Nº26 Ano V do Rio Grande do Norte Julho/Agosto 2017 WorldSkills Mossoró tem favoritismo em soldagem CORRIDA NOTURNA Edição 2017 com novo percurso PROCOMPI IEL aprova cinco projetosNORDESTE MAIS FORTE Federações e entidades planejam desenvolvimento da região
chapéu2 maio/junho de 2017
sumário NORDESTE DIREÇÃO FORTE5 PRESIDENTE: Amaro Sales de Araújo Roadshows sobre 1º VICE-PRESIDENTE: investimentos Pedro Terceiro de Melo acontecem no NE VICE-PRESIDENTES: Antônio Thiago Gadelha Simas Neto,4 Palavra do Presidente Francisco Vilmar Pereira, Sílvio de Araújo Bezerra, Sérgio Henrique Andrade de Azevedo,FIERN 16 REFORMA Sílvio Torquato Fernandes, Maria da Conceição8 CRÉDITO Rebouças Duarte Tavares, Álvaro Coutinho da Motta TRABALHISTA BNB, BNDES e Sudene DIRETOR 1º SECRETÁRIO: apresentam linhas e incentivos Especialistas analisam Heyder de Almeida Dantas mudanças e benefícios10 DEPOIMENTOS DIRETOR 2º SECRETÁRIO: 19 EÓLICA Djalma Barbosa da Cunha Júnior Presidentes de Federações das Indústrias do Nordeste Fórum Nacional reúne DIRETOR 1º TESOUREIRO: setor em Natal Roberto Pinto Serquiz Elias12 ENTREVISTA 22 RESÍDUOS DIRETOR 2º TESOUREIRO: Marcelo Neves, José Garcia da Nóbrega superintendente da Sudene SÓLIDOS DIRETORES:14 REFORMA Seminário revela Francisco Ferreira Souto Filho, Francisco Assis de crescimento bilionário Medeiros, João Batista Gomes Lima, Pedro Alcântara TRIBUTÁRIA Rego de Lima, Francisco Vilmar Pereira Segundo, Antônio Leite Jales, Jorge Ricardo do Rosário, Geraldo Relator apresenta Orlando Santos Gadelha Simas, José Zélito Nunes, Edilson propostas na FIERN Batista da Trindade, Carlos Vinícius Aragão Costa Lima, Marinho Herculano de Carvalho, Ricardo Valença GomesSenai SESI CONSELHO FISCAL:24 WORLDSKILLS 29 CORRIDA Francisco Pereira Soares, Alberto Henrique Serejo Gomes, Jorge José da Silva Bastos Filho Soldadores do Ítalo NOTURNA Suplentes: Gustavo Henrique Calafange Motta, Tennyson Bologna são favoritos Brito Holder da Silva, Euzim Alves dos Santos Competição tem28 MUNDO SENAI novo endereço DELEGADOS JUNTO À CNI: - Efetivos: Amaro Sales de Araújo, Flávio José Edição 2017 acontece Cavalcanti de Azevedo em Natal e Caicó - Suplentes: Antonio Thiago Gadelha Simas Neto, Roberto Pinto Serquiz Eliasiel DIRETOR DO SERVIÇO NACIONAL DE31 PROCOMPI 32 GEOPROCESSAMENTO APRENDIZAGEM INDUSTRIAL (SENAI-RN): RN tem projetos em cinco IEL capacita técnicos do Roseanne Albuquerque Idiarn e Ematersetores da economia SUPERINTENDENTE DO SERVIÇO SOCIAL DA INDUSTRIA (SESI-RN):Revista da INDÚSTRIA DO RN Juliano Martins SUPERINTENDENTE DO INSTITUTO EUVALDO LODI (IEL): Maria Angélica Teixeira e Silva SUPERINTENDENTE CORPORATIVA DO SISTEMA FIERN: Katary Mendes Diniz SUPERINTENDENTE DE ESTRATÉGIAS E ARTICULAÇÃO DO SISTEMA FIERN: Hélder Maranhão FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Av. Senador Salgado Filho, 2860 Lagoa Nova Natal/RN - CEP: 59075-900 Fone: 55 (84) 3204.6200 / Fax: 55 (84) 3204.6278 3
palavra do presidente Nordeste Esta edição da Revista da Indústria, dentre outros assuntos, evidencia nossa luta em torno do fortalecimento do Nordeste, emmais forte especial, o protagonismo da Associação Nordeste Forte e a SUDENE. Aliás, uma nova SUDENE está se consolidando, mais uma vez, como Amaro Sales de Araújo, um instrumento imprescindível para o Nordeste melhor. A nossa industrial, Presidente da FIERN e do COMPEM/CNI esperança – que não é pouca - está depositada neste novo contexto. A Confederação Nacional da Indústria e a Associação Nordeste Forte, que reúne as Federações de Indústrias do Nordeste, estão articuladas na contribuição para uma SUDENE mais forte, articuladora de protagonistas, idealizadora de programas e célula estratégica de planejamento regional. A SUDENE, dentre outras prioridades, deve evidenciar maior atuação para que os Fundos financeiros de promoção do desenvolvimento do Nordeste sejam melhor utilizados pelos empreendedores. Aliás, a primeira reação é no sentido de demonstrarmos ao Governo Federal que não pode ocorrer desmobilização de recursos financeiros para projetos de desenvolvimento. Existem outras demandas justas, mas os recursos financeiros para o desenvolvimento fazem parte do que poderíamos chamar “alicerce” da vida social. Ora, se o alicerce não for bem feito, a construção estará comprometida. Neste sentido, tanto pela SUDENE, quanto pela articulação da CNI e Associação Nordeste Forte, insistimos para que sejam revistas as regras que burocratizam o acesso ao crédito e que, realmente, os juros sejam justos. Para o Nordeste, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) é um dos principais instrumentos de financiamento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional que, em síntese, objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região. É oferta de crédito diferenciado para enfrentar a desigualdade regional. É o meio disponível para financiar atividades econômicas que sejam compatíveis com a vida no semiárido. O processo de elaboração do programa anual passa pelo Conselho Deliberativo da SUDENE, fato que evidencia a relevância da instituição no que se refere a influenciar o desenvolvimento da região. A SUDENE também atua junto ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE), recursos utilizados em infraestrutura e em empreendimentos com “grande capacidade germinativa de novos negócios e novas atividades produtivas”. Assim sendo, pela capacidade de articulação, pelos incentivos fiscais que autoriza, pelos projetos produtivos que aprova ou pelas linhas de atuação dos fundos de financiamento que delibera, a SUDENE precisa ser mais forte, encorpada com bons programas, celebrada como estratégica para um Nordeste melhor, a bem do desenvolvimento regional e, em última análise, do progresso do Brasil.4 JULHO/AGOSTo de 2017
NORDESTE FORTE FORTALECERo nordesteSérie de roadshows sobre crédito e investimentos serárealizada nas Federações das Indústrias dos nove estadosnordestinos, o primeiro ocorreu em Recife (PE) A crise econômica somada à estiagem político-econômica e com vistas a aumentar FIERN prolongada tem sido uma combinação danosa ao desenvolvimento do Nordeste. a competitividade da região, as Federações A região, que chegou a registrar índices de das Indústrias dos nove estados nordestinos crescimento maiores que a média nacional reunidas em Associação, a Nordeste Forte, e avanços sociais importantes nos últimos anos, amarga quedas com a desaceleração buscam viabilizar alternativas. Entre elas, o da economia, desemprego em alta e baixo Roadshow “Investimento e Desenvolvimento consumo. O Produto Interno Bruto (PIB) da do Nordeste”, lançado dia 14 de julho, no região caiu em média 4,3% ao ano, entre auditório da FIEPE. O encontro deu início a 2015 e 2016, segundo dados da Tendências uma série de roadshows que será realizada Consultoria Integrada. em cada estado, aproximando empresários Em meio a conjuntura de instabilidade e instituições de fomento, no intuito deRevista da INDÚSTRIA DO RN viabilizar o acesso a crédito e incentivos para fortalecer a indústria da região. 5
NORDESTE FORTE O evento reuniu os presidentes das parceiros, que demonstram o desejo de Federações das Indústrias da região, a contribuir, torna mais fácil encontrar o Sudene, o Banco do Nordeste (BNB), Banco caminho das soluções”, frisa Amaro Sales. Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Confederação Nacional da Ele pondera que, por estar inserida no Indústria (CNI) e Apex, em Recife. Semiárido, a região tem dificuldades de infraestrutura e não possui forte característica O presidente da Nordeste Forte e do exportadora. “Há o desejo de uma política Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, regional, diferenciada e atrativa, um pacto de destaca a importância da iniciativa para desenvolvimento para a região de grandes potenciais. Queremos incentivar a indústria discutir as desigualdades regionais, além de da região para as exportações, uma das saídas para o crescimento do setor. Esses encontros prioridades, mudanças e necessidades da abrem oportunidades para fomentar este desenvolvimento”, analisa Sales. indústria do Nordeste. “É preciso planejar e incentivar a indústria regional. Estamos inovando em discutir alternativas comFIERN 6 JULHO/AGOSTO de 2017
