era produzido na cidade e trazia como “Director proprietário Tancredo de Carvalho, Direcção política Leoncio Costa e Redactor-chefe Abdias de Oliveira” (Jornal Correio de Moreno, 11 de dezembro de 1927). Na versão de 8 de maio de 1929, o jornal comemora o seu segundo ano, anunciando sua luta intensa pelas letras. “Nesse espaço de existência de ingentes sacrifícios, combateu incansavelmente pelos interresses vitaes dessa pequena nesga da Parahyba” (Jornal Correio de 49

Moreno, 08 de maio de 1929). Carvalho (1975, p.31) define este sodalício como \"[...] um pequeno esteio em prol do bem comum, erguido nas formosas plagas das terras de Moreno\". Compunham a equipe editorial do jornal os professores Alfeu Rabêlo e Rodolfo Pontes. F45 - Prédio do Correio de Moreno. Fonte: CARVALHO, 1975, p. 33 O jornal possuía prédio próprio, localizado na rua da Praça 26 de Novembro, onde atualmente se localiza o Shopping Valeriu’s Center. Devido a grande importância que teve ele chegou a circular nas cidades circunvizinhas. É o que aponta a carta publicada no Jornal (18 de setembro de 1927), de autoria de Sebastião de Azevedo, jornalista da cidade de Serraria. Assim, Moreno, \"Vila Branca \" florescente e risonha de hoje, a bradar as conquistas das afanosas da boa imprensa e a medrar os bons propósitos a pról do bem comum visando a cessão mais perfeita da políticas, social e material dos seus habitantes, torna- se digno da admiração de nós outros e honra a tradição do município a quem pertence, berço do saudoso Solon de Lucena, investigador cintilante da paz e devotado batalhador, o que foi, tudo o que representa o progresso. Em 1928, Carvalho (1975, p.52) aponta que o Correio de Moreno já se encontrava em um novo formato, devido a aquisição de um aparelho topográfico, o primeiro a ser encontrado no brejo paraibano. Com a Revolução de 1930, Campina Grande dispara como um grande centro, e seu editor-chefe começa \"[...] a receber cartas e chamados dos ilustres campinense drs. José Tavares Cavalcante e Otávio Amorim, brilhantes advogados e políticos naquela cidade, convocando para transferir para ‘rainha do Sertão’ as oficinas do ‘Correio do Moreno’”. Com 50


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