NORDESTE FORTESudene comatuação ampliada Ampliar a atuação da Sudene, enquanto As empresas que se instalam na regiãoórgão indutor do desenvolvimento e de da Sudene têm direito a incentivos fiscais,articulação entre os estados do Nordeste, que variam entre 30% e 75% sobre oé na avaliação do superintendente da Imposto de Renda de Pessoa JurídicaSudene, Marcelo Neves, determinante para (IRPJ), além de descontos no PIS/PASEP eo crescimento socioeconômico da região. A Confins para aquisição de novas máquinas.autarquia dispõe de recursos para financiarprojetos com recursos do FDNE e defende o A concessão de incentivos fiscais refleteuso de incentivos fiscais como instrumentode desenvolvimento regional. na criação de postos de trabalho, destaca Marcelo Neves, com 383.631 empregos diretos criados entre 2012 e 2015 e outros 145.862, de 2016 e 2017. “São políticas diferenciadas para reduzir as desigualdades regionais. Com investimentos e planejamento para ter crescimento econômico”, afirma Neves. Por meio desses incentivos e financiamentos, explica o diretor de planejamento da Sudene, Alexandre Gusmão, os estados tem condições de serem mais competitivos e atrair mais empresas para se instalar, gerar empregos, renda no local. O benefício atende a novas e empresas já existentes. “Este é o papel que a Sudene quer desenvolver junto as Federações para fomentar em cada estado um pool de empresas de mercado com as características de cada localidade”, afirma. Gusmão observa que em meio a crise econômica, os incentivos funcionam como uma forma de viabilizar as operações das empresas já existentes. “A isenção de imposto vira lucro na crise”, conclui. (da dir. para esq.) O diretor do BNB, Perpétuo Cajazeiras, FIERN o superintendente da Sudene, Marcelo Neves, o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, o presidente da Nordeste Forte e FIERN, Amaro Sales, o gerente do BNDES, Lucas Linhares, participam do lançamento do roadshow “Investimento e Desenvolvimento do Nordeste”Revista da INDÚSTRIA DO RN 7
NORDESTE FORTE Mais crédito e menos burocracia Linhas de financiamentos com taxas de juros mais baratas são apresentadas pelo BNB durante o primeiro roadshow, em RecifeFIERN Entre as medidas apresentadas para industrial do Banco, Lucas Linhares, é a forma de identificar e fomentar a economia melhorar acesso ao crédito, durante o lançamento do Roadshow “Investimento e com as linhas de investimentos. A ideia, Desenvolvimento do Nordeste”, realizado dia 14 de julho, no auditório da FIEPE, o explica ele, é “territorializar” a visão de Banco do Nordeste anunciou a redução da desenvolvimento para aproximar e realizar a taxa de juros para capital de giro. As taxas passam a ser de 0,88% ao mês para pequenas missão do banco de reduzir as desigualdades empresas e 1,32% ao mês para as grandes empresas. As demais regras para concessão sociais e regionais. “É a articulação de ações do crédito permanecem inalteradas. operacionais de desenvolvimento regional. Para 2017, o orçamento do Fundo Neste contexto, o roadshow é bastante eficaz, Constitucional de Financiamento do pois reúne os principais atores de estados Nordeste (FNE), operado pelo BNB, é de R$ com desafios comuns e que precisam de 26 bilhões. A redução das taxas, explica o complementariedade”, afirma. diretor de planejamento nacional do BNB, “O crédito é um dos fatores primordiais ao Perpétuo Cajazeiras, permite as empresas desenvolvimento da indústria da região industriais, com problemas de ociosidade da Nordeste e do país. A CNI tem mecanismos capacidade instalada, acessar o recurso para e projetos que facilitam essa compreensão aumentar a produção. de que tipo de crédito, A consultora da CNI, Suzana Peixoto, como tomar, onde está sendo oferecido.” destaca programas como o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), presente em sete estados Suzana Peixoto, da região, que levam capacitação para a consultora da CNI tomada de crédito e gestão dos recursos. “O crédito é um dos fatores primordiais ao desenvolvimento da indústria da região Nordeste e do país. A CNI tem mecanismos e projetos que facilitam essa compreensão de que tipo de crédito, como tomar, onde está sendo oferecido”, observa. A Política de Dinamização Regional e fortalecimento de Redes de Cidades do BNDES é, segundo o assessor da área 8 JULHO/AGOSTo de 2017
NORDESTE FORTEBate-papo: Perpétuo Cajazeiras,Diretor de planejamento do BNBEm meio a crise econômica, o que pode O empresariado reclama de dificuldadeser feito para que as empresas tenham em acessar crédito. A que se deve isso?melhor acesso a crédito de capital degiro? Às vezes, a ansiedade faz parecer difícil. Mas o trâmite dentro do banco é bastante Muitas empresas estão com o parque rápido quando o projeto é bem elaborado, emindustrial ocioso, devido a crise. E precisam até 90 dias. Mas nem todas as empresas estãode capital de giro, de fato. Decidimos baixar organizadas contabilmente ou o projeto vema taxa de juros para as linhas de capital de bem elaborado e precisa de ajustes, o quegiro, que já eram baixas em torno de 1,5%, demanda mais tempo.e podem ficar em 0,95% e 0,88% ao mês.Isto porque fazemos um mix com o FNE e Como a atuação da Associação Nordesterecursos internos. Forte pode colaborar?Qual o orçamento do FNE para 2017? Por muito tempo, o Nordeste foi tido Temos recursos para atender a demanda como o lado pobre do país. Nada mais oportuno que as federações das indústrias sedo Nordeste, um limite total de Fundo reúnam para discutir assuntos distintos porConstitucional de Financiamento do Nordeste estado, mas que, no fundo, são necessidades(FNE) de R$ 26 bilhões. Destes, R$ 14,1 comuns. São discussões produtivas debilhões são caracterizados como dotação para alto nível, que consegue eliminar gargalosaplicação de pequenas, médias e grandes apresentados. E quando todos convergem paraempresas. E outros R$ 12 bilhões para o desenvolvimento da região Nordeste, todosinfraestrutura. saem fortalecidos. Perpétuo Cajazeiras, Diretor de planejamento do BNB FIERNRevista da INDÚSTRIA DO RN 9
NORDESTE FORTE Presidentes de Federações das Indústrias do Nordeste, que integram a Nordeste Forte, comentam a iniciativa de realizar roadshows nos Estados. “Nós nordestinos precisamos desta união, por isso criamos a Nordeste Forte. Nossa visão é o cuidado e proteção com o Nordeste. São os nossos incentivos fiscais, para que possamos promover o desenvolvimento da região, o emprego, uma indústria pujante retornado ao status do passado, que fomos perdendo ao longo do tempo, e eliminar as desigualdades regionais”. BETO STUDARD, presidente da FIEC “Nós estamos discutindo aqui ações que são necessárias para o desenvolvimento do nosso Nordeste. Sabemos que o Nordeste precisa de incentivos, andar mais que alguns estados do Sul. Estamos discutindo qual a forma de propiciar aos estados melhorias, crescimento e desenvolvimento sustentável”. EDILSON BALDEZ DAS NEVES, presidente da FIEMAFIERN A Nordeste Forte está se tornando um importante fórum da região. Depois que o fórum Sudene foi mitigado durante muito tempo, foi se dissolvendo, nós estamos vendo que a Nordeste Forte busca substituir, revitalizar a Sudene e devolvendo a ela todos os instrumentos para trazer desenvolvimento inclusive para as áreas mais remotas do Nordeste”. FRANCISCO DE ASSIS BENEVIDES GADELHA, presidente da FIEPB 10 JULHO/AGOSTo de 2017
NORDESTE FORTE “Este roadshow da Nordeste Forte é o início, a retomada do desenvolvimento econômico da nossa região, de planejar regionalmente. Tínhamos uma SUDENE que era coordenadora e que com o passar do tempo foi perdendo poder, sendo desmontada e o Nordeste ficou sem coordenação. Assim fica difícil o desenvolvimento regional”. RICARDO ESSINGER, presidente da FIEPE “Enquanto região ficamos mais fortes. Ao invés de sermos um, somos nove. O problema de falta de investimento é da indústria brasileira e especificamente da nordestina. Uma reunião desta, com a classe produtiva do Nordeste, dá força para que estes órgãos que são responsáveis peloincremento do desenvolvimento reajam, provocando frutos para a indústria nordestina. Isso pode dar subsídios para uma politica regional”. JOSÉ CARLOS LYRA DE ANDRADE, presidente da FIEA A Nordeste Forte se sente fortalecida. Damos FIERN início a vários roadshows que vão acontecerRevista da INDÚSTRIA DO RN nos estados. É preciso discutir as desigualdades regionais, discutir as prioridades, mudanças, as necessidades da indústria do Nordeste, que precisa ser incentivada. Esta inovação, de estar discutindo juntos com os parceiros, torna mais fácil encontrar o caminho das soluções”. AMARO SALES, Presidente da Nordeste Forte e da FIERN 11
ENTREVISTA Marcelo Neves “Precisamos voltar a planejar o Nordeste” As ações da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste buscam não apenas o crescimento do PIB da região como também fortalecer todos os indicadores sociais, educação, IDH, e melhorar a infraestrutura da região. É o que afirma Marcelo Neves, superintendente da Sudene, durante o lançamento do “Roadshow Investimentos e Desenvolvimento do Nordeste”, na sede da FIEPE, em Recife. Em entrevista, ele falou sobre os desafios da nova Sudene e a parceria com a Nordeste Forte. Confira entrevista.FIERN Na avaliação do senhor, quais são os Hoje a atuação está focada em quê? desafios da nova Sudene? Basicamente em dois instrumentos: os A nova Sudene tem dez anos, posto incentivos fiscais e o financiamento com que foi extinta e depois recriada em o FDNE [Fundo de Desenvolvimento do 2007. O primeiro desafio é superar o Nordeste], próprio da Sudene, para alavancar comparativo que se faz desta com a os projetos estruturantes da região. Em antiga, que não mais vai existir naquele dez anos, são mais de R$ 10 bilhões em formato. A Sudene foi pensada como financiamento, cerca de R$ 1 bilhão ao ano. órgão de planejamento, de estudos para Precisamos voltar a planejar o Nordeste alavancar o desenvolvimento do Nordeste, para que esses recursos cheguem e as obras mas perdeu o enfoque e virou um grande se realizem. É o que buscamos com os ministério, fazendo obras e serviços que roadshows da Nordeste Forte. não era de seu escopo, como Defesa civil, DNOCs e outras atribuições. O nosso Os incentivos fiscais federais podem dar maior desafio é trazer de volta a Sudene vantagens competitivas de forma regional? do planejamento, dos estudos da região Nordeste, mas em outro formato. Sim, é diferente dos que são ofertados no âmbito estadual, com a chamada guerra 12 JULHO/AGOSTO de 2017
ENTREVISTAfiscal que teve uma solução legislativa, com a “O primeiro passo é FIERNsanção do presidente sobre os incentivos fiscaisestaduais, do IMCS. No âmbito federal, onde planejar, entender oatuamos, não há esse tipo de guerra fiscal. Os que a região precisaincentivos são uniformes para todos os estados. para desenvolver,Como esses recursos podem fomentar do ponto de vista dea atividade industrial, sobretudo nesse obras estruturantes,período de crise? de atacar os principais É uma política de atração de investimentos e problemas.”o que pretendemos é ampliá-la. São incentivoscom abatimento de 75% do Imposto de Renda em educação. Temos os piores índices dedas empresas, reinvestimento de 30% e tem escolaridade, alfabetização, os piores IDH,até isenção de 100% do imposto de renda para PIB. Melhorar esses indicadores passa poratividades com inserção na área de computação, educação de qualidade. Não é somente ainclusão digital. São incentivos fiscais questão econômica, mas os indicadores sociaisimportantes que eu diria até que são a causa de e pensar a região de forma transversal. E,uma empresa deixar ou não de se instalar no transversalmente, fazer investimentos deNordeste, visto que 100% das grandes empresas infraestrutura pesados no Nordeste. Hoje, parapodem usufruir deste tipo de incentivo. uma empresa se instalar no sertão da Paraíba, por exemplo, não tem as mesmas condiçõesO que pode ser feito para o setor superar que teria se fosse instalada no interior de Sãoesta retração? Paulo. Queremos dar as mesmas condições. É um caminho longo e a discussão passa por este O primeiro passo é planejar, entender o que grupo, da Nordeste Forte.a região precisa para desenvolver, do pontode vista de obras estruturantes, de atacar os Como construir uma política que considereprincipais problemas. Para isso, precisamos de as especificidades de cada estado e atendadiagnósticos e atuar em cima deles. a todos?Como a Associação Nordeste Forte contribui Este é o grande desafio. Nós temos na área depara consolidar essas propostas? atuação da Sudene (Nordeste e norte de Minas Gerais) o Semiárido. A política para o Semiárido É importantíssima esta aproximação. A pauta não difere muito da Bahia para o Rio Grandeda indústria nordestina é muito a pauta da do Norte. O que precisamos fazer são cortesSudene, que é o desenvolvimento da região. Tudo regionais, o que se tem de melhor em cada regiãoque diz respeito à indústria e seu fortalecimento, e como aproveitar isso da melhor forma.ao tipo de indústria que vai se instalar aqui eaos incentivos fiscais para isto, tem a ver coma Sudene. Com os roadshows vamos levar aosestados como acessar esses recursos.É possível tornar o Nordeste tãocompetitivo e atrativo quanto outras regiõesque concentram mais investimentos? Esta é a pergunta que devemos nos fazer.Acredito que o fator principal é investirRevista da INDÚSTRIA DO RN 13
REFORMA tributária Relator defende fim do “manicômio tributário” Em palestra para empresários potiguares, o deputado federal Luiz Carlos Hauly apresenta proposta da reforma tributária Usar a tributação como instrumento de tributária completa. “Vou usar a minha desenvolvimento econômico sustentado e experiência na reforma tributária”, afirmou, acrescentando que a adesão dos empresários inclusão social com distribuição de renda. é fundamental para viabilizar a aprovação. Esta foi a tônica da palestra do relator Segundo o deputado, incentivos, da reforma tributária, deputado federal sonegação, elisão e corrupção fizeram do sistema tributário brasileiro um verdadeiro Luiz Carlos Hauly, denominada “Reforma “manicômio tributário” e o mais regressivo / Reengenharia Tributária e Tecnológica 2017 – Para fazer o Brasil crescer e distribuir do mundo. “O Sistema é anárquico e caótico, rendas com justiça social”, durante a reunião da Diretoria da FIERN do mês de julho. quem pode mais, chora menos”, disse. O sistema atual é de 1967, somente após a Economista e duas vezes Secretário da Constituinte foram realizadas 73 mudanças em dispositivos da Constituição. Fazenda do Paraná, o deputado é apontado Aberta pelo presidente do Sistema FIERN, como um dos mais preparados parlamentares Amaro Sales de Araújo, a palestra contou com do Congresso nas áreas de Finanças e participação de Diretores da Federação das Indústrias, gestores, presidentes de Sindicatos Tributação. Foi relator das proposições filiados, do secretário estadual de Tributação, que criaram o Simples Nacional e o MEI – André Horta, do presidente da Fecomércio, microempreendedor individual; relator e Marcelo Queiroz, empresários e convidados. autor de duas leis das S/A; e como deputado federal, desde 1991, participou de todas as comissões que tentaram fazer a reforma Propostasapresentadas:FIERN Diminuir a Alimento e remédio Isentar totalmente Seletividade e IVA para racionalizar e regressividade do com alíquotas as exportações e os simplificar (extinguir o ICMS, IPI, ISS, reduzidas bens de ativo; fixo COFINS, Salário Educação e criar no lugar consumo com dois impostos; o IVA clássico e o seletivo IR progressivo das empresas monofásico de destino federal sobre energia elétrica, combustíveis líquidos 14 e derivados, comunicação, Minerais, Transportes, cigarros, bebidas, veículos, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, pneus e autopeças) JULHO/AGOSTO de 2017
REFORMA tributáriaJosé Paulo Lacerda/CNI Ganhos de eficiência Luiz Carlos Hauly, previstos deputado federal e relator da reforma • Redução da renúncia tributária fiscal do Brasil estimada em R$ 500 bilhões de reais;Sistema atual aumenta a pobreza • Diminuição da Sonegação “O sistema atual tira dos que tem menos, aumenta a pobreza e concentra Fiscal estimada em R$ 460a riqueza.” A análise é do relator da reforma tributária, Luiz Carlos Hauly. No bilhões e a Elisão Fiscal;caso federal, a tributação chega a 53,9% para quem ganha até dois saláriosmínimos. Já quem ganha acima de 30 salários mínimos tem carga tributária • Redução dos encargosde 29,0%. O imposto no Brasil é maior sobre o consumo e menor sobre a sobre folha de pagamento,renda. No primeiro caso, entre 42 países, o Brasil fica em 10º lugar. Já com aumentando arelação ao imposto sobre a renda ocupa a 34ª posição. empregabilidade; O parlamentar afirma que em 2012, foram gastos R$ 24,6 bilhões pela • Diminuição da elisãoindústria de transformação com tributos – custo que equivale a 1,16% do fiscal, hoje em R$ 3 trilhões;faturamento do setor e, considerando a cumulatividade na cadeia produtiva,impacta em 2,6% os preços dos produtos industriais. O custo de R$ 24,6 • Diminuição do contenciosobilhões para pagar tributos, em 2012, por porte de empresa foi de: Pequenas Administrativo e Fiscal, bemempresas: R$ 6 bilhões; Médias empresas: R$ 5 bilhões; Grandes empresas: como as demandas judiciaisR$ 13,6 bilhões. A estimativa de perdas da União, Estados e Municípios que já somam mais decom Renúncia Fiscal é de R$ 500 bilhões, com Sonegação, R$ 460 bilhões, R$ 2 Trilhões;Contencioso R$ 2 trilhões e Dívida Ativa de R$ 3 trilhões. • Diminuição radical do custo declaratório, com a desburocratização. Fortalecer os Acabar com IOF e Manter o Super Fim da Universalizar omunicípios (Todos os tributos sobre Simples para as guerra fiscal uso da Nota Fiscalos tributos sobre a os empréstimos micro e pequenaspropriedade serão Eletrônica e a FIERN bancários empresas cobrança no ato dos municípios;IPTU, IPVA, ITR, ITBI da compra e ITCMD)Revista da INDÚSTRIA DO RN 15
MODERNIZAÇÃO Reforma trabalhista corrige injustiças José Pastore, sociólogo e professor da PUC, fala sobre a necessidade de atualizar a legislação para acompanhar evolução das relações de trabalho As mudanças no mundo do trabalho, o atualizar com uma formação de qualidade e continuada, além da flexibilização das surgimento de novas atividades e a evolução contratações. “É preciso corrigir injustiças, das profissões, que passam a atender novas exigências, fazem da atualização da como o fato de que entre os trabalhadores legislação trabalhista necessária e inadiável, mais pobres, 60% estão na informalidade. A legislação trabalhista estava, antes da na avaliação do sociólogo José Pastore, reforma, obsoleta, porque as regras são professor do Departamento de Economia e de Administração da PUC. Pastores rígidas, há uma negação das liberdades, foi um dos palestrantes do seminário “Modernização das leis trabalhistas: O que com os trabalhadores considerados mudou? Por que mudou?”, realizado dia 21 ‘hipossuficientes’”, observa. A demanda judicial de 4 milhões de ações na Justiça do de agosto, em Natal. Trabalho é, segundo ele, “resultado de leis que convidam ao litígio e têm um descaso Com as mudanças, disse o professor, as com a produtividade”. empresas e os profissionais só podem seFIERN José Pastore faz palestra sobre a modernização das leis trabalhistas 16 JULHO/AGOSTO de 2017
A reforma trabalhista tem como MODERNIZAÇÃOprincípios, pontua o professor: liberdade comproteção, busca de inclusão de trabalhadores “A legislação trabalhistahoje excluídos, a auto-resolução de impasses, estava, antes da reforma,racionalização dos processos judiciais e o obsoleta, porque as regrasequilíbrio entre direitos e deveres. Com a são rígidas, há uma negaçãodefinição de 15 direitos negociáveis, que das liberdades, com osenvolvem a jornada de trabalho, o banco trabalhadores consideradosde horas, o teletrabalho, os feriados, e os ‘hipossuficientes’.”incentivos por resultado e produtividade. José Pastore, professor da PUC Ao entrar em vigor, em novembro, asnovas regras permitirão a negociação tambémdo horário de alimentação e descanso e ajornada de 12 horas de trabalho por 36 horasde descanso.Inovação trazsegurança jurídica As inovações da legislação, analisa José Relator da reforma trabalhista, deputado federal FIERN Rogério Marinho, fala sobre aprovação da reformaPastore, vão ter como resultado a segurança seguido. “Na Espanha, estão sendo criadosjurídica, a moralização do uso da Justiça do cerca de 500 mil empregos do ano”, disse.trabalho, a redução de gastos com conflitos,a melhoria da produtividade, os estímulo aos No Brasil, um estudo do Itaú, aponta que a reforma pode elevar a posição do Brasil noinvestimentos, o crescimento econômico, quesito “eficiência no mercado de trabalho, indo da atual posição (117º) para a 86º, emcom mais empregos. A regulamentação da uma lista que inclui 138 países. “O estudoterceirização de atividades meio e fim, com aponta que a reforma trabalhista podeproteção dos empregados das empresas aumentar o PIB per capita brasileiro em 3,2% nos próximos quatro anos e diminuir a taxacontratadas é outro ponto importante, de desemprego estrutural”, frisa Marinho.segundo ele, além de medida que evita achamada “pejotização fraudulenta”, ao definirum período mínimo de 18 meses entre oafastamento do funcionário e a contrataçãocomo pessoa jurídica. O deputado federal Rogério Marinho,relator da reforma na Câmara e tambémpalestrante do Seminário, pondera quea experiência internacional mostra quemedidas como as adotadas na alteraçãoda CLT têm como efeito a retomada docrescimento, com geração de empregos. NaEspanha, após as mudanças na estruturadas relações trabalhista, em 2012, ocrescimento é de 3% pelo terceiro anoRevista da INDÚSTRIA DO RN 17
MODERNIZAÇÃO Mudanças e benefícios com a nova lei As mudanças e benefícios provenientes direitos e sim a modernização das relações da nova legislação, que passa a valer a partir de trabalho. É preciso dar mais segurança jurídica às relações de trabalho”, frisa o juiz. de 11 de novembro deste ano, foram tema Desta forma, há uma negociação mais da palestra do Juiz do Tribunal Regional próxima a realidade de cada empresa e do Trabalho da 9ª região (Paraná), Marlos trabalhadores, do setor de atividade e região. Melek, durante reunião da Diretoria do Tudo que não for direito constitucionalmente Sistema FIERN, no dia 18 de agosto. O assegurado ao trabalhador, como os previstos magistrado integra a Comissão de redação o artigo 7º (salário mínimo, 30 dias de férias, final da proposta de modernização das leis FGTS, INSS, 13º salário, entre outros), explica do trabalho (PLC 38/2017) e da Medida ele, não se pode negociar. Provisória, que irá regulamentar a reforma. Juiz Marlos Melek em reunião da “A reforma trabalhista traz liberdade, Diretoria da FIERN segurança jurídica e simplificação de normas”, ressalta Marlos Melek. As mudanças melhoram o ambiente de negócios. Entre os principais avanços está o negociado ser mais prestigiado em relação ao legislado. A negociação coletiva, instrumento pelo qual empresas e trabalhadores representados por sindicatos, acordam as condições e rotinas de trabalho, explica ele, não reduz ou retira qualquer direito constitucional conquistado no Brasil. “A reforma trabalhista no Brasil foi feita com o espírito republicano, não há retirada deFIERN 18 JULHO/AGOSTO de 2017
Augusto Rattis/CERNE EÓLICA Fórum Nacional de Eólica reúne empresários de todo país, investidores, autoridades políticas e secretários de Estado, em Natal Vento a favor do desenvolvimento Para manter o ritmo de maior produtor de energia eólica do país, o Rio Grande do Norte espera por novos leilões O rápido crescimento do setor de energia e, desde o ano passado, o RN produz o dobro FIERN do que consome (média de 800 megawatts) e eólica nos últimos anos faz com que o exporta o excedente”, diz diretor-presidente do (Cerne), Jean-Paul Prates. Rio Grande do Norte se torne um pólo da indústria eólica nacional. Dados da Agência O cenário, bem como metas e diretrizes Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mostram que o RN possui 3,3 GigaWatts para a geração eólica no Brasil foram foco (GW) de produção de energia instalada do debate durante a 9ª edição do Fórum em 125 parques eólicos em operação Nacional de Eólica, realizado em julho, em comercial. O resultado equivale a 33% de Natal. O encontro reúne empresários de toda a capacidade nacional em operação. E todo país, investidores, autoridades políticas o crescimento não para por aí. Projeções do e secretários de Estado que abordaram Centro de Estratégias em Recursos Naturais temas como a inovação e o desenvolvimento e Energia indicam que o RN atingirá a marca científico, regulação, mercado de de 5 GW de capacidade instalada de energia energia, projeção de investimentos, gestão socioambiental, financiamento e eólica em quatro anos. oportunidades de negócios. “Em 2015, alcançamos a autossuficiência Revista da INDÚSTRIA DO RN 19
EÓLICA No ano passado, os investimentos no a liberação da licença do linhão Esperanza setor cresceram 23% em relação a 2015, um (500KV), após uma espera de seis anos. incremento de R$ 18 bilhões de reais, segundo O trecho vai passar por 14 municípios e dados da ABEEólica. “Temos cerca de R$ 20 escoar toda a energia do RN para fora do bilhões em carteira de investimentos para estado. São 214 km, saindo de Ceará-Mirim, passando por João Câmara até Assu. Até renováveis, aguardando os novos leilões. O junho deste ano, foram emitidas 63 licenças ambientais de empreendimentos eólicos, Brasil é extremamente atrativo para o setor fotovoltaicos e sistemas associados no eólico. Acredito que a eólica é uma das chaves RN. “Não adianta termos o melhor vento para a retomada do crescimento econômico do do mundo se não tiver política pública e País”, frisa a presidente-executiva da ABEEólica segurança jurídica”, observa Faria. Elbia Gannoun. O governador Robinson Faria anunciou Falta de leilões preocupa setorFIERN Se por um lado o setor comemora a “A descontratação tira de cena os projetos Augusto Rattis/CERNE que estavam com problema, e verifica se ampliação da energia dos ventos, por outro o está faltando ou sobrando contratos para aquisição de energia; quando essa conta clima é de incertezas quanto à retomada de fechar o Ministério de Minas e Energia decide quando abre novos leilões”, explica Castrillon. novos leilões de energias renováveis. Há grande Para o presidente da Companhia receio na indústria de que a cadeia produtiva Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Sinval Zaidan Gama, o Governo Federal está passe por uma ruptura pela falta de demanda discutindo o momento mais adequado para energética no país. De 2009 a 2014, a média abrir novos leilões. “Acredito que no curto contratada para energia eólica foi de 2 GW. Em prazo devem resolver essa equação”, disse. 2015, apenas 1,1 GW. Com o cancelamento do leilão de reserva de energia, previsto para o dia Juarez Castrillon Lopes, assessor da Diretoria de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de dezembro de 2016, pelo Ministério de Minas e Pesquisa Energética (EPE) Energia, não houve contratação no ano passado, prejudicando o planejamento do setor para 2019 e 2020 - quando a energia contratada surtiria efeito na produção. Juarez Castrillon Lopes, assessor da Diretoria de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), afirma que os leilões de descontratação são os únicos previstos para os próximos meses e não significam “retração para o setor”. Isto porque, explica ele, nos últimos leilões, entraram vários projetos de parques solares que acabaram inviabilizados devido a disparada no preço do dólar. Já a eólica, mais consolidada no mercado, consegue se manter dentro de uma faixa aceitável de preço. Ao mesmo tempo, houve queda na demanda por energia elétrica, as concessionárias ficaram com contratos sobrando.20 JULHO/AGOSTO de 2017
EÓLICA Bate-papo: Elbia Silva Gannoum,Presidente-Executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica)Qual avaliação a senhora faz da geração Augusto Rattis/CERNEde energia eólica no Brasil e no RioGrande do Norte? O Brasil tem o melhor potencial eólicodo mundo, o mais produtivo, cerca dodobro do resto do mundo, e usando asmáquinas utilizadas lá fora. Nosso recursoeólico está concentrado nas regiões Sule Nordeste do país, com destaque para oRio Grande do Norte, Bahia e Piauí, commaior velocidade e constância do vento. Aperspectiva de crescimento é grande. Embreve, a eólica será a segunda maior fontede energia e, hoje, já é a segunda maisbarata do país. Para 2017, nos preocupa seteremos leilão ou não, que acontece comtrês anos de antecedência. A expectativa é arealização de um leilão de energia.Até que ponto a falta de leilões é Elbia Gannoum defende realização de FIERNpreocupante para o setor? leilões de energia É absolutamente preocupante, é Como assegurar a transmissão e distribuição da energia gerada com maisestarrecedor. Não tivemos leilões em eficiência?2016. Não ter leilão significa desestruturar Muito em breve transmissão deixa de ser problema, porque os parques agora játoda uma indústria que foi construída vêm com a infraestrutura de transmissão. Ecom muita competência num curto tivemos leilões de transmissão este ano queespaço de tempo. É muito importante que foram um sucesso.aconteça um leilão, para que o pedido nafábrica, os investimentos sejam feitos.Há investimentos acontecendo, estamosconstruindo 7 GigaWatts de decisõestomadas há dois, três anos. Precisamoscontinuar nessa velocidade de crescimento.Temos também questões de transmissão,de financiamento, que são preocupantes,embora menores diante da gravidade daquestão do leilão.Revista da INDÚSTRIA DO RN 21
GESTÃO Gestão de resíduos sólidos movimenta R$ 27 bilhões Panorama e desafios da gestão de resíduos sólidos são discutidos durante Seminário realizado na FIERNFIERN O setor de gestão de resíduos sólidos abordou os desafios para a limpeza urbana movimenta R$ 27 bilhões por ano, o que nos municípios frente às diretrizes da Política significa 0,5% do Produto Interno Bruto brasileiro, gera 353.400 empregos formais Nacional de Resíduos Sólidos. Com a regulamentação da Lei 12.305, e - mesmo em um cenário de crise - não para em 2010, a movimentação de bilhões de de crescer. Os números e avaliações sobre o panorama, desafios e potencialidades do setor reais e ampla geração de empregos, o setor foram foco do I Seminário Norte-riograndense estima desempenho ainda mais expressivo de Resíduos Sólidos, realizado nos dias 3 e 4 de agosto, no auditório da FIERN. O com adoção de economia circular. “Há encontro reúne empresários, pesquisadores, amplo potencial. O país precisa de muito técnicos, prefeitos, secretários municipais, investimento para os municípios ter um representantes da sociedade civil, do tratamento adequado do lixo”, frisa. Ministério Público, profissionais e estudantes. Em 2011, foram geradas 61 milhões de “A política nacional de resíduos sólidos tem toneladas de resíduos sólidos no Brasil, com 27 anos, continua atual e necessária”, avalia o a movimentação de R$ 21 bilhões. Em 2013, professor Fernando Tomé Jucá, da Universidade foram R$ 23 bilhões e cresceu 4,3%. Mesmo Federal de Pernambuco (UFPE). O palestrante em período de recessão, em 2015, quando o PIB brasileiro retraiu 3,8%, o incremento do setor foi de 5,7% e gerou R$ 27,5 bilhões. 22 JULHO/AGOSTO de 2017
GESTÃOConsórcio entre municípiosé solução para tratamento Dos 5.570 municípios brasileiros, desenvolvimento de tecnologia e sobretudo79,4% destinam de forma inadequada os a mudança cultural.resíduos. A efetivação da gestão de resíduos “É preciso evoluir de uma economiasólidos, segundo pesquisadores, passa pela linear que se limita a extrair, transformar e descartar, para uma economia circular, queformação de consórcios de municípios, adota conceitos como segurança alimentar, reciclagem, respeito ao meio ambiente,visto que em cidades com menos de 20 mil sustentabilidade, incentivo à geração de emprego”, analisa Fernando Tomé.habitantes é inviável a operação de aterrossanitários ou usinas de reciclagem. Entreos desafios estão a formação de pessoal, Setor avança no RN Fernando Tomé Jucá, FIERN professor da UFPE, O diretor tesoureiro do Sistema FIERN e presidente do apresenta potencial Conselho Temático do Meio Ambiente (Coema), Roberto do setor de gestão de Serquiz, aponta avanços do setor no Rio Grande do Norte, resíduos sólidos como a filiação do Sindicato da Indústria de Reciclagem e Descartáveis do RN (SINDRECICLA) junto a FIERN. 23 “Existe uma indústria da reciclagem no Estado. Discutimos frequentemente com os empresários o conceito da sustentabilidade, além de manter o diálogo com os diversos órgãos para mostrar que as empresas do setor precisam ser vistas com mais atenção”, disse Serquiz. Soluções para controle dos lixões pelos municípios, implantação dos arranjos intermunicipais, limpeza urbana e soluções tecnológica para tratamento e destinação final dos resíduos sólidos foram discutidos durante o evento.Revista da INDÚSTRIA DO RN
WORLDSKILLS 1 Os campeões que partem do Nordeste Soldadores do SENAI/Ítalo Bologna conquistaram 11 medalhas em competições de educação profissional no Brasil e no exteriorsenai Por Mateus Maia/CNI como objetivo conquistar a quarta medalha Para o dicionário, Mossoró é um vento consecutiva de Mossoró em Soldagem na que sopra do norte. Seguimos essa corrente WorldSkills. Para isso, ele vem treinando de ar até o município com mesmo nome, no arduamente há quase um ano. A próxima Rio Grande do Norte, e o que encontramos edição da WorldSkills será em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 15 e foram os melhores soldadores do mundo. 18 de outubro deste ano. São esperados cerca Todos estudaram no mesmo lugar: a unidade de 1.300 competidores de mais de 70 países Ítalo Bologna do Serviço Nacional de para a 44ª edição do evento, que disputarão Aprendizagem Industrial (SENAI). em 51 ocupações e o Brasil defenderá o título de melhor educação profissional do mundo. Desde 1998, os soldadores do Ítalo Bologna conquistaram 11 medalhas em competições de Eles têm de provar suas habilidades em educação profissional no Brasil e no exterior. dezenas de ocupações (modalidades), como E nas últimas três edições da WorldSkills, o a Soldagem. Assim, precisam realizar tarefas maior torneio de ensino técnico do mundo, com níveis internacionais de excelência. os mossoroenses garantiram lugar no pódio: Realizada a cada dois anos em um país bronze em Londres 2011, prata na Alemanha 2013 e ouro em São Paulo 2015. diferente, a última edição foi em São Paulo, Exemplos seguidos de perto por Rafael cenário da inédita vitória da equipe brasileira. Dário, aluno do Centro Ítalo Bologna, que tem 24 JULHO/AGOSTo de 2017
WORLDSKILLSTreinamento em evolução Para manter um nível de excelência na Outro aspecto que contribui diretamenteformação de profissionais e de competidores, para os resultados obtidos pelo SENAI Ítalodurante mais de 15 anos, é necessário Bologna é a continuidade. Os estudantesdedicação e um processo de treinamento em que competem e se destacam voltam como professores e iniciam o treinamento de maisconstante evolução. É o que relata o diretor uma geração.do SENAI de Mossoró, Francisco MoreiraMaia. “Se eu levar um aluno à Abu Dhabi com “Ele [o aluno] tem que ir como mesmo perfil de quando fomos vencedores um nível muito superior aopela última vez, ele não vai ganhar nada. Ele último campeão, porque a tecnologia e o método detem que ir com um nível muito superior ao trabalho evoluem.”último campeão, porque a tecnologia e o Francisco Moreira, diretor do SENAI de Mossorómétodo de trabalho evoluem”, conta. As avaliações, tanto quantitativascomo qualitativas, passam por indicadoresde desempenho dos alunos, por metasestabelecidas e pelo Sistema de Avaliação daEducação Profissional e Tecnológica (SAEP). Emdeterminados momentos, como em épocas pré-torneios, os estudantes também participam dasreuniões. Como consequência, eles identificammais claramente seus objetivos e desafios nadisputa que se aproxima. CET Ítalo Bologna mantém excelência na formação de profissionais e de competidores há mais de 15 anos senaiRevista da INDÚSTRIA DO RN 25
WORLDSKILLS DESCOBRINDO TALENTOS Hoje, o treinamento de Soldagem de prático, seguido por provas teóricas e práticas, até sobrarem apenas dois competidores. Mossoró para competições está sob a Esses dois participam da etapa estadual da responsabilidade de três professores: Max Olimpíada do Conhecimento. O treinamento Wendell Pereira, que ganhou diploma de – da escolha até a disputa estadual – dura um excelência no Japão, em 2007; Lucas Landriny ano, em média. Filgueira, medalha de bronze na Inglaterra, em 2011; e Rafael Wenderson Pereira, prata Dentre os campeões, o representante do na Alemanha, em 2013. Para encontrar o Rio Grande do Norte para a etapa nacional é estudante com os conhecimentos e o perfil escolhido e os treinos continuam por mais um necessário para ser treinado, o processo ano, aproximadamente, de segunda a sábado, durante pelo menos dois turnos. Quanto mais é longo. Começa com uma apresentação próximo do evento, maior a carga de exercícios. para todos os alunos da escola, da rotina de O docente Max Pereira ressalta que o acompanhamento do SENAI com a família treinamentos, as competições e o que a equipe dos jovens é essencial para que eles tenham tranquilidade no período mais decisivo e espera de um competidor. estressante do treino. “Em um momento de crise econômica, como o que estamos vivendo A partir daí são escolhidos, em média, no país, é comum termos alunos com pais 30 jovens (entre candidaturas e convites) desempregados. Não tem como um aluno ser que seguem para a próxima fase: uma campeão mundial com essa preocupação, por entrevista. É quando cerca de 60% desistem, exemplo”, diz. por perceberem que não vão se adaptar à intensidade dos treinos e à dedicação necessária para se tornar um campeão. Com os que permanecem, começa o acompanhamento DEDICAÇÃO 360º Antes mesmo de os jovens começarem organização de laboratórios, treinamentos o treinamento, possíveis talentos são e ajuda na organização do box de provas identificados pelos professores. Assim, eles são do atual competidor. Isso faz com que eles convidados a iniciar uma espécie de estágio, conheçam todas as etapas do trabalho que auxiliando os professores, trabalhando na precisam desenvolver nas competições, ganhando uma visão 360º de cada detalhe. Lucas Landriny Filgueira lembra que essa experiência o motivou a seguir no SENAI e a começar a treinar para os torneios. “A gente treinava e preparava material para quem ia para a etapa internacional. Eu os via treinando e ficava sonhando. Eu queria participar daquilo”, lembra. Depois disso, Lucas conseguiu medalha de bronze em 2013, na Alemanha.senai Rafael Wenderson Pereira, prata na Alemanha, em 2013 26 JULHO/AGOSTo de 2017
WORLDSKILLSESFORÇO E RECOMPENSA Todos os sacrifícios feitos em prol da “Graças às competições,melhor preparação pelos mossoroenses sou um bom profissionaltêm em vista mais que o reconhecimento capacitado, conhecide ser campeão mundial. A esperança outros estados brasileiros, países, culturas diferentes ede mudar de vida é o que move vários consegui dar uma condição boa para minha família.”competidores. Foi o caso de Jakielyson Jakielyson Alves, competidorAlves, medalhista de ouro na últimaWorldSkills, em 2015, em São Paulo. Eleentrou no SENAI quando descobriu queseria pai. Logo se destacou no curso deSoldador Multiprocessos e foi convidado atreinar para a Olimpíada. “Passei quatro anos praticamentesó treinando. Em três deles perdi oaniversário do meu filho, porque estavaviajando para outros estados e isso eradifícil para mim. Eu era pai de primeiraviagem e queria meu filho por perto”,lembra Jakielyson. Hoje, Jakielyson está em Dubai, nosEmirados Árabes, acompanhando otreinamento de novos competidorese pretende continuar realizandocapacitações ao redor do mundo. “Sempreestudei em escola pública, vim de famíliahumilde e não tinha planos de entrarno SENAI. Muito menos de participar daOlimpíada. Mas, graças às competições,sou um bom profissional capacitador,conheci outros estados brasileiros, países,culturas diferentes e consegui dar umacondição boa para minha família”, revela oatual melhor soldador do mundo.BOM EXEMPLO Com a evolução significativa ao longo dos levaram dez medalhas de nível nacional em senaianos da Soldagem, os resultados expressivos outras modalidades fora a Soldagem. Ouroe os testemunhos dos campeões, em Estruturas metálicas e Calderaria e pratacompetidores de outras ocupações do em Torneraria e Eletricidade Industrial sãoSENAI de Mossoró também começaram a só alguns dos resultados. São novas equipesse preparar para os torneios. Desde 2010, que tentam repetir o sucesso dos melhoresestudantes da unidade Ítalo Bologna já soldadores do mundo.Revista da INDÚSTRIA DO RN 27
MUNDO SENAI Qualificação profissional de portas abertas Oportunidades de formação profissional no setor industrial serão mostradas durante o Mundo SENAI, dia 15 de setembro, em Natal e Caicó Na hora de decidir uma profissão, aprendizagem. muitas dúvidas rondam os estudantes: escolher uma carreira pensando no No Rio Grande do Norte, são esperados que dá prazer ou nas recompensas financeiras futuras? E qual área seguir? 2 mil visitantes no dia do evento. Em Natal, Os interessados em conhecer as oportunidades de formação do SENAI a ação acontece no CET Clóvis Motta; em podem visitar uma das escolas da Caicó, com o CUMFP Manoel Torres, além instituição em todo o país, que abrirão as das três unidades móveis de Panificação, portas para a comunidade no dia 15 de Alimentos e Confecção. setembro, no evento Mundo Senai, onde os estudantes poderão passar pelas diversas A diretora do SENAI-RN, Roseanne áreas de atuação do Serviço Nacional de Azevedo, ressalta que as ações visam Aprendizagem Industrial. fortalecer o relacionamento com A ação, totalmente gratuita, terá atividades sobre o ensino os públicos do Serviço Nacional de profissionalizante e formação dos alunos Aprendizagem Industrial. “Tudo isso para o mercado de trabalho com foco para para que o público conheça as nossas o setor industrial. instalações e como nós podemos Para esta edição estão programadas palestras, mostras tecnológicas, contribuir com esse público em termos de minicursos nas áreas de alimentos, construção civil, segurança no trabalho, cursos, de consultorias”, frisa. confecção do vestuário, tecnologia dasenai informação e alimentação saudável; aula show, exposição de produtos, campeonato de games, reunião com diretores de escolas da rede particular de ensino e visita guiada aos ambientes de 28 JULHO/AGOSTo de 2017
ESPORTEArena será palco da9ª Corrida Noturna do SESINovo local, mais modalidades e R$ 10 mil em prêmiosconsolidam a competição que estima reunir 6 mil pessoas A 9ª edição da Corrida Noturna do SESI- concentração a partir das 16h, onde serão SESIRN, que será realizada no dia 7 de outubro,traz novidades para os competidores. Este realizadas várias ações paralelas à corrida,ano são aguardados 3.500 corredores e umpúblico geral de 6 mil pessoas. As inscrições já como um espaço para massoterapia, guarda-estão abertas e podem ser feitas até o dia 26 volumes, Espaço Kids, praça de alimentaçãode setembro com um food park, além de distribuição A principal mudança é o local. A edição do suco da horta, produzido pelo programa2017 será na Arena das Dunas, com Cozinha Brasil. Uma parceria firmada com o SESI Educação, vai permitir que os alunos do EBEP passem a monitorar o Espaço KIDS.Revista da INDÚSTRIA DO RN 29
esporte Corrida terá novo percurso Uma nova categoria da corrida infantil foi das categorias por faixas etárias, depois os incorporada à competição. A corrida, da qual vencedores serão premiados numa cerimônia à parte do evento, pois é necessário fazer participam crianças com idade a partir de uma conferência muito bem apurada para 4 até 13 anos, terá este ano uma categoria anunciar os vencedores”, explica a Gerente exclusiva para faixa etária de 12 e 13 anos. Os Executiva de Vida Saudável do SESI/RN, participantes a partir de 14 anos já podem se Daniella Cerveira. A cerimônia será realizada inscrever na corrida de 5 km, e a partir de 18 alguns dias após a corrida, no auditório da anos no percurso de 10 km. Serão incluídas Casa da Indústria e no SESI. também cinco categorias para pessoas com Serviço deficiência física. As inscrições para a 9ª Corrida Noturna O percurso da corrida também mudou, do SESI já estão abertas e podem ser a largada será às 17h, da Arena das Dunas, feitas até o dia 26 de setembro, ou seguindo pelas ruas Prudente de Morais, Mor enquanto tiverem vagas, através do site www.rn.sesi.org.br/corridanoturna. Gouveia chegando próximo ao Sesiclube, e A retirada dos kits será realizada no Sesiclube Natal, nos dias 05 e 06 de retornando para o Estádio. Nesse trajeto os outubro, das 10h às 19h. corredores passaram por dois túneis, que terão iluminação especial e som para motivar os corredores. A premiação varia entre troféus, brindes e até R$ 10 mil em dinheiro. “No dia da corrida premiamos os primeiros lugares NOVO PERCURSO - Conheça o novo trajeto da Corrida Noturna do SESI 2017SESI 30 JULHO/AGOSTo de 2017
PROCOMPI RN tem maisprojetos aprovadosEdição 2017 foi lançada pelo IEL-RN e Sebrae e contemplaprojetos em cinco setores da economia potiguar O Programa de Apoio à Competitividade “Cada projeto tem o seu foco. IELdas Micro e Pequenas Indústrias (PROCOMPI) Precisamos ter consciênciabeneficiará 63 projetos no país, dos quais que este é o momento decinco no Rio Grande do Norte nos setores de conquistar novos mercados e aprimorar processos.”Polpas e Sorvetes, Reciclagem, Cal e Argamassa,Água Mineral, Cerâmica Vermelha e Gráfico. A Suzana Peixoto, consultora CNInova edição do programa - com ações para a disse. Entre as ações apoiadas estão ainovação empresarial e melhoria das condições articulação no território, acesso ao crédito e a mercados e desenvolvimento empresarial.de desenvolvimento sustentável - foi lançadopelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RN) e Sebrae- O superintendente do SEBRAE-RN, JoséRN, em julho. Ferreira de Melo Neto, enfatiza o desempenho do PROCOMPI no Estado, com total de R$ 1 Para a coordenadora nacional do PROCOMPI milhão em recursos aportados, sendo até R$na Confederação Nacional da Indústria (CNI), 300 mil por projeto. “O que fazemos aqui éSuzana Peixoto, é importante investir em exemplo para as demais unidades, no sentido de acompanhar os projetos dentro dasqualidade e em competitividade diante do necessidades reais”, frisa Zeca Melo.atual cenário econômico. “Não trazemossoluções mágicas. Cada projeto tem o seufoco. Precisamos ter consciência que este éo momento de conquistar novos mercadose aprimorar processos”, diz ela, apontandoa importância da consultoria técnica e demercado ofertada pelo IEL e o SEBRAE. No Rio Grande do Norte há projetos emdesenvolvimento desde 2004. Nesta 4ª ediçãodo programa, a Região Nordeste é a que possuimais projetos selecionados:19. O RN e o Cearálideram com cinco projetos cada. Os demaisestão seis no Centro-Oeste, 12 no Norte, 14 noSul e 12 no Sudeste. A superintendente regional do IEL-RN,Maria Angélica Teixeira, destaca o pioneirismodo IEL-RN no Procompi. “Começamos comonúcleo setorial e, em 2004, passamos atrabalhar como Arranjo Produtivo Local (APL).Nosso papel é articular a indústria e sensibilizarpara atrair novas micros e pequenas empresas”,Revista da INDÚSTRIA DO RN 31
CAPACITAÇÃO Ferramenta de geoprocessamento possibilita criar um banco de dados com informações do que é produzido em cada região do RN Geoprocessamento integra serviços do Estado Curso ministrado pelo IEL-RN para técnicos da Emater e do Idiarn é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio do Projeto Governo CidadãoIEL O Uso de Geoprocessamento e Sistemas Medeiros, foi realizado entre os dias 27 de de Informações Geográficas com QGIS julho e 02 de agosto, no Espaço Cultural Candinha Bezerra, da Casa da Indústria. passam a incorporar a rotina de trabalho O curso foi promovido pelo Governo de técnicos da EMATER (Instituto de do Estado, através da SAPE (Secretaria da Assistência Técnica e Extensão Rural) e Agricultura, Pecuária e Pesca), por meio do IDIARN (Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária), graças ao curso ministrado do acordo de empréstimo com o Banco pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RN). O Mundial, através do Projeto Governo treinamento, dado pelo consultor Anderson Cidadão (antigo RN Sustentável). 32 JULHO/AGOSTo de 2017
CAPACITAÇÃO No primeiro módulo do curso foi feita e geocodificação de endereços.uma introdução ao Software QGIS Desktop, Segundo Anderson Medeiros, o curso vaimostrando desde como iniciar um projeto, contribuir para a gestão das atividades dospassando pelos procedimentos básicos técnicos, tanto no trabalho de campo quantode edição de dados geográficos e criação nas análises dos dados que eles vão coletarde mapas para impressão. No segundo e gerir, visando tomar uma decisão. “Os dados guiarão eles no desenvolvimento dasmódulo, mais avançado, foram oferecidos atividades desenvolvidas pela Emater e com isso beneficiarão todo o Estado”, disse.estudos de georreferenciamento deimagens, integração com outros programas Banco de dados por Região Curso ministrado IEL pelo IEL/RN Esse tipo de ferramenta de melhora a gestão geoprocessamento, segundo o supervisor das atividades dos do projeto Governo Cidadão, engenheiro de técnicos em campo pesca, lotado na Emater, Marcelo Estima, e na análise de possibilita criar um banco de dados do que dados é produzido hoje em cada região do estado. “Por exemplo, um técnico que trabalha na ? O QUE É região do Seridó será capaz de mapear a GEOPROCESSAMENTO área de pessoal, o tipo de cultura que está se fazendo e, além disso, disponibilizar o mapa É o tratamento das informações para outros técnicos”. geográficas ou de dados georreferenciados, por meio de Com isso, explica o engenheiro de pesca, softwares específicos e cálculos. vários técnicos poderão trabalhar no mesmo Ou, ainda, o conjunto de técnicas projeto e tê-lo sempre atualizado. “O banco relacionadas ao tratamento da de dados gerado pelo QGIS é multiusuário, informação espacial. é uma ferramenta que, se bem aplicada, vai mapear toda a produção agrícola do Estado”, ? O QUE É QGIS disse Marcelo. É um programa de Sistema de Informação Geográfica com códigoRevista da INDÚSTRIA DO RN aberto e licenciado sob a Licença Pública Geral GNU. Pode ser utilizado tanto para dados vetoriais quanto formatos matriciais e apresenta diversas funcionalidades. 33
SINDICATOS FILIADOSRELAÇÃO DOS SINDICATOS FILIADOS A FIERN Sindicato da Indústria de Beneficiamento de Fibras Sindicato da Indústria da Extração de Metais BásicosSindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias e Vegetais e do Descaroçamento do Algodão do Estado e de Minerais não Metálicos do Estado do Rn –Marcenarias do Estado do RN – SindmóveisPresidente: Ricardo Bezerra de Farias do Rn – Sindifibras Sindiminerais(84) 3234.6164 - [email protected] Presidente: José Garcia da Nóbrega Presidente: Mário Tavares de Oliveira Cavalcanti Neto (84) 3271.1468 / 3204.6343 - [email protected] (84) 3204.6166 - [email protected] das Indústrias da Construçao Civil deMossoró – Sinduscon/Mossoró Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Sindicato das Indústrias de Calçados do Estado do Rn –Presidente: Sergio de Souza Freire Júnior Alimentícias do Estado do Rn – Sindal Sindicalçados(84) 3316.3726 - [email protected] Presidente: Ednaldo Mendonça Barreto Presidente: Álvaro Coutinho da [email protected] (84) 3204.6172 - [email protected] (84) 3204.6343/6160 - [email protected] www.sindicatodaindustria.com.br/sindusconmossororn/ www.sindicatodaindustria.com.br/sindalrn/ Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros e deSindicato da Indústria de Álcool dos Estados do Rio Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção do Peles do Estado do Rn – SindcourosGrande do Norte, Ceará e Piauí – Sonal Estado do Rn – Sindicer/Rn Presidente: Gustavo Henrique Calafange MottaPresidente: Arlindo Cavalcanti de Farias Presidente: Vargas Soliz Pessoa (84) 3204.6160/6343 - [email protected] (84) 3206.6296 / 3206.0232 - [email protected] (84) 3204.6171 - [email protected] ouwww.sindicatodaindustria.com.br/sonalrn/ [email protected] Sindicato das Indústrias de Polpas, Sucos e Derivados www.sindicatodaindustria.com.br/sindicerrn/ não Alcoólicos de Frutas Tropicais do Estado do RN –Sindicato da Indústria de Sorvetes, Congelados e SINDIFRUTASDerivados do Estado do RN – Sindisorvete/Rn Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Presidente: Ricardo Valença GomesPresidente: Zauleide de Queiroz Leite Derivados do Estado do Rn – Sindleite (84) 3204.6329 - [email protected] ou(84) 3204.6330 - [email protected] Presidente: Dalton Barbosa Cunha Filho [email protected]/sindisorvetern/ (84) 3204.6170 - [email protected] ou [email protected] Sindicato da Indústria de Instalação e Manutenção deSindicato das Indústrias de Material e Laminados www.sindicatodaindustria.com.br/sindleitern/ Redes, Equipamentos e Sistemas de TelecomunicaçõesPlásticos do Estado do Rn – Sindiplast/Rn do Estado do Rn – SindimestPresidente: Maria da Conceição Rebouças Duarte Tavares Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Presidente: Alberto Henrique Serejo Gomes(84) 3204.6332 - [email protected] ou Estado do Rn – Siprocim/Rn (84) 3211.6655/3204.6310 - [email protected]@yahoo.com.br Presidente: Antônio Medeiros de Oliveira ou [email protected] (84) 3133.4488 / 3204.6344 - [email protected] da Indústria de Panificação e Confeitaria do Sindicato das Indústrias Gráficas do Rn – SingrafEstado do Rn – Sindipan/Rn Sindicato da Indústria da Pesca do Estado do Rn – Presidente: Carlos Vinícius Aragão Costa LimaPresidente: Ivanaldo Maia de Oliveira Sindipesca/Rn (84) 3204.6317 - [email protected](84) 3231.8295 - [email protected] Presidente: Jorge José da Silva Bastos Filho www.sindicatodaindustria.com.br/singrafrn/www.sindicatodaindustria.com.br/sindipanrn/ (84) 3204.6342 - [email protected] www.sindicatodaindustria.com.br/sindipescarn/ Sindicato da Indústria da Construção Civil do EstadoSindicato da Indústria de Cerveja, Refrigerantes, do Rn – SindusconÁguas Minerais e Bebidas em geral do Estado do Rn – Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em geral Presidente: Arnaldo Gaspar JúniorSicramirn no Estado do Rn – Sift/Rn (84) 3206.5362 - [email protected] ouPresidente: Djalma Barbosa da Cunha Júnior Presidente: João Batista Gomes Lima [email protected](84) 3204.6169 - [email protected] e (84) 3204.6336 - [email protected] ou [email protected] www.sindicatodaindustria.com.br/sindusconrn/[email protected] www.sindicatodaindustria.com.br/siftrn/www.sindicatodaindustria.com.br/sicramirn/ Sindicato das Indústrias de Bonés e Chapéus do Estado Sindicato da Indústria do Vestuário no Estado do Rn – do Rn – Sindibonés/RnSindicato das Indústrias de Mármore, Granito e Pedras Sindvest Presidente: Jaedson DantasOrnamentais do Estado do Rn – Simargran Presidente: Marinho Herculano de Carvalho (84) 99683.6263/98880.1060 - [email protected] ouPresidente: Francisco Nunes de Sousa (84) 3204.6331 - [email protected] [email protected](84) 3204.6341 - [email protected] www.sindicatodaindustria.com.br/sindvestrn/ www.sindicatodaindustria.com.br/sindibonesrn/www.sindicatodaindustria.com.br/simargranrn/ Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem do Café Sindicato das Indústrias de Reciclagem e DescartáveisSindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de do Estado do Rn – Sindicafé do Estado do Rn – Sindrecicla/RnMaterial Elétrico do Estado do Rn – Simetal Presidente: Heyder de Almeida Dantas Presidente: Roberto Pinto Serquiz EliasPresidente: Francisco Vilmar Pereira (84) 3204.6167 - [email protected] ou (84) 3204.6294 - [email protected](84) 3204.6165 - [email protected] [email protected] www.sindindustria.com.br/sindireciclarnwww.sindicatodaindustria.com.br/simetalrn/ www.sindicatodaindustria.com.br/sindicafern/ Sindicato das Indústrias de Extração de Calcário,Sindicato da Indústria da Extração do Sal no Estado do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria Fabricação de Cimento, Cal e de Argamassa do EstadoRn – Siesal de Mossoró e Região Oeste e Salineira do Rn – do Rn – Sinecim/RnPresidente: Francisco Ferreira Souto Filho Sindpam Presidente: Marcelo Caetano Rosado Maia Batista(84) 3317.0556 - [email protected] Presidente: Eriosmar de Assis Torres (84) 3204.6351 - [email protected]/siesalrn/ (84) 3314.8236 - [email protected] ou [email protected] www.sindindustria.com.br/sindipamrn EXPEDIENTEREVISTA DA INDÚSTRIA DO RIO GRANDE DO NORTE – Ano V – Número 26 – Julho/Agosto 2017Publicação bimestral da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte editada pela Unidade de Comunicação Corporativa do Sistema FIERN (UNICOM).Tel: 55 (84) 3204-6270 Home: www.fiern.org.br E-mail: [email protected] Twitter: @SISTEMAFIERNGerente de Comunicação Corporativa - UNICOM/FIERN Albimar Furtado. Consultor de Comunicação Ricardo Rosado. Coordenador de Redação Tácito Costa. Editora Sara Vasconcelos.Redação Aldemar Freire, Anna Cláudia Costa, Josilma Lopes, Sara Vasconcelos, Mateus Maia/CNI. Arte Thúlio Rego. Fotos Equipe Unicom, José Paulo Lacerda (CNI), Augusto Rattis/CERNE.Estagiários Liene Titan, Isabela Maia, Raíssa Dias. Secretárias Adriana Carla e Tereza Duarte. Diagramação e Publicação Digital Terceirize.34 JULHO/AGOSTo de 2017
